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Doenças em Bovinos e Obstrução Esofágica

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Doenças do Sistema Digestório
Actinobacilose
· Chamada de língua de pau 
· É uma doença infecciosa, não contagiosas, que afeta os tecidos moles
· Causada por uma bactéria comensal do TGI dos bovino chamada Actinobacillus Lignieresii 
Fisiopatogênia: O animal tem que ter uma ferida na boca com isso a bactéria invade o tecido, causando uma infecção local, sendo assim ela pode ser drenada para linfonodos regionais ou outros órgãos. Vai causar uma lesão local que vai virar uma reação inflamatória aguda causando lesões granulomatosas (necrose, pus)
Sinais clínicos: 
· Vai causar uma glossite difusa esclerosante (a língua fica hipertrofiada, dura e dolorosa)
· Animal para se alimentar 
· Emagrecimento 
· Salivação intensa 
· Cara inchada próximo aos linfonodos (“cara de hipopótamo”) 
 Diagnostico:
· Observar clinicamente a presença de granulomas duros, com conteúdo purulento (não é mau cheiroso) e presença de nódulos
· Biopsia e cultura: cultura, isolamento e identificação feita com o pus, ou fazer uma biopsia e isolar o agente na histologia 
Tratamento: 
· iodoterapia: tem uma ação de reduzir o processo inflamatório e a fibrose 
- iodeto de K, VO na dose de 6 a 10 g/dia durante 7 a 10 dias
- 70 a 80 mg/kg de iodeto de Na ou K, a 10 a 20% IV, repetido 7 a 10 d
· Associar um antibiótico: ceftiofur (melhor para gado de leite), ampicilina, penicilina, florfenicol, sulfas, aminoglicosídeos e tetraciclina
· isolar animal doente 
Actinomicose:
· Conhecida como mandíbula encaroçada 
· Causada pela bactéria Actinomyces Bovis, que é gram +
· É comensal do TGI 
· Se tiver lesões na mucosa oral ou dentes ela pode penetrar causando osteomielite localizada ( processo inflamatório no osso) na mandíbula e maxilar 
Sinais Clinicos:
· Causa tumores de consistência duras na altura dos dentes pre Morales ou molares ( mais comum na mandíbula > maxilar)
· Ulceração da pele
· Trajetos fistulosos ( pus amarelado e mal cheiroso com grânulos de enxofre pequenos e duros)
· Dor na mastigação 
· Perda de dentes ( causa fragilidade no alvéolo dentário)
· Dificuldade de se alimentar
· Emagrecimento progressivo
Diagnostico:
· Observação dos sinais clínicos, pois o aumento de volume normalmente é na mandíbula e não é móvel
· Isolando o agente do pus ou biopsia ou histopatológico da lesão
Tratamento:
· Eficácia é limitada 
· Retirada da massa cirurgicamente 
· Uso de antibióticos: penicilinas em altas doses 
· Iodoterapia com iodetos de Na ou K
- Iodeto de K, VO na dose de 6 a 10 g/dia durante 7 a 10 dias 
- 70 a 80 mg/kg de iodeto de Na ou K, a 10 a 20% IV, repetido 7 a 10 d
· Isolar animais contaminados 
Obstrução esofágicas:
Etiologia:
· ingestão de corpo estranho (intraluminal)
· Processo neoplásico (comprime o esôfago causando obstrução – extraluminal – intoxicação por Samambaia pode causar ) 
Sinais clínicos:
· Sialorreia 
· Disfagia 
· Tosse 
· regurgitação de água e alimentos pelo nariz e boca
· ansiedade ao tentar deglutir 
· extensão da cabeça e pescoços repetidamente 
· anorexia 
· desidratação
· desiquilíbrio acido-basico: ele ta perdendo muita saliva e não está recuperando o bicarbonato que tem na saliva podendo gerar quadro de acidose
· pneumonia por aspiração: 
· timpanismo gasoso pela incapacidade de eructar: pode ser por obstrução completa ou parcial. 
Diagnostico 
· Anamnese: as vezes se vê que tem aumento de volume. Os principais pontos de parada são da laringe para o esôfago, entrada do tórax e próximo a cardia do animal. Consegue ver aumento de volume nesses lugares
· Exame clinico: palpando, vendo a boca do animal 
· Passagem de sonda oro-ruminal/ naso ruminal : vai passando a sonda e chega um ponto que ela não vai passar ou vai passar com dificuldade 
· Radiografias: se for radiopaco vai ver. A campo não se tem muito 
· Endoscopia: não é frequente, mas já se usa mais que antes. 
Tratamento:
· Tenta algo mais conservador que é remover o corpo estranho através de empurrar ele com a sonda ou endoscopia para o rumem ou retirar ele oralmente com o endoscópio. Pode também tentar algo cirúrgico como a rumenotomia ( abre o rumem do animal) onde vamos empurrar o corpo estranho do esôfago para o rumem e então retirar; ou Esofagostomia cervical ou torácica ( abrir ao esôfago), não se faz muito pois ele fica ruminando então pode ter deiscência da sutura. 
Complicações e sequelas 
· deiscência da sutura 
· pneumonia por aspiração: regurgitação de alimentos e saliva 
· perfuração do esôfago: associado a alta morbidade e mortalidade 
· formação de fístulas 
· Estenose
· divertículos: onde estava o corpo estranho fez mais lesão fazendo um saquinho 
Caso clínicos:
· Equino, manga larga machador, macho, 13 anos, pelagem alazã, utilizado como reprodutor. 
· Queixa principal: emagrecimento progressivo e dificuldade de se alimentar, principalmente ao engolir e presença dessa tosse 
· Tratamento odontológico recente (~5 meses)
Vacinada raiva e lexigton 8 (junho/ um ano) 
· De dia solto em piquete e de noite em baia
· Alimentação: Napier picado e pasto tifton, sem ração
· 100 animais na propriedade, mas sem contato direto com o paciente e sem contato a pomar
No exame físico geral: 
· primeira coisa a se fazer é inspeção.
· Na inspeção dele foi encontrado secreção nasal bilateral mucopurulenta e espuma saindo pela cavidade oral e narinas. 
· Score corporal 6-7 e animal com nível de consciência em alerta 
· Mucosas: róseas
· Tpc<2s
· Tugor cutâneo <2s
· FC 44 bpm
· FR 40mrp
· Motilidade intestinal : ++ em todos os quadrantes
· Linfonodos: não reativos
· Temperatura: 39.1
A temperatura estava um pouco aumentada e a FR também, associado a secreção temos um suposto quadro respiratório junto.
Exame físico especifico: 
· Tinha ruido na traqueia, sialorreia, apetite presente e dificuldade de deglutição
Suspeitas clinicas: 
· Megaesofago; 
· obstrução ou lesão esofágica
· alterações laríngeas: 
· hemiplegia laríngea: mais relacionado a cavalos atletas
· deslocamento dorsal do palato mole
· condricte de cartilagem: não se fecha direito 
· hipoplasia de epiglote: com isso não auxilia no fechamento 
· pneumonia bronco- aspirativa: poderia ate ser devido ao alimento que fica voltando. Foi descartado pois na ausculta estava limpo o som, o hemograma não tinha alteração 
Exames complementares:
· Hemograma: nada
· Endoscopia: estava faltando uma estrutura que repousa sobre o palato mole (epiglote) 
· RX: nada
· Ultrassom: nada 
· Passagem de sonda: passava com dificuldade na laringe 
Diagnostico fechado: Se tem deslocamento dorsal de palato mole 
Fisiopatogenia do deslocamento dorsal de palato mole:
A laringe vai levar o ar para traqueia que vai para os pulmões. O ar vem dorsal e o alimento ventral a boca do animal quando chega na faringe tem o cruzamento onde o ar dorsal vai ventral para laringe e o alimento dorsal vai ventral para o esôfago
A laringe é composta por 4 cartilagens, onde cranialmente temos a epiglote, superior as duas aritenoides, inferior a tireoide que é responsável pela sustentação e a cricoide que conecta com a traqueia 
Quando o animal inspira a aritenoide se abre enquanto expira ela se fecha. Quando o animal for deglutir as aritenoide se fecham e a epiglote vem por cima e cobre tudo, então o alimento segue para o esôfago, se a epiglote e as aritenoides não fechar direito o alimento cai na via aérea que e quando engasgamos. O final do palato mole também se eleva para fechar a entrada da cavidade nasal para o alimento não entrar ali. 
oque faz o cavalo roncar são duas coisas: hemiplegia laríngea onde a aritenoide possui fraqueza em um dos seus lados (normalmente é o esquerdo) com isso atrapalha a passagem de ar, então o animal recebe menos oxigênio e isso pode provocar um ruido pois o ar pode bater na aritenoide. O outro problema é o deslocamento dorsal do palato mole, onde era para ele ficar ventral ele fica dorsal a epiglote então quando o ar vai sair ele entra em contato com o palato, com isso ele vibra criando um ruido. 
Nesse caso ele tinha um deslocamento dorsal do palato mole onde ele ficava por cima daepiglote, atrapalhando o funcionamento da mesma fazendo o animal engasgar. Não conseguimos ver a epiglote pôr o deslocamento dele era permanente, ou seja, o palato ficava lá o tempo todo. Oque leva isso não está bem definido, mas se pensa em problemas de inervação ou a hipoplasia da epiglote 
Prognostico: reservado a ruim. Pois se não resolve pode entrar em caquexia ou pode fazer uma broncopneumonia 
Tratamento:
· Se tentou inicialmente um tratamento clinico com intensão de diminuir processos inflamatórios que podiam levar aquele processo. Se usou Dexametasona, fez nebulização com DMSO, DEXAMETAZONA E VICK VAPORUB
· Cirúrgico: amarração da laringe rostralmente e dorsal da laringe fazendo com que ela fique mais perto do palato e a epiglote fique por cima do palato

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