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Alterações Fisiológicas na Gravidez

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SOI V – APG ISABELLA PEREIRA 
 
 
 
 
 
Alterações física, hormonal e 
fisiológica 
Alterações fisiológicas: 
1. Sistema cardiovascular 
> Anatomia 
-O coração está aumentado na gravidez, 
devido à hipertrofia do músculo cardíaco e ao 
aumento do volume das câmaras. 
-Nos últimos estágios da gestação, o 
crescimento uterino eleva o diafragma, 
deslocando o miocárdio para cima e rodando-
o lateralmente 
-Um sopro sistólico não patológico se 
desenvolve em 90% a 95% dos pacientes. 
Pequenas ondas Q, inversão de ondas P e T 
(derivação III) e alterações na elevação do 
segmento ST podem ser observadas no 
eletrocardiograma. 
>volume sanguíneo: 
-O volume sanguíneo aumenta em 10% a 
partir da sétima semana de gestação, 
atingindo um platô em torno de 32 semanas. 
Isto corresponde a 
 
 
 
 
um aumento de 45% a 50% (1500-1600 
ml, ou 1200-1300 em volume de plasma) em 
comparação com mulheres normais não 
grávidas. 
-Está expansão em volume também permite a 
perda de sangue esperada no parto. Na 
verdade, uma mulher grávida pode perder até 
2000 ml de sangue antes de mostrar 
alterações na frequência cardíaca e pressão 
arterial. 
>Frequência Cardíaca 
-Já nas primeiras semanas de gestação 
observa- se um aumento gradativo de 
freqüência cardíaca que atinge o pico máximo 
entre as 28ª e 36ª semanas após o que retorna 
a valores menores, não voltando, 
contudo, aos níveis normais 
>pressão sanguínea 
-A pressão arterial (PA) é produto do débito 
cardíaco (DC) e da resistência vascular 
sistêmica (RVS). A pressão arterial diminui 
aproximadamente 10% em torno da sétima 
semana de gestação, atingindo um nadir no 
SOI V – APG ISABELLA PEREIRA 
ponto médio da gravidez (28 semanas) e 
retornando aos seus 
>débito cardíaco 
 
-A partir do segundo mês de gestação 
observa-se uma elevação do débito cardíaco 
que atinge um máximo de 30 - 40% entre a 
28 e 36 semana, quando se estabiliza até o 
parto. 
-Durante o trabalho de parto ocorre 
aumento do débito em torno de 30% durante 
a fase ativa e 45% no período expulsivo, 
quando comparado aos valores iniciais. 
-A elevação do débito cardíaco deve-se a um 
aumento conjunto da freqüência cardíaca e 
do volume sistólico. 
- Cada contração uterina eleva o débito em 
torno de 10 - 25%. 
- O maior aumento ocorre imediatamente 
após o nascimento, quando pode atingir até 
80% dos valores iniciais. 
-Este aumento está relacionado com o 
mecanismo de autotranfusão, aumento 
do retorno venoso pela descompressão da 
cava e involução do corpo uterino. 
A partir desta fase, o débito cardíaco 
diminui gradativamente voltando aos 
valores normais, em aproximadamente duas 
semanas 
>Resistência Vascular Sistêmica 
-A resistência vascular sistêmica (RVS) 
começa a diminuir a partir de 5 semanas de 
gestação (10%), atingindo o ponto mais baixo 
de aproximadamente 35% (980 
dinas/seg/cm) abaixo do valor basal, entre 14 
e 24 semanas. 
-A vasodilatação associada ao circuito 
placentário de baixa resistência provoca uma 
diminuição na RVS. 
-Uma queda na resistência vascular 
pulmonar também aparece, mas sem 
alterações na pressão arterial pulmonar. A 
RVS permanece constante até a 32a. semana, 
aumentando subsequentemente até atingir os 
valores normais pré-gestacionais no termo. 
-Tal modificação fisiológica aumenta a oferta 
de oxigênio e dissipa o calor gerado pelo 
aumento do metabolismo materno e fetal. 
- Após a dequitação, os valores da resistência 
vascular periférica voltam praticamente aos 
níveis basais. 
SOI V – APG ISABELLA PEREIRA 
2. Sistema respiratório: 
-Durante a gravidez observa-se 
ingurgitamento capilar venoso nas vias 
aéreas superiores, podendo causar 
modificações na voz e dificultando a 
respiração, principalmente próximo ao 
termo, o que se intensifica nas cardiopatas e 
toxêmicas 
-As manobras de laringoscopia, intubação 
traqueal e até mesmo, a simples colocação de 
cateter e cânulas, devem ser feitas com extremo 
cuidado e delicadeza, a fim de se evitarem 
traumatismos e sangramentos. 
-O volume corrente e a ventilação minuto são 
aumentados, a capacidade residual funcional 
diminui, iniciando entre 16 e 24 semanas de 
gestação e continuando até o termo. 
-A dispnéia é comum durante a gravidez, 
ocorrendo em 60% a 70% das gestantes 
saudáveis. 
-O consumo de oxigênio aumenta de 30 a 50 
ml / min, dois terços dos quais cobrem os 
requisitos adicionais da mãe (principalmente o 
rim) e um terço para a placenta e o feto. 
>Caixa Torácica 
 
-O crescimento uterino eleva o diafragma, 
determinando, a partir do último trimestre, 
uma diminuição do diâmetro vertical da caixa 
torácica de até 4 cm; isto é contrabalançado 
com o aumento de 2 cm no diâmetro ântero-
posterior e transverso. 
-Consequentemente ocorre um aumento de 5 a 
7 cm da circunferência da caixa torácica1. 
Ao contrário do que inicialmente se acreditava, 
o diafragma continua a movimentar-se 
livremente mesmo próximo do termo. 
- Contudo, ao final da gestação observa-se 
diminuição da respiração abdominal em 
favor do aumento da torácica 
3. Modificações Hematológicas 
 
-A partir da 8ª semana de gestação ocorre um 
rápido aumento do volume sanguíneo 
materno. 
-Observa-se um aumento de 
aproximadamente 1.500 ml, o que representa 
um aumento proporcional de 35 a 40% dos 
valores iniciais. 
-O volume plasmático aumenta de 40 ml.kg 
para 70 ml.kg no final da gestação e o volume 
das hemácias também aumentam passando de 
25 para 30 ml.kg 
SOI V – APG ISABELLA PEREIRA 
 -O aumento do volume plasmático é 
relativamente maior que o das hemácias o que 
leva a hemodiluição com aparente diminuição 
dos eritrócitos e hemoglobina. 
-Produz-se a chamada anemia fisiológica da 
gravidez ou pseudo-anemia da gravidez, que 
pode ser profilaticamente evitada 
administrando-se ferro a mãe. 
 
-Muito embora esta anemia dilucional possa 
diminuir o transporte de oxigênio, outros 
fatores como a hiperventilação materna e 
consequentemente o aumento da PO 2 arterial, 
a diminuição da viscosidade 
sanguínea, resultante da hemodiluição a 
vasodilatação e o aumento do fluxo sanguíneo 
atuam melhorando a oferta de oxigênio. 
→A grávida a termo está num estado de 
hipercoagulação devido a um aumento dos 
fatores VII, VIIl, X e do fibrinogênio 
plasmático 
4.Sistema Gastrointestinal 
-O aumento do tamanho do útero causa 
compressão extrínseca do estômago, a 
diminuição do tônus do esfíncter esofágico 
inferior, isso aumenta a acidez gástrica e o 
refluxo. 
-A diminuição da função do cárdia, 
acompanhada do aumento da secreção do suco 
gástrico observado na gravidez, propiciam a 
ocorrência de refluxo gastroesofágico que leva 
a um quadro de pirose e até mesmo de 
esofagite. 
-A hérnia hiatal é uma patologia 
que está presente em 27% das gestantes nos 
meses finais da gestação 
-Devido a ação da progesterona 
e do aumento uterino que desloca o piloro para 
cima e para trás, o esvaziamento gástrico é 
mais lento. 
-Esta situação se agrava durante o trabalho 
de parto devido à dor, à ansiedade, e ao uso de 
opióides. 
-O volume do suco gástrico pode estar 
aumentado em até 25 ml com um pH inferior a 
2,5. 
-Como a pressão do esfíncter esofágico 
inferior está diminuída e a pressão 
intragástrica está muito elevada, a 
possibilidade de regurgitação é muito 
grande, principalmente quando o decúbito 
dorsal for adotado. 
 
SOI V – APGISABELLA PEREIRA 
5.Modificações no Sistema Nervoso Central 
-Por ocasião da gravidez, a administração 
por via raquidiana ou epidural de um 
anestésico local deve ser menor que aquela 
habitualmente utilizada para obter-se o 
mesmo nível de bloqueio sensitivo na não 
grávida. 
-Acreditava-se que esta redução se devia a um 
aumento da pressão intra-abdominal, que 
dificultava o retorno venoso via cava inferior, 
levando indiretamente ao ingurgitamento das 
veias epidurais e consequentemente à redução 
do volume do espaço epidural e subaracnóideo. 
6. Modificações Renais 
-O fluxo plasmático renal e a filtração 
glomerular elevam-se rapidamente durante 
o primeiro trimestre de gestação, atingindo 
no quarto mês valores de até 50% daqueles 
observados nas não grávidas. 
-Durante o último trimestre, estes valores 
decrescem lentamente em direção aos valores 
normais. 
-Os sistemas coletores estão dilatados logo no 
primeiro trimestre. A obstrução mecânica 
também é um fator à medida em que o útero 
aumenta. 
-O grau de dilatação do trato urinário é 
mais pronunciado à direita do que à esquerda, 
presumivelmente porque o útero é girado para 
a direita. 
-A compressão ureteral resulta em estase 
urinária que predispõe a gestante a 
desenvolver infecções, nefrolitíase e pielonefrite. 
Alterações na função renal são devidas a um 
aumento no fluxo sanguíneo renal (de 35% a 
60%), o que causa um aumento de 40% a 
50% na taxa de filtração glomerular. 
-A creatinina sérica normal na gravidez é 
cerca de metade do valor normal 
da não-gestante: um nível > 0,8 mg/dl indica 
insuficiência da função renal. 
 
-A glicosúria é comum na gravidez por causa 
do aumento da taxa de filtração glomerular e 
da reabsorção prejudicada da glicose na alça 
de Henle e no túbulo coletor. Não indica 
necessariamente diabetes. 
-Nos últimos meses, observa-se uma 
dilatação dos cálices renais, pelve e ureteres, 
devida a ação da progesterona. 
-Mais tarde, o crescimento uterino, que 
comprime as estruturas da pelve também 
contribui para a dilatação, responsável pela 
SOI V – APG ISABELLA PEREIRA 
estase urinária que frequentemente leva a 
infecção do trato urinário durante 
a gravidez. 
7. Modificações Hepáticas 
-A atividade da colinesterase sérica está 
reduzida em torno de 24% antes do parto e de 
até 33% nos três primeiros dias do puerpério 
-Apesar disto, a constatação de um 
prolongamento do bloqueio neuromuscular. 
-Observa-se, durante a gestação, uma 
elevação dos níveis séricos das transaminases 
e do colesterol e em 80% das gestantes ocorre 
uma alteração no teste de excreção da 
bromosulfaleína, o que não indica 
necessariamente doença hepática. 
-O nível plasmático das bilirrubinas e o fluxo 
sanguíneo hepático permanecem inalterados. 
-Há uma diminuição sérica das taxas de 
proteínas totais e da relação 
albumina/globulina. 
Física: 
➔ Mamas: 
- O aumento de volume das mamas na 
gravidez está diretamente associado ao 
processo de amamentação. 
-Amamentação são destacadas: a além das 
implicações do aleitamento materno para a 
saúde da mulher, dentre as quais, a 
amenorreia pós-parto e, consequentemente, 
maior espaçamento intergestacional 
Hormônios: 
- A placenta sintetiza dois tipos diferentes de 
hormônios, os peptídicos e os esteroides. 
Dentre os peptídicos estão: 
- o hormônio gonadotropina coriônica 
(HCG), o hormônio somatotropina 
placentária e a tireotropina placentária. 
- Os esteroides produzidos são o estrógeno, a 
progesterona e os andrógenos. O HCG 
estimula o corpo lúteo, responsável pela 
produção de estrógeno e progesterona. Além 
disto, impede a rejeição do tecido fetal. 
-A somatotropina placentária possui 
propriedades lactogênicas → Juntamente com 
o HCG, auxilia na manutenção da 
integridade anátomo-funcional do corpo 
lúteo→ Promove o crescimento fetal e age sobre 
o metabolismo de glicose e gordura da mãe, 
diminuindo a utilização materna da glicose 
para desviar essa substância para o feto, e 
aumentando a mobilização de ácidos graxos 
maternos, para que a mãe possa utilizá-los 
SOI V – APG ISABELLA PEREIRA 
como forma de energia ao invés da glicose 
-Durante a gestação, a progesterona inibe a 
musculatura uterina, impedindo a expulsão do 
feto, inibe respostas de linfócitos T (impedindo 
a rejeição tissular), além de promover depósito 
de nutrientes nas mamas para a formação do 
leite → Como ela promove a redução do tônus 
de músculos lisos, pode ocorrer diminuição do 
peristaltismo, náuseas, constipação, 
dilatação de veias, estase de urina, diminuição 
da pressão diastólica e redução da tensão na 
pressão intra-alveolar e arterial (causando 
hiperventilação). 
- Os estrógenos são responsáveis pelo 
crescimento da musculatura e aumento da 
vascularização uterina, pelo relaxa- 
mento dos ligamentos pélvicos e dilatação dos 
órgãos sexuais externos, pelo aumento no 
tamanho das glândulas mamárias e pelo 
aumento nos níveis de prolactina. 
-O cortisol produzido pela suprarrenal 
é o glicocorticoide mais importante. 
-A aldosterona é um hormônio hipertensor 
secretado pelo córtex supra-renal sob ação da 
angiotensina II. O aumento de aldosterona 
pode ocorrer para contrabalancear o efeito 
natriurético da progesterona, ajudando a 
eliminar sódio e água, aumentando a oferta 
destes para o feto →Durante a gravidez há 
aumento no processo de formação de glicose, o 
que faz o pâncreas produzir mais insulina, e 
assim manter o metabolismo dos carboidratos 
normal. Apesar do aumento da insulina, não 
há aumento de receptores, o que provoca uma 
resistência periférica, ou seja, diminui seu 
aproveitamento 
- O glucagon é um hormônio catabólico 
produzido pelo pâncreas, com grande 
atividade glicogenolítica, gliconeogênica e 
lipolítica, contrapondo-se à ação da insulina. 
Conforme a gravidez vai desenvolvendo-se, 
diminui sua concentração plasmática, 
principalmente quando a gestante está em 
jejum. 
- A glândula tireoide sofre algumas 
alterações durante a gestação. A tireoide 
secreta dois hormônios, a triiodotironina (T3) 
e tetraiodotirosina (T4) e é influenciado pelo 
TSH (hormônio estimulante da tireoide) 
Observa-se aumento no metabolismo basal 
da mãe e do feto (juntos aumentam em até 
25%), que recorre em gasto médio de 300 
quilocalorias por dia . Isso ocorre a partir do 
terceiro mês, até o último trimestre. As 
alterações da tireoide na gestação é importante 
SOI V – APG ISABELLA PEREIRA 
lembrar do eutireoidismo ou hipertireoidismo 
fisiológico da gravidez → Ocorre que as 
alterações hormonais causam hipervolemia, 
aumento na velocidade da circulação 
sanguínea, aumento da frequência cardíaca, 
diminuição da tolerância ao calor, 
extrassístoles, dispneia, ansiedade, entre 
outros sintomas muito semelhantes ao do 
hipertireoidismo não fisiológico → Doenças 
tireoidianas afetam 10% das mulheres e 
podem causar alto risco materno. O 
hipertireoidismo acomete 0,2% das gestantes. 
Já o hipotireoidismo durante a gravidez é 
mais incomum partos já que está associado à 
infertilidade. 
- A prolactina tem sua quantidade 
aumentada em até cinco vezes no primeiro 
trimestre, e vai dobrando nos trimestres 
seguintes → Suas funções são induzir e manter 
a lactação, promovendo a secreção de leite 
pelas glândulas mamárias → Durante o parto 
há uma queda da prolactina e logo após o 
parto há um aumento imediato. 
-A ocitocina é um hormônio secretado pela 
hipófise posterior, e que tem como uma de 
suas funções provocar contrações uterinas 
Reflexo neurogênico pela glândula hipófise 
posterior que aumenta a secreçãode ocitocina, aumentando consideravelmente 
as contrações uterinas. Outra função da 
ocitocina é promover a ejeção ou “descida” do 
leite. 
- As alterações da tireoide na gestação são 
importantes lembrar do hipertireoidismo 
fisiológico da gravidez. Ocorre que as 
alterações hormonais causam hipervolemia, 
aumento na velocidade da circulação 
sanguínea, aumento da frequência cardíaca, 
diminuição da tolerância ao calor, 
extrasístoles, dispneia, ansiedade, entre outros 
sintomas muito semelhantes ao do 
hipertireoidismo não fisiológico 
→ Doenças tireoidianas afetam 10% das 
mulheres e podem causar alto risco materno 
>O hipertireoidismo acomete 0,2% das 
gestantes. Já o hipotireoidismo durante a 
gravidez é mais incomum (1/1600-2000) 
partos já que está associado à infertilidade. 
-As paratireóides são glândulas importantes 
para o metabolismo do cálcio e do fosfato nos 
tecidos e fluidos orgânicos, atuando em 
paralelo à função dos sistemas urinário e 
digestório → Durante a gestação elas 
tornam-se hiperplásicas e hiperfuncionantes, 
aumentando a concentração plasmática 
do paratormônio, já que há feedback com o 
SOI V – APG ISABELLA PEREIRA 
cálcio circulante→Se houver insuficiência das 
paratireóides, pode ocorrer excitabilidade 
muscular aumentada e assim, a gestante pode 
desenvolver câimbras. 
Diagnostico e fatores de risco na 
gravidez 
Fatores de risco 
- Fatores de risco: Os fatores de risco são 
condições ou aspectos biológicos, psicológicos 
ou sociais associados estatisticamente a 
maiores probabilidades futuras de morbidade 
ou mortalidade. 
-Podem ser agrupados de acordo com as 
características individuais da mulher, seus 
comportamentos e estilos de vida, a influência 
das redes sociais e comunitárias, as 
condições de vida e trabalho e a possibilidade 
de acesso a serviços, relacionando-se com o 
ambiente mais amplo de natureza econômica, 
cultural e econômica. 
→ e complicações gestacionais como 
hipertensão arterial, diabetes gestacional, 
alteração da função cardíaca, doença 
hipertensiva específica da gravidez, entre 
outras, estão, comumente, relacionadas ao 
sobrepeso e obesidade na gravidez; 
complicações fetais, como baixo peso do recém-
nascido e retardo do crescimento intra-
uterino, estão relacionadas à má-nutrição. 
- Os marcadores e fatores de risco 
gestacionais presentes anteriormente à 
gestação se dividem em: 
1. Características individuais e condições 
sociodemográficas desfavoráveis: 
- Idade maior que 35 anos; 
- Idade menor que 15 anos ou menarca há 
menos de 2 anos*; 
- Altura menor que 1,45m; 
- Peso pré-gestacional menor que 45kg e 
maior que 75kg (IMC<19 e IMC>30); 
- Anormalidades estruturais nos órgãos 
reprodutivos; 
- Situação conjugal insegura; 
- Conflitos familiares; 
- Baixa escolaridade; 
- Condições ambientais desfavoráveis; 
- Dependência de drogas lícitas ou ilícitas; 
- Hábitos de vida – fumo e álcool; 
- Exposição a riscos ocupacionais: esforço 
físico, carga horária, rotatividade de horário, 
exposição a agentes físicos, químicos e 
biológicos nocivos, estresse. 
 
 
SOI V – APG ISABELLA PEREIRA 
Diagnóstico Clínico 
Os sintomas da gravidez podem ser divididos 
em sinais de presunção, sinais de 
probabilidade e sinais de certeza: 
Sinais de Presunção: 
• 4 semanas – Amenorréia: é o sinal mais 
precoce! 
• 5 semanas – Náuseas e Congestão 
Mamária 
• 6 semanas – Polaciúria 
• 8 semanas – A aréola primária se torna 
mais pigmentada e surgem os Tubérculos 
de Montgomery (projeções secundárias 
representadas por glândulas mamárias 
acessórias e glândulas sebáceas 
hipertrofiadas) 
• 16 semanas – Produção de colostro e 
surgimento da Rede de Haller (aumento 
da circulação venosa) 
• 20 semanas – Sinal de Hunter (surge a 
aréola secundária, que aumenta a 
pigmentação em volta do mamilo) 
Sinais de Probabilidade: 
• 6-12 semanas – Alterações do muco 
cervical: o aumento na concentração de 
progesterona, típico do início da gestação, 
reduz a quantidade de sódio presente no 
muco cervical, que perde o aspecto 
arboriforme quando cristalizado por 
desidratação. 
• 8 semanas – 
→Sinal de Hégar (útero adquire 
consistência cística, elástico-pastosa, 
principalmente no istmo); 
→Sinal de Piskacek (assimetria uterina: o 
útero se desenvolve mais no ponto de 
implantação); 
→Sinal de Nobile-Budin (ocupação do 
fundo de saco vaginal, perceptível pelo 
toque bimanual); 
→Sinal de Osiander (percepção dos 
batimentos do pulso vaginal nos fundos de 
saco); 
→Sinal de Jacquemier ou de Chadwick 
(coloração violácea da mucosa da vulva); 
→Sinal de Kluge (coloração violácea da 
mucosa da vagina) 
• 12 semanas – Aumento do volume uterino: 
o útero gravídico se torna palpável logo 
acima da sínfise púbica 
• 16 semanas – Aumento do volume 
abdominal 
Sinais de Certeza: 
SOI V – APG ISABELLA PEREIRA 
• 14 semanas – Sinal de Puzos (rechaço 
fetal intrauterino após impulsionar o 
feto com os dedos no fundo de saco 
anterior) 
• 18 semanas – Percepção e palpação 
dos movimentos ativos do feto e dos 
segmentos fetais pelo médico 
• 20 semanas – Ausculta dos batimentos 
cardiofetais através do estetoscópio de 
Pinard. A ausculta já é possível a partir 
de 10 semanas através do sonar 
Doppler, e é considerada o mais 
fidedigno dos sinais de gravidez. 
Métodos contraceptivos 
-A realidade da anticoncepção para a mulher 
brasileira tem suscitado discussões diversas 
nos últimos anos, as quais envolvem desde 
aspectos sociais – pois as mulheres estão 
inseridas em um quadro de desigualdade de 
direitos, de oportunidades e de recursos 
financeiros – até aspectos políticos, uma vez 
que os programas de atenção a sua saúde não 
estão efetivamente implementados 
Método de Barreira: 
-Esses métodos evitam a entrada do esperma 
no útero e alguns protegem das IST. Também 
são indicados para as mulheres que não 
podem tomar hormônios 
 
→Preservativo Masculino: 
 
-É um dos métodos anticoncepcionais que tem 
um papel importante na prevenção, pois além 
de evitar a gravidez, impedindo que os 
espermatozóides . 
-É recomendado pelos órgãos de saúde 
devido a sua eficácia na prevenção, é o único 
método comprovado para prevenir as 
ISTs, inclusive o HIV/Aids. 
- Alguns cuidados na colocação aumentam a 
eficácia desse preservativo. 
-É importante segurar a ponta da camisinha 
durante a colocação, deixando uma parte 
vazia, sem ar, para que o esperma fique 
depositado ali depois da ejaculação. Caso 
contrário, a camisinha poderá estourar ou o 
esperma subir para a base do pênis e entrar 
em contato com o corpo feminino → Deve ser 
usada somente uma vez e é preciso observar 
também os cuidados com o descarte. 
 
-Algumas são lubrificadas com silicone ou 
lubrificante à base de água, outras são 
revestidas com espermicidas além do 
lubrificante. 
SOI V – APG ISABELLA PEREIRA 
-Não podem ser utilizados com 
lubrificantes à base de óleo, devido ao risco de 
degradar a borracha. 
-Apesar de ser o método mais adotado no 
mundo, o uso regular da camisinha ainda é 
insuficiente. 
-A camisinha masculina é o método 
contraceptvo mais simples. 
-Tem baixo custo, e acesso relativamente fácil 
para todas as camadas da sociedade, não 
exige prescrição médica podendo ser adquirido 
em supermercados, farmácias e outros 
estabelecimentos comerciais, ou distribuído 
pelo governo. 
→Preservativo Feminino: 
-camisinha feminina é feita de um tipo de 
borracha, plástico ou poliuretano, 
com anéis flexíveis nas duasextremidades, um 
deles fechado e deve ser colocado 
no interior da vagina que impedem que os 
espermatozóides possam chegar às tubas 
uterinas. O outro é aberto e deve ficar do lado 
de fora protegendo os pequenos e 
grandes lábios 
 
→ Diafragma: 
-O diafragma é um anel de metal flexível, 
recoberto por uma membrana de borracha 
fina, de forma côncava. 
-Como uma barreira, é introduzido pela 
mulher na vagina, sobre o colo do útero antes 
da relação sexual. 
-Deve ser colocado imediatamente antes da 
relação sexual ou com até 6 horas 
de antecedência e só pode ser retirado de 6 a 8 
horas depois da última ejaculação. 
-O espermicida colocado no diafragma só é 
atuante para uma ejaculação. 
-Quando na relação sexual houver mais de 
uma ejaculação, deve-se recolocar 
espermicida na vagina, com a ajuda de um 
aplicador. Isso deve ser feito sem mexer 
no diafragma. Recomenda-se a utilização do 
diafragma juntamente com pomada 
espermicida para aumentar a sua eficácia. 
Métodos hormonais ou químicos: 
-Geralmente são uma mistura de derivados 
sintéticos de estrogênios e progesterona, que 
inibem o aumento de LH (responsável pela 
ovulação) impedindo a concepção por inibir a 
ovulação pelo bloqueio da liberação de 
gonadotrofinas pela hipófise. Algumas pílulas 
contêm apenas derivados da progesterona. 
SOI V – APG ISABELLA PEREIRA 
→Anticoncepcionais Orais (pílulas): 
-Os anticoncepcionais hormonais orais, 
também conhecidos como pílulas 
anticoncepcionais, são comprimidos que 
contém hormônios esteroides isolados ou em 
associação com outros hormônios. Sua 
finalidade básica é impedir a concepção. 
-Pílula anticoncepcional é considerada um dos 
melhores métodos de prevenção de uma 
gravidez indesejada. 
-São comprimidos feitos com substâncias 
químicas semelhantes aos hormônios 
estrogênio ou progesterona do corpo da 
mulher. Este método evita a gravidez de 
diferentes maneiras: as pílulas impedem a 
ovulação, evitam a nidação e engrossam o 
muco fértil, atrapalhando assim a 
passagem dos espermatozóides. 
-Os hormônios presentes na pílula impedem a 
ovulação e, consequentemente, a gravidez. 
-Existem diferentes tipos de pílulas é só o 
ginecologista pode avaliar corretamente as 
mulheres que podem, e as que não podem usar 
este método, além de escolher o tipo ideal para 
cada mulher. 
-Diferente da pílula combinada, a mini-pílula 
tem somente o hormônio progestina 
(progestágeno sintético), e não estrogênio mais 
progestina→ Tomada diariamente, a mini-
pílula reduz e engrossa o muco cervical para 
prevenir que o esperma alcance o óvulo. Ela 
também impede o ovo fertilizado de 
implantar-se no útero 
-A mini-pílula ainda diminui o fluxo da 
menstruação e protege contra câncer 
endometrial e de ovário. 
-Mulheres amamentando podem usar a mini-
pílula porque ela não afeta o suprimento de 
leite. 
-A mini-pílula é uma boa opção para 
mulheres que não podem tomar estrogênio ou 
que têm risco de coágulos sanguíneos. 
Se usada corretamente, a eficiência da mini-
pílula é de 95-99,9% na prevenção da 
gravidez. Precisa de orientação médica para 
certificar-se que não terá problemas 
→Pílula Vaginal 
→Anticoncepcionais Injetáveis: 
-Os anticoncepcionais injetáveis são injeções 
de hormônios semelhantes àqueles que o 
ovário produz. 
-Contém progesterona ou associação de 
estrogênios, para administração 
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intramuscular, com doses hormonais de longa 
duração. 
-Eles agem evitando a ovulação. Devem ser 
aplicados a cada 30 dias, ou a cada 3 meses, 
conforme a composição. Mas podem provocar 
muita irregularidade no ciclo menstrual 
 
 
-Métodos reversíveis naturais 
Métodos comportamentais 
 
-São métodos que exigem disciplina e 
planejamento, pois depende do 
reconhecimento do período fértil da mulher 
para obter ou evitar a gravidez. 
Também são conhecidos como métodos de 
abstinência periódica ou métodos naturais. 
-A maior ou menor eficácia desses métodos 
depende da identificação dos 
sinais da ovulação (aproximadamente 14 dias 
antes do início da menstruação), do período 
fértil da mulher, de disciplina, e da adesão ao 
uso do método, que depende da colaboração de 
ambos os parceiros. 
 
-Contudo, é muito difícil determinar quando 
ocorre a ovulação, por ser 
um fenômeno variável de pessoa para pessoa, e 
até na mesma pessoa, em 
diferentes períodos. 
 
→Muco Cervical ou Billings: 
-Assim como no método da tabelinha, este 
também exige que a mulher não tenha relações 
no seu período fértil. Para detectar seu período 
fértil, a mulher 
precisa observar e reconhecer o tipo de secreção 
presente no colo do útero. 
-O muco cervical é uma secreção produzida 
pelo colo do útero, que umedece 
a vagina → Ele varia de aparência em cada 
período do ciclo menstrual →Aprendendo 
essas diferenças, é possível saber qual é o 
período fértil 
-Assim como no método da tabelinha, este 
também exige que a mulher não 
tenha relações no seu período fértil → Para 
detectar seu período fértil, a mulher 
precisa observar e reconhecer o tipo de secreção 
presente no colo do útero. 
→Temperatura Basal: 
-Esse método é baseado na alteração térmica 
que o corpo apresenta quando ocorre a 
ovulação. 
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-A temperatura se eleva devido ao aumento da 
progesterona → Por ocasião da ovulação 
acontece uma ligeira queda na temperatura 
corpórea e após há uma elevação de 
aproximadamente entre 0,3 e 0,8o C em 
relações às medidas basais (as da primeira 
fase do ciclo) 
-A temperatura deve ser tomada sempre no 
mesmo local: na boca ou na vagina, depois se 
deve anotar as temperaturas diariamente e 
construir um gráfico. 
Método intrauterino: 
→DIU (dispositivo intrauterino): 
-É um objeto plástico flexível em forma de T, 
que pode ser adicionado cobre ou hormônios. 
-É inserido dentro do útero pela vagina e evita 
a gravidez. 
-Pode ser retirado quando a mulher desejar 
ou caso venha provocar algum problema. 
-A mulher deve periodicamente verificar se o 
DIU está no lugar, principalmente depois da 
menstruação, pois ocasionalmente ele pode se 
deslocar ou ser expelido. 
-DIU de cobre, que é um pequeno dispositivo 
em forma de T que pode ser 
usado por um período de 7 a 10 anos. Não tem 
hormônio. É 99% eficiente na prevenção da 
gravidez. Onde braços do T contêm algum 
cobre, o que interrompe a fertilização ao 
prevenir que o esperma passe pelo útero em 
direção aos tubos de falópio 
 
→Implante hormonal 
-Consiste de um bastonete de plástico com 4 cm 
de comprimento e 2 mm de diâmetro que é 
colocado na face interna da parte superior do 
braço, por baixo da pele, assegurando uma 
eficácia contraceptiva durante três anos. 
 
-Implante anticoncepcional à base de 
hormônios contendo em um transportador de 
etilenovinilacetato, aprovado para 3 anos de 
uso. 
-Vai liberando lentamente progesterona que 
evita a liberação mensal de oócitos 
secundários do ovário. 
-O método inibe a ovulação, aumenta a 
viscosidade do muco cervical, inibindo 
a penetração do espermatozóide, e provoca 
atrofia do endométrio diminuindo sua 
espessura 
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-A sua colocação exige o recurso a anestesia 
local e é aplicado, pelo médico, através de uma 
agulha. Elimina o risco de esquecimento e é 
indicado para mulheres com história de 
anemia e de menstruações abundantes e para 
as que não podem ou não querem usar 
estrogênios. 
-Algumas mulheres (cerca de 20%) podem 
manter-se sem menstruação durante algum 
tempo e muitas delas consideramuma 
vantagem. 
-O implante pode ser sentido através duma 
palpação digita 
→ Anel vaginal 
-Anel flexível colocado na vagina pela própria 
mulher e mantido no lugar por 3 
semanas 
-Libera continuamente baixas doses de dois 
hormônios (estrogênio e prostagênio) que são 
absorvidos através da mucosa vaginal em 
doses baixas e constantes e inibem a ovulação. 
-Após este período deve-se dar 1 semana 
de pausa e colocar um novo anel. 
→Adesivo anticoncepcional: 
 
-Trata-se de um adesivo fino, bege, de 4 x 4 cm 
que deve ser colado à pele e 
trocado 1 vez por semana, que pode ser usado 
em quatro áreas do corpo, nádegas, 
tórax (excluindo os seios), costas ou na parte 
externa do membro superior. 
-A mulher inicia o método no primeiro dia de 
menstruação e fica com o contraceptivo colado 
à pele por sete dias consecutivos. No fim da 
terceira semana, ele é retirado e a mulher fica 
sete dias sem usar para que ocorra a 
menstruação. 
-O adesivo é uma forma recente de 
contracepção, mas com eficácia igual a 
dos anticoncepcionais orais, entre 99,3% a 
99,6% e possui os hormônios (estrogênio 
e progestágeno) que caem diretamente na 
corrente sanguínea e inibem a ovulação. 
Em cada embalagem tem três adesivos, um 
para cada semana 
 
 
 
 
 
 
 
 
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