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23 0 UNIVERSIDADE VEIGA DE ALMEIDA GESTÃO DE RECURSOS HUMANOS KAREN REGINA MOURA TORRES ESTRESSE OCUPACIONAL RIO DE JANEIRO 2021 KAREN REGINA MOURA TORRES ESTRESSE OCUPACIONAL Trabalho apresentado a disciplina Higiene, segurança e qualidade de vida no trabalho, no curso Gestão de Recursos Humanos da Universidade Veiga de Almeida, como requisito para compor a nota A1 da disciplina. Professor: Rafael Oliveira da Mota RIO DE JANEIRO 2021 Estresse Atualmente, pode-se dizer que a vida das pessoas é voltada para organização a qual trabalham, permitindo que surja uma das doenças mais comuns do século XXI: o Estresse. Pesquisas mostram que cerca 70% da população sofre com o estresse ocupacional, um número alto e que vem crescendo a cada dia. Segundo levantamento realizado pela Associação Internacional do Controle do Estresse, ISMA (International Stress Management Association), o Brasil é o segundo país do mundo com níveis de estresse altíssimos (BITTENCOURT, 2010). Estresse ocupacional: O estresse relacionado ao trabalho inclui um conjunto de fenômenos e sintomas relacionados ao estresse, que se manifestam no ambiente de trabalho. É uma sensação peculiar de desequilíbrio entre o trabalho e o estado emocional dos funcionários, que pode ser causado pelo medo do fracasso, cansaço físico e mental, falta de apoio por parte dos seus superiores, ambiente de trabalho competitivo, longas jornadas de trabalho, dentre outros. As empresas hoje são mais competitivas, levando os funcionários a buscar metas mais altas, impulsionando as vendas e prejudicando cada vez mais sua saúde, dificultando o equilíbrio entre vida profissional e pessoal, corroendo a saúde de ambas as partes. Fatores que levam ao estresse ocupacional: Muitas são as abordagens que buscam entender e explicar o estresse, mas os principais fatores de consenso na literatura, que estão associados com reações de estresse ocupacional, são divididos em seis grupos, conforme explica Rout e Rout (2002) apud Matirns (2011): 1. Fatores intrínsecos ao trabalho: envolvem condições inadequadas de trabalho, turno, carga horária, remuneração, viagens, riscos, nova tecnologia e quantidade de trabalho; 2. Estressores relacionados ao papel no trabalho: envolvem tarefas ambíguas, conflitos na execução de tarefas e grau de responsabilidade; 3. Relações no trabalho: envolvem relações difíceis com o chefe, colegas, clientes e subordinados; 4. Estressores da carreira: envolvem falta de perspectiva de desenvolvimento, insegurança devido a reorganizações funcionais ou crises que afetam o emprego; 5. Estrutura organizacional: envolve falta de participação em decisões, estilos problemáticos de gerenciamento e pobre comunicação no trabalho; 6. Interface trabalho-casa: envolve os problemas que surgem da relação de conflito entre as exigências do trabalho e familiares. Fases do estresse ocupacional: O estresse possui 4 fases: o alerta, a resistência, a quase exaustão e a exaustão. (LIPP; MALAGRIS; NOVAIS, 2007) Cada uma das fases do estresse apresenta sintomas distintos, observe: 1. Alerta: O corpo fica mais inquieto e o metabolismo acelera. Seus sintomas no local de trabalho são o aumento da produtividade e criatividade, podendo a pessoa trocar o dia pela noite. 2. Resistência: O estresse ocorre continuamente, o corpo começa a se cansar e mostrar sinais de fraqueza. Seus sintomas no local de trabalho são a produtividade e a criatividade voltando ao normal, mas às vezes não conseguindo obter novas ideias. 3. Quase Exaustão: Quando a tensão excede um limite gerenciável, a pessoa começa a experimentar uma mudança emocional. Seus sintomas no local de trabalho são a produtividade e criatividade severamente reduzidas, só conseguindo lidar com as tarefas diárias, mas não sendo criativo ou tendo ideias originais. 4. Exaustão: O corpo não aguenta mais o estresse e os transtornos mentais que começam a aparecer. Seus sintomas no local de trabalho são não poder trabalhar normalmente, não tendo produção, fica incapaz de se concentrar ou tomar decisões. O trabalho perde o interesse. Síndrome de burnout: A Síndrome de Burnout ou síndrome do esgotamento profissional é decorrente de um esgotamento físico e mental, caracterizado pelo estresse crônico no trabalho, alimentado pelo contato direto com outras pessoas que estão passando por dificuldades. Os sintomas da doença são, geralmente, fortes dores de cabeça, tonturas, muita falta de ar, alteração de humor, dificuldade de concentração e problemas digestivos. Já os sintomas físicos iniciais serão semelhantes aos do episódio estressante, como dor na coluna, costas e no pescoço. Técnicas de enfrentamento do estresse no trabalho: Algumas estratégias proporcionam alívio temporário do estresse e podem não ser apropriadas a longo prazo. Outros métodos são ineficazes porque o estressor não é eliminado e sua recorrência não pode ser evitada. No entanto, estratégias que focam nas emoções e nos problemas são mais eficazes, pois o indivíduo lida diretamente com o estressor, reduzindo sua necessidade. Portanto, a redução do estresse ocupacional está relacionada a diversos aspectos, como alimentação, relaxamento, exercício físico, estabilidade emocional e qualidade de vida no trabalho, entre outros, que devem ser considerados em conjunto para se obter o resultado desejado. (REGIS FILHO,2004) · Atitude Zen 1: Identificar a causa do estresse, ao se sentir cansado ou estressado, tome nota das causas, dos seus pensamentos e humor. · Atitude Zen 2: Construir relacionamentos fortes, eles serão capazes de oferecer o apoio emocional e o suporte necessários para que você possa enfrentar as causas do estresse. · Atitude Zen 3: Afaste-se quando estiver com raiva, antes de reagir com raiva a um fator estressor no ambiente de trabalho, respire e conte até 10. Reconsidere suas ações. · Atitude Zen 4: Descansar a mente, pesquisas indicam que atividades físicas, yoga e meditação não somente ajudam a reduzir o estresse, como aumentam as defesas do sistema imunológico. · Atitude Zen 5: Peça ajuda, ao continuar se sentindo cansado e oprimido em seu ambiente de trabalho, procure a ajuda de um psicólogo ou profissional da área de saúde mental. Considerações finais: É notável que as organizações contem com o trabalho de um médico profissional para identificar os problemas existentes e auxiliar recomendando ou encaminhando funcionários que apresentem sinais de estresse para determinados tratamentos alternativos, por serem menos invasivos e menos arriscados. Portanto, é mais benéfico para a organização que o funcionário mantenha um equilíbrio emocional e físico, tornando-o mais produtivo não só na empresa, mas também em sua vida pessoal. Referencias: Uncisal: E-book, tudo zen com você no trabalho? https://mestrado.uncisal.edu.br/wp-content/uploads/2018/11/e-book-Tudo-Zen-com-voc%C3%AA-A4.pdf Recape: Revista de Carreiras e Pessoas – artigo sobre estresse ocupacional file:///C:/Users/ponto%20frio/Downloads/29361-Texto%20do%20artigo-77870-1-10-20160831.pdf
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