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UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ DAQBI - DEPARTAMENTO ACADÊMICO DE QUÍMICA E BIOLOGIA BACHARELADO EM QUÍMICA MATEUS COELHO DE MATTOS OURO CURITIBA 2021 MATEUS COELHO DE MATTOS OURO Trabalho apresentado à disciplina de práticas de inorgânica, do curso de Bacharelado em Química, da Universidade Tecnológica Federal do Paraná, como forma de avaliação parcial da disciplina. Orientador: Prof. Dayane Mey Reis CURITIBA 2021 Sumário 1. Introdução Ouro 2. Resumo do artigo 2.1 Técnicas de aplicação 2.2 Difração de raios-X de monocristal 2.3 Espectroscopia de ressonância magnética nuclear (RMN) 2.4 Espectroscopia no infravermelho (espectroscopia IV) 3. Referências 1. Introdução Ouro O ouro é um elemento químico classificado como metal de transição, identificado pelo símbolo Au e número atômico (Z) 79. Tem uma massa molar de 197 g/mol e eletronegatividade de 2,54 na escala de Pauling. Em temperatura ambiente é encontrado no estado sólido e tem ponto de fusão de 1064ºC (o sexto maior entre todos os elementos). Tem uma dureza de cerca de 2,5 na escala de Mohs (escala vai até 10) que é considerada baixa, por isso é comumente endurecido através da formação de liga com prata e cobre. Quando puro é um metal de cor amarela, brilhante, denso, bastante maleável e dúctil que reage com cloro e bromo, entretanto não reage com os demais elementos. O ouro apresenta uma boa condutividade elétrica, além de resistência a corrosão. Com seu potencial de redução muito elevado, este elemento geralmente é encontrado na natureza como metal livre. Como o ouro é um ácido muito mole, os minerais de ouro conhecidos, como a calaverita, AuTe2, e a silvanita, AuAgTe4, envolvem a base muito mole telúrio. Para extração do ouro metálico da rocha, é empregado o processo de cianeto. O ouro forma uma ampla variedade de complexos, mas poucos compostos inorgânicos simples. O óxido de ouro(I), Au2O, é um dos poucos compostos estáveis do ouro, em que o metal tem um número de oxidação +1. Como o cobre, este estado de oxidação é estável somente em compostos sólidos, porque as soluções aquosas de todos os sais de ouro(I) se desproporcionam em ouro metálico e íons ouro(III): 3 Au+(aq)→2 Au(s) + Au3+(aq) Um dos compostos mais comuns do ouro é o cloreto de ouro(III), Au2Cl6, que tem uma estrutura em ponte de cloro similar à do cloreto de alumínio. Ele pode ser preparado simplesmente pela reação dos dois elementos juntos: 2 Au(s) + 3 Cl(g)→Au2Cl6(s) A dissolução de cloreto de ouro(III) em ácido clorídrico concentrado dá o íon tetracloroaurato(III), [AuCl4]−, um íon que é um dos componentes do “ouro líquido”, uma solução da espécie de ouro com ligantes de tiol que deposita uma película de ouro metálico quando aquecida. Existem 18 radioisótopos de ouro, sendo o mais estável o 197Au, com um tempo de meia vida de 186 dias. Exemplos: Para diminuir a necessidade de arcondicionado no verão, as janelas em alguns edifícios de escritórios altos são revestidas com uma camada refletiva de 10–11 m de ouro. A aplicação de compostos de ouro à medicina começou em 1935 e é conhecida como crisoterapia ou auroterapia. Os compostos de ouro são particularmente eficazes no tratamento de artrite reumática reduzindo a inflamação, embora o mecanismo de ação ainda esteja em debate. Diversos compostos de ouro são empregados para esse fim; um dos mais comuns tem o nome farmacêutico de auranofin, (C14H19O9)—S—Au=P(C2H5)3. Diz-se que os compostos de ouro são https://www.infoescola.com/quimica/escala-de-pauling/ https://www.infoescola.com/fisico-quimica/fusao/ https://www.infoescola.com/quimica/escala-de-mohs/ https://www.infoescola.com/elementos-quimicos/prata/ https://www.infoescola.com/elementos-quimicos/cobre/ https://www.infoescola.com/elementos-quimicos/cloro/ https://www.infoescola.com/elementos-quimicos/bromo/ https://www.infoescola.com/fisica/condutividade-eletrica/ https://www.infoescola.com/quimica/corrosao/ https://www.infoescola.com/quimica/isotopos/ úteis no tratamento de outras condições médicas, porém, algumas dessas alegações não foram comprovadas. 2. Resumo do artigo O objetivo original deste estudo foi preparar novos complexos de Au (III) com amidrazonas, a fim de avaliar suas propriedades biológicas. Durante a síntese, no entanto, foi observado um processo de ciclização imprevisto que converteu a porção amidrazona presente na molécula 1 de amidrazona-carbonila, no sistema de anel 1,2,4-triazolo piridina, que foi imediatamente seguido pela queleção de Au(III). Desta forma, se obtive inesperadamente o composto 2 de Au (III), que pode ser considerado um complexo ou organometálico (devido à presença de ligações Au-C e Au-N). Sua estrutura molecular foi confirmada por difração de raios-X de cristal único, bem como por 1 H, 13C e 15N espectroscopia de ressonância magnética nuclear (RMN) e espectroscopia no infravermelho (espectroscopia IV), enquanto a atividade antibacteriana e antiproliferativa foi testada in vitro. Os resultados desses cálculos quânticos indicam que toda a porção AuCl (1) Cl (2) N (3) C (15) tem a carga elétrica negativa parcial (δ−), embora o próprio íon Au (III) permaneça positivamente carregado (no entanto, muito menos do que se poderia deduzir aparentemente de seu estado de oxidação formal +3), enquanto o anel triazol do sistema de anéis 1,2,4-triazolo piridina carrega a carga elétrica positiva parcial (δ+). O Composto 2 foi testado contra bactérias Gram-negativas, bem como contra bactérias Gram-positivas. A concentração inibitória mínima foi determinada pelo método de microdiluição. Dois antibióticos amoxicilina e tetraciclina foram investigados de forma semelhante como drogas antimicrobianas padrão. A atividade antiproliferativa de 2 foi determinada usando várias linhas de células de câncer humano, comumente usados na avaliação da citotoxicidade de drogas. Os resultados dos estudos de 1 H, 13C e 15N RMN, concluídos pelas atribuições de todas as ressonâncias com as técnicas bidimensionais de HMQC e HMBC, estão em total concordância com a estrutura de raios-X de monocristal de 2, confirmando uma identidade deste incomum e inesperado Espécies de Au (III). O Composto 2 foi testado in vitro como um potencial agente antibacteriano e antiproliferativo. Apresenta boa atividade antibacteriana contra S. aureus e tem atividade antibacteriana superior à amoxicilina contra B. subtilis e a cepa de K. pneumoniae resistente a medicamentos. Por outro lado, revela menor atividade antiproliferativa do que poderia ser esperado para complexos de Au (III). 2.1 Técnicas de aplicação Difração de raios-X de monocristal Espectroscopia de ressonância magnética nuclear (RMN) Espectroscopia no infravermelho (espectroscopia IV) 2.2 Difração de raios-X de monocristal A difração de raio-X de monocristais foi descoberta por Max von Laue em 1912. No mesmo ano, engajado em seus estudos experimentais, W. L. Bragg descobriu a similaridade da difração com a reflexão comum e deduziu uma equação simples, tratando a difração como uma “reflexão” dos planos na rede cristalina. A análise dos dados de difração obtidos de monocristais é o método mais importante de obtenção das estruturas de sólidos inorgânicos. Desde que um composto possa ser cultivado como um cristal de tamanho e qualidade suficientes, os dados fornecem informações definitivas sobre as estruturas moleculares e de rede estendida. A coleta de dados de difração de um único cristal pode ser realizada usando um difratômetro, onde o cristal é movimentado em torno de três direções ortogonais, denotadas por ω, φ e χ, em um feixe de raios-X. Um difratômetro de quatro círculo usa um detector de cintilação para medir a intensidade do feixe de raios-X difratado como uma função do ângulo de difração, 2 θ. A muito dos novos difratômetros usam um detector de área ou placa de imagem que é sensível aos raios X; esses detectores medem um grande número de máximos de difração simultaneamente, de modo que conjuntos de dados completos podem ser coletados em apenas algumas horas. Aanálise dos dados de difração de cristais únicos é geralmente um processo complexo envolvendo milhares de reflexões e suas intensidades, mas, com o avanço cada vez maior dos sistemas computacionais, um cristalógrafo experiente pode completar a determinação da estrutura de uma molécula inorgânica pequena em menos de uma hora. A difração de raios-X de monocristal pode ser usada para determinar a estrutura da maioria dos compostos inorgânicos, desde de que seja possível obter cristais com dimensões de cerca de 50 × 50 × 50 μm, ou maiores. As posições para a maioria dos átomos, incluindo C, N, O e metais, na maioria dos compostos inorgânicos podem ser determinadas com precisão suficiente para que os comprimentos das ligações possam ser definidos em décimos de picômetros. As posições dos átomos de hidrogênio podem ser determinadas para compostos inorgânicos que contêm apenas átomos leves (Z menor que cerca de 18, Ar), mas suas localizações em muitos compostos inorgânicos que também contêm átomos pesados, tais como elementos das séries 4d e 5d, pode ser difícil ou impossível. O problema reside no baixo número de elétrons do átomo de hidrogênio (apenas um), o que pode ser ainda mais reduzido quando H forma ligações com outros átomos. Além disso, como esse único elétron normalmente faz parte de uma ligação, a posição determinada por raios-X dessa densidade está frequentemente deslocada ao longo da direção da ligação; isso produz comprimentos de ligação menores quando comparado com a verdadeira distância internuclear. Estruturas moleculares obtidas por análise de difração de raios-X em monocristal são frequentemente representadas em diagramas ORTEP(Oak Ridge Thermal Ellipsoid Program). Em um diagrama ORTEP, utiliza-se um elipsóide para representar o volume dentro do qual reside a maior probabilidade de densidade eletrônica responsável pelo espalhamento, mais corretamente chamado de elipsóide de deslocamento, que leva em consideração seu movimento térmico. O tamanho do elipsóide aumenta com a temperatura e, portanto, a imprecisão no comprimento de ligação extraídos dos dados e o seu erro. 2.3 Espectroscopia de ressonância magnética nuclear (RMN) A ressonância magnética nuclear (RMN) é o método espectroscópico mais poderoso e amplamente utilizado para a determinação de estruturas moleculares em solução e líquidos puros. Em muitos casos, ele fornece informações sobre forma e simetria com maior certeza do que é possível com outras técnicas espectroscópicas, como espectroscopia de infravermelho e Raman. A RMN também fornece informações sobre a velocidade da traca de ligantes em moleculas fluxionais. Ela também pode ser usada para acompanhar reações fornecendo, em muitos casos, detalhes mecanísticos intrincados. A técnica tem sido usada para obter as estruturas de moléculas de proteínas com massas molares de até 30�� ���−1 e complementa as descrições mais estáticas obtidas com difração de raios X monocristal. No entanto, ao contrário da difração de raios X, os estudos de RMN de moléculas em solução geralmente não podem fornecer informações detalhadas sobre distâncias de ligação e ângulos, embora permitam fornecer algumas informações sobre separações internucleares. É uma técnica não destrutiva porque a amostra pode ser recuperada da solução após o espectro de ressonância ter sido coletado. A sensibilidade do RMN depende de vários fatores, dentre eles a abundância do isótopo e a magnitude de seu momento magnético nuclear. Com as modernas técnicas de RMN multinucleares, é particularmente fácil observar espectros para 1H, 19F e 31P e para muitos outros isótopos. Uma limitação comum para núcleos exóticos é a presença de um momento nuclear quadrupolar, uma distribuição não uniforme de carga elétrica, que amplia os sinais e degrada os espectros. Os núcleos com números atômicos pares e números de massa pares (como 12C e 16O) têm spin zero e são invisíveis em RMN. Os espectros são originalmente obtidos em um modo de onda contínua, em que as ressonâncias são encontradas submetendo a amostra a uma radiofrequência constante enquanto aumenta o campo, ou mantendo o campo constante enquanto faz a varredura da radiofrequência. Em espectrômetros contemporâneos, as separações de energia são identificadas por núcleos excitantes na amostra com uma sequência de pulsos de radiofrequência e então observando o retorno da magnetização nuclear ao equilíbrio. A transformação de Fourier então converte os dados do domínio do tempo para o domínio da frequência com picos aparecendo nas frequências correspondentes às transições entre os diferentes níveis de energia nuclear. A frequência de uma transição de RMN depende do campo magnético local experimentado pelo núcleo e é expressa em termos do deslocamento químico, δ, a diferença entre a frequência de ressonância dos núcleos (ν) na amostra e a de um composto de referência (ν⁰). Os deslocamentos químicos de 1H e de outros núcleos em vários ambientes químicos são tabelados, de modo que as correlações empíricas podem frequentemente ser usadas para identificar compostos ou o elemento ao qual o núcleo ressonante está ligado. Os deslocamentos químicos são diferentes para o mesmo elemento em posições não equivalentes dentro de uma molécula, pois as densidades eletrônicas locais ao redor do núcleo em diferentes sítios serão diferentes. Mudanças no deslocamento químico são causadas pela introdução de uma espécie paramagnética na solução devido aos campos magnéticos locais que eles produzem. A medição dessa diferença no deslocamento químico pode ser usada para determinar o número de elétrons desemparelhados nas espécies paramagnéticas. A atribuição estrutural é frequentemente auxiliada pela observação do acoplamento spin – spin, que dá origem a multipletos no espectro devido às interações entre spins nucleares. O acoplamento spin-spin surge quando a orientação do spin de um núcleo próximo afeta a energia de outro núcleo e causa pequenas mudanças na localização da ressonância deste último. A força do acoplamento spin-spin, que é relatada como a constante de acoplamento spin-spin, J é independente do campo magnético aplicado, diminui rapidamente com a distância por meio de ligações químicas e, em muitos casos, é maior quando os dois átomos estão diretamente ligados um ao outro. As ressonâncias de núcleos quimicamente equivalentes não exibem os efeitos de seus acoplamentos spin-spin. Assim, é observado um único sinal de 1H para a molécula de CH3I, embora exista um acoplamento entre os núcleos dos H. O acoplamento dos spins nucleares de diferentes isótopos é denominado acoplamento heteronuclear. O acoplamento homonuclear, entre núcleos de um mesmo isótopo, é detectável quando os núcleos estão em localizações quimicamente não equivalentes. Os tamanhos das constantes de acoplamento podem frequentemente ser relacionados à geometria de uma molécula, observando as tendências empíricas. A intensidade integrada de um sinal proveniente de um grupo de núcleos quimicamente equivalentes é proporcional ao número de núcleos do grupo. Desde que haja tempo suficiente durante a aquisição do espectro para o relaxamento completo do núcleo observado, as intensidades integradas podem ser usadas para auxiliar na atribuição espectral da maioria dos núcleos. No entanto, para núcleos com baixa sensibilidade, permitir tempo suficiente para relaxamento completo pode não ser realista, portanto, informações quantitativas de intensidades de sinal são difíceis de obter. A escala de tempo de RMN é lenta no sentido de que as estruturas podem ser resolvidas desde que sua vida útil não seja inferior a alguns milissegundos. Como a temperatura na qual os espectros de NMR são registrados pode ser facilmente alterada, as amostras podem frequentemente ser resfriadas a uma temperatura na qual a taxa de interconversão se torna lenta o suficiente para que ressonâncias separadas sejam observadas. A coleta de espectros em função da temperatura permite a determinação do ponto em que o espectro muda da forma de alta temperatura para aforma de baixa temperatura. A análise mais detalhada desses dados de RMN em função da temperatura permite a obtenção do valor da barreira de interconversão. Um espectros de RMN de estado sólido raramente mostram uma resolução tão alta quanto a de um espectro de RMN em solução. Essa diferença se deve principalmente a interações anisotrópicas, como acoplamentos de dipolos magnéticos entre os núcleos, os quais em solução representam o valor médio devido à movimentação molecular, e de interações magnéticas de longo alcance decorrentes das posições fixas dos átomos. Esses efeitos significam que, no estado sólido, os núcleos quimicamente equivalentes podem estar em diferentes ambientes magnéticos e, portanto, ter diferentes frequências de ressonância. 2.4 Espectroscopia no infravermelho (espectroscopia IV) A espectroscopia vibracional é usada para caracterizar compostos em termos de resistência, rigidez e número de ligações que estão presentes. Também é usado para detectar a presença de compostos conhecidos, para monitorar mudanças na concentração de uma espécie durante uma reação, para determinar os componentes de um composto desconhecido (como a presença de ligantes CO), para determinar um estrutura provável para um composto e para medir propriedades das ligações (suas constantes de força). Uma ligação em uma molécula se comporta como uma mola: esticá-la por uma distância x produz uma força restauradora F. Para pequenos deslocamentos, a força restauradora é proporcional ao deslocamento e F = - kx, onde k é a constante de força do ligação: quanto mais rígida for a ligação, maior será a constante de força. Tal sistema é conhecido como oscilador harmônico, e a solução da equação de Schrödinger fornece as energias �� = � + 1 2 ℎ� onde ω = k μ 2, v = 0,1,2,... e μ é a massa efetiva do oscilador. Para uma molécula diatômica composta de átomos de massa �� � ��, � = ���� ��+��. Esta massa efetiva é diferente para isotopólogos (moléculas compostas por diferentes isótopos de um elemento), o que por sua vez leva a mudanças em Ev. Se mA >> mB , então μ ≈ mB e apenas o átomo B se move durante a vibração: neste caso, os níveis de energia vibracional são determinados em grande parte por �� , a massa do átomo mais leve. A frequência ν é, portanto, alta quando a constante de força é grande (uma ligação rígida) e a massa efetiva do oscilador é baixa (apenas átomos leves são movidos durante a vibração). As energias vibracionais são geralmente expressas em termos do número de onda, ṽ = ω /2πc. Uma molécula que consiste em N átomos pode vibrar de 3 N− 6 maneiras diferentes e independentes se for não linear, e de 3 N − 5 maneiras diferentes se for linear. Essas vibrações diferentes e independentes são chamadas de modos normais. Geralmente, os modos de deformação angular das massas ocorrem em frequências mais baixas do que os modos de estiramento, e as massas efetivas a serem consideradas, e portanto as suas frequências, dependem das massas dos átomos de uma maneira complicada que reflete a extensão com que cada um dos átomos se movem em cada modo. Os modos são rotulados ν1, ν2, etc., e às vezes recebem nomes designativos, como estiramento simétrico e estiramento assimétrico. Apenas os modos normais que levam a mudança no momento de dipolo elétrico podem absorver a radiação infravermelha, de forma que somente estes modos são ativos no IV e contribuem para o espectro no IV. O nível mais baixo (ν = 0) de qualquer modo normal corresponde a �� = � + 1 2 ℎ�, chamada de energia do ponto zero, que é a menor energia vibracional que uma ligação pode possuir. Além das transições fundamentais com Δv = +1 os espectros vibracionais também podem mostrar bandas decorrentes de quanta duplo Δv = +2 em 2ṽ, conhecido como hamônicos, ou de combinações de dois modos vibracionais diferentes. O espectro vibracional de um composto é obtido expondo a amostra à radiação no infravermelho e registrando a variação da absorbância em função da frequência, número de onda ou comprimento de onda. Nos primeiros espectrômetros IV, a transmitância era medida conforme a frequência da radiação era varrida entre dois limites. Agora o espectro é extraído de um interferograma por transformação de Fourier, que converte informações no domínio do tempo (com base na interferência das ondas que viajam por caminhos de comprimentos diferentes) para o domínio da frequência. A amostra deve estar contida em um material que não absorva radiação IV, o que significa que naõ se pode usar vidro nem soluções aquosas, a menos que as bandas espectrais de interesse ocorram em frequências não absorvidas pela água. As janelas ópticas são normalmente construídas a partir de CsI ou CaF2. Os procedimentos tradicionais de preparação da amostra empregam a produçaõ de uma pastilha de KBr (onde a amostra é misturada com KBr seco e em seguida prensada em um disco translúcido) e de emulssões em parafina (onde a amostra é produzida como uma suspensão que é, então, colocada como uma gota entre as janelas ópticas). Uma faixa típica de um espectro de IV é entre 4000 e 250 cm−1 , o que corresponde a uma faixa de comprimentos de onda entre 2,5 e 40 μm. Uma aplicação importante da espectroscopia vibracional é na determinação da forma de uma molécula inorgânica. Um dos principais usos da espectroscopia de infravermelho é o estudo de numerosos compostos do bloco d que contêm ligantes carbonila, que dão origem a bandas de absorção vibracional intensa em uma região onde poucas outras moléculas produzem absorções. A velocidade de aquisição de dados possível com espectroscopia de IV com transformada de Fourier (FTIR) significa que ela pode ser incorporada em técnicas cinéticas rápidas, incluindo fotólise a laser ultrarrápida e métodos de fluxo interrompido. A espectroscopia IV é um excelente método para estudar moléculas que são formadas e aprisionadas em matrizes inertes, na técnica conhecida como isolamento de matriz. O princípio do isolamento da matriz é que espécies altamente instáveis que normalmente não existiriam podem ser geradas em uma matriz inerte. 3. Referências Geoff, RAYNER-CANHAM,, e OVERTON, Tina. Química Inorgânica Descritiva, 5ª edição. https://www.sciencedirect.com/science/article/abs/pii/S0022286018308950 http://ca.iq.usp.br/conteudo2.php?itemid=30 Weller, M., Overton, T., Rourke, J., & Armstrong, F. (2017). Química Inorgânica (6th edição). Grupo A https://www.sciencedirect.com/science/article/abs/pii/S0022286018308950
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