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CCGBEF/CPCE055 - MANEJO FLORESTAL Prof. Antonio Carlos Ferraz Filho - Crescimento: Ganhos periódicos de variáveis dendrométricas ao longo do tempo. - Possui unidade relacionada com o tempo em sua escala: cm/ano m3/ha/ano ... Crescimento e produção Importância: - Independente do tipo de floresta (plantada ou nativa), sem informação de crescimento não se maneja a floresta; - A taxa de crescimento da floresta determina o momento de importantes intervenções silviculturais; - Fundamental para o planejamento florestal. - Produção: É o crescimento acumulado em um dado ponto do tempo. cm m3/ha ... 1) Maneiras de expressar o crescimento a) Incremento médio anual – IMA Indica o quanto a floresta cresceu em média por ano até uma idade qualquer. Exemplo: Plantio – 2016 Inventário em 2020 Volume = 100 m3/ha Qual o IMA em volume aos 4 anos de idade? 𝐼𝑀𝐴𝑣 = 100 ൗ𝑚 3 ℎ𝑎 4 𝑎𝑛𝑜𝑠 𝐼𝑀𝐴𝑣 = 25 𝑚3 ∙ ℎ𝑎−1 ∙ 𝑎𝑛𝑜−1 1) Maneiras de expressar o crescimento a) Incremento médio anual – IMA 𝐼𝑀𝐴𝑣 = 25 𝑚3 ∙ ℎ𝑎−1 ∙ 𝑎𝑛𝑜−1 Qual será o volume aos 7 anos? 𝑉𝑜𝑙𝑢𝑚𝑒 = 7 𝑎𝑛𝑜𝑠 ∙ 25 𝑚3 ∙ ℎ𝑎−1 ∙ 𝑎𝑛𝑜−1 𝑉𝑜𝑙𝑢𝑚𝑒 = 175 𝑚3 ∙ ℎ𝑎−1 Quando a floresta atingiu 7 anos (2023), um novo inventário quantificou a produção em: 𝑉𝑜𝑙𝑢𝑚𝑒 𝑎𝑜𝑠 7 𝑎𝑛𝑜𝑠 = 190 𝑚3 ∙ ℎ𝑎−1 𝐼𝑀𝐴𝑣 = 190 ൗ𝑚 3 ℎ𝑎 7 𝑎𝑛𝑜𝑠 𝐼𝑀𝐴𝑣 = 27,1 𝑚3 ∙ ℎ𝑎−1 ∙ 𝑎𝑛𝑜−1 Porque os dois IMAs em volume não foram iguais? Idade Volume 𝐼𝑀𝐴𝑣 = 25 𝑚3 ∙ ℎ𝑎−1 ∙ 𝑎𝑛𝑜−1 4 anos 100 m3/ha 7 anos 175 m3/ha 190 m3/ha Motivo: O crescimento de variáveis dendrométricas não possui comportamento linear em relação ao tempo. - Deve-se referenciar a idade quanto reportando valores de crescimento. 𝐼𝑀𝐴 𝑣4 = 25 𝑚3 ∙ ℎ𝑎−1 ∙ 𝑎𝑛𝑜−1 𝐼𝑀𝐴 𝑣7 = 27,1 𝑚3 ∙ ℎ𝑎−1 ∙ 𝑎𝑛𝑜−1 - O IMA deve ser apresentado próximo da idade de rotação b) Incremento corrente anual – ICA Indica o quanto a floresta (ou árvore) cresce no período exato de um ano. Exemplo: Plantio – 2010 1º inventário em 01/01/2013 d = 7,0 cm 2º inventário em 31/12/2013 d = 9,2 cm 𝐼𝐶𝐴 𝑑4 = 9,2 𝑐𝑚 − 7,0 𝑐𝑚 𝐼𝐶𝐴 𝑑4 = 2,2 𝑐𝑚 ∙ 𝑎𝑛𝑜−1 c) Incremento periódico – IP Igual ao ICA, porém não necessariamente anual, geralmente aplicado em florestais nativas. Exemplo: 1º inventário em 2010 volume = 100 m3/ha 2º inventário em 2015 volume = 120 m3/ha 𝐼𝑃 𝑣 = 20 𝑚3 ∙ ℎ𝑎−1 ∙ 5 𝑎𝑛𝑜𝑠−1 𝐼𝑃𝐴 𝑣 = 4 𝑚3 ∙ ℎ𝑎−1 ∙ 𝑎𝑛𝑜−1 2) Usos dos crescimento e produção para definir a rotação da floresta Rotação: Período entre o estabelecimento do talhão e o corte final Bettinger, P., Boston, K., Siry, J.P., Grebner, D.L., 2017. Forest Management and Planning (second edition). Academic Press, New York, NY. 349 p. Tipos de rotação (conforme apresentado por Bettinger et al. 2017): a) Rotação física: tempo de vida natural das árvores. - Importante no escopo de serviços e bens não madeireiros, como florestas de proteção ou para estoque de carbono. b) Rotação técnica: tempo necessário para árvores produzirem um determinado produto ou atingir certa dimensão. Por exemplo, para florestas de eucalipto: - Mourão de cerca = 4 anos - Postes = 7 anos - Madeira serrada = 12 anos Tipos de rotação (conforme apresentado por Bettinger et al. 2017): c) Rotação silvicultural: idade na qual as árvores são capazes de se regenerar naturalmente com sucesso. Por exemplo, Pinus taeda nos EUA: - Aos 25 anos produz sementes suficiente para regeneração - Aos 40 anos produz 3 a 5 x mais, aumentando a chance de sucesso da regeneração d) Rotações financeiras: rotação é associada a algum aspecto financeiro. Por exemplo: - Rotação de geração de renda - Rotação de crescimento do valor percentual - Rotação econômica Leva em conta todo fluxo de caixa do empreendimento Como é possível associar preço mais elevado para madeira mais grossas, as rotações financeiras são aplicadas nos Regimes de Manejo para Produtos de Madeira Sólida e) Rotação de produção volumétrica máxima. - No Brasil, esta rotação é também denominada de silvicultural ou técnica. - É a rotação que gera maior produção em volume, considerando que o talhão será replantado perpetuamente. - Identificado como o ponto do máximo IMA, quando o IMA e ICA se cruzam. Exemplo: Produtividade de eucalipto na região do sul de Minas Gerais (clone, sítio bom) Idade Volume (m 3 /ha) IMA ICA 2 50 25,0 - 3 100 33,3 50 4 170 42,5 70 5 220 44,0 50 6 250 41,7 30 7 280 40,0 30 8 300 37,5 20 9 320 35,6 20 10 330 33,0 10 Informação do inventário florestal 𝐼𝑀𝐴2 = 50 ൗ𝑚 3 ℎ𝑎 2 𝑎𝑛𝑜𝑠 = 25 𝑚3∙ ℎ𝑎−1 ∙ 𝑎𝑛𝑜−1 𝐼𝑀𝐴3 = 100 ൗ𝑚 3 ℎ𝑎 3 𝑎𝑛𝑜𝑠 = 33,3 𝑚3∙ ℎ𝑎−1 ∙ 𝑎𝑛𝑜−1 𝐼𝑀𝐴10 = 330 ൗ𝑚 3 ℎ𝑎 10 𝑎𝑛𝑜𝑠 = 33,0 𝑚3∙ ℎ𝑎−1 ∙ 𝑎𝑛𝑜−1 ... 𝐼𝐶𝐴3 = 100 − 50 = 50 𝑚3∙ ℎ𝑎−1 ∙ 𝑎𝑛𝑜−1 𝐼𝑀𝐴4 = 170 − 100 = 70 𝑚3∙ ℎ𝑎−1 ∙ 𝑎𝑛𝑜−1 𝐼𝑀𝐴10 = 330 − 320 = 10 𝑚3∙ ℎ𝑎−1 ∙ 𝑎𝑛𝑜−1 ... ITC = Idade Técnica de Colheita http://www.mensuracaoflorestal.com.br/crescimento-e-producao-florestal http://www.mensuracaoflorestal.com.br/crescimento-e-producao-florestal ICA > IMA IMA está aumentando ICA = IMA Ponto da rotação (máximo IMA) ICA < IMA IMA está diminuindo Idade Volume (m 3 /ha) IMA ICA 2 50 25,0 - 3 100 33,3 50 4 170 42,5 70 5 220 44,0 50 6 250 41,7 30 7 280 40,0 30 8 300 37,5 20 9 320 35,6 20 10 330 33,0 10 Rotação de produção volumétrica máxima é no ponto de máximo IMA ≈ 5 anos 0 50 100 150 200 250 300 350 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 V o lu m e (m 3 /h a) Idade (anos) 0,0 10,0 20,0 30,0 40,0 50,0 60,0 70,0 80,0 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 V o lu m e (m 3 /h a/ an o ) Idade (anos) Rotação ≈ 5 anos Rotação ≈ 5,5 anos 5,5 anos é considerado a idade de produção volumétrica máxima considerando que o talhão será replantado perpetuamente e cortado com 5,5 anos. 0 50 100 150 200 250 0 5 10 15 20 25 30 35 40 45 50 V o lu m e (m 3 /h a) Idade (anos) ∞ A Rotação de Produção Volumétrica Máxima pode ser aplicada a diferentes variáveis dendrométricas ou produtos. DAP Área basal Volume ... Celulose Carvão Madeira serrada ... Id Densidade Básica (kg/m 3 ) 3 a 4 350 5 525 6 a 7 700 Alta correlação com peso seco da árvore Peso seco (kg) = Volume (m3) * Densidade Básica (kg/m3) Efeito da idade na Densidade Básica do eucalipto Idade Volume (m 3 /ha) Peso seco (kg/ha) IMA ICA 2 50 18 8,8 - 3 100 35 11,7 18 4 170 60 14,9 25 5 220 116 23,1 56 6 250 175 29,2 60 7 280 196 28,0 21 8 300 210 26,3 14 9 320 224 24,9 14 10 330 231 23,1 7 IMA e ICA do Peso seco por hectare Peso seco 2 anos (kg/ha) = 50 (m3/ha) * 350 (kg/m3) Peso seco 2 anos (kg/ha) = 18000 Peso seco 2 anos (t/ha) = 18 (t/ha) 0 50 100 150 200 250 0 2 4 6 8 10 12 V o lu m e (m 3 /h a) Idade (anos) 0,0 10,0 20,0 30,0 40,0 50,0 60,0 70,0 0 2 4 6 8 10 12 V o lu m e (m 3 /h a) Idade (anos) Idade Volume (m 3 /ha) Peso seco (kg/ha) IMA ICA 2 50 18 8,8 - 3 100 35 11,7 18 4 170 60 14,9 25 5 220 116 23,1 56 6 250 175 29,2 60 7 280 196 28,0 21 8 300 210 26,3 14 9 320 224 24,9 14 10 330 231 23,1 7 Rotação ≈ 6 anos Rotação ≈ 6,5 anos 0 5 10 15 20 25 30 35 0 5 10 15 20 25 Idade (anos) IM A v o lu m e ( m 3 /h a /a n o )_ _ 0 1 2 3 4 5 0 5 10 15 20 25 Idade (anos) IM A á re a b a s a l ( m 2 /h a /a n o )_ _ 0 1 2 3 4 0 5 10 15 20 25 Idade (anos) IM A D A P ( c m /a n o )_ _ 0 0,5 1 1,5 2 2,5 0 5 10 15 20 25 Idade (anos) IM A a ltu ra ( m /a n o )_ _ Pinus taeda – 667 N/ha – Norte do Uruguai – Sítio ótimo Máx IMA V = 20 anos Máx IMA G = 13 anos Máx IMA DAP = 7 anos Máx IMA H = 2 anos Rotação de Máxima Produção aplicado a diferentes variáveis dendrométricas. Ferraz Filho, A. C. Sistema de prognose do crescimento e produção para Pinus taeda L. sujeito a regimes de desbastes e podas. 2009. 140 p. Dissertação (Mestradoem Engenharia Florestal)-Universidade Federal de Lavras, Lavras, 2009. Interação do ponto do máximo IMA e o sítio. Quanto melhor o sítio Mais rápido a ocupação do talhão Mais cedo ocorre o máximo IMA Interação do ponto do máximo IMA e o espaçamento de plantio. Quanto menor o espaçamento Mais rápido a ocupação do talhão Mais cedo ocorre o máximo IMA Quanto menor o espaçamento Maior a produção do povoamento (m3/ha) Menor a dimensão das árvores (DAP) Espaçamento x Produção florestal Sítios mais produtivos ocupam melhor seu espaço de crescimento. IS12 = 3 m2 X IS20 = 4,6 m2 Fonte do dados: Schneider et al. (2001) Produção de madeira e casca verde por índice de sítio e espaçamento inicial de acácia-negra (Acacia mearnsii De Wild). Ciência Florestal. Exemplo: Considerando um projeto florestal com 3 sítios (ruim, médio, bom), qual deve ser o espaçamento aplicado em cada? Colheita será de uma só vez? Podemos aplicar único espaçamento para toda floresta, mas colheita irá começar nos melhores sítios, pois máximo IMA ocorre primeiro no melhor sítio. Variar o espaçamento conforme o sítio, de forma a todos atingirem máximo IMA em idades semelhantes: Sítio ruim - 3 x 2 m Sítio médio - 3 x 3 m Sítio bom - 4 x 3 m Sítio x Espaçamento x Rotação Em sítios frágeis (solos pobres, déficit hídrico...) deve voltar a abrir espaçamentos para evitar mortalidade Florestas nativas Produção de florestas brasileiras Cerrado sensu lato Cerrado sensu stricto Volume = 50 m3/ha 50% fuste 50% galhos Volume = 110 mst/ha Fator de empilhamento = 2,2 Árvores = 1000 N/ha DAP = 10 cm Altura = 6 m Campo cerrado Volume = 20 m3/ha Volume = 44 mst/ha Árvores = 370 N/ha DAP = 8 cm Altura = 4 m Fonte: www.icmbio.gov.br/educacaoambiental/images/stories/biblioteca/permacultura/Manual_recuperacao_cerrado.pdf Cerrado sensu lato 60% fuste 40% galhos Fator de empilhamento = 2,0 Cerradão / Floresta semidecidual Volume Fuste = 100 m3/ha Volume = 200 mst/ha Árvores = 1600 N/ha DAP = 12 cm Altura = 7 m Floresta Amazônica Explorado Volume Fuste ≥ 45 cm Volume Fuste ≥ 25 cm Volume Fuste ≥ 15 cm 40 – 120 Volume (m3/ha) 150 – 200 250 – 350 20 – 30 Volume (m3/ha) – – N/ha 3 – 8 Fonte: http://dx.doi.org/10.4322/rca.ao1401 Florestas plantadas Produção de florestas brasileiras Eucalyptus Baixo Médio Alto DAP - 7 anos 150 Volume 7 anos (m3/ha)Sítio IMADAP7 (cm/ano) 1,8 2,2 3,3 12,6 15,4 23,1 200 300 Pinus I II III Volume no corte raso (m3/ha)Sítio 800 IV 600 450 Não faz desbaste Serraria, 2 desbastes (10 e 15 anos), rotação 20 – 23 anos I II III Volume no corte raso (m3/ha)Sítio 600 IV 500 400 Celulose, sem desbastes, rotação 14 – 17 anos 300 Florestas plantadas Produção de florestas brasileiras IMA de outras espécies plantadas no Brasil Idade da rotação Volume (m3/ha/ano) Mogno africano 5 Pau BalsaTeca 20 -30 2 15 - 20 3 120 14Diâmetros (cm/ano) 15 15 - 20 - Permitem estimar volume no futuro, auxiliando no planejamento de atividade silviculturais. Modelos de crescimento e produção - Rotação máxima produção volumétrica = 3,6 anos 0 20 40 60 80 100 120 140 160 180 0 1 2 3 4 5 6 7 8 V o lu m e (m 3 /h a) Idade (anos) 0 5 10 15 20 25 30 35 40 45 0 1 2 3 4 5 6 7 8 V o lu m e (m 3 /h a/ an o ) Idade (anos) IMA ICA - Inventário Florestal Contínuo 3 ano - Inventário Florestal Contínuo 4 ano Identifico a rotação apenas após ela ocorrer, problema que é resolvido estimando os volumes por modelos de regressão Modelos de crescimento e produção ICA apresenta comportamento inesperado (4 a 6 anos), motivo é a realização do IFC em datas diferentes. Idade V (m3/ha) IMA ICA 2,0 46,4 23,2 - 3,0 84,5 28,2 38,2 4,0 114,1 28,5 29,6 4,8 133,3 27,6 19,2 6,3 159,0 25,1 25,7 0,0 5,0 10,0 15,0 20,0 25,0 30,0 35,0 40,0 45,0 0,0 1,0 2,0 3,0 4,0 5,0 6,0 7,0 V o lu m e (m 3 /h a/ an o ) Idade (anos) IMA ICA Idade Idade V (m3/ha) IMA ICA 24 2,0 46,4 23,2 - 36 3,0 84,5 28,2 38,2 48 4,0 114,1 28,5 29,6 58 4,8 133,3 27,6 23,0 76 6,3 159,0 25,1 17,1 Correção: 𝐼𝐶𝐴 = 𝑉2 − 𝑉1 𝐼𝑑2 − 𝐼𝑑1 0,0 5,0 10,0 15,0 20,0 25,0 30,0 35,0 40,0 45,0 0,0 1,0 2,0 3,0 4,0 5,0 6,0 7,0 V o lu m e (m 3 /h a/ an o ) Idade (anos) IMA ICA Esta correção não leva em conta o comportamento não linear do crescimento e produção. Classificação de modelos de crescimento e produção Modelos empíricos Modelos mecanísticos Modelos globais Modelos de árvores individuais Modelos de ecossistemas Modelos híbridos Equações de crescimento Modelos de classes diamétricas Agregação da informação do talhão Modelos empíricos Modelos mecanísticos Construídos com base em muitas observações Crescimento = Função ( Idade, Sítio, Densidade ) Modelos híbridos Usam funções estatísticas entre fatores Construídos com base em relações fisiológicas Crescimento = Função ( Recursos, Eficiência de conversão dos recursos em biomassa ) Resposta em volume de madeira Resposta em total de carbono Combinação entre as duas metodologias Biosfera Ecossistema Comunidade População Indivíduo Órgão Tecido Células Moléculas N ív e l d e i n te g ra ç ã o Alto Baixo Ecologia da paisagem Dinâmica, estrutura e composição vegetal Fisiologia vegetal e biologia molecular Ecofisiologia Ecofisiologia – ligação das ciências tradicionais que estudam sistemas de altas e baixas integrações, base dos modelos mecanísticos Beyschlag & Ryel, 2007 3PG (Landsberg & Waring, 1997) Physiological Principles to Predict Growth Modelo da família do “APAR” absorbed photosynthetically active radiation Exemplo de modelo mecanístico: Equação de produção ecológica (Monteith, 1977) Produção = Recurso disponível x Recurso Captado x Eficiência da convenção do recurso em biomassa (ε) ε = mol C / mol APAR Estratégia do 3PG é usar vários fatores para restringir o ε máximo PAR APAR GPP NPP Estrutura de cálculo do 3PG Radiação fotossinteticamente ativa absorvida Calculada usando a Lei de Beer R a d ia ç ã o i n te rc e p ta d a ( % ) Índice de área foliar (IAF) Landsberg, 2009 Stape, 2009 IAF = m2 de folhas por m2 de solo IAF = 1 2 3 4 5 PAR APAR GPP NPP Estrutura de cálculo do 3PG “Gross primary productivity” Produção primaria bruta GPP = APAR x ε ε = 0,08 mol c / mol APAR Eucalyptus grandis (Stape, 2002) Importância do coeficiente de conversão, corresponde a eficiência do uso da luz PAR APAR GPP NPP Estrutura de cálculo do 3PG “Net primary productivity” Produção primaria liquida, carbono alocado na planta NPP = GPP x respiração Respiração 0,5 + H20 Rain gC Soil H20 ET + + + _ _ + wSx Dead trees Stocking + + _ wS + w S>w Sx _ _ N + + _ _ Stress VPD T FR f + _ + _ + ++ + + DBH F/SR LAILUE SLA + + _ + NPP Stem Foliage Roots GPP CO2 C,N Litter Sequência de calculo do 3PG Landsberg, 2009 36 Desenvolvimento dos modelos empíricos de crescimento Desenvolvimento dos modelos empíricos de crescimento Leis primárias de crescimento de uma árvore, Pressler (1864) (1) O crescimento anual seccional dos anéis de uma árvore a um determinado ponto de altura é proporcional à quantidade de folhas a montante deste ponto (2) em todas as partes do fuste sem galhos, o crescimento dos anéis será igual (3) dentre a copa, o crescimento em área seccional dos anéis diminuirá de baixo para cima em relação à quantidade de folhas acima do ponto de referência Mostrou que padrões definitivos de crescimento de madeira podiam ser formulados Metzger em 1894, definiu que a forma do fuste segue uma parábola cúbica Desenvolvimento da classificação de sítio “solo argiloso de baixa altitude e capacidade mediana de produção de madeira” 1700 – Métodosgeocêntricos, identificando características do local de plantio 1764 – Oettelt foi o primeiro a sugerir a altura do talhão como um indicador de produtividade 1841 – Carl Justus Heyer foi o primeiro pesquisador a identificar, de uma maneira científica, a correlação entre crescimento em altura e crescimento em volume 1877 – Adolf Gregor von Baur foi o primeiro a construir uma tabela de produtividade com classificação de sítio utilizando altura do talhão. Desenvolvimento dos modelos empíricos de crescimento Modelos de densidade variável 1939 – Schumacher desenvolve o modelo de produção de densidade variável Desenvolvimento dos modelos empíricos de crescimento Schumacher, F. X. (1939).A new growth curve and its application to timber-yield studies. Journal of Forestry,37, 819–820. Sullivan, A.D.; Clutter, J.L. A simultaneaous growth and yield model for loblolly pine. Forest Science, v. 18, p. 76-86, 1972. ln 𝑉𝑜𝑙𝑢𝑚𝑒 = 𝛽0 + 𝛽1 ∙ 1 𝑆í𝑡𝑖𝑜 + 𝛽2 ∙ 1 𝐼𝑑𝑎𝑑𝑒 +𝛽3 ∙ ln 𝐺 + 𝜀 1972 – Sullivan e Clutter aperfeiçoam o modelo de Schumacher, estimando volume em função da idade, sítio e área basal presente e idade futura. ( ) ( ) S I I I I G I I IS V −+ −+ +++= 2 1 5 2 1 41 2 1 3 2 21 02 11lnln ✓ Von Bertalanffy (1951), desenvolveu um modelo baseado no metabolismo considerando que a taxa anabólica era proporcional a área da superfície externa do organismo, enquanto a taxa catabólica era proporcional ao volume do organismo; 3/21/1)])^(exp[1( −−−−= totKAw Onde: w = variável dependente; A = valor assintótico; K = taxa constante que determina o espalhamento da curva ao longo do tempo; t = idade. Modelos Biomátematicos Desenvolvimento dos modelos empíricos de crescimento ✓ Richards em 1959, estudando o crescimento de plantas, desenvolveu uma função de crescimento baseada em modelos monomoleculares, logísticos e Von Bertalanffy; ✓ Chapman em 1961, estudando o crescimento de peixes também desenvolveu uma função baseada nos trabalhos anteriores; ✓ Ambos autores concluíram que o expoente 2/3 era muito restritivo e propuseram um expoente estimado para cada caso (organismo) ✓ No meio florestal, os modelos biológicos foram introduzidos por Turnbull em 1963, que consolidou o uso modelo biológico que o mesmo denominou de Chapman & Richards. Modelos Biomátematicos Desenvolvimento dos modelos empíricos de crescimento 𝑽𝒐𝒍𝒖𝒎𝒆 = 𝜷𝟎 ∙ (𝟏 − 𝒆𝒙𝒑(𝜷𝟏 ∗ 𝒊𝒅𝒂𝒅𝒆)) 𝜷𝟐 Modelos empíricos de crescimento e produção Modelos de predição X Modelos de projeção Modelos de predição: Retrata comportamento médio da varável dependente, independente do estado original. ln ℎ𝑑2 = 𝑙𝑛 ℎ𝑑1 + 𝛽1 ∙( 1 𝑖𝑑2 − 1 𝑖𝑑1 ) ln(ℎ𝑑) = 𝛽0 + 𝛽1 ∙(1/𝑖𝑑) Modelos de projeção: Retrata comportamento no futuro baseado em informações do presente. 0 5 10 15 20 25 30 35 0 1 2 3 4 5 6 7 A lt u ra d o m in an te ( m ) Idade (anos) Hdom HDom Est 0 5 10 15 20 25 30 35 0 1 2 3 4 5 6 7 A lt u ra d o m in an te ( m ) Idade (anos) Modelos de crescimento e produção de predição Exemplo: Zoneamento Ecológico-Econômico do Estado de Minas Gerais. 𝑉𝑜𝑙𝑢𝑚𝑒 = 𝑓(𝐼𝑑𝑎𝑑𝑒; 𝑆í𝑡𝑖𝑜) 1º) Divisão da área de estudo em 8 regiões (bacias hidrográficas). Modelos de crescimento e produção de predição Exemplo: Zoneamento Ecológico-Econômico do Estado de Minas Gerais. 2º) Obtenção dos dados de altura dominante e volume para cada região. Modelos de crescimento e produção de predição Exemplo: Zoneamento Ecológico-Econômico do Estado de Minas Gerais. 3º) Classificação de sítio em cada região de estudo. Modelos de crescimento e produção de predição Exemplo: Zoneamento Ecológico-Econômico do Estado de Minas Gerais. 4º) Ajuste do modelo de Chapman e Richards para cada sítio da região. Modelos de crescimento e produção de predição Exemplo: Zoneamento Ecológico-Econômico do Estado de Minas Gerais. 5º) Obtenção das tabelas de produção por sítio. - Por usarem informação da densidade da floresta (N/ha; G) como variáveis independentes, os modelos de crescimento e produção de projeção possuem alto poder para estimar o crescimento do talhão no futuro. Modelos de crescimento e produção – Modelos de projeção Modelo de produção de densidade variável de Schumacher (1939) ln 𝑉𝑜𝑙𝑢𝑚𝑒 = 𝛽0 + 𝛽1 ∙ 1 𝑆í𝑡𝑖𝑜 + 𝛽2 ∙ 1 𝐼𝑑𝑎𝑑𝑒 + 𝛽3 ∙ ln 𝐺 + 𝜀 Para conhecer o volume presente de uma floresta: - Realizo inventário florestal, obtenho valores de sítio (altura dominante) e área basal (obtida dos DAP’s e área da parcela) e idade. - Estes valores são usados como variáveis de entrada do modelo de Schumacher, que estima o volume (m3/ha) no talhão inventariado. - Para estimar o volume no futuro, devo antes estimar a área basal no futuro. Sub modelo que projeta a área basal para o futuro Modelos de crescimento e produção – Modelos de projeção Modelo de produção de densidade variável de Sullivan e Clutter (1972) ln 𝑉2 = 𝛽0 + 𝛽1 ∙ 1 𝑆 + 𝛽2 ∙ 1 𝐼2 + 𝛽3 ⋅ 𝐼1 𝐼2 ⋅ ln 𝐺1 + 𝛽4 ⋅ 1 − 𝐼1 𝐼2 + 𝛽5 ⋅ 1 − 𝐼1 𝐼2 ⋅ 𝑆 ln 𝑉𝑜𝑙𝑢𝑚𝑒 = 𝛽0 + 𝛽1 ∙ 1 𝑆í𝑡𝑖𝑜 + 𝛽2 ∙ 1 𝐼𝑑𝑎𝑑𝑒 𝛽3 ∙ ln 𝐺 Igual ao modelo de Schumacher (1939) ( ) ( ) S I I I I G I I G −+ −+ = 2 1 1 2 1 01 2 1 2 11lnln 𝛼0 = 𝛽4 𝛽3 𝛼1 = 𝛽5 𝛽3 Modelo de produção de densidade variável de Sullivan e Clutter (1972) ln 𝑉2 = 𝛽0 + 𝛽1 ∙ 1 𝑆 + 𝛽2 ∙ 1 𝐼2 + 𝛽3 ⋅ 𝐼1 𝐼2 ⋅ ln 𝐺1 + 𝛽4 ⋅ 1 − 𝐼1 𝐼2 + 𝛽5 ⋅ 1 − 𝐼1 𝐼2 ⋅ 𝑆 Exemplo de aplicação para encontrar o volume no futuro (7 anos de idade): Inventário florestal Idade = 4 anos Área basal = 10 m2/ha Hdom = 20 m 0 5 10 15 20 25 30 35 40 2 3 4 5 6 7 8 A lt u ra d o m in an te ( m ) Idade (anos) Hdom LI classeV LS classe V LS classeIV LS classeIII LS classeII S = 25,5 m Entrada do modelo I1 = 4 anos I2 = 7 anos G1 = 10 m2/ha S = 25,5 m ln 𝑉2 = 𝛽0 + 𝛽1 ∙ 1 25,5 + 𝛽2 ∙ 1 7 + 𝛽3 ⋅ 4 7 ⋅ ln 10 + 𝛽4 ⋅ 1 − 4 7 + 𝛽5 ⋅ 1 − 4 7 ⋅ 25,5 Modelo de produção de densidade variável de Sullivan e Clutter (1972) ln 𝑉2 = 𝛽0 + 𝛽1 ∙ 1 𝑆 + 𝛽2 ∙ 1 𝐼2 + 𝛽3 ⋅ 𝐼1 𝐼2 ⋅ ln 𝐺1 + 𝛽4 ⋅ 1 − 𝐼1 𝐼2 + 𝛽5 ⋅ 1 − 𝐼1 𝐼2 ⋅ 𝑆 Exemplo de aplicação para encontrar a área basal no futuro (7 anos de idade): Inventário florestal Idade = 4 anos Área basal = 10 m2/ha S = 25,5 m Entrada do modelo I1 = 4 anos I2 = 7 anos G1 = 10 m2/ha S = 25,5 m ln 𝐺2 = 4 7 ⋅ ln 10 + 𝛽4 𝛽3 ⋅ 1 − 4 7 + 𝛽5 𝛽3 ⋅ 1 − 4 7 ⋅ 25,5 Modelo de produção de densidade variável de Sullivan e Clutter (1972) Exemplo de aplicação para encontrar o volume no passado (3 anos de idade): Inventário florestal Idade = 4 anos Área basal = 10 m2/ha S = 25,5 m Entrada do modelo I1 = 4 anos I2 = 3 anos G1 = 10 m2/ha S = 25,5 m ln 𝑉2 = 𝛽0 + 𝛽1 ∙ 1 25,5 + 𝛽2 ∙ 1 3 + 𝛽3 ⋅ 4 3 ⋅ ln 10 + 𝛽4 ⋅ 1 − 4 3 + 𝛽5 ⋅ 1 − 4 3 ⋅ 25,5 ln 𝑉2 = 𝛽0 + 𝛽1 ∙ 1 𝑆 + 𝛽2 ∙ 1 𝐼2 + 𝛽3 ⋅ 𝐼1 𝐼2 ⋅ ln 𝐺1 + 𝛽4 ⋅ 1 − 𝐼1 𝐼2 + 𝛽5 ⋅ 1 − 𝐼1 𝐼2 ⋅ 𝑆 Modelo de produção de densidade variável de Sullivan e Clutter (1972) Exemplo de aplicação para encontrar o volume no presente (4 anos de idade): Inventário florestal Idade = 4 anos Área basal = 10 m2/ha S = 25,5 m Entrada do modelo I1 = 4 anos I2 = 4 anos G1 = 10 m2/ha S = 25,5 m ln 𝑉2 = 𝛽0 + 𝛽1 ∙ 1 25,5 + 𝛽2 ∙ 1 4 + 𝛽3 ⋅ 4 4 ⋅ ln 10 + 𝛽4 ⋅ 1 − 4 4 + 𝛽5 ⋅ 1 − 4 4 ⋅ 25,5 ln 𝑉2 = 𝛽0 + 𝛽1 ∙ 1 𝑆 + 𝛽2 ∙ 1 𝐼2 + 𝛽3 ⋅ 𝐼1 𝐼2 ⋅ ln 𝐺1 + 𝛽4 ⋅ 1 − 𝐼1 𝐼2 + 𝛽5 ⋅ 1 − 𝐼1 𝐼2 ⋅ 𝑆 = 0= 0= 1 ln 𝑉2 = 𝛽0 + 𝛽1 ∙ 1 25,5 + 𝛽2 ∙ 1 4 + 𝛽3 ⋅ ln 10 Quando estimado volume presente, volta a forma do modelo de Schumacher Método de ajuste recomendado para o modelo de Sullivan e Clutter (1972) Como o modelo estima tanto o volume futuro quanto o presente, recomenda-se organizar a base de dados tratandoas parcelas como temporárias e permanentes ao mesmo tempo, denominado Método Simultâneo de ajuste. Parcela Idade (anos) S (m) G (m2/ha) V (m3/ha) 1 5 32,5 6,5 55,3 1 7 32,5 8,9 120,1 1 9 32,5 10,1 155,7 1 12 32,5 14,5 235,6 2 6 20,5 4,7 29,5 2 9 20,5 7,5 65,6 2 11 20,5 13,4 126,6 2 13 20,5 14,7 152,1 ... ... ... ... ... 100 15 26,5 17,5 201,5 Parcela Id1 Id2 S G1 G2 V1 V2 1 5 7 32,5 6,5 8,9 55,3 120,1 1 7 9 32,5 8,9 10,1 120,1 155,7 1 9 12 32,5 10,1 14,5 155,7 235,6 2 6 9 20,5 4,7 7,5 29,5 65,6 2 9 11 20,5 7,5 13,4 65,6 126,6 2 11 13 20,5 13,4 14,7 126,6 152,1 ... ... ... ... ... ... ... ... 100 13 15 26,5 15,7 17,5 177,9 201,5 1 5 5 32,5 6,5 6,5 55,3 55,3 1 7 7 32,5 8,9 8,9 120,1 120,1 1 9 9 32,5 10,1 10,1 155,7 155,7 1 12 12 32,5 14,5 14,5 235,6 235,6 2 6 6 20,5 4,7 4,7 29,5 29,5 2 9 9 20,5 7,5 7,5 65,6 65,6 2 11 11 20,5 13,4 13,4 126,6 126,6 2 13 13 20,5 14,7 14,7 152,1 152,1 ... ... ... ... ... ... ... ... 100 15 15 26,5 17,5 17,5 201,5 201,5 Base de dados do inventário Parcelas p erm an en tes Parcelas tem p o rárias Base de dados para ajustar modelo Para parcelas temporárias, repete informação do Id1 e Id2, G1 e G2, V1 e V2 Passos para realizar a prognose do volume de uma floresta 1) Obtém a última medição de cada parcela. Parcela Idade (anos) S (m) G (m2/ha) V (m3/ha) 1 5 32,5 6,5 55,3 1 7 32,5 8,9 120,1 1 9 32,5 10,1 155,7 1 12 32,5 14,5 235,6 2 6 20,5 4,7 29,5 2 9 20,5 7,5 65,6 2 11 20,5 13,4 126,6 2 13 20,5 14,7 152,1 ... ... ... ... ... 100 15 26,5 17,5 201,5 2) Projetar o volume de cada parcela para as idades de 3 a 18 anos usando o modelo de Sullivan e Clutter. Parcela Idade (anos) S (m) G (m2/ha) V (m3/ha) 1 12 32,5 14,5 235,6 2 13 20,5 14,7 152,1 ... ... ... ... ... 100 15 26,5 17,5 201,5 Base de dados para prognose 3) Agrupar as parcelas por sítio e encontrar o comportamento médio do volume ao longo das idades. 4) Encontrar a Rotação de Máxima Produção Volumétrica por parcela/talhão/sítio. Slide 1 Slide 2 Slide 3 Slide 4 Slide 5 Slide 6 Slide 7 Slide 8 Slide 9 Slide 10 Slide 11 Slide 12 Slide 13 Slide 14 Slide 15 Slide 16 Slide 17 Slide 18 Slide 19 Slide 20 Slide 21 Slide 22 Slide 23 Slide 24 Slide 25 Slide 26 Slide 27 Slide 28 Slide 29 Slide 30 Slide 31 Slide 32 Slide 33 Slide 34 Slide 35 Slide 36 Slide 37 Slide 38 Slide 39 Slide 40 Slide 41 Slide 42 Slide 43 Slide 44 Slide 45 Slide 46 Slide 47 Slide 48 Slide 49 Slide 50 Slide 51 Slide 52 Slide 53 Slide 54 Slide 55
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