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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DA (...) VARA DO TRABALHO DA COMARCA DE CAMPINAS NO ESTADO DE (...)
ANDRÉA DOS SANTOS BARBOSA, brasileira, casada, desempregada, data de nascimento, nome da mãe, com cédula de identidade 999, inscrita no CPF nº 7585758, residente e domiciliada na Rua São Francisco, número 235, no bairro Vila da Selva, na cidade de Campinas / (...) – CEP 30225, portadora do endereço eletrônico (...), vem diante de Vossa Excelência por meio de seus procuradores que esta subscreve, nos termos da procuração em anexo, propor a presente 
RECLAMAÇÃO TRABALHISTA C/C PEDIDO LIMINAR em face de 
Balas de todos os tipos Ltda., pessoa jurídica de direito privado, com inscrição no CNPJ sob o n º (...), com sede na Rua (...), nº(...), no bairro(...), CEP (...) localizada no município de Campinas/(...), de acordo com os fundamentos fáticos e jurídicos a seguir expostos. 
I. DA GRATUIDADE DA JUSTIÇA. 
 	Cumpre salientar que a Requerente não possui condições financeiras de arcar com custas processuais e honorárias advocatícias, sem prejuízo ao seu próprio sustento e de sua família, requerendo desde já os benefícios da justiça gratuita, nos termos do artigo 790 §3º e §4º da CLT.
II. DOS FATOS.
A requerente laborou para a sociedade empresária  Balas de todos os tipos Ltda. como cozinheira, no período de 02/02/2018  à 06/06/2019, percebendo um salário de R$1.200,00 (hum mil e duzentos reais mensais).  Ocorre que na data 06/06/2019, a requerente foi dispensada sem justa causa, com aviso-prévio indenizado. Contudo, compareceu à empresa,  por diversas vezes, para solicitar a formalização do fim do seu contrato de trabalho, não obtendo êxito em receber as verbas rescisórias das quais detém direitos, inerentes à ruptura contratual sem justa causa, tampouco teve acesso às guias para o recebimento do seguro desemprego e para liberação do FGTS.  Importante ressaltar que a requerida permanece desempregada, sem condições de pagar até mesmo a sua conta de luz.
III. DO DIREITO.
1. DAS VERBAS RESCISÓRIAS em consonância com o artigo 467 da CLT: 
A)Do saldo de salário:
Considerando que a reclamante laborou no período de 02/02/2018 a 06/06/2019 percebendo um salário de R$1.200,00 (um mil e duzentos reais) mensais conforme já anteriormente exposto, assim temos como valor do dia trabalhado o equivalente a R$40,00. Obtendo o saldo devedor de R$240,00, com fulcro no art.64 da CLT, e o valor do FGTS sob o saldo é de R$19,20.
 	B) Do aviso prévio indenizado:
A reclamante laborou perante a empresa reclamada durante aproximadamente 1 ano e 4 meses, assim temos o valor a ser pago a título de aviso prévio indenizado, que conforme os artigos 487 a 491, é de 30 dias trabalhados, o que equivale a R$1.200,00 (um mil e duzentos).
 	C) Das férias proporcionais + ⅓ constitucional:
A reclamante possui o direito de receber o período incompleto de férias, em conformidade com o art.146 parágrafo único da CLT o qual primeiro prevê que o direito do empregado ao período de férias na proporção de ½ por mês trabalhado ou fração superior a 14 dias. Considerando o período trabalhado, teremos 4/12 avós, assim o período a ser pago a título de férias proporcionais será de R$400,00. Acrescido do terço constitucional no valor de R$133,33 em conformidade com o artigo 7º, XVII da CF/88.
D) Do 13º salário proporcional:
Considerando que a reclamante completou 5 meses de trabalho no ano de 2019, o valor do 13º é o salário mensal percebido dividido por 12 meses e multiplicado pelos 5 meses trabalhados, totalizando o valor devido de R$500,00 reais. Com o saldo de FGTS sob o 13º no valor de R$40,00.
2. DO FGTS 
De acordo com a Lei 8.036/1990, o empregador deve recolher 8% do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) calculado sobre a remuneração do empregado. O cálculo realizado é a multiplicação da remuneração por 8%: 1.200 x 8% totalizando 96. Como foram 16 meses de contribuição há nova multiplicação: 16 x 96 =1536. Contabilizando o valor a ser pago a título de FGTS em R$1.536,00
Ainda, conforme o art.18 §1º da lei supracitada o empregador deverá pagar 40% de multa sobre o montante do FGTS ao empregado demitido sem justa causa, logo o valor da multa de FGTS a ser pago é R$614,40.
3. DO FORNECIMENTO DAS GUIAS DO SEGURO DESEMPREGO
Como dito na breve síntese dos fatos as guias para a realização do saque do seguro desemprego não foram entregues à reclamante ocorrendo no descumprimento do art. 3º da Lei 7.998/90 que versa sobre o direito à percepção do seguro desemprego aos trabalhadores que foram despedidos sem justa causa.
4. DA MULTA DO ART.467 DA CLT
Observado todo o relatado sobre a rescisão, a reclamada deverá pagar à reclamante, no ato da primeira audiência todas as verbas incontroversas, em caso de não pagamento haverá o acréscimo de 50% conforme o artigo 467 da CLT.
5. DA MULTA DO ART. 477 DA CLT
O artigo 477 § 6º da CLT estabelece que "A entrega ao empregado de documentos que comprovem a comunicação da extinção contratual aos órgãos competentes bem como o pagamento dos valores constantes do instrumento de rescisão ou recibo de quitação deverão ser efetuados até dez dias contados a partir do término do contrato." Tendo em vista o atraso no pagamento das verbas rescisórias, impõe-se o pagamento de uma multa equivalente a um mês de salário revertido em favor da reclamante conforme o §8º do mesmo artigo.
6. TUTELA DE URGÊNCIA 
Com efeito, a situação fática apresentada está em consonância com a tipificação legal trazida no artigo 300 e seguintes do Código de Processo Civil no que concerne à concessão de tutela de urgência a qual existe a satisfação de dois requisitos sejam eles a probabilidade do direito e o perigo de dano. Quanto ao primeiro verifica-se presente pelos motivos de fato e de direito já narrados, os quais evidenciam a veracidade das alegações da reclamante que teve o seu contrato de trabalho rescindido sem justa causa no dia 06/06/2019. Quanto ao segundo requisito é caracterizado pelos riscos da reclamante comprometer a sua subsistência e de sua família, tendo em vista que continua desempregada e sem renda.
Diante do narrado, requer seja DEFERIDO O PEDIDO DE TUTELA DE URGÊNCIA, a fim de que seja concedida a MEDIDA LIMINAR providenciando a imediata expedição de alvarás judiciais para o levantamento dos valores a título de FGTS e a entrega das guias de seguro desemprego.
7. DOS CÁLCULOS
	SALDO DE SALÁRIO = R$240,00
	FGTS DO SALDO DE SALÁRIO = R$19,20
	AVISO PRÉVIO INDENIZADO = 1.200,00
	FÉRIAS PROPORCIONAIS = R$400,00
	⅓ CONSTITUCIONAL = R$133,33
	13º PROPORCIONAL = R$500,00
	FGTS SOB O 13º PROPORCIONAL = R$40,00
	FGTS = R$1.536,00
	MULTA DO FGTS = R$614,40
	MULTA DO ART. 477 = R$1.200,00
	TOTAL = R$5.882,90
8. DOS PEDIDOS
Conforme exposto, pleiteia a Reclamante a condenação da Reclamada nos seguintes pedidos:
A. Julgamento procedente do pedido de TUTELA DE URGÊNCIA, a fim de que seja concedida a MEDIDA LIMINAR, com a providência da expedição de alvarás judiciais com o levantamento de valores a título de FGTS e o requerimento do SEGURO DESEMPREGO;
B. O deferimento do benefício da assistência judiciária gratuita, devido a frágil situação econômica da reclamante que não possui condições de custear o processo sem prejuízo próprio;
C. O pagamento de honorários advocatícios sucumbenciais sobre a condenação, conforme o artigo 491-A da CLT; 
D. O julgamento TOTALMENTE PROCEDENTE da presente reclamação, nos termos expostos nesta exordial com a declaração da existência de vínculo empregatício entre as partes, condenando o reclamado a pagar o aviso prévio indenizado, saldo de salário, 13º salário proporcional, férias com o terço constitucional, os depósitos de FGTS de todo o período trabalhado acrescido de multa de 40% a título de indenização, conforme os cálculos anexados;
E. a liberação das guias do seguro desemprego ou indenização correspondente;
F. a citação da reclamada para oferecer resposta no prazo legal sob pena de preclusão, revelia e confissão;
G. a designação de audiência de conciliação ou mediaçãona forma do artigo 334 do CPC
H. a condenação do reclamado ao pagamento da multa prevista no §8º do artigo 477 da CLT e, em caso nao sejam pagas as parcelas incontroversas na primeira audiência a aplicação da multa do artigo 467 da CLT acrescido de correção monetária e juros moratórios;
I. a produção de todas as provas em direito admitidas em consonância com os artigos 369 e seguintes do CPC, em especial a prova documental, a prova pericial, testemunhal e o depoimento pessoal da reclamada.
Dá-se a causa o valor de R$(...) nos termos do art.840, §1º da CLT.
Nestes termos, pede deferimento.
Local, data. 
Advogado, OAB.

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