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Cirurgias Periodontais: Princípios e a Gengivectomia Objetivos das Cirurgias Periodontais Acesso melhor para a terapia periodontal basica (raspagem e alisamento radicular). E Morfologia gengival que facilite o controle de biofilme pelo paciente (hiperplasia gengival) Reinserção periodontal (cirurgias de enxertos, aumento de coroa clínica) Anamnese E necessário realizar uma anamnese bem detalhada e conhecer bem o histérico médico do paciente, se suas condig6es sistêmicas são ou não compensadas, como no caso da diabetes e hipertensão Condição de higiene oral de paciente Medicamento em uso: É importante saber se esse paciente faz uso de algum tipo de medicamento, qual esse medicamento e seus mecanismos de ação (principalmente no caso de pacientes com artrite ou desordens ósseas, que fazem uso de medicamentos antirreabsortivos) A cirurgia periodontal é uma cirurgia eletiva e portanto, pode-se esperar que a situação sistémica do paciente seja compensada Importante observar se o paciente relata algum evento incomum durante atendimentos odontológicos, se sangramentos persisientes, tonturas, cefaleias e alergias Diante disto, algumas condutas podem ser abordadas como por exemplo: Aferir a PA do paciente e se houver necessidade, solicitar exames complementares (hemogramas, glicemia, TP, TTP, INR e radiografias) Verificar se será necessário realizar uma profilaxia antibiótica (pacientes que tenham risco ter uma bacteremia) Exame clínico periodontal Antes da realização de uma cirurgia periodontal é importante verificar a: Condição de higiene oral do paciente, pois uma gengiva com grande acúmulo de biofilme por exemplo, pode gerar grande processo inflamatório, que tornara o tecido gengival mais sangrante e mais friável podendo facilitar que ocorra dilaceração do tecido Highlight Presença de patologias periodontais, lembrando sempre que a adequação do meio deve vir antes mesmo de qualquer intervenção cirúrgica que não corresponda a adequação do meio bucal A Qualidade e quantidade de tecido remanescente tanto gengival quanto ósseo devem ser sempre observadas durante o exame clinico periodontal, até mesmo para o planejamento correto da intervenção cirúrgica Controle do biofilme e de infecção Deve-se averiguar a real posição da margem gengival, se existem chances de infecção no local da cirurgia e se poderão ocorrer intercorrências cirúrgicas durante o processo Planejamento cirúrgico Seleção da técnica mais adequada para o caso Prognóstico da cicatrização Orientação do caso e da técnica selecionada ao paciente Devendo-se avaliar a individualidades e limitações do paciente. Conhecimento anatômico da área operada Maxila Linha do sorriso Seio maxilar Feixe vaso nervoso palatine Forame incisivo ! Deve-se tomar cuidado ao realizar enxertos nessas regiões Mandíbula Inserções musculares Nervo mentoniano Artéria facial Nervo lingual Artéria lingual Glândulas submandibular e sublingual Paramentação e Biossegurança Antissepsia das mãos EPls Solicitar o kit cirúrgico Antissepsia intra (clorexidina 0,12%) e extra oral (clorexidina 2%) Instrumental adequado (seleção e organização) Manter a mesa cirúrgica organizado Verificar condição de afiação antes da cirurgia iniciar Manter a pedra de afiar na mesa cirúrgica Obs.: Sempre manter o campo bem iluminado, e evitar ficar mexendo no refletor O instrumental afiado diminui: Desconforto para o paciente Tempo operatório Desgaste do operador Minimizar a tensão e ansiedade do paciente Operar suave e cuidadosamente, evitando movimentos intempestivos Sempre avisar dos movimentos que serão feitos, para o paciente não ser pego de surpresa Observar o paciente em todos os momentos Realizar uma anestesia eficaz, para reduzir a dor do paciente. (troncular ou infiltrativa, e complementar com anestesia próximo as papilas) Gengivectomia Conceito antiga era de remoção de bolas periodontais, sendo um procedimento delineado para tratamento cirúrgico das periodontites Conceito atual é de remoção de falsas bolsas periodontais, sendo a eliminação de tecido gengival hiperplásico para estabelecimento do contorno gengival anatômico e funcional Portanto a gengivectomia consiste na remoção de tecidos moles ser expor a crista óssea, eliminação completa de tecido em excesso, promovendo profundidade de sondagem ideal Indicações terapêuticas, a gengivectomia é indicada em casos de hiperplasia gengival, com falsas bolsas periodontais como nos casos de: Hiperplasias gengivais inflamatórias Hiperplasia gengival rmedicamentosa Fibromatose gengival hereditária Necessidade de exposição da coroa/correção de defeitos estéticos Estética do sorriso Comprimento dos dentes Erupção passiva alterada o Anomalia de desenvolvimento que ocorre desde a erupção dos dentes o Revestimento de parte das coroas anatômicas pela gengiva o Dentes com formato quadrado e gengiva espessa Restauradora Feito quando há necessidade de remover um tecido gengival que impede a restauração adequada de uma cavidade Nesse caso, paciente tinha indicação de um acesso endodôntico Foi necessário remover o excesso gengival dentro da cavidade Correção de defeitos gengivais Sequelas da GUN (necroses papilares) Invaginações teciduais após movimentação ortodôntica Contraindicações Debilidades sistêmicas não compensadas que inviabilizariam qualquer cirurgia Quando há necessidade de manipular ou examinar a superfície óssea remanescente Tecidos edemaciados/flacidez Falta de controle de biofilme Técnica Cirúrgica 1. Anestesia A técnica anestésica vai depender do campo a ser operado, podendo-se optar uma anestesia infiltrativa e essa anestesia pode ser complementada com interpapilares 2. Marcação dos pontos sangrantes Pontos sangrantes na mesial, centro e distal são feitos na gengiva, para o operador saber a regido que será feita a incisão Primeiro é feito uma sondagem para saber a extensão da bolsa, ja tentando descobrir a junção cemento esmalte Depois, traz a sonda para a regido externa da gengiva e mede a quantidade de mm que foi encontrada na bolsa e é feito um ponto sangrante. Ex.: Na sondagem foi encontrado 5 mm, logo também deverá ser medido externamente 5 mm, e é feito o ponto Esses pontos darão o desenho da gengiva que será retirada Sonda Crane Kaplan é semelhante a uma pinga, mas não é usada na clínica 3. Incisão Primária É utilizado o bisturi de Kirkland ou o bisturi Bard Parker + lâmina 15c Essa incisão deve ser em bisel, porque a gengiva e o dente se continuam em angulo 0 A incisão deve ser feita em rampa (bisel externo, 45°), logo o bisturi deve estar posicionado com a ponta virada para a coroa do dente O início da incisão deve ser feita cerca de 0,5 a 1 mm abaixo do ponto sangrante A incisão deve seguir os pontos sangrantes que foram marcados 4. Incisão secundária É feito com o bisturi de Orban Deve ser introduzido no angulo de 45° nas regiões interproximais para remover os excessos de papila 5. Remoção do tecido gengival É removido com curetas periodontais 1. Raspagem Remover tecido de granulação e calculo que estavam abaixo do tecido hiperplasiado Eliminar outros fatores retentivos 2. Limpeza do campo operatório Soro fisiológico e gaze Remoção de granulação residual Após a gengivectomia, acabam ficando irregularidades na gengiva do paciente, sendo necessário realizar uma gengivoplastia Gengivoplastia Reecontorno da gengiva para criar contornos fisiológicos/estéticos Manter angulo de 0° com a superfície dentária Contorno deve ser feito acompanhando o colo dos dentesHighlight Técnica cirúrgica Instrumentais Gengivétomo de Kirkland (trabalhando horizontalmente fazendo uma raspagem) São removidos os excessos mais grosseiros Alicate periodontal ou de cutícula E removido os excessos pequenos Deve-se ter um dominio da técnica para retirar a quantidade de tecido correta Tesouras delicadas (goldman-fox ou castroviejo) Brocas diamantadas de granulação fina com refrigeração, 3118F (deve-se ter um bom controle de mão) 09. Toalete Gaze úmida com soro fisiológico Hemostasia com gaze 10. Colocação do cimento cirúrgico Inserção em regiões interdentais Proteção da ferida Opcional É recomendado nos primeiros 3 dias, mas depende do profissional Cimento cirúrgico Funções Hemostasia Proteção da ferida cirúrgica Conforto ao paciente Obs.: O cimento não irá ajudar na cicatrizado. Em alguns casos, pode atrapalhar a cicatrização, porque ele pode dificultar a higienização oral Características Não causa irritação Não causa reações alérgicas Tipos Cimento de óxido de zinco e eugenol É semelhante ao utilizado como restaurador provisório Forma uma camada que 6 irritante aos tecidos periodontais por conta do eugenol Cimento de óxido de zinco sem eugenol Pasta base e pasta catalisadora Preferível É colocado o mesmo comprimento das duas pastas na placa de vidro e em seguida mistura, para deixa-las homogéneas Espera-se o cimento pegar um pouco de presa e ficar levemente enrijecido Umedece as mãos com soro fisiol6gico ou agua ou vaselina, faz uma cobrinha e pressiona na região, fixando ele também na regido lingual dos dentes, por exemplo, para que não saia do canto Pés-operatório Prescrição de analgésicos Bochechos com clorexidina 0,12% Recomendações: Alimentação fria e pastosa: 24 h Evitar mastigar/escovar o dente do lado operado Evitar alimentos duros Evitar esforços físicos - 72 h Pedir o retorno do paciente em 7 dias Falar para o paciente evitar levantar o lábio para ver o resultado da cirurgia, porque o atrito lábio + região operada pode atrasar a cicatrização Obs.: Se no retorno, o paciente apresentar biofilme, a conduta que deve ser feita é aplicar uma bolinha de algodão embebida em clorexidina e pressionar levemente na área. Além disso, pode também ser feito uma profilaxia.
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