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INTRODUÇÃO À 
ENGENHARIA DE 
SEGURANÇA DO 
TRABALHO
Indaial - 2020
UNIASSELVI-PÓS
 1ª Edição
Autoria: Me. Josamar Gomes da Silva Junior
CENTRO UNIVERSITÁRIO LEONARDO DA VINCI
Rodovia BR 470, Km 71, no 1.040, Bairro Benedito
Cx. P. 191 - 89.130-000 – INDAIAL/SC
Fone Fax: (47) 3281-9000/3281-9090
Reitor: Prof. Hermínio Kloch
Diretor UNIASSELVI-PÓS: Prof. Carlos Fabiano Fistarol
Equipe Multidisciplinar da Pós-Graduação EAD: 
Carlos Fabiano Fistarol
Ilana Gunilda Gerber Cavichioli
Jóice Gadotti Consatti
Norberto Siegel
Julia dos Santos
Ariana Monique Dalri
Marcelo Bucci
Revisão Gramatical: Equipe Produção de Materiais
Diagramação e Capa: 
Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI
Copyright © UNIASSELVI 2020
Ficha catalográfica elaborada na fonte pela Biblioteca Dante Alighieri
 UNIASSELVI – Indaial.
J95i
 Junior, Josamar Gomes da Silva
 Introdução à engenharia de segurança do trabalho. / Josamar 
Gomes da Silva Junior. – Indaial: UNIASSELVI, 2020.
 133 p.; il.
 ISBN 978-65-5646-038-3
 ISBN Digital 978-65-5646-039-0
1. Segurança do trabalho. - Brasil. II. Centro Universitário Leonar-
do Da Vinci.
CDD 363.11
Impresso por:
Sumário
APRESENTAÇÃO ............................................................................5
CAPÍTULO 1
Aspectos Gerais ............................................................................7
CAPÍTULO 2
Aspectos Técnicos ......................................................................57
CAPÍTULO 3
Gestão de Segurança do Trabalho ........................................101
APRESENTAÇÃO
Prezado pós-graduando da disciplina de Introdução à Engenharia de 
Segurança do Trabalho, o intuito deste livro didático é trazer temas básicos da 
Engenharia de Segurança do Trabalho.
A princípio, veremos uma lista de siglas de termos habitualmente falados 
pelos profissionais da área, em seguida, uma breve história da Segurança do 
Trabalho no Brasil e no mundo. Posteriormente, partiremos para aspectos mais 
técnicos e, por fim, aprenderemos conceitos básicos de uma gestão de segurança 
do trabalho.
Desta forma, esperamos uma familiarização dos termos e aspectos técnicos 
com a finalidade de deixá-lo mais à vontade nas disciplinas mais específicas.
Seja bem-vindo! 
Bons estudos!
Prof. Me. Josamar Gomes da Silva Junior
CAPÍTULO 1
ASPECTOS GERAIS
A partir da perspectiva do saber fazer, neste capítulo você terá os seguintes 
objetivos de aprendizagem:
 descrever conceitos, siglas e normas da área de segurança do trabalho;
 defi nir a introdução de gestão de segurança do trabalho, bem como os desafi os 
da área de segurança do trabalho.
8
 Introdução À Engenharia de Segurança do Trabalho
9
ASPECTOS GERAIS Capítulo 1 
1 CONTEXTUALIZAÇÃO
Iniciaremos nossos estudos entendendo como o trabalho e os cuidados com 
os trabalhadores mudaram desde a Revolução Industrial com o aparecimento 
das máquinas que faziam as atividades de várias pessoas ao mesmo tempo, 
com muita rapidez e efi ciência. Nem tudo foi só evolução. Com o aparecimento 
das máquinas, os trabalhadores fi caram mais expostos a agentes nocivos a sua 
saúde. Assim, foram aparecendo mais e mais casos de acidentes e doenças 
advindas do meio ambiente do trabalho e das condições que eram oferecidas.
A partir disso também surgiu a necessidade de evolução da prevenção 
em acidentes e doenças do trabalho. Leis e normas foram criadas, abrangendo 
aspectos técnicos e de saúde ao mesmo tempo e isso foi mudando a maneira de 
como eram analisados os casos de trabalhadores que se afastavam do trabalho 
por diversos dias por fi carem doentes e machucados ou quando ocorria a morte 
causada por algum acidente no trabalho. As leis e normas criadas, por exemplo, 
a Lei nº 5.452 (CLT) e as Normas Regulamentadoras foram avanços que criaram 
regras para empregadores e empregados seguirem e, por consequência, protegê-
los de certa forma dos problemas correntes do meio de trabalho ou da justiça.
2 NORMATIZAÇÃO
Quando se pensa em normas ligadas à saúde e segurança do trabalho 
lembra-se imediatamente das normas regulamentadoras (NR). No Brasil, as NR 
devem ser seguidas obrigatoriamente pelas empresas e trabalhadores. Além das 
NR, algumas empresas também seguem normas internacionais, que são mais 
rígidas que as nacionais, por exemplo, a OHSAS 18001.
Nesse contexto, o profi ssional da área de segurança tem papel importante 
no gerenciamento de normas nacionais e internacionais, bem como saber termos, 
conceitos e siglas pertinentes à área.
10
 Introdução À Engenharia de Segurança do Trabalho
FIGURA 1 – CAMPANHA ABRIL VERDE DESTACA A IMPORTÂNCIA DA 
SEGURANÇA DO TRABALHO
FONTE: <https://www.crea-pr.org.br/ws/arquivos/15178>. Acesso em: 24 jun. 2019.
2.1 HISTÓRICO DA SEGURANÇA DO 
TRABALHO NO BRASIL E NO MUNDO
A ideia inicial do prevencionismo surgiu após a Revolução Industrial no fi -
nal do século XVIII, quando as máquinas foram implementadas no processo de 
transformação das matérias-primas. No Brasil, a prática de prevenção é recente 
se comparada aos países europeus, já que, historicamente, a economia do país 
se baseou no trabalho escravo e agricultura. Nacionalmente, somente após a Pri-
meira Guerra Mundial, com o Tratado de Versalhes, foram cogitadas leis que pro-
tegessem o trabalhador.
A seguir, apresentamos um resumo cronológico da normatização e avanços 
trabalhistas no Brasil, segundo Chirmici e Oliveira (2016):
• 1918: criação do Departamento Nacional do Trabalho por meio do Decre-
to nº 3.550 que regulamentou a organização do trabalho.
• 1919: após o tratado de Versalhes houve a criação da Organização In-
ternacional do Trabalho (OIT), órgão tripartite (governos, empresas e sin-
11
ASPECTOS GERAIS Capítulo 1 
dicatos), além disso, foi instituída a reparação em caso de doença con-
traída no trabalho através do Decreto nº 3.724, que também é conhecido 
como primeira lei sobre acidentes no trabalho.
FIGURA 2 – PALÁCIO DE VERSALHES NA ÉPOCA DA ASSINATURA DO TRATADO
FONTE: <https://jornal.usp.br/wp-content/uploads/2019/06/20190626_02_
Tratado-de-Versalhes.jpg>. Acesso em: 24 jun. 2019.
• 1920: denominada reforma, Carlos Chagas incluiu a higiene do trabalho na 
saúde pública através do Departamento Nacional de Saúde Pública (DNSP).
• 1923: criação da Previdência Social.
• 1930: criação no Ministério do Trabalho.
• 1934: surgem as primeiras leis sobre acidentes do trabalho no Brasil.
• 1943: publicada a Consolidação das Leis do Trabalho – ou CLT – como é 
popularmente conhecida por meio da Lei nº 5.452.
• 1944: publicada a Lei nº 7.036 que trata dos Acidentes do Trabalho.
• 1953: publicada a Portaria nº 155 que trata da regulamentação da 
Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA) e da criação do 
Instituto Nacional de Previdência Social (INPS).
• 1959: criação do Serviço de Medicina do Trabalho (MTb).
• 1965: criação da Inspetoria do Trabalho que tem o papel de fi scalizar o 
cumprimento da CLT e das recomendações da OIT.
12
 Introdução À Engenharia de Segurança do Trabalho
• 1966: criação da Fundação Centro Nacional de Segurança, Higiene e 
Medicina do Trabalho (FUNDACENTRO).
• 1967: criação do seguro contra acidentes (SAT).
• 1976: criação do Programa Internacional de Melhorias das Condições do 
Trabalho (PIACT).
• 1977: promulgação da Lei Federal nº 6.514 que instituiu a Segurança e 
Medicina do Trabalho.
• 1978: regulamentação da Lei nº 6.514 pela Portaria Ministerial nº 3.214 
que estabeleceu as normas regulamentadoras (NR).
• 1988: aprovação da Constituição Federal (CF) deu respaldo à proteção 
jurídica ao trabalhador.
• 1991: criação da Lei nº 8.213 que instituiu o plano de benefícios da 
Previdência Social como auxílio-acidente e aposentadoria especial.
Para saber mais, sugerimos a leitura do livro A fundação da 
SOBES e a Regulamentação da Engenharia de Segurança no Brasil, 
da autoraCarmem Lúcia Evangelho Lopes do ano de 2012.
2.2 NORMAS E LEGISLAÇÕES 
As normas regulamentadoras são regidas pela CLT, têm diferentes aplicações 
e particularidades e devem ser seguidas por empregadores e empregados. A 
seguir, listamos um resumo de todas estas, segundo Peixoto (2010) e Chirmici e 
Oliveira (2016).
NR 1 – Disposições gerais: 
• Determina direitos e obrigações do governo, dos empregadores e dos 
trabalhadores referente à segurança do trabalho, bem como descreve a 
área de todas as Normas Regulamentadoras de Segurança e Medicina 
do Trabalho Urbano.
NR 2 – Inspeção prévia: 
• Determina em quais situações as empresas devem solicitar a inspeção 
prévias dos estabelecimentos por meio do Ministério do Trabalho e 
Emprego – TEM.
13
ASPECTOS GERAIS Capítulo 1 
NR 3 – Embargo ou interdição:
• Determina quais fatores são observados em uma fi scalização trabalhista, 
bem como suas punições como multa e paralisações dos serviços.
NR 4 – Serviços especializados em Engenharia de Segurança e em 
Medicina do Trabalho (SESMT):
• Estabelece critérios para a composição do quadro de profi ssionais que 
devem compor o SESMT que vai variar de acordo com o número de 
funcionários de cada empresa, bem como o grau de risco da atividade.
FIGURA 3 – COMPOSIÇÃO DO SESMT
FONTE: <http://bit.ly/2vjsv5q>. Acesso em: 24 jun. 2019.
NR 5 – Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA): 
• Determina quais são as entidades obrigadas a manter funcionando a 
CIPA, compostas por trabalhadores que devem promover através de 
campanhas e ações a conscientização sobre as doenças e acidentes do 
trabalho. A CIPA também sugere melhorias nas condições do trabalho 
que pode contribuir para eliminar possíveis causas de acidentes e 
doenças do trabalho.
14
 Introdução À Engenharia de Segurança do Trabalho
FIGURA 4 – LOGOTIPO REPRESENTATIVO DA CIPA
FONTE: <https://sindec.org.br/sindec-promove-treinamento-de-cipa-para-
empresa-de-produtos-quimicos.htm>. Acesso em: 24 jun. 2019.
NR 6 – Equipamentos de Proteção Individual (EPI): 
• Determina e estabelece como as empresas devem fornecer os EPI para 
os trabalhadores que atuem em situações que não foi possível eliminar 
ou minimizar os riscos existentes.
FIGURA 5 – EXEMPLOS DE EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL – EPI
FONTE: <https://www.temsustentavel.com.br/novos-modelos-de-
epi-provam-que-protecao/>. Acesso em: 24 jun. 2019.
NR 7 – Programas de Controle Médico de Saúde Ocupacional (PCMSO): 
• Essa norma obriga as empresas a elaborarem e implementarem o PCM-
SO para promover a saúde do trabalhador e gerar dados para outros 
programas de prevenção.
15
ASPECTOS GERAIS Capítulo 1 
FIGURA 6 – ESQUEMA SIMPLIFICADO DO PCMSO
FONTE: <http://bit.ly/2xFiH6R>. Acesso em: 24 jun. 2019.
NR 8 – Edifi cações: 
• Propõe regras específi cas para garantir a segurança dos trabalhadores 
em edifi cações.
FIGURA 7 – EXEMPLO DE APLICAÇÃO DA NR 8
FONTE: <http://bit.ly/2IInFlm>. Acesso em: 25 jun. 2019.
16
 Introdução À Engenharia de Segurança do Trabalho
NR 9 – Programas de Prevenção de Riscos Ambientais (PPRA): 
• Regulamenta e obriga empregadores a preservar a saúde e a integridade 
física de seus colaboradores através do PPRA, que visa identifi car, avaliar e 
propor controle dos riscos ambientais existentes no ambiente de trabalho.
FIGURA 8 – ESQUEMA SIMPLIFICADO DAS ETAPAS DO PPRA
FONTE: <https://nestorneto.jusbrasil.com.br/artigos/598388609/4-motivos-
para-ter-e-implementar-o-ppra>. Acesso em: 24 jun. 2019.
NR 10 – Instalações e serviços em eletricidade:
• Regulamenta condições mínimas de segurança para atividades relacio-
nadas a instalações elétricas e suas variações.
17
ASPECTOS GERAIS Capítulo 1 
FIGURA 9 – ESQUEMA SIMPLIFICADO DA NR 10
FONTE: <http://bit.ly/2vkKJn7>. Acesso em: 24 jun. 2019.
NR 11 – Transporte, movimentação, armazenagem e manuseio de materiais: 
• Regulamenta as condições mínimas de segurança para transporte, 
movimentação, armazenagem e manuseio de materiais com objetivo de 
prevenção de acidentes e doenças do trabalho.
FIGURA 10 – EXEMPLO DE APLICAÇÃO DA NR 11
FONTE: <http://bit.ly/2QdfmlO>. Acesso em: 24 jun. 2019.
18
 Introdução À Engenharia de Segurança do Trabalho
NR 12 – Máquinas e equipamentos: 
• Normatiza as ações que devem ser tomadas por empresas e emprega-
dores relacionadas à instalação, operação e manutenção de equipamen-
tos com a fi nalidade de prevenção de acidentes no trabalho.
FIGURA 11 – ESQUEMA SIMPLIFICADO DA NR 12
FONTE: <http://bit.ly/3a1W7Uh>. Acesso em: 24 jun. 2019.
NR 13 – Caldeiras e vasos de pressão: 
• Regulamenta a instalação, operação e manutenção de caldeiras para 
prevenir acidentes do trabalho.
FIGURA 12 – INSPEÇÃO DE CALDEIRA NR 13
FONTE: <http://bit.ly/2U4X9I9>. Acesso em: 24 jun. 2019.
19
ASPECTOS GERAIS Capítulo 1 
NR 14 – Fornos: 
• Regulamenta aspectos técnicos pertinentes à construção, operação e 
manutenção de fornos industriais nos ambientes de trabalho.
FIGURA 13 – EXEMPLO DE APLICAÇÃO DA NR 14
FONTE: <http://bit.ly/3aTa9qZ>. Acesso em: 25 jun. 2019.
NR 15 – Atividades e operações insalubres: 
• Estabelece níveis de tolerância dos agentes de risco a fi m de caracterizar 
o ambiente do trabalho como insalubre.
FIGURA 14 – ESQUEMA SIMPLIFICADO DE APLICAÇÃO DA NR 15
FONTE: <http://bit.ly/2TOwekO>. Acesso em: 25 jun. 2019.
20
 Introdução À Engenharia de Segurança do Trabalho
NR 16 – Atividades e operações perigosas: 
• Regulamenta as atividades e as operações consideradas legalmente 
perigosas.
FIGURA 15 – INFOGRÁFICO NR 16
FONTE: <http://miomega.com.br/blog/?p=409>. Acesso em: 25 jun. 2019.
NR 17 – Ergonomia: 
• Normatiza parâmetros que visam adaptar o posto dos trabalhadores com 
o objetivo de proporcionar conforto e evitar doenças posturais, bem como 
ajustar o layout de cada posto de trabalho. 
21
ASPECTOS GERAIS Capítulo 1 
FIGURA 16 – EXEMPLO DE APLICAÇÃO DA NR 17
FONTE: <https://atuallemoveis.com.br/nr-17-ergonomia/>. Acesso em: 25 jun. 2019.
NR 18 – Condições e meio ambiente de trabalho na indústria da construção: 
• Regulamenta normas referentes ao planejamento e organização na 
indústria da construção civil que promovam a implantação de medidas de 
controle e prevenção dos agentes de risco na indústria da construção civil.
FIGURA 17 – SUPORTE DE BANDEJA – EXEMPLO DE APLICAÇÃO DA NR 18
FONTE: <http://bit.ly/2w4Oihy>. Acesso em: 24 jun. 2019.
22
 Introdução À Engenharia de Segurança do Trabalho
NR 19 – Explosivos: 
• Regulamenta diretrizes referentes ao armazenamento, manuseio e 
transporte de explosivos que comprovam a segurança dos trabalhadores 
que exerçam suas atividades com esses materiais.
FIGURA 18 – FLUXOGRAMA SIMPLIFICADO DA NR 19
FONTE: <http://bit.ly/3d499m7>. Acesso em: 25 jun. 2019.
NR 20 – Líquidos combustíveis e inflamáveis: 
• Regulamenta o armazenamento, manuseio e transporte de líquidos com-
bustíveis e infl amáveis e visa garantir a integridade física do trabalhador.
FIGURA 19 – FLUXOGRAMA SIMPLIFICADO NR 20
FONTE: <http://bit.ly/2Wojcwr>. Acesso em: 25 jun. 2019.
23
ASPECTOS GERAIS Capítulo 1 
NR 21 – Trabalho a céu aberto: 
• Normatiza medidas de prevenção de acidentes e doenças do trabalho 
que possam ser desenvolvidas em atividades laborais a céu aberto.
FIGURA 20 – ABRIGO – EXEMPLO DE APLICAÇÃO DA NR 21
FONTE: <http://bit.ly/3d0lmrS>. Acesso em: 25 jun. 2019.
NR 22 – Trabalhos subterrâneos: 
• Estabelece métodos a serem seguidos pelas empresas que atuam na 
área de trabalho subterrâneo com a fi nalidade de melhorar as condições 
de segurança de seus colaboradores.
FIGURA 21 – MINEIROS EMBARCANDO PARA O TRABALHO SUBTERRÂNEO
FONTE: <http://nrfacil.com.br/blog/?p=2295>. Acesso em: 25 jun. 2019.
24
 Introdução À Engenharia de Segurança do Trabalho
NR 23 – Proteção contra incêndios: 
• Estabelece quaisnormas devem ser seguidas com o objetivo de 
promover a proteção e combate contra incêndios.
FIGURA 22 – EXEMPLO DE APLICAÇÃO DE PROTEÇÃO CONTRA INCÊNDIOS
FONTE: <https://slideplayer.com.br/slide/11811964/>. Acesso em: 25 jun. 2019.
NR 24 – Condições sanitárias e de conforto nos locais de trabalho: 
• Estabelece requisitos mínimos de higiene e conforto que devem ser 
seguidos pelos empregadores com o intuito de promover o bem-estar de 
seus colaboradores.
FIGURA 23 – EXEMPLO DE APLICAÇÃO NR 24
FONTE: <http://bit.ly/2U9IdIF>. Acesso em: 8 jul. 2019.
25
ASPECTOS GERAIS Capítulo 1 
NR 25 – Resíduos industriais: 
• Regulamenta medidas de segurança que devem ser adotadas pelas 
empresas que realizam o manuseio e armazenamento de resíduos in-
dustriais. Essas medidas garantem a integridade física e de saúde dos 
trabalhadores. 
FIGURA 24 – EXEMPLOS DE ACONDICIONAMENTO 
DE RESÍDUOS INDUSTRIAIS NR 25
FONTE: <http://bit.ly/3cUxzhA>. Acesso em: 8 jul. 2019.
NR 26 – Sinalização de segurança: 
• Regulamenta a padronização de cores e de sinalização de segurança 
que são utilizadas em placas com o objetivo de promover a prevenção de 
acidentes do trabalho.
FIGURA 25 – EXEMPLOS DE CORES DA NR 25
FONTE: <http://bit.ly/3cUxzhA>. Acesso em: 8 jul. 2019.
26
 Introdução À Engenharia de Segurança do Trabalho
NR 27 – Registro profi ssional do Técnico em Segurança do Trabalho no 
Ministério do Trabalho: 
• Foi revogada em 30/05/2008. 
NR 28 – Fiscalização e penalidades:
• Normatiza diretrizes de fi scalização em segurança do trabalho, bem 
como suas punições no que tange ao descumprimento das normas regu-
lamentadoras.
FIGURA 26 – EXEMPLO DE APLICAÇÃO DA NR 28
FONTE: <https://www.slideshare.net/itami2000/nr-28-63447423>. Acesso em: 10 jul. 2019.
NR 29 – Norma regulamentadora de segurança e saúde no trabalho portuário:
• Regulamenta e promove condições melhores aos trabalhadores que 
exerçam suas funções em portos.
FIGURA 27 – EXEMPLO DE AMBIENTE DE APLICAÇÃO DA NR 29
FONTE: <http://bit.ly/38OKPBj>. Acesso em: 10 jul. 2019.
27
ASPECTOS GERAIS Capítulo 1 
NR 30 – Norma regulamentadora do trabalho aquaviário: 
• Regulamenta procedimentos em ambiente de trabalho no qual o 
trabalhador exerça suas funções de maneira embarcada.
FIGURA 28 – EXEMPLO DE AMBIENTE DE APLICAÇÃO DA NR 30
FONTE: <http://bit.ly/39RnBM0>. Acesso em: 10 jul. 2019.
NR 31 – Norma regulamentadora de segurança e saúde no trabalho rural: 
• Regulamenta diretrizes que devem ser seguidas por empresas e traba-
lhadores que tenham como ambiente de trabalho o ambiente rural.
FIGURA 29 – EXEMPLO DE AMBIENTE DE APLICAÇÃO DA NR 31
FONTE: <http://bit.ly/2WrpQSD>. Acesso em: 10 jul. 2019.
28
 Introdução À Engenharia de Segurança do Trabalho
FONTE: <https://segurancadotrabalhoacz.com.br/resumo-nr-32/>. Acesso em: 3 fev. 2020.
NR 32 – Segurança e saúde no trabalho em estabelecimentos de assistência à saúde: 
• Estabelece requisitos para implantação de ações voltadas à segurança e saúde 
dos trabalhadores da área da saúde.
FIGURA 30 – FLUXOGRAMA NR 32
29
ASPECTOS GERAIS Capítulo 1 
NR 33 – Norma regulamentadora de segurança e saúde nos trabalhos 
em espaços confi nados: 
• Determina quais medidas devem ser seguidas por empresas e colabora-
dores em atividades de espaços confi nados que tangem ao reconheci-
mento, monitoramento e controle de risco existente na atividade.
FIGURA 31 – EXEMPLO DE APLICAÇÃO DA NR 33
FONTE: <http://bit.ly/3aUXynp>. Acesso em: 10 jul. 2019.
NR 34 – Condições e meio ambiente de trabalho na indústria da cons-
trução e reparação naval:
• É considerada atividade da construção naval aquela que de alguma for-
ma, direta ou indiretamente, seja empregada para fi nalidade de embar-
cações e estrutura como: navios, barcos, lanchas, plataformas de todos 
os tipos, dentre outras.
FIGURA 33 – EXEMPLO DE APLICAÇÃO DA NR 34
FONTE: <https://www.rescuecursos.com/consultoria-nr-34/>. Acesso em: 10 jul. 2019.
30
 Introdução À Engenharia de Segurança do Trabalho
NR 35 – Trabalho em Altura:
• A norma descreve trabalho em altura toda atividade executada acima de 
2 (dois) metros do nível inferior, onde houver risco de queda.
FIGURA 33 – EXEMPLO DE APLICAÇÃO DA NR 35
FONTE: <https://prolifeengenharia.com.br/o-curso-de-nr-35/>. Acesso em: 10 jul. 2019.
NR 36 – Segurança e saúde no trabalho em empresas de abate e 
processamento de carnes e derivados:
• Estabelece critérios de avaliação, controle e monitoramento dos riscos 
pertinentes na indústria de abate e processamento de carnes e derivados 
destinados ao consumo humano de maneira a resguardar a segurança e 
saúde dos trabalhadores desse tipo de atividade laboral.
FIGURA 34 – EXEMPLO DE APLICAÇÃO DA NR 36
FONTE: <http://bit.ly/38Tf7Tx>. Acesso em: 10 jul. 2019.
31
ASPECTOS GERAIS Capítulo 1 
2.3 RESPONSABILIDADE CIVIL DOS 
ACIDENTES NO TRABALHO
Segundo Terribile (2017, p. 120), “o art. 7º, inciso XXVIII da Constituição 
Federal, a reparação civil dos danos sofridos pela vítima de acidentes de trabalho 
é concluída somente se o trabalhador conseguir provar a culpa ou possível dolo 
do empregador”.
Ainda, segundo a autora, aplica-se a responsabilidade subjetiva tomando-
se como base a constituição e, depois de comprovada a culpa do empregador, 
este deve indenizar o empregado. No entanto, o episódio do acidente deve ser 
apurado conseguindo determinar o que realmente aconteceu ou uma possível 
omissão do empregador (TERRIBILE, 2017).
A autora cita a aplicabilidade da teoria da responsabilidade subjetiva. Diante 
da disposição constitucional, a culpa do empregador deve ser demonstrada para 
suscitar a obrigação de indenizar o empregado. Não basta o simples fato do 
episódio do acidente sem a apuração da real ocorrência de ação ou omissão do 
empregador (TERRIBILE, 2017).
Sugerimos a leitura do livro O Trabalho Além do Direito do 
Trabalho, dos coordenadores Guilherme Guimarães Feliciano e 
Olívia de Quintana Figueiredo Pasqualeto, de 2019.
Tal fato é reforçado pelo Código Civil, o qual afi rma que para haver a indeni-
zação ao empregado não basta apenas a ocorrência do acidente, mas que é pre-
ciso saber o que suscitou o fato fi nal e se houve omissão no caso empregador, já 
que o ônus da prova incumbe “ao autor, quanto ao fato constitutivo do seu direito” 
(BRASIL, 2002, p. 1). 
A alteração recente na consolidação das leis do trabalho (CLT), que entrou 
em vigor em 2017, priorizou os acordos entre o empregado e empregador.” Ou-
tras mudanças foram relacionadas aos tipos de trabalho que foram reconhecidos: 
os trabalhos temporários, home offi ce e trabalho parcial” (TERRIBILE, 2017, p. 
121). Segundo a autora, com as novas regras referentes aos danos morais, o 
trabalhador só tem direito a pedir 50 vezes o seu último salário. Essas e outras 
mudanças foram realizadas devido ao número excessivo de ações impetradas na 
Justiça do trabalho.
32
 Introdução À Engenharia de Segurança do Trabalho
Com essas mudanças, o objetivo do governo foi promover alterações entre a 
relação empregado e empregador, isso deu mais autonomia em acordos fi rmados 
entre ambos. Por exemplo, antes era preciso de uma intermediação do sindicato, 
nos dias atuais a intermediação não é mais necessária.
2.4 PROFISSIONAIS DE SEGURANÇA 
E SAÚDE DO TRABALHO 
Os profi ssionais de segurança do trabalho como médicos, enfermeiros e en-
genheiros fazem uma pós-graduação e se especializam na área de segurança 
do trabalho de segurança e cada profi ssional atua na sua área de formação. Já 
o técnico faz o curso técnico completo específi co na área de segurança do tra-
balho. Usualmente, o técnico e o engenheiro do trabalho atuam diretamente nas 
empresas planejando e executando os programas de prevenção, além de orientar 
a CIPA, ajudam a fi scalizar o uso dos EPI, fazem laudos, inspeções e de ministra-
rem cursos e treinamentos na área de segurança dotrabalho, dentre outras atri-
buições. “Já os médicos e enfermeiros do trabalho se dedicam à parte da saúde 
ocupacional, em que cuidam da saúde ocupacional realizando exames periódicos, 
admissionais e demissionais, bem como ministrando vacinas e tratando de feri-
mentos” (CHIRMICI; OLIVEIRA, 2016, p. 10). 
Dessa forma, os profi ssionais da área de segurança podem formar o SESMT 
de uma empresa dependendo do grau de risco desta, estabelecido pela NR 4. É for-
mado por profi ssionais de diversas áreas, sendo técnicos de segurança do trabalho, 
engenheiros de segurança do trabalho, médicos do trabalho, enfermeiros de segu-
rança do trabalho e auxiliares de segurança do trabalho (PEIXOTO, 2010).
QUADRO 1 – QUADRO-RESUMO DE ATIVIDADES DOS 
PROFISSIONAIS DA ÁREA DE SEGURANÇA DO TRABALHO
ENGENHEIRO DE 
SEGURANÇA DO 
TRABALHO
TÉCNICO DE SEGURAN-
ÇA DO TRABALHO
TÉCNICO 
DE ENFER-
MAGEM DO 
TRABALHO
ENFERMEIRO 
DO TRABALHO
MÉDICO 
DO TRA-
BALHO
Supervisionar, coorde-
nar e orientar tecni-
camente os serviços 
de Engenharia de 
Segurança Trabalho.
Estudar as condições 
de segurança dos 
locais de trabalho e das 
instalações e equipa-
mentos, com vistas 
especialmente aos 
problemas de controle
Informar o empregador, 
através de parecer técnico, 
sobre os riscos existentes 
nos ambientes de trabalho, 
bem como orientá-lo sobre 
as medidas de elimina-
ção e neutralização.
Informar os trabalhadores so-
bre os riscos da sua ativida-
de, bem como as medidas de 
eliminação e neutralização.
Atender ao 
trabalhador.
Auxiliar os 
exames 
admissionais.
Atender às 
emergências 
e oferecer 
primeiros 
socorros.
Estudar as condi-
ções de segurança 
e periculosidade 
da empresa, efetu-
ando observações 
nos locais de 
trabalho e discutin 
do-as em equipe, 
para identifi car as 
necessidades no 
campo da seguran-
ça, higiene e me-
lhoria do trabalho.
Elaborar o 
PCMSO.
Realizar 
exames 
médicos 
como ad-
missional, 
demis-
sional e 
periódicos.
33
ASPECTOS GERAIS Capítulo 1 
de risco, controle de 
poluição, higiene do 
trabalho, ergonomia, 
proteção contra incêndio 
e saneamento.
Planejar e desenvolver a 
implantação de técnicas 
relativas a gerenciamen-
to e controle de riscos.
Vistoriar, avaliar, realizar 
perícias, arbitrar, emitir 
parecer, laudos técnicos 
e indicar medidas de 
controle sobre grau de 
exposição e agentes 
agressivos de riscos 
físicos, químicos e 
biológicos, tais como: 
poluentes atmosféricos, 
ruídos, calor, radiação 
em geral e pressões 
anormais, caracteri-
zando as atividades, 
operações e locais 
insalubres e perigosos.
Analisar riscos, 
acidentes e falhas, 
investigando causas, 
propondo medidas 
preventivas e corretivas 
e orientando trabalhos 
estatísticos, inclusive 
com respeito a custos.
Propor políticas, progra-
mas, normas e regula-
mentos de Segurança 
do Trabalho, zelando 
pela sua observância.
Elaborar projetos de 
sistemas de segu-
rança e assessorar a 
elaboração de projetos 
de obras, instalações e 
equipamentos, opinando 
do ponto de vista da En-
genharia de Segurança.
Estudar instalações, 
máquinas e equipa-
mentos, identifi cando 
seus pontos de risco 
e projetando disposi-
tivos de segurança.
Analisar os métodos e os 
processos de trabalho e iden-
tifi car os fatores de risco de 
acidentes do trabalho, doen-
ças profi ssionais e do traba-
lho e a presença de agentes 
ambientais agressivos ao 
trabalhador, propondo sua 
eliminação ou seu controle.
Os procedimentos de segu-
rança e higiene do trabalho e 
avaliar os resultados alcança-
dos, adequando-os às estra-
tégias utilizadas de maneira a 
integrar o processo preven-
cionista em uma planifi cação, 
benefi ciando o trabalhador.
Executar programas de 
prevenção de acidentes do 
trabalho, doenças profi s-
sionais e do trabalho nos 
ambientes de trabalho com 
a participação dos traba-
lhadores, acompanhando e 
avaliando seus resultados, 
bem como sugerindo constan-
te atualização dos mesmos 
e estabelecendo procedi-
mentos a serem seguidos.
Promover debates, encon-
tros, campanhas, seminá-
rios, palestras, reuniões, 
treinamentos e utilizar outros 
recursos de ordem didática 
e pedagógica com o objetivo 
de divulgar as normas de 
segurança e higiene do 
trabalho, assuntos técnicos, 
administrativos e prevencio-
nistas, visando evitar aci-
dentes do trabalho, doenças 
profi ssionais e do trabalho.
Executar as normas de segu-
rança referentes a projetos 
de construção, ampliação, 
reforma, arranjos físicos 
e de fl uxos, com vistas à 
observância das medidas de 
segurança e higiene do tra-
balho, inclusive por terceiros.
Encaminhar aos setores e 
áreas competentes normas, 
regulamentos, documen-
tação, dados estatísticos, 
resultados de análises e 
Coletar 
materiais para 
exames quan-
do necessário.
Fazer enca-
minhamento 
de exames 
laboratoriais.
Preparar o em-
pregado para 
realização de 
exame médico.
Auxiliar as 
campanhas 
educativas e 
eventos de 
segurança e 
saúde no tra-
balho, como, 
por exemplo, 
campanhas 
de prevenção 
a diabetes, 
doenças 
sexualmente 
transmissí-
veis (DST), 
tabagismo, 
hipertensão, 
obesidade, 
alcoolismo e 
drogas ilícitas.
Controlar 
e preparar 
equipamentos.
Organizar, 
controlar 
e arquivar 
documentos.
(BRASIL, 
1986, p. 9273).
Planejamento, 
programação e 
orientação das 
atividades de 
enfermagem 
do trabalho.
Desenvol-
vimento e 
execução de 
programas
Elaborar e 
executar planos 
e programas de 
proteção à saúde 
dos empregados, 
participando 
de grupos que 
realizam inqué-
ritos sanitários, 
estudam as causas 
de absenteísmo, 
fazem levanta-
mento de doenças 
profi ssionais e 
lesões traumáti-
cas, procedem a 
estudos epidemio-
lógicos, coletam 
dados estatísticos 
de morbidade e 
mortalidade de 
trabalhadores, 
investigando 
possíveis relações 
com as atividades 
funcionais, para 
obter continuida-
de operacional 
e aumento da 
produtividade.
Executar e avaliar 
programas de pre-
venções de aciden-
tes e de doenças 
profi ssionais ou 
não profi ssionais, 
realizando análise 
de fadiga, dos 
fatores de insalu-
bridade, dos riscos 
e das condições de 
trabalho do menor 
e da mulher, para 
propiciar a preser-
vação de integrida-
de física e mental 
do trabalhador.
Prestar primeiros 
socorros no local 
de trabalho, em 
caso de aciden-
te ou doença, 
fazendo curativos 
ou imobiliza-
ções especiais, 
administrando 
medicamentos,
Interagir 
com os 
demais 
profi ssio-
nais do 
SESMT 
com a 
fi nalidade 
de ajudar 
e fornecer 
dados re-
lacionados 
a doenças 
ocupacio-
nais para 
avaliar a 
efi ciência 
da gestão 
da saúde 
e seguran-
ça do tra-
balhador.
Participar 
das ela-
borações 
de leis, 
normas e 
procedi-
mentos 
junto ao 
TEM.
(CHIR-
MICI; 
OLIVEI-
RA, 2016, 
p. 10).
34
 Introdução À Engenharia de Segurança do Trabalho
Projetar sistemas 
de proteção contra 
incêndio, coordenar 
atividades de com-
bate a incêndio e de 
salvamento e elaborar 
planos para emergên-
cia e catástrofes.
Inspecionar locais de 
trabalho no que se 
relaciona à Segurança 
do Trabalho, delimitando 
áreas de periculosidade.
Especifi car, controlar e 
fi scalizar sistemas de 
proteção coletiva e equi-
pamentos de segurança, 
inclusive os de proteção 
individual e os de pro-
teção contra incêndio, 
assegurando-se de sua 
qualidade e efi ciência.
Opinar e participar da 
especifi cação para 
aquisição de substân-
cias e equipamentos 
cuja manipulação, 
armazenamento, trans-
porte ou funcionamento 
possam apresentar 
riscos, acompanhando 
o controle do recebi-
mento e da expedição.
Elaborar planos destina-
dos a criar e desen-
volver a prevenção de 
acidentes, promovendo 
a instalação de comis-
sões e assessorando-
-lhes o funcionamento. 
Orientar o treinamento 
específi co de segurança 
do trabalho e assessorar 
a elaboração de progra-
mas de treinamento ge-
ral, no que diz respeito à 
Segurança do Trabalho.
Acompanhar a 
execução de obras e 
serviçosdecorrentes 
da adoção de medidas 
de segurança, quando 
a complexidade
avaliações, materiais de 
apoio técnico, educacional 
e outros de divulgação para 
conhecimento e autodesen-
volvimento do trabalhador.
Indicar, solicitar e inspecionar 
equipamentos de proteção 
contra incêndio, recursos au-
diovisuais e didáticos e outros 
materiais considerados indis-
pensáveis, de acordo com a 
legislação vigente, dentro das 
qualidades e especifi cações 
técnicas recomendadas, 
avaliando seu desempenho.
Cooperar com as atividades 
do meio ambiente, orientan-
do quanto ao tratamento e 
destinação dos resíduos in-
dustriais, incentivando e cons-
cientizando o trabalhador da 
sua importância para a vida.
Orientar as atividades 
desenvolvidas por empresas 
contratadas, quanto aos 
procedimentos de segu-
rança e higiene do trabalho 
previstos na legislação ou 
constantes em contratos 
de prestação de serviço.
Executar as atividades liga-
das à segurança e higiene do 
trabalho utilizando métodos 
e técnicas científi cas, obser-
vando dispositivos legais e 
institucionais que objetivem 
a eliminação, controle ou 
redução permanente dos 
riscos de acidentes do 
trabalho e a melhoria das 
condições do ambiente, para 
preservar a integridade física 
e mental dos trabalhadores.
Levantar e estudar os dados 
estatísticos de acidentes do 
trabalho, doenças profi ssio-
nais e do trabalho, calcular 
a frequência e a gravidade 
destes para ajustes das 
ações prevencionistas, 
normas, regulamentos e 
outros dispositivos de ordem 
técnica, que permitam a 
proteção coletiva e individual.
de avaliação 
da saúde dos 
trabalhadores.
Elaboração e 
execução de 
programas 
de controle 
das doenças 
transmissíveis 
e de vigilância 
epidemiológica 
dos traba-
lhadores.
Executar todas 
as atividades 
de enferma-
gem do traba-
lho, exceto as 
destinadas ao 
enfermeiro.
Integrar a equi-
pe de saúde 
do trabalhador.
Associação 
Nacional de 
Enfermagem 
do Trabalho 
(ANENT).
tratamentos e pro-
videnciando o pos-
terior atendimento 
médico adequado, 
para atenuar 
consequências 
e proporcionar 
apoio e conforto 
ao paciente.
Elaborar e executar 
ou supervisionar e 
avaliar as ativida-
des de assistência 
de enfermagem 
aos trabalhadores, 
proporcionando-
-lhes atendimento 
ambulatorial, no 
local de trabalho, 
controlando sinais 
vitais, aplicando 
medicamentos 
prescritos, curati-
vos, inalações e 
testes, coletando 
material para exa-
me laboratorial, va-
cinações e outros 
tratamentos, para 
reduzir o absente-
ísmo profi ssional.
Organizar e 
administrar o setor 
de enfermagem da 
empresa, provendo 
pessoal e material 
necessários, trei-
nando e supervi-
sionando auxiliares 
de enfermagem do 
trabalho, atenden-
tes e outros, para 
promover o aten-
dimento adequado 
às necessidades 
de saúde do 
trabalhador.
Treinar trabalhado-
res, instruindo-os 
sobre o uso de 
roupas e material 
adequado ao tipo 
de trabalho, para 
reduzir a incidência 
de acidentes.
35
ASPECTOS GERAIS Capítulo 1 
dos trabalhos a executar 
assim o exigir.
Colaborar na fi xação de 
requisitos de aptidão 
para o exercício de 
funções, apontando 
os riscos decorrentes 
desses exercícios.
Propor medidas pre-
ventivas no campo de 
Segurança do Trabalho, 
em face do conheci-
mento da natureza e 
gravidade das lesões 
provenientes do Aciden-
te de Trabalho, incluídas 
as doenças do trabalho.
Informar aos trabalha-
dores e à comunidade, 
diretamente ou por 
meio de seus represen-
tantes, as condições 
que possam trazer 
danos à sua integrida-
de e as medidas que 
eliminam ou atenuam 
estes riscos e que 
deverão ser tomadas.
(BRASIL, 1987, 
p. 21117).
Articular-se e colaborar com 
os setores responsáveis 
pelos recursos humanos, 
fornecendo-lhes resultados 
de levantamentos técnicos de 
riscos das áreas e atividades 
para subsidiar a adoção 
de medidas de prevenção 
em nível de pessoal.
Informar os trabalhadores e 
o empregador sobre as ativi-
dades insalubres, perigosas e 
penosas existentes na empre-
sa, seus riscos específi cos, 
bem como as medidas e 
alternativas de eliminação ou 
neutralização dos mesmos. 
Avaliar as condições am-
bientais de trabalho e emitir 
parecer técnico que subsidie 
o planejamento e a organi-
zação do trabalho de forma 
segura para o trabalhador.
Articular-se e colaborar com 
os órgãos e entidades ligados 
à prevenção de aciden-
tes do trabalho, doenças 
profi ssionais e do trabalho.
Participar de seminários, 
treinamentos, congres-
sos e cursos visando ao 
intercâmbio e ao aperfei-
çoamento profi ssional.
(BRASIL, 1989, p. 16966).
Planejar e executar 
programas de 
educação sani-
tária, divulgando 
conhecimentos 
e estimulando 
a aquisição de 
hábitos sadios para 
prevenir doenças 
profi ssionais, 
mantendo cadas-
tros atualizados, 
a fi m de preparar 
informes para 
subsídios proces-
suais nos pedidos 
de indenização 
e orientar em 
problemas de pre-
venção de doenças 
profi ssionais.
(BRASIL, 1994, 
p. 20388).
FONTE: O autor
3 RISCOS AO MEIO AMBIENTE, 
SAÚDE E SEGURANCA AMBIENTAL
Segundo Da Silva e Gomes (2011), alguns acidentes podem ocorrer em indús-
trias e no trabalho rural contaminando o meio ambiente, afetando os recursos hídri-
cos, solo e ar. O que também deve ser levado em consideração é o risco de expo-
sição ao trabalhador a esses agentes nocivos, além de prejudicar os trabalhadores, 
a população local pode ser afetada, já que utiliza dos recursos naturais para viver.
Para Da Silva e Gomes (2011), as principais causas de acidentes ambientais são:
36
 Introdução À Engenharia de Segurança do Trabalho
• Armazenamento incorreto de substâncias contaminantes.
FIGURA 35 – ARMAZENAMENTO INCORRETO DE LUBRIFICANTES AUTOMOTIVOS
FONTE: <http://bit.ly/2TUVjLg>. Acesso em: 2 out. 2019.
• Descarte inadequado de resíduos de produção ou de insumos produtivos.
FIGURA 36 – DESCARTE INADEQUADO DE RESÍDUOS LÍQUIDOS DE PRODUÇÃO
FONTE: <http://bit.ly/2vnV2a2>. Acesso em: 2 out. 2019.
• Tratamento inadequado dos rejeitos produtivos.
37
ASPECTOS GERAIS Capítulo 1 
FIGURA 37 – TRATAMENTO INADEQUADO DOS REJEITOS PRODUTIVOS
FONTE: <http://bit.ly/2QhuhLO>. Acesso em: 2 out. 2019.
• Falha de manutenção em equipamentos.
FIGURA 38 – FALTA DE MANUTENÇÃO EM EQUIPAMENTO
FONTE: <http://bit.ly/2Wf9BYD>. Acesso em: 2 out. 2019.
• Acidentes com o transporte da carga (navios e caminhões).
38
 Introdução À Engenharia de Segurança do Trabalho
FIGURA 39 – ACIDENTE COM NAVIO PETROLEIRO NA CONTA DE DUBAI EM 2009
FONTE: <http://bit.ly/2U7tLkB>. Acesso em: 2 out. 2019.
• Falhas nos equipamentos de produção.
FIGURA 40 – FALHA EM PEÇA DE EQUIPAMENTO DE PRODUÇÃO
FONTE: <http://bit.ly/3aYWm2h>. Acesso em: 2 out. 2019.
3.1 ACIDENTES AMBIENTAIS
Para Da Silva e Gomes (2011), ao longo da história, os acidentes ambientais 
só se tornaram mais graves com o passar dos anos no Brasil e no mundo, como:
• Toxina de Seveso (Itália – 1976).
39
ASPECTOS GERAIS Capítulo 1 
FIGURA 41 – ACIDENTE DE SEVESO
FONTE: <http://bit.ly/2TTjDwS>. Acesso em: 25 out. 2019.
• Vazamento de gás em Bhopal (Índia – 1984).
FIGURA 42 – ACIDENTE BHOPAL
FONTE: <http://bit.ly/3deVhWa>. Acesso em: 25 out. 2019.
40
 Introdução À Engenharia de Segurança do Trabalho
• Usina nuclear de Chernobyl (União Soviética – 1986).
FIGURA 43 – ACIDENTE CHERNOBYL 
FONTE: <https://www.todamateria.com.br/acidente-de-
chernobyl/>. Acesso em: 25 out. 2019.
• Navio Exxon Valdez (Alaska/EUA – 1989).
FIGURA 44 – VAZAMENTO DE PETRÓLEO DO NAVIO EXXON VALDEZ
FONTE: <https://brasilisnet.com/2019/07/01/o-derramamento-de-petroleo-
do-exxon-valdez-30-anos-depois/>. Acesso em: 25 out. 2019.
41
ASPECTOS GERAIS Capítulo 1 
• Derramamento de petróleo no golfo do México (EUA – 2010).
FIGURA 45 – DERRAMAMENTO DE PETRÓLEO NO GOLFO DO MÉXICO
FONTE: <http://g1.globo.com/natureza/noticia/2011/09/eua-atribuem-vazamento-no-golfo-do-mexico-mas-decisoes-da-bp.html>. Acesso em: 26 out. 2019.
• Derramamento de petróleo no rio Iguaçu (Paraná – 2000).
FIGURA 46 – DERRAMAMENTO DE PETRÓLEO NO RIO IGUAÇU
FONTE: <https://www.sindipetroprsc.org.br/site/index.php/noticias/item/2283-15-
anos-do-maior-acidente-ambiental-do-paran%C3%A1>. Acesso em: 26 out. 2019.
• Morte de peixes no rio dos Sinos (Rio Grande do Sul – 2006).
42
 Introdução À Engenharia de Segurança do Trabalho
FIGURA 47 – PEIXES MORTOS NO RIO DOS SINOS
FONTE: <http://bit.ly/3d1ZbBr>. Acesso em: 26 out. 2019.
• Derrame de resíduos de mineração (Minas Gerais – 2007).
FIGURA 48 – DERRAME DE RESÍDUOS DE MINERAÇÃO
FONTE: <https://oglobo.globo.com/brasil/memoria-ha-oito-anos-
vazamento-de-lama-toxica-17979226>. Acesso em: 26 out. 2019.
3.2 CONSEQUÊNCIAS DE ACIDENTES 
AMBIENTAIS
Da Silva e Gomes (2011) descrevem que os principais efeitos dos acidentes 
ambientais são os impactos ambientais na biodiversidade, que isso interfere 
43
ASPECTOS GERAIS Capítulo 1 
diretamente na vida da população e indiretamente pode afetar parte da população 
que depende dos recursos naturais para obter o sustento através da pesca ou da 
agropecuária.
Ainda segundo os autores, existem dados da Organização das Nações 
Unidas (ONU) sobre esse tema que diz que 20% das espécies de vertebrados 
estão ameaçadas de extinção e os corais de recifes reduziram em 38% desde a 
década de 1980.
Nesse mesmo estudo, diz que 30% da superfície da Terra estão ocupados 
com produção agrícola e que ainda algumas áreas preservadas sofreram 
reduções de 20% nas últimas três décadas.
Da Silva e Gomes (2011) descrevem que o Ministério da Ciência, Tecnologia 
e Inovação aponta que o mundo está cada vez mais próximo de chegar a essa 
situação encontrada no estudo da ONU e que a perda de biodiversidade e de 
recursos naturais é irreversível.
FIGURA 49 – CONSEQUÊNCIAS AMBIENTAIS
FONTE: <http://sustentahabilidade.com/acidentes-ambientais-gestao-
sustentavel-e-as-analises-de-risco/>. Acesso em: 2 out. 2019.
44
 Introdução À Engenharia de Segurança do Trabalho
3.3 SITUAÇÕES QUE PROVOCAM 
RISCOS AO MEIO AMBIENTE
Segundo Da Silva e Gomes (2011), a população de modo geral espera um sistema 
de tratamento adequado que não interfi ra no meio ambiente poluindo seus recursos 
hídricos como rios, lagos e águas subterrâneas. No entanto, caso o sistema de coleta 
e tratamento dos resíduos não for adequado, consequentemente o meio ambiente 
será afetado. Dessa forma, a substituição dos lixões por sistemas mais efi cientes se 
faz necessário, como está descrito na Lei de Resíduos Sólidos nº 12.305/10. Para os 
autores, existem outras fontes de riscos ao meio ambiente, que são: 
• Postos de combustíveis com tanques de armazenamento danifi cados ou 
sem manutenção.
• Minerações irregulares que exploram os leitos dos rios.
• Desmatamento e ocupações irregulares de topos de morros e margens 
de rios.
• Lixo hospitalar ou radioativo sem o devido tratamento e disposição, entre 
tantos outros.
Para Da Silva e Gomes (2011), a ocupação não planejada de morros e 
margens de recursos hídricos traz risco não somente para o meio ambiente, 
mas também para as pessoas que vivem nesses lugares, já que estão sujeitas a 
escorregamento de encosta e cheias dos rios.
A Coordenadoria Municipal de Proteção e Defesa Civil (COMPDEC, 2019, p. 
1) traz algumas informações sobre os deslizamentos:
• O Fenômeno é provocado pelo escorregamento de materiais 
sólidos, como solos, rochas, vegetação e/ou material de cons-
trução ao longo de terrenos inclinados, denominado de encos-
tas, pendentes ou escarpa;
• Os deslizamentos em encostas e morros urbanos vêm ocor-
rendo com uma frequência alarmante nestes últimos anos, 
devido ao crescimento desordenado das cidades, com a ocu-
pação de novas áreas de risco, principalmente pela população 
mais carente;
• Há que considerar três fatores de infl uência na ocorrência dos 
deslizamentos:
o Tipo de solo - sua constituição, granulometria e nível de coesão;
o Declividade da encosta - cujo grau defi ne o ângulo de repou-
so, em função do peso das camadas, da granulometria e nível 
de coesão;
o Água de embebição - que contribui para aumentar o peso 
específi co das camadas; reduzir o nível de coesão e o atrito, 
responsáveis pela consistência do solo, e lubrifi car as superfí-
cies de deslizamento.
45
ASPECTOS GERAIS Capítulo 1 
• A época de ocorrência dos deslizamentos coincide com o pe-
ríodo das chuvas, intensas e prolongadas, visto que as águas 
escoadas e infi ltradas vão desestabilizar as encostas;
• Nos morros, os terrenos são sempre inclinados e, quando a 
água entra na terra, pode acontecer um deslizamento e des-
truir as casas que estão embaixo;
• Os escorregamentos em áreas de encostas ocupadas cos-
tumam ocorrer em taludes de corte, aterros e taludes naturais 
agravados pela ocupação e ação humana.
FIGURA 50 – OCUPAÇÃO IRREGULAR DE ENCOSTAS
FONTE: <https://oglobo.globo.com/rio/desastre-na-regiao-serrana-foi-maior-
devido-ocupacao-irregular-do-solo-2838491>. Acesso em: 2 out. 2019.
3.4 PREVENÇÃO DE RISCOS AO 
MEIO AMBIENTE
Segundo Da Silva e Gomes (2011), são diversas as origens de risco ao meio 
ambiente e para a população que vive ao entorno. Para uma prevenção efi ciente 
não é sufi ciente somente a conscientização de organizações públicas e privadas 
através de campanhas, mas uma participação do poder jurídico é essencial 
através de leis, decretos, portarias, normas regulamentadoras e uma fi scalização 
efi ciente. 
Assim, ainda segundo os autores, empresas públicas, privadas e a população 
de modo geral deveriam adequar seus modos de atividade com a fi nalidade de 
não interferir negativamente no meio ambiente e, consequentemente, na vida das 
pessoas (DA SILVA; GOMES, 2011). O estado também deve oferecer condições 
46
 Introdução À Engenharia de Segurança do Trabalho
mínimas de moradia aos cidadãos, o que evitaria as ocupações irregulares e 
interferências no meio ambiente pondo em riso a vida das pessoas.
3.4.1 Meio Ambiente do Trabalho
O meio ambiente do trabalho pode ser conceituado como sendo o meio em 
que o trabalhador exerce a sua função laboral. Muitas vezes, a empresa ou a 
indústria reúne todos seus esforços para o processo produtivo e esquece do 
bem-estar e da saúde do trabalhador. No entanto, quanto maior a qualidade de 
vida do trabalhador em seu ambiente de trabalho, maiores serão os benefícios, 
sendo o trabalhador menos propício a estresse e fadigas. Isso está diretamente 
ligado a sua condição de trabalho, dependendo da sua atividade laboral, já que 
um trabalhador cansado e estressado tende a cometer erros e atos inseguros, o 
que pode acarretar um acidente no trabalho.
Assim, quando se fala em ambiente do trabalho não devemos pensar 
somente em como adequá-los à condição de prevenção, e sim transformá-
lo em um ambiente agradável que promova o bem-estar e leveza para que os 
profi ssionais que ali exercem suas atividades sintam-se à vontade para praticar 
suas atividades da melhor forma possível, já que isso será benéfi co tanto para 
os trabalhadores que sofrerão menos com as doenças laborais e para a empresa 
que não perderá colaboradores pelo mesmo motivo (LIMA, 2009, p. 3). 
5 DICIONÁRIO DE SIGLAS
Na segurança do trabalho é comum a utilização de várias siglas e para 
melhor ambientação é preciso entender o que as mais usuais signifi cam. Segundo 
Limongi, Carvalho e Goulart (2019), as siglas se dispõem da seguinte forma:
5S ou SSSSS: Seiri, Seiton, Seison, Seiketsu e Shitsuke
AAF: Análise de Árvore de Falhas
ABNT: Associação Brasileira de Normas Técnicas
ABPA: Associação Brasileira de Prevenção de Acidentes
ABP-EX: Associação Brasileira para a Prevenção de Explosões
ABPI: Associação Brasileira de Prevenção de Incêndios
ACGIH: American Conference of Governmental Industrial Hygienists
ADC: Árvore de Causas
AET: Análise Ergonômica do Trabalho
AET: Auditor Fiscaldo Trabalho
47
ASPECTOS GERAIS Capítulo 1 
AFRA: Abertura de Frente de Radiografi a Industrial
AI: Agente de Inspeção
AIDS: Acquired Immune Defi ciency Syndrome
ALAEST: Associação Latino-Americana de Engenharia de Segurança do Trabalho
ALAIST: Associación Latinoamericana de Ingeniaría de Seguridad del Trabajo
ALARA: As Low as Reasonably Achievable
AMFC: Análise de Modo de Falhas e Efeitos
ANA: Agência Nacional de Águas
ANAMT: Associação Nacional de Medicina do Trabalho
ANDEF: Associação Nacional dos Fabricantes de defensivos Agrícolas
ANPT: Associação Nacional dos Procuradores do Trabalho
ANSI: American National Standards Institute
ANVS: Associação Nacional de Vigilância Sanitária
APF: Alto Ponto de Fluidez
APES: Associação Paranaense de Engenheiros de Segurança do Trabalho
APP: Análise de Problemas Potenciais
ART: Anotação de Responsabilidade Técnica
ASME: American Society of Mechanical Engineers
ASO: Atestado de Saúde Ocupacional
AT: Acidente de Trabalho ou Alta Tensão
ATEX: (Atmosphere Explosibles): Atmosfera Potencialmente Explosiva
ATPE: Atmosfera Potencialmente Explosiva
ATR: Autorização para Trabalho de Risco
AVCB: Atestado de Vistoria do Corpo de Bombeiros
BAL: British anti-lewisite (Dimercaprol); Bronchoalveolar Lavage
BHC: Benzene Hexachloride (Hexacloro Benzeno)
BO: Boletim de Ocorrência
BPF: Baixo Ponto de Fluidez
BS 8800: British Standard 8800 (Norma Britânica Sobre Saúde e Segurança Ocupacional)
BSI: British Standards Institute
BT: Baixa Tensão
BTU: British Thermal Unit
C: Código do EPI. Por Exemplo: C = 118.211-0/I=3
CA: Certifi cado de Aprovação
CAI: Certifi cado de Aprovação de Instalação
CAT: Comunicado de Acidente de Trabalho
CBO: Classifi cação Brasileira de Ocupações
CCIH: Comissão de Controle de Infecções Hospitalares
CCOHS: Canadian Centre For Occupational Health & Safety
CCT: Convenção Coletiva do Trabalho
CDC: Control Desease Center (Centro Para Controle de doenças)
CEI: Cadastro Específi co do INSS
CEO: Chief Executive Offi cer, Chairman And Executive Offi cer
48
 Introdução À Engenharia de Segurança do Trabalho
CEREST: Centro de Referência em Saúde do Trabalhador
CESAT: Centro de Estudos de Saúde do Trabalhador (Bahia)
CETESB: Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental
CFM: Conselho Federal de Medicina
CGC: Cadastro Geral de Pessoa Física
CGT: Central Geral dos Trabalhadores
CID: Código Identifi cador de doença; Classifi cação Internacional de doenças
CIF: Carteira de Identidade Fiscal
CIN: Centro de Informações Nucleares
CIPA: Centro Informativo de Prevenção de Acidentes (Nome Próprio: Grupo CIPA)
CIPA: Comissão Interna de Prevenção de Acidentes
CIPAMIN: Comissão Interna Para Prevenção de Acidentes na Mineração
CIPATR: Comissão Interna Para Prevenção de Acidentes no Trabalho Rural
CLT: Consolidação Das Leis do Trabalho
CMSO: Controle Médico de Saúde Ocupacional
CNA: Confederação Nacional da Agricultura
CNAE: Código Nacional de Atividades Econômicas
CNC: Comando Numérico Computadorizado (Ex. Torno CNC)
CND: Certidão Negativa de Débito
CNEN: Comissão Nacional de Energia Nuclear
CNH: Carteira Nacional de Habilitação
CNI: Confederação Nacional Das Indústrias
CNPJ: Cadastro Nacional de Pessoas Jurídicas
COEGP: Cursos Para Operador de Empilhadeira de Grande Porte
COEPP: Cursos Para Operador de Empilhadeira de Pequeno Porte
CONAMA: Comissão Nacional de Meio Ambiente
CONASEMS: Conselho Nacional dos Secretários Municipais de Saúde
CONASS: Conselho Nacional dos Secretários Estaduais de Saúde
CONFEA: Conselho Federal de Engenharia, Arquitetura e Agronomia
CONTAG: Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura
CORETEST: Conselho Regional dos Técnicos de Segurança do Trabalho
COS: Composto Orgânico Volátil
COS-V: Composto Orgânico Semi-Volátil
CPATP: Comissão de Prevenção de Acidentes no Trabalho Portuário
CPF: Cadastro de Pessoa Física
CPI: Comissão Parlamentar de Inquérito
CPN: Comitê Permanente Nacional (Sobre Condições e Meio Ambiente de Trabalho)
CPR: Comitê Permanente Regional (Sobre Condições e Meio Ambiente de Trabalho)
CREA: Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia
CRF: Certifi cado de Registro de Fabricante
CRI: Certifi cado de Registro de Importador
CRJF: Certidão de Regularidade Jurídico Fiscal
CRM: Conselho Regional de Medicina
49
ASPECTOS GERAIS Capítulo 1 
CRP: Centro de Reabilitação Profi ssional
CTN: Centro Tecnológico Nacional (Fundacentro)
CTPAT: Comissão Tripartite de Alimentação do Trabalhador
CTPP: Comissão Tripartite Fretaria Permanente
CTPS: Carteira de Trabalho Previdência Social
CUT: Central Única dos Trabalhadores
DATAPREV: Empresa de Processamento de Dados da Previdência Social
Db: decibel
DDS: Diálogo de Segurança
DDSMS: Diálogo Diário de Segurança, Meio Ambiente e Saúde
DDT: Dicloro, Difenil Tricloroetano
DECEX: Departamento de Comércio Exterior
DEQP: Departamento de Qualifi cação Profi ssional
DIN: Deutsche Industrien Normen, deutsches Institut Für Normung
DNSST: Departamento Nacional de Segurança e Saúde do Trabalho
DNV: Det Norske Veritas
DORT: Doença(s) Osteomuscular(es) Relacionado(s) ao Trabalho
DOU: Diário Ofi cial da União
DRT: Delegacia Regional do Trabalho
DRTE: Delegacia Regional do Trabalho e Emprego
DSST: Departamento de Saúde e Segurança do Trabalho
DST: Doença Sexualmente Transmissível
EA: Emissão Acústica
EAR: Equipamento Autônomo de Respiração
ECPI: Equipamento Conjugado de Proteção Individual
ECSST: Educação Continuada em Saúde e Segurança do Trabalho
EIA: Estudo de Impacto Ambiental
EMATER: Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural
EMBRAPA: Empresa Brasileira de Pesquisas Agropecuárias
END: Ensaio Não Destrutivo (Radiações)
EPC: Equipamento de Proteção Coletiva
EPI: Equipamento de Proteção Individual
EST: Engenheiro de Segurança do Trabalho; Engenharia de Segurança do Trabalho
FAT: Fundo de Amparo ao Trabalhador
FDA: Failure-Data Analysis
FEEMA: Fundação Estadual de Engenharia do Meio Ambiente (Rio de Janeiro)
FENATEST: Federação Nacional dos Técnicos de Segurança do Trabalho
FEPI: Ficha de Entrega de EPI
FGTS: Fundo de Garantia do Tempo de Serviço
FIOCRUZ: Fundação Osvaldo Cruz
FISP: Feira Internacional de Segurança e Proteção (Nome Próprio)
FISP: Folha de Informação Sobre o Produto
FISPQ: Ficha de Informação de Segurança de Produto Químico
50
 Introdução À Engenharia de Segurança do Trabalho
FISST: Feira Internacional de Saúde e Segurança no Trabalho
FMEA: Failure Method of Effect Analysis
FOR: Free Oxigen Radicals (Radicais Livres de Oxigênio)
FSDP: Ficha de Segurança de Produto
FTA: Fault Tree Analysis (Análise de Árvore de Falhas)
FUNDACENTRO: Fundação Jorge Duprat Figueiredo de Seg. e Med. do Trabalho
GA: Gases Ácidos
GES: Grupo de Exposição Similar
GFIP: Guia de Recolhimento do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço e Informa-
ções à Previdência Social
GHE: Grupo Homogêneo de Exposição
GHR: Grupo Homogêneo de Risco
GLP: Gás Liquefeito de Petróleo
GNV: Gás Natural Veicular
GOI-PNES: Grupo Operativo Institucional (do PNES)
GQT: Gerenciamento pela Qualidade Total
GR: Grau de Risco
GST: Gerenciamento pela Segurança Total
GSTB: Grupo de Segurança do Trabalho a Bordo de Navios Mercantes
GT: Grupo Técnico
GT 10: Grupo Técnico para Revisão da NR-10
GT/SST: Grupo Tripartite de Saúde e Segurança do Trabalho
GTT: Grupo Técnico Tripartite
HACCP: Hazard Analysis and Critical Control Point
HAZOP: Hazard and Operability
HIV: Human Immunodefi ciency Virus
HMIS: Hazardous Material Information System, Hazardous Materials Identifi cation Sys-
tem
HSTA: Higiene e Segurança no Trabalho e Ambiente
I: Grau de Infração
IBAMA: Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis
IBUTG: Índice de Bulbo Úmido-Termômetro de Globo
IEF: Instituto Estadual de Florestas (Minas Gerais)
IKAP: Índice Kwitko de Atenuação Pessoal
ILO: International Labour Organization (OIT, em Inglês)
IML: Instituto Médico Legal
IN: Instrução Normativa. Precedido de a um Número. Por Exemplo IN-84
INSS: Instituto Nacional de Seguridade Social
INST:Instituto Nacional de Segurança do Trânsito
IPVS: Imediatamente Perigoso à Vida e à Saúde
IRA: Índice Relativo de Acidentes
ISO: International Organization For Standardization
IST: Infecções Sexualmente Transmissíveis
51
ASPECTOS GERAIS Capítulo 1 
LEM: Laudo de Exame Médico
LEO: Limite de Exposição Ocupacional
LER: Lesão por Esforço Repetitivo
LER/DORT: Lesão por Esforço Repetitivo/Distúrbios Osteomusculares Relacionados 
ao Trabalho
LGE: Líquido Gerador de Espuma
LP: Líquido Penetrante
LT: Limite de Tolerância
LTCA: Laudo Técnico de Condições Ambientais
LTCAT: Laudo Técnico de Condições Ambientais do Trabalho
MAG: Metal Ative Gas (Tipo de Solda)
MBA: Master of Business Administration
MIG: Metal Inert Gas (Tipo de Solda)
MMA: Ministério do Meio Ambiente
MOPE: Movimentações de Cargas Perigosas
MRA: Mapa de Risco Ambiental
MSDF: Material Safety Data Sheet
Mtb: Ministério do Trabalho
MTE: Ministério do Trabalho e Emprego
MTR: Manifesto para Transporte de Resíduos
NBR: Norma Brasileira
NFPA: National Fire Protection Association
NHO: Norma de Higiene Ocupacional
NIOSH: National Institute for Occupational Safety and Health
NIT: Número de Identifi cação do Trabalhador
NOB: Norma Operacional Básica
NOSA: National Occupational Safety Association (África do Sul)
NPS: Nível de Pressão Sonora
NR: Norma Regulamentadora
NRR: Nível de Redução de Ruído
NRR: Norma Regulamentadora Rural
NRR-SF: Noise Reduction Rating-Subject Fit
OGMO: Orgão Gestor de Mão de Obra
OHSAS: Ocupational Health Safety Assessment Series
OIT: Organização Internacional do Trabalho (em Inglês, ILO)
OMS: Organização Mundial da Saúde
ONG: Organização Não Governamental
ONL: Organização Não Lucrativa
OS: Ordem de Serviço
OSHA: Occupational Safety and Health Administration
PAE: Plano de Ação Emergencial
PAIR: Perda Auditiva Induzida por Ruído
PAIRO: Perda Auditiva Induzida por Ruído Ocupacional
52
 Introdução À Engenharia de Segurança do Trabalho
PAM: Plano de Ajuda Mútua
PAT: Programa de Alimentação do Trabalhador
PBA: Plano Básico Ambiental
PCA: Plano de Controle Ambiental
PCA: Programa de Conservação Auditiva
PCE: Plano de Controle de Emergência
PCE: Plano de Controle de Emergência
PCIH: Programa de Controle de Infecções Hospitalares
PCMAT: Programa de Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Construção Civil
PCMSO: Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional
PCTP: Programa de Controle Total de Perdas
PDCA: Plan, Do, Check, Act
PGR: Programa de Gerenciamento de Risco
PGRSS: Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos de Saúde
PH: Profi ssional Habilitado
pH: Potencial Hidrogeniônico
PM: Partículas Magnéticas
PMOC: Plano de Manutenção, Operação e Controle
PMTA: Pressão Máxima de Trabalho Admissível
PNES: Programa Nacional de Eliminação da Silicose
PPACAP: Programa de Prevenção de Acidentes com Animais Peçonhentos
PPEOB: Programa de Prevenção de Exposição Ocupacional ao Benzeno
PPD: Pessoa Portadora de Defi ciência
PPP: Perfi l Profi ssiográfi co Previdenciário
PPR: Programa de Proteção Respiratória
PPRA: Programa de Prevenção de Riscos Ambientais
PPRAG: Programa de Prevenção de Riscos Ambientais para Indústrias Galvânicas
PPRPS: Programa de Prevenção de Riscos em Prensas e Similares
PPS: Procedimento Padrão de Segurança
PRAT: Pedido de Reconsideração de Acidente de Trabalho
PRODAT: Programa Nacional de Melhoria de Informações Estatísticas sobre Doenças 
e Acidentes do Trabalho
PROESIC: Programa de Engenharia de Segurança na Indústria da Construção
PROVERSA: Programa de Vigilância Epidemiológica e Sanitária em Agrotóxicos
PSS: Programa de Saúde e Segurança
PSSTR: Programa Saúde e Segurança do Trabalhador Rural
PT: Permissão de Trabalho
PTR: Permissão de Trabalho de Risco
RAA: Relatório de Auditoria Ambiental
RAP: Relatório Ambiental Prévio
RE: Risco Elevado (Normas de Combate à Incêndio)
REM: Roetgen Equivalent Man (Unidade de dose de Radiação)
RG: Registro Geral (Cédula Identidade)
53
ASPECTOS GERAIS Capítulo 1 
RIA: Responsável pela Instalação Aberta (Técnico Habilitado em Trabalho com Radiação)
RIMA: Relatório de Impacto de Meio Ambiente
RIT: Regulamento de Inspeção ao Trabalho
RL: Risco Elevado (Normas de Combate à Incêndio)
RM: Risco Médio (Normas de Combate à Incêndio)
RNC: Relatório de Não Conformidade
RSI: Repetitive Strain Injuri (LER - Lesão por Esforço Repetitivo, em Inglês)
RT: Responsável Técnico
RTP: Recomendação Técnica de Procedimentos
RTR: Requerimento para Transferência de Fonte Radioativa
SARS: Severe Acute Respiratory Syndrom
SASSMAQ: Sistema de Avaliação de Segurança, Saúde, Meio Ambiente e Qualidade
SAT: Seguro de Acidente de Trabalho
SEC: Sistema Elétrico de Consumo
SECONCI: Serviço Social da Indústria da Construção
SEESMT: Serviço Especializado em Engenharia de Segurança e Medicina do Trabalho
SEFIT: Sistema Federal de Inspeção do Trabalho
SENAC: Serviço Nacional de Aprendizado do Comércio
SENAI: Serviço Nacional de Aprendizado Industrial
SENAR: Serviço Nacional de Aprendizado Rural
SEP: Sistema Elétrico de Potência
SERLA: Fundação Superintendência Estadual de Rios e Lagoas
SERT: Secretaria do Emprego e Relações do Trabalho
SESC: Serviço Social do Comércio
SESI: Serviço Social da Indústria
SESMT: Serviço Especializado em Engenharia de Segurança e Medicina do Trabalho
SESST: Serviço Especializado em Segurança e Saúde do Trabalhador Portuário
SEST: Serviço Especializado em Segurança do Trabalho
SETAS: Secretaria do Trabalho e da Ação Social
SGSST: Sistema de Gestão de Segurança e Saúde no Trabalho
SIASUS: Serviço de Informação Ambulatorial do SUS
SICAF: Sistema de Cadastramento Unifi cado de Fornecedores
SINDUSCON: Sindicato da Indústria da Construção Civil
SINITOX: Sistema Nacional de Informação Tóxico-Farmacológica
SIPAT: Semana Interna de Prevenção de Acidentes do Trabalho
SIT: Secretaria de Inspeção do Trabalho
SOBES: Sociedade Brasileira de Engenharia de Segurança
SOL: Segurança Ordem e Limpeza
SSST: Secretaria de Segurança e Saúde do Trabalho
SST: Saúde e Segurança do Trabalho
SUS: Sistema Único de Saúde
Sv: Sievert (Unidade de dose de Radiação)
TDS: Treinamento de Segurança
54
 Introdução À Engenharia de Segurança do Trabalho
TE: Temperatura Efetiva
TEC: Temperatura Efetiva Corrigida
TIG: Tungsten Inert Gas (Tipo de Solda)
TLV: Threshold Limit Value, Threshold Level Value
TPM: Técnicas de Parasitologia e Manejo de Pragas
TRT: Tribunal Regional do Trabalho
TST: Técnico de Segurança do Trabalho
TST: Tribunal Superior do Trabalho
TWA: Time Weight Average (Nível Médio Ponderado)
TWI: Training With Industry
EU: Unidade Extintora (Normas de Combate à Incêndio)
US: Ultrassom
UFIR: Unidade Fiscal de Referência
UNESCO: United Nations Education, Science And Culture Organization
UNICEF: United Nations Children`S Found
VGD: Ventilação Geral Diluidora
VLE: Ventilação Local Exaustiva
VO: Voláteis Orgânicos
VRT: Valor de Referência Tecnológico
WHO: World Health Organization
Atividades de Estudo:
1) Descreva as Normas Regulamentadoras que se enquadram em 
seu trabalho.
2) Cite ao menos dois desastres ambientais, no Brasil ou no mundo, 
e suas consequências ao meio ambiente.
5 ALGUMAS CONSIDERAÇÕES
Assim, encerramos o primeiro capítulo deste livro. Até aqui, vimos alguns 
conceitos, siglas e normas que devem ser conhecidos pelos profi ssionais da área 
de segurança. Esses aspectos são importantes para a comunicação entre os pro-
fi ssionais da área de segurança do trabalho e serve como introdução a outros 
assuntos pertinentes à área, como laudos e programas usuais na engenharia e 
segurança do trabalho. 
55
ASPECTOS GERAIS Capítulo 1 
No nosso próximo capítulo, abordaremos a introdução dos aspectos técnicos 
da área de segurança do trabalho. 
Bons estudos!
REFERÊNCIAS
BRASIL. Código Civil. Brasília: Senado, 2002.
BRASIL. Portaria nº 1.334 de 21 de dezembro de 1994. Classifi cação Brasileira 
de Ocupações – CBO. Diário Ofi cial da União, Poder Executivo, Brasília, 23 
dez. 1994. Seção 1, p. 20388.
BRASIL. Portaria nº3.275, de 21 de setembro de 1989. Defi ne as atividades do 
Técnico de Segurança do Trabalho. Diário Ofi cial da União, Poder Legislativo, 
Brasília, 22 nov. 1989. Seção 1, p. 16966.
BRASIL. Resolução nº 325, de 27 de novembro de 1987. Dispõe sobre o 
exercício profi ssional, o registro e as atividades do Engenheiro de Segurança do 
Trabalho, e dá outras providências. Diário Ofi cial da União, Poder Executivo, 
Brasília, 8 dez. 1987. Seção 1, p. 21117.
BRASIL. Lei nº 7.498 de 25 de junho de 1986. Regulamenta o exercício da 
enfermagem. Diário Ofi cial da União, Poder Legislativo, Brasília, 26 jun. 1986. 
Seção 1, p. 9273.
CHIRMICI, A.; OLIVEIRA, E. A. R. Introdução à saúde e segurança no 
trabalho. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2016.
COMPDEC – Coordenadoria Municipal de Proteção e Defesa Civil. Deslizamento.
Curitiba, Paraná: Governo do Estado do Paraná, 2009. Disponível em: http://www.
defesacivil.curitiba.pr.gov.br/Dicas/Dicas002.aspx. Acesso em: 26 out. 2019.
DA SILVA, C. A.; GOMES, J. Saúde e segurança ambiental. Curitiba: Instituto 
Federal do Paraná, 2011.
LIMA, M. G. C. Introdução à engenharia, segurança e medicina do trabalho na 
organização. 2009. 16 f. Trabalho – Faculdade São Luís de França, Aracaju, 2009.
LIMONGI, F.; CARVALHO, F. B.; GOULART, J. A. Fabbro Saúde e Segurança 
do Trabalho. Siglas. Porto Alegre-RS: Fabbro, 2019. Disponível em: http://www.
fabbro.com.br/adm_materia/arqs/58.pdf. Acesso em: 20 maio 2019.
56
 Introdução À Engenharia de Segurança do Trabalho
PEIXOTO, N. H. Segurança do trabalho. Santa Maria: Universidade Federal de 
Santa Maria: Colégio Técnico Industrial de Santa Maria, 2010.
TERRIBILE, D. R. A resposta constitucionalmente adequada ao direito 
de reparação do dano ambiental acidente de trabalho. 2017. 179 f. Tese 
(Doutorado em Direito) – Universidade Estácio de Sá, Rio de Janeiro, 2017.
CAPÍTULO 2
ASPECTOS TÉCNICOS
A partir da perspectiva do saber-fazer, são apresentados os seguintes 
objetivos de aprendizagem:
 descrever conceitos, siglas e normas da área de segurança do trabalho;
 defi nir a introdução de gestão de segurança do trabalho bem como os desafi os 
da área de segurança do trabalho.
58
 Introdução À Engenharia de Segurança do Trabalho
59
ASPECTOS TÉCNICOS Capítulo 2 
1 CONTEXTUALIZAÇÃO
Muitas vezes, em atividade, os profi ssionais da área de Segurança do Traba-
lho passam por várias situações que dependem de experiência e conhecimento. 
Muitas dessas situações serão um desafi o para cada profi ssional, como acontece 
em cada área da engenharia. Assim, é preciso conhecer assuntos técnicos e en-
tendê-los com clareza para que se sintam à vontade quando for discutir qualquer 
assunto da área.
Neste capítulo, primeiro veremos sobre acidente do trabalho e suas subdivi-
sões, falaremos sobre os riscos físicos, químicos, biológicos, ergonômicos e de 
acidente. E, por fi m, falaremos especifi camente sobre a Ergonomia, que é um 
assunto destacável dentro da Segurança do Trabalho.
Desejamos que você goste e embarque conosco neste capítulo que prepara-
mos especialmente para você, estudante de pós-graduação. 
2 ACIDENTE DO TRABALHO
Duarte (2002, p. 1) conceitua acidente do trabalho da seguinte maneira: 
“Acidente é um evento indesejável, fortuito, que, efetivamente, causa danos à 
integridade física e/ou mental das pessoas, ao meio ambiente, à propriedade ou a 
mais de um desses elementos, simultaneamente”. 
FIGURA 1 – ACIDENTE DO TRABALHO
FONTE: <http://bit.ly/33mOiG5>. Acesso em: 1 ago. 2019.
60
 Introdução À Engenharia de Segurança do Trabalho
Já para Peixoto (2010, p. 16), acidente do trabalho “é qualquer ocorrência 
não programada, inesperada que interfere e/ou interrompe o processo normal 
de uma atividade, trazendo como consequência isolada ou simultânea, danos 
materiais e/ou lesões ao homem”.
Levando em consideração o conceito normativo da NBR 14280, que trata do 
cadastro de acidente do trabalho, procedimentos e classifi cação: “2.1 acidentes 
do trabalho: Ocorrência imprevista e indesejável, instantânea ou não, relacionada 
com o exercício do trabalho, de que resulte ou possa resultar lesão pessoal”.
FIGURA 2 – CONSTATAÇÃO DE ACIDENTE DO TRABALHO
FONTE: <http://blog.volkdobrasil.com.br/noticias/afi nal-o-que-e-
considerado-acidente-de-trabalho>. Acesso em: 1 ago. 2019.
O Decreto n° 3.048 de 06 de maio de 1999, que regulamenta a Previdência 
Social, e dá outras providências considera acidentes de trabalho as seguintes 
entidades mórbidas: 
I - Doença profi ssional: adquirida na atividade laboral, específi ca da atividade 
e presente na relação elaborada pela previdência social.
II - Doença do trabalho: obtida em condições especiais de trabalho e da 
sua relação com o meio estabelecido pela Previdência Social através de 
doença comprovadamente relacionada ao trabalho
61
ASPECTOS TÉCNICOS Capítulo 2 
§ 1º Não serão consideradas como doença do trabalho: 
a) A doença degenerativa; 
b) A inerente a grupo etário; 
c) A que não produz incapacidade laborativa; 
d) A doença endêmica adquirida por segurados habitantes de região em que 
ela se desenvolve, salvo comprovação de que resultou de exposição 
ou contato direto determinado pela natureza do trabalho;
e) Ato de agressão com motivações pessoais.
Ainda segundo o decreto, equiparam-se a acidente de trabalho: 
I - O acidente do trabalho mesmo que não seja a única causa, mas que tenha 
contribuído com o falecimento do segurado, lesão que exija cuidados médicos 
para recuperação ou perda ou redução de sua capacidade de trabalho.
II - O acidente sofrido pelo trabalhador em seu local de trabalho durante 
suas atividades profi ssionais em consequência de:
a) Ato de agressão, sabotagem ou terrorismo praticado por terceiro ou 
companheiro de trabalho;
b) Ofensa física intencional, inclusive de terceiro, por motivo de disputa 
relacionada com o trabalho; 
c) Ato de imprudência, de negligência ou de imperícia de terceiro ou 
de companheiro de trabalho; 
d) Ato de pessoa privada do uso da razão; 
e) Desabamento, inundação, incêndio e outros casos fortuitos 
decorrentes de força maior. 
III - Doença advinda de contaminação acidental do trabalhador no seu 
exercício profi ssional;
IV - O acidente sofrido, ainda que fora do local e horário de trabalho: 
a) na execução de ordem ou na realização de serviços sob a autoridade 
da empresa; 
b) na prestação espontânea de qualquer serviço à empresa para lhe 
evitar prejuízo ou proporcionar proveito; 
c) em viagem de serviço a pedido da empresa, de qualquer natureza, 
arcada e planejada pela mesma não importando o meio de locomoção 
usado, incluindo o veículo do próprio trabalhador;
d) no trajeto de sua moradia até o seu local de trabalho e vice e versa, 
independentemente do meio de locomoção, podendo ser o automóvel 
do trabalhador ou não, desde que não haja desvio de rota por motivo 
diferente ao trabalho.
Para percurso, considera-se a rota que o trabalhador faz da sua residência até 
o seu local de trabalho, considerando o local de suas refeições independentemente 
do meio de transporte sem que exista desvio do percurso, que é corriqueiramente 
62
 Introdução À Engenharia de Segurança do Trabalho
realizado pelo trabalhador, em que não se considere prazo para que o trabalhador 
chegue a sua residência, local de refeições e trabalho. Para isso é considerado o 
tempo coerente para percorrer a distância determinada de acordo com o meio de 
locomoção escolhido. Períodos reservados a refeições, descanso e necessidades 
fi siológicas no local de trabalho também são considerados como atividade laboral 
(PEIXOTO, 2010).
A data de início de inatividade de suas atividades normais ou de conclusão 
do diagnóstico do trabalhador é considerada como o dia do acidente, valendo o 
que ocorrer primeiro. Se por acaso no contrato do trabalhador estiver descrito 
que ele deverá participar de atividades esportivas no horário de suas atividadesprofi ssionais, e este vier a sofrer alguma lesão, esta será considerada acidente do 
trabalho e agravante, se o empregado estiver em período de recuperação e mesmo 
assim sofrer alguma lesão por atividades esportivas na empresa empregadora. 
Para efeito de comprovação não é considerado agravo ou complicação de 
acidente se este for produto de acidente com outra causa, se junte ou se utilize 
das consequências do acidente anterior (PEIXOTO, 2010).
Para caracterizar o acidente de trabalho, o empregado passará por perícia 
médica no INSS, onde será realizada a identifi cação do chamado nexo entre a 
atividade que o trabalhador exerce e o possível agravo. O nexo é considerado 
quando se verifi ca nexo técnico epidemiológico, atividade e causa motivadora da 
incapacidade estabelecida na CID (PEIXOTO, 2010).
FIGURA 3 – POSTO DE ATENDIMENTO DE PERÍCIA DO INSS
FONTE: <https://www.nsctotal.com.br/noticias/convocados-do-inss-tem-ate-esta-segunda-
para-agendarem-pericia-veja-se-o-seu-nome-esta-na>. Acesso em: 1 ago. 2019.
63
ASPECTOS TÉCNICOS Capítulo 2 
Para saber mais, assista ao vídeo Direitos do trabalhador em 
acidentes de trabalho: https://youtu.be/qzgA4D2_-r4. 
2.1 TIPOS DE ACIDENTES DE 
TRABALHO
Para Peixoto (2010), os tipos de acidentes do trabalho são:
• Acidente típico
Esse tipo de acidente caracteriza-se por ser o tipo de acidente mais comum 
e geralmente ocasionado de algum imprevisto como batidas, quedas, choques 
cortes queimaduras etc.
FIGURA 4 – ACIDENTE TÍPICO
FONTE: <https://laudocerto.com/2016/08/02/acidente-do-trabalho-
defi nicao-tipos-e-equiparacao-legal/>. Acesso em: 1 ago. 2019.
• Doença do trabalho 
64
 Introdução À Engenharia de Segurança do Trabalho
É a alteração estrutural, assim pode-se chamar, das consequências dos tra-
balhos que são exercidos em meio ambiente do trabalho insalubres, ou seja, com 
nível superior aos estabelecidos na NR 15, tais como ruídos, calor, gases, vapo-
res, microrganismos etc. Exemplos que podem ser citados são: pneumoconioses, 
surdez etc.
FIGURA 5 – DOENÇA DO TRABALHO
FONTE: <https://www.advmcoelho.com.br/doenca-do-
trabalho.php>. Acesso em: 1 ago. 2019.
• Acidente de trajeto 
É o acidente sofrido pelo trabalhador no caminho entre a sua residência e o 
local de trabalho e vice-versa, independentemente do meio de transporte próprio 
ou de responsabilidade do empregador seguindo os horários compatíveis com o 
trajeto realizado.
FIGURA 6 – ACIDENTE DE PERCURSO
FONTE: <http://bit.ly/33qZlOo>. Acesso em: 1 ago. 2019.
65
ASPECTOS TÉCNICOS Capítulo 2 
• Incidente
É considerado um acidente sem danos ao trabalhador. O incidente é importante, 
pois seu acontecimento pode antecipar um acidente com danos futuros e com isso os 
profi ssionais da área de segurança do trabalho podem tentar impedir que eles ocor-
ram e possam fazer alguma vítima ou trazer algum dano aos trabalhadores.
FIGURA 7 – INCIDENTE
FONTE: <http://mrsafety.com.br/voce-sabe-qual-e-a-diferenca-entre-
incidente-quase-acidente-e-acidente/>. Acesso em: 1 ago. 2019.
2.2 CAUSAS DOS ACIDENTES DO 
TRABALHO
Lima (2009) caracteriza as causas dos acidentes do trabalho como sendo:
a) Falha Humana – ou ato inseguro, como a maioria dos autores tendem a 
chamar é defi nida como ações executadas de maneira contrária ao que 
as normas regulamentadoras estabelecem.
Segundo o autor, esses fatores humanos colaboram para que ocorram os 
acidentes, e as ações para tentar evitar as falhas humanas incluem campanhas 
educativas, inspeções e ações que visem minimizar as falhas que ocorrem por 
diferentes fatores:
• inaptidão entre o homem e a função; 
• desconhecimento dos riscos da função e ou da forma de evitá-los; 
• desajustamento motivado por: clima de insegurança quanto à manuten-
ção do emprego; 
66
 Introdução À Engenharia de Segurança do Trabalho
• diversas características de personalidade. 
Assim, deve-se analisar tecnicamente o acidente levando em conta todas 
as possíveis causas, já que a falha humana pode ser ocasionada por diversos 
fatores de risco que se bem observadas podem ser evitadas. Desta forma, o 
gerenciamento desses fatores de risco impede o acontecimento de acidentes.
FIGURA 8 – FALHA HUMANA
FONTE: <http://bit.ly/33rjLa1>. Acesso em: 1 ago. 2019.
b) Fatores Ambientais – são consideradas as falhas físicas que interferem 
de alguma forma na segurança do trabalho. As inspeções são o meio 
de verifi cação para posterior correção para essas situações, que podem 
envolver falta de iluminação, ruídos elevados, máquinas sem proteção e 
todos os fatores de riscos ambientais.
FIGURA 9 – FATORES AMBIENTAIS
FONTE: <http://bit.ly/2Wjdvjb>. Acesso em: 1 ago. 2019.
67
ASPECTOS TÉCNICOS Capítulo 2 
Nem sempre todas as condições inseguras possam ser solucionadas, mas 
é possível encontrar soluções para o maior dos problemas. Fenômenos como 
raios, tempestades etc. não são possíveis de serem controlados, mas é possível 
se preparar para eles. Os acidentes podem ser eliminados se forem controladas 
as falhas humanas e os fatores ambientais. Para isso, algumas ferramentas são 
efi cientes para prevenção de acidente, como:
• inspeções de segurança; 
• processos educativos para o trabalhador; 
• campanhas de segurança; 
• análise dos acidentes; 
• CIPA atuante. 
Ainda segundo Lima (2009, p. 5), um acidente é composto de uma junção de 
vários fatores:
• Homem – Uma lesão, que representa apenas um dos possí-
veis resultados de um acidente;
• Material – Quando o acidente afeta apenas o material; 
• Maquinário – Quando o acidente afeta apenas as máquinas. 
Raramente um acidente com máquina se limita a danifi car so-
mente a máquina; 
• Equipamentos – Quando envolver equipamentos, tais 
como: empilhadeiras, guindastes, transportadoras, etc.; 
• Tempo – Perda de tempo é o resultado constante de todo 
acidente, mesmo que não haja dano a nenhum dos fatores aci-
ma mencionados.
2.3 COMUNICAÇÃO DE ACIDENTE DE 
TRABALHO
A Comunicação de Acidente de Trabalho ou CAT – como é conhecida – trata-
-se de um formulário que deve ser preenchido e entregue ao INSS quando ocorrer 
acidentes de trabalho, doenças profi ssionais e acidentes de trajeto. Para isso, o 
trabalhador deve comunicar imediatamente a empresa sobre o acidente para esta 
providenciar a CAT (PEIXOTO, 2010).
A empresa, ao ser informada do acidente, deverá providenciar o mais rápido 
possível a inspeção e correção dos fatores que ocasionaram o acidente do traba-
lho. O prazo para a empresa emitir a CAT é de 24 horas após o acidente, já em 
caso de morte, a CAT deve ser emitida imediatamente e as autoridades policiais 
também devem ser comunicadas (PEIXOTO, 2010).
Caso a empresa não consiga emitir a CAT ao empregado, os responsáveis 
da saúde que atenderam à ocorrência médica, sindicato da categoria a qual per-
68
 Introdução À Engenharia de Segurança do Trabalho
tence o trabalhador ou qualquer autoridade pública, independentemente do prazo 
que se demore, deve emitir e entregar o comunicado (PEIXOTO, 2010).
FIGURA 10 – PARTE DE MODELO DE CAT
FONTE: <https://pt.slideshare.net/anecosta30/modelo-cat>. Acesso em: 1 ago. 2019.
Para saber mais, assista ao vídeo CAT – Entenda o que é e 
como funciona a comunicação do acidente de trabalho: https://youtu.
be/0abOQRGDPuE. 
69
ASPECTOS TÉCNICOS Capítulo 2 
2.4 ESTATÍSTICAS DOS ACIDENTES 
DE TRABALHO
As estatísticas dos acidentes de trabalho são publicadas no Anuário Estatístico 
da Previdência Social (AEPS), que é divulgado anualmente de forma gratuita 
pelo Ministério da Previdência e Assistência Social (MPAS). Abrange estatísticas 
sobre benefícios, acordos internacionais da previdência, serviços previdenciários, 
contribuintes da previdência, arrecadação, economia, demografi a, fi scalização e 
dados acerca dos acidentes de trabalho, conforme segue a Tabela 1.
QUADRO 1 – QUANTIDADE DE ACIDENTES DO TRABALHO POR 
SITUAÇÃO DE REGISTRO E MOTIVOS DO BRASILPaís Anos
Quantidade de Acidentes do Trabalho
Total
CAT Registrada
Sem Registro 
de CATTotal
Motivo
Típico Trajeto
Doença do 
Trabalho
Brasil
2015 622.379 507.753 385.646 106.721 15.386 114.626
2016 585.62 478.039 355.560 108.552 13.927 107.587
2017 585.62 450.614 340.229 100.685 13.927 98.791
FONTE: <http://sa.previdencia.gov.br/site/2019/04/AEPS-
2017-abril.pdf>. Acesso em: 17 jul. 2019.
Atividades de Estudo:
1) Diferencie doença do trabalho e incidente.
3 RISCOS
Segundo Robert (2015, p. 56), “risco é considerado um fator ou um conjunto 
de situações que demonstram a capacidade de ocasionarem danos, doenças, 
lesões e acidentes ao segurado e à empresa”.
Ainda segundo o autor, identifi cação e gerenciamento de risco é uma das 
principais ações que deve ser realizada por empresas e seus colaboradores, com 
70
 Introdução À Engenharia de Segurança do Trabalho
a fi nalidade de ser reduzida e eliminada. São várias as fontes de risco, que vão 
depender da atividade desempenhada pelo empregador, bem como de fatores de 
falta de cuidados com o trabalhador que exerce funções perigosas, negligência, 
imperícia, imprudência, desconhecimento de normas de segurança como as 
normas regulamentadoras e despreocupação com o bem-estar do trabalhador.
3.1 RISCOS BIOLÓGICOS
É notório que existam microrganismos dos mais diversos tipos e fi nalidades. 
Existem microrganismos que fazem bem se utilizados de forma correta e também 
tem os que são causadores de doenças. Desta forma, os microrganismos estão 
presentes em todo lugar, inclusive nos ambientes de trabalho, o que pode o oca-
sionar o risco de doenças ao trabalhador (BREVIGLIERO et al., 2012 apud BEL-
TRAMI; STUMM, 2013).
Os microrganismos causadores de contaminação de ambientes ocupacionais 
são classifi cados como riscos biológicos, que são vírus, bactérias, fungos, pro-
tozoários, parasitas e algumas partículas que causam alergias, por exemplo, o 
pólen. Geralmente estão presentes em ambientes da área da saúde, cemitérios, 
laboratórios, frigorífi cos, indústria alimentícia, farmacêutica, coleta de lixo, esta-
ções de tratamento de esgoto etc. (BREVIGLIERO et al., 2012 apud BELTRAMI; 
STUMM, 2013). 
Ainda segundo os autores, a contaminação por riscos biológicos no ambiente 
de trabalho se dá por diversos fatores:
• contato com material contaminado;
• transmissão por vetores como ratos, baratas, mosquitos etc.;
• permanência em ambientes com contaminantes que se propagam pelo ar;
• acidentes com objetos perfurantes.
 FIGURA 11 – RISCOS BIOLÓGICOS
FONTE: <http://bit.ly/3d7DMaa>. Acesso em: 1 ago. 2019.
71
ASPECTOS TÉCNICOS Capítulo 2 
Segundo Silva e Gomes (2011), os principais riscos biológicos são:
• Microrganismos: são formas de vida de dimensões microscópicas. En-
tre aqueles que causam danos à saúde humana, incluem-se bactérias, 
fungos, alguns parasitas (protozoários) e vírus.
FIGURA 12 – CULTURAS DE MICRORGANISMOS
FONTE: <https://revistagalileu.globo.com/Ciencia/noticia/2017/11/23-mil-microrganismos-
vivem-no-seu-celular-e-podem-te-deixar-doente.html>. Acesso em: 2 ago. 2019.
• Microrganismos geneticamente modifi cados: são os que tiveram seu ma-
terial genético alterado por meio de técnicas de biologia molecular. 
FIGURA 13 – MICRORGANISMOS GENETICAMENTE MODIFICADOS
FONTE: <http://bit.ly/3a1S7mv>. Acesso em: 2 ago. 2019.
72
 Introdução À Engenharia de Segurança do Trabalho
• Culturas de células de organismos multicelulares: o crescimento in vitro 
de células derivadas de tecidos ou órgãos de organismos multicelulares 
em meio nutriente e em condições de esterilidade podem causar danos à 
saúde humana quando contiverem agentes biológicos patogênicos.
FIGURA 14 – ORGANISMOS MULTICELULARES
FONTE: <https://pt.carolchanning.net/obrazovanie/81890-mnogokletochnye-
organizmy-rasteniya-i-zhivotnye.html>. Acesso em: 2 ago. 2019.
• Parasitas: são organismos que sobrevivem e se desenvolvem às custas de um 
hospedeiro, unicelulares ou multicelulares. As parasitoses são causadas por 
protozoários, helmintos (vermes) e artrópodes (piolhos e pulgas).
FIGURA 15 – PARASITAS
FONTE: <https://br.depositphotos.com/133041932/stock-photo-cartoon-
illustration-of-human-parasites.html>. Acesso em: 2 ago. 2019.
73
ASPECTOS TÉCNICOS Capítulo 2 
• Toxinas: substâncias secretadas (exotoxinas), exemplo Clostridium teta-
ni, responsável pelo tétano, ou liberadas (endotoxinas), exemplo Menin-
gococcus ou Salmonella, por microrganismos específi cos que causam 
danos à saúde humana, o que pode provocar a morte. 
O Anexo I da NR 32 (2011, p. 17) traz a classifi cação dos riscos biológicos:
Classe de risco 1 - baixo risco individual para o trabalhador e 
para a coletividade, com baixa probabilidade de causar doença 
ao ser humano.
Classe de risco 2 - risco individual moderado para o trabalhador 
e com baixa probabilidade de disseminação para a coletividade. 
Podem causar doenças ao ser humano, para as quais existem 
meios efi cazes de profi laxia ou tratamento. 
Classe de risco 3 - risco individual elevado para o trabalhador 
e com probabilidade de disseminação para a coletividade. 
Podem causar doenças e infecções graves ao ser humano, 
para as quais nem sempre existem meios efi cazes de profi laxia 
ou tratamento. 
Classe de risco 4 - risco individual elevado para o trabalhador 
e com probabilidade elevada de disseminação para 
a coletividade. Apresenta grande poder de transmissibilidade 
de um indivíduo a outro. Podem causar doenças graves ao 
ser humano, para as quais não existem meios efi cazes de 
profi laxia ou tratamento. 
Esses Riscos podem causar diversas reações no corpo humano, como 
infecções, intoxicação, alergias variadas, doenças autoimunes, câncer e 
malformações.
FIGURA 16 – TOXINAS
FONTE: <https://espacotelheiras.wordpress.com/2015/02/27/
eliminar-toxinas-detox/>. Acesso em: 2 ago. 2019.
74
 Introdução À Engenharia de Segurança do Trabalho
3.2 RISCOS FÍSICOS
Para Peixoto (2010), os riscos físicos são correlacionados aos fatores 
físicos do ambiente como ruído, calor, frio, vibrações etc. O limite de tolerância 
desses riscos são determinados pela NR 15. Índices elevados desses fatores 
podem trazer efeitos irreversíveis à saúde do trabalhador, como a surdez, que 
é produto de um ambiente de trabalho com ruído acima dos limites de tolerância 
estabelecidos na NR 15.
• Ruído
Peixoto (2010) classifi ca ruído como sendo uma pressão exercida em nossos 
tímpanos capaz de causar efeitos desagradáveis ao trabalhador se exercida acima 
do seu limite de tolerância. É possível citar a perda de audição na frequência de 
4 a 6 kHz, como efeito irreversível em consequência de valores superiores ao 
estabelecido no Anexo I da NR 15:
TABELA 1 – LIMITES DE TOLERÂNCIA PARA RUÍDO CONTÍNUO OU INTERMITENTE
Nível de Ruído dB (A) Máxima Exposição Diária Permissível
85 8 horas
86 7 horas
87 6 horas
88 5 horas
89 4 horas e 30 minutos
90 4 horas
91 3 horas e 30 minutos
92 3 horas
93 2 horas e 40 minutos
94 2 horas e 15 minutos
95 2 horas
96 1 hora e 45 minutos
98 1 hora e 15 minutos
100 1 hora
102 45 minutos
104 35 minutos
105 30 minutos
106 25 minutos
108 20 minutos
110 15 minutos
112 10 minutos
114 8 minutos
115 7 minutos
FONTE: Anexo I NR 15 (1978, p. 1)
75
ASPECTOS TÉCNICOS Capítulo 2 
Conforme Peixoto (2010), outros efeitos causados pelo ruído alto nos seres 
humanos são: 
• aceleração da pulsão;
• fadiga;
• nervosismo etc.
Segundo o autor, o controle do ruído vai depender muito do conhecimento do 
processo laboral envolvido, geralmente a experiência e improviso dos profi ssionais 
da área de segurança contam muito na maioria dos controles de riscos. A melhor 
maneira de diminuir a exposição ao ruído são EPC, que nesse caso buscam 
enclausurar o ruído próximo a sua fonte geradora não deixando que as ondas se 
dissipem no ambiente de trabalho.
Ainda, conforme o autor, outro método que só deve ser utilizado em últimos 
casos para atenuaro ruído são os EPI, mas antes disso pode-se tomar várias 
medidas preventivas, como:
• substituição do equipamento por outro menos ruidoso;
• lubrifi cação do equipamento gerador do ruído;
• isolamento acústico;
• manutenção em dia do equipamento gerador do ruído.
FIGURA 17 – RUÍDO
FONTE: <http://bit.ly/2U8xBK4>. Acesso em: 2 ago. 2019.
• Calor
76
 Introdução À Engenharia de Segurança do Trabalho
Para Peixoto (2010), denomina-se sobrecarga térmica toda energia que o or-
ganismo precisa dissipar para atingir o chamado equilíbrio térmico. Trabalhadores 
de diversas indústrias como siderúrgicas, fundição e vidros estão suscetíveis à 
exposição excessiva ao calor, que como consequência apresentam os seguintes 
problemas:
• desidratação;
• cãibras;
• choques térmicos;
• catarata e outros. 
Ainda de acordo com Peixoto (2010), tais problemas, além da exposição ex-
cessiva ao calor, também estão relacionados ao desgaste físico e, caso as medi-
das de controle não forem adotadas pela empresa, levando-se em conta os lau-
dos e programas elaborados pelo SESMT, as consequências podem se tornar 
irreparáveis.
Assim como em outros agentes de risco físico, o calor também tem seu limi-
te de tolerância presente no Anexo II da NR 15. Dessa forma, a norma traz uma 
referência de salubridade para calor que é utilizada no LTCAT, dependendo da 
atividade.
Com a fi nalidade de atenuação de alguns fatores, Peixoto (2010) descreve 
que devem ser levados em consideração:
• temperatura;
• umidade do ar;
• velocidade do ar;
• calor radiante;
• atividade exercida.
Para Peixoto (2010), as medidas de atenuação à exposição ao calor são:
• aclimatação, que é a adaptação lenta e progressiva do indivíduo a ativi-
dades que o exponham ao calor;
• limitação do tempo de exposição;
• educação e treinamento;
• controle médico;
• medidas de conforto térmico (ventilação, exaustão) etc.
77
ASPECTOS TÉCNICOS Capítulo 2 
FIGURA 18 – CALOR
FONTE: <http://www.seniorsegurancadotrabalho.com.
br/blog1.html>. Acesso em: 2 ago. 2019.
• Frio
Peixoto (2010) defi ne que nosso corpo, assim como de outros animais, perde 
calor para o ambiente. Caso essa perda seja superior ao calor produzido pelo cor-
po humano, haverá a vasoconstrição, que é uma reação do corpo humano para 
evitar a perda de calor, assim o fl uxo sanguíneo será reduzido em decorrência da 
queda de temperatura.
A temperatura do corpo humano é de aproximadamente 36 ºC, caso ocorra 
uma redução de temperatura externa, as consequências são:
• redução das atividades fi siológicas;
• diminuição da taxa metabólica;
• queda de pressão arterial;
• queda dos batimentos cardíacos;
• estado de sonolência;
• redução da atividade mental;
• redução da capacidade de tomar decisões;
• perda da consciência;
• coma;
• possível morte.
Na maioria das vezes, esse fator de risco ocorre em indústrias alimentícias, 
farmacológicas, frigorífi cos que possuem câmaras frias e, consequentemente, ati-
vidade laboral dentro dessas câmaras por tempos elevados.
78
 Introdução À Engenharia de Segurança do Trabalho
Segundo Peixoto (2010), as medidas de controle adotadas para diminuir a 
exposição ao frio são:
• utilização de vestimentas adequadas;
• aclimatação;
• controle médico.
FIGURA 19 – FRIO
FONTE: <https://www.vix.com/pt/comportamento/574822/nao-e-frescura-mulheres-
produzem-melhor-em-ambientes-quentinhos-descobre-ciencia>. Acesso em: 2 ago. 2019.
• Vibrações
Seguindo com Peixoto (2010), vibrações são tensões geradas por um equi-
pamento ou atividade durante o trabalho que podem reduzir o rendimento dos 
trabalhadores e afetar a sua saúde de forma signifi cativa.
Os principais efeitos das vibrações afetam braços e mãos provocando pro-
blemas circulatórios e articulatórios. O uso de ferramentas manuais pode causar 
uma doença chamada dedos brancos, que tem como principal sintoma a perda da 
sensibilidade nas pontas dos dedos das mãos.
São fontes geradoras de vibração:
• vibrador de concreto;
• martelete pneumático;
• motosserra etc.
79
ASPECTOS TÉCNICOS Capítulo 2 
As medidas de controle para atenuar a exposição das vibrações são os dis-
positivos técnicos que limitam as vibrações em intensidade, assim, na transmis-
são das máquinas, as medidas de controle mais adotadas contam com calçados 
e sapatos de borracha.
FIGURA 20 – VIBRAÇÃO
FONTE: <https://www.dynamicasst.com.br/noticias/noticia.asp?id=169&noticia=vibracao-
ocupacional-pode-causar-serios-danos-a-saude-do-trabalhador>. Acesso em: 2 ago. 2019.
• Radiações ionizantes
As radiações ionizantes, segundo Peixoto (2010), têm como origem materiais 
radioativos como os raios alfa, beta e gama produzidos por algum equipamento. 
Os raios alfa e beta possuem menor risco por terem menor penetração no or-
ganismo. Já os raios x e gama são mais nocivos por possuírem maior poder de 
penetração no organismo. 
As radiações ionizantes de uso industrial são o raio x, gama e beta, e de uso 
não industrial são alfa e nêutron, com diferentes faixas de comprimento de onda. 
O Anexo 5 da NR 15 traz os limites de tolerância para radiações ionizantes, assim 
é possível ter uma referência para determinação de insalubridade para trabalha-
dores que desempenham atividades com o uso desse risco físico.
80
 Introdução À Engenharia de Segurança do Trabalho
FIGURA 21 – RADIAÇÃO IONIZANTE E NÃO IONIZANTE E SEU 
POSICIONAMENTO NO ESPECTRO ELETROMAGNÉTICO
FONTE: <https://radioprotecaonapratica.com.br/perigos-da-
radiacao-ionizante/>. Acesso em: 2 ago. 2019.
• Radiações não ionizantes
Já as radiações não ionizantes, Peixoto (2010) defi ne como sendo radiações 
eletromagnéticas cuja energia não ioniza os átomos incidentes ou penetrados e 
podem ser:
• raios infravermelhos; 
• micro-ondas;
• ultravioleta;
• laser.
Para o mesmo autor, os efeitos no organismo humano desse tipo de radiação 
dependerão de alguns fatores, como:
• tempo de exposição;
• intensidade da exposição;
• comprimento de onda da radiação;
• região da radiação no espectro eletromagnético.
Para Peixoto (2010), os tipos de radiações não ionizantes são:
a) Raios infravermelhos
81
ASPECTOS TÉCNICOS Capítulo 2 
São emitidos a partir de trabalhos com:
• solda elétrica;
• solda oxiacetilênica;
• metais e vidros incandescentes;
• fornos e fornalhas;
• trabalhos a céu aberto (sol é fonte natural de raios infravermelhos).
FIGURA 22 – SOLDA EMITINDO RAIOS INFRAVERMELHOS
FONTE: <https://www.youtube.com/watch?v=K4ceVI2pNG8>. Acesso em: 2 ago. 2019.
b) Micro-ondas
Micro-ondas são emitidas por equipamentos domésticos e industriais. São 
produzidas em diversas fontes, como:
• estações de radar;
• radiotransmissor;
• fornos eletrônicos. 
Os efeitos no organismo podem ser diversos, como:
• catarata;
• inibição do ritmo cardíaco;
• hipertensão arterial;
• intensifi cação da atividade da glândula tireoide;
• debilitação do sistema nervoso central;
• redução da capacidade do olfato;
• aumento da histamina no sangue que pode causar morte.
82
 Introdução À Engenharia de Segurança do Trabalho
FIGURA 23 – SISTEMA DE RADAR QUE UTILIZA MICRO-ONDAS
FONTE: <http://asasdeferro-suplementos.blogspot.com/2016/03/
sistemas-de-radar.html>. Acesso em: 2 ago. 2019.
c) Ultravioleta
Os raios ultravioletas são geralmente produzidos na indústria em processos, 
como:
• solda elétrica;
• fotos-reprodução;
• esterilização do ar e da água;
• produção de luz fluorescente;
• sopragem de vidro;
• operações com metal quente (acima de1000 ºC);
• dispositivos usados pelos dentistas;
• processos de aluminotermia (emprego de alumínio em pó em atividades 
químicas);
• lâmpadas especiais etc. 
O sol é uma fonte de raios ultravioletas que é benéfi co ao homem em doses 
pequenas de exposição com no máximo 15 minutos para produção de vitamina D. 
Caso essa dose seja ultrapassada, os raios ultravioletas começam a trazer graves 
prejuízos à saúde.
83
ASPECTOS TÉCNICOS Capítulo 2 
FIGURA24 – SOLDA EMITINDO ULTRAVIOLETA
FONTE: <http://wwwo.metalica.com.br/aco-inox-processos-
de-soldagem>. Acesso em: 2 ago. 2019.
d) Laser
Laser vem do inglês Light Amplifcation by Stimulated Emission of Radiation e 
signifi ca amplifi cação da luz por emissão estimulada de radiação. É considerado 
um feixe de luz direcional convergente, ou seja, que se encontra em um único 
ponto. Sua aplicação está relacionada a:
• metalúrgicas para cortar metais;
• solda;
• equipamentos para medições de distâncias;
• medicina;
• pesquisas científi cas;
• levantamentos topográfi cos e geológicos etc.
Se o efeito é relacionado diretamente ao olho humano, pode causar danos na 
retina, que é a membrana sensível do olho que em alguns casos são irreversíveis 
e, por fi m, pode provocar a cegueira do trabalhador.
84
 Introdução À Engenharia de Segurança do Trabalho
FIGURA 25 – LASER USADO NO CORTE DE METAIS
FONTE: <http://www.metalurgicatoscano.com.br/prestacao-
servico-corte-laser>. Acesso em: 2 ago. 2019.
• Pressões anormais
Peixoto (2010) explica que as pressões anormais são pressões do ambiente 
exercidas no trabalhador que podem ser diferentes da pressão atmosférica.
As pressões anormais podem causar embolia pulmonar, aneurisma e AVC. 
Já as atividades que pode ter pressões anormais são:
• serviços de mergulho;
• construção de túneis;
• construção de fundações submersas, de pontes;
• escavações de áreas de alicerces.
85
ASPECTOS TÉCNICOS Capítulo 2 
FIGURA 26 – PRESSÕES ANORMAIS NA ATIVIDADE DE CONCRETAGEM DA BASE
FONTE: <https://sites.google.com/site/lanfundacaoeobrasgeotecnicas/92-
riscos-fi sicos-em-pressoes-anormais>. Acesso em: 2 ago. 2019.
• Umidade
Segundo Tavares (2016), trabalhos realizados em locais alagados ou enchar-
cados com muita umidade são capazes de trazer danos aos trabalhadores e que 
em situações de constatação de umidade inferior a 40%, conforme estabelece a 
86
 Introdução À Engenharia de Segurança do Trabalho
NR 17, são considerados insalubres, já o Anexo 10 da NR 15 não estabelece um 
percentual, ele traz que locais com umidade excessiva podem ser considerados 
insalubres, considerando o laudo de inspeção realizada no local de trabalho.
Ainda segundo a autora, exposição a níveis de umidade inadequadas acar-
reta doenças do aparelho respiratório, doenças de pele, circulatória etc. Para o 
controle de exposição à umidade podem ser utilizados equipamentos de proteção 
coletiva como modifi cações das atividades de processos do trabalho, ralos de es-
coamento etc. Podem ser utilizados também EPI como luvas de borracha, botas, 
avental, entre outros.
FIGURA 27 – UMIDADE
FONTE: <https://www.tintas.net.br/tinta/umidade/>. Acesso em: 2 ago. 2019.
3.3 RISCOS QUÍMICOS
Para Peixoto (2008), os riscos químicos podem ser defi nidos com substâncias 
ou formas de substâncias produzidas pelas atividades laborais que possam entrar 
no organismo humano através de contato e absorção da pele ou por ingestão, que 
pode prejudicar o trabalhador trazendo dados a sua saúde. As formas dos riscos 
químicos são:
• gases e vapores;
• poeiras;
• fumos;
• névoas;
• neblinas.
87
ASPECTOS TÉCNICOS Capítulo 2 
a) Poeiras
Peixoto (2008) classifi ca como partículas sólidas aquelas maiores de 0,5 µ 
(meio mícron) dispersas no ar por diferentes ações mecânicas, como:
• ação do vento;
• lixadeiras;
• serviços de raspagem e abrasão;
• polimento;
• acabamento;
• Escavação;
• Colheita etc.
As poeiras podem causar:
• Pneumoconioses – estado mórbido decorrente da infi ltração de poeiras 
instaladas que conferem endurecimento ou fi brose do pulmão.
• Alergias e irritações das vias respiratórias.
FIGURA 28 – POEIRA
FONTE: <http://falandodeprotecao.com.br/os-tipos-de-poeiras-
e-seus-respectivos-riscos/>. Acesso em: 2 ago. 2019.
Os aerodispersoides podem ser classifi cados assim:
• fumos;
• poeiras;
• fi bras;
• fumaças;
• névoas;
• neblinas.
88
 Introdução À Engenharia de Segurança do Trabalho
FIGURA 29 – CLASSIFICAÇÃO DOS AERODISPERSOIDES
Partículas geradas por ruptura 
mecânica de líquidos.
Partículas formadas pela 
ruptura mecânica de sólidos.
Partículas geradas pela 
condensação de vapores 
de substâncias líquidas 
a temperatura normal.
Longo e fi no fi lamento 
de determinado material 
(conforme NHO-04).
Partículas formadas pela 
condensação/oxidação de 
vapor de substância sólida 
a temperatura normal.
Neblinas
Fibras
Fumos
Poeiras
Névoas
Líquidos
Sólidos
Aerodispersoides
FONTE: <https://bit.ly/2WBFx9x>. Acesso em: 6 nov. 2019.
b) Fumos
Para Peixoto (2008), os fumos podem ser considerados partículas sólidas 
dispersas no ar com diâmetro inferior a 1 µm proveniente da condensação de 
gases de alguma queima, como os que ocorrem no processo de diversas formas 
de soldagem, indústria de pneus etc.
Podem causar pneumoconioses ou envenenamento por metais pesados, 
como por exemplo, o saturnismo, que é provocado pelo chumbo em fundições.
FIGURA 30 – FUMOS
FONTE: <https://bit.ly/3bj1wq8>. Acesso em: 2 ago. 2019.
89
ASPECTOS TÉCNICOS Capítulo 2 
c) Névoas
Segundo Peixoto (2008), névoas são partículas líquidas em suspensão no 
ar por ação do vento por ruptura mecânica de algum equipamento ou não, a qual 
podemos citar:
• jatos de esguicho (spray);
• névoas de pinturas;
• névoas de ácido sulfúrico etc. 
Os danos causados são diversos, dependendo da substância que fi ca em 
suspensão e é inalada ou absorvida pelo trabalhador.
d) Neblinas
Peixoto (2008) conceitua neblinas como sendo partículas líquidas dispersas 
no ar com diâmetro inferior a 0,5 µ provenientes de um processo térmico, como o 
cozimento de produtos alimentícios, por exemplo.
Os efeitos para a saúde do trabalhador podem variar de acordo com o líquido 
evaporado, por exemplo, uma neblina de ácidos dentro de um lugar fechado pode 
gerar irritação dos olhos, pele e vias respiratórias do trabalhador.
FIGURA 31 – EXEMPLO DE ATIVIDADE QUE GERA NÉVOA
FONTE: <https://bit.ly/2Uw8bqh>. Acesso em: 2 ago. 2019.
e) Gases
Gases, segundo Peixoto (2008), são considerados elementos ou substâncias 
que em temperatura não alterada estão no estado gasoso. No entanto, os danos à 
saúde são asfi xiantes, como, por exemplo:
90
 Introdução À Engenharia de Segurança do Trabalho
• gás de cozinha;
• acetileno;
• argônio;
• gás carbônico.
Também podem ser tóxicos, como:
• monóxido de carbono;
• amônia;
• cloro etc.
FIGURA 32 – GASES
FONTE: <https://www.ambientec.com/servico/avaliacao-e-monitoramento-
de-agentes-quimicos/>. Acesso em: 2 ago. 2019.
f) Vapores
Para Peixoto (2008), vapores são substâncias ou componentes voláteis que 
emitem vapores e, se submetidos a temperaturas elevadas, podem causar efeitos 
catastrófi cos dependendo da substância, por exemplo, a gasolina.
91
ASPECTOS TÉCNICOS Capítulo 2 
FIGURA 33 – VAPORES DE BENZENO
FONTE: <https://www.ecycle.com.br/2213-benzeno>. Acesso em: 2 ago. 2019.
g) Substâncias, compostos e produtos químicos em geral
Os danos à saúde estão relacionados a sua composição e podem ser:
• cáusticos;
• irritantes;
• alergênicos etc. 
Exemplos:
• ácidos;
• os álcalis (soda);
• detergentes;
• desumidifi cantes;
• sabões e outros. 
3.4 RISCOS MECÂNICOS
Os riscos mecânicos, segundo Peixoto (2010), estão relacionados ao contato 
físico direto e podem gerar lesões ao trabalhador. Essas lesões podem ser:
• cortes;
• fraturas;
• escoriações;
• queimaduras.
92
 Introdução À Engenharia de Segurança do Trabalho
Os fatores que podem causar o aparecimento dos riscos mecânicos são:
• arranjo físico inadequado;
• ordem e limpeza precárias;
• máquinas e equipamentos sem proteção;
• ferramentas inadequadas ou defeituosas.
Para saber mais, assista ao vídeo Exemplo dos Agentes de 
Risco: https://youtu.be/-qiA-5dp6CQ. 
Arranjo físico inadequado
O arranjo físico inadequado, segundo Peixoto (2010), pode causar um mau 
aproveitamento do espaço no localde trabalho e pode gerar:
• Máquinas em posições inadequadas.
• Materiais maldispostos.
• Móveis sem boa localização.
FIGURA 34 – ARRANJO FÍSICO ADEQUADO
FONTE: <https://bit.ly/3acwxfh>. Acesso em: 2 ago. 2019.
93
ASPECTOS TÉCNICOS Capítulo 2 
Ordem e limpeza precárias
O bem-estar do trabalhador é um dos fatores pouco observados em ambien-
tes do trabalho. Peixoto (2011), no entanto, nos alerta de que esses fatores exer-
cem influência de ordem psicológica sobre as pessoas, interferindo na produtivi-
dade dos trabalhadores.
FIGURA 35 – ORDEM E LIMPEZA PRECÁRIAS
FONTE: <https://glo.bo/39aj06z>. Acesso em: 2 ago. 2019.
Máquinas e equipamentos sem proteção
Os novos equipamentos e máquinas estão incluindo em sua estrutura 
proteções para elementos perigosos, geralmente estruturais, e que servem para o 
funcionamento do equipamento. Peixoto (2010) descreve que a falta de proteção 
pode estar em diversas partes, como:
• correias;
• polias;
• correntes;
• eixos;
• rotativos etc.
Esses componentes podem ocasionar o agarro do trabalhador em roupas, 
cabelos, roupas e mãos, levando-as contra o equipamento e causando diversas 
lesões.
94
 Introdução À Engenharia de Segurança do Trabalho
FIGURA 36 – MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS SEM PROTEÇÃO
FONTE: <https://bit.ly/3amFp25>. Acesso em: 2 ago. 2019.
Ferramentas inadequadas ou defeituosas
Segundo Peixoto (2010), as ferramentas devem ser sempre usadas para sua 
destinação e nunca devem ser improvisadas. O improviso de ferramentas pode 
trazer riscos de acidentes e, consequentemente, o de lesões ao trabalhador. Um 
exemplo de improviso de ferramentas é fi xar um prego utilizando alicate, chaves 
inglesas etc. ou abrir latas com chaves de fenda.
FIGURA 37 – FERRAMENTA COM USO INADEQUADO
FONTE: <https://slideplayer.com.br/slide/10274788/>. Acesso em: 2 ago. 2019.
95
ASPECTOS TÉCNICOS Capítulo 2 
Atividade de Estudo:
1 Cite os riscos físicos presentes no seu trabalho atual ou de algum 
amigo.
4 ERGONOMIA
Segundo Gonçalves (2014), a ergonomia é a ciência da adaptação do meio 
do trabalho para o trabalhador. Chama-se também de engenharia dos fatores 
humanos e pode-se considerar que é uma ciência multidisciplinar, a qual envolve 
a integração de várias ciências, como:
• Anatomia;
• Antropometria;
• Biomecânica; 
• Fisiologia;
• Psicologia, entre outras.
A Norma Regulamentadora 17 é a norma que estabelece parâmetros para 
adaptações dos ambientes de trabalho de modo a proporcionar maior conforto, 
segurança e desempenho aos trabalhadores.
Para Gonçalves (2014), a ergonomia pode ser usada por todos os setores 
produtivos e administrativos, podendo citar: 
• indústrias;
• hospitais e centros de saúde;
• escolas;
• transportes;
• sistemas informatizados etc.
96
 Introdução À Engenharia de Segurança do Trabalho
FIGURA 38 – ERGONOMIA
FONTE: <https://blog.marelli.com.br/pt/o-que-e-ergonomia-e-como-
aplica-la-a-decoracao-de-ambientes/>. Acesso em: 2 ago. 2019.
Gonçalves (2014) relata que a ergonomia busca melhorar situações de traba-
lho e lazer, melhorando:
• estresses físicos;
• articulações;
• músculos;
• nervos;
• tendões;
• ossos;
• fatores ambientais que interferem diretamente no bem-estar do trabalha-
dor. Por exemplo, é melhorar a quantidade de luminosidade que interfere 
na visão dos trabalhadores.
Para o autor, a ergonomia pode melhorar e ajudar em diversas situações, 
como:
• Na compra e planejamento de equipamentos e sistemas computadoriza-
dos, que visa ao controle da carga de estresse e da responsabilidade.
• Defi ne tarefas buscando a efi ciência e levando em consideração neces-
sidades humanas, como as pausas para descanso.
• Atua desde a elaboração do desenho de equipamentos até sua disposi-
ção fi nal no ambiente de trabalho.
• Atua na postura, visando aliviar a carga de trabalho no corpo, possibili-
tando a redução no índice das lesões por DORT.
97
ASPECTOS TÉCNICOS Capítulo 2 
FIGURA 39 – PLANEJAMENTO DE MÓVEIS E EQUIPAMENTOS
FONTE: <https://blog.marelli.com.br/pt/o-que-e-ergonomia-e-como-
aplica-la-a-decoracao-de-ambientes/>. Acesso em: 2 ago. 2019.
Gonçalves (2014) relata que a ergonomia também pode ser aplicada nos 
processos de informação com a fi nalidade de melhorar o entendimento de guias e 
sinais para que fi quem mais esclarecedores e sem ocorrência de erros, buscando:
• Criar ações de educação e capacitação em todos os aspectos do traba-
lho para compreensão pelos trabalhadores.
• Em determinados projetos, como no desenho de equipamento militar e 
espacial, em que é testada a resistência do corpo humano, chegando a 
limites extremos.
• Criar projetos voltados para a iluminação e a temperatura ambiente, de 
modo a permitir que o trabalhador (ou usuário) execute sua atividade de 
acordo com suas necessidades.
Assim, a ergonomia utiliza o conhecimento científi co das habilidades huma-
nas e as aplica em organizações, atividade, máquinas, ferramentas e móveis com 
a fi nalidade de se tornarem aptos à necessidade humana.
Atividades de Estudo:
1 Cite ao menos três melhorias que a ergonomia pode realizar no 
trabalho.
98
 Introdução À Engenharia de Segurança do Trabalho
5 ALGUMAS CONSIDERAÇÕES
Neste capítulo, estudamos alguns aspectos técnicos referentes à segurança 
do trabalho. Você, pós-graduando, está preparado para as matérias mais 
específi cas que serão abordadas ao longo do curso. Agora, sempre quando ler ou 
escutar sobre os riscos ambientais, saberá do que se trata. 
Neste capítulo, também vimos os tipos de acidentes e como comunicá-los ao 
órgão competente. 
No próximo capítulo, trataremos de aspectos de gestão de segurança. 
REFERÊNCIAS
BELTRAMI, Monica; STUMM, Silvana. Higiene no trabalho. Curitiba: Instituto 
Federal do Paraná, 2013.
BRASIL. Decreto n° 3.048, de 6 de maio de 1999. Aprova o Regulamento da 
Previdência Social, e dá outras providências. Brasília, 1999.
DUARTE, Moacyr. Riscos industriais: etapas para a investigação e a prevenção 
de acidentes. Rio de Janeiro: FUNENSEG, 2002.
GONÇALVES, Selma Elizabeth de França. Saúde e segurança no trabalho. 
Pinheiral: Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio de Janeiro 
(IFRJ) e a Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), 2014.
LIMA, Maria Gildenes Couto. Introdução à engenharia, segurança e medicina 
do trabalho na organização. 2009. 16 f. Trabalho – Faculdade São Luís de 
França, Aracaju, 2009.
NORMA REGULAMENTADORA. NR 32 – Segurança e Saúde no Trabalho em 
Serviços de Saúde. 2011.
NORMA REGULAMENTADORA. NR 15 – Atividades e Operações Insalubres. 
1978
PEIXOTO, Neverton Hofstadler. Segurança do trabalho. Santa Maria: 
Universidade Federal de Santa Maria: Colégio Técnico Industrial de Santa Maria, 
2010.
99
ASPECTOS TÉCNICOS Capítulo 2 
PEIXOTO, Neverton Hofstadler. Curso técnico em automação industrial:
segurança no trabalho. Santa Maria: Colégio Técnico Industrial de Santa Maria, 
2008.
ROBERT, Leila. Fundamentos da higiene e segurança no trabalho. Cuiabá: 
Instituto Federal Tecnológico do Pará – IFPA, 2015.
SILVA, Cesar A. da; GOMES, João. Saúde e segurança ambiental. Curitiba: 
Instituto Federal do Paraná, 2011.
TAVARES, Cláudia Régia Gomes. Segurança do trabalho I. Natal: Universidade 
Federal do Rio Grande do Norte, 2016.
100
 Introdução À Engenharia de Segurança do Trabalho
CAPÍTULO 3
GESTÃO DE SEGURANÇA 
DO TRABALHO
A partir da perspectiva do saber-fazer, são apresentados os seguintes 
objetivos de aprendizagem:
 apresentar o escopo básico de gestão de segurança do trabalho;
 entender que a segurança do trabalho começa com uma boa gestão de diversos 
fatores.
102
 Introdução À Engenharia de Segurança do Trabalho
103
GESTÃO DE SEGURANÇA DO TRABALHO Capítulo 3 
1 CONTEXTUALIZAÇÃO
No capítulo anterior, vimos assuntos técnicos relacionados à segurança e 
saúde do trabalho, como acidentes, riscos e ergonomia. Neste capítulo,abordare-
mos a introdução do sistema de Gestão de Segurança do Trabalho, bem como os 
seus benefícios.
Esperamos que goste e que este sirva como base para você seguir para as 
matérias posteriores do curso. Assim, venha conosco aprender como introduzir 
um sistema de Gestão de Segurança do Trabalho.
2 PREVENÇÃO
Para Gonçalves (2014, p. 29), “prevenção em acidentes é algo a ser coloca-
do em prática de forma permanente e, para isso ocorrer, a prevenção deve utilizar 
várias áreas do conhecimento, conceitos e técnicas que se reciclam com evolu-
ção tecnológica”.
Já para Castel (1984 apud CAPONI, 2003, p. 74), “prevenir é antes de tudo, 
vigiar, antecipar a emergência de acontecimentos indesejáveis”.
FIGURA 1 – ACIDENTE DO TRABALHO
FONTE: <https://www.tagout.com.br/blog/seguranca-do-trabalho-e-planejamento-
como-auxiliam-na-prevencao-de-acidentes/>. Acesso em: 9 ago. 2019.
Durante o ano de 2017, foram registrados no INSS cerca de 
549,4 mil acidentes do trabalho. Comparado com 2016, o nú-
mero de acidentes de trabalho teve um decréscimo de 6,19%. 
O total de acidentes registrados com CAT diminuiu em 5,74% 
de 2016 para 2017. Do total de acidentes registrados com 
CAT, os acidentes típicos representaram 75,50%; os de trajeto 
22,34% e as doenças do trabalho 2,15%. 
104
 Introdução À Engenharia de Segurança do Trabalho
As pessoas do sexo masculino participaram com 68,88% e as 
pessoas do sexo feminino 31,12% nos acidentes típicos; 60,06% 
e 39,94% nos de trajeto; e 59,16% e 40,84% nas doenças do tra-
balho. Nos acidentes típicos e nos de trajeto, a faixa etária dece-
nal com maior incidência de acidentes foi a constituída por pes-
soas de 25 a 34 anos com, respectivamente, 32,61% e 35,32% 
do total de acidentes registrados. Nas doenças de trabalho, a 
faixa de maior incidência foi a de 35 a 44 anos, com 34,53% do 
total de acidentes registrados (BRASIL, 2017, p. 564).
O número de óbitos, levando em consideração o cadastro de benefícios, deve 
considerar os óbitos de segurados que possuíam dependentes e, portanto, geraram 
pensão por morte, mas também os daqueles que morreram e, por não possuírem 
dependentes, não geraram qualquer tipo de benefício (BRASIL, 2017, p. 564).
No primeiro caso, dados completos estão disponíveis no SUB. 
No segundo caso, só podem ser obtidos dados parciais, já que 
a rotina de captação do dado indicativo de morte decorrente 
de acidente do trabalho depende da comunicação do óbito por 
meio da CAT (BRASIL, 2017, p. 564).
FIGURA 2 – DISTRIBUIÇÃO DE ÓBITOS DAS GRANDES REGIÕES – 2017
FONTE: Brasil (2017, p. 606)
Gonçalves (2014) afi rma que o trabalhador é exposto a riscos ambientais, 
de acidentes e doenças ocupacionais na atividade que exercer. A segurança do 
trabalhador faz com que os malfeitos sejam apenas uma possibilidade e que não 
se tornem realidade. Nos dias atuais é notório que a segurança do trabalho é 
preocupação tanto no Brasil quanto em outros países. Mesmo que no Brasil essa 
preocupação passe pelo medo das sanções impostas pela justiça. A despreocu-
pação também existe, já que em algumas atividades, como da construção civil, os 
índices de acidentes ainda continuam elevados.
105
GESTÃO DE SEGURANÇA DO TRABALHO Capítulo 3 
FIGURA 3 – SAÚDE DO TRABALHADOR
FONTE: <https://bit.ly/3dnkAVN>. Acesso em: 12 ago. 2019.
Dessa forma, Gonçalves (2014) afi rma que a análise dos dados referentes à 
prevenção de acidentes e riscos ambientais devem ser realizados por uma equipe 
habilitada e qualifi cada de maneira que possam aplicar e utilizar as técnicas ade-
quadas para preconizar a qualidade de prevenção de acidentes.
Para a empresa que pretende aplicar e desenvolver um bom programa de 
prevenção de acidentes, Gonçalves (2014) indica que primeiro a empresa deve 
contar com recursos que serão usados para atingir o objetivo, que é a eliminação 
de risco de acidentes e de exposição a agentes de riscos ambientais. Outro fator 
importante se refere à inclusão e mudança de opiniões, já que, nos dias atuais, 
os profi ssionais de segurança são vistos como “chatos” e os gastos referente à 
atividade de segurança é vista como custo e não como investimento, pois o retor-
no para a empresa tanto em questões mensuráveis como o retorno fi nanceiro é 
garantido, bem como a melhoria do bem-estar e qualidade de vidas dos colabora-
dores que são fatores que não podem ser mensurados por cifras e que pode ser 
percebido na redução de pagamento de impostos.
Para Gonçalves (2014), é possível afi rmar que a prevenção de acidentes e 
riscos ambientais é realizada utilizando-se de um conjunto de ações que visam 
impedir a ocorrência de eventos desastrosos e doenças ocupacionais, que em 
outras palavras, para a empresa, quer dizer que custos adicionais não serão mais 
incluídos nas despesas. O homem com seu ambiente de trabalho deve ser enten-
dido, não somente estar inserido no mercado de trabalho com fi nalidades fi nan-
ceiras e, sim, com outros benefícios importantes, como a elevação ou diminuição 
da autoestima do trabalhador em caso de afastamento.
106
 Introdução À Engenharia de Segurança do Trabalho
FIGURA 4 – INVESTIMENTOS EM SEGURANÇA DO TRABALHO
FONTE: <https://realizartepalestras.com.br/como-diminuir-custos-por-meio-
da-prevencao-de-acidentes-de-trabalho/>. Acesso em: 12 ago. 2019.
Segundo Gonçalves (2014), no caso de prevenção de acidentes devemos ob-
servar o homem, a sua ferramenta de trabalho e seu meio ambiente de trabalho, as-
sim, unindo esses três fatores temos o termo “Homem – meio – máquina”, que é fun-
damental tanto para o sucesso do trabalho quanto para desencadear os acidentes.
Gonçalves (2014) relata que é sabido que o homem é fundamental para rea-
lização do trabalho, seja ele operando as ferramentas, seja na área de automação 
programando os equipamentos ou na interpretação dos números das análises dos 
números. Assim, o homem é “instrumento” para prevenir os acidentes, utilizando-
-se de números originados das avaliações periódicas dos processos de trabalhos.
O acidente de trabalho, segundo Gonçalves (2014, p. 30), é a combinação de 
vários fatores:
• Homem – uma lesão que representa apenas um dos possí-
veis resultados de um acidente;
• Material – quando o acidente afeta apenas o material;
• Maquinaria – quando o acidente afeta apenas as máquinas. 
Raramente um acidente com máquina se limita a danifi car so-
mente a máquina;
• Equipamento – quando envolver equipamentos, tais como: 
empilhadeiras, guindastes, transportadoras etc.;
• Tempo – perda de tempo é o resultado constante de todo aci-
dente, mesmo que não haja dano a nenhum dos fatores acima 
mencionado.
107
GESTÃO DE SEGURANÇA DO TRABALHO Capítulo 3 
FIGURA 5 – ALAVANCA, UMA DAS PRIMEIRAS MÁQUINAS DA HUMANIDADE
FONTE: <https://www.fi sica.net/mecanicaclassica/maquinas_
simples_alavancas.php>. Acesso em: 12 ago. 2019.
Para saber mais, assista ao vídeo Como Prevenir Acidentes? 
Cuidado nunca é demais. Dicas de Segurança (#13). Acesse: https://
youtu.be/oyHTydnpuYs.
Atividades de Estudo:
1) Cite os fatores que, combinados, geram acidente de trabalho.
3 CONTROLE
Camargo (2011) relata que mesmo nos dias atuais, em que a tecnologia 
pode oferecer um melhor ambiente de trabalho, o mercado competitivo onde as 
empresas atuam pode interferir no gestor e os cuidados que devem ser oferecidos 
108
 Introdução À Engenharia de Segurança do Trabalho
aos trabalhadores são deixados de lado. Com isso, expõem os trabalhadores a 
ambientes insalubres, interferindo em sua saúde e, consequentemente, na efetivi-
dade de seus colaboradores.
FIGURA 6 – ALAVANCA
FONTE: <https://bit.ly/2Wws9Ul>. Acesso em: 12 ago. 2019.
Para Camargo (2011), o comprometimento com liderança do mercado, in-
dependência econômica e crescimento das empresas necessita estar ligada ao 
bem-estar de seus colaboradores. Mesmo que esses fatores tragam benefícios 
econômicos é preciso observar a relação “homem x máquina x produção”. Essa 
relaçãomuitas vezes é relacionada a ambientes insalubres e com riscos de ocor-
rerem acidentes, interferindo a saúde do trabalhador.
Segundo Camargo (2011), além do comprometimento da empresa investindo 
e contratando profi ssionais na área da segurança é preciso que os trabalhadores 
colaborem com os programas e demais ações, por exemplo, da CIPA, pois nada 
adianta o investimento, equipamentos, layout, tecnologia, processos e ferramen-
tas administrativas adequados se os trabalhadores não estiverem comprometidos 
com a segurança de suas atividades laborais.
Camargo (2011) diz que, seguindo esse foco, a segurança e higiene do tra-
balho torna-se importante para mostrar a imagem da organização muito além do 
sentido econômico, já que nenhum trabalhador quer trabalhar em uma empresa 
que paga bem para sair de lá morto ou com consequências irreversíveis para seu 
corpo. Assim, as empresas devem oferecer uma qualidade superior dos serviços 
prestados, produtos e ter cuidado com seus colaboradores.
109
GESTÃO DE SEGURANÇA DO TRABALHO Capítulo 3 
FIGURA 7 – INVESTIR EM SEGURANÇA DO TRABALHO É ESSENCIAL PARA O 
CRESCIMENTO DA EMPRESA
FONTE: <https://bit.ly/2xexxRm>. Acesso em: 12 ago. 2019.
Segundo Muller e Leite (2014, p. 61), ações devem ser realizadas para 
atenuação ou eliminação de riscos ambientais sempre que alguma das seguintes 
situações acontecerem:
• Identifi cação, na fase de antecipação, de risco potencial à 
saúde;
• Constatação, na fase de reconhecimento de risco evidente 
à saúde;
• Quando os resultados das avaliações quantitativas da expo-
sição dos trabalhadores excederem os valores dos limites pre-
vistos na NR-15, ou na ausência destes os valores limites de 
exposição ocupacional adotados pela American Conference of 
Governmental Industrial Higyenists (ACGIH), ou aqueles que 
venham a ser estabelecidos em negociação coletiva de traba-
lho, desde que mais rigorosos do que os critérios técnico-legais 
estabelecidos;
• Quando, através do controle médico da saúde, fi car caracteri-
zado o nexo causal entre danos observados na saúde dos tra-
balhadores e a situação de trabalho a que eles fi cam expostos.
Ainda segundo Muller e Leite (2014, p. 62), análise, desenvolvimento e a im-
plantação de medidas de proteção coletiva devem obedecer à seguinte hierarquia:
• Medidas que eliminam ou reduzam a utilização ou a formação 
de agentes prejudiciais à saúde;
• Medidas que previnam a liberação ou disseminação desses 
agentes no ambiente de trabalho;
• Medidas que reduzam os níveis ou a concentração desses 
agentes no ambiente de trabalho implantação das medidas de 
controle.
110
 Introdução À Engenharia de Segurança do Trabalho
FIGURA 8 – RISCOS E CONTROLE
FONTE: <https://www.docsity.com/pt/tecnologia-riscos-controle-prevencao/4909239/>. 
Acesso em: 12 ago. 2019.
Para Muller e Leite (2014), a implantação de medidas coletivas deve ser pre-
cedida de treinamento dos colaboradores com o intuito de assegurar a efi ciência 
dos procedimentos e oferecer informação sobre possíveis riscos sobre a atividade 
a ser realizada. 
Muller e Leite (2014) relatam que no caso de comprovação pela empresa, a 
inviabilidade de implantação de proteção coletiva, quando estas não forem sufi -
cientes para eliminação dos riscos ou quando a implantação estiver em fase de 
estudo, planejamento ou implantação. Deverão ser outras medidas obedecendo à 
seguinte sequência:
• Medidas de caráter administrativo ou de organização do trabalho.
• Utilização de Equipamento de Proteção Individual (EPI).
FIGURA 9 – FLUXOGRAMA DE INVIABILIDADE TÉCNICA DE PROTEÇÃO COLETIVA 
FONTE: <https://bit.ly/2U9r1nR>. Acesso em: 12 ago. 2019.
111
GESTÃO DE SEGURANÇA DO TRABALHO Capítulo 3 
3.1 AÇÕES DE SST
Segundo Barros (2013, p. 70), para um programa de SST consistente é 
preciso que toda organização harmonize de certa forma com o sistema de gestão. 
A empresa deve promover o diagnóstico das reais condições de SST. Para esse 
diagnóstico a instituição deve:
• Levantar dados relacionados à cultura da empresa pertinentes à SST; 
• Saber, em detalhes o que pensa a empresa, na fi gura de seus colabora-
dores, sobreas questões relacionadas à SST e, mais especifi camente, 
sobre a qualidade de vida das pessoas que nela trabalham. 
Para Barros (2013), o diagnóstico levantará dados a risco, avaliando-os qua-
litativa e quantitativamente, além de verifi car a efi ciência das medidas de controle. 
Outro fator importante é o histórico de acidentes de trabalho da empresa que de-
vem ser relacionados com os riscos existentes e com a real efi ciência das medi-
das de controle implementadas, avaliando se estas estão sendo efi cazes e estão 
trazendo os resultados esperados.
FIGURA 10 – AÇÕES DE FORMAÇÃO E TREINAMENTO DE PROGRAMAS DE SST (A)
FONTE: <https://bit.ly/3bnIsal>. Acesso em: 12 ago. 2019.
De acordo com Barros (2013), para o diagnóstico de SST realizado é preciso 
saber a opinião da empresa em relação a:
112
 Introdução À Engenharia de Segurança do Trabalho
• Tipo de sistema e programas de SST que esta pretende implementar.
• Se busca uma segurança cujo objetivo seja o cumprimento de leis com 
vistas à redução de passivos trabalhistas e confl itos nas relações de tra-
balho.
• Ou busca um sistema avançado calcado em ações voluntárias em que 
a SST passe a fazer parte dos sistemas produtivos e se torne um instru-
mento efi caz de agregação de valor a seus negócios.
Com a defi nição do grau de maturidade dos programas de SST, para Barros 
(2013), a empresa deverá defi nir qual a política de SST a ser adotada, já que esse 
passo é primordial para implantação de qualquer sistema e programa de saúde e 
segurança do trabalhador.
FIGURA 11 – AÇÕES DE FORMAÇÃO E TREINAMENTO DE PROGRAMAS DE SST (B)
FONTE: <https://segurancadotrabalhonwn.com/o-programa-de-
sst-mais-importante/>. Acesso em: 12 ago. 2019.
Segundo Barros (2013, p. 70), com a política de SST defi nida, a empresa 
poderá defi nir:
• O alcance dos programas, sua estrutura, funcionamento;
• Atribuições do corpo gerencial e dos trabalhadores;
• Níveis de responsabilidade;
• Critérios de avaliação de desempenho dos programas e de 
seus condutores;
• Alocação de recursos e defi nição de prioridades.
113
GESTÃO DE SEGURANÇA DO TRABALHO Capítulo 3 
Assim, segundo Barros (2013), a política de SST deverá sempre estar 
alinhada ao sistema de gestão da produção, para isso acontecer é importante que 
a produção tenha sido planejada e implantada, levando em conta prioritariamente 
a segurança e saúde dos trabalhadores.
3.2 MATURIDADE DOS PROGRAMAS 
TÉCNICOS
Barros (2013) defi ne que o grau de maturidade quando apresenta valores 0, 1 
ou 2 (baixo) signifi ca que os riscos não foram identifi cados ou foram identifi cados 
parcialmente. Consequentemente, as medidas de controle são afetadas, já que 
não existe clareza na defi nição dos riscos, logo não haverá clareza e adequações 
nos métodos de controle.
FIGURA 12 – ANÁLISES DE MATURIDADE 
FONTE: <http://esocial.sesisc.org.br/entrevista-especialista-em-engenharia-de-
seguranca-do-trabalho-do-sesi-da-dicas-sobre-o-esocial/>. Acesso em: 13 ago. 2019.
Barros (2013) relata que para situações de riscos que foram devidamente 
quantifi cadas e qualifi cadas, o grau de maturidade é 3 (médio), assim as medidas 
de controle são corretamente defi nidas e implementadas, mas não mantidas.
114
 Introdução À Engenharia de Segurança do Trabalho
Segundo Barros (2013), no grau de maturidade 4 (alto) todas as fases são 
severamente observadas, como: 
• Identifi cação dos riscos.
• Defi nição do controle.
• Implementação do controle.
• Manutenção do controle.
Barros (2013) diz que com o grau de maturidade defi nido, os programas de 
SST da empresa passarão para a etapa seguinte, que será a defi nição da política 
de SST, esse passo é importante para implantação de qualquer programa ou 
sistema de saúde e segurança do trabalhador.
Para Barros(2013, p. 71), através da política de SST, a empresa defi nirá 
alguns direcionamentos sobre o tema, como:
• O alcance dos programas, sua estrutura e funcionamento;
• Atribuições do corpo gerencial, dos trabalhadores;
• Níveis de responsabilidade, critérios de avaliação de desem-
penho dos programas e de seus condutores;
• Alocação de recursos e defi nição de prioridades.
Barros (2013) explica que é fundamental que a política de SST seja ligada 
ao sistema de gestão da produção. Na verdade, a gestão de produção deve levar 
em consideração a segurança de seus colaboradores quando ainda estiver em 
fase de planejamento, conjuntamente à política do SST, só assim a empresa terá 
a garantia que poderá implementar e executar todas as ações de segurança e 
saúde de seus trabalhadores.
3.3 GESTÃO DE RISCOS
Para um sistema de SST ser efi ciente, o controle de redução dos riscos exis-
tentes também deve ser efi caz na mesma proporção. Caso ocorra alguma falha ou 
inefi ciência no planejamento, execução ou validação dos dados, todo o processo 
de segurança e saúde do trabalhador será prejudicado ou pode ser considerado 
inoperante. Assim, tudo o que estava previsto para realização ou execução não 
poderá ser realizado até que a falha ou inefi ciência seja corrigida ou solucionada.
115
GESTÃO DE SEGURANÇA DO TRABALHO Capítulo 3 
FIGURA 13 – GESTÃO DE RISCOS 
FONTE: <https://bit.ly/3dhz3Tk>. Acesso em: 15 ago. 2019.
Segundo Camargo (2011, p. 75), as etapas que devem ser seguidas na 
Gestão de Risco são:
• Analisar e avaliar o ambiente sobre sua segurança e proces-
sos;
• Métodos pré-defi nidos de revisão dos riscos;
• Monitoramento e controle de modifi cações corretivas;
• Defi nir padrão de qualidade para os sistemas críticos;
• Treinar, capacitar e informar os recursos humanos;
• Processos fl exíveis;
• Avaliação e controle dos sistemas e processos.
3.4 PERIGOS
Para Camargo (2011), é preciso que sejam levantadas:
• Situações de perigo relacionadas a todas as atividades.
• Instalações físicas.
• Equipamentos.
• Processos e produtos.
116
 Introdução À Engenharia de Segurança do Trabalho
• Os possíveis riscos que apresentem devem ser avaliados. Com a fi na-
lidade de condicionar as providências e ações para a eliminação e ou 
minimização desses riscos.
3.5 AVALIAÇÃO
Já para avaliação, Camargo (2011) deverá levar em consideração a relevân-
cia e a prioridade. Com isso, as medidas de correções ou prevenção ganham em 
efi ciência. Dessa forma, a avaliação deve conter critérios de validação para deter-
minar o padrão a ser seguido.
3.6 MEDIDAS
Camargo (2011, p. 76) defende a adoção de medidas que visem “eliminar ou 
minimizar os elementos que possibilitam a materialização de riscos”. Para o autor, 
as medidas “devem ser adotadas com critérios de prioridade, de acordo com a 
importância da situação de perigo”.
3.7 PROCESSOS
Com a fi nalidade de soluções e resultados adequados, Camargo (2011, p. 76) 
defi ne que para cada situação de risco identifi cada o planejamento e implantação 
de processos seguros devem ser preconizados. Esses processos devem ser 
objetivos para o fácil entendimento e envolvimento de todos que devem seguir 
algumas condições:
• Substituição por produtos, equipamentos e materiais menos 
perigosos;
• Ações de redução do potencial de risco, ou mesmo a elimina-
ção de processos que apresentem alto grau de risco;
• Processos simplifi cados, tornando as instalações mais segu-
ras e menos sujeitas a falhas (equipamentos / pessoas) (CA-
MARGO, 2011, p. 76).
3.8 ANÁLISE DE RISCOS 
Antes de entender como funciona a análise de risco, Camargo (2011, p. 76) 
diz que é necessário saber o seu conceito: “Conjunto de técnicas e ferramentas 
com a fi nalidade de identifi car, estimar, avaliar, monitorar e administrar os eventos 
que colocam em risco a saúde e segurança do trabalhador”.
117
GESTÃO DE SEGURANÇA DO TRABALHO Capítulo 3 
Para saber mais, assista ao vídeo O que é e como fazer Análise 
de Risco. Acesse: https://youtu.be/RnOn4i82QEs.
3.9 ETAPAS DA ANÁLISE DE RISCOS
Para Camargo (2011), as etapas para análise de risco são:
• Etapa 1 – Caracterização do empreendimento.
• Etapa 2 –Identifi cação dos riscos.
• Etapa 3 – Projeção/Estimativas dos riscos (frequência e consequências).
• Etapa 4 – Avaliação das Estimativas realizadas.
• Etapa 5 – Administração dos riscos (ação a ser aplicada).
• Etapa 6 – Monitoramento dos Riscos (padronização e melhoria contínua).
FIGURA 14 – GESTÃO DE RISCOS
FONTE: <https://www.youtube.com/watch?v=p4hEk5mjua4>. Acesso em: 15 ago. 2019.
3.10 GESTÃO PREVENTIVA
A capacidade de improvisação e interação do profi ssional de segurança do 
trabalho é primordial para o seu destaque. Para conseguir informações referentes 
aos riscos, por exemplo, é preciso conhecer todo processo, equipamentos, fontes 
geradoras do risco etc. (CAMARGO, 2011.
118
 Introdução À Engenharia de Segurança do Trabalho
Segundo Camargo (2011, p. 71-72), essa fase de análise é importante, pois 
vai fornecer informações que podem ser utilizadas nos programas de prevenção 
e na gestão de segurança. Questões como “Que acidente poderia acontecer em 
cada processo?” poderão ser encontradas:
• Observando o trabalho.
• Conversando com o operador.
• Analisando acidentes ocorrido.
Na análise de cada processo, Camargo (2011, p. 72) relata que se deve fi car 
atento a agentes que podem causar acidentes ou doenças como, por exemplo:
• Posicionamento: Operações em equipamentos cuja atividade 
permita a introdução de dedos ou mãos;
• Choque elétrico: Fios expostos, principalmente se o trabalho 
está relacionado com eletricidade;
• Produtos químicos: Contato, permanente ou não, com qual-
quer desses produtos;
• Fogo: Operações com produtos infl amáveis (derramamen-
tos), soldas e cortes em locais impróprios, riscos de vazamen-
tos ou derramamentos de produtos;
• Área de Trabalho: Pisos escorregadios, passagens irregula-
res ou obstruídas, com saliência ou buracos. Ordenação, ar-
ranjo físico e limpeza inadequada.
Segundo a norma NBR ISO 31000, a “Gestão de Riscos compreende um 
conjunto de atividades coordenadas, com a fi nalidade de direcionar e controlar 
uma organização em relação aos riscos”. 
A gestão de risco, segundo Camargo (2011, p. 72-73), envolve várias ativida-
des, como:
• Análise de Riscos – uso sistemático das informações dispo-
níveis para que a origem de ameaças seja identifi cada e para 
que os riscos sejam estimados;
• Avaliação de Riscos – processo de comparação entre o risco 
previsto com os níveis de tolerância estabelecidos para deter-
minado risco;
• Tomada de decisão – processo que trata da seleção e priori-
dade sobre os riscos para se implementar medidas corretivas.
119
GESTÃO DE SEGURANÇA DO TRABALHO Capítulo 3 
FIGURA 15 – FLUXOGRAMA DE TÉCNICAS DE ANÁLISE DE RISCO
FONTE: <https://segurancadotrabalhoacz.com.br/tecnicas-
de-analise-de-risco/>. Acesso em: 15 ago. 2019.
Para Camargo (2011, p. 73), a gestão de risco promove a aplicação de 
processos de melhorias por meio da:
• Análise do ambiente real e identifi cação de possíveis perigos; 
• A avaliação dos riscos detectados;
• Adoção de medidas preventivas e de controle destes.
O objetivo da gestão de risco é:
• Promover a proteção e integridade dos colaboradores, meio 
ambiente e espaço físico (ambiente).
Outro fator importante é que a gestão de risco deve promover e conscien-
tizar empregadores e colaboradores de um monitoramento contínuo dos riscos 
existentes no ambiente de trabalho que possam estar prejudicando a saúde e 
segurança dos trabalhadores. Para isso, a gestão de risco pode promover a ela-
boração e execução de novos projetos para corrigir tais problemas nas atividades 
que os trabalhadores exercem.
3.11 DIAGNÓSTICO DE SEGURANÇA
Segundo Barros (2013), para entender o nível de segurança da empresa 
devemos:
120
 Introdução À Engenharia de Segurança do Trabalho
• Observar a instituiçãona sua totalidade.
• Levantar e avaliar o ambiente e sua relação com a atividade exercida em 
várias etapas de produção.
Segundo Barros (2013), é necessário observar:
• Os sistemas operacionais e sistemas organizacionais.
• Conhecer os homens e mulheres.
• Equipamentos e instalações.
• Processos.
• Insumos/produtos e métodos administrativos.
FIGURA 16 – FLUXOGRAMA DE DIAGNÓSTICO DE SEGURANÇA 
FONTE: <https://bit.ly/3bjhUXG>. Acesso em: 12 ago. 2019.
3.12 FERRAMENTAS DE 
DIAGNÓSTICO
Para realizar o diagnóstico, segundo Barros (2013), é necessário que se 
utilize ferramentas que devem ser escolhidas para conseguir dados da empresa 
no âmbito social, organização do trabalho e de tecnologia.
Barros (2013, p. 72) avalia que esses dados devem ser conseguidos com 
análises realizadas por profi ssionais especializados:
• Análise da Cultura das Pessoas e da Empresa: realizado por 
Atropólogo, Sociólogos e Pedagogos;
• Análise da Liderança: realizado por Psicólogos e Pedagogos;
• Análise da Gestão: realizado por Administradores, Economis-
tas e Engenheiros;
• Análise de Clima: realizado por Psicólogos;
• Análise de Riscos: realizado por Técnicos de Segurança, En-
genheiros.
121
GESTÃO DE SEGURANÇA DO TRABALHO Capítulo 3 
Atividades de Estudo:
1 Descreva o que deve ser realizado quando existe inviabilidade 
técnica de implantação de proteção coletiva.
4 AVALIAÇÃO
Segundo Muller e Leite (2014), a avaliação tem por objetivo fornecer um 
número de referência, que é o ponto de partida de ações preventivas para diminuir 
a probabilidade de exposição aos agentes ambientais. 
As ações preventivas, de acordo com Muller e Leite (2014, p. 63), incluem:
• “Monitoramento periódico da exposição;
• Informação aos trabalhadores;
• Controle médico”.
FIGURA 17 – FLUXOGRAMA DE AÇÕES E RECOMENDAÇÕES 
FONTE: <http://segurancatemfuturo.com.br/index.php/2018/01/15/
acompanhar-as-acoes/>. Acesso em: 13 ago. 2019.
122
 Introdução À Engenharia de Segurança do Trabalho
A avaliação quantitativa, para Muller e Leite (2014, p. 63), deverá ser realiza-
da quando for necessário:
• Comprovar o controle da exposição ou a inexistência de ris-
cos identifi cados na etapa de reconhecimento;
• Dimensionar a exposição dos trabalhadores;
• Subsidiar o equacionamento das medidas de controle.
Na visão de Muller e Leite (2014, p. 63), o início de ações de controle siste-
mático de situações de exposição de trabalhadores acima dos níveis exposição 
deve seguir:
• Para agentes químicos, a metade dos limites de exposição 
ocupacional considerados de acordo com a alínea “c” do subi-
tem 9.3.5.1 da NR-9;
• Os resultados das avaliações quantitativas da exposição dos 
trabalhadores excederem os valores dos limites previsto na 
NR-15;
• Na ausência dos valores de limites de exposição ocupacio-
nal da NR 15 adota-se os valores estabelecidos pela American 
Conference of Governmental Industrial Hygienists (ACGIH);
• Aqueles que venham a ser estabelecidos em negociação co-
letivas do trabalho, desde que mais rigorosos do que os crité-
rios técnicos estabelecidos;
• Para o ruído, a dose de 0,5 (dose superior a 50%), conforme 
critério estabelecido na NR-15, Anexo I, item 6. 
Muller e Leite (2014) descrevem que, caso ocorra dois ou mais períodos 
de exposição a ruídos de diferentes níveis, e a soma for superior à unidade, a 
exposição estará acima dos limites de tolerância. Para isso, deve-se considerar o 
efeito combinado pela seguinte fração:
C1/T1+C2/T2=C3/T3....Cn/Tn
Em que:
Cn = tempo total que o trabalhador fi ca exposto a um nível de ruído específi co;
Tn = máxima exposição diária permitida a este nível.
Segundo Muller e Leite (2014), para o monitoramento da exposição dos 
trabalhadores e as medidas de controle deve-se realizar uma avaliação sistemática 
e frequente da exposição de cada risco, alterando as medidas de controle sempre 
que necessário. Os dados sempre devem estar acessíveis aos trabalhadores, 
representantes ou autoridades competentes fi scalizadoras.
123
GESTÃO DE SEGURANÇA DO TRABALHO Capítulo 3 
FIGURA 18 – NÍVEL DE AÇÃO PARA RUÍDO CONTÍNUO 
FONTE: <https://segurancadotrabalhonwn.com/nivel-de-acao-nr-9-
ele-faz-a-diferenca-no-seu-ppra/>. Acesso em: 12 ago. 2019.
5 BENEFÍCIOS
Oliveira (2015) relata que os empresários sempre têm o pé atrás quando o 
assunto é segurança do trabalho. No mercado, o crescimento de uma instituição é 
sempre o objeto, seja qual empresa for. Pensando em crescimento e investimento 
a médio e longo prazo, as empresas devem raciocinar e investir em segurança do 
trabalho para ter a redução de impostos pagos ao governo. Afi nal, qual empresa 
não quer reduzir a carga tributária paga mensalmente para o governo?
FIGURA 19 – BENEFÍCIO DA SAÚDE E SEGURANÇA DO TRABALHO (A)
FONTE: <https://bit.ly/33EE583>. Acesso em: 14 ago. 2019.
Para Oliveira (2015), o bem-estar dos colaboradores é previsto em várias 
leis brasileiras, tanto na esfera trabalhista, cível como previdenciária. A cada dia 
124
 Introdução À Engenharia de Segurança do Trabalho
que passa, essas leis vão se tornando mais rigorosas no que tange à prevenção 
e preservação da saúde do trabalhador, incluindo as empresas mais simples, que 
utilizam somente escritório até empresas mais complexas, que utilizam máquinas 
e equipamentos, como a indústria.
FIGURA 20 – BENEFÍCIO DA SAÚDE E SEGURANÇA DO TRABALHO (B)
FONTE: <http://medtrabconsultoria.com.br/wp-content/uploads/2017/10/5-benefi cios-da-
saude-e-seguranca-do-trabalho-para-empresas-inf-73.jpg>. Acesso em: 14 ago. 2019.
Oliveira (2015) diz que, usualmente, o Brasil é um país que tem muitas ações 
trabalhistas dos trabalhadores contra as empresas em que trabalharam. Os moti-
vos frequentes desses processos trabalhistas são geralmente para pedir valores 
com relação à saúde e segurança do trabalho, os quais pode-se citar os adicio-
nais de insalubridade e periculosidade, além de situações de acidentes de traba-
lho. Assim, as empresas devem se preocupar em manter toda documentação e a 
gestão em segurança do trabalho ativa para se preocupar com a saúde e preven-
ção do trabalhador e não se preocupar com processos trabalhistas. 
FIGURA 21 – BENEFÍCIO DA SAÚDE E SEGURANÇA DO TRABALHO (C)
FONTE: <http://medtrabconsultoria.com.br/wp-content/uploads/2017/10/5-benefi cios-da-
saude-e-seguranca-do-trabalho-para-empresas-inf-73.jpg>. Acesso em: 14 ago. 2019.
125
GESTÃO DE SEGURANÇA DO TRABALHO Capítulo 3 
Segundo Oliveira (2015), outros processos aos quais as empresas respon-
dem muito é na esfera civil relacionado a acidentes do trabalho. Em alguns anos, 
esse tipo de processo está aumentando e os trabalhadores recebem seus direitos 
conforme a lei. Por consequência, algumas empresas, após a condenação, se 
veem obrigadas a fechar as portas para pagar as indenizações. Assim, as em-
presas devem investir na segurança e saúde do trabalhador para não passar por 
esses percalços.
FIGURA 22 – BENEFÍCIO DA SAÚDE E SEGURANÇA DO TRABALHO (D)
FONTE: <http://medtrabconsultoria.com.br/wp-content/uploads/2017/10/5-benefi cios-da-
saude-e-seguranca-do-trabalho-para-empresas-inf-73.jpg>. Acesso em: 14 ago. 2019.
Oliveira (2015) relata que as empresas devem se atentar para os benefícios 
indiretos, como:
• Qualidade de vida no ambiente de trabalho.
• Aumento do rendimento.
• Satisfação da necessidade básica de segurança.
FIGURA 23 – BENEFÍCIO DA SAÚDE E SEGURANÇA DO TRABALHO
FONTE: <http://medtrabconsultoria.com.br/wp-content/uploads/2017/10/5-benefi cios-da-
saude-e-seguranca-do-trabalho-para-empresas-inf-73.jpg>. Acesso em: 14 ago. 2019.
126
 Introdução À Engenharia de Segurança do Trabalho
Segundo Oliveira e Crivellaro (2014), o governo busca estimular a prática 
prevencionista com o intuito de diminuir os custos com benefícios pagos por 
acidentes e doenças do trabalho. A ferramenta utilizada para isso é diminuir os 
impostos para quem investe em saúde e segurança do trabalhadore aumentar os 
impostos para quem não se preocupa com essa demanda. Essas alterações dos 
impostos são realizadas por indicadores de desempenho da empresa relacionado 
a doenças e acidentes do trabalho.
5.1 SEGURO ACIDENTE DO 
TRABALHO (SAT)
Para Oliveira e Crivellaro (2014), trata-se da contribuição cobrada sobre a 
folha de pagamento das empresas por meio da Receita Federal do Brasil sob título 
de seguro. A intenção do seguro é atender e cobrir os custos referentes acidentes 
do trabalho por meio de pagamento de benefícios pelo sistema previdenciário. 
Para isso, utiliza um percentual denominado RAT – Risco de Acidente de Trabalho 
– que considera:
• 1% - Risco leve.
• 2% - Risco médio.
• 3% - Risco alto.
FIGURA 24 – SEGURO ACIDENTE DO TRABALHO (SAT)
FONTE: <https://bit.ly/2xkFvZ2>. Acesso em: 14 ago. 2019.
127
GESTÃO DE SEGURANÇA DO TRABALHO Capítulo 3 
Oliveira e Crivellaro (2014) dizem que o percentual é determinado de acordo 
com a atividade da empresa através da Classifi cação Nacional de Atividade 
Econômica (CNAE). Antes do NTEP, as empresas que se preocupavam em investir 
em melhorias nas condições de trabalho contribuíam com o mesmo percentual 
(1%, 2% ou 3%), em relação às empresas do mesmo segmento econômico, que 
ofereciam péssimas condições de trabalho, onde seus colaboradores adoeciam 
ou se acidentavam com mais facilidade.
5.2 NEXO TÉCNICO EPIDEMIOLÓGICO 
PREVIDENCIÁRIO (NTEP)
O NTEP, segundo Oliveira e Crivellaro (2014), é um sistema que infl uencia 
diretamente o valor do FAP (próximo assunto), já que de forma objetiva o NTEP é 
que avalia a causa e efeito de acidentes e doenças do trabalho e considera:
• Frequência.
• Gravidade.
• Custos dos respectivos benefícios acidentários.
Para saber mais sobre o NTEP, leia o artigo presente no ende-
reço: jus.com.br/artigos/22929/ntep-nexo-tecnico-previdenciario-e-e-
-fap-fator-acidentario-de-prevencao. 
FIGURA 25 – NEXO TÉCNICO EPIDEMIOLÓGICO PREVIDENCIÁRIO (NTEP)
FONTE: <https://bit.ly/3bgVFkZ>. Acesso em: 14 ago. 2019.
128
 Introdução À Engenharia de Segurança do Trabalho
5.3 FATOR ACIDENTÁRIO DE 
PREVENÇÃO (FAP)
Segundo Oliveira e Crivellaro (2014), o FAP é o fator que verifi ca a acidenta-
lidade das empresas dois anos anteriores ao processamento. Por exemplo, se a 
base de cálculo do FAP de 2019 foi janeiro de 2017 a dezembro de 2018, o per-
centual só será pago de janeiro a dezembro de 2020.
Com o FAP, Oliveira e Crivellaro (2014) dizem que o governo busca incenti-
var e melhorar as condições de saúde e segurança do trabalhador, fazendo com 
que as empresas invistam em melhorias relativas a esse assunto e como conse-
quência busca reduzir os números de acidentes do trabalho.
Para Oliveira e Crivellaro (2014), com a inclusão do FAP, as empresas pas-
saram a ser mais competitivas no mercado, já que com o investimento na saúde e 
segurança dos seus colaboradores, os custos de doenças e acidentes do trabalho 
não são repassados ao consumidor com inclusão de valores no produto fi nal. As-
sim, empresas que investem nos seus colaboradores conseguem uma vantagem 
no mercado com a redução de valores dos seus produtos.
FIGURA 26 – FATOR ACIDENTÁRIO DE PREVENÇÃO (FAP)
FONTE: <https://seac-rj.com.br/alterada-regras-para-calculo-do-fator-
acidentario-de-prevencao-fap-2017/>. Acesso em: 14 ago. 2019.
Para Oliveira e Crivellaro (2014), os benefícios do FAP são:
129
GESTÃO DE SEGURANÇA DO TRABALHO Capítulo 3 
• Os trabalhadores terão a integridade física e mental assegurada.
• A empresa aumentará a produtividade, diminuindo o seu custo operacio-
nal, tornando-se mais competitiva.
• Os consumidores poderão comprar produtos com melhores preços.
• A Previdência Social pagará menos benefícios.
FIGURA 27 – FLUXOGRAMA DO FAP (A)
FONTE: <http://manualdotrabalhoseguro.blogspot.com/2014/07/o-que-
e-fap-fator-acidentario-de.html>. Acesso em: 14 ago. 2019.
5.4 FONTE DE DADOS DO FATOR 
ACIDENTÁRIO DE PREVENÇÃO (FAP)
Como bases de cálculos do FAP, Oliveira e Crivellaro (2014) dizem que são 
utilizadas as seguintes fontes de dados:
• Registros da Comunicação de Acidentes de Trabalho (CAT) relativos a 
cada acidente ocorrido.
• Registros de concessão de benefícios acidentários que constam nos sis-
temas informatizados do Instituto Nacional de Seguro Social (INSS) con-
cedidos a partir do Nexo Técnico Epidemiológico Previdenciário (NTEP).
• Cadastro Nacional de Informações Social (CNIS), do Ministério da 
Previdência Social (MPS).
Segundo Oliveira e Crivellaro (2014, p. 129), no CNIS são informados, 
entre outros dados:
• Respectivos segmentos econômicos aos quais pertencem, 
segundo a Classifi cação Nacional de Atividades Econômicas 
(CNAE);
130
 Introdução À Engenharia de Segurança do Trabalho
• Número de empregados;
• Massa salarial;
• Afastamentos;
• Alíquotas de 1%, 2% ou 3%;
• Valores devidos ao seguro social.
FIGURA 28 – FLUXOGRAMA DO FAP (B)
FONTE: <https://direitodetodos.com.br/cnis-cadastro-nacional-
de-informacoes-sociais/>. Acesso em: 14 ago. 2019.
Para Camargo (2011), todo acidente ou doença do trabalho gera prejuízos 
quantifi cáveis e não quantifi cáveis. Os custos são sentidos por todos os empre-
gadores, empregados e consumidores. Os profi ssionais da área de segurança de-
vem estar atentos a esses impactos e propiciar uma melhora na qualidade de vida 
dos trabalhadores e auxiliar o empresário a reduzir seus custos com impostos 
pagos ao governo.
5.5 IMPACTO NAS EMPRESAS
Para Chirmici e Oliveira (2016), os profi ssionais da área de segurança deixa-
ram de ser apenas “gastos” para a empresa, sendo estes profi ssionais fundamen-
tais para a economia em impostos das empresas.
131
GESTÃO DE SEGURANÇA DO TRABALHO Capítulo 3 
FIGURA 29 – IMPOSTO
FONTE: <https://corupafm.com.br/noticia/187911/economia-aumentar-impostos-nao-e-
solucao-para-crise-acredita-deputado-fernando-monteiro>. Acesso em: 14 ago. 2019.
Segundo Chirmici e Oliveira (2016, p. 162), algumas atitudes técnicas e de 
gestão podem ser tomadas com a fi nalidade de reduzir ou administrar os índices 
de frequência, gravidade e custo à Previdência Social:
• Quando do encaminhamento do funcionário ao INSS para 
realização de perícia, encaminhar em conjunto documentação 
ou posterior recurso da inexistência de correspondente nexo 
causal entre o trabalho e afastamento;
• Reforçar treinamentos e ações de segurança do trabalho, 
bem como critério na emissão da CAT;
• Controle de absenteísmo por meio do monitoramento de ates-
tados médicos, principalmente de doenças que constem do rol 
de doenças presumivelmente relacionadas ao trabalho;
• Atualização das normas internas de gestão de Segurança 
e Medicina do Trabalho, com foco na gestão de FAP, SAT e 
NTEP;
• Formação de “comitê NTEP”, integrado por profi ssionais da 
área de Segurança e Medicina do Trabalho, Recursos Huma-
nos e Jurídica;
• Monitoramento e avaliações ocupacionais constantes;
• Adequação ergonômica de mobílias em postos administrati-
vos;
• Treinamento comportamental com foco em atitudes preventi-
vas, acompanhado pelas áreas de treinamento das empresas;
• Rigorosidade no exame admissional, consistindo este, o mais 
importante dos exames ocupacionais.
Para Chirmici e Oliveira (2016), os profi ssionais do SESMT não devem exis-
tir somente para cumprir a legislação, mas devem usar esses profi ssionais para 
redução de custos. Lembrando que o profi ssional da área de segurança não pode 
132
 Introdução À Engenharia de Segurança do Trabalho
fazer tudo por conta própria e sempre tem que contar com o apoio incondicional 
das empresas para proporcionar um ambiente salubre, bem-estar laboral e redu-
ção de impostos para elas.
FIGURA 30 – REDUÇÃO DE IMPOSTOS
FONTE: <https://garciadeoliveira.adv.br/recuperacao-de-creditos-
tributarios/reducao-de-impostos/>. Acesso em: 14 ago. 2019.
Atividades de Estudo:
1 Cite três benefícios que uma instituição pode ter se investir 
em segurança e saúdedo trabalhador.
6 ALGUMAS CONSIDERAÇÕES
Assim, encerramos o nosso livro didático. Esperamos que você, caro pós-
-graduando, tenha gostado da nossa experiência no início da segurança do tra-
balho. Daqui para frente, esperamos você com matérias que aprofundarão o seu 
aprendizado em assuntos muito mais técnicos e com o objetivo de formar profi s-
sionais que estejam preparados para o mercado de trabalho dentro da área de 
Segurança do Trabalho. 
Bons estudos e sucesso!
133
GESTÃO DE SEGURANÇA DO TRABALHO Capítulo 3 
REFERÊNCIAS
BARROS, Sergio Silveira de. Análise de riscos. Curitiba: Universidade Federal 
do Paraná, 2013.
BRASIL. Anuário Estatístico da Previdência Social. Brasília: MF/DATAPREV, 
2017.
CAMARGO, Wellington. Gestão da segurança do trabalho. Curitiba: Universi-
dade Federal do Paraná, 2011.
CAPONI, Sandra. A saúde como abertura ao risco. In: CZERESNIA, Dina (Org.). 
Promoção da saúde: conceitos, reflexões, tendências. Rio de Janeiro: Fiocruz, 
2003. p. 55-77.
CHIRMICI, Anderson; OLIVEIRA, Eduardo Augusto Rocha. Introdução à saúde 
e segurança no trabalho. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2016.
GONÇALVES, Selma Elizabeth de França. Saúde e segurança no trabalho. 
Pinheiral: Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio de Janeiro 
(IFRJ) e a Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), 2014.
MULLER, Ciro; LEITE, Paulo. Práticas em saúde e segurança do trabalho. 
Curitiba: Universidade Federal do Paraná, 2014.
OLIVEIRA, Edson João de; CRIVELLARO, João Luiz Gallego. Epidemiologia.
Curitiba: Universidade Federal do Paraná, 2014.
OLIVEIRA, Uanderson Rebula de. Ergonomia e segurança do trabalho. Niterói: 
Universidade Federal Fluminense, 2015.

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