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SOI V – APG ISABELLA PEREIRA Alterações física, hormonal e fisiológica Alterações fisiológicas: 1. Sistema cardiovascular > Anatomia -O coração está aumentado na gravidez, devido à hipertrofia do músculo cardíaco e ao aumento do volume das câmaras. -Nos últimos estágios da gestação, o crescimento uterino eleva o diafragma, deslocando o miocárdio para cima e rodando- o lateralmente -Um sopro sistólico não patológico se desenvolve em 90% a 95% dos pacientes. Pequenas ondas Q, inversão de ondas P e T (derivação III) e alterações na elevação do segmento ST podem ser observadas no eletrocardiograma. >volume sanguíneo: -O volume sanguíneo aumenta em 10% a partir da sétima semana de gestação, atingindo um platô em torno de 32 semanas. Isto corresponde a um aumento de 45% a 50% (1500-1600 ml, ou 1200-1300 em volume de plasma) em comparação com mulheres normais não grávidas. -Está expansão em volume também permite a perda de sangue esperada no parto. Na verdade, uma mulher grávida pode perder até 2000 ml de sangue antes de mostrar alterações na frequência cardíaca e pressão arterial. >Frequência Cardíaca -Já nas primeiras semanas de gestação observa- se um aumento gradativo de freqüência cardíaca que atinge o pico máximo entre as 28ª e 36ª semanas após o que retorna a valores menores, não voltando, contudo, aos níveis normais >pressão sanguínea -A pressão arterial (PA) é produto do débito cardíaco (DC) e da resistência vascular sistêmica (RVS). A pressão arterial diminui aproximadamente 10% em torno da sétima semana de gestação, atingindo um nadir no SOI V – APG ISABELLA PEREIRA ponto médio da gravidez (28 semanas) e retornando aos seus >débito cardíaco -A partir do segundo mês de gestação observa-se uma elevação do débito cardíaco que atinge um máximo de 30 - 40% entre a 28 e 36 semana, quando se estabiliza até o parto. -Durante o trabalho de parto ocorre aumento do débito em torno de 30% durante a fase ativa e 45% no período expulsivo, quando comparado aos valores iniciais. -A elevação do débito cardíaco deve-se a um aumento conjunto da freqüência cardíaca e do volume sistólico. - Cada contração uterina eleva o débito em torno de 10 - 25%. - O maior aumento ocorre imediatamente após o nascimento, quando pode atingir até 80% dos valores iniciais. -Este aumento está relacionado com o mecanismo de autotranfusão, aumento do retorno venoso pela descompressão da cava e involução do corpo uterino. A partir desta fase, o débito cardíaco diminui gradativamente voltando aos valores normais, em aproximadamente duas semanas >Resistência Vascular Sistêmica -A resistência vascular sistêmica (RVS) começa a diminuir a partir de 5 semanas de gestação (10%), atingindo o ponto mais baixo de aproximadamente 35% (980 dinas/seg/cm) abaixo do valor basal, entre 14 e 24 semanas. -A vasodilatação associada ao circuito placentário de baixa resistência provoca uma diminuição na RVS. -Uma queda na resistência vascular pulmonar também aparece, mas sem alterações na pressão arterial pulmonar. A RVS permanece constante até a 32a. semana, aumentando subsequentemente até atingir os valores normais pré-gestacionais no termo. -Tal modificação fisiológica aumenta a oferta de oxigênio e dissipa o calor gerado pelo aumento do metabolismo materno e fetal. - Após a dequitação, os valores da resistência vascular periférica voltam praticamente aos níveis basais. SOI V – APG ISABELLA PEREIRA 2. Sistema respiratório: -Durante a gravidez observa-se ingurgitamento capilar venoso nas vias aéreas superiores, podendo causar modificações na voz e dificultando a respiração, principalmente próximo ao termo, o que se intensifica nas cardiopatas e toxêmicas -As manobras de laringoscopia, intubação traqueal e até mesmo, a simples colocação de cateter e cânulas, devem ser feitas com extremo cuidado e delicadeza, a fim de se evitarem traumatismos e sangramentos. -O volume corrente e a ventilação minuto são aumentados, a capacidade residual funcional diminui, iniciando entre 16 e 24 semanas de gestação e continuando até o termo. -A dispnéia é comum durante a gravidez, ocorrendo em 60% a 70% das gestantes saudáveis. -O consumo de oxigênio aumenta de 30 a 50 ml / min, dois terços dos quais cobrem os requisitos adicionais da mãe (principalmente o rim) e um terço para a placenta e o feto. >Caixa Torácica -O crescimento uterino eleva o diafragma, determinando, a partir do último trimestre, uma diminuição do diâmetro vertical da caixa torácica de até 4 cm; isto é contrabalançado com o aumento de 2 cm no diâmetro ântero- posterior e transverso. -Consequentemente ocorre um aumento de 5 a 7 cm da circunferência da caixa torácica1. Ao contrário do que inicialmente se acreditava, o diafragma continua a movimentar-se livremente mesmo próximo do termo. - Contudo, ao final da gestação observa-se diminuição da respiração abdominal em favor do aumento da torácica 3. Modificações Hematológicas -A partir da 8ª semana de gestação ocorre um rápido aumento do volume sanguíneo materno. -Observa-se um aumento de aproximadamente 1.500 ml, o que representa um aumento proporcional de 35 a 40% dos valores iniciais. -O volume plasmático aumenta de 40 ml.kg para 70 ml.kg no final da gestação e o volume das hemácias também aumentam passando de 25 para 30 ml.kg SOI V – APG ISABELLA PEREIRA -O aumento do volume plasmático é relativamente maior que o das hemácias o que leva a hemodiluição com aparente diminuição dos eritrócitos e hemoglobina. -Produz-se a chamada anemia fisiológica da gravidez ou pseudo-anemia da gravidez, que pode ser profilaticamente evitada administrando-se ferro a mãe. -Muito embora esta anemia dilucional possa diminuir o transporte de oxigênio, outros fatores como a hiperventilação materna e consequentemente o aumento da PO 2 arterial, a diminuição da viscosidade sanguínea, resultante da hemodiluição a vasodilatação e o aumento do fluxo sanguíneo atuam melhorando a oferta de oxigênio. →A grávida a termo está num estado de hipercoagulação devido a um aumento dos fatores VII, VIIl, X e do fibrinogênio plasmático 4.Sistema Gastrointestinal -O aumento do tamanho do útero causa compressão extrínseca do estômago, a diminuição do tônus do esfíncter esofágico inferior, isso aumenta a acidez gástrica e o refluxo. -A diminuição da função do cárdia, acompanhada do aumento da secreção do suco gástrico observado na gravidez, propiciam a ocorrência de refluxo gastroesofágico que leva a um quadro de pirose e até mesmo de esofagite. -A hérnia hiatal é uma patologia que está presente em 27% das gestantes nos meses finais da gestação -Devido a ação da progesterona e do aumento uterino que desloca o piloro para cima e para trás, o esvaziamento gástrico é mais lento. -Esta situação se agrava durante o trabalho de parto devido à dor, à ansiedade, e ao uso de opióides. -O volume do suco gástrico pode estar aumentado em até 25 ml com um pH inferior a 2,5. -Como a pressão do esfíncter esofágico inferior está diminuída e a pressão intragástrica está muito elevada, a possibilidade de regurgitação é muito grande, principalmente quando o decúbito dorsal for adotado. SOI V – APGISABELLA PEREIRA 5.Modificações no Sistema Nervoso Central -Por ocasião da gravidez, a administração por via raquidiana ou epidural de um anestésico local deve ser menor que aquela habitualmente utilizada para obter-se o mesmo nível de bloqueio sensitivo na não grávida. -Acreditava-se que esta redução se devia a um aumento da pressão intra-abdominal, que dificultava o retorno venoso via cava inferior, levando indiretamente ao ingurgitamento das veias epidurais e consequentemente à redução do volume do espaço epidural e subaracnóideo. 6. Modificações Renais -O fluxo plasmático renal e a filtração glomerular elevam-se rapidamente durante o primeiro trimestre de gestação, atingindo no quarto mês valores de até 50% daqueles observados nas não grávidas. -Durante o último trimestre, estes valores decrescem lentamente em direção aos valores normais. -Os sistemas coletores estão dilatados logo no primeiro trimestre. A obstrução mecânica também é um fator à medida em que o útero aumenta. -O grau de dilatação do trato urinário é mais pronunciado à direita do que à esquerda, presumivelmente porque o útero é girado para a direita. -A compressão ureteral resulta em estase urinária que predispõe a gestante a desenvolver infecções, nefrolitíase e pielonefrite. Alterações na função renal são devidas a um aumento no fluxo sanguíneo renal (de 35% a 60%), o que causa um aumento de 40% a 50% na taxa de filtração glomerular. -A creatinina sérica normal na gravidez é cerca de metade do valor normal da não-gestante: um nível > 0,8 mg/dl indica insuficiência da função renal. -A glicosúria é comum na gravidez por causa do aumento da taxa de filtração glomerular e da reabsorção prejudicada da glicose na alça de Henle e no túbulo coletor. Não indica necessariamente diabetes. -Nos últimos meses, observa-se uma dilatação dos cálices renais, pelve e ureteres, devida a ação da progesterona. -Mais tarde, o crescimento uterino, que comprime as estruturas da pelve também contribui para a dilatação, responsável pela SOI V – APG ISABELLA PEREIRA estase urinária que frequentemente leva a infecção do trato urinário durante a gravidez. 7. Modificações Hepáticas -A atividade da colinesterase sérica está reduzida em torno de 24% antes do parto e de até 33% nos três primeiros dias do puerpério -Apesar disto, a constatação de um prolongamento do bloqueio neuromuscular. -Observa-se, durante a gestação, uma elevação dos níveis séricos das transaminases e do colesterol e em 80% das gestantes ocorre uma alteração no teste de excreção da bromosulfaleína, o que não indica necessariamente doença hepática. -O nível plasmático das bilirrubinas e o fluxo sanguíneo hepático permanecem inalterados. -Há uma diminuição sérica das taxas de proteínas totais e da relação albumina/globulina. Física: ➔ Mamas: - O aumento de volume das mamas na gravidez está diretamente associado ao processo de amamentação. -Amamentação são destacadas: a além das implicações do aleitamento materno para a saúde da mulher, dentre as quais, a amenorreia pós-parto e, consequentemente, maior espaçamento intergestacional Hormônios: - A placenta sintetiza dois tipos diferentes de hormônios, os peptídicos e os esteroides. Dentre os peptídicos estão: - o hormônio gonadotropina coriônica (HCG), o hormônio somatotropina placentária e a tireotropina placentária. - Os esteroides produzidos são o estrógeno, a progesterona e os andrógenos. O HCG estimula o corpo lúteo, responsável pela produção de estrógeno e progesterona. Além disto, impede a rejeição do tecido fetal. -A somatotropina placentária possui propriedades lactogênicas → Juntamente com o HCG, auxilia na manutenção da integridade anátomo-funcional do corpo lúteo→ Promove o crescimento fetal e age sobre o metabolismo de glicose e gordura da mãe, diminuindo a utilização materna da glicose para desviar essa substância para o feto, e aumentando a mobilização de ácidos graxos maternos, para que a mãe possa utilizá-los SOI V – APG ISABELLA PEREIRA como forma de energia ao invés da glicose -Durante a gestação, a progesterona inibe a musculatura uterina, impedindo a expulsão do feto, inibe respostas de linfócitos T (impedindo a rejeição tissular), além de promover depósito de nutrientes nas mamas para a formação do leite → Como ela promove a redução do tônus de músculos lisos, pode ocorrer diminuição do peristaltismo, náuseas, constipação, dilatação de veias, estase de urina, diminuição da pressão diastólica e redução da tensão na pressão intra-alveolar e arterial (causando hiperventilação). - Os estrógenos são responsáveis pelo crescimento da musculatura e aumento da vascularização uterina, pelo relaxa- mento dos ligamentos pélvicos e dilatação dos órgãos sexuais externos, pelo aumento no tamanho das glândulas mamárias e pelo aumento nos níveis de prolactina. -O cortisol produzido pela suprarrenal é o glicocorticoide mais importante. -A aldosterona é um hormônio hipertensor secretado pelo córtex supra-renal sob ação da angiotensina II. O aumento de aldosterona pode ocorrer para contrabalancear o efeito natriurético da progesterona, ajudando a eliminar sódio e água, aumentando a oferta destes para o feto →Durante a gravidez há aumento no processo de formação de glicose, o que faz o pâncreas produzir mais insulina, e assim manter o metabolismo dos carboidratos normal. Apesar do aumento da insulina, não há aumento de receptores, o que provoca uma resistência periférica, ou seja, diminui seu aproveitamento - O glucagon é um hormônio catabólico produzido pelo pâncreas, com grande atividade glicogenolítica, gliconeogênica e lipolítica, contrapondo-se à ação da insulina. Conforme a gravidez vai desenvolvendo-se, diminui sua concentração plasmática, principalmente quando a gestante está em jejum. - A glândula tireoide sofre algumas alterações durante a gestação. A tireoide secreta dois hormônios, a triiodotironina (T3) e tetraiodotirosina (T4) e é influenciado pelo TSH (hormônio estimulante da tireoide) Observa-se aumento no metabolismo basal da mãe e do feto (juntos aumentam em até 25%), que recorre em gasto médio de 300 quilocalorias por dia . Isso ocorre a partir do terceiro mês, até o último trimestre. As alterações da tireoide na gestação é importante SOI V – APG ISABELLA PEREIRA lembrar do eutireoidismo ou hipertireoidismo fisiológico da gravidez → Ocorre que as alterações hormonais causam hipervolemia, aumento na velocidade da circulação sanguínea, aumento da frequência cardíaca, diminuição da tolerância ao calor, extrassístoles, dispneia, ansiedade, entre outros sintomas muito semelhantes ao do hipertireoidismo não fisiológico → Doenças tireoidianas afetam 10% das mulheres e podem causar alto risco materno. O hipertireoidismo acomete 0,2% das gestantes. Já o hipotireoidismo durante a gravidez é mais incomum partos já que está associado à infertilidade. - A prolactina tem sua quantidade aumentada em até cinco vezes no primeiro trimestre, e vai dobrando nos trimestres seguintes → Suas funções são induzir e manter a lactação, promovendo a secreção de leite pelas glândulas mamárias → Durante o parto há uma queda da prolactina e logo após o parto há um aumento imediato. -A ocitocina é um hormônio secretado pela hipófise posterior, e que tem como uma de suas funções provocar contrações uterinas Reflexo neurogênico pela glândula hipófise posterior que aumenta a secreçãode ocitocina, aumentando consideravelmente as contrações uterinas. Outra função da ocitocina é promover a ejeção ou “descida” do leite. - As alterações da tireoide na gestação são importantes lembrar do hipertireoidismo fisiológico da gravidez. Ocorre que as alterações hormonais causam hipervolemia, aumento na velocidade da circulação sanguínea, aumento da frequência cardíaca, diminuição da tolerância ao calor, extrasístoles, dispneia, ansiedade, entre outros sintomas muito semelhantes ao do hipertireoidismo não fisiológico → Doenças tireoidianas afetam 10% das mulheres e podem causar alto risco materno >O hipertireoidismo acomete 0,2% das gestantes. Já o hipotireoidismo durante a gravidez é mais incomum (1/1600-2000) partos já que está associado à infertilidade. -As paratireóides são glândulas importantes para o metabolismo do cálcio e do fosfato nos tecidos e fluidos orgânicos, atuando em paralelo à função dos sistemas urinário e digestório → Durante a gestação elas tornam-se hiperplásicas e hiperfuncionantes, aumentando a concentração plasmática do paratormônio, já que há feedback com o SOI V – APG ISABELLA PEREIRA cálcio circulante→Se houver insuficiência das paratireóides, pode ocorrer excitabilidade muscular aumentada e assim, a gestante pode desenvolver câimbras. Diagnostico e fatores de risco na gravidez Fatores de risco - Fatores de risco: Os fatores de risco são condições ou aspectos biológicos, psicológicos ou sociais associados estatisticamente a maiores probabilidades futuras de morbidade ou mortalidade. -Podem ser agrupados de acordo com as características individuais da mulher, seus comportamentos e estilos de vida, a influência das redes sociais e comunitárias, as condições de vida e trabalho e a possibilidade de acesso a serviços, relacionando-se com o ambiente mais amplo de natureza econômica, cultural e econômica. → e complicações gestacionais como hipertensão arterial, diabetes gestacional, alteração da função cardíaca, doença hipertensiva específica da gravidez, entre outras, estão, comumente, relacionadas ao sobrepeso e obesidade na gravidez; complicações fetais, como baixo peso do recém- nascido e retardo do crescimento intra- uterino, estão relacionadas à má-nutrição. - Os marcadores e fatores de risco gestacionais presentes anteriormente à gestação se dividem em: 1. Características individuais e condições sociodemográficas desfavoráveis: - Idade maior que 35 anos; - Idade menor que 15 anos ou menarca há menos de 2 anos*; - Altura menor que 1,45m; - Peso pré-gestacional menor que 45kg e maior que 75kg (IMC<19 e IMC>30); - Anormalidades estruturais nos órgãos reprodutivos; - Situação conjugal insegura; - Conflitos familiares; - Baixa escolaridade; - Condições ambientais desfavoráveis; - Dependência de drogas lícitas ou ilícitas; - Hábitos de vida – fumo e álcool; - Exposição a riscos ocupacionais: esforço físico, carga horária, rotatividade de horário, exposição a agentes físicos, químicos e biológicos nocivos, estresse. SOI V – APG ISABELLA PEREIRA Diagnóstico Clínico Os sintomas da gravidez podem ser divididos em sinais de presunção, sinais de probabilidade e sinais de certeza: Sinais de Presunção: • 4 semanas – Amenorréia: é o sinal mais precoce! • 5 semanas – Náuseas e Congestão Mamária • 6 semanas – Polaciúria • 8 semanas – A aréola primária se torna mais pigmentada e surgem os Tubérculos de Montgomery (projeções secundárias representadas por glândulas mamárias acessórias e glândulas sebáceas hipertrofiadas) • 16 semanas – Produção de colostro e surgimento da Rede de Haller (aumento da circulação venosa) • 20 semanas – Sinal de Hunter (surge a aréola secundária, que aumenta a pigmentação em volta do mamilo) Sinais de Probabilidade: • 6-12 semanas – Alterações do muco cervical: o aumento na concentração de progesterona, típico do início da gestação, reduz a quantidade de sódio presente no muco cervical, que perde o aspecto arboriforme quando cristalizado por desidratação. • 8 semanas – →Sinal de Hégar (útero adquire consistência cística, elástico-pastosa, principalmente no istmo); →Sinal de Piskacek (assimetria uterina: o útero se desenvolve mais no ponto de implantação); →Sinal de Nobile-Budin (ocupação do fundo de saco vaginal, perceptível pelo toque bimanual); →Sinal de Osiander (percepção dos batimentos do pulso vaginal nos fundos de saco); →Sinal de Jacquemier ou de Chadwick (coloração violácea da mucosa da vulva); →Sinal de Kluge (coloração violácea da mucosa da vagina) • 12 semanas – Aumento do volume uterino: o útero gravídico se torna palpável logo acima da sínfise púbica • 16 semanas – Aumento do volume abdominal Sinais de Certeza: SOI V – APG ISABELLA PEREIRA • 14 semanas – Sinal de Puzos (rechaço fetal intrauterino após impulsionar o feto com os dedos no fundo de saco anterior) • 18 semanas – Percepção e palpação dos movimentos ativos do feto e dos segmentos fetais pelo médico • 20 semanas – Ausculta dos batimentos cardiofetais através do estetoscópio de Pinard. A ausculta já é possível a partir de 10 semanas através do sonar Doppler, e é considerada o mais fidedigno dos sinais de gravidez. Métodos contraceptivos -A realidade da anticoncepção para a mulher brasileira tem suscitado discussões diversas nos últimos anos, as quais envolvem desde aspectos sociais – pois as mulheres estão inseridas em um quadro de desigualdade de direitos, de oportunidades e de recursos financeiros – até aspectos políticos, uma vez que os programas de atenção a sua saúde não estão efetivamente implementados Método de Barreira: -Esses métodos evitam a entrada do esperma no útero e alguns protegem das IST. Também são indicados para as mulheres que não podem tomar hormônios →Preservativo Masculino: -É um dos métodos anticoncepcionais que tem um papel importante na prevenção, pois além de evitar a gravidez, impedindo que os espermatozóides . -É recomendado pelos órgãos de saúde devido a sua eficácia na prevenção, é o único método comprovado para prevenir as ISTs, inclusive o HIV/Aids. - Alguns cuidados na colocação aumentam a eficácia desse preservativo. -É importante segurar a ponta da camisinha durante a colocação, deixando uma parte vazia, sem ar, para que o esperma fique depositado ali depois da ejaculação. Caso contrário, a camisinha poderá estourar ou o esperma subir para a base do pênis e entrar em contato com o corpo feminino → Deve ser usada somente uma vez e é preciso observar também os cuidados com o descarte. -Algumas são lubrificadas com silicone ou lubrificante à base de água, outras são revestidas com espermicidas além do lubrificante. SOI V – APG ISABELLA PEREIRA -Não podem ser utilizados com lubrificantes à base de óleo, devido ao risco de degradar a borracha. -Apesar de ser o método mais adotado no mundo, o uso regular da camisinha ainda é insuficiente. -A camisinha masculina é o método contraceptvo mais simples. -Tem baixo custo, e acesso relativamente fácil para todas as camadas da sociedade, não exige prescrição médica podendo ser adquirido em supermercados, farmácias e outros estabelecimentos comerciais, ou distribuído pelo governo. →Preservativo Feminino: -camisinha feminina é feita de um tipo de borracha, plástico ou poliuretano, com anéis flexíveis nas duasextremidades, um deles fechado e deve ser colocado no interior da vagina que impedem que os espermatozóides possam chegar às tubas uterinas. O outro é aberto e deve ficar do lado de fora protegendo os pequenos e grandes lábios → Diafragma: -O diafragma é um anel de metal flexível, recoberto por uma membrana de borracha fina, de forma côncava. -Como uma barreira, é introduzido pela mulher na vagina, sobre o colo do útero antes da relação sexual. -Deve ser colocado imediatamente antes da relação sexual ou com até 6 horas de antecedência e só pode ser retirado de 6 a 8 horas depois da última ejaculação. -O espermicida colocado no diafragma só é atuante para uma ejaculação. -Quando na relação sexual houver mais de uma ejaculação, deve-se recolocar espermicida na vagina, com a ajuda de um aplicador. Isso deve ser feito sem mexer no diafragma. Recomenda-se a utilização do diafragma juntamente com pomada espermicida para aumentar a sua eficácia. Métodos hormonais ou químicos: -Geralmente são uma mistura de derivados sintéticos de estrogênios e progesterona, que inibem o aumento de LH (responsável pela ovulação) impedindo a concepção por inibir a ovulação pelo bloqueio da liberação de gonadotrofinas pela hipófise. Algumas pílulas contêm apenas derivados da progesterona. SOI V – APG ISABELLA PEREIRA →Anticoncepcionais Orais (pílulas): -Os anticoncepcionais hormonais orais, também conhecidos como pílulas anticoncepcionais, são comprimidos que contém hormônios esteroides isolados ou em associação com outros hormônios. Sua finalidade básica é impedir a concepção. -Pílula anticoncepcional é considerada um dos melhores métodos de prevenção de uma gravidez indesejada. -São comprimidos feitos com substâncias químicas semelhantes aos hormônios estrogênio ou progesterona do corpo da mulher. Este método evita a gravidez de diferentes maneiras: as pílulas impedem a ovulação, evitam a nidação e engrossam o muco fértil, atrapalhando assim a passagem dos espermatozóides. -Os hormônios presentes na pílula impedem a ovulação e, consequentemente, a gravidez. -Existem diferentes tipos de pílulas é só o ginecologista pode avaliar corretamente as mulheres que podem, e as que não podem usar este método, além de escolher o tipo ideal para cada mulher. -Diferente da pílula combinada, a mini-pílula tem somente o hormônio progestina (progestágeno sintético), e não estrogênio mais progestina→ Tomada diariamente, a mini- pílula reduz e engrossa o muco cervical para prevenir que o esperma alcance o óvulo. Ela também impede o ovo fertilizado de implantar-se no útero -A mini-pílula ainda diminui o fluxo da menstruação e protege contra câncer endometrial e de ovário. -Mulheres amamentando podem usar a mini- pílula porque ela não afeta o suprimento de leite. -A mini-pílula é uma boa opção para mulheres que não podem tomar estrogênio ou que têm risco de coágulos sanguíneos. Se usada corretamente, a eficiência da mini- pílula é de 95-99,9% na prevenção da gravidez. Precisa de orientação médica para certificar-se que não terá problemas →Pílula Vaginal →Anticoncepcionais Injetáveis: -Os anticoncepcionais injetáveis são injeções de hormônios semelhantes àqueles que o ovário produz. -Contém progesterona ou associação de estrogênios, para administração SOI V – APG ISABELLA PEREIRA intramuscular, com doses hormonais de longa duração. -Eles agem evitando a ovulação. Devem ser aplicados a cada 30 dias, ou a cada 3 meses, conforme a composição. Mas podem provocar muita irregularidade no ciclo menstrual -Métodos reversíveis naturais Métodos comportamentais -São métodos que exigem disciplina e planejamento, pois depende do reconhecimento do período fértil da mulher para obter ou evitar a gravidez. Também são conhecidos como métodos de abstinência periódica ou métodos naturais. -A maior ou menor eficácia desses métodos depende da identificação dos sinais da ovulação (aproximadamente 14 dias antes do início da menstruação), do período fértil da mulher, de disciplina, e da adesão ao uso do método, que depende da colaboração de ambos os parceiros. -Contudo, é muito difícil determinar quando ocorre a ovulação, por ser um fenômeno variável de pessoa para pessoa, e até na mesma pessoa, em diferentes períodos. →Muco Cervical ou Billings: -Assim como no método da tabelinha, este também exige que a mulher não tenha relações no seu período fértil. Para detectar seu período fértil, a mulher precisa observar e reconhecer o tipo de secreção presente no colo do útero. -O muco cervical é uma secreção produzida pelo colo do útero, que umedece a vagina → Ele varia de aparência em cada período do ciclo menstrual →Aprendendo essas diferenças, é possível saber qual é o período fértil -Assim como no método da tabelinha, este também exige que a mulher não tenha relações no seu período fértil → Para detectar seu período fértil, a mulher precisa observar e reconhecer o tipo de secreção presente no colo do útero. →Temperatura Basal: -Esse método é baseado na alteração térmica que o corpo apresenta quando ocorre a ovulação. SOI V – APG ISABELLA PEREIRA -A temperatura se eleva devido ao aumento da progesterona → Por ocasião da ovulação acontece uma ligeira queda na temperatura corpórea e após há uma elevação de aproximadamente entre 0,3 e 0,8o C em relações às medidas basais (as da primeira fase do ciclo) -A temperatura deve ser tomada sempre no mesmo local: na boca ou na vagina, depois se deve anotar as temperaturas diariamente e construir um gráfico. Método intrauterino: →DIU (dispositivo intrauterino): -É um objeto plástico flexível em forma de T, que pode ser adicionado cobre ou hormônios. -É inserido dentro do útero pela vagina e evita a gravidez. -Pode ser retirado quando a mulher desejar ou caso venha provocar algum problema. -A mulher deve periodicamente verificar se o DIU está no lugar, principalmente depois da menstruação, pois ocasionalmente ele pode se deslocar ou ser expelido. -DIU de cobre, que é um pequeno dispositivo em forma de T que pode ser usado por um período de 7 a 10 anos. Não tem hormônio. É 99% eficiente na prevenção da gravidez. Onde braços do T contêm algum cobre, o que interrompe a fertilização ao prevenir que o esperma passe pelo útero em direção aos tubos de falópio →Implante hormonal -Consiste de um bastonete de plástico com 4 cm de comprimento e 2 mm de diâmetro que é colocado na face interna da parte superior do braço, por baixo da pele, assegurando uma eficácia contraceptiva durante três anos. -Implante anticoncepcional à base de hormônios contendo em um transportador de etilenovinilacetato, aprovado para 3 anos de uso. -Vai liberando lentamente progesterona que evita a liberação mensal de oócitos secundários do ovário. -O método inibe a ovulação, aumenta a viscosidade do muco cervical, inibindo a penetração do espermatozóide, e provoca atrofia do endométrio diminuindo sua espessura SOI V – APG ISABELLA PEREIRA -A sua colocação exige o recurso a anestesia local e é aplicado, pelo médico, através de uma agulha. Elimina o risco de esquecimento e é indicado para mulheres com história de anemia e de menstruações abundantes e para as que não podem ou não querem usar estrogênios. -Algumas mulheres (cerca de 20%) podem manter-se sem menstruação durante algum tempo e muitas delas consideramuma vantagem. -O implante pode ser sentido através duma palpação digita → Anel vaginal -Anel flexível colocado na vagina pela própria mulher e mantido no lugar por 3 semanas -Libera continuamente baixas doses de dois hormônios (estrogênio e prostagênio) que são absorvidos através da mucosa vaginal em doses baixas e constantes e inibem a ovulação. -Após este período deve-se dar 1 semana de pausa e colocar um novo anel. →Adesivo anticoncepcional: -Trata-se de um adesivo fino, bege, de 4 x 4 cm que deve ser colado à pele e trocado 1 vez por semana, que pode ser usado em quatro áreas do corpo, nádegas, tórax (excluindo os seios), costas ou na parte externa do membro superior. -A mulher inicia o método no primeiro dia de menstruação e fica com o contraceptivo colado à pele por sete dias consecutivos. No fim da terceira semana, ele é retirado e a mulher fica sete dias sem usar para que ocorra a menstruação. -O adesivo é uma forma recente de contracepção, mas com eficácia igual a dos anticoncepcionais orais, entre 99,3% a 99,6% e possui os hormônios (estrogênio e progestágeno) que caem diretamente na corrente sanguínea e inibem a ovulação. Em cada embalagem tem três adesivos, um para cada semana SOI V – APG ISABELLA PEREIRA