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RESUMO PÚBLICO DO PLANO DE MANEJO SOBRE O RESUMO O Resumo Público do Plano de Manejo Florestal Sustentado em escala Empresarial (PMFS) tem como principal objetivo disponibilizar uma síntese das atividades realizadas pela Agrocortex Madeiras do Acre Agroflorestal Ltda para seus colaboradores e partes interessadas. Por meio deste documento, a Agrocortex torna disponível suas principais diretrizes e estratégias, além de manter um canal de comunicação efetivo com as comunidades tradicionais, sociedade civil, instituições governamentais e não governamentais e nossos colaboradores. A versão digital deste Resumo Público estará disponível no site http://ama.agrocortex.com.br, sendo enviadas às partes interessadas no formato digital através de e-‐mail ou encaminhadas na versão impressa. NOSSA MISSÃO Explorar madeira nativa de alto valor, preservando os ativos florestal de forma sustentável. Oferecer produtos de base florestal renovável, destacando-‐se globalmente pelo desenvolvimento de soluções inovadoras e contínua busca da excelência e sustentabilidade em nossas operações. NOSSA VISÃO Ser o maior produtor de madeira nobre do Brasil, explorada de forma sustentável, atingindo elevados patamares de sustentabilidade, faturação e eficiência, e impactando de forma positiva as zonas de implantação, a nível ambiental, social e econômico, destacando-‐se globalmente pelo desenvolvimento de soluções inovadoras e contínua busca da excelência e sustentabilidade em nossas operações. NOSSOS VALORES • Preservar o meio ambiente em todas as fases do negócio da empresa; • Atender a preceitos de sustentabilidade de forma transversal, quer a nível operativo, quer a nível de gestão; • Operar dentro dos mais altos preceitos de legalidade e compliance; • Impactar de forma positiva as comunidades das áreas de implantação, promovendo o emprego, a saúde, a educação e o desenvolvimento econômico; • Colaborar a todos os níveis para que a extração de madeira ilegal seja erradicada no Brasil; • Garantir o desenvolvimento dos nossos recursos humanos; • Melhorar continuamente o nosso ciclo de gestão e operação; • Procurar a superação de objetivos traçados, buscando sempre a excelência e a inovação na forma de os atingir; • Preservação da vida como valor fundamental da empresa, da transparência e dos princípios éticos como norte para toda e qualquer ação ou decisão. APRESENTAÇÃO A Agrocortex Madeiras do Acre é uma empresa do setor florestal brasileiro focada sustentabilidade, unindo a conservação ambiental, através do manejo florestal na Floresta Amazônica e a responsabilidade social, melhorando a qualidade de vida das pessoas da região em que o projeto está inserido. Criada em 2014, a empresa tem atividades que vão desde a colheita de madeira, através de exploração de impacto reduzido, até o processamento da mesma, em pátio industrial próprio. As atividades se dividem entre a fazenda Seringal Novo Macapá, situada na divisa entre os estados do Acre e Amazonas, e sua indústria na cidade de Manoel Urbano, a cidade mais próxima da fazenda. É um dos maiores projetos de exploração sustentável do Brasil voltado para a produção madeireira a longo prazo, baseado em práticas que respeitam o meio ambiente de modo a nunca exaurir os recursos naturais e ainda contribuir para que a floresta se regenere, mantendo sempre sua vitalidade. Além disso, é o único PMFS na atualidade no Brasil cuja espécie mogno (Swietenia macrophylla, King) está na lista das autorizadas a manejar, tendo legislação específica e o acompanhamento por parte do Comitê Técnico Científico da CITES. NOSSOS COMPROMISSOS O projeto é baseado no Manejo Florestal Sustentável com ciclo de 30 anos, utilizando-‐se de práticas silviculturais para garantir a continuidade da produção e minimizar os impactos ambientais ao ecossistema envolvido. A empresa comercializa madeira serrada para o mercado interno e externo, mantendo as preocupações e os objetivos sociais e ecológicos de acordo com as regras do Plano de Manejo Florestal Sustentável, aprovado pelo IBAMA e legislações correlatadas. Além da produção madeireira sustentável, o PMFS também visa: i. Propor métodos de tratamentos silviculturais a fim de aumentar o crescimento das árvores remanescentes; ii. Apresentar o sistema silvicultural a ser adotado para o manejo do mogno e demais espécies; iii. Apresentar as estimativas obtidas no inventário florestal amostral das espécies florestais ocorrentes na área, especialmente do mogno; iv. Adotar técnicas de exploração de impacto reduzido, preconizadas pelas instituições de pesquisa (Instituto Florestal Tropical -‐ IFT e Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia -‐ IMAZON); v. Apresentar medidas mitigadoras a fim de atenuar os impactos ambientais causados nas diferentes fases que compõe o manejo florestal; vi. Implementar programas de treinamento e capacitação das equipes de campo; vii. Implantar as normas de saúde e segurança do trabalho; viii. Implementar programa de monitoramento e controle das atividades de manejo florestal, visando otimizar a produtividade, reduzir os impactos e os custos das operações, de modo a nortear as possíveis mudanças que se façam necessárias ao PMFS original; ix. Preservar as árvores das espécies ainda não comercializáveis, e aquelas de valorsignificativo, bem como matrizes, raras e árvores ninhos; x. Listar os possíveis impactos ambientais, com suas respectivas medidas minimizadoras ou potencializadoras; xi. Buscar parcerias com as instituições de pesquisa nacionais e internacionais para desenvolvimento de pesquisas ligadas aos diferentes temas sobre biodiversidade; xii. Promover a certificação florestal da área do manejo e cadeia de custódia, através dos princípios e critérios do manejo florestal de terra firme estabelecido pelo Conselho de Manejo Florestal – FSC® (Forest Stewardship Council®); xiii. Apresentar metodologia para aproveitamento dos resíduos oriundos da exploração. INFORMAÇÕES SOBRE A PROPRIEDADE A Fazenda Seringal Novo Macapá está localizada em três municípios: Manoel Urbano, no estado do Acre, Boca do Acre e Pauini, no estado do Amazonas. A divisão municipal da área é assim representada: A propriedade possui 190.210 hectares, sendo que 186.000 ha são destinados à Área de Manejo Florestal (AMF), correspondendo a 97,79% da área total da propriedade. O clima predominante da região é úmido quente, com temperatura média anual em torno de 24,5oC. Os meses quentes ocorrem de agosto a outubro, e a temperatura tende a cair nos meses de abril a julho. O período chuvoso ocorre de outubro a abril e a precipitação média anual da região é de aproximadamente é de 2.152 milímetros. Fauna A região do rio Purus é reconhecidamente uma das regiões que apresenta a mais alta diversidade quanto a espécies de vertebrados aquáticos na Amazônia e na região foram encontradas 34 espécies de peixes. Além disso, também foram encontradas 56 espécies de aves, 19 de répteis e 40 espécies de mamíferos, e constam na Lista de Espécies Ameaçadas de Extinção 13 destas espécies: Tatu-‐ canastra, Macaco-‐barrigudo, Cachorro-‐vinagre, Cachorro-‐do-‐mato-‐de-‐orelhas curtas, Onça-‐pintada, Ariranha, Boto-‐cor-‐de-‐rosa, Anta, Queixada, Jandaia-‐ amarela, Azulona, Matrinchã e Aracu. Flora A região está situada sob três tipos de vegetação, a Floresta Ombrófila Aberta Submontana com Bambu Dominante – Tabocal; a Floresta Ombrófila Aberta Submontana com Bambu Dominado -‐ Restinga e a Florestal Ombrófila Densa Aluvial com Dossel Emergente. Devido a presença marcante de bambus da espécie Guadua werberbaueri, a maior parte da vegetação é classificada como Floresta Aberta de Bambu, a qual é chamada regionalmente como Tabocal. Já a Restinga apresenta uma cobertura de copas densas e o bambu se dispersa e se integra no sub-‐bosque, presente apenas como um elemento dominado. Conforme dados obtidos do inventário amostral, foram identificadas 157 morfoespécies arbóreas. Destas, 13 ocorrem exclusivamente na Restinga e 11 no Tabocal. MANEJO FLORESTAL SUSTENTÁVEL O manejo florestal sustentável visa a exploração da floresta para produção madeireira, levando em conta a conservação do ecossistema através de técnicas de exploração específicas que minimizam os impactos ambientais, garantindo que a floresta se regenere e mantenha-‐se para as gerações futuras. O sistema Celos, empregado pela Agrocortex, baseia-‐se na minimização de impactos e na regeneração natural da floresta para garantir a perpetuidade de seus projetos. Este sistema foi desenvolvido no Suriname pela Universidade de Wageningen e, posteriormente, foi adaptado à realidade brasileira por diversas instituições de pesquisa, como INPA e EMBRAPA. Neste sistema, a floresta é dividida em Unidades de Produção Anual (UPA’s) que, após exploradas, só voltam a sofrer intervenção em 30 anos. Na Agrocortex, cada UPA corresponde a pouco menos de 6000 hectares, ou 3% da área da fazenda, o que significa que, a cada ano, 97% da floresta não sofre nenhuma intervenção exploratória. O ciclo de corte projetado para PMFS na região Amazônica é 25-‐35 anos considerando uma produtividade média de 0,86 m³/ha-‐1/ano-‐1 (Instrução Normativa 05 de 11/12/2006 e Resolução 406 do CONAMA de 2/2/2009). A Empresa adota o ciclo de corte de 30 anos, portanto a intensidade de corte máxima permitida pela legislação de 25,8 m³/ha. Dessa forma, em 30 anos a área de floresta que foi manejada terá crescido, em volume, pelo menos a mesma quantidade que foi retirada dela, mantendo-‐se a sustentabilidade ambiental do projeto. As UPA’s são subdivididas em Unidades de Trabalho (UT’s) de 100 hectares, que por sua vez são subdivididas em Unidades de Corte e Arraste (UCA’s) definidas a partir dos pátios de estocagem, para onde a madeira cortada é arrastada e, posteriormente, empilhada, mensurada e preparada para o transporte. Estes pátios são planejados levando-‐se em consideração os seguintes aspectos: a abrangência num raio médio de arraste de 200 metros; o microzoneamento hidrográfico; o relevo e a localização em áreas com concentração de árvores com grandes volumes. Inventário Florestal Em cada UPA, é realizado um inventário florestal a 100% das espécies de interesse comercial no ano anterior à sua exploração. O objetivo deste inventário consiste na determinação das características qualitativas (forma, qualidade e sanidade do fuste)e quantitativas (circunferência à altura do peito -‐ CAP e altura) das espécies. São inventariados todos os indivíduos com CAP a partir de 100 centímetros, exceto para o mogno, cujos indivíduos são medidos a partir de 60 centímetros. As coordenadas de todas as árvores são coletadas com receptores GNSS, que permitem uma precisão de cerca de 1,5 metro mesmo sob a copa das árvores. Essas coordenadas e os demais dados são digitalizados e organizados em um banco de dados para que a empresa tenha total controle e segurança de informações para planejamento de operações posteriores. PLANEJAMENTO OPERACIONAL A partir dos dados de inventário, são aplicados os critérios de seleção e retenção das árvores, baseados no que determina, concomitantemente, as Instruções Normativas/MMA n° 07/2003 (Mogno), 05/2006 e 01/2015 (Lista Nacional Oficial das Espécies da Flora Ameaçadas de Extinção), além da Resolução CONAMA 406/2009. O planejamento é feito para cada uma das UT’s, sendo consideradas árvores remanescentes: 1. Árvores que não apresentam DMC. Para o mogno, árvores com DAP < 60cm e para as demais espécies árvores com DAP < 50 cm. Todas as árvores com esta característica são consideradas jovens e deixadas para Futura Colheita. 2. Espécies raras. Considera-‐se rara a espécie que apresenta densidade menor que 4 árvores comerciais a cada UT, para todas as espécies contidas na lista da IN 01/2015 e 3 árvores para as demais espécies fora da lista. Para o mogno, em específico, é respeitado o limite de 5 árvores comerciais, em cada UT. 3. Árvores matrizes: Para o mogno destinou-‐se 20% do número de árvores comerciais. As espécies listadas na IN/MMA 01/2015 retenção de no mínimo 15% e 10% para as demais espécies. 4. Árvores porta sementes. Para cada UT, é respeitada a proporção de 4 árvores acima do DMC ≥ 50cm para todas as espécies contidas na lista da IN 01/2015 e 3 árvores para as demais espécies fora da lista. Para o mogno, em específico, é respeitado o limite de 5 árvores com DAP ≥ 60cm. 5. Espécies de exploração proibida por lei. A Castanheira do Brasil (Bertholethia excelsa), Seringueira (Hevea brasiliensis) não podem ser exploradas em todo o território nacional. A Copaíba (Copaifera sp.) tem seu corte proibido no estado do Amazonas. 6. Árvores com fuste tortuoso. Árvores que possuam esta característica são consideradas não-‐comerciais e são deixadas em pé. 7. Árvores localizadas na Área de Preservação Permanente (APPs). Áreas localizadas em Áreas de Preservação Permanente normalmente não são inventariadas. Caso alguma árvore inventariada se localize em uma APP, ela é deixada em pé. 8. Árvore localizada próxima a APP: Durante o planejamento da exploração florestal (escritório) foi criado um “buffer” de 20 metros a partir dos limites das APPs, que serão denominadas de Zonas de Amortecimento. Nesse local foi priorizada a destinação/alocação das árvores matrizes, visando diminuir possíveis impactos nas APPs pela queda das árvores. As árvores que estiverem próximas as APPs serão cortadas utilizando técnicas especiais de corte visando seu direcionamento da queda (através de cunhas), evitando que danifique tais locais; entretanto, caso o operador de motosserra detecte que tal operação danificará demasiadamente esse local, o mesmo deverá descartar sua derruba; 9. Árvores com ninhos. São preservadas as árvores com presença de ninhos. As árvores restantes, que não se enquadram nos critérios anteriores, são passíveis de serem exploradas, até um limite legal de 25,8 m3/ha. Isso normalmente resulta em menos de 4 árvores cortadas em um hectare (o que equivale a cerca de dois campos de futebol). Colheita Florestal A operação de colheita é a fase onde são necessárias intervenções na floresta. Para que as modificações em relação ao estado natural do meio ambiente sejam mínimas, a empresa adota um sistema diferenciado de manejo, conhecido como Exploração de Impacto Reduzido. Nesta fase, apenas as árvores selecionadas para corte são exploradas. Umas das técnicas adotadas é o corte direcional, onde o cortador direciona a queda da árvore para o local mais apropriado, evitando danificar as outras árvores na região, assim como evitando que a árvore caia sobre alguma área preservada ou sensível. Arraste de toras Após o corte, as toras são arrastadas por máquinas florestais especializadas chamadas skidders até os pátios de arraste, distribuídos pela floresta com o objetivo de maximizar a eficiência . Este arraste é feito de forma planejada, de forma a minimizar o dano causado pelas máquinas à vegetação da floresta. Para tentar diminuir ainda mais o dano causado por esta operação, a Agrocortex investiu em máquinas mais robustas, que consigam arrastar a árvore inteira, e não seccionada, desta forma diminuindo o impacto sobre a floresta e a compactação do solo. Romaneio e transporte de toras Quando as árvores já se encontram nos pátios, são seccionadas em comprimentos que facilitem seu transporte e posterior processamento na serraria. Ainda no pátio todas as toras tem seu diâmetroe comprimento medidos, de forma a comparar seu volume real com aquele estimado durante o inventário, além de melhorar as equações que permitem essa estimativa. O controle das toras é feito através de planilhas do romaneio, garantindo que todas as toras arrastadas aos pátios de estocagem sejam controladas e romaneadas. O transporte de toras da área de manejo florestal para o pátio da indústria é efetuado por caminhões trucados equipados com carretas tipo Romeu e Julieta, que tem capacidade de transportar até 80 toneladas. PRODUÇÃO MADEIREIRA A produção anual está estimada em cerca de 150.000 m3 de toras de diversas espécies florestais, entre elas o mogno. A Agrocortex verticaliza o empreendimento e trabalhará com madeira serrada, agregando valor aos produtos florestais e, como consequência, a gerando mais emprego e renda à comunidade local. Hoje, as principais essências florestais comercializadas pela empresa, consideradas madeiras com boa aceitação no mercado são: Mogno (Swietenia macrophylla King.), Cedro rosa (Cedrela odorata L.), Cerejeira (Amburana acreana Ducke A.C. Sm), Ipê (Tabebuia serratifolia (Vahl) Nichols), Angelim (Vaitairea sp), Tauari (Couratari tenuicarpa A.C. Sm), Jatobá (Hymeneae courbaril L), Caixeta (Simarouba amara Aubl), Freijó (Cordia goeldiana Huber) e Cumaru-‐ ferro (Dipteryx odorata (Aubl) Wil ld), entre diversas outras. O manejo é fundamentado na legislação e em práticas sustentáveis, portanto a intensidade de corte permitida é de 25,8 m³/ha (volume em pé) das espécies de interesse comercial. Considera-‐se, pela teoria atualmente aceita, que as florestas tropicais crescem cerca de 0,86 m³/ha/ano das espécies comerciais e em 30 anos, quando o ciclo finalizar, a floresta terá regenerado uma quantidade, em volume, similar ao que foi retirado a 30 anos atrás, tornando esse manejo sustentável. É importante salientar que a Agrocortex respeita e segue importantes acordos internacionais como a Convenção Internacional sobre o Comércio de espécies da Flora e Fauna Selvagens em Período de Extinção (CITES), o Acordo Internacional Sobre Madeiras Tropicais (ITTA) e a Convenção sobre Diversidade Biológica, visando sempre as boas práticas socioambientais. Aproveitamento de resíduos A exploração para a indústria madeireira gera um considerável volume de resíduos na forma de galhos, sapopemas, restos de troncos, arvoretas derrubadas na construção de estradas e pátios, ramais de arraste, resíduos da serraria, parte de troncos não aproveitáveis durante o traçamento devido a bitola ou por estarem ocos ou defeituosos e inadequados para industrialização. A Empresa pretende utilizar os resíduos para produção de energia através de uma usina termoelétrica para abastecer o parque industrial e o excedente fornecer para a empresa concessionária de energia elétrica da região. ATIVIDADES PÓS EXPLORATÓRIAS E MONITORAMENTO Parcelas Permanentes – Estão em processo contínuo de instalação e medição parcelas permanentes para o monitoramento do crescimento e também parcelas para medição da regeneração do mogno e estas serão incluídas na Rede de Monitoramento da Dinâmica de Florestas na Amazônia – REDEFLOR. Proteção contra fogo – A Empresa busca parceria com o IBAMA/AC/PREVFOGO para formação e treinamento de Brigada de Incêndio Florestal, além de promover palestras para prevenção e combate de incêndios para as comunidades locais, e distribuir placas educativas nos locais de acesso à propriedade. Condução da regeneração natural – A condução da regeneração natural irá favorecer todos os indivíduos das espécies de interesse comercial, de modo a aumentar a produtividade desses indivíduos na AMF. Plantios de enriquecimento em clareiras – Está em construção na sede da fazenda Novo Macapá um viveiro de mudas florestais, para que possa ser realizado plantio de enriquecimento nas clareiras de pátios e estradas secundárias abertas pela exploração. Monitoramentos – a empresa monitora constantemente suas atividades de manejo, de modo a prevenir e mitigar impactos, e agir em tempo hábil sobre problemas encontrados promovendo ações corretivas. Os resultados desses monitoramentos servem como base para melhorias contínuas no manejo florestal. CADEIA DE CUSTÓDIA A Cadeia de Custódia tem por objetivo principal garantir a origem de cada árvore e suas respectivas toras, ou seja, atesta que uma determinada árvore foi explorada exatamente de uma área conhecida, facilitando também o retorno ao toco se for o caso. O controle começa no inventário florestal, onde uma plaqueta é pregada à todas as árvores inventariadas, contendo dados que permitam seu rastreamento. Após corte das árvores, a plaqueta do inventário é fixada no toco da árvore. As toras são marcadas após o corte com giz e, assim, são identificadas durante o arraste. Antes do romaneio, as árvores são seccionadas em toras, cada uma das quais recebe uma identificação similar a original. As toras são medidas em seu comprimento e diâmetro, informações adicionadas a uma planilha diária de romaneio, que conterá o controle dessa etapa. A todas estas operações soma-‐se o controle ponto a ponto feito em sistema de gestão florestal eletrônico da empresa. E,após a saída da propriedade, todas as movimentações também são controladas através de notas fiscais e Documentos de Origem Florestal (DOF), através de sistema online do IBAMA. IDENTIFICAÇÃO E AVALIAÇÃO DOS IMPACTOS SOCIOAMBIENTAIS Não há dúvidas de que o manejo apresenta um conjunto de impactos ambientais e sociais que influenciam no local e na área do entorno onde as atividades são realizadas. A proposição de medidas mitigadoras e/ou compensatórias a estes impactos visam a minimização dos efeitos negativos e potencialização dos positivos, decorrentes dos impactos causados ao meio ambiente. Tendo em vista a complexidade, o meio ambiente é didaticamente dividido em três meios: físico (solo, recursos hídricos, ar), biológico (fauna e flora) e socioeconômico (pessoas e comunidades). Meio Físico Para a proteção dos solos, um planejamento criterioso da exploração é realizado; faz-‐se o uso de maquinário adequado para diminuir a compactação do solo e da vegetação remanescente; elimina-‐se os cipós das árvores potenciais destinadas à extração, pelo menos um ano antes, evitando abertura de grandes clareiras; não são realizadas as operações de corte, arraste e transporte de toras nas épocas chuvosas para evitar a erosão e compactação; não são exploradas árvores em locais com acentuado declive e em locais de APP; o planejamento de estradas leva em conta técnicas de geoprocessamento, as quais consideram a rede de drenagem e topografia do terreno e, além disso, são feitas manutenções permanentes da rede viária. Para a proteção dos recursos hídricos, é realizada a implantação da infraestrutura de acordo com o microzoneamento feito no inventário 100%; os cursos d’água, rios e declives são preservados permanentemente; o despejo de material tóxico nos cursos d’água é proibido e nas estradas principais e de acesso são construídos dispositivos de drenagem, bueiros e pontes, facilitando o escoamento e evitando a erosão. Para a proteção do ar são realizadas vistorias periódicas nos equipamentos e veículos, com intuito de evitar a poluição atmosférica; não é permitida a prática de queimadas da Área de Manejo Florestal e são realizados plantios de enriquecimento nas clareiras, contribuindo para a fixação de carbono. Meio Biológico Em relação a flora, são adotadas técnicas de Exploração de Impacto Reduzido, diminuindo os danos à floresta residual quando comparados a exploração convencional; o planejamento criterioso da infraestrutura evita a abertura desnecessária de florestas; será feito o plantio de enriquecimento em clareiras, ao longo de estradas e nas bordaduras dos pátios de estocagem; haverá o beneficiamento de mudas e árvores remanescentes para melhor desenvolvimento das mesmas; serão mantidas áreas sem exploração para preservação da biodiversidade e manutenção dos processos ambientais; não são exploradas espécies raras, endêmicas, ameaçadas ou em perigo de extinção; árvores ocas são mantidas para produção de sementes e abrigo para animais; o rigoroso controle da cadeia de custódia garantirá a origem da produção florestal e o aproveitamento de resíduos otimizará o uso da floresta. A fauna será tratada com critérios de planejamento semelhantes aos utilizados para a flora, principalmente pela inter-‐relação existente dentro dos processos ecológicos. Serão buscadas parcerias com instituições de pesquisas e ensino para aprofundar o estudos da fauna e flora; a exploração é realizada em compartimentos anuais visando diminuir o impacto de paisagem; são proibidas práticas predatórias; são mantidos corredores de fauna, conectando APPs e áreas intactas; serão colocadas placas educativas de cunho ambiental ao longo das áreas da fazenda e através do programa de educação ambiental a ser implantado, será possível esclarecer a população questões importantes quando ao manejo de fauna. Meio Socioeconômico A Empresa busca manter as tradições culturais locais e inserir as comunidades na sua cadeia de produção, gerando empregos e desenvolvimento; promove treinamentos e capacitação dos trabalhadores em exploração de impacto reduzido, segurança no trabalho, primeiros socorros e combate de incêndios; está de acordo com as normas e legislações vigentes de segurança e saúde no trabalho; a exploração de impacto reduzido conserva a estrutura floresta, não interferindo na caça e pesca de subsistência. RELACIONAMENTO SOCIAL A Agrocortex assume um compromisso com a sociedade em geral, participando no desenvolvimento local através de apoio a projetos científicos, culturais e socioambientais, sendo esta com foco na sociedade civil, colaboradores internos e externos, instituições cientificas, instituições governamentais e não-‐governamentais e comunidades de moradores tradicionais. Comunidades Tradicionais A área de influência do PMFS abrange os moradores de nove localidades situadas às margens do Rio Purus e seus afluentes: Itaúba, Extrema, Boca do Macapá, Macapá, Oriental, São Salvador, Santa Penha, Bragança, São Paulo, dentre os quais foi constatada a presença 95 famílias. As comunidades se ocupam de atividades como caça, pesca e agricultura de subsistência. A atividade agrícolaé muitas vezes a única fonte de renda da família e é baseada no cultivo de feijão, arroz, milho, banana e mandioca para a produção de farinha, que é vendida em pequena escala na sede dos municípios de Manuel Urbano e Sena Madureira. A criação de gado e outros animais fazem parte da subsistência familiar, servindo como fonte de alimento e complementando a renda de famílias locais. A coleta de castanha também é uma atividade de importância cultural e econômica para essas comunidades, incorporando uma renda extra para algumas famílias. Diante do observado durante o levantamento de campo, contatou-‐se que existe um contingenciamento significativo de jovens e adultos que anseiam por uma oportunidade de ter renda para seu sustento, vendo na Empresa uma ótima oportunidade para prosperar. Neste sentido, o PMFS surge como alternativa que surtirá efeitos positivos de ordem social e econômica, além de outros, pelo surgimento de oferta de emprego direto nas diversas fases que compõe o manejo florestal. A contrapartida salarial da mão-‐de-‐obra ocupada oferecerá melhorias ao meio familiar e contribuirá para a geração de emprego na região. Além da geração de postos de emprego, a Agrocortex estimula o comércio local através da compra de produtos, sempre que possível e disponível, das fontes locais, gerando renda e desenvolvimento para os moradores. O canal de comunicação entre a empresa e as populações tradicionais auxilia na análise dos impactos causados pelas atividades florestais. O programa de ouvidoria leva em conta as pautas discutidas em reuniões com os moradores e os pontos levantados separadamente, repasse para os responsáveis, resposta aos questionamentos e execução do que for possível e pertinente. Compromisso com os colaboradores A Agrocortex busca as melhores práticas para a gestão eficiente da segurança e da saúde de seus colaboradores, investindo em treinamentos específicos para determinadas funções como técnicas de corte, arraste e máquinas florestais, combate e prevenção de incêndios, primeiros socorros, palestras com temas específicos, entre outros. Os treinamentos são realizados em parceria com o Instituto Floresta Tropical (IFT) e com o PrevFogo do IBAMA. A Empresa dispõe de canais de comunicação para facilitar o acesso dos funcionários com a diretoria da empresa, sendo esta uma ferramenta que complementa o planejamento estratégico para melhorias contínuas dos procedimentos trabalhistas. Convênios e Parcerias A Empresa firmou parceria com a Fundação de Apoio à Pesquisa Extensão e Ensino em Ciências Agrárias – FUNPEA da Universidade Federal Rural da Amazônia – UFRA de Belém/PA, com suporte financeiro do ITTO para implementação de um projeto de pesquisa intitulado como: “Ecologia e silvicultura do mogno (Swietenia macrophylla King) na Amazônia Ocidental Brasileira. O grande ganho é a troca de experiências, assistência recíproca e intercambio entre as empresas e instituições, onde o maior prêmio é a promoção do conhecimento e da educação para a sociedade. CONSERVAÇÃO AMBIENTAL A Fazenda Seringal Novo Macapá localiza-‐se no bioma de Floresta Amazônica, uma das áreas mais importantes para a conservação da biodiversidade do planeta. As Áreas de Preservação Permanente garantem que a vegetação lá presente se manterá intacta, além de trazer muitos outros benefícios para a fauna e para os recursos hídricos. Além das APPs, a Agrocortex também mantém conservada a Área de Preservação Absoluta, onde não há exploração e corresponde a 10.292 hectares de sua floresta. Altos Valores de Conservação Os Altos Valores de Conservação (AVC) são valores considerados de grande significado cultural, ecológico, paisagístico, para ecossistemas ameaçados, para áreas de produção, de serviços básicos e de subsistência para populações locais. A Agrocortex possui critérios para eleger os Altos Valores de Conservação, e através deles, as Áreas correspondentes de valor significativo ou de extrema importância em nível regional ou global. São esses valores que devem ser protegidos e mantidos. Recentemente, a atualização das Normas do FSC em 2012 e a HCV Resource Network, mudaram o foco de áreas para valores sendo assim classificados como: AVC 1. Concentrações de diversidade biológica incluindo espécies endêmicas, raras, ameaçadas ou em perigo, que são significativas em nível global, regional e nacional. AVC 2. Grandes ecossistemas e mosaicos de ecossistemas em nível da paisagem que são significativos em nível global, regional ou nacional, e que contém populações viáveis da grande maioria das espécies que ocorrem naturalmente em padrões naturais de distribuição e abundância. AVC 3. Ecossistemas, habitats ou refúgios raros, ameaçados ou em perigo. AVC 4. Serviços ecossistêmicos básicos em situações críticas, incluindo a proteção de mananciais e controle de erosão de solos vulneráveis e encostas. AVC 5. Locais e recursos fundamentais para satisfazer as necessidades básicas de comunidades locais ou povos indígenas (para os meios de vida, saúde, nutrição, água, etc), identificadas através do diálogo com estas comunidades ou povos indígenas. AVC 6. Áreas, recursos, habitatse paisagens de especial significado cultural, arqueológico ou histórico em nível global ou nacional, e/ou de importância cultural, ecológica, econômica ou religiosa/sagrada crítica para a cultura tradicional de comunidades locais, populações indígenas ou populações tradicionais, identificadas em cooperação com estas comunidades e populações. A Agrocortex utilizou como referência os documentos do Proforest e estudos realizados por outras instituições, além do banco de dados interno da Empresa. As etapas do trabalho de consolidação das Áreas de Alto Valor de Conservação (AAVC) consistem na interpretação dos valores para identificação das áreas; identificação das áreas com base nos atributos e parâmetros estipulados; estruturação de documentação e consulta a partes interessadas; revisão dos parâmetros e das ações com base nas consultadas realizadas; elaboração de propostas de ações para garantir a proteção destas áreas; implementação do monitoramento; e disponibilização do resumo público das AAVC. Assim, a Agrocortex identificou alguns Atributos e Áreas de Alto Valor de Conservação, sendo eles: Pteronura brasiliensis (Ariranha): considerada uma espécie de Alto Valor de Conservação pois é classificada pela Lista Brasileira de Espécies Ameaçadas de Extinção (EN) e pela Red List da IUCN como Em Perigo, ou seja, se não forem tomados os cuidados necessários para conservação desta espécie, ela corre o risco de entrar em extinção. Aratinga solstitialis (Jandaia Amarela): espécie presente na lista de espécies ameaçadas do Brasil e também consta como EN pela Red List da IUCN. Por ser uma espécie de avifauna, costuma habitar as áreas de floresta onde o manejo ocorre, portanto, pode sofrer impacto direto do manejo. Assim, foi considerada como um AVC. Berthollethia excelsa (Castanheira): a Castanheira foi classificada como um AVC porque, além de servir de alimento para diversas espécies da fauna, a coleta e a venda de castanha, que acontece na época de chuvas (normalmente de dezembro a abril), faz parte da renda das comunidades tradicionais presentes em torno da área da fazenda. Castanheiras, trilhas de castanha e áreas de castanhais: após levantamento com as comunidades ribeirinhas, constatou-‐se que muitas delas utilizam a coleta de castanha para complementar a renda familiar. As trilhas de castanha e áreas de castanhais foram mapeadas juntamente com os coletores de castanha. As trilhas também são importantes locais para caça e coleta de produtos florestais. Igarapés Macapá, Oriental, São Paulo e Bragança: os igarapés são importantes fontes de alimentação das famílias, pois muitas dependem da pesca para seu sustento. Assim, estes igarapés foram considerados de Alto Valor de Conservação. Cemitérios e Igrejas: são locais considerados sagrados pelas comunidades, portanto, um AVC. Através do monitoramento, será possível medir o resultado efetivo das ações propostas para a manutenção ou melhoria dos AVC, cujo objetivo é identificar e relatar o estado de conservação dos mesmos em relação a qualquer atividade impactante, seja da Empresa ou de terceiros. Os resultados dos monitoramentos servirão de suporte para uma revisão e atualização periódica das AAVC. CERTIFICAÇÃO Em 2014 a Agrocortex deu início ao processo de certificação do seu Manejo Florestal e da Cadeia de Custódia da Unidade de Manejo Florestal da Fazenda Seringal Novo Macapá. Seu objetivo é o de trabalhar certificada pelo Forest Stewardship Council®. A Empresa sofreu auditoria da certificadora independente Imaflora, tomando como base o Padrão de Certificação para o Manejo Florestal em Terra Firme na Amazônia Brasileira. A certificação garante o cumprimento dos 10 Princípios e Critérios do FSC®, promovendo o manejo florestal responsável baseado no tripé da sustentabilidade, sendo a empresa ambientalmente adequada, socialmente benéfica e economicamente viável. Assim, a Agrocortex garante que seu manejo protege e mantém as comunidades naturais e Florestas de Alto Valor de Conservação, respeita os direitos dos trabalhadores, comunidades e povos tradicionais, além de construir novos mercados e agregar maior valor ao produto florestal. DIÁLOGO ABERTO A Agrocortex reconhece a importância de manter o diálogo sempre aberto com todas as partes interessadas e afetadas pelas operações na Unidade de Manejo Florestal. Assim, para o esclarecimento de dúvidas, comentários e sugestões a Empresa conta com alguns canais de relacionamento: Fazenda Seringal Novo Macapá Margem esquerda do Rio Purus, Seringal Macapá, Comunidade Oriental. Responsável: Otávio Bressan Escritório/AC Rua Laranja, 93 Bairro do Conjunto Jardim São Francisco CEP: 69901-‐024 Rio Branco – AC Responsável: Nuno Ribeiro Escritório/SP Rua Doutor Rafael de Barros, 210 Bairro Paraíso CEP: 04003-‐041 São Paulo – SP Telefone: (11) 94366-‐6565 E-‐mail: ana.beatriz@ama.agrocortex.com.br
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