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SIMULADO5 Língua Portuguesa para Profissional Transpetro (TRANSPETRO) 2023

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1001) 
Língua Portuguesa para Profissional Transpetro (TRANSPETRO) 2023
https://www.tecconcursos.com.br/s/Q31w9m
Ordenação: Por Matéria e Assunto (data)
www.tecconcursos.com.br/questoes/2320084
CESGRANRIO - Asst (CEFET RJ)/CEFET RJ/Alunos/2014
Língua Portuguesa (Português) - Concordância (Verbal e Nominal)
Escrever é fácil?
 
Para estimular crianças e jovens a escrever, há quem diga que escrever é fácil: basta pôr no papel o que
está na cabeça. Na maioria das vezes, porém, este estímulo é deveras desestimulante.
 
Há boas explicações para o desestímulo:(a) se a pessoa não consegue escrever, convencê-la de que
escrever é fácil na verdade a convence apenas da sua própria incompetência, a convence apenas de que
ela nunca vai conseguir escrever direito; não se escreve pondo no papel o que está na cabeça, sob pena
de ninguém entender nada; quem escreve profissionalmente nunca acha que escrever é fácil,(b) nem
mesmo quando escreve há muito tempo — a não ser que já escreva mecanicamente, apenas repetindo
frases e fórmulas.
 
Via de regra, nosso pensamento é caótico: funciona para alimentar nossas decisões cotidianas, mas não
funciona se for expresso, em voz alta ou por escrito, tal qual se encontra na cabeça. Para entender o
nosso próprio pensamento, precisamos expressá-lo para outra pessoa.(c) Ao fazê-lo, organizamos o
pensamento segundo um código comum e então, finalmente, o entendemos, isto é, nos entendemos.
Não à toa o jagunço Riobaldo, personagem do escritor Guimarães Rosa, dizia: professor é aquele que de
repente aprende.
 
Todo professor conhece este segredo: você entende melhor o seu assunto depois de dar sua aula sobre
ele, e não antes. Ao falar sobre o meu tema, tentando explicá-lo a quem o conhece pouco, aumento
exponencialmente a minha compreensão a respeito.(d) Motivado pelas expressões de dúvida e até de
estupor dos alunos, refino minhas explicações e, ao fazê-lo, entendo bem melhor o que queria dizer.
Costumo dizer que, passados tantos anos de profissão, gosto muito de dar aula, principalmente porque
ensinar ainda é o melhor método de estudar e compreender.
 
Ora, do mesmo jeito que ensino me dirigindo a um grupo de alunos que não conheço, pelo menos no
começo dos meus cursos, quem escreve o faz para ser lido por leitores que ele potencialmente não
conhece e que também não o conhecem. Mesmo ao escrever um diário secreto, faço-o imaginando um
leitor futuro: ou eu mesmo daqui a alguns anos, ou quem sabe a posteridade. Logo, preciso do outro e
do leitor para entender a mim mesmo e, em última análise, para ser e saber quem sou.
 
Exatamente porque esta relação com o outro, aluno ou leitor, é tão fundamental, todo professor sente
um frio na espinha quando encontra uma nova turma, não importa há quantos anos exerça o magistério.
(e)
 
Pela mesma razão, todo escritor fica “enrolando” até começar um texto novo, arrumando a escrivaninha
ou vagando pela internet, não importa quantos livros já tenha publicado. Pela mesmíssima razão, todo
aluno não quer que ninguém leia sua redação enquanto a escreve ou faz questão de colocá-la debaixo da
pilha de redações na mesa do professor, não importa se suas notas são boas ou não na matéria.
 
https://www.tecconcursos.com.br/s/Q31w9m
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/2320084
1002) 
Escrever definitivamente não é fácil, porque nos expõe no momento mesmo de fazê-lo. [...] Quem
escreve sente de repente todas as suas hesitações, lacunas e omissões, percebendo como o seu próprio
pensamento é incompleto e o quanto ainda precisa pensar. Quem escreve de repente entende o quanto a
sua própria pessoa é incompleta e fraturada, o quanto ainda precisa se refazer, se inventar, enfim: se
reescrever.
 
BERNARDO, G. Conversas com um professor de
literatura. Rio de Janeiro: Rocco, 2013. Adaptado.
 
A omissão do termo com o qual o verbo concorda por já ter sido expresso anteriormente é recurso
linguístico importante para evitar a repetição desnecessária.
 
O verbo destacado concorda com sujeito expresso em outra oração no seguinte trecho:
a) “Há boas explicações para o desestímulo”.
b) “quem escreve profissionalmente nunca acha que escrever é fácil”.
c) “precisamos expressá-lo para outra pessoa”.
d) “aumento exponencialmente a minha compreensão a respeito”.
e) “quando encontra uma nova turma, não importa há quantos anos exerça o magistério”.
www.tecconcursos.com.br/questoes/2320170
CESGRANRIO - Aux (CEFET RJ)/CEFET RJ/Administração/2014
Língua Portuguesa (Português) - Concordância (Verbal e Nominal)
Texto I
 
Febre de liquidação
 
Passo em frente da vitrine. Observo um paletó quadriculado, uma calça preta e duas camisas polo,
devidamente acompanhados de um cartaz discreto anunciando a “remarcação”. Fujo apressadamente
pelos labirintos do shopping. Tarde demais, fui fisgado. Mal atinjo as escadas rolantes, inicio o caminho
de volta. O coração badala como um sino. A respiração ofegante. São os primeiros sintomas da febre por
liquidação, que me ataca cada vez que vejo uma vitrine com promessas sedutoras.
 
Atravesso as portas da loja, farejo em torno, com o mesmo entusiasmo de um leão vendo criancinhas em
um safári. No primeiro momento, tenho a impressão de que entrei numa estação de metrô. A febre já
atingiu a multidão. Os vendedores, cercados, parecem astros da Globo envoltos pelos fãs. Dou duas
cotoveladas em um dos rapazes com ar de executivos e peço o tal paletó. O funcionário explica que só
tem determinado número. Minto:
 
— Acho que é o meu.
 
Ele me observa, incrédulo. É dois algarismos menor, mas quem sabe? Acho que emagreci 100 gramas na
última semana. Experimento. Não fecha.
 
Respiro fundo e abotoo. Assim devem ter se sentido as mulheres com espartilho. Gemo, quase sem voz:
 
— Está um pouquinho apertado.
 
— É o maior que temos — diz, cruel.
 
Decido. Vou levar, apesar da barriga encolhida.
 
O vendedor arregala os olhos. Explico:
 
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/2320170
1003) 
— Estou fazendo regime. No ano que vem vai caber direitinho.
 
De qualquer maneira, só poderia usá-lo no próximo inverno. É de lã pesada, e está fazendo o maior calor.
Só de experimentar fiquei suando. [...]
 
Concordo que fui precipitado em comprar uma roupa para quando estiver magro, só para aproveitar o
preço. Meu regime dura oito anos, sem resultados visíveis.
 
Desabafo com uma amiga naturalista, que vive apregoando um modo de vida mais simples, sem muitas
posses. Ela me aconselha: Não compre mais nada. Resista. Aprendi muito quando passei a viver apenas
com o necessário. Revela, com ar culpado:
 
— Sabe, na minha fase consumista, juntei roupa para 150 anos.
 
Sorrio, solidário. Ela pergunta, por mera curiosidade, os preços da loja. Também pede o endereço.
 
Mais tarde a descubro no shopping, mergulhada na arara das blusas de lã. Febre de liquidação é pior que
gripe, dá até recaída. Com um detalhe: a gente gasta, gasta, e ainda acha que levou vantagem.
 
CARRASCO, W. O golpe do aniversariante e outras crônicas.
In: Para Gostar de Ler. São Paulo: Ática, 2005. v.20, p. 60-63.
 
A forma verbal destacada que está flexionada de acordo com a norma-padrão da Língua Portuguesa é:
a) Walcir e sua amiga saiu correndo do shopping.
b) O relógio bateram dez horas.
c) Eu e meus amigos irão às compras.
d) Fazem dois anos que não compramos nada no shopping.
e) Havia crianças e adultos naquela loja.
www.tecconcursos.com.br/questoes/2321367
CESGRANRIO - PPNT (PETROBRAS)/PETROBRAS/Ambiental/2014
Língua Portuguesa (Português) - Concordância (Verbal e Nominal)
Árvores de araque
 
— Você está vendo alguma coisa esquisita nessa paisagem? — perguntou o meu amigo Fred Meyer. Olhei
em torno. Estávamos no jardim da residência da Embaixada do Brasil no Marrocos, onde ele vive — é o
nosso embaixador no país —, cercados de tamareiras, palmeiras e outras árvores de diferentes tipos. Um
casal de pavões se pavoneava pelo gramado, uma dezena de galinhas d’angola ciscava no chão,
passarinhos iam e vinham. No terraço da casa ao lado, onde funciona a Embaixada da Rússia,havia um
mar de parabólicas, que devem captar até os suspiros das autoridades locais. Lá longe, na distância,
mais tamareiras e palmeiras espetadas contra um céu azul de doer. Tudo me parecia normal.
 
— Olha aquela palmeira alta lá na frente. Olhei. Era alta mesmo, a maior de todas. Tinha um ninho de
cegonhas no alto.
 
— Não é palmeira. É uma torre de celular disfarçada.
 
Fiquei besta. Depois de conhecer sua real identidade, não havia mais como confundi-la com as demais;
mas enquanto eu não soube o que era, não me chamara a atenção. Passei os vinte dias seguintes me
divertindo em buscar antenas disfarçadas na paisagem. Fiz dezenas de fotos delas, e postei no Facebook,
onde causaram sensação. A maioria dos meus amigos nunca tinha visto isso; outros já conheciam de
longa data, e mencionaram até espécimes plantados no Brasil. Alguns, como Luísa Cortesão, velha amiga
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/2321367
1004) 
portuguesa que acompanho desde os tempos do Fotolog, têm posição radicalmente formada a seu
respeito: odeiam. Parece que Portugal está cheio de falsas coníferas. [...]
 
A moda das antenas disfarçadas em palmeiras começou em 1996, quando a primeira da espécie foi
plantada em Cape Town, na África do Sul; mas a invenção é, como não podia deixar de ser, Made in USA.
Lá, uma empresa sediada em Tucson, Arizona, chamada Larson Camouflage, projetou e desenvolveu a
primeiríssima antena metida a árvore do mundo, um pinheiro que foi ao ar em 1992. A Larson já tinha
experiência, se não no conceito, pelo menos no ramo: começou criando paisagens artificiais e
camuflagens para áreas e equipamentos de serviço.
 
Hoje existem inúmeras empresas especializadas em disfarçar antenas de telecomunicações pelo mundo
afora, e uma quantidade de disfarces diferentes. É um negócio próspero num mundo que quer, ao
mesmo tempo, boa conexão e paisagem bonita, duas propostas mais ou menos incompatíveis. Os custos
são elevados: um disfarce de palmeira para torre de telecomunicações pode sair por até US$ 150 mil,
mas há fantasias para todos os bolsos, de silos e caixas d’água à la Velho Oeste a campanários, mastros,
cruzes, cactos, esculturas.
 
A Verizon se deu ao trabalho de construir uma casa cenográfica inteira numa zona residencial histórica
em Arlington, Virgínia, para não ferir a paisagem com caixas de switches e cabos. A antena ficou
plantada no quintal, pintada de verde na base e de azul no alto; mas no terreno em frente há um jardim
sempre conservado no maior capricho e, volta e meia, entregadores desavisados deixam jornais e
revistas na porta. A brincadeira custou cerca de US$ 1,5 milhão. A vizinhança, de início revoltada com a
ideia de ter uma antena enfeiando a área, já se acostumou com a falsa residência, e até elogia a
operadora pela boa manutenção do jardim.
 
RONAI, C. O Globo, Economia, p. 33, 22 mar. 2014. Adaptado.
Vocabulário: de araque - expressão idiomática que signifi ca “falso”.
 
O período cujo verbo em destaque está usado de modo adequado à norma-padrão é:
a) Haviam muitas antenas naquela paisagem.
b) Existe, nos tempos de hoje, tecnologias impressionantes.
c) Chegou, depois de muito tempo de espera, meios para disfarçar antenas.
d) Somente 4% das pessoas reconhece as antenas para celular disfarçadas.
e) Surgem, a todo momento, invenções que não pensávamos ser possíveis.
www.tecconcursos.com.br/questoes/2322280
CESGRANRIO - Adm (CEFET RJ)/CEFET RJ/2014
Língua Portuguesa (Português) - Concordância (Verbal e Nominal)
O dia: 28 de novembro de 1995. A hora: aproximadamente vinte, talvez quinze para a uma da
tarde.
 
O local: a recepção do Hotel Novo Mundo, aqui ao lado, no Flamengo.
 
Acabara de almoçar com minha secretária e alguns amigos, descêramos a escada em curva que leva do
restaurante ao hall da recepção. Pelo menos uma ou duas vezes por semana cumpro esse itinerário e,
pelo que me lembre, nada de especial me acontece nessa hora e nesse lugar. É, em todos os sentidos,
uma passagem.
 
Não cheguei a ouvir o meu nome. Foi a secretária que me avisou: um dos porteiros, de cabelos brancos,
óculos de aros grossos, queria falar comigo.
 
E sabia o meu nome — eu que nunca fora hóspede do hotel, apenas um frequentador mais ou menos
regular do restaurante que é aberto a todos.
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/2322280
1005) 
 
Aproximei-me do balcão, duvidando que realmente me tivessem chamado. Ainda mais pelo nome: não
haveria uma hipótese passável para que soubessem meu nome.
 
— Sim ...
 
O porteiro tirou os óculos, abriu uma gaveta embaixo do balcão e de lá retirou o embrulho, que parecia
um envelope médio, gordo, amarrado por barbante ordinário.
 
— Um hóspede esteve aqui no último fim de semana, perguntou se nós o conhecíamos, pediu que lhe
entregássemos este envelope ...
 
— Sim ... sim ...
 
Eu não sabia se examinava o envelope ou a cara do porteiro. Nada fizera para que ele soubesse meu
nome, para que pudesse dizer a alguém que me conhecia. O fato de duas ou três vezes por semana eu
almoçar no restaurante do hotel não lhe daria esse direito. [...]
 
Passou-me o envelope, que era, à primeira vista e ao primeiro contato, aquilo que eu desconfiava: os
originais de um livro, contos, romance ou poesias, talvez história ou ensaio.
 
— Está certo ... não terei de agradecer... a menos que o nome e o endereço do interessado estejam...
 
Foi então que olhei bem o embrulho. A princípio apenas suspeitei. E ficaria na suspeita se não houvesse
certeza. Uma das faces estava subscritada, meu nome em letras grandes e a informação logo embaixo,
sublinhada pelo traço inconfundível: “Para o jornalista Carlos Heitor Cony. Em mão”.
 
Era a letra do meu pai. A letra e o modo. Tudo no embrulho o revelava, inteiro, total. Só ele faria aquelas
dobras no papel, só ele daria aquele nó no barbante ordinário, só ele escreveria meu nome daquela
maneira, acrescentando a função que também fora a sua. Sobretudo, só ele destacaria o fato de alguém
ter se prestado a me trazer aquele embrulho. Ele detestava o correio normal, mas se alguém o avisava
que ia a algum lugar, logo encontrava um motivo para mandar alguma coisa a alguém por intermédio do
portador. [...]
 
Recente, feito e amarrado há pouco, tudo no envelope o revelava: ele, o pai inteiro, com suas manias e
cheiros.
 
Apenas uma coisa não fazia sentido. Estávamos — como já disse — em novembro de 1995. E o pai
morrera, aos noventa e um anos, no dia 14 de janeiro de 1985.
 
CONY, C. H. Quase Memória: quase-romance. São Paulo: Companhia das Letras. 2001. p. 9-11.
 
A concordância nominal está de acordo com a norma-padrão na seguinte frase:
a) Anexo ao pacote, encontrei várias cartas antigas.
b) O porteiro tirou os óculos e o colocou sobre a mesa.
c) A secretária e eu terminamos o almoço meio-dia e meio.
d) Leio qualquer manuscritos que me cheguem às mãos.
e) Formulei hipóteses o mais improváveis possível sobre o caso.
www.tecconcursos.com.br/questoes/2324326
CESGRANRIO - Rev Tex (CEFET RJ)/CEFET RJ/2014
Língua Portuguesa (Português) - Concordância (Verbal e Nominal)
Texto III
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/2324326
1006) 
 
A escrita e a oralidade em tempos de novas tecnologias da comunicação
 
Contar histórias sempre foi uma tradição de todos os povos — dos mais primitivos aos mais sofisticados.
Com essas histórias evocam-se lembranças, exercita-se e revitaliza-se a memória de pessoas e,
principalmente, a coletiva. A diferença entre os povos primitivos e sofisticados não é a importância e o
prazer de contar e narrar histórias, mas o modo como essas são registradas. Grandes poetas épicos
como Horário, Virgílio, Camões, entre outros, tinham a função de coletar essas histórias e registrá-las
para preservar a memória e o período histórico de seu povo e sua nação.
 
O homem sempre contou histórias, antes mesmo de poder escrevê-las, porém o confronto entre a
cultura oral e a cultura escrita nunca deixou de existir, principalmente devido à visão preconceituosa da
sociedade “letrada”, tanto que à época da colonização todaa produção cultural dos povos ameríndios e,
posteriormente, a dos povos africanos foram desprezadas. Uma rápida análise da história da humanidade
deixa clara a importância do registro escrito na história dos povos e em suas relações. [...]
 
A memória coletiva perpassa pelas histórias orais, que também podem ser produzidas no campo do
poder, a partir de interesses pessoais e familiares. O filme de 2003, dirigido por Eliane Caffé, Narradores
de Javé, nos mostra isso. Na possibilidade de ser submerso o pequeno vilarejo de Javé pelas águas de
uma represa, os seus moradores se organizam para tentar salvá-lo. A salvação seria construir, já que não
tinham, um patrimônio histórico, que são as narrativas orais de cada morador a respeito das origens
históricas do vilarejo. [...]
 
GARCEZ, F. F. A escrita e a oralidade em tempos de novas tecnologias da
comunicação. Língua Portuguesa, n. 45. São Paulo: Escala. Adaptado.
 
Na oração Sucintas revisões das trajetórias das comunidades ágrafas revelam-se fantásticas,
o termo que obriga a flexão de gênero do adjetivo fantástica é
a) sucintas
b) revisões
c) trajetórias
d) comunidades
e) ágrafas
www.tecconcursos.com.br/questoes/2381734
CESGRANRIO - PPNS (PETROBRAS)/PETROBRAS/Administração/2014
Língua Portuguesa (Português) - Concordância (Verbal e Nominal)
Aprendo porque amo
 
Recordo a Adélia Prado: “Não quero faca nem queijo; quero é fome”. Se estou com fome e gosto de
queijo, eu como queijo... Mas e se eu não gostar de queijo? Procuro outra coisa de que goste: banana,
pão com manteiga, chocolate... Mas as coisas mudam de figura se minha namorada for mineira, gostar
de queijo e for da opinião que gostar de queijo é uma questão de caráter. Aí, por amor à minha
namorada, eu trato de aprender a gostar de queijo.
 
Lembro-me do filme “Assédio”, de Bernardo Bertolucci. A história se passa numa cidade do norte da Itália
ou da Suíça. Um pianista vivia sozinho numa casa imensa que havia recebido como herança. Ele não
conseguia cuidar da casa sozinho nem tinha dinheiro para pagar uma faxineira. Aí ele propôs uma troca:
ofereceu moradia para quem se dispusesse a fazer os serviços de limpeza.
 
Apresentou-se uma jovem negra, recém-vinda da África, estudante de medicina. Linda! A jovem fazia
medicina ocidental com a cabeça, mas o seu coração estava na música da sua terra, os atabaques, o
ritmo, a dança. Enquanto varria e limpava, sofria ouvindo o pianista tocando uma música horrível: Bach,
Brahms, Debussy... Aconteceu que o pianista se apaixonou por ela. Mas ela não quis saber de namoro.
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/2381734
1007) 
Achou que se tratava de assédio sexual e despachou o pianista falando sobre o horror da música que ele
tocava.
 
O pobre pianista, humilhado, recolheu-se à sua desilusão, mas uma grande transformação aconteceu: ele
começou a frequentar os lugares onde se tocava música africana. Até que aquela música diferente entrou
no seu corpo e deslizou para os seus dedos. De repente, a jovem de vassoura na mão começou a ouvir
uma música diferente, música que mexia com o seu corpo e suas memórias... E foi assim que se iniciou
uma estória de amor atravessado: ele, por causa do seu amor pela jovem, aprendendo a amar uma
música de que nunca gostara, e a jovem, por causa do seu amor pela música africana, aprendendo a
amar o pianista que não amara. Sabedoria da psicanálise: frequentemente, a gente aprende a gostar de
queijo por meio do amor pela namorada que gosta de queijo...
 
Isso me remete a uma inesquecível experiência infantil. Eu estava no primeiro ano do grupo. A
professora era a dona Clotilde. Ela fazia o seguinte: sentava-se numa cadeira bem no meio da sala, num
lugar onde todos a viam — acho que fazia de propósito, por maldade —, desabotoava a blusa até o
estômago, enfiava a mão dentro dela e puxava para fora um seio lindo, liso, branco, aquele mamilo
atrevido... E nós, meninos, de boca aberta... Mas isso durava não mais que cinco segundos, porque ela
logo pegava o nenezinho e o punha para mamar. E lá ficávamos nós, sentindo coisas estranhas que não
entendíamos: o corpo sabe coisas que a cabeça não sabe.
 
Terminada a aula, os meninos faziam fila junto à dona Clotilde, pedindo para carregar sua pasta. Quem
recebia a pasta era um felizardo, invejado. Como diz o velho ditado, “quem não tem seio carrega
pasta”... Mas tem mais: o pai da dona Clotilde era dono de um botequim onde se vendia um doce
chamado “mata-fome”, de que nunca gostei. Mas eu comprava um mata-fome e ia para casa comendo o
mata-fome bem devagarzinho... Poeticamente, trata-se de uma metonímia: o “mata-fome” era o seio da
dona Clotilde...
 
Ridendo dicere severum: rindo, dizer as coisas sérias... Pois rindo estou dizendo que frequentemente se
aprende uma coisa de que não se gosta por se gostar da pessoa que a ensina. E isso porque — lição da
psicanálise e da poesia — o amor faz a magia de ligar coisas separadas, até mesmo contraditórias. Pois a
gente não guarda e agrada uma coisa que pertenceu à pessoa amada? Mas a “coisa” não é a pessoa
amada! “É sim!”, dizem poesia, psicanálise e magia: a “coisa” ficou contagiada com a aura da pessoa
amada.
 
[...]
 
A dona Clotilde nos dá a lição de pedagogia: quem deseja o seio, mas não pode prová-lo, realiza o seu
amor poeticamente, por metonímia: carrega a pasta e come “mata-fome”...
 
ALVES, R. O desejo de ensinar e a arte de aprender. São Paulo: Fundação Educar, 2007. p. 30.
 
A concordância verbal NÃO está em consonância com a norma-padrão em:
a) A maior parte dos alunos admiram seus professores.
b) Fazem anos que a educação brasileira tem buscado novos métodos.
c) Não sou dos que acreditam em uma educação tradicional.
d) Foi dona Clotilde quem despertou o desejo dos alunos por aprender.
e) Prezar e amar é fundamental para o processo de ensino- aprendizagem.
www.tecconcursos.com.br/questoes/348011
CESGRANRIO - TA (ANP)/ANP/2016
Língua Portuguesa (Português) - Vozes (Voz Passiva e Voz Ativa)
Banhos de mar
 
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/348011
1008) 
Meu pai acreditava que todos os anos se devia fazer uma cura de banhos de mar. E nunca fui tão feliz
quanto naquelas temporadas de banhos em Olinda, Recife.
 
Meu pai também acreditava que o banho de mar salutar era o tomado antes de o sol nascer. Como
explicar o que eu sentia de presente prodigioso em sair de casa de madrugada e pegar o bonde vazio
que nos levaria para Olinda ainda na escuridão?
 
De noite eu ia dormir, mas o coração se mantinha acordado, em expectativa. E de puro alvoroço, eu
acordava às quatro e pouco da madrugada e despertava o resto da família. Nós nos vestíamos depressa
e saíamos em jejum. Porque meu pai acreditava que assim devia ser: em jejum.
 
Saímos para uma rua toda escura, recebendo a brisa da pré-madrugada. E esperávamos o bonde. Até
que lá de longe ouvíamos o seu barulho se aproximando. Eu me sentava bem na ponta do banco, e
minha felicidade começava. Atravessar a cidade escura me dava algo que jamais tive de novo. No bonde
mesmo o tempo começava a clarear, e uma luz trêmula de sol escondido nos banhava e banhava o
mundo.
 
Eu olhava tudo: as poucas pessoas na rua, a passagem pelo campo com os bichos-de-pé: “Olhe, um
porco de verdade!” gritei uma vez, e a frase de deslumbramento ficou sendo uma das brincadeiras da
minha família, que de vez em quando me dizia rindo: “Olhe, um porco de verdade.”
 
Eu não sei da infância alheia. Mas essa viagem diária me tornava uma criança completa de alegria. E me
serviu como promessa de felicidade para o futuro. Minha capacidade de ser feliz se revelava. Eu me
agarrava, dentro de uma infância muito infeliz, a essa ilha encantada que era a viagem diária.
 
LISPECTOR, C. A Descoberta do Mundo. São Paulo: Rocco, 1999, p. 175. Adaptado.
 
Considere-se a seguinte passagem do Texto, que está construída na voz ativa e tem verbo transitivo: “Eu
olhava tudo”
 
O mesmo tipo de construção ocorre em:
a) O apelido de Clarice Lispector era Flor-de-Lis.
b) Clarice virou cidadã brasileira no ano de1943.
c) Clarice é uma das escritoras mais importantes de nossa literatura.
d) O prêmio literário Jabuti foi duas vezes concedido a Clarice Lispector.
e) Os editores da época recusaram os textos muito reflexivos de Clarice.
www.tecconcursos.com.br/questoes/212807
CESGRANRIO - PPNT (PETROBRAS)/PETROBRAS/Exploração de
Petróleo/Geodésia/2014
Língua Portuguesa (Português) - Vozes (Voz Passiva e Voz Ativa)
Não é meu
(...)
Quando Trotsky caiu em desgraça(a) na União Soviética, sua imagem foi literalmente apagada de
fotografias dos líderes da revolução, dando início a uma transformação também revolucionária do
conceito de fotografia: além de tirar o retrato de alguém, tornou-se possível tirar alguém do retrato.
A técnica usada para eliminar o Trotsky das fotos foi quase tão grosseira — comparada com o que se faz
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/212807
1009) 
hoje — quanto a técnica usada para eliminar o Trotsky em pessoa (um picaretaço, a mando do Stalin).
 
Hoje não só se apagam como se acrescentam pessoas(b) ou se alteram suas feições, sua idade e sua
quantidade de cabelo e de roupa, em qualquer imagem gravada.
A frase “prova fotográfica” foi desmoralizada para sempre, agora que você pode provar qualquer coisa
fotograficamente.
Existe até uma técnica para retocar a imagem em movimento, e atrizes preocupadas com suas rugas ou
manchas não precisam mais carregar na maquiagem(c) convencional — sua maquiagem é feita
eletronicamente, no ar.
Nossas atrizes rejuvenescem a olhos vistos a cada nova novela (...).O fotoxópi é um revisor da Natureza.
Lembro quando não existia fotoxópi(d) e recorriam à pistola, um borrifador à pressão de tinta, para
retocar as imagens.
Se a prova fotográfica não vale mais nada nestes novos tempos inconfiáveis, a assinatura muito menos.
Textos assinados pela Martha Medeiros, pelo Jabor, por mim e por outros, e até pelo Jorge Luís Borges,
que nenhum de nós escreveu — a não ser que o Borges esteja mandando matérias da sua biblioteca
sideral sem que a gente saiba(e) —, rolam na internet, e não se pode fazer nada a respeito a não ser
negar a autoria — ou aceitar os elogios, se for o caso.
Agora mesmo está circulando um texto atacando o “Big Brother Brasil”, com a minha assinatura, que não
é meu. Isso tem se repetido tanto que já começo a me olhar no espelho todas as manhãs com alguma
desconfiança. Esse cara sou eu mesmo? E se eu estiver fazendo a barba e escovando os dentes de um
impostor, de um eu apócrifo? E — meu Deus — se esta crônica não for minha e sim dele?!
VERISSIMO, L. F. Não é meu. Disponível em: <http:// oglobo.globo.com/pais
/noblat/posts/2011/01/30/ nao-meu-359850.asp>. Acesso em: 1 set. 2012. Adaptado.
 
O exemplo do texto em que o verbo concorda com sujeito na voz passiva é:
a) “Quando Trotsky caiu em desgraça” 
b) “Hoje não só se apagam como se acrescentam pessoas” 
c) “atrizes preocupadas com suas rugas ou manchas não precisam mais carregar na maquiagem” 
d) “quando não existia fotoxópi” 
e) “sem que a gente saiba” 
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CESGRANRIO - Eng Jr (LIQUIGÁS)/LIQUIGÁS/Elétrica/2014
Língua Portuguesa (Português) - Vozes (Voz Passiva e Voz Ativa)
Sobre Marte, os drones e vidas humanas
Na missão espacial mais ambiciosa dos últimos tempos, o robô Curiosity pousou recentemente no solo
marciano, um ambiente inóspito para seres humanos. A imagem da conquista de um planeta longínquo
por uma máquina reúne dois sonhos de ficção científica — a criação de robôs e a exploração espacial. O
robô que pousou em Marte é apenas o exemplo mais recente e eloquente de uma realidade que há
tempos já saiu dos livros e filmes para entrar em nosso dia a dia. Há mais de 8 milhões de robôs aqui
mesmo na Terra, em atividades tão distintas quanto aspirar o pó da sala, auxiliar médicos em cirurgias
delicadas, dirigir automóveis, vigiar as fronteiras e — em seu uso mais controverso — matar inimigos em
conflitos armados.
Na verdade, sem que o percebamos, os robôs começam a tomar conta de diferentes aspectos da nossa
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1010) 
vida. Até que ponto devemos delegar a máquinas tarefas que consideramos essencialmente humanas ou
mesmo a tomada de decisões que envolvem vidas e valores fundamentais? Qual o risco representado
pelos drones, os aviões que, comandados à distância, conseguem exterminar o inimigo com elevado grau
de precisão? Que tipo de aplicação essa nova realidade tem sobre a sociedade e sobre a visão que temos
de humanidade?
Tais questões representam um dos maiores desafios que deveremos enfrentar neste século. Seria um
despropósito deixar de aproveitar as conquistas da robótica para aperfeiçoar atividades tão necessárias
quanto a medicina, o policiamento ou mesmo a limpeza doméstica. Mas também seria ingênuo acreditar
que máquinas ou robôs podem um dia nos substituir em decisões complexas, que envolvem menos um
cálculo racional e mais emoções ou crenças. Para o futuro, prenunciam-se perguntas mais difíceis, mais
desafiadoras — e até ameaçadoras — do que aquelas relativas ao uso de drones. Perguntas cuja
resposta nenhum robô poderá dar.
GUROVITZ, Hélio. Revista Época, 13 ago. 2012, p. 8. Adaptado.
 
No trecho “Para o futuro, prenunciam-se perguntas mais difíceis, mais desafiadoras — e até ameaçadoras
— do que aquelas relativas ao uso de drones.” ( l. 14-15), o verbo prenunciar foi utilizado no plural
por se tratar de uma construção de passiva pronominal com sujeito também no plural.
O mesmo procedimento é adotado no verbo destacado em:
a) Para conquistar posição de vanguarda na corrida espacial, obedecem-se a princípios básicos de
inovação tecnológica.
b) Na missão espacial ao solo marciano, ambiente inóspito aos humanos, assistiram-se a episódios
inesquecíveis.
c) Nos livros e filmes de ficção científica do século passado, falavam-se de robôs como uma
possibilidade muito próxima e viável.
d) Com o avanço das pesquisas em robótica nas últimas décadas, delegam-se atividades
eminentemente humanas às máquinas.
e) Para evitar que o crescimento da robótica provoque distorções incontroláveis, necessitam-se de
leis protecionistas.
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CESGRANRIO - AC (IBGE)/IBGE/Geoprocessamento/2014
Língua Portuguesa (Português) - Vozes (Voz Passiva e Voz Ativa)
Comércio ambulante: sob as franjas do sistema
Definir uma política para a economia informal – ou mais especificamente para o comércio ambulante –
significa situá-la em contextos de desigualdade, entendendo de que maneira ela se relaciona com a
economia formal e de que forma ela é funcional para a manutenção dos monopólios de poder político e
econômico. Dependendo do contexto, o poder público formula políticas considerando o caráter provisório
do trabalho informal, justificando políticas de formalização com a crença de uma possível “erradicação”
da informalidade.
Desse ponto de vista, a falta de um plano municipal para o comércio ambulante nas grandes cidades é
emblemática. Trata-se de um sinal que aponta que o comércio ambulante é visto como política
compensatória, reservada a alguns grupos(a) com dificuldades de entrada no mercado de trabalho, como
deficientes físicos, idosos e, em alguns países, veteranos de guerra. Entretanto, a realidade do comércio
ambulante em São Paulo mostra que essa atividade é uma alternativa consolidada para uma parcela
importante dos ocupados que não se
enquadram em nenhuma das três categorias acima. [...]
Há políticas que reconhecem a informalidade como exceção permanente do capitalismo(b) e que
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/277463
1011) 
acreditam que somente podem “gerenciá-la” ou “domesticá-la” se determinada atividade não gerar
conflitos e disputas entre setores da sociedade. Nessa concepção, “gerenciar” a informalidade significa
tolerá-la(c), limitando-a arbitrariamente a um número ínfimo de pessoas que podem trabalhar de forma
legalizada, deixando um grande contingente de trabalhadores à mercê da falta de planejamento e
vulnerável à corrupção e à violência.Esse perfil de “gestão da exceção” delimita a inclusão de poucos e
se omite no planejamento para muitos. No caso de São Paulo, o número de licenças de trabalho
vigentes, por exemplo, corresponde no ano de 2013 a apenas 2,5% do contingente total de
trabalhadores ambulantes. Em Nova York, apesar de toda a gestão militarizada e excludente, o
percentual é de 20%.
 
Dentro desse raciocínio, “domesticar” a informalidade significa destinar ao comércio ambulante apenas
alguns espaços na cidade(d), mas somente os que não confrontem a lógica de reprodução do capital e,
consequentemente, a imagem que se quer manter dos espaços em valorização imobiliária. Não só
trabalhadores ambulantes, como catadores de material reciclável, moradores de habitações precárias e
população em situação de rua são obrigados a ocupar espaços distantes dos vetores de reconfiguração
urbana e dos megaeventos corporativos e midiáticos. A “demarcação” de terras onde eles podem estar,
trabalhar ou circular passa a ser não uma política afirmativa do direito à cidade, mas do deslocamento
dessa população para longe das vistas do “progresso” e do “moderno”. [...]
Em resumo, a ausência de políticas de inclusão é em si uma política. Em algumas das grandes cidades
brasileiras, as leis que regulam o comércio ambulante apenas aparentemente servem para incluir,
quando, na verdade, são instrumentos de exclusão dos trabalhadores das ruas.(e)
ALCÂNTARA, A.; SAMPAIO, G.; ITIKAWA, L. Comércio ambulante: sob as franjas do sistema. Disponível em:
<http://www.cartacapital. com.br/sociedade/sob-as-franjas-do-sistema-o-comercio-ambulante-nas-grandes-cidades-
325.html>. Acesso em: 26 dez. 2013. Adaptado.
 
Há omissão do agente da ação verbal pelo recurso à voz passiva em:
a) “o comércio ambulante é visto como política compensatória, reservada a alguns grupos”
b) “Há políticas que reconhecem a informalidade como exceção permanente do capitalismo”
c) “Nessa concepção, ‘gerenciar’ a informalidade significa tolerá-la”
d) “ ‘domesticar’ a informalidade significa destinar ao comércio ambulante apenas alguns espaços na
cidade”
e) “quando, na verdade, são instrumentos de exclusão dos trabalhadores das ruas”
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CESGRANRIO - Tec Adm (BNDES)/BNDES/2013
Língua Portuguesa (Português) - Vozes (Voz Passiva e Voz Ativa)
Ciência do esporte – sangue, suor e análises
Na luta para melhorar a performance dos atletas […], o Comitê Olímpico Brasileiro tem, há dois anos, um
departamento exclusivamente voltado para a Ciência do Esporte. De estudos sobre a fadiga à compra de
materiais para atletas de ponta, a chave do êxito é uma só: o detalhamento personalizado das
necessidades.
Talento é fundamental. Suor e entrega, nem se fala. Mas o caminho para o ouro olímpico nos dias atuais
passa por conceitos bem mais profundos. Sem distinção entre gênios da espécie e reles mortais, a
máquina humana só atinge o máximo do potencial se suas características individuais forem
minuciosamente estudadas(a). Num universo olímpico em que muitas vezes um milésimo de segundo
pode separar glória e fracasso, entra em campo a Ciência do Esporte. Porque grandes campeões também
são moldados(b) através de análises laboratoriais, projetos acadêmicos e modernos programas de
computador.
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/135921
1012) 
A importância dos estudos científicos cresceu de tal forma que o Comitê Olímpico Brasileiro (COB) há
dois anos criou um departamento exclusivamente dedicado ao tema. [...]
— Nós trabalhamos para potencializar as chances de resultados. O que se define como Ciência do
Esporte é na verdade uma quantidade ampla de informações que são trazidas(c) para que técnico e atleta
possam utilizá-las da melhor maneira possível. Mas o líder será sempre o treinador. Ele decide o que é
melhor para o atleta — ressalta o responsável pela gerência de desenvolvimento e projetos especiais,
que cuida da área de Ciência do Esporte no COB, Jorge Bichara.
A gerência também abrange a coordenação médica do comitê. Segundo Bichara, a área de Ciência do
Esporte está dividida em sete setores: fisiologia, bioquímica, nutrição, psicologia, meteorologia,
treinamento esportivo e vídeo análise.
 
Reposição individualizada
 
Na prática, o atleta de alto rendimento pode dispor(d) desde novos equipamentos, que o deixem em
igualdade de condições de treino com seus principais concorrentes, até dados fisiológicos que indicam o
tipo de reposição ideal a ser feita(e) após a disputa.
 
— No futebol feminino, já temos o perfil de desgaste de cada atleta e pudemos desenvolver técnicas
individuais de recuperação. Algumas precisam beber mais água, outras precisam de isotônico — explica
Sidney Cavalcante, supervisor de Ciência do Esporte do comitê. […]
 
As Olimpíadas não são laboratório para testes. É preciso que todas as inovações, independentemente da
modalidade, estejam testadas e catalogadas com antecedência. Bichara afirma que o trabalho da área de
Ciências do Esporte nos Jogos pode ser resumida em um único conceito:
 
— Recuperação. Essa é a palavra-chave. […]
 
CUNHA, Ary; BERTOLDO, Sanny. Ciência do esporte – sangue, suor e análises. O Globo, Rio de Janeiro, 25 maio
2012.
O Globo Olimpíadas - Ciência a serviço do esporte, p. 6.
 
O texto traz inúmeros exemplos de voz passiva.
 
Que trecho, ao contrário, traz a forma verbal na voz ativa?
a) “forem minuciosamente estudadas”
b) “também são moldados”
c) “que são trazidas”
d) “pode dispor”
e) “a ser feita”
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CESGRANRIO - PPNS (PETROBRAS)/PETROBRAS/Administração/2012
Língua Portuguesa (Português) - Vozes (Voz Passiva e Voz Ativa)
Texto I
O gigolô das palavras
Quatro ou cinco grupos diferentes de alunos do Farroupilha estiveram lá em casa numa mesma missão,
designada por seu professor de Português: saber se eu considerava o estudo da Gramática indispensável
para aprender e usar a nossa ou qualquer outra língua. Suspeitei de saída que o tal professor lia esta
coluna, se descabelava diariamente com suas afrontas às leis da língua, e aproveitava aquela
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/220593
oportunidade para me desmascarar. Já estava até preparando, às pressas, minha defesa (“Culpa da
revisão! Culpa da revisão!”). Mas os alunos desfizeram o equívoco antes que ele se criasse. Eles mesmos
tinham escolhido os nomes a serem entrevistados. Vocês têm certeza que não pegaram o Veríssimo
errado? Não. Então vamos em frente.
Respondi que a linguagem, qualquer linguagem, é um meio de comunicação e que deve ser julgada
exclusivamente como tal. Respeitadas algumas regras básicas da Gramática, para evitar os vexames mais
gritantes, as outras são dispensáveis. A sintaxe é uma questão de uso, não de princípios. Escrever bem é
escrever claro, não necessariamente certo. Por exemplo: dizer “escrever claro” não é certo, mas é claro,
certo? O importante é comunicar. (E quando possível surpreender, iluminar, divertir, mover… Mas aí
entramos na área do talento, que também não tem nada a ver com Gramática.) A Gramática é o
esqueleto da língua. [...] É o esqueleto que nos traz de pé, mas ele não informa nada, como a Gramática
é a estrutura da língua, mas sozinha não diz nada, não tem futuro. As múmias conversam entre si em
Gramática pura.
Claro que eu não disse isso tudo para meus entrevistadores. E adverti que minha implicância com a
Gramática na certa se devia à minha pouca intimidade com ela. Sempre fui péssimo em Português. Mas –
isso eu disse – vejam vocês, a intimidade com a Gramática é tão dispensável que eu ganho a vida
escrevendo, apesar da minha total inocência na matéria. Sou um gigolô das palavras. Vivo às suas
custas. E tenho com elas exemplar conduta de um cáften profissional. Abuso delas. Só uso as que eu
conheço, as desconhecidas são perigosas e potencialmente traiçoeiras. Exijo submissão. Não raro, peço
delas flexões inomináveis para satisfazer um gosto passageiro. Maltrato-as, sem dúvida. E jamais me
deixo dominar por elas. [...]
Um escritor que passasse a respeitara intimidade gramatical das suas palavras seria tão ineficiente
quanto um gigolô que se apaixonasse pelo seu plantel.
VERISSIMO, Luis Fernando. O gigolô das palavras. In: LUFT, Celso Pedro. Língua e liberdade: por uma nova
concepção de língua materna e seu ensino. Porto Alegre: L&PM, 1985. p. 36. Adaptado.
 
Texto II
Aula de português
A linguagem
na ponta da língua,
tão fácil de falar
e de entender.
A linguagem
na superfície estrelada de letras,
sabe lá o que ela quer dizer?
Professor Carlos Góis, ele é quem sabe,
e vai desmatando
o amazonas de minha ignorância.
Figuras de gramática, equipáticas,
atropelam-me, aturdem-me, sequestram-me.
Já esqueci a língua em que comia,
em que pedia para ir lá fora,
em que levava e dava pontapé,
a língua, breve língua entrecortada
do namoro com a prima.
O português são dois; o outro, mistério.
 
ANDRADE, Carlos Drummond de. Aula de português. In: Reunião: 10 livros de poesia. Rio de Janeiro: José
Olympio Editora, 1974. p. 81.
 
1013) 
No Texto I, a frase “os alunos desfizeram o equívoco antes que ele se criasse” apresenta voz passiva
pronominal no trecho em destaque.
A seguinte frase apresenta idêntico fenômeno:
a) Necessita-se de muito estudo para a realização das provas.
b) É-se bastante exigente com Língua portuguesa nesta escola.
c) Vive-se sempre em busca de melhores oportunidades.
d) Acredita-se na possibilidade de superação do aluno.
e) Criou-se um método de estudo diferente no curso.
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CESGRANRIO - PPNS (PETROBRAS)/PETROBRAS/Geofísica/Geologia/2012
Língua Portuguesa (Português) - Vozes (Voz Passiva e Voz Ativa)
Texto I
 
O sonho do livre comércio acabou?
 
Era uma vez um mundo que negociava a abertura dos mercados. Ele ficou lá atrás, na década passada, e
deu lugar à desglobalização
 
O cidadão brasileiro que gosta de desfrutar o que há de bom e barato na indústria mundial, de
eletrônicos a vinhos, passando por roupas e calçados, talvez não tenha percebido, mas uma guerra se
aproxima. Há séculos, ocorre um embate entre os interessados em abrir mercados – por meio do livre-
comércio de bens e serviços entre países – e os interessados em fechá-los. Nas últimas décadas, os
advogados do livre-comércio pareciam em vantagem, suficiente até para que os protecionistas temessem
o que chamavam de excessos da globalização. Veio a crise, e os dois lados acreditavam que, assim que
ela fosse embora, retomariam a discussão do ponto em que haviam parado. Estavam errados. A crise,
somada ao impressionante nível de agressividade e competência da China e de outros países asiáticos na
conquista de mercados, mudou as perspectivas para o restante do século XXI. O mundo deverá se
aproximar, nos próximos anos, não de um paraíso global das compras, mas sim de um campo minado de
batalhas comerciais intermináveis. Bem-vindo à era da desglobalização.
 
Num cenário em que a crise e os países asiáticos mudam o jogo, as nações esquecem as negociações
sobre abertura comercial e passam a defender seus mercados contra os estrangeiros. Como resultado,
todos perdem. Nas batalhas comerciais, usa-se, hoje, um arsenal variado, que inclui subsídios diretos a
empresas selecionadas; barreiras que atendem a supostos padrões ambientais mais elevados; e
restrições às compras que os governos podem fazer. Ao todo, 122 medidas protecionistas foram adotadas
pelos 20 maiores países do mundo entre outubro de 2010 e abril passado, em comparação com as 54 no
período anterior.
 
Em um relatório publicado no primeiro semestre, a OMC concluiu que o alto desemprego nos países
desenvolvidos fortalecerá os que defendem o fechamento dos mercados e o isolamento de produtos e
trabalhadores estrangeiros. A desglobalização se torna um cenário assustador e cada vez mais plausível.
Se estivermos mesmo nesse caminho, quais as consequências para o mundo?
 
CORONATO, M.; CÂNDIDO, K.; CORNACHIONE, D.
Revista Época. São Paulo: Abril. n. 697, 26 set. 2011.
p. 64-70. Adaptado.
 
 
Na língua portuguesa, uma das formas de expressar a voz passiva é por meio de verbo na terceira
pessoa do singular ou do plural, acompanhado pelo pronome apassivador se, constituindo o que se
chama de voz passiva sintética, como pode ser observado no seguinte trecho do Texto I:
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/1345519
1014) 
 
“Nas batalhas comerciais, usa-se, hoje, um arsenal variado, que inclui subsídios diretos a empresas
selecionadas.” 
 
A construção de voz passiva sintética pode ser encontrada nas seguintes frases, EXCETO em:
a) Com o aumento da dívida pública, gerou-se enorme desgaste na credibilidade do governo
americano.
b) Na luta por resistir à crise econômica, combate-se o desemprego em todos os países, mesmo nas
grandes potências.
c) Para conter o excesso de globalização, precisa-se de uma série de medidas protecionistas rígidas e
abrangentes.
d) Nas últimas décadas, perde-se uma batalha comercial a cada dia, devido a barreiras econômicas e
subsídios fiscais.
e) Nos dias atuais, para resistir à redistribuição do poder, provoca-se uma crise artificial de
proporções assustadoras.
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CESGRANRIO - PB (BNDES)/BNDES/Administração/2011
Língua Portuguesa (Português) - Vozes (Voz Passiva e Voz Ativa)
Texto
A REDESCOBERTA DO BRASIL
 
Na segunda metade do século XVI, quando o rei D. Manoel, o capitão-mor Pedro Álvares Cabral e o
escrivão Pero Vaz de Caminha já estavam mortos havia mais de duas décadas, começaria a surgir em
Lisboa a tese de que o Brasil fora descoberto por acaso. Tal teoria foi obra dos cronistas e historiadores
oficiais da corte. [...]
Embora narrassem fatos ocorridos havia apenas meio século(a) e tivessem acesso aos arquivos oficiais,
os cronistas reais descreveram o descobrimento do Brasil com base na chamada Relação do Piloto
Anônimo. A questão intrigante é que em nenhum momento o "piloto anônimo" faz menção à tempestade
que, segundo os cronistas reais, teria feito Cabral "desviar- se" de sua rota. Embora a carta de Caminha
não tenha servido de fonte(b) para os textos redigidos pelos cronistas oficiais do reino, esse documento
também não se refere a tormenta alguma. Pelo contrário: mesmo quando narra o desaparecimento da
nau de Vasco de Ataíde, ocorrido duas semanas depois da partida de Lisboa, Caminha afirma
categoricamente que esse navio sumiu "sem que houvesse tempo forte ou contrário para poder ser".
Na verdade, a leitura atenta da carta de Caminha e da Relação do Piloto Anônimo parece revelar que
tudo na viagem de Cabral decorreu na mais absoluta normalidade e que a abertura de seu rumo para
oeste foi proposital. De fato, é difícil supor que a frota pudesse ter-se desviado "por acaso" de sua rota
quando se sabe – a partir das medições astronômicas feitas por Mestre João – que os pilotos de Cabral
julgavam estar ainda mais a oeste do que de fato estavam. [...]
 
Reescrevendo a História
 
Mais de 300 anos seriam necessários até que alguns dos episódios que cercavam o descobrimento do
Brasil pudessem começar a ser, eles próprios, redescobertos. O primeiro passo foi o ressurgimento da
carta escrita por Pero Vaz de Caminha – que por quase três séculos estivera perdida(c) em arquivos
empoeirados. [...] O documento foi publicado pela primeira vez em 1817, pelo padre Aires do Casal, no
livro Corografia Brazílica. Ainda assim, a versão lançada por Aires do Casal era deficiente e incompleta
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/80932
1015) 
[...]. A "redescoberta" do Brasil teria que aguardar mais algumas décadas.
Não por coincidência, ela se iniciou no auge do Segundo Reinado. Foi nesse período cheio de glórias que
o país, enriquecido pelo café, voltou os olhos para a própria história. Por determinação de D. Pedro II, o
Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro (fundado em 1838) foi incumbido de desvendar os mistérios
que cercavam o descobrimento do Brasil. [...]
Ainda assim, a teoria da intencionalidade [...] e a tese da descoberta casual [...] não puderam, e talvez
jamais possam, ser definitivamentecomprovadas(d). Por mais profundas e detalhadas que sejam(e) as
análises feitas sobre os três únicos documentos originais relativos à viagem (as cartas de Pero Vaz de
Caminha, do Mestre João e do "piloto anônimo"), elas não são suficientes para provar se o
descobrimento de Cabral obedeceu a um plano preestabelecido ou se foi meramente casual.
BUENO, Eduardo. A Viagem do Descobrimento. Rio de Janeiro: Objetiva, 1998. (Coleção Terra Brasilis, v. 1). p.
127-130. Adaptado.
O verbo em negrito é o verbo principal da expressão na voz passiva em "O documento foi publicado
pela primeira vez em 1817...". Integra igualmente uma expressão da voz passiva o item destacado em:
a) "Embora narrassem fatos ocorridos havia apenas meio século [...]"
b) "Embora a carta de Caminha não tenha servido de fonte [...]"
c) "[...] por quase três séculos estivera perdida [...]"
d) "[...] não puderam [...] ser definitivamente comprovadas"
e) "Por mais profundas e detalhadas que sejam [...]"
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CESGRANRIO - PPNS (PETROBRAS)/PETROBRAS/Direito/2011
Língua Portuguesa (Português) - Vozes (Voz Passiva e Voz Ativa)
Texto II
 
PALAVRA PEJORATIVA
 
O uso do termo “diferenciada” com sentido negativo ressuscita o preconceito de classe
 
“Você já viu o tipo de gente que fica ao redor das estações do metrô? Drogados, mendigos, uma gente
diferenciada.” As palavras atribuídas à psicóloga Guiomar Ferreira, moradora há 26 anos do bairro
Higienópolis, em São Paulo, colocaram lenha na polêmica sobre a construção de uma estação de metrô
na região, onde se concentra parte da elite paulistana. Guiomar nega ser a autora da frase. Mas a
autoria, convenhamos, é o de menos. A menção a camelôs e usuários do transporte público ressuscitou
velhos preconceitos de classe, e pode deixar como lembrança a volta de um clichê: o termo
“diferenciada”.
 
A palavra nunca fora usada até então com viés pejorativo no Brasil. Habitava o jargão corporativo e
publicitário, sendo usada como sinônimo vago de algo “especial”, “destacado” ou “diferente” (sempre
para melhor).
 
– Não me consta que já houvesse um “diferenciado” negativamente marcado. Não tenho nenhum
conhecimento de existência desse “clichê”. Parece-me que a origem, aí, foi absolutamente episódica,
nascida da infeliz declaração – explica Maria Helena Moura Neves, professora da Unesp de Araraquara
(SP) e do Mackenzie.
 
Para a professora, o termo pode até ganhar as ruas com o sentido negativo, mas não devido a um
deslizamento semântico natural. Por natural, entenda-se uma direção semântica provocada pela
configuração de sentido do termo originário. No verbo “diferenciar”, algo que “se diferencia” será bom,
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1016) 
ao contrário do que ocorreu com o verbo “discriminar”, por exemplo. Ao virar “discriminado”, implicou
algo negativo. Maria Helena, porém, não crê que a nova acepção de “diferenciado” tenha vida longa.
 
– Não deve vingar, a não ser como chiste, aquelas coisas que vêm entre aspas, de brincadeira – emenda
ela. [...]
 
MURANO, Edgard. Disponível em: <http://revistalingua.uol.com.br/textos.asp?codigo=12327>. Acesso em: 05 jul.
2011. Adaptado.
 
 
Segundo os compêndios gramaticais, existem duas possibilidades de escritura da voz passiva no
português.
 
Na frase abaixo, encontra-se uma delas:
 
“A palavra nunca fora usada até então com viés pejorativo no Brasil.” 
 
A outra possibilidade de escritura, na forma passiva, na qual o sentido NÃO se altera é:
a) A palavra nunca se usou até então com viés pejorativo no Brasil.
b) A palavra nunca se usara até então com viés pejorativo no Brasil.
c) A palavra nunca se tem usado até então com viés pejorativo no Brasil.
d) A palavra nunca se usava até então com viés pejorativo no Brasil.
e) A palavra nunca se usaria até então com viés pejorativo no Brasil.
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CESGRANRIO - PB (BNDES)/BNDES/Análise de Sistemas - Suporte/2010
Língua Portuguesa (Português) - Vozes (Voz Passiva e Voz Ativa)
Além da aparência
 
"Só existem dois dias em que nada pode ser feito: um se chama ontem e o outro amanhã" - Dalai Lama.
Início de ano é sempre a mesma coisa: "Este ano vou emagrecer", "Este ano vou arranjar um bom
trabalho"(a), "Este ano vou achar o amor da minha vida", este ano, este ano... e por aí vai. Vale tudo (ou
quase tudo): roupa branca, pular sete ondas, comer lentilha, se consultar com cartomantes, tarólogos,
astrólogos que podem até nos dar uma previsão. Contudo, mais que prever o futuro é preciso concebê-
lo! Conceber o futuro é somar novos esforços àqueles já feitos anteriormente em busca de um objetivo
muito bem definido e planejado, sem esquecer que esse futuro que concebemos deve estar sempre em
congruência com nosso eu. São muitas as promessas que fazemos com o raiar de um novo ano.
A sensação que se tem é a de que ganhamos um caderno novinho em folha, com páginas em branco nas
quais escreveremos uma nova história. Mas muitos esquecem que para fazer uma vida nova(b) é preciso
não apenas de um novo ano, mas sim de um conjunto de ações que, em minha opinião, podem ser
resumidas em três: visão, autoconhecimento e autodesenvolvimento. Assim, acredito que o primeiro
passo na construção de uma vida nova começa pela definição de uma visão: o que você quer da vida?
Tem gente que vive apenas fazendo o que a vida quer, usando o velho lema do Zeca Pagodinho "deixa a
vida me levar". Prefiro ficar com o Jota Quest que diz: "a gente leva da vida a vida que a gente leva".
A visão pessoal tem o poder de dar sentido às coisas, muitas vezes aparentemente insignificantes. Ela
responde aos porquês.(c) Por que quero emagrecer? Por que quero conseguir um trabalho novo? Por que
estou fazendo isso ou aquilo? Ela nos guia e nos mantém no caminho, afinal para quem não sabe aonde
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1017) 
vai qualquer caminho serve. O Amir Klink tem uma frase brilhante que diz: "É muito triste passar a vida
inteira cumprindo as suas obrigações sem nunca ter construído algo de fato". Primeiro passo concluído,
você sabe o que quer da vida. Agora é preciso saber o que é necessário para concretizar essa visão, para
transformá-la em ação.
O segundo degrau dessa escada é saber quem você é. "Conhece-te a ti mesmo", como diria Sócrates, é
fundamental. Literalmente, é preciso se olhar no espelho. Fazemos isso o tempo todo com os outros,(d)
observando seus comportamentos, suas ações e até seus aspectos físicos. Mas, quanto tempo das
nossas vidas nos dedicamos à auto-observação? Olhar para si mesmo às vezes é duro: descobrimos
coisas(e) que nem sempre nos agradam, mas só assim é possível corrigi-las.
Tendo um objetivo claro e se conhecendo fica muito mais fácil definir quais "armas" usar. É como viajar:
a depender do destino você arruma sua mala. Se você for para o Alasca e não tiver roupas de frio terá
que comprar ou pedir emprestado. O passo seguinte é se desenvolver. Ou seja, eu sei pra onde quero ir,
conheço minhas forças e fraquezas, o que preciso aprimorar e/ou adquirir para chegar lá? Conhecimento,
comportamento e atitudes.
Uma avaliação 360º tornará possível identificar em quais aspectos precisaremos "caprichar" mais. É
necessário armar-se competências, lembrando que o sucesso de ontem não nos garante o sucesso de
amanhã. Somando essas três ações e dedicando-se a elas está feito o caminho. Daí é fazer um acordo
consigo mesmo e segui-lo à risca. Mais do que estabelecer metas, é preciso planejar, buscar novas
oportunidades, ter iniciativa, adquirir as informações necessárias, dar o melhor de si, comprometer-se
com suas escolhas, cultivar sua rede de contatos, ter autoconfiança, correr riscos sempre calculados e
persistir.
Algumas pessoas tentam, fazem de tudo, mas não conseguem. Para esses deixo uma frase do
Bernardinho, técnico da seleção brasileira masculina de vôlei: "Podemos até não vencer o campeonato,
mas precisamos deixar a quadra com a certeza de que fizemos o melhor que pudemos". Outras ganham
fôlego no início,mas acabam desistindo. Esses são aqueles que esperam pelos próximos anos, para
começar tudo novo de novo. E há ainda aqueles que vão até o final, caem, levantam a poeira e dão volta
por cima. Mas é assim que a vida segue. Mensagem final? Não. Mensagem inicial (aqui vai ela): "Pedras
no caminho? Guarde todas! Um dia construirá um castelo".
 
Carolina Manciola Disponível em <http://www.rh.com.br/Portal/Mudanca/Artigo/6506/ alem-da-aparencia.html>.
Acesso em: 01 jul 2010. (Adaptado).
A passagem que NÃO admite, segundo o registro culto e formal da língua, a transposição para a voz
passiva é
a) "'Este ano vou arranjar um bom trabalho'"
b) "...que para fazer uma vida nova..."
c) "Ela responde aos porquês."
d) "Fazemos isso o tempo todo com os outros,"
e) "descobrimos coisas..."
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CESGRANRIO - Tec Adm (BNDES)/BNDES/2010
Língua Portuguesa (Português) - Vozes (Voz Passiva e Voz Ativa)
Sonhos, ousadia e ação
 
Albert Einstein (1879-1955), físico alemão famoso por desenvolver a Teoria da Relatividade, mencionou,
durante sua vida, várias frases famosas. Uma delas é: "Nunca penso no futuro. Ele chega rápido
demais". Para um gênio como Einstein que vivia muito à frente de sua época, tal frase poderia ter certo
sentido. Mas também deixa claro que sua preocupação era agir no presente, no hoje, e as consequências
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/82042
1018) 
dessas ações seriam repercutidas no futuro.
Ainda utilizando frases do físico, mais uma vez ele quebra um paradigma quando cita: "A imaginação é
mais importante do que o conhecimento". Os céticos podem insistir em afirmar que o mais importante é
adquirir conhecimento. No entanto, sem a criatividade nascida de uma boa imaginação, de nada adianta
possuir conhecimento se você não tem curiosidade em ir além.
O conhecimento é muito importante para validar a criatividade e colocá-la em prática, mas antes de
qualquer ação existiu a imaginação, um sonho que aliado ao conhecimento e habilidades pode
transformar-se em algo concreto. Já a imaginação criativa, sem ações, permanece apenas como um
sonho.
Ainda à frente de sua época e indiretamente colaborando para os dias atuais, Einstein mais uma vez
apresenta uma citação interessante: "no meio de qualquer dificuldade encontra-se a oportunidade". Ou
seja, mesmo em meio a uma crise, podemos encontrar oportunidades. Oportunidades aos
empreendedores, aos inovadores, às pessoas e empresas que tiverem atitude e criatividade, que saiam
da mesmice, que não se apeguem a fatos já conhecidos, mas busquem o novo, o desconhecido.
Como profissionais, precisamos ser flexíveis e multifuncionais. Devemos deixar de nos conformarmos em
saber executar apenas uma atividade e conhecer várias outras, nas quais com interesse e dedicação
podemos ser diferenciados. Já as organizações devem encontrar, em uma nova realidade, novos usos de
produtos e boas oportunidades para os mercados que passaram a existir.
E para fechar este artigo com chave de ouro, cito outra sábia frase de Einstein: "Algo só é impossível até
que alguém duvide e acabe provando o contrário". Acredite, tudo é possível desde que seja dado o
primeiro passo. Você pode realizar seus sonhos se tiver confiança e lutar por eles. Poderá encontrar
novas oportunidades desde que olhe "fora da caixa" e seja o primeiro a descobrir uma chance que
ninguém está conseguindo ver.
Para se chegar a uma longa distância é preciso, antes de tudo, dar o primeiro passo. Parecia impossível o
homem voar e ir à lua. Quem imaginou, 30 anos atrás, que poderíamos acessar milhares de informações
em milésimos de segundos através da Internet? Mas para estas perguntas, por mais óbvias que sejam as
soluções, faço das palavras de Einstein minha resposta: alguém que duvidou e provou o contrário.
 
CAMPOS, Wagner. Disponível em: <http://tbc.rosier.com.br/oktiva. net/2163/nota/158049>. Acesso em: 02 jul
2010. (adaptado)
Transpondo-se a oração "no meio de qualquer dificuldade encontra-se a oportunidade." da voz passiva
pronominal para a passiva analítica, a forma verbal equivalente, semântica e gramaticalmente, à
destacada é
a) havia sido encontrada.
b) é encontrada.
c) terá encontrado.
d) encontra.
e) teria sido encontrada.
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CESGRANRIO - PPNS (PETROBRAS)/PETROBRAS/Administração/2010
Língua Portuguesa (Português) - Vozes (Voz Passiva e Voz Ativa)
Não transforme o seu futuro em um passado de que você possa arrepender-se
 
O futuro é construído a cada instante da vida, nas tomadas de decisões, nas aceitações e recusas, nos
caminhos percorridos ou não. Esse movimento é feito por nós diariamente sem percebermos e sem
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muito impacto, contudo, quando analisado em um período de tempo maior, ficam nítidos os erros e
acertos. Sabemos, internamente, dos melhores caminhos, entretanto, pelas inseguranças, medos e
raivas, diversas vezes adotamos posturas impensadas que impactam pelo resto da vida, comprometendo
trilhas que poderiam ser melhores ou mais tranquilas.
 
Como podemos superar esses momentos? Como fazer para evitar esses erros súbitos? Perguntas a que
também quero responder, afinal, sou humano e cometo todos os erros inerentes a minha condição,
contudo, posso afirmar que o mundo não acaba amanhã e, retirando a morte, as decisões podem ser
adiadas, lembrando que algumas delas geram ônus e multas. No direito e na medicina isso é mais
complexo, mas em muitas outras áreas isso é perfeitamente aceito. A máxima de que “não deixe para
fazer amanhã o que você pode fazer hoje” não é tão máxima assim. Devemos lembrar que nada é
absoluto, mas relativo.
 
Uma coisa faz muito sentido nesse tema: não deixe entrar aquilo de que você tem dúvida; se deixar,
limite o espaço. A pessoa mais importante da vida é o seu proprietário, o nosso maior erro é ser inquilino
dela, deixar entrar algo que se acha errado ou não se quer é tornar-se inquilino do que é seu, pagando
aluguel e preocupado com o final do contrato da sua vida. Não cometa esse erro.
 
A felicidade atual depende do passado, assim como a tristeza, a pobreza, a saúde e muitas outras coisas.
Nunca se esqueça disso, nunca. Torne mais flexível o seu orgulho, algo que hoje não deu certo, pode ser
perfeitamente aplicável daqui a um tempo. O orgulho impede de você tentar de novo. Não minta para
você, essa é a forma mais rápida de se perder. Quando tiver dúvida, fale alto com você mesmo, escute
as suas palavras e pense muito. É melhor ser taxado de louco do que ser infeliz.
 
Aceite que erramos, mas lembre que cometer os mesmos erros é burrice. O ideal é aprender com os
erros dos outros; para que isso aconteça, observe o que acontece com o mundo ao seu redor,
invariavelmente o seu problema já foi vivido por outras pessoas. Você não foi o primeiro a cometer erros
e, com absoluta certeza, não será o último. A observação é o melhor caminho para um futuro mais
tranquilo, mais equilibrado, mais pleno. Temos que separar um tempo do nosso dia para a reflexão e
meditação.
 
Utilize-se de profissionais especialistas, não cometa a bobagem de escutar amigos acerca de um
problema, eles são passionais e tendenciosos pelo nosso lado. Com eles, sentimo-nos seguros para
imaginarmos soluções perfeitas que nunca se concretizarão. O fracasso nessas ideias geniais
solucionadoras dos seus problemas, tipo “seus problemas acabaram” causam frustrações e raivas,
sentimentos que atacam nossa autoestima e podem prejudicar o resto de nossa vida. Cuidado com isso.
 
Por fim, tente ser feliz, tente amar, ajude as pessoas que precisam, seja bom. Nunca, mas nunca mesmo,
machuque as pessoas de caso pensado, só por vingança ou maldade, esse é com absoluta certeza o
mais vil de todos os pecados que um ser humano pode fazer. Quando machucar por outro motivo,
arrependa-se e peça desculpas sinceras e tente nunca mais machucar, tente com afinco. Evite criticar as
pessoas; como o mundo dá muitas voltas, um dia você pode ser o criticado. Aceite as pessoas como são,
não tentemudá-las, seja humilde e aceite os seus erros.
 
Esses comportamentos não resolvem os problemas, mas podem evitá-los. O nosso futuro pode ser um
passado legal, depende apenas de nós.
 
Disponível em: http://www.webartigos.com/articles/33414/1/NAOTRANSFORME-O-SEU-FUTURO-EM-UM-PASSADO-
QUE-VOCEPOSSA-
SE-ARREPENDER-/pagina1.html (adaptado) Acessado em: 9 abril/2010.
 
 
Transpondo-se o trecho “O futuro é construído a cada instante da vida,” para a voz passiva sintética,
tem-se a forma verbal
a) constrói-se.
1019) 
b) construiu-se.
c) há de ser construído.
d) pode ser construído.
e) foi construído.
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CESGRANRIO - PPNT (PETROBRAS)/PETROBRAS/Perfuração e Poços/2010
Língua Portuguesa (Português) - Vozes (Voz Passiva e Voz Ativa)
Um dia você aprende…
 
Depois de algum tempo você aprende a diferença, a sutil diferença entre dar a mão e acorrentar uma
alma. E você aprende que amar não significa apoiar-se, e que companhia nem sempre significa
segurança ou proximidade. E começa a aprender que beijos não são contratos, tampouco promessas de
amor eterno. Começa a aceitar suas derrotas com a cabeça erguida e olhos radiantes, com a graça de
um adulto – e não com a tristeza de uma criança. E aprende a construir todas as suas estradas no hoje,
pois o terreno do amanhã é incerto demais para os planos, uma vez que o futuro tem o costume de cair
em meio ao vão.
 
Depois de um tempo você aprende que o sol pode queimar se ficarmos expostos a ele durante muito
tempo. E aprende que não importa o quanto você se importe: algumas pessoas simplesmente não se
importam… E aceita que não importa o quão boa seja uma pessoa, ela vai feri-lo de vez em quando e,
por isto, você precisa estar sempre disposto a perdoá-la.
 
Aprende que falar pode aliviar dores emocionais. Descobre que se leva um certo tempo para construir
confiança e apenas alguns segundos para destruí-la; e que você, em um instante, pode fazer coisas das
quais se arrependerá para o resto da vida. Aprende que verdadeiras amizades continuam a crescer
mesmo a longas distâncias, e que, de fato, os bons e verdadeiros amigos foram a nossa própria família
que nos permitiu conhecer. Aprende que não temos que mudar de amigos: se compreendermos que os
amigos mudam (assim como você), perceberá que seu melhor amigo e você podem fazer qualquer coisa,
ou até coisa alguma, tendo, assim mesmo, bons momentos juntos.
 
Descobre que as pessoas com quem você mais se importa na vida são tomadas de você muito cedo, ou
muito depressa. Por isso, sempre devemos deixar as pessoas que verdadeiramente amamos com
palavras brandas, amorosas, pois cada instante que passa carrega a possibilidade de ser a última vez em
que as veremos; aprende que as circunstâncias e os ambientes possuem influência sobre nós, mas
somente nós somos responsáveis por nós mesmos; começa a compreender que não se deve comparar-se
com os outros, mas com o melhor que se pode ser.
 
Descobre que se leva muito tempo para se tornar a pessoa que se deseja tornar, e que o tempo é curto.
Aprende que não importa até o ponto aonde já chegamos, mas para onde estamos, de fato, indo – mas,
se você não sabe para onde está indo, qualquer lugar servirá.
 
Aprende que: ou você controla seus atos e temperamento, ou acabará escravo de si mesmo, pois eles
acabarão por controlá-lo; e que ser flexível não significa ser fraco ou não ter personalidade, pois não
importa o quão delicada ou frágil seja uma situação, sempre existem dois lados a serem considerados,
ou analisados.
 
Aprende que heróis são pessoas que foram suficientemente corajosas para fazer o que era necessário
fazer, enfrentando as consequências de seus atos. Aprende que paciência requer muita persistência e
prática. Descobre que, algumas vezes, a pessoa que você espera que o chute quando você cai poderá
ser uma das poucas que o ajudará a levantar-se. (…) Aprende que não importa em quantos pedaços o
seu coração foi partido: simplesmente o mundo não irá parar para que você possa consertá-lo. Aprende
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1020) 
que o tempo não é algo que possa voltar atrás. Portanto, plante você mesmo seu jardim e decore sua
alma – ao invés de esperar eternamente que alguém lhe traga flores. E você aprende que, realmente,
tudo pode suportar; que realmente é forte e que pode ir muito mais longe – mesmo após ter pensado
não ser capaz. E que realmente a vida tem seu valor, e, você, o seu próprio e inquestionável valor
perante a vida.
 
SHAKESPEARE, Willian.
Disponível em: http://esconderijosecreto.wordpress.com/2006/08/22/umdia-
voce-aprende-willian-shakespeare/ Acesso: 28 jan 2010. (Adaptado)
 
Em Comenta-se o ocorrido, a forma verbal que equivale à destacada, numa construção de voz passiva
analítica, é
a) comentou.
b) comentava-se.
c) é comentado.
d) fora comentado.
e) haverá de ser comentado.
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CESGRANRIO - PNS
(ELETRONUCLEAR)/ELETRONUCLEAR/Engenheiro/Ventilação/2010
Língua Portuguesa (Português) - Vozes (Voz Passiva e Voz Ativa)
O texto a seguir é um artigo de Carlos Minc e serve de base para a questão.
 
Texto II
 
DESAFIO À SOBREVIVÊNCIA
 
O crescimento predatório a qualquer custo, a exclusão e a miséria, o egoísmo e o desperdício ameaçam
a vida no planeta. Enquanto a desertificação avança (inclusive em 14 municípios do Noroeste do Estado
do Rio), a camada protetora de ozônio diminui, expondo os corpos às radiações cancerígenas. Enquanto
a temperatura global aumenta devido às queimadas, aos combustíveis fósseis e ao carvão mineral, o ar
puro e a água limpa tornam-se raros e caros.
 
Chegamos à artificialização da natureza: se a água da praia está podre, vá de piscinão; se a água da
torneira cheira mal, tome água mineral; se o ar no inverno causa doenças respiratórias, compre um
cilindro de oxigênio; se um espigão tirou a paisagem, ponha vasos de plantas na janela; se a poluição
sonora tira o sono, vá de vidro duplo e protetor de ouvidos. Os governantes juram ser ecologistas desde
a mais tenra idade, mas aprovam leis do barulho, termelétricas a carvão (em Itaguaí – RJ), desviam para
asfalto e estradas R$ 200 milhões dos royalties do petróleo, carimbados para defender rios e lagoas,
demarcar parques e despoluir a Baía de Sepetiba. As propostas dos ecologistas de energias alternativas,
como a solar e a eólica, de eficiência energética e cogeração, de aproveitamento do lixo e do bagaço de
cana para geração energética foram desprezadas pelo governo federal, e só com a crise previsível
passaram a ser consideradas com um pouco mais de respeito.
 
As propostas ambientalistas de reflorestamento de encostas, reciclagem de lixo, especialmente garrafas
PET, instalação dos comitês de bacia hidrográfica, drenagem, dragagem e demarcação das faixas
marginais de proteção das lagoas são cozinhadas em banho-maria e tiradas da gaveta a cada tragédia de
inundações e desabamentos. O Rio tem a lei mais avançada do país de coleta, recompra e reciclagem de
plástico e de PET (3.369, de janeiro de 2000), mas recuperamos apenas 130 milhões dos 600 milhões de
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1021) 
embalagens PET vendidas anualmente. Parte de 470 milhões restantes entopem canais, rios e provocam
inundações, quando poderiam gerar 20 mil empregos em cooperativas de catadores e uma fábrica de
reciclagem (há 18 delas no país, nenhuma no Rio). Nossa lei estadual de recursos hídricos está em vigor
há dois anos e meio, mas a efetiva instalação dos comitês de bacia, com participação de governos,
empresas, usuários e ambientalistas está emperrada, assim como a cobrança pelos usos da água.
 
Sem comitês atuando e sem recursos próprios, não há como monitorar a qualidade, arbitrar o uso
múltiplo da água, reconstituir as matas ciliares (como os cílios que protegem os olhos), evitar aterros e
lançamentos de lixo e esgoto. Ainda não dispomos de uma informação clara, atualizada, contínua e
independente da qualidade da água que bebemos.
 
Nossos governantes devemaprender a fórmula H2O para entender que na torneira a composição é outra.
A principal causa da mortalidade infantil no Terceiro Mundo são as doenças de veiculação hídrica, como
hepatite e diarreia. Água é vida, e saneamento, tratamento e prevenção são as maiores prioridades. Se
falharmos aí, trairemos o compromisso com a saúde e com a vida do planeta.
 
MINC, Carlos. O Globo, 04 out.02.
 
“As propostas dos ecologistas de energias alternativas [...] foram desprezadas pelo governo federal,”
 
Segundo os compêndios gramaticais, existem duas possibilidades de escritura da voz passiva no
português. Qual das opções emprega outra possibilidade de escritura na forma passiva, equivalente ao
trecho destacado, sem alterar-lhe o sentido?
a) Desprezaram-se as propostas dos ecologistas de energias alternativas.
b) Desprezou-se as propostas dos ecologistas de energias alternativas.
c) Desprezam-se as propostas dos ecologistas de energias alternativas.
d) Desprezavam-se as propostas dos ecologistas de energias alternativas.
e) Desprezar-se-iam as propostas dos ecologistas de energias alternativas.
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CESGRANRIO - Ag Cen (IBGE)/IBGE/Regional/2009
Língua Portuguesa (Português) - Vozes (Voz Passiva e Voz Ativa)
Abreviados
Nem faz tanto tempo assim, as pessoas diziam vosmecê. “Vosmecê concede a honra desta dança?” Com
o tempo, fomos deixando a formalidade de lado e adotamos uma forma sincopada, o popular você. “Você
quer ouvir uns discos lá em casa?” Parecia que as coisas ficariam por isso mesmo, mas o mundo,
definitivamente, não se acomoda. Nesta onda de tornar tudo mais prático e funcional, as palavras
começaram a perder algumas vogais pelo caminho e se transformaram em abreviaturas esdrúxulas, e
você virou vc. “Vc q tc cmg?”
 
Nenhuma linguagem é estática, elas acompanham as exigências da época, ganham e perdem
significados, mudam de função. Gírias, palavrões, nada se mantém os mesmos. Qual é o espanto?
 
Espanto, aliás, já é palavra em desuso: ninguém mais se espanta com coisa alguma. No máximo, ficamos
levemente surpreendidos, que é como fiquei quando soube que um dos canais do Telecine iria abrir um
horário às terças-feiras para exibir filmes com legendas abreviadas, tal qual acontece nos chats. Uma
estratégia mercadológica para conquistar a audiência mais jovem, naturalmente, mas e se a moda
pegar?
 
Hoje, são as legendas de um filme. Amanhã, poderá ser lançada uma revista toda escrita neste código, e
depois quem sabe um livro, e de repente estará todo mundo ganhando tempo e escrevendo apenas com
consoantes – adeus, vogais, fim de linha pra vocês.
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/315242
1022) 
O receio de todo cronista é ficar datado, mas, em contrapartida, dizem que é importante este nosso
registro do cotidiano, para que nossos descendentes saibam, um dia, o que se passava nesta nossa
cabecinha jurássica. Posso imaginar, daqui a 50 anos, meus netos gargalhando diante deste meu texto:
“ctd d w”.
 
Coitada da vovó mesmo. Às vezes me sinto uma anciã, lamentando o quanto a vida está ficando
miserável. Não se trata apenas dos miseráveis sem comida, sem teto e sem saúde, o que já é um
descalabro, mas da nossa miséria opcional. Abreviamos sentimentos, abreviamos conversas, abreviamos
convivência, abreviamos o ócio, fazemos tudo ligeiro, atropelando nosso amor-próprio, nosso
discernimento, vivendo resumidamente, com flashes do que outrora se chamou arte, com uma ideia
indistinta do que outrora se chamou liberdade. Todos espiam todos, sabem da vida de todos, e não
conhecem ninguém. Modernidade ou penúria?
As vogais são apenas cinco. Perdê-las é uma metáfora. Cada dia abandonamos as poucas coisas em nós
que são abertas e pronunciáveis.
MEDEIROS, Martha. Revista O Globo. 20 mar. 2005.
 
Em qual frase o verbo está na voz ativa?
a) As legendas dos filmes tinham sido abreviadas.
b) Algumas legendas não foram entendidas pelos mais velhos.
c) Em muitas situações não se aceitam abreviaturas.
d) Muitos não conseguiram decodificar as mensagens.
e) Transmitiram-se as mensagens pelo computador.
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CESGRANRIO - Aux Cen (IBGE)/IBGE/Administrativo/2006
Língua Portuguesa (Português) - Vozes (Voz Passiva e Voz Ativa)
GENGIBANDO
Era época de recenseamento do IBGE e fui uma daquelas funcionárias públicas que fazia trabalho
externo. O bom dessa experiência é que você conhece todo tipo de pessoa. Meu universo de
conhecimento humano ficou bem mais vasto depois desse trabalho. Não sei se porque era muito falante
e sempre bem humorada, fui nomeada a supervisora que iria visitar as recusas.
É porque não dá nem para imaginar a quantidade de pessoas que se recusam a receber a visita do infeliz
do recenseador. Uns não entendem para que é necessário saber a quantidade de pessoas que existem no
Brasil. Outros, talvez por terem algo a encobrir, receiam revelar alguma coisa que os incrimine.
O carro oficial levava os supervisores nas casas que tinham problema para receber o recenseador. Me
lembro de ter ouvido do meu chefe imediato a seguinte argumentação: — Vá com calma nessa casa, que
o homem apontou uma espingarda para o recenseador. (Que obviamente nem olhou para trás e saiu
correndo.)
 
Estava chovendo torrencialmente nesse dia e, ao descer do carro, bem em frente à casa que eu ia visitar,
caí numa enorme poça de lama. Quando o homem abriu a porta, não deu nem tempo para limpar meus
sapatos. Ele me ajudou na operação limpeza e já fui fazendo as perguntas. Ele relutou, mas, aos poucos,
foi cedendo e fui preenchendo o questionário.
Primeira pergunta: — Qual o nome das pessoas que moram aqui? Não me recordo os nomes exatos, mas
ele respondeu algo do tipo tem a Joana minha “mulé” e os “fios” e o Pedro e o Joaquim. Quando acabei
de anotar ele disse:
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1023) 
— Moça, esquecide falar, tem o “mentar” lá no quarto, ele conta também?
Lembro de ter perguntado com aquela cara de não entendi:
— Como é “mentar”?
— É, dona, o pobrezinho sofre das “facurdade mentar”.
Respondi que contava, sim.
— Dona, a senhora quer ver ele?
 
— Não, preciso só anotar o nome e a idade dele.
 
Ele me levou assim mesmo no quarto e lá estava um rapaz com um sorriso enorme.
 
— “Óia”, dona, disse o homem, não precisa ter medo dele que ele está assim com a “gengiba” toda de
fora por causa que ele é muito risonho assim mesmo. “Tivemo” que arrancar “os dente tudo” dele que
tava tudo “podrido”.
 
Consegui preencher todo o questionário sem problemas e quando estava no fim das perguntas ele olhou
para mim e disse:
 
—Tô com a “gengiba” coçando tanto, acho que vou ter que mandar o doutor “arrancá” tudo que é dente
meu também.
Eu contra-argumentei que era melhor ele tratar os dentes e não arrancar nada. O fato é que ficamos
horas “gengibando” e falando sobre “gengibas”. Isso aconteceu num bairro da periferia do Recife e o
legítimo cabra da peste, o dono da “gengiba coçante”, fez a maior amizade comigo. Em momento algum
eu o corrigi e sempre me referi à gengiva como “gengiba”.
O caso de recusa foi resolvido e acabamos de “gengiba” de fora de tanto rir e, pasmem, o homem até
me deu uma jaca. Meu chefe não acreditou quando cheguei da casa do homem considerado super bravo
segurando uma jaca, que é uma fruta para “gengiba” nenhuma botar defeito.
LUNA Rosi (adaptado). Disponível em www.anjosdeprata.com.br
 
Assinale a frase que se apresenta na voz passiva.
a) Consegui preencher todo o formulário.
b) O caso da recusa foi resolvido pela supervisora.
c) Estava chovendo torrencialmente nesse dia.
d) Qual o nome das pessoas que moram aqui?
e) Isso aconteceu num bairro da periferia do Recife.
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CESGRANRIO - Esc (BANRISUL)/BANRISUL/2023
Língua Portuguesa (Português) - Coerência. Coesão (Anáfora, Catáfora, Uso dos
Conectores - Pronomes Relativos, Conjunções, etc)
Implantação do código de ética nas empresas
 
Desde a infância, estamos sujeitos à influência de nosso meio social, por intermédio

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