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CCGBEF/CPCE055 - MANEJO FLORESTAL - Também denominada de curva de altura sobre DAP. - É uma relação entre altura e diâmetro (h (m) / DAP (cm)), onde se estima a altura em função do DAP, após a construção da curva, utilizando uma equação. Relação hipsométrica Ht = f (dap) - A curva é ascendente, com graus de inclinação e concavidade dependentes das características do povoamento florestal. - É mais ascendente em povoamentos jovens. Árvore DAP (cm) Ht (m) 1 30,1 23,9 2 32,5 24,7 3 36,7 24,9 4 38,1 25,1 5 29,4 6 28,7 7 35,9 8 32,4 9 33,8 Equação estima alturas não medidas Exemplo de aplicação de regressão no inventário florestal - hipsometria - Em inventários florestais, mede-se parte da altura e todos os diâmetros, estimando as alturas das demais árvores com o uso de equações hipsométricas. Em uma parcela com nove árvores, foram medidos os DAP’s de todas as árvores e a altura das 4 primeiras árvores. Como proceder para medir a altura das demais árvores? 0 5 10 15 20 0 10 20 30 40 A lt u ra ( m ) DAP (cm) - Inventários florestais. - Serve para descrição de povoamentos florestais e seu estágio de desenvolvimento, servindo, portanto, para classificá-los em diferentes categorias. Povoamentos diferentes não apresentam curvas iguais. - As curvas hipsométricas (h/dap) representam valores médios, assim como qualquer processo estimativo. Portanto, as curvas servem para estimar alturas médias específicas do povoamento florestal, tais como Hg em função do Dg. Relação hipsométrica: Importância curvas Dados de inventário para encontrar Dg curvas Dados de hipsometria para encontrar Hg Dg = 20 cm Hg = 15 m - O valor numérico do consciente H/DAP é um parâmetro que descreve o grau de concorrência, vitalidade, potencial de crescimento e a estabilidade do talhão em relação a ventos. Relação hipsométrica: Importância Índice de esbeltez = H/DAP Dap = 10 cm Ht = 20m Ht = 20m Ht = 20m Dap = 20 cm Dap = 40 cm H/DAP = 20/10 = 2 m/cm H/DAP = 20/20 = 1 m/cm H/DAP = 20/40 = 0,5 m/cm Densidade do talhão Estabilidade contra vento MAIOR MAIOR MENOR MENOR a) A curva hipsométrica é bastante íngreme para povoamento jovens, e para a classe de sítio altas. Porém sobe suavemente para povoamentos mais velhos e em sítios ruins. Características da curva hipsométrica 0 5 10 15 20 0 10 20 30 40 A lt u ra ( m ) DAP (cm) Talhão jovem em sítio bom Talhão antigo em sítio ruim b) É uma curva dinâmica, ou seja, muda-se a sua inclinação e se desloca para direita à medida que um mesmo povoamento se torna mais velho, exceto em florestas clímax, onde a curva é estável. Características da curva hipsométrica 0 5 10 15 20 0 10 20 30 40 A lt u ra ( m ) DAP (cm) Mesmo povoamento medido ao longo do tempo 2020 2015 2010 - A cada inventário feito, constrói-se uma nova curva hipsométrica. Exceto em florestas clímax. - As curvas são construídas dependendo do ritmo de crescimento da floresta medida, por exemplo, para eucalipto é anual, Pinus pode ser bianual. c) As curvas não apresentam uma relação biológica bem definida e forte (ao contrário do volume). Uma nuvem de pontos plotados em x, y (H/DAP) são dispersos em torno da linha média. Características da curva hipsométrica 0 5 10 15 20 25 0 10 20 30 A lt u ra ( m ) DAP (cm) As estatísticas de medida de precisão são baixas R2 +/- 70% Syx +/- 10% 1) Fatores genéticos – espécie – melhoramento (clones). 2) Idade Fatores que afetam a relação hipsométrica 0 5 10 15 20 25 30 35 40 0 2 4 6 8 10 D A P ( c m ) Idade (anos) 0 5 10 15 20 25 0 2 4 6 8 10 A lt u ra t o ta l (m ) Idade (anos) 0 0,2 0,4 0,6 0,8 1 1,2 1,4 1,6 0 2 4 6 8 10 Ín d ic e d e e s b e lt e z ( m /c m ) Idade (anos) Fatores que afetam a relação hipsométrica 3) Sítio (Capacidade produtiva de locais cobertos por vegetação arbórea) A influência do sítio na taxa de crescimento é mais forte para altura do que diâmetro. Melhor Sítio Pior Maior Índice de esbeltez Menor Índice de esbeltez Fatores que afetam a relação hipsométrica 4) Densidade do talhão Maior espaçamento de plantio, ocorre menor concorrência entre plantas. Povoamento mais denso Maior Índice de esbeltez Curva mais íngreme Gera efeito sobre o DAP e h, porém mais acentuado no diâmetro. Em povoamentos densos, os diâmetros são menores. Em altura o efeito também é notado, mais em escala menor. Povoamento menos denso Menor Índice de esbeltez Curva menos íngreme Fatores que afetam a relação hipsométrica 5) Posição sociológica Maior Índice de esbeltez Menor Índice de esbeltez 0 5 10 15 20 0 10 20 30 40 A lt u ra ( m ) DAP (cm) Dominantes Co dominantes Dominadas Construção de curvas hipsométricas Trorey, L. G. A. A mathematical method for construction of diameter-height curves based on site. Forest Chronicle 8(2):121-132, 1932. Henricksen, H. A. Height-diameter curve with logarithmic diameter: brief report on a more reliable method of height determination from height curves, introduced by the State Forest Research Branch. Dansk Skovforen Tidsskr, v. 35, p. 193-202, 1950. Stoffels, A.; Soest, J. van. The main problems in sample plots. Ned Bosbouwtijdschr, v. 25, p. 190-199, 1953. Curtis, R. O. Height diameter and height age equations for second growth Douglas-fir. Forest Science, v. 13, n. 4, p. 365-375, 1967. - Trorey (1932) propôs os primeiros ajustes da relação hipsométrica. ht = 𝛽0 + 𝛽1 ∙ 𝑑𝑎𝑝 + 𝛽2 ∙ 𝑑𝑎𝑝 2 + 𝜀 Funciona bem com dados que geraram o modelo, no entanto oferecem valores decrescentes para diâmetros maiores que os medidos. - Henricksen (1950) ht = 𝛽0 + 𝛽1 ∙ ln(𝑑𝑎𝑝) + 𝜀 - Stofells (1953) ln(ht) = 𝛽0 + 𝛽1 ∙ ln(𝑑𝑎𝑝) + 𝜀 - Curtis (1967) ln(ht) = 𝛽0 + 𝛽1 ∙(1/𝑑𝑎𝑝) + 𝜀 Todos exemplos de modelos hipsométricos tradicionais Construção de curvas hipsométricas - Modelo hipsométrico tradicional: Utiliza apenas o diâmetro e altura na formulação do modelo. - Modelos tradicionais devem ter a base de dados estratificada para garantir bons ajustes. - Geralmente usa-se um ajuste por parcela ou por talhão, pois o talhão é a unidade mínima de manejo, sendo assim o clone, espaçamento é idade serão iguais. - Outra opção é inserir as variáveis que afetam a relação hipsométrica no próprio modelo, gerando os modelos genéricos. Construção de curvas hipsométricas - Modelo hipsométrico genérico: Utiliza, além do diâmetro e altura da árvore, outros atributos da parcela na formulação do modelo. Exemplos de modelos hipsométricos genéricos: ln ℎ𝑡𝑖𝑗 = 𝛽0 + 𝛽1 ∙ 1 𝑑𝑎𝑝𝑖𝑗 ∙ ln(ℎ𝑑𝑜𝑚𝑗) + 𝜀𝑖𝑗 ln ℎ𝑡𝑖𝑗 = 𝛽0 + 𝛽1 ∙ 1 𝑑𝑎𝑝𝑖𝑗 + 𝛽2 ∙ ln(ℎ𝑑𝑜𝑚𝑗) + 𝛽3 ∙ ln(𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒𝑗) + 𝜀𝑖𝑗 ln ℎ𝑡𝑖𝑗 = 𝛽0 + 𝛽1 ∙ ln(ℎ𝑑𝑜𝑚𝑗) + 𝛽2 ∙ 𝐷𝑔𝑗 𝑑𝑎𝑝𝑖𝑗 + 𝛽3 ∙ 1 𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒𝑗 ∙ 𝑑𝑎𝑝𝑖𝑗 + 𝛽4 ∙ 1 𝑑𝑎𝑝𝑖𝑗 + 𝜀𝑖𝑗 CAMPOS, C.C.; LEITE, H.G. Mensuração Florestal: perguntas e respostas. 2ª ed. Viçosa: UFV, 2006. 407p. FERRAZ FILHO, A. C.; MOLA-YUDEGO, B.; RIBEIRO, A.; SCOLFORO, J. R. S.; LOOS, R. A.; SCOLFORO, H. F. Height-diameter models for Eucalyptus sp. plantations in Brazil. CERNE, v. 24, n. 1, p. 9-17, 2018. SCOLFORO, J.R.S. Sistema integrado para predição e análise presente e futura do crescimento e produção, com otimização de remuneração de capitais, para Pinus caribaea var. hondurensis. 1990. 290p. Tese (Doutorado em Ciências Florestal) – Setor de Ciências Agrárias, Universidade Federal do Paraná, Curitiba. Degeneração da relação hipsométrica Definição: quando há perda da relação entre o diâmetro e altura, tornando o modelo hipsométrico ajustado não significativo. - Equações de volume em plantações: - Equações de volume em nativas: - Relação hipsométrica por modelo genérico: - Relação hipsométrica tradicional - Povoamento bem formado e bem conduzido: - Povoamento mal formado: - Quando há degeneração da relação hipsométrica:Exemplo da degeneração R2 ≥ 98% R2 ≥ 95% R2 ≥ 85% R2 ≥ 60% R2 ≥ 40% R2 = 0 a 20% Degeneração da relação hipsométrica - Diferentes diâmetros possuem uma mesma altura; - Diferentes alturas possuem um mesmo diâmetro. 0 5 10 15 20 25 30 35 40 45 0 10 20 30 40 50 A lt u ra ( m ) DAP (cm) R2 = 0% Degeneração da relação hipsométrica - Motivos para ocorrer a degeneração: - Em plantios clonais, pois a variação em altura é muito baixa. - Populações que sofrem desbaste. 0 5 10 15 20 0 10 20 30 40 A lt u ra ( m ) DAP (cm) Antes do desbaste 0 5 10 15 20 0 10 20 30 40 A lt u ra ( m ) DAP (cm) X X Degeneração da relação hipsométrica - Posso usar um modelo que possui R2 = 0%? - Depende do gráfico de resíduos: Sem tendência, pode usar o modelo Com tendência, não usar o modelo Neste caso, devo mudar a estrutura do modelo. Caso não resolva, dividir os dados em classes de diâmetro, obter a média da altura por classe e usar estes valores para estimar altura. CLD H média 5 a 10 7,8 10 a 15 10,7 15 a 20 14,1 20 a 25 19,5 Relação hipsométrica e coleta de dados em campo - Na parcela de inventário florestal são medidas algumas alturas e todos os diâmetros, como definir o número de árvores a se medir altura? Exemplos: Fíbria S.A. Eucalipto 3x3 m Parcela circular de 400 m2 54 árvores na parcela 16 a 20 árvores medidas por parcela 30% a 37% das árvores com altura medida por parcela Altura das 2 fileiras centrais + as dominantes Relação hipsométrica e coleta de dados em campo - Na parcela de inventário florestal são medidas algumas alturas e todos os diâmetros, como definir o número de árvores a se medir altura? Altura das 15 primeiras árvores + as dominantes Exemplos: Vallourec Eucalipto 3x3 m Parcela quadrada de 400 m2 42 árvores na parcela 15 a 19 árvores medidas por parcela 35% a 45% das árvores com altura medida por parcela Relação hipsométrica e coleta de dados em campo - Na parcela de inventário florestal são medidas algumas alturas e todos os diâmetros, como definir o número de árvores a se medir altura? Altura das 5 primeiras árvores + as dominantes Exemplos: Veracel Eucalipto 4x3 m Parcela retangular com 30 árvores 30 árvores na parcela 5 a 9 árvores medidas por parcela 17% a 30% das árvores com altura medida por parcela Relação hipsométrica e coleta de dados em campo Qual o motivo da diferença entre o número de árvores medidas nas empresas A e B e na empresa C? Empresa A 16 a 20 árvores com altura medidas por parcela Empresa B 15 a 19 árvores com altura medidas por parcela Empresa C 5 a 9 árvores com altura medidas por parcela Tipo do modelo ajustado: Empresa A e B – Modelos tradicionais (um ajuste por parcela) Empresa C – Modelos genéricos (reúne várias parcelas por ajuste) Aula prática de relação hipsométrica - Medição de todos os diâmetros e algumas alturas de 5 parcelas - Estimativa das alturas por meio de modelos tradicionais - Ajuste dos modelos no R - Ajuste manual (comando lm) - Ajuste de várias equações automáticas (comando lmList do parcote nlme) - Manuseio de base de dados no Excel - Procurar valor (procv) - Construção da coluna de altura definitiva Slide 1 Slide 2 Slide 3 Slide 4 Slide 5 Slide 6 Slide 7 Slide 8 Slide 9 Slide 10 Slide 11 Slide 12 Slide 13 Slide 14 Slide 15 Slide 16 Slide 17 Slide 18 Slide 19 Slide 20 Slide 21 Slide 22 Slide 23
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