Buscar

Tipos de Crimes e Elementos do Tipo Penal

Prévia do material em texto

Aula 1 
sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011 
 
Tipo Penal 
• Objetividade jurídica: representa o bem jurídico tutelado pelo tipo 
penal. (bem jurídico: Art 121 é a vida, Art 157 é o patrimônio , liberdade e a 
vida.) 
• Objetividade material: É a coisa contra a qual o agente comete o 
crime. ( Ex.: Art 121: homem, Aborto: feto) 
• Elementos objetivos: São os elementos responsáveis pela 
descrição da ação delituosa. (todas as palavras que somadas formam a ação – 
Art 157: Subtrair + coisa + móvel ...) – quando são não são preenchidos todos 
os elementos objetivos a conduta será enquadrada em outro artigo ou nem será 
crime. 
• Elementos subjetivos: Elementos anímicos -> DOLO e CULPA. (a 
regra do código penal é o DOLO. Ex.: Art 163 – crime de dano não fala sobre 
culpa.) [Dolo eventual e direto / Culpa consciente e inconsciente] 
• Sujeito ativo: todo aquele que colabora para o resultado do crime 
ser alcançado. ( Pessoa jurídica pode ser sujeito ativo de crime ambiental) 
• Sujeito passivo: vítima(s) 
 
Classificação doutrinária 
• Causas especiais ou gerais de aumento e diminuição de pena: 
são as que preveem o aumento ou a diminuição fracionada da pena. (Pode ser 
no tipo ou na parte geral) §1º Art 121 – Art 129 §7º. 
• Tipos penais derivados: Forma qualificada – Sugere o novo mínimo 
e o novo máximo de pena, diferente da pena do crime penal simples. Ex.: 
Homicídio qualificado. 
• Momento consumativo: Quando ocorre a consumação. O resultado 
naturalístico ou jurídico é alcançado. 
• Ação penal: todo o crime desafia uma ação penal. (Quando o código 
não falar nada será publica e incondicionada). 
 
• Dolo direto: o agente age finalisticamente para atingir o ato. 
• Dolo eventual: o agente assume o risco do resultado. (Ex.: Roleta 
russa) 
• Culpa [negligência, imperícia, imprudência] – Previsibilidade: 
• Consciente: Prevê o resultado, não quer que aconteça, mas 
segue em frente. 
• Inconsciente: Não prevê o resultado. 
 
 
Aula 2 
sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011 
20:10 
 
Classificação doutrinária 
• Quanto à conduta: comissivo ou omissivo. 
• Comissivo -> exige um comportamento positivo, uma ação. 
• Omissivo próprio-> exige um comportamento negativo – 
inerte. 
• Comissivo por omissão ou omissivo impróprio -> Ex.: salva 
vidas , art 13 §2º 
• Quanto ao resultado: material, formal ou de mera conduta. 
• Material: exige resultado naturalístico para a sua consumação. 
Ex.: Art 121. 
• Formal: não exige que o resultado se verifique, mas prevê o 
resultado naturalístico. Ex.: Art 159 (intuito) 
• Mera conduta: Não prevê resultado naturalístico, apenas uma 
ação. 
• Quanto ao sujeito (passivo ou ativo) 
• Comum: qualquer um pode praticar (Art 121, 157, 155) 
• Própria: exige do agente um condição particular (infanticídio, 
peculato) 
• De mão própria: só pode ser praticado por uma pessoa 
descrita no tipo. (Estupro mediante conjunção carnal; falso 
testemunho – não se pode delegar) 
• Quanto à materialidade: de dano ou de perigo 
• Dano: exige o bem jurídico tutelado seja lesionado. 
• Perigo: a conduta do agente expõe o bem jurídico ao perigo – 
art 130 CP. 
• Abstrato: dirigir sob influência de álcool (CTB) 
• Concreto: contagio venéreo (Art 130 CP) 
• Quanto à consumação: instantâneo, permanente e 
instantâneo de efeitos permanentes. 
• Instantâneo: o crime se consuma no momento certo. Art 
157 e 155. 
• Permanente: sequestro. 
• Instantâneo de efeitos permanentes: resultado é 
irreversível – Art 121. 
• Quanto ao número de agentes: 
• Unisubjetivo: 
• Plurisubjetivo: ex.: Rixa – art 137 CP / Art 288 CP 
• Quanto ao bem jurídico: 
• Uniofensivo: tutela 1 bem jurídico apenas. 
• Pluriofensivo: tutela mais de 1 bem jurídico. Art 157 
• Quanto aos atos de execução: Unisubsistente ou 
plurisubsistente 
• Unisubsistente: Único ato, não admite a tentativa, início da 
execução e resultado juntos. (Ex.: Injúria – verbal; Ameaça; 
desacato) 
• Plurisubsistente: - intercriminis – permite a identificação 
das partes do crime. 
• Quanto ao modo de execução: de forma livre ou de forma 
vinculada 
o De forma livre: não delimita os meios de execução. 
o De forma vinculada: restringe os meios e execução. Ex.: 
Estupro. 
 
 
 
Aula 3 
sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011 
19:14 
 
Crimes em espécie 
 Homicídio , art 121 CP. 
• Elemento objetivo: matar (tirar a vida de uma pessoa), alguém 
(ser vivo nascido de mulher). Núcleo do tipo: matar. 
• Bem jurídico tutelado: vida [extraulterina] 
• Início da vida extraulterina: 
• Cesariana: inicia a vida quando ocorre as incisões das 
camadas abdominais. 
• Parto normal: inicia a vida quando ocorre o 
rompimento da mebrana amniótica. 
• Obs.: nos dois casos o bebê tem que nascer vivo, 
ou seja, respirando. 
• Obs.2: Se matar o bebê na barriga da mãe não é 
homicídio e sim aborto. 
• Morte: para o direito penal é quando ocorre a morte 
encefálica. Art 3º L. 9434/99. (quando a pessoa pode ter os órgãos 
transplantados/retirados apenas após a morte encefálica.) 
• Sujeito ativo: qualquer pessoa. comum 
• Sujeito passivo: qualquer pessoa. Comum 
• Elementos subjetivos: a regra do CP é o dolo, mas há uma exceção 
para o homicídio culposo. Então, admite as duas formas CULPA e DOLO. 
• Hipóteses: 
Dolo Culpa 
Homicídio simples 
“CAPUT” 
Homicídio culposo §3º [falta ao agente 
cuidado – imprudência, imperícia, 
negligencia] 
Homicídio 
privilegiado – 
minorante §1º [não é 
tipo penal derivado] 
Homicídio culposo de trânsito: Lei 
9.503/97 [forma especial do homicídio 
culposo]– não existe referencia na citada lei 
para homicídio doloso no trânsito. 
Homicídio 
qualificado [tipo penal 
derivado] §2º 
 
 
Corpo delito: caso Elisa Samudio = o advogado do Bruno diz que não há crime 
pois não há corpo. Art 167 CPP -> não possível o exame do corpo de delito, 
bastará as testemunhas. 
 
Classificação: 
• Qto ao sujeito ativo e passivo: crime COMUM (pode ser praticado 
ou qualquer pessoa sofrer) 
• Qto ao resultado: crime MATERIAL (exige resultado naturalístico : 
morte) 
3. Qto à consumação: crime instantâneo (não perdura no tempo) de 
efeitos permanente(morte). 
4. Qto à materialidade: Dano (o agente tem intenção de danificar o 
bem jurídico) 
5. Qto ao nº de agente: unisubjetivo 
6. Qto ao bem jurídico: Pluriofensivo 
7. Conduta: comissivo (pode ser cometido mediante omissão) 
8. Qto aos atos de execução: Plurisubsistente 
9. Qto ao modo de execução: de forma livre (admite várias formas de 
execução) 
 
 
Homicídio privilegiado: (elementos subjetivos psíquicos) 
• Social: o que interessa à sociedade 
• Moral: próprio (Ex.: Filme em que o Samuel L. Jackson mata o 
estuprador da filha e é absolvido pelo júri) 
• Domínio de violenta emoção a injusta provocação da vítima: ex: 
adultério 
1. Domínio violenta emoção 
2. Logo em seguida 
3. Injusta provocação da vítima 
 
 
Aula 4 
segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011 
23:27 
 
1. Homicidio Simples 
a. Artigo 121, caput. Pena 6 a 20 anos. 
2. Homicidio Privilegiado 
3. Homicídio Qualificado 
Art 121, parágrafo segundo. 
a. Tipo penal derivado, pois há um mínimo e um máximo diferentes. (Pena - 
reclusão, de doze a trinta anos.) 
b. § 2° Se o homicídio é cometido: 
i. I - mediante paga ou promessa de recompensa, ou por outro 
motivo torpe; 
1. Motivo repugnante, desprezível. Matar para receber uma 
herança, por exemplo. (Quem paga para que outro mate 
não responde por essa qualificadora, somente quem 
recebe). 
ii. II - por motivo futil; 
1. O motivo fútil é diferente do torpe por ser um motivo 
insignificante (ex: mata o dono do bar pq não vendeu 
fiado). Há desproporção entre o motivo e o homicídio. 
iii. III - com emprego de veneno, fogo, explosivo, asfixia, tortura ou 
outro meio insidioso ou cruel, ou de que possa resultar perigo 
comum; 
1. Veneno: Substância que atuando química ou 
bioquimicamente sobre o organismo lesa a integridade 
corporal ou a saúde de outrem podendoproduzir-lhe a 
morte. A vítima não pode ter conhecimento de que está 
ingerindo veneno. 
2. Fogo 
3. Explosivo (pode ser qualificada não por esse, mas por 
"possa resultar perigo comum, dependendo do caso.) 
4. Asfixia: Suprimir a respiração utilizando qualquer meio. 
5. Tortura: Lei 9455, Art 1º, parágrafo terceiro, segunda 
parte. O significado de tortura em ambos é o mesmo, no 
caso da lei 9455 é um crime preterdoloso, o objetivo é a 
tortura não buscando a morte, mas esta pode acontecer, 
no caso do §2º,III do art 121 do CP, há um crime doloso, a 
tortura é o meio utilizado para se chegar a morte. A 
diferença está na análise do elemento subjetivo. 
6. Meio cruel: Traz à vítima um sofrimento exagerado. 
iv. IV - à traição, de emboscada, ou mediante dissimulação ou 
outro recurso que dificulte ou torne impossivel a defesa do 
ofendido; 
1. Traição: Quando o agente se aproveita de uma relação 
de confiança, abusa dessa relação para praticar o 
homicídio. "Por trás". É uma condição pré-existente 
2. Emboscada: Ficar à espreita; fazer tocaia. 
3. Dissimulação: O agente cria uma situação para se 
aproximar da vítima. 
4. Dificultar ou impossibilitar a defesa: ex: dormindo, 
atropelar, nas costas. 
v. V - para assegurar a execução, a ocultação, a impunidade ou 
vantagem de outro crime: 
1. Se refere a outro tipo penal. 
1. Execução: Comete homicídio para assegurar a execução 
de outro crime. (Há um distanciamento maior entre os 
crimes). 
2. Ocultação: Ex: matar o perito para ocultar um crime de 
apropriação indébita. 
3. Impunidade: Já há uma ação penal em curso, e o desejo 
é que não haja punição. Ex: matar testemunhas 
4. Vantagem: Ex: matar um comparsa em um roubo para 
garantir seu dinheiro. 
 
Colado de <http://www.planalto.gov.br/ccivil/decreto-lei/del2848.htm> 
 
 
http://www.planalto.gov.br/ccivil/leis/L9455.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil/leis/L9455.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil/decreto-lei/del2848.htm
Aula 5 
sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011 
23:31 
 
§3º Homicídio Culposo 
• Elemento subjetivo: culpa (imprudência, imperícia, negligência) – 
deve haver previsibilidade (possibilidade) da existência de elementos que 
levariam ao resultado. 
• Consciente: ex.: avanço de sinal vermelho. 
• Inconsciente: tinha elementos p/ prever mas ele nem chega a 
prever. (ex.: médico deixa tesoura dentro da paciente) 
 
CTB Art 302 (L9503/97) – Homicídio culposo na direção de veículo 
automotor 
• Art. Especial em relação ao §3º do 121 CP. Trata-se de um crime 
impróprio e comum. 
 
Aumento de pena 
 
Dolo Culpa 
Menor de 14 anos 
(até 13) 
Inobservância da regra técnica (espécie de imperícia ex.: o médico 
faz corte errado para “tentar inovar” e causa hemorragia) 
 Omissão de socorro (brincando de empurrar, um cai e tem traumatismo 
craniano, o que empurrou fica assustado e foge) 
Mais de 60 anos 
(61) 
Atos para diminuir a consequência do seu ato (indiferença ao 
resultado) 
 Foge da prisão em flagrante 
 
§5º Perdão judicial (só se aplica ao homicídio culposo) 
• Causa extintiva de punibilidade – Art 107, IX do CP 
• Ex.: pai vai ao banco, deixa a filha recém nascida no carro, que 
vem a morrer. 
• 
L. 9503/97 Art 302 – Homicídio culposo veículo automotor 
Pena – 2 a 4 anos / suspenção do direito ou permissão de dirigir 
§Único: causa especial de aumento de pena 
• Aquele que não tem carteira 
• Faixa de pedestre ou calçada (perícia automobilística verificará) 
III. Deixa de prestar socorro 
IV. Exercício da atividade, veículo de passageiros. 
 
 
SUICÍDIO 
• Art. 122 - Induzir ou instigar alguém a suicidar-se ou prestar-lhe 
auxílio para que o faça: 
• Pena - reclusão, de dois a seis anos, se o suicídio se consuma; ou 
reclusão, de um a três anos, se da tentativa de suicídio resulta lesão corporal de 
natureza grave. 
• Não se pune quem tenta suicídio e não consegue. 
• 
• Elementos objetivos: - Induzir, instigar, auxílio 
• Induzir: fazer brotar uma ideia, criar uma ideia na cabeça da pessoa; 
Instigar: estimula uma ideia já existente; 
Auxílio: Os atos se restringem aos atos preparatórios. (Ex.: eu preparo um 
veneno e entrego para fulana se matar, ela bebe depois e se mata. / mas se eu 
coloco na boca dela, ou injeto nela (execução) passa a ser atos de execução e 
responde por homicídio) 
 
Bem jurídico tutelado: VIDA 
Sujeito ativo: qualquer pessoa 
Sujeito passive: qualquer pessoa com condições de discernimento 
• Criança até 14 anos não é vitima de suicídio, se eu instigo a pular, 
ainda assim é homicídio. 
 
Elementos subjetivos: DOLO. Não é admitido o crime culposo. 
• Pessoa no prédio quer suicidar e a galera está embaixo brincando. 
• 
• CLASSIFICAÇAO 
1. Qto ao sujeito ativo e passivo: crime COMUM (pode ser 
praticado ou qualquer pessoa sofrer) 
2. Qto ao resultado: crime MATERIAL (exige resultado 
naturalístico : morte) 
3. Qto à consumação: crime instantâneo (não perdura no 
tempo) de efeitos permanente(morte ou lesão). 
4. Qto à materialidade: Crime de dano ( tem que haver o 
resultado naturalístico : Pena - reclusão, de dois a seis anos, se o 
suicídio se consuma [resultado: morte]; ou reclusão, de um a três 
anos, se da tentativa de suicídio resulta lesão corporal de natureza 
grave [resultado: lesão]. 
5. Qto ao nº de agente: unisubjetivo (não exige a presença de 
mais de uma pessoa para ocorrer o crime) 
6. Qto ao bem jurídico: Pluriofensivo 
7. Conduta: Comissivo por excelência, podendo ser omissivo 
impróprio (bombeiro que deixa o cara suicidar) 
8. Qto aos atos de execução: Plurisubsistente (consegue 
identificar as fases de execução.) 
9. Qto ao modo de execução: de forma livre (admite várias 
formas de execução) 
• Não admite a tentativa, pois o preceito secundário (acima), 
trás a previsão da pena. 
• 
• PACTO DE MORTE : casal de namorado, que a família no aceita o 
namoro, já que não pode ficar juntos, combinam de se matar. O namorado fica 
responsável pela preparação do veneno e dá para a namorada, na boca dela, e 
depois bebe. – Só o namorado sobrevive, a namorada morre! 
• Ele praticou o homicídio doloso. 
• 
• A, B e C compraram uma arma de fogo e brincam de roleta russa, 
todos pensando em suicidar. A arma circula entre eles. Pela 4º rodada, a bala sai 
e mata C. A e B responderão pela INSTIGAÇAO, INDUZIMENTO E AUXILIO AO 
SUICÍDIO. 
• 
• 
• Parágrafo único - A pena é duplicada: 
• Aumento de pena 
• I - se o crime é praticado por motivo egoístico; 
• II - se a vítima é menor ou tem diminuída, por qualquer causa, a 
capacidade de resistência. 
• Causa especial de aumento de pena! 
• I - se o crime é praticado por motivo egoístico; (ex.:um irmão 
aproveitando da depressão do outro, auxilia ao suicídio para ficar com a herança) 
• II - se a vítima é menor ou tem diminuída, por qualquer causa, a 
capacidade de resistência. (menor de 14 a 18 anos – já que o menor que 14 não é 
vítima do suicídio) – (diminuída , qualquer causa, a capacidade de resistência – já 
que se tira absolutamente a capacidade de Resistencia, passa a ser homicídio 
doloso). 
• Hipnose: é vítima de homicídio, mesmo que tire sua vida. 
• 
• 
Infanticídio 
• Art. 123 - Matar, sob a influência do estado puerperal, o próprio 
filho, durante o parto ou logo após: 
• Pena - detenção, de dois a seis anos. 
• 
• O infanticídio nada mais é do que um homicídio especial, pois tem 
mínima e máxima inferiores as do art 121 
• Só atende à mãe, que em estado puerperal, tira a vida do filho. 
• 
• Elemento objetivo: 
• Matar e alguém , são tbm do homicídio. 
• Sob influência de estado puerperal ou estado puerpérico , é 
um abalo sofrido pela mãe, logo após o parto, de natureza psicológica, 
que a influência no sentido de causar a morte do próprio filho. 
• Estado puerperal: de 6 a 8 semanas. 
• Logo após ou durante o parto. 
 
• Estado puerperal 
• Leve (toda mulher tem, não entra como infanticídio – ART 
121- homicídio) 
• Médio -> ART 123 INFANTICÍDIO (Ainda tem a capacidade de 
discernimento, mas não deixa de estar em estado 
puerperal.) 
• Gravissímo (inimputável – aplica medida de segurança – a 
mãe era incapaz de distinguir) 
 
 
Aula 6 
segunda-feira, 21 de março de 2011 
23:33 
 
• Espécies de aborto: 
• Natural – espontâneo, decorrendo de fatos naturais, involuntário. 
Não tem colaboração de ninguém, e não é criminoso. 
• Acidental – EX.:Cai de uma escada e devida a queda perde o filho. 
Não é criminoso. 
3. Criminoso: 
a. Art 124 
b. Art 125 
c. Art 126 
4. Permitido – o que o código penal autoriza sem incriminação. 
a. Art 128 
 
Infanticídio 
 Art. 123 - Matar, sob a influência do estado puerperal, o próprio filho, durante o 
parto ou logo após: 
 Pena - detenção, de dois a seis anos. 
Aborto provocado pela gestante ou com seu consentimento 
 Art. 124 - Provocar aborto em si mesma ou consentir que outrem lho provoque: 
 Pena - detenção, de um a três anos. 
Aborto provocado por terceiro 
 Art. 125 - Provocar aborto, sem o consentimento da gestante: 
 Pena - reclusão, de três a dez anos. 
 Art. 126 - Provocar aborto com o consentimento da gestante: 
 Pena - reclusão, de um a quatro anos. 
 Parágrafo único. Aplica-se a pena do artigo anterior, se a gestante não é maior de 
quatorze anos, ou é alienada ou debil mental, ou se o consentimento é obtido mediante 
fraude, grave ameaça ou violência 
Forma qualificada (CLÁUSULA ESPECIAL DE AUMENTO DE PENA) – Só se aplica 
ao 125 e 126. 
 Art. 127 - As penas cominadas nos dois artigos anteriores são aumentadas de um 
terço, se, em conseqüência do aborto ou dos meios empregados para provocá-lo, a 
gestante sofre lesão corporal de natureza grave; e são duplicadas, se, por qualquer 
dessas causas, lhe sobrevém a morte. 
 Art. 128 - Não se pune o aborto praticado por médico: 
Aborto necessário 
 I - se não há outro meio de salvar a vida da gestante; 
Aborto no caso de gravidez resultante de estupro 
 II - se a gravidez resulta de estupro e o aborto é precedido de consentimento da 
gestante ou, quando incapaz, de seu representante legal. 
 
 
Bem jurídico: vida intrauterina 
• Considera-se o inicio da vida intrauterina -> a nidação: fixação do ovo no 
útero materno, após 14 dias na fecundação. 
• Considera-se o fim da vida intrauterina -> parto normal ou cesariana. 
• Entre o inicio e o fim é o tempo da vida intrauterina! 
 
Sujeito ativo - art 124: Gestante! (crime de mão própria! – a mulher tem que 
praticar ou permitir que o outro pratique.) 
Sujeito ativo – art 125: qualquer pessoa. 
Sujeito ativo – art 126: qualquer pessoa. 
 
• Diferença entre provocar o aborto e participar no aborto! 
• Pode ser no mesmo crime ter 3 sujeitos ativos, cada um se 
enquadrando em um artigo (médico que provoca, gestante, e perticipe) 
 
Sujeito Passivo: 
Art 125: Feto 
Art 125: Gestante e Feto 
Art 126: Feto 
 
Elemento Subjetivo : DOLO 
 
 
Classificação: 
Sujeito ativo - art 124: DE MAO PRÓPRIA. 
Sujeito ativo – art 125: COMUM. 
Sujeito ativo – art 126: COMUM. 
Sujeito PassiVO: Comum. 
Crime material – resultado naturalístico : morte! (não é necessário que o feto morra 
dentro da barriga da mãe) 
 
Art. 126 - Provocar aborto com o consentimento da gestante: 
 Pena - reclusão, de um a quatro anos. 
 Parágrafo único. Aplica-se a pena do artigo anterior, se a gestante não é maior de 
quatorze anos, ou é alienada ou debil mental, ou se o consentimento é obtido mediante 
fraude, grave ameaça ou violência (cláusula equiparada) 
 
Art 127: Crime Preterdoloso (doloso no antecedente – abortar -, mas acabar 
acontecendo uma consequência pior da prevista – alguma lesão grave, risco de vida, 
etc -, terá culpa no resultado) 
 
Art. 128 - Não se pune o aborto praticado por médico: (Excludente de ilicitude) 
 Aborto necessário 
 I - se não há outro meio de salvar a vida da gestante; (pode ser praticado por 
qualquer pessoa) 
 Aborto no caso de gravidez resultante de estupro 
 II - se a gravidez resulta de estupro e o aborto é precedido de consentimento da 
gestante ou, quando incapaz, de seu representante legal. (Exercício regular do direito! 
É permitido exclusivamente ao medico) – só é necessário um boletim policial com 
laudo medico dizendo que a gravidez foi devida ao estupro. 
 
 
Aula 7 
segunda-feira, 21 de março de 2011 
23:34 
 
Lesão corporal 
 Art. 129. Ofender a integridade corporal ou a saúde de outrem: 
 Pena - detenção, de três meses a um ano. 
Lesão corporal de natureza grave 
 § 1º Se resulta: 
 I - Incapacidade para as ocupações habituais, por mais de trinta dias; 
 II - perigo de vida; 
 III - debilidade permanente de membro, sentido ou função; 
 IV - aceleração de parto: 
 Pena - reclusão, de um a cinco anos. 
 § 2° Se resulta: 
 I - Incapacidade permanente para o trabalho; 
 II - enfermidade incuravel; 
 III perda ou inutilização do membro, sentido ou função; 
 IV - deformidade permanente; 
 V - aborto: 
 Pena - reclusão, de dois a oito anos. 
 Lesão corporal seguida de morte 
 § 3° Se resulta morte e as circunstâncias evidenciam que o agente não quís o 
resultado, nem assumiu o risco de produzí-lo: 
 Pena - reclusão, de quatro a doze anos. 
 Diminuição de pena 
 § 4° Se o agente comete o crime impelido por motivo de relevante valor social 
ou moral ou sob o domínio de violenta emoção, logo em seguida a injusta 
provocação da vítima, o juiz pode reduzir a pena de um sexto a um terço. 
 Substituição da pena 
 § 5° O juiz, não sendo graves as lesões, pode ainda substituir a pena de 
detenção pela de multa, de duzentos mil réis a dois contos de réis: 
 I - se ocorre qualquer das hipóteses do parágrafo anterior; 
 II - se as lesões são recíprocas. 
 Lesão corporal culposa 
 § 6° Se a lesão é culposa: (Vide Lei nº 4.611, de 1965) 
 Pena - detenção, de dois meses a um ano. 
 Aumento de pena 
 § 7º - Aumenta-se a pena de um terço, se ocorrer qualquer das hipóteses do 
art. 121, § 4º. (Redação dada pela Lei nº 8.069, de 1990) 
 § 8º - Aplica-se à lesão culposa o disposto no § 5º do art. 121.(Redação dada 
pela Lei nº 8.069, de 1990) 
 Violência Doméstica (Incluído pela Lei nº 10.886, de 2004) 
 § 9o Se a lesão for praticada contra ascendente, descendente, irmão, cônjuge 
ou companheiro, ou com quem conviva ou tenha convivido, ou, ainda, 
prevalecendo-se o agente das relações domésticas, de coabitação ou de 
hospitalidade: (Redação dada pela Lei nº 11.340, de 2006) 
Pena - detenção, de 3 (três) meses a 3 (três) anos. (Redação dada pela Lei nº 
11.340, de 2006) 
 
1. Leve ou simples -> “caput” 
2. Grave -> §1º 
3. Gravissíma -> §2º 
4. Seguida de morte -> §3º 
5. Culposa -> §6º 
6. Doméstica -> §9º 
7. Culposa de trânsito -> Art 303 do CTB 
 
Elementos objetivos: 
• Ofender: agressão física – lesão 
http://www.planalto.gov.br/ccivil/LEIS/1950-1969/L4611.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil/LEIS/L8069.htm#art129%A77
http://www.planalto.gov.br/ccivil/LEIS/L8069.htm#art129%A77
http://www.planalto.gov.br/ccivil/LEIS/L8069.htm#art129%A77
http://www.planalto.gov.br/ccivil/_Ato2004-2006/2004/Lei/L10.886.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil/_Ato2004-2006/2006/Lei/L11340.htm#art44
http://www.planalto.gov.br/ccivil/_Ato2004-2006/2006/Lei/L11340.htm#art44
http://www.planalto.gov.br/ccivil/_Ato2004-2006/2006/Lei/L11340.htm#art44
• Integridade física (corporal) : formas anatômicas do corpo – 
alteração anatômica, prejudicial ao corpo humano. 
• Saúde: perturbações fisiológicas do corpo (depressão profunda, 
vômito, dor de barriga, etc) 
• Outrem : ser humano vivo nascido de mulher. 
 
Bem jurídico: 
• Integridade física, saúde e a vida extraulterina.14/03/11 
• Qto ao sujeito ativo e passivo: crime COMUM 
• 
• Lesão culposa: art 129 §6º 
• Qto à consumação: 
• Qto à materialidade: 
• Qto ao nº de agente: 
6. Qto ao bem jurídico: 
7. Conduta: 
8. Qto aos atos de execução: 
• Qto ao modo de execução: 
 
§1º - I – Atividade habitual, rotineira, prejudicada: lapso temporal (depois de 
30 dias -> 31º dia. Faz uma nova perícia. Se comprovar lesão grave. Se em 60 
dias fizer nova perícia, passa a ser lesão gravíssima.. 
II- deve ser concreto e imediato o perigo. Não pode ser hipótese. (o laudo 
médico que comprova) 
III – Debilidade permanente – Hipótese de difícil reversão, mas viável. 
Entende-se por “permanente” o caráter duradouro, não significa que é para 
sempre. A análise feita é de razoabilidade. – Entende-se por “debilidade”: 
redução. 
Tato, olfato, visão, paladar, audição. 
Função respiratória, reprodutora, sensitiva, digestiva, circulatória, secretora. 
Membros: pernas, braços, mãos e pés. *não entra inutilidade de membros e 
perda / deformidade. 
IV – Aceleração de parto (nasce c/ vida) 
• Nasce com vida ≠ Aborto: 
• Nasce com vida ≠ Tentativa de aborto (irá ser avaliada a intenção, 
vontade: DOLO) 
• Preterdoloso: queria lesionar e faz abortar. 
• Se não tinha conhecimento da gravidade responde por lesão. 
§2º “Gravissíma” doutrina / tbm é uma forma qualificada 
• Incapacidade para o trabalho/ formal ou informal 
• O trabalho tem que ser uma atividade que estava acostumado a 
desempenhar. Ex.: auxiliar administrativo que diz que devido à 
lesão no calcanhar não pode ser segurança. (sendo que nunca foi 
segurança na vida). 
• Enfermidade incurável (ex.: sífilis) 
• Perda: 
• Para sempre 
• Mutilação – na hora 
• Amputação – decorrente/depois 
Inutilização: Falta de utilidade definitiva 
• Deformidade permanente (dano estético) 
• Amputação de orelha , dedo, cicatriz muito grande 
• Se for feira uma plástica que reconstituir perfeitamente 
afasta-se a qualificadora. 
• Lesão Corporal seguida de aborto (culpa) – crime preterdoloso 
• ≠ de aborto consumado (dolo) 
 
§3º -> Preterdoloso / lesão seguida de morte 
• morte -> culpa. 
 
 
Aula 8 
segunda-feira, 21 de março de 2011 
23:37 
 
• Lesão Corporal Culposa 
1. § 6° Se a lesão é culposa: (Vide Lei nº 4.611, de 1965) 
Pena - detenção, de dois meses a um ano. 
• Art 303 do CTB [é específico, exige elementos a mais, do que o §6 do 
129] – aquele com uma conduta culposa lesioan uma pessoa. 
• § 7º - Aumenta-se a pena de um terço, se ocorrer qualquer das 
hipóteses do art. 121, § 4º. (Redação dada pela Lei nº 8.069, de 1990) 
• § 8º - Aplica-se à lesão culposa o disposto no § 5º do art. 
121.(Redação dada pela Lei nº 8.069, de 1990) 
• Violência Doméstica (Incluído pela Lei nº 10.886, de 2004) 
5. § 9o Se a lesão for praticada contra ascendente, 
descendente, irmão, cônjuge ou companheiro, ou com quem conviva ou 
tenha convivido, ou, ainda, prevalecendo-se o agente das relações 
domésticas, de coabitação ou de hospitalidade: (Redação dada pela Lei nº 
11.340, de 2006) 
Pena - detenção, de 3 (três) meses a 3 (três) anos. (Redação dada pela 
Lei nº 11.340, de 2006) 
• Só vale para lesão. 
• É uma espécie de lesão corporal leve, pois o legislador se procupou 
apenas com: 
• sujeito passivo 
http://www.planalto.gov.br/ccivil/LEIS/1950-1969/L4611.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil/LEIS/L8069.htm#art129%A77
http://www.planalto.gov.br/ccivil/LEIS/L8069.htm#art129%A77
http://www.planalto.gov.br/ccivil/_Ato2004-2006/2004/Lei/L10.886.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil/_Ato2004-2006/2006/Lei/L11340.htm#art44
http://www.planalto.gov.br/ccivil/_Ato2004-2006/2006/Lei/L11340.htm#art44
http://www.planalto.gov.br/ccivil/_Ato2004-2006/2006/Lei/L11340.htm#art44
http://www.planalto.gov.br/ccivil/_Ato2004-2006/2006/Lei/L11340.htm#art44
• relação doméstica de coabitação e hospitalidade. 
• Ou seja, não fala da gravidade da lesão. Se for grave, 
responde art de lesão corporal grave ou gravíssima. 
• Não foi criado pela lei Maria da Penha (11.340/06), a 
Lei Maria da Penha apenas mudou o preceito 
secundário. 
• Pode ser contra mulher e contra homem, não é apenas 
contra mulher. 
• …“ou, ainda, prevalecendo-se o agente das relações 
domésticas, de coabitação ou de hospitalidade”… (pode ser 
caso de empregada, patrão, etc) 
• Aumento de pena (Cláusula especial de aumento de pena): 
• § 10. Nos casos previstos nos §§ 1º a 3º deste artigo, se as 
circunstâncias são as indicadas no § 9º deste artigo, aumenta-se a pena em 
1/3 (um terço). (Acrescentado pela L-010.886-2004) 
obs.dji.grau.4: Lesões Corporais 
• § 11. Na hipótese do § 9º deste artigo, a pena será aumentada de um terço 
se o crime for cometido contra pessoa portadora de deficiência. 
(Acrescentado pela L-011.340-2006) (se a vitima obtem uma lesão corporal 
leve, nas hipóteses do §9º) – Esse parágrafo não se aplica às lesões graves e 
gravissímas. 
 
Ação Penal 
• (lei 9099/95, no art 88) 
• Leve -> Ação penal pública condicionada à representação. (prazo de 
60 dias para a pessoa se manifestar) 
• Culposa -> Ação penal pública condicionada à representação. (prazo 
de 60 dias para a pessoa se manifestar) 
• Grave, gravíssima e seguida de morte -> Ação penal pública 
incondicionada. 
4. Doméstica -> mesmo a lei falando que é condicionada à 
representação (pois é de gravidade leve) a jurisprudência tem entendido 
que é Ação penal pública incondicionada – 
 
 
Aula 9 
segunda-feira, 21 de março de 2011 
23:37 
 
Art 130 ao 136 CP : crimes de perigo. Coloca em risco o bem jurídico, não há 
intenção de lesionar o bem jurídico. – O agente coloca em risco, em uma situação 
de perigo. 
O legislador pune a intensão de colocar em risco, para evitar que venha ocorrer o 
pior! (tipo subsidiário) – geralmente o núcleo do tipo penal é EXPOR... 
 
Os crimes de perigo podem ser CONCRETOS ou ABSTRATOS: 
• Concreto: Onde há possibilidade de individualizar, de verificar, que 
risco foi sentido naquele caso em análise. (Consegue ver a gravidade do risco, 
o tempo que permaneceu à exposição, avaliar toda a situação do risco) 
http://www.dji.com.br/leis_ordinarias/2004-010886/2004-010886.htm#Art.%201%BA
http://www.dji.com.br/penal/lesao_corporal.htm
http://www.dji.com.br/leis_ordinarias/2006-011340/2006-011340.htm
• Abstrato: É a presunção que aquele objeto está em risco. Ex.: Art 306 
CTB – dirigir alcoolizado (o risco é distante , não é imediato) 
 
Os crimes de perigo podem ser COMUM ou INDIVIDUAL: 
• Comum: Não consegue definir quem são os sujeitos passivos. Ex.: 
crime de incêndio. (previstos nos art 250 e ss.) 
• Individual: Consegue definir quem é o sujeito passivo. (Ex.: Art 130) 
 
Art 130: Perigo de Contágio Venéreo 
Art. 130 – Expor alguém, por meio de relações sexuais ou qualquer ato libidinoso, 
a contágio de moléstia venérea, de que sabe ou deve saber que está contaminado: 
Pena - detenção, de 3 (três) meses a 1 (um) ano, ou multa. 
Elementos objetivos: 
Expor: colocar 
Relação sexual: qualquer ato mantido entre 2 ou mais pessoas, através de atos 
sexuais. (fora a conjunção carnal – inclui oral, anal, vaginal) – o legislador incluiu 
no art 130 os atos libidinosos [qualquer ato, que dê ao agente, prazer ou satisfação 
sexual, desde que aja contato corporal ex.: beijo lascivo] . 
Moléstia venérea: tipo penal em branco – será complementado por uma outra 
legislação esparsa (resolução do ministério da saúde). Definição: só podem ser 
transmitidas por relação sexual. (Aids não é doença venérea pq aceita a forma de 
transmissão por transfusão de sangue) 
 
 
21/03/11 – Crimes de perigo 
Art. 130 - Expor alguém, por meio de relações sexuais ou qualquer ato libidinoso, a 
contágio de moléstia venérea, de que sabe ou deve saber que está contaminado: 
Pena - detenção, de 3 (três) meses a 1 (um) ano, ou multa. 
CAPUT: Dolo de perigo 
• Art 130 é especial em relação ao Art 131. 
 
Qualificadora: 
§ 1º - Se é intenção do agente transmitira moléstia: 
Pena - reclusão, de 1 (um) a 4 (quatro) anos, e multa. 
 
§1º -> Dolo de dano. A conduta é dirigida finalísticamente para transmitir a 
moléstia. Mas se transfere a doença efetivamente , responde por outro crime. 
Exceto quando o resultado for de lesão corporal LEVE. 
 
• Bem jurídico tutelado: Saúde e a vida. (se vier a ocorrer o contágio, 
responde pelo tipo penal mais grave) 
• Sujeito ativo: qualquer pessoa que tenha a doença venérea , 
PRÓPRIO. 
• Sujeito passivo: COMUM, qualquer pessoa. 
4. Elemento subjetivo: Dolo de perigo! Não admite culpa. ( de que 
sabe ou deve saber : dolo direto ou dolo eventual -> dolo de perigo direto: 
sabe que tem a doença. / dolo de perigo eventual: deveria saber que tem a 
doença. Ex.: um homem trai a mulher e mantém relações sexuais quase todas 
http://www.dji.com.br/penal/perigo_de_contagio_venereo.htm
as semanas com uma prostituta, sem usar preservativo. Fora isso em uma das 
situações ele vê o remédio para sífilis na bolsa da mulher. / Chegando em 
casa, mantém relações com a esposa, colocando ela em risco: dolo de perigo 
eventual, ele DEVERIA saber.) 
5. Formal ou material : Formal 
6. : Vinculada (só pode ser praticado por relação sexual ou ato 
libidinoso) 
7. : De perigo em relação ao CAPUT e de dano em relação ao §1º 
8. Quanto a consumação : exatamente quando é colocado em perigo. 
Admite a tentativa. (ex.: menina começa a namorar um menino que tem 
gonorreia e sabe que tem. Menina vai ao banheiro e na hora outra menina, 
amiga liga e fala pra não transar pq ele tem gonorreia. A menina sai do 
banheiro e não transa com o cara. Houve a tentativa). 
 
§ 2º - Somente se procede mediante representação. 
• Ação penal precisa da representação. 6 meses a contar do fato. 
 
• O agente não é obrigado a se submeter ao exame pericial. E não 
poderá ser presumida a culpa! 
• O agente e vítima tem a doença e fazem sexo: crime impossível. 
• O agente tem a doença e a vítima sabe e se submete ao risco: crime 
impossível. 
 
Perigo de Contágio de Moléstia Grave 
Art. 131 - Praticar, com o fim de transmitir a outrem moléstia grave de que está 
contaminado, ato capaz de produzir o contágio: (similar ao §1º do art. 130) 
Pena - reclusão, de 1 (um) a 4 (quatro) anos, e multa. 
 
Todas a doenças devem ser graves e contagiosas! 
EX.: AIDS, TUBERCULOSE, LEPRA, CÓLERA, MENINGITE. 
 
Atos capazes de transmitir a doença: todos os atos capazes de transmitir a 
doença, exceto as de relações sexuais. Senão enquadra no art. 130. 
 
• Bem jurídico tutelado: a vida e a pessoa. 
• Sujeito ativo: qualquer pessoa que tenha a doença grave , 
PRÓPRIO. 
• Sujeito passivo: COMUM, qualquer pessoa. 
4. Elemento subjetivo: Dolo direto. (Crime de perigo com dolo de 
dano) 
• Se ocorrer o contágio, responde o agente pelo crime mais baixo, 
exceto o caso da lesão corporal leve, que tem a pena mais baixa que a 
estipulada no 131. Princípio da subsidiariedade. 
• Formal ou material : Formal 
• : Vinculada (só pode ser praticado por relação sexual ou ato 
libidinoso) 
• : Crime de perigo com dolo de dano. 
8. Quanto a consumação : 
9. Ação penal: Pública e incondicionada 
http://www.dji.com.br/penal/perigo_de_contagio_de_molestia_grave.htm
 
Perigo para a Vida ou Saúde de Outrem 
Art. 132 - Expor a vida ou a saúde de outrem a perigo direto e iminente: 
Pena - detenção, de 3 (três) meses a 1 (um) ano, se o fato não constitui crime 
mais grave. 
Parágrafo único. A pena é aumentada de um sexto a um terço se a exposição 
da vida ou da saúde de outrem a perigo decorre do transporte de pessoas 
para a prestação de serviços em estabelecimentos de qualquer natureza, em 
desacordo com as normas legais. (Acrescentado pela L-009.777-1998) 
 
Crime subsidiário: para coibir uma conduta mais grave. 
Ex.: atirador de faca de circo, que pega uma pessoa na plateia e começa a lhe atirar 
facas, contra a sua vontade. 
O dolo do agente é de expor ao perigo. 
Núcleo do tipo: Expor. 
Perigo direto e iminente: Direto (dirigido à pessoas determinadas), comum 
(dirigido a um número indeterminado de pessoas), iminente (prestes a acontecer, 
consegue visualizar o perigo efetivamente). 
 
1. Bem jurídico tutelado: a vida e a pessoa. 
2. Sujeito ativo: qualquer pessoa, COMUM. 
3. Sujeito passivo: COMUM, qualquer pessoa. 
4. Elemento subjetivo: Dolo de perigo. 
5. Formal ou material : Formal 
6. : de forma livre. 
7. : Crime de perigo. 
8. Quanto a consumação : 
9. Ação penal: Pública e incondicionada 
 
Cláusula especial de aumento de pena: 
Parágrafo único. A pena é aumentada de um sexto a um terço se a exposição 
da vida ou da saúde de outrem a perigo decorre do transporte de pessoas 
para a prestação de serviços em estabelecimentos de qualquer natureza, em 
desacordo com as normas legais. (Acrescentado pela L-009.777-1998) -> O 
legislador tenta punir o transporte conhecido como pau de arara. 
 
Se houver norma específica, responde pela específica: Ex.: Estatuto do 
desarmamento: Disparo de arma de fogo 
 Art. 15. Disparar arma de fogo ou acionar munição em lugar habitado ou 
em suas adjacências, em via pública ou em direção a ela, desde que essa 
conduta não tenha como finalidade a prática de outro crime: 
 Pena – reclusão, de 2 (dois) a 4 (quatro) anos, e multa. 
 Parágrafo único. O crime previsto neste artigo é inafiançável. 
 
 
Aula 10 
segunda-feira, 28 de março de 2011 
19:11 
 
http://www.dji.com.br/penal/perigo_para_a_vida_ou_saude_de_outrem.htm
Abandono de incapaz 
 
 
Art. 133 - Abandonar pessoa que está sob seu cuidado, guarda, vigilância ou 
autoridade, e, por qualquer motivo, incapaz de defender-se dos riscos 
resultantes do abandono: 
Pena - detenção, de seis meses a três anos. 
 
 
• Crime de perigo. Deve ser possivel visualizar um risco, perigo concreto. 
• Núcleo: Abandonar, deixar desamparada a pessoa, deixar a vítima sem a 
assistência devida. 
• Sujeito Passivo/Ativo: que esteja sob seu (do sujeito ativo): 
o Cuidado: Pessoas que estão acidentalmente e temporariamente 
incapacitada. (Ex: Marido que abandona a esposa doente. 
o Guarda: Pessoa que definitivamente incapacitada para zelar por si (Ex: 
precisa de um tutor ou de um curador, pai que tem a guarda de menor) 
o Vigilância: Assistência ocasional, mas que não tem a relação próxima 
ao contrário do cuidado (Ex: salva-vidas de clube) 
o Autoridade: É o poder derivado de direito público ou privado. (Ex: 
Carcereiro sob os presos - em função de direito público. Professor de escola 
particular sob os alunos - em função de direito privado). 
o Incapaz de defender-se dos riscos resultantes do abandono: 
• Absolutamente: Independe da situação - modo, lugar e tempo 
(Ex: criança) 
• Relativamente: Em função da situação - modo, lugar e tempo 
(ex: alpinista abandonado por instrutor). 
Não confundir incapacidade penal com a incapacidade civil. 
• Bem Jurídico: A vida e a saúde do ser humano. 
• Sujeito Ativo: Ter alguém sob seu cuidado, guarda, vigilância ou autoridade. 
Que tenha a obrigação legal ou contratual de cuidar de pessoa. (Ex: enfermeira 
contratada para cuidar de um idoso com Alzheimer). 
• Sujeito Passivo: Aquela que se encontra incapacitada, independentemente da 
idade. 
• Elemento Subjetivo: Dolo de perigo. Dolo de abandonar a pessoa. Pessoa 
abandona outra numa ilha deserta, inacessível, não é dolo de perigo, é um meio de 
executar um homicídio (tentativa, caso a pessoa seja encontrada). 
o Não se admite culpa. 
o O abandono se há mesmo que a situação seja temporária. 
 
 
Classificação: 
• Quanto ao sujeito passivo: Próprio. 
• Quanto ao sujeito ativo: Próprio. 
• Com relação à conduta: Pode ser comissivo ou omissivo. (Ex: Se sabe que o 
incapaz está sozinho e deixa de comparecer - omissão). 
• Momento consumativo: É quando a partir do abandono ocorre efetivamente 
um risco à saúde e à vida da pessoa. Deve haver uma situação onde se visualize um 
perigo concreto. Critério de razoabilidade (cada caso é analisado individualmente).• Resultado: É jurídico, e não naturalístico. 
É possível tentativa? Sim, porém a tentativa é difícil de ser comprovada, visualizada. Não se 
consuma por circunstância alheia à vontade do sujeito ativo. 
• É plurissubsistente. Exige um período maior para que se possa visualizar o 
perigo. 
Forma qualificada: 
§ 1º - Se do abandono resulta lesão corporal de natureza grave: 
Pena - reclusão, de um a cinco anos. 
Resultado preterdoloso 
 
§ 2º - Se resulta a morte: 
Pena - reclusão, de quatro a doze anos. 
Resultado preterdoloso 
Aumento de pena: 
§ 3º - As penas cominadas neste artigo aumentam-se de um terço: 
I - se o abandono ocorre em lugar ermo; 
II - se o agente é ascendente ou descendente, cônjuge, irmão, tutor ou curador da vítima. 
III - se a vítima é maior de 60 (sessenta) anos 
 
• Local ermo: local acessível, porém de difícil acesso (não é local inacessível). 
Local onde passam poucas pessoas. 
• Ascendente/Descendente: Não há limite. 
• Cônjuge: Não há analogia que prejudique o réu (malam partem), portanto 
companheiros não podem ser incluídos. Caso fosse caso de diminuição de pena 
poderia. 
• Crime de ação penal pública e incondicionada. 
 
Exposição ou abandono de recém-nascido 
 
Art. 134 - Expor ou abandonar recém-nascido, para ocultar desonra própria: 
Pena - detenção, de seis meses a dois anos. 
§ 2º - Se resulta a morte: 
Pena - detenção, de dois a seis anos. 
 
• É especial em relação ao art 133 em relação ao sujeito passivo (deve ser 
recém-nascido) e em relação ao dolo (além do dolo de abandono há dolo específico 
do tipo: "para ocultar desonra própria".) 
• Diferente de "Sonegação de estado de filiação" (art 243). 
• Há quem diga que é o abandono privilegiado. 
• Núcleos do tipo: expor e abandonar (sinônimos). 
• Recém-nascido: Quem acabou de nascer. Deve ser analisado pelo princípio da 
razoabilidade. (Dias após o parto). 
• Ocultar desonra própria: Ex: esconder que estava grávida. 
• Objeto jurídico: Vida e saúde do ser humano. 
• Sujeito ativo: Comumente a mãe, mas pode ser, também, o pai. (concurso de 
pessoas). 
• Sujeito passivo: recém-nascido. 
• Elemento subjetivo: dolo de perigo. Não admite forma culposa. 
§ 1º - Se do fato resulta lesão corporal de natureza grave: 
Pena - detenção, de um a três anos. 
 
Preterdoloso. 
 
§ 2º - Se resulta a morte: 
Pena - detenção, de dois a seis anos. 
 
Preterdoloso. 
 
• É crime formal. O resultado naturalístico (lesão ao bem juridico vida ou saúde) 
existe, porém não é exigido. Exige-se apenas o resultado jurídico (exposição à 
situação de perigo.) 
• Crime de ação penal pública incondicionada. 
• É admitida a tentativa, apesar da dificuldade e sua visualização, tendo em vista 
o fato de ser um crime formal. 
 
 
 
 
 
Aula 11 
segunda-feira, 4 de abril de 2011 
19:01 
 
Omissão de socorro 
 
Artigo 
Art. 135 - Deixar de prestar assistência, 
quando possível fazê-lo sem risco pessoal, à 
criança abandonada ou extraviada, ou à 
pessoa inválida ou ferida, ao desamparo ou 
em grave e iminente perigo; ou não pedir, 
nesses casos, o socorro da autoridade 
pública: 
Pena - detenção, de um a seis meses, ou 
multa. 
Neste caso é tipo penal autônomo, não causa de 
aumento de pena, como por exemplo, no caso de 
deixar de prestar socorro em acidente de 
trânsito. 
Parágrafo único - A pena é aumentada de 
metade, se da omissão resulta lesão corporal 
de natureza grave, e triplicada, se resulta a 
morte. 
Causa especial de aumento de pena. Não é 
preterdoloso, pois pouco importa se o agente 
quer o resultado ou não. 
 
 
• Não há a figura do garantidor, pois é omissão simples, se refere, portanto à qualquer 
pessoa. 
• Núcleo: "deixar". Conduta negativa (não fazer algo). 
• Quando possível fazê-lo sem risco pessoal: tem que haver possibilidade, a pessoa 
tem que estar presente e ser capaz de fazer. Sem risco pessoal: estado de necessidade, a 
pessoa não precisa se arriscar para prestar o socorro. Risco deve ser à pessoal, à 
integridade corporal, à saúde, à vida da pessoa. 
• Sujeitos passivos: 
o Criança : Ser humano até 12 anos (segundo o ECA). 
• abandonada: deixada à própria sorte. Já encontra a criança nessa 
situação, não a quem a deixa nela (nesse caso responderia por abandono de 
incapaz). 
• extraviada: se perdeu, não há culpa de ninguém. 
o Pessoa Inválida: Pessoa que sozinha não pode prover a própria segurança, seja 
por suas próprias condições pessoais (idoso) ou seja por acidente (cadeirante por 
acidente). 
o Pessoa ferida: Que teve ofendida sua integridade corporal, por terceiros, por 
acidente ou mesmo por conta própria. 
o Condições para que pessoa inválida e pessoa ferida devam ser socorridas sob 
pena de incorrer no tipo: 
• Ao desamparo: abandonada, sem cuidados específicos para aquela 
situação em que ela se encontra. 
• Em grave e iminente perigo: Que está prestes a acontecer, real, 
concreto e de grandes proporções. Vale o princípio da razoabilidade. 
• Não pedir socorro da autoridade publica: Se refere a todas as situações e sujeitos 
passivos do tipo. Se trata de assistência indireta subsidiária. 
• Bem jurídico: a vida, a saúde, a solidariedade humana. 
• Sujeito ativo: qualquer pessoa, desde que não seja garantidor. Comum. 
• Sujeito passivo: próprio condicionado à determinada situação. 
• Elemento subjetivo: admite apenas o dolo de perigo. Não há modalidade culposa. 
• Conduta: Omissivo próprio. 
• Resultado: Formal, não existe resultado naturalístico. 
• Momento consumativo: Unisubsistente. Não admite tentativa. O momento é o exato 
em que o agente se nega a prestar socorro. 
 
 
Omissão de socorro no CTB 
Artigo 
Art. 304. Deixar o condutor do veículo, na ocasião do 
acidente, de prestar imediato socorro à vítima, ou, 
não podendo fazê-lo diretamente, por justa causa, 
deixar de solicitar auxílio da autoridade pública: 
Penas - detenção, de seis meses a um ano, ou multa, 
se o fato não constituir elemento de crime mais grave. 
Especial em relação ao artigo 135 do CP. Se ele 
houver colaborado para o acidente. 
Parágrafo único. Incide nas penas previstas neste 
artigo o condutor do veículo, ainda que a sua omissão 
seja suprida por terceiros ou que se trate de vítima 
com morte instantânea ou com ferimentos leves. 
 
 
• Sujeito ativo é necessariamente condutor de veículo e não pode ter colaborado com o 
acidente. Ex: Culpa exclusiva da vítima. 
• Caso a vítima se recuse a ser socorrida: 
o Se for tão veemente que ofereça risco pessoal está desobrigado. 
 
 
Maus-tratos 
 
Artigo 
Art. 136 - Expor a perigo a vida ou a saúde de 
pessoa sob sua autoridade, guarda ou 
vigilância, para fim de educação, ensino, 
tratamento ou custódia, quer privando-a de 
 
alimentação ou cuidados indispensáveis, quer 
sujeitando-a a trabalho excessivo ou 
inadequado, quer abusando de meios de 
correção ou disciplina: 
Pena - detenção, de dois meses a um ano, ou 
multa. 
§ 1º - Se do fato resulta lesão corporal de 
natureza grave: 
Pena - reclusão, de um a quatro anos. 
 
§ 2º - Se resulta a morte: 
Pena - reclusão, de quatro a doze anos. 
 
§ 3º - Aumenta-se a pena de um terço, se o 
crime é praticado contra pessoa menor de 14 
(catorze) anos. 
 
 
• Sujeito Ativo: 
o Guarda: Assistência a quem definitivamente não tem condições de zelar por si 
próprio. 
o Vigilância: Assistência aucatelatória, circunstancial, temporária. (ex: guia de 
alpinismo). 
o Autoridade: Exerce poder sob a outra em virtude de direito privado ou 
público. 
• "Para fim de": Especial fim de agir. Elemento subjetivo específico do tipo penal. 
o Educação: Aperfeiçoar qualquer atividade individual da pessoa. 
o Ensino: Na escola. Trabalho docente de ministrar conhecimento. 
o Tratamento: Prover a subsistência da pessoa. Cuidar. 
o Custódia: Detenção em virtude de lei. Ex: carceiro. 
• Meios: (forma vinculada) 
o Privar da alimentação: suprimir os alimentos necessários à manutenção da 
vítima. Deve caracterizar o perigo concreto, mesmoque seja parcial. Não pode-se, 
também, exigir conduta diversa. 
o Privar de cuidados indispensáveis: Tudo que é necessário à manutenção da 
vida e da saúde: vestuário, higiene, acomodação, assistência médica, etc. 
o Sujeitando a trabalho excessivo ou inadequados: 
• Excessivo: Fazer com que a vítima atue além das suas forças. 
• Inadequado: Não é adequado às condições físicas da vítima. 
o Abusando de meios de correção ou disciplina: animus corrigendi.Diferença 
entre maus tratos e tortura. 
• Correção: 
• Disciplina: 
 
 
 
 
Aula 12 
segunda-feira, 11 de abril de 2011 
19:00 
 
Rixa 
 
Artigo 
Art. 137 - Participar de rixa, 
salvo para separar os 
contendores: 
• Considera-se que há uma rixa quando 
há pelo menos 3 pessoas participando da contenda. 
• Não se consegue diferenciar sujeito 
ativo e sujeito passivo. É impossível diferenciar 
quem bate em quem, quem está certo e quem está 
errado. 
• Sujeitos: rixosos. 
• Rixa: Confusão entre pessoas onde 
ocorrem lesões recíprocas e indiscriminadas onde 
não é possível identificar quem é sujeito ativo e 
quem é sujeito passivo. 
• Não há necessidade de contato físico. A 
pessoa pode estar atirando coisas, por exemplo. 
• Participar: Concorrer, colaborar. 
• Tipos de rixa: 
• Rixa ex improviso: ocorre 
repentinamente, sem prévia combinação. É 
imprevisível. 
• Rixa ex proposito: Os 
contendores combinam a rixa. Ex: gangues 
que combinam a briga. 
• Bem jurídico protegido: Integridade 
corporal, a vida. 
• Não admite culpa. Será sempre dolosa. 
• Sujeito: Plurissubjetivo. 
• Formal. Não exige que as lesões se 
concretizem. Basta o resultado jurídico. 
• A rixa ex improviso não admite tentativa, 
pois é unissubsistente, já que é imprevisível. A 
consumação se dá ao mesmo tempo em que a 
execução. 
• A rixa ex proposito admite a tentativa. 
Plurissubsistente. 
• Se houver a caracterização de rixa, 
mesmo que apenas um ou dois sujeitos venham a 
responder pelo crime (e não três, como é 
necessário para a definição do tipo), responderão 
por rixa. 
Pena - detenção, de quinze 
dias a dois meses, ou multa. 
 
Parágrafo único - Se ocorre 
morte ou lesão corporal de 
natureza grave, aplica-se, 
pelo fato da participação na 
rixa, a pena de detenção, de 
seis meses a dois anos. 
• Rixa qualificada. 
• Não há distinção entre os resultados. 
• Crime preterdoloso. 
• Todos os contendores respondem pelo 
resultado, independentemente de quem causou a 
morte. 
• Caso haja o resultado naturalístico (lesão 
ou morte), mesmo que o contendoso desista antes 
dele, responderá pelo resultado (pois participou, 
fomentou a rixa). 
• Se o contendoso entra na rixa DEPOIS do 
resultado, responde por rixa simples. 
 
Rixas praticadas em estádios de futebol: 
 
Art. 41-B. Promover tumulto, praticar ou 
incitar a violência, ou invadir local restrito 
aos competidores em eventos esportivos: 
Pena - reclusão de 1 (um) a 2 (dois) anos 
e multa. 
 
 
• Especial em relação ao 137. 
 
 
Capítulo V - Dos crimes contra a honra 
 
• Bem jurídico tutelado: A honra. 
o Honra objetiva: Aquela que o sujeito acredita ter em relação ao meio social 
onde vive. É o que ele acha que as pessoas acham dele. O juízo que as demais 
pessoas tem em relação à sua personalidade, ao seu caráter, etc. 
• Os crimes que ofendem a honra objetiva são: 
▪ Calúnia 
▪ Difamação 
▪ Só quando terceiros tomam conhecimento. 
o Honra subjetiva: Aquela que o sujeito tem de si. O que ele acha dos seus 
atributos pessoais. 
• Crime: 
▪ Injúria. (xingar) 
• Podem ser praticados verbalmente, por atos, de forma escrita, sinais, etc. 
• Podem ser crimes plurissubsistentes ou unisubsistentes, dependendo do modo de 
execução. 
 
Calúnia: 
Art. 138 - Caluniar alguém, 
imputando-lhe falsamente fato 
definido como crime: 
Pena - detenção, de seis meses 
a dois anos, e multa. 
 
• Caluniar: Imputar a alguém, 
falsamente, fato definido como crime. 
• Pode se dar de duas formas: 
• Em relação ao fato: 
Inventando fato. Ex: falar que alguém 
cometeu roubou que não existiu. 
• Em relação à autoria: O fato 
existiu e, sabendo que foi praticado por 
outra pessoa, mesmo assim falar que foi o 
ofendido. 
• Especial fim de agir: tem que haver 
conhecimento que a acusação é falsa. Não pode 
ser engano. 
• Não pode simplesmente ser um 
atributo perjorativo, tem que ser um fato. 
• Tem que ser definido como crime, 
mesmo sendo um fato inexistente. 
• Não inclui contravenção penal. 
• Bem jurídico: Honra objetiva (o que 
as pessoas pensam). 
• Sujeito ativo: Qualquer pessoa 
(Comum). 
• Sujeito passivo: Qualquer pessoa 
(física ou jurídica). Pessoa jurídica possui honra 
objetiva, e por isso pode ser sujeito passivo de 
calúnia, porém, apenas se imputarem à ela crime 
previsto na lei 9.605/98 - Lei de Crimes Ambientais 
- pois somente lá existem fatos pelos quais a 
pessoa jurídica responde penalmente. 
• Elemento subjetivo: Dolo (animus 
caluniandi). Dolo direto. 
• Consumação: Formal. O momento 
consumativo é quando um terceiro toma 
conhecimento da falsa imputação, mesmo que o 
sujeito passivo não venha a ficar sabendo. Quando 
isso acontece há mero exaurimento do crime. 
• Execução: Depende do meio. Falado é 
unisubsistente. Escrita, seria plurisubsistente. 
§ 1º - Na mesma pena incorre 
quem, sabendo falsa a imputação, 
a propala ou divulga. 
• O agente propalador ou divulgador 
deve ter o dolo direto. Tem que saber que o fato é 
falso. 
§ 2º - É punível a calúnia contra os 
mortos. 
• O morto tem honra subjetiva, mas a 
vítima é a família. 
• Não existe difamação nem injúria 
contra mortos. 
§ 3º - Admite-se a prova da verdade, 
salvo: 
I - se, constituindo o fato imputado 
crime de ação privada, o ofendido não 
foi condenado por sentença 
irrecorrível; 
II - se o fato é imputado a qualquer 
das pessoas indicadas no nº I do art. 
141; 
III - se do crime imputado, embora de 
ação pública, o ofendido foi absolvido 
por sentença irrecorrível. 
• Exceção da verdade: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Aula 13 
sexta-feira, 15 de abril de 2011 
21:07 
 
Difamação 
Art. 139 - Difamar alguém, imputando-lhe 
fato ofensivo à sua reputação: 
• O crime de calúnia é especial em 
relação ao de difamação; 
• Fato: ocorrência, algo verossímel. 
• Objeto: honra subjetiva. 
 
Pena - detenção, de três meses a um ano, 
e multa. 
 
Exceção da verdade 
Parágrafo único - A exceção da verdade 
somente se admite se o ofendido é 
funcionário público e a ofensa é relativa ao 
exercício de suas funções. 
 
 
Injúria 
 
Art. 140 - Injuriar alguém, ofendendo-lhe a 
dignidade ou o decoro: 
Pena - detenção, de um a seis meses, ou 
multa. 
 
§ 2º - Se a injúria consiste em violência ou vias 
de fato, que, por sua natureza ou pelo meio 
empregado, se considerem aviltantes: 
 
Pena - detenção, de três meses a um ano, e 
multa, além da pena correspondente à 
violência. 
• Xingar, chamar de coisas. 
 
§ 1º - O juiz pode deixar de aplicar a pena: 
I - quando o ofendido, de forma reprovável, 
provocou diretamente a injúria; 
II - no caso de retorsão imediata, que consista 
em outra injúria. 
 
§ 2º - Se a injúria consiste em violência ou vias 
de fato, que, por sua natureza ou pelo meio 
empregado, se considerem aviltantes: 
Pena - detenção, de três meses a um ano, e 
 
multa, além da pena correspondente à 
violência. 
§ 3o Se a injúria consiste na utilização de 
elementos referentes a raça, cor, etnia, 
religião, origem ou a condição de pessoa idosa 
ou portadora de deficiência: (Redação dada 
pela Lei nº 10.741, de 2003) 
Pena - reclusão de um a três anos e multa 
 
 
 
Aula 14 
sexta-feira, 29 de abril de 2011 
21:04 
 
Retratação Art 143 
• Só cabe em relação à difamação e calúnia, não serve para injúria. 
• Independe da anuência da vítima 
• Deve ser feita antes da sentença 
• Causa de extinção de punibilidade. O juiz profere uma decisão definitiva. 
 
 
 
Aula 15 
segunda-feira, 2 de maio de 2011 
19:13 
 
Ameaça 
•Ameaçar: Intimidar. Tem que estar ligada a um mal grave, injusto e futuro. 
• Pode ser direta ou indireta: 
o Direta: Se refere à própria pessoa que foi intimidada 
o Indireta: Quando o mal anunciado se refere a alguém que tenha uma relação 
emocional com a pessoa intimidade. 
• Mal injusto: Ilícito ou imoral. 
• Mal grave: deve ter repercussões graves na vida da pessoa. 
• Bem jurídico tutelado: Liberdade individual, mais especificamente a psiquíca. 
Secundariamente a física. 
• Sujeito passivo: Qualquer pessoa com capacidade de discernimento (uma criança não 
vai entender a ameaça) 
• Elemento subjetivo: Dolo. 
• Consumação: Formal. Resultado naturalístico: a efetiva intimidação da vítima. Ele 
existe, mas não é obrigatório para que o crime exista. 
• A tentativa é admitida. Porém depende do meio de execução, só é possível visulizar o 
iter criminis na forma escrita. 
• Crime de ação penal pública condicionada à representação. A vítima tem o prazo de 6 
meses de quando se tornou ciente da ameaça para apresentar representação. 
• Não é possível legítima defesa. Pois a vítima, sentindo-se ameaçada, possui os 
mecanismos próprios, determinados pelo ordenamento jurídico para lidar com a 
ameaça. 
 
Sequestro ou cárcere privado: 
• Não é o que se pede resgate. 
• Núcleo: privar. Impedir, tirar, tolher a liberdade de alguém; medianete sequestro ou 
cárcere privado: 
o Sequestro: lugar mais amplo (ex: sítio) 
o Cárcere privado: lugar menor (ex: sala) 
• Bem jurídico: Liberdade física, de locomoção, ambulatorial, de ir e vir. 
• Sujeito ativo e passivo: qualquer pessoa 
• Elemento subjetivo: Dolo 
o Dolo eventual: coveiro q tranca o cemitério mesmo sabendo que ainda tem 
gente lá dentro. 
o Não pode ter um especial fim de agir. 
• Momento consumativo: Material - exige o resultado naturalístico. 
 
 
 
 
Aula 16 
sexta-feira, 6 de maio de 2011 
21:07 
 
Violação de Domicílio 
Art. 150 - Entrar ou permanecer, 
clandestina ou astuciosamente, ou 
contra a vontade expressa ou tácita 
de quem de direito, em casa alheia 
ou em suas dependências: 
Pena - detenção, de um a três 
meses, ou multa. 
• Núcleo: 
• Entrar: Invadir, ultrapassar os 
limites da residência (comportamento positivo, 
portanto comissivo. É ilegal desde o começo. 
Resultado instantâneo.) 
• Permanecer: Não sair 
(Comportamento negativo, portanto omissivo 
próprio. Se torna ilegal. Resultado 
permanente.) 
• Clandestinamente: Sem que a 
vítima tenha conhecimento, de forma 
sorrateira, escondida. 
• Astuciosamente: Quando o 
agente age de forma dissimulada, por meio de 
ardil, a fim de permanecer ou entrar. (Ex: 
pessoa que se passa por agente sanitário). 
• Há também a forma genérica 
que não é nem clandestina nem 
astuciosamente, simplesmente contra a 
vontade expressa ou tácita de quem de direito. 
o Vontade expressa: 
Vontade explicitamente exteriorizada (Ex: 
placa de proibido entrar, dizer não). 
o Vontade tácita: Quando 
há elementos que indicam que ali só 
entram quem é permitido pelo dono (ex: 
muro, cerca viva, tranca na porta). 
o Quem de direito: O mais 
comum é o proprietário, mas considera-
se também quem está com a posse, com 
o uso do imóvel, como o locatário, 
usufrutuário, quem more naquela casa 
etc... Quando não há hierarquia entre os 
co-habitantes, prevalece a vontade da 
maioria. Quando há hierarquia prevalece 
a vontade do proprietário. 
• Casa alheia: 
o Casa: qualquer 
construção aberta ou fechada, móvel ou 
imóvel, de uso permanente ou ocupado 
transitoriamente. (definida tbm nos § 4º 
e 5º) 
• Bem Jurídico: Inviolabildidade do lar 
• Sujeito Ativo: qualquer pessoa 
• Sujeito Passivo: quem pode exercer o 
direito. 
• Elemento subjetivo: dolo 
• Classificação: 
• De mera conduta - se pune um 
comportamento. 
• Pode ser comissivo ou omissivo 
próprio 
• Instantâneo ou permanente 
• Unissubsistente se for 
permanecer, plurissubsistente se for entrar. 
• Ação penal pública 
incondicionada 
§ 1º - Se o crime é cometido 
durante a noite, ou em lugar ermo, 
ou com o emprego de violência ou 
de arma, ou por duas ou mais 
pessoas: 
Pena - detenção, de seis meses a 
dois anos, além da pena 
correspondente à violência. 
Modalidade qualificada: 
• Noite: sem luz solar, escuridão. 
• Lugar ermo: deserto, de dificil acesso. 
§ 2º - Aumenta-se a pena de um 
terço, se o fato é cometido por 
funcionário público, fora dos casos 
legais, ou com inobservância das 
formalidades estabelecidas em lei, 
ou com abuso do poder. 
§ 3º - Não constitui crime a entrada 
ou permanência em casa alheia ou 
em suas dependências: 
I - durante o dia, com observância 
das formalidades legais, para 
 
efetuar prisão ou outra diligência; 
II - a qualquer hora do dia ou da 
noite, quando algum crime está 
sendo ali praticado ou na iminência 
de o ser. 
§ 4º - A expressão "casa" 
compreende: 
I - qualquer compartimento 
habitado; 
II - aposento ocupado de habitação 
coletiva; 
III - compartimento não aberto ao 
público, onde alguém exerce 
profissão ou atividade. 
• I - Apartamento, casa, barracão, barraca 
num camping, motorhome, 
• II - Hotel, pousada, pensão, motel... 
• III - Escritório, consultório médico. 
§ 5º - Não se compreendem na 
expressão "casa": 
I - hospedaria, estalagem ou 
qualquer outra habitação coletiva, 
enquanto aberta, salvo a restrição 
do n.º II do parágrafo anterior; 
II - taverna, casa de jogo e outras 
do mesmo gênero. 
• I - Albergue 
• II - Bar, casino, etc, etc 
 
 
Aula 17 
segunda-feira, 9 de maio de 2011 
19:03 
 
Violação de Correspondência 
 
• Relacionado ao art 5º, XII da CF/88 
• Bem Jurídico: Inviolabilidade da correspondência, garantida na CF/88 
• Não é absoluta, pois há previsão de quebra desse sigilo para fim de instrução 
processual penal. 
 
Violação de correspondência 
Art. 151 - 
Devassar 
indevidamente o 
conteúdo de 
correspondência 
fechada, dirigida 
a outrem: 
Pena - detenção, 
de um a seis 
meses, ou 
multa. 
• Caput revogado 
tacitamente pelo art 40, §1º da Lei 6.583/78 
• Devassar: Tomar 
conhecimento, total ou parcialmente 
• Correspondência: Toda 
comunicação, de pessoa para pessoa, por 
meio de carta, através da via postal ou por 
telegrama (art 47 da lei 6.538/78) 
• Se aplica a emails, 
desde que confidenciais. 
• Correspondência 
Art. 40º - Devassar 
indevidamente o 
conteúdo de 
correspondência 
fechada dirigida a 
outrem: 
Pena: detenção, até 
seis meses, ou 
pagamento não 
fechada: que tenha elementos que indique 
que o remetente e o destinatário não 
querem que o conteúdo seja divulgado. 
• Dirigida a outrem: 
Destinatário. 
• Classificação: 
• Sujeito: Comum 
• Resultado: Mera 
conduta 
 
 
excedente a vinte 
dias-multa. 
Sonegação ou 
destruição de 
correspondência 
§ 1º - Na mesma 
pena incorre: 
I - quem se 
apossa 
indevidamente 
de 
correspondência 
alheia, embora 
não fechada e, 
no todo ou em 
parte, a sonega 
ou destrói; 
• Inciso I revogado pelo art 
40 § 1º da lei 6.583/78 
• Sonegar: fazer com que 
não chegue ao destinatário 
• Destruir: Inutilizar 
SONEGAÇÃO OU 
DESTRUIÇÃO DE 
CORRESPONDÊNCIA. 
§ 1º - Incorre nas 
mesmas penas 
quem se apossa 
indevidamente de 
correspondência 
alheia, embora não 
fechada, para 
sonegá-la ou 
destruí-la, no todo 
ou em parte 
 
Violação de 
comunicação 
telegráfica, 
radioelétrica ou 
telefônica 
II - quem 
indevidamente 
divulga, 
transmite a 
outrem ou 
utiliza 
abusivamente 
comunicação 
telegráfica ou 
radioelétrica 
dirigida a 
terceiro, ou 
conversação 
telefônica entre 
outras pessoas; 
III - quem 
impede a 
• Permanecem 
• Comunicação telegráfica: 
É aquela feita através de sinalização elétrica 
ou rádio elétrica a ser convertida depois em 
comunicação escrita que será entregue ao 
destinatário. 
• Conversação telefonica: 
Ocorreu revogação. Se a pessoa comete 
interceptação telefônica ela incorre no art. 
10 da Lei 9.296/96 
 
comunicação ou 
a conversação 
referidas no 
número 
anterior; 
IV - quem instala 
ou utilizaestação ou 
aparelho 
radioelétrico, 
sem observância 
de disposição 
legal. 
• Revogado pelo art 70, 
caput da lei 4.117/62 
 Art. 70. Constitui 
crime punível com a 
pena de detenção 
de 1 (um) a 2 (dois) 
anos, aumentada da 
metade se houver 
dano a terceiro, a 
instalação ou 
utilização de 
telecomunicações, 
sem observância do 
disposto nesta Lei e 
nos regulamentos. 
(Substituído pelo 
Decreto-lei nº 236, 
de 28.2.1967) 
 
§ 2º - As penas 
aumentam-se de 
metade, se há 
dano para 
outrem. 
 
§ 3º - Se o 
agente comete o 
crime, com 
abuso de função 
em serviço 
postal, 
telegráfico, 
radioelétrico ou 
telefônico: 
Pena - detenção, 
de um a três 
anos. 
 
§ 4º - Somente 
se procede 
mediante 
representação, 
salvo nos casos 
do § 1º, IV, e do 
§ 3º. 
 
 
---- Constitui o Codigo Brasileiro de Telecomunicações.

Continue navegando