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Sistema digestório O sistema digestório é muito importante para o organismo, tendo sua função a absorção de nutrientes, nutrindo o organismo. Cavidade oral A digestão se inicia na cavidade oral, por meio da preensão, trituração e da salivação, que contem enzimas digestivas. A captação da água também é muito importante. Em animais que comparecem para uma consulta com problemas na cavidade oral, as queixas mais comuns são a falta de alimentação ou ingestão de água, lesão, está babando (sialorréia), tem cheiro ruim na boca e sangramento. Anamnese específica Exame físico O exame físico é feito por meio da inspeção, palpação e olfação. O exame físico da cavidade oral é complicado em cães, pois muitos não gostam e podem ficar estressados, então, muitas das vezes, o animal necessita ser sedado. É extremamente importante fazer um exame minucioso no exame. Afecções cirúrgicas da boca As afecções envolvem congênitas e adquiridas. As congênitas são os lábios leporinos e fissura palatina, normalmente os pacientes são neonatos e filhotes, e as adquiridas são as neoplasias e infecções. Nos casos de fenda palatina, o procedimento é iniciado com a colocação de uma sonda de alimentação e uso de fármaco caso haja acometimento pela pneumonia aspirativa para estabilizar o paciente. Em seguida, inicia a correção cirúrgica chamada de Palatoplastia. Doença periodontal A doença periodontal é a campeão em acometimentos da cavidade oral. Ela se inicia com uma gengivite, progredindo para o tártaro e depois para a periodontite. A periodontite é uma doença que pode chegar até mesmo na raiz do dente, causando abcesso facial, quando está contido, e quando ele “estoura” é chamado de fístula infraorbitária. Manipulação de alterações da boca e esofago de pequenos animais Anorexia: falta de apetite; Hiporexia: Pouco apetite; Normorexia: apetite normal; Disfagia: Animal com dificuldade em apreender o alimento; Apetite caprichoso: Animal come somente o que quer; Halitose: Mal hálito; Sialorréia: Produção excessiva ou dificuldade de deglutir a saliva. • Há quanto tempo? • Apresenta vômito? • Ingestão de água? • Há contactantes? • Qual o manejo ambiental? • Qual o manejo sanitário? • Qual o manejo alimentar? Sialocele Gengivite Tártaro Periodontite Animal com fístula infraorbitária em decorrência de uma periodontite no 4º pré-molar A periodontite pode causar endocardite bacteriana, glomerulonefrite, meningite, hepatite e até a morte por conta da excessiva carga de bactéria presente na doença, mesmo com o tratamento (tardio). O tratamento exige o uso antibioticoterapia específico para bactérias mais comumente encontradas na periodontite com inicio 5 dias antes e 5 dias após do tratamento. Esôfago No caso de problemas no esôfago, as queixas mais comuns de tutores é: engasgos, sialorréia, disfagia, tosse, regurgitação, aumento de volume e dificuldade de deglutição. O exame físico é composto pela inspeção e palpação do esôfago, na parte cervical, anterior a entrada no tórax, onde deve ser feita as radiografias. A posição do esôfago é encontrada a partir da traquéia, mais para o lado esquerdo na superfície dorsal. As afecções mais comuns do esôfago são a esofagite (inflamação da mucosa), dilatação esofágica (megaesôfago) e obstrução esofágica (corpo estranho, neoplasia, presença de parasitas-S. lupi). Esofagite A esofagite é uma inflamação da mucosa do esôfago que é causada por lesões. Megaesôfago O megaesôfago é uma disfunção, normalmente neurológica, do tônus muscular do esôfago, deixando-a flácida, fazendo com que a comida se acumule nele, aumentando ainda mais a flacidez. Não é uma doença, é uma consequência de uma doença. Ex: cinomose, miastenia grave, doença de chagas, persistência do ducto arterioso, etc. Pode ser idiopático, por não saber a causa. Não há cirurgia, mas pode-se fazer cirurgia no cárdia, que pode “melhorar” a situação. Esofagotomia Caso seja um corpo estranho, que não pode ser retirado pela esofagoscopia, será necessário fazer a cirurgia chamada de esofagotomia. O animal será posicionado em decúbito dorsal, com uma almofada apoiando o pescoço, sob anestesia geral, entubado e com antissepsia local. Faz-se a incisão na superfície da região média ventral do pescoço, divulsão do subcutâneo, separação dos músculos externoióides, retração da traquéia para o lado direito e o esôfago vai estar logo “abaixo” da traquéia. A incisão é feita paralela, acompanhando a direção das fibras musculares, e caudal ao corpo estranho para não lesionar ainda mais a mucosa esofágica. A síntese é chamada de esofagorrafia onde pode ser feita em dois planos, fechando a mucosa e submucosa na primeira com a sutura tipo swift, e na segunda é feita outra sutura simples separada sepultando as debaixo e pegando as camadas musculares. Pode fazer em apenas um plano com todas as camadas, com a sutura tipo swift. Corpo estranho Esofagite localizada Esofagite hemorrágica difusa Regurgitação X Vômito No vômito, o conteúdo está vindo do estômago. O animal precisa ter contrações abdominais intensas. Na regurgitação, o conteúdo ainda não chegou ao estômago.
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