Buscar

SOCIOLOGIA DA JUVENTUDE - Karl Mannheim O problema das gerações

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 3 páginas

Prévia do material em texto

CURSO: CIÊNCIAS SOCIAIS LICENCIATURA
DISCIPLINA: SOCIOLOGIA DA JUVENTUDE
PROFESSOR: JOSE DOMINGOS CANTANHEDE SILVA
POLO: SANTA LUZIA DO PARUÁ
ALUNO: MATHEUS RODRIGUES NUNES
DATA: 12/01/2021
1ª ATIVIDADE ORIENTADA
KARL MANNHEIM: O PROBLEMA DAS GERAÇÕES
Karl Mannheim, um dos pioneiros da sociologia do conhecimento, nasceu em Budapeste, na Hungria, em 1893. Foi um sociólogo e filósofo, de religião judaica, cidadania alemã e britânica.
Em seu texto, "O problema sociológico das gerações", com tradução para o português publicada em 1982, Karl Mannheim tenta desenvolver um conceito para uma teoria do problema sociológico das gerações.
Para seu conceito, Mannheim toma emprestado de Marx a sua teoria de classe. Para o autor, “a juventude não é nem progressista nem conservadora por natureza, mas, em função de forças que estão adormecidas dentro dela, está pronta para tudo o que há de novo” (Mannheim, 1982). Ao mesmo tempo, este termo não significa um grupo social concreto, mas apenas um "mero contexto". Essa situação, que determina as possibilidades de vivenciar e processar um grande evento, é chamada de situação geracional. Esta é determinada pelo ritmo biológico das gerações e inclui grupos de nascimento que estão "relacionados" entre si através das mesmas possibilidades de experiência. A diferença entre a situação geracional e o contexto intergeracional não é totalmente clara.
Seu conceito se concentra sobretudo na explicação da mudança social. Isso deve ser explicado pelos jovens, cada um deles tem uma nova abordagem da cultura e, portanto, provoca mudanças. Portanto, Mannheim lista cinco fenômenos básicos que se baseiam no fato da vida e morte das pessoas e que moldam nossa sociedade.
A criação e o acúmulo cultural sempre ocorrem por meio de novos grupos, cada um dos quais tem uma nova abordagem para a cultura já desenvolvida e pode, assim, trazer mudanças. Devido à morte constante dos responsáveis pela disseminação de culturas existentes, ocorre um esquecimento, o que é necessário para a renovação. A nova geração ainda não é influenciada por muitas experiências e pode, assim, agir mais livremente. Os portadores de um contexto geracional experimentam apenas um período temporário da história. Além disso, há o conceito de estratificação de experiência. Mannheim postula que as experiências na adolescência são as mais formativas. Nesta primeira camada de primeiras impressões, há mais experiências depois, mas elas não são de longe tão formativas. Ao mesmo tempo, ele define o conceito de armazenamento com mais precisão, definindo-o como a possibilidade potencial de vivenciar um evento de conexão. Como exemplo, ele cita os jovens que viviam por volta do ano 1800 na Alemanha e na China, que não tinham possibilidade de terem as mesmas experiências. O aspecto temporal do ano de nascimento é, portanto, apenas uma condição necessária, mas ainda não suficiente. No entanto, a influência não é uma via de mão única. Devido à necessidade de transmissão, segundo Mannheim, as gerações interagem e influenciam umas às outras.
O aspecto da cultura pop, e especialmente da Internet, que revolucionou a comunicação, é certamente um fator importante para a pesquisa geracional. A teoria de Mannheim ainda pode ser aplicada aqui quando se trata da possibilidade de experiência compartilhada. No entanto, a comunicação tornou-se mais direta. Aqui novamente o aspecto da idade é adicionado. A tecnologia de comunicação de hoje é acessível independentemente da idade. Embora nos primeiros anos as habilidades de programação na Internet ainda fossem necessárias para publicar conteúdo, hoje isso é muito simplificado por softwares prontos. Portanto, a identificação entre os limites de idade não é excluída. No Youtube há exemplos em que idosos falam sobre suas experiências e pessoas de todas as idades assistem a esses vídeos e, por sua vez, produzem respostas em vídeo. Se essa experiência de comunicação quase ilimitada é suficiente para se sentir parte de uma geração, ou se a Internet serve como plataforma para a constituição de grupos com experiências comuns, somente pesquisas podem esclarecer.
A teoria de Mannheim não perdeu seu apelo nem mesmo no mundo de hoje. Deve-se certamente determinar quais resultados das circunstâncias externas da época e quais aspectos ainda são aplicáveis hoje. A questão de saber se eventos potencialmente formativos só têm um efeito correspondente na juventude ou até mais tarde também é uma questão de se ainda se pode ser inovador na velhice. O próprio Mannheim admite à geração mais velha uma abertura para as opiniões dos jovens quando enfatiza a repercussão do aluno sobre o professor. Especialmente com tecnologia e mídias, os ciclos são tão curtos que você dificilmente pode distinguir as "gerações" se você usar este termo. Seria, portanto, necessário esclarecer quais fatores podem levar à formação geracional e desenvolver ainda mais o conceito de geração com base em Mannheim.
REFERÊNCIAS
MANNHEIM, Karl. 1893-1947. Karl Mannheim: Sociologia/organizadora (da coletânea) Marialice Mencarini Foracchi; (tradução Emílio Willems, Syllvio Ulian e Claudio Marcondes: seleção e revisão técnica de tradução Florestan Fernandes) – São Paulo: Ática, 1982, pag 67 a 95.

Continue navegando