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Terminologia das fraturas
As fraturas são caracterizadas por quebra ou interrupção da continuidade de um osso. Podem ocorrer por resultado de trauma ou porque o osso está enfraquecido por doença primária (fratura patológica). Toda fratura deve ser radiografada antes de uma cirurgia. As fraturas são descritas e classificadas de acordo com sua localização, extensão, direção, posição e número de linhas de fraturas e fragmentos ósseos resultantes:
Fratura completa: Apresenta uma solução de continuidade em todo o diâmetro ósseo e a fratura incompleta apresenta um segmento da cortical intacto.
Fratura completa: É classificada em simples ou cominutiva. A fratura simples apresenta uma linha de fratura com dois fragmentos ósseos. A fratura cominuta (ou cominutiva) apresenta duas ou mais linhas de fratura, com, pelo menos, três fragmentos ósseos. O grau de cominuição geralmente se relaciona diretamente com a magnitude da energia envolvida no trauma. Algumas literaturas, usam a terminologia dupla ou segmentar quando há duas linhas de fratura com um segmento de osso entre as linhas; cominutiva quando há três ou mais fragmentos, muitas vezes em forma de cunha.;
Fratura fechada: Apresenta a pele adjacente intacta.
Fratura aberta: A fratura que apresenta lesão da pele associada com ou sem exposição óssea é denominada aberta. Podem ser classificadas de acordo com o mecanismo de perfuração e gravidade de lesão de tecidos moles em quatro graus.
– A fratura decorrente da presença de uma lesão óssea focal (benigna ou maligna) é denominada patológica. Ocorre quando o osso está enfraquecido por processo patológico, como neoplasia, osteomielite, osteopenia, osteoporose ou osteogêneses imperfeita, ossificação incompleta ou falhas ósseas como orifício vazio de um parafuso.
Classificação das fraturas
As fraturas podem ser classificadas como:
· Redutíveis: Em geral, uma única linha de fratura ou fraturas com não mais que 2 fragmentos grandes.
· Irredutíveis: Fraturas com múltiplos fragmentos. Não da para reconstruir todos os fragmentos ósseas da forma como era antes. Geralmente são as fraturas cominutivas.
De acordo com a velocidade/energia:
· Alta velocidade/ energia: Resultam em fraturas cominutivas com a propagação de alta energia dissipada através da fratura e lesão de tecidos moles e adjacentes. Ex: fraturas abertas e cominutivas.
· Baixa velocidade/energia: Resultam em fraturas únicas com pouca energia dissipada para os tecidos moles.
Ossos longos
Um osso longo é aquele em que o comprimento é maior que sua largura. Cada osso longo consiste de uma diáfise, duas metáfises e duas epífises. A diáfise é composta por osso compacto que circunda a cavidade medular. As epífises são os centros de crescimento em cada extremidade da diáfise. Entre a epífise e a metáfise estão as linhas epifisárias (placas de crescimento). As metáfises são formadas por osso esponjoso. Quando o osso está maduro, a epífise se fusiona à metáfise e a linha de crescimento desaparece.
De acordo com a localização, a fratura pode se localizar na epífise, metáfise ou diáfise. Quando localizada na diáfise, deve-se descrever se ocorre no terço proximal, médio ou distal. A direção da linha de fratura depende de sua relação com o eixo longo do osso. São classificadas em transversa, longitudinal, oblíqua ou espiral. Em casos específicos, especialmente na patela e na vértebra, a fratura pode ser classificada como horizontal ou vertical.
· Fratura Transversa: Ocorre perpendicular ao eixo longo de um osso e geralmente ocorrem por uma força direta aplicada ao osso.
· Fratura longitudinal: Ocorre paralela ao eixo longo.
· Fratura oblíqua: É muito comum, sendo aquela que corre ao longo do eixo longo do osso, em uma angulação de cerca de 30 a 60 graus. O mecanismo de lesão geralmente é uma força compressiva no eixo longo, combinada com um arqueamento do osso. As oblíquas curtas são aquelas que estão a 45 graus ou menos e as longas a mais de 45 graus à perpendicular em relação ao eixo longitudinal do osso.
· Fraturas cominutivas: Apresentam múltiplas linhas de fratura. Elas variam desde fraturas com três fragmentos (Fragmento borboleta- fragmento com 2 linhas de fraturas oblíquas formando uma silhueta semelhante a uma borboleta) a fraturas altamente fragmentadas.
· Fratura Espiral: Circunda o osso, geralmente causada por forças torcionais. Suas extremidades em geral apresentam pontas afiadas. O deslocamento, angulação e rotação são descritos em relação ao fragmento distal.
· Fratura avulsiva: É aquela em que um fragmento ósseo é arrancado de uma proeminência óssea por uma força tensora na inserção de um ligamento ou tendão.
· Subluxação e luxação: quando há uma perda parcial do contato e luxação quando há perda completa do contato entre as superfícies articulares. Quando existe perda de contato entre uma sindesmose ou sínfise, o deslocamento é denominado de diástase.
Outros ossos
As fraturas dos ossos curtos (ossos do carpo e tarso), chatos (ilíaco, costela e calota craniana), irregulares (vértebras, púbis e ísquio), sesamoides e acessórios podem ser classificadas com a mesma terminologia utilizada para os ossos longos, sendo que em diversos casos, uma nova terminologia é aplicada. Por exemplo, uma fratura compressiva é aquela em que uma porção do osso é dirigida em direção a outro, como ocorre nas vértebras. A fratura-impactação é semelhante, porém descrita em ossos extra-vertebrais.
Fraturas específicas
As diferenças nas propriedades biomecâ­nicas do osso de filhotes em relação aos adultos propicia a formação de vários tipos de fraturas in­completas, tais como as fraturas em galho verde e tórus.
Fratura em galho verde: Ocorre devido a forças angulares, provocando tensão do lado con­vexo do osso e compressão no lado côncavo. Isto leva a uma fratura incompleta na cortical convexa, estendendo-se por até a metade da circunferência do osso, semelhante a quebra de um galho verde com arqueamento do mesmo. Pode estar associada a um arqueamento do osso e doenças osteometabólicas.
· Fratura em tórus: É uma saliência na cortical óssea produzida por uma força compressiva, sendo frequentemente não diagnosticada.
Fraturas epifisárias
As fraturas epifisárias são as mais comuns em crianças. Estas fraturas são descritas de acordo com a classificação de Salter-Harris.
· Tipo I: É definida como uma separação metaepifisária, com a linha de fratura localizada na fise de crescimento. Ao raio-X, nota-se uma separa­ção do centro de ossificação epifisário.
· Tipo II: É a mais comum, caracterizada por uma linha de fratura na fise de crescimento. estendendo-se para a metáfise óssea.
· Tipo III: É a fratura da fise estendendo-se para a epífise e superfície articular.
· Tipo IV: Ocorre frequentemente no côndilo lateral do úmero em crianças menores que 10 anos, apresentando uma orientação vertical, acometendo a metáfise, cartilagem de crescimento e epífise.
· Tipo V: É rara, correspondendo a uma impac­tação da cartilagem de crescimento. Frequentemente, esta fratura não é vista ao raio-X, manifestando-se tardiamente como encurtamento ósseo e deformida­des articulares.

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