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Trans tornoTrans torno BipolarBipolar Sistematização da Assistência de Enfermagem a pacientes com alterações de comportamento T R A N S T O R N O B I P O L A RT R A N S T O R N O B I P O L A R Transtorno crônico e recorrente que é caracterizado por flutuações patológicas dos estados de humor. MANIA NORMAL DEPRESSÃO Autoestima inflada Humor exaltado ou irritável Agitação Fala rápidaInsônia E P I D EE P I D E M I O L O GM I O L O G I AI A 45 milhões de pessoas afetadas (OMS) Incidência dificultada pelo diagnóstico tardio 1° episód io: depressi vo das pessoas com depressão podem acabar desenvolvendo uma das variantes do transtorno bipolar 10% E P I D EE P I D E M I O L O GM I O L O G I AI A tb-i tb-ii Taxa de prevalência maior em DIAGNÓSTICO Entre o final da adolescência e a idade adulta jovem MÉDIA = 25 ANOSMÉDIA = 25 ANOS E P I D EE P I D E M I O L O GM I O L O G I AI A tb início precoce Atraso no início do tratamento, sintomasAtraso no início do tratamento, sintomas depressivos mais graves e comorbidadedepressivos mais graves e comorbidade com outros transtornoscom outros transtornos tb iníciotb início precoceprecoce Taxas de suicídio consumado, tentativas de suicídio e ideação suicida são maiores no TB do que em outros transtornos mentais 10% - 15% Maior tendência durante o episódio depressivo TIPOS DE TRANSTORNO BIPOLAR TRANSTORNO BIPOLAR TIPO I EPISÓDIO MANÍACO EPISÓDIO HIPOMANÍACO EPISÓDIO DEPRESSIVO MAIOR Autoestima inflada ou grandiosidade Redução da necessidade de sono Distratibilidade Período distinto de humor anormal e persistentemente elevado, expansivo ou irritável e aumento anormal e persistente da atividade dirigida a objetivos ou da energia; Duração mínima de 1 semana; Perturbação do humor suficientemente grave a ponto de causar prejuízo acentuado no funcionamento social ou profissional ou p/ necessitar de hospitalização; Envolvimento excessivo em atividades com elevado potencial para consequências dolorosas. Duração mínima de quatro dias consecutivos; Episódio associado a uma mudança clara no funcionamento notada por outras pessoas; não causa prejuízo significativo; Humor deprimido na maior parte do dia Acentuada diminuição de interesse ou prazer nas atividades Perda ou ganho significativo de peso Fadiga ou perda de energia Pensamentos recorrentes de morte Duração mínima de 2 semanas; Sofrimento clinicamente significativo ou prejuízo no funcionamento social; Autoestima inflada ou grandiosidade Redução da necessidade de sono Mais loquaz que o habitual ou pressão para continuar falando Distratibilidade Período distinto de humor anormal e persistentemente elevado, expansivo ou irritável e aumento anormal da atividade dirigida a objetivos ou da energia; Duração mínima de 4 dias; Episódio associado a uma mudança clara no funcionamento notada por outras pessoas; não causa prejuízo significativo; TRANSTORNO BIPOLAR TIPO II EPISÓDIO HIPOMANÍACO EPISÓDIO DEPRESSIVO MAIOR Humor deprimido na maior parte do dia Acentuada diminuição de interesse ou prazer nas atividades Perda ou ganho significativo de peso Fadiga ou perda de energia Insônia ou hipersonia quase diária Pensamentos recorrentes de morte Cinco (ou mais) dos seguintes sintomas presentes durante o mesmo período de 2 semanas; Sofrimento clinicamente significativo ou prejuízo no funcionamento social; Elevado o risco de suicídio no transtorno bipolar tipo II. TRANSTORNO CICLOTÍMICO Presença de vários períodos com sintomas hipomaníacos que não satisfazem os critérios para episódio hipomaníaco e vários períodos com sintomas depressivos que não satisfazem os critérios para episódio depressivo maior por pelo menos dois anos (um ano em crianças e adolescentes). Durante o período citado de dois anos, os períodos hipomaníaco e depressivo estão presentes por pelo menos metade do tempo, e o indivíduo não permanece sem os sintomas por mais que dois meses consecutivos. Transtorno Bipolar e Transtorno Relacionado Induzido por Substância/Medicamento Transtorno Bipolar e Transtorno Relacionado Devido a Outra Condição Médica Outro Transtorno Bipolar e Transtorno Relacionado Especificado Transtorno Bipolar e Transtorno Relacionado Não Especificado Leve: Dois sintomas. Moderada: Três sintomas. Moderada-grave: Quatro ou cinco sintomas. Grave: Quatro ou cinco sintomas com agitação motora E t i o l o g i a T r a n s t o r n o B i p o l a r TeoriaTeoria Genética Genética Teoria Fisiológica Teoria Bioquímica Teorias Psicossociais A consulta de enfermagem proporciona, sistematicamente, o levantamento dos problemas e das reações humanas, permitindo o conhecimento do histórico de saúde do paciente e da família. A assistência de enfermagem ao paciente que apresenta a fase maníaca deve ser coerente entre todos os membros da equipe. Deve-se ter observação constante e relato das manifestações de comportamento do paciente, tendo sempre em mente de que é um suicida em potencial. Avaliação do Paciente Durante a fase depressiva, a assistência de enfermagem consiste em assumir responsabilidades pela segurança do paciente, dado o risco de suicídio e para isto, o enfermeiro deve estimulá-lo a falar, para que possa verbalizar seus sentimentos e ideias de auto-depreciação, ruína e inutilidade e assim, avaliar seu nível de perspectiva e de esperança. Avaliação do Paciente DE Relacionado à Evidenciado por Distúrbio de auto-estima Distúrbio de cognição estimulando visão negativa da própria pessoa Expressões de menos valia e perspectiva negativa e pessimista; Sofrimento espiritual Luto disfuncional relativamente à perda de um objeto que se preza Questionamento do sentido da própria existência; Insônia Ansiedade e medo Energia insuficiente e alteração na concentração; Diagnósticos de Enfermagem Antes do surto: DE Relacionado à Evidenciado por Distúrbio do padrão de sono Hiperatividade excessiva e agitação Dificuldade em pegar no sono e por dormir apenas um curto período; Risco de lesões Hiperatividade extrema Maior agitação e ausência de controle sobre os movimentos sem finalidade e potencialmente lesivos; Nutrição alterada: abaixo das necessidades corporais Recusa ou incapacidade de sentar-se por tempo suficiente para comer Perda de peso e amenorréia; Diagnósticos de Enfermagem Durante o surto: DE Relacionado à Evidenciado por Fadiga À privação de sono e aumento no esforço físico Letargia e introspecção; Déficit no autocuidado (higiene e aparência pessoal) Humor deprimido, sentimentos de menos valia Cabelos não penteados, roupas em desalinho e mau cheiro corporal; Isolamento social / distúrbio da interação social Medo de rejeição ou do fracasso da interação Mostrar-se não comunicativo e retraído e por procurarficar sozinjo. Diagnósticos de Enfermagem Após o surto: SAE - Metas e Intervenções Distúrbio de auto-estima IntervençõesMetas Fortalecimento da Autoestima (5400) Encorajar o paciente a identificar seus pontos positivos Evitar críticas negativas Monitorar a frequência de verbalizações auto negativas Monitorar os níveis de autoestima ao longo do tempo, conforme apropriado Melhora da autoestima Melhora da autopercepção SAE - Metas e Intervenções Sofrimento espiritual IntervençõesMetas Apoio espiritual (5420) Estimular a participação em grupos de apoio. Ensinar métodos de relaxamento, meditação e imagem orientada. Estar disponível para ouvir os sentimentos individuais. Facilitação do processo de pesar (5290) Ajudar o paciente a identificar a natureza do vínculo com o objeto ou a pessoa perdida. Encorajar a expressão de sentimentos sobre a perda. Auxiliar a identificar estratégias pessoais de enfrentamento. Melhora do comportamento de enfrentamento SAE - Metas e Intervenções Insônia IntervençõesMetas Controle do humor (5330) Auxiliar o paciente a manter um ciclo normal de sono/vigília (p. ex., períodos programados de descanso, técnicas de relaxamento, medicamentos sedativos e limite na ingestão de cafeína). Administrarmedicamentos que estabilizam o humor (p. ex., antidepressivos, lítio, anticonvulsivantes, antipsicóticos, ansiolíticos, hormônios e vitaminas). Monitorar o paciente quanto aos efeitos secundários dos medicamentos e seus impactos no humor. Melhora do sono SAE - Metas e Intervenções Distúrbios do padrão de sono IntervençõesMetas Controle de ambiente (6480) Reduzir os estímulos ambientais, conforme apropriado. Controlar ou prevenir ruídos excessivos ou indesejáveis sempre que possível. Adaptar a iluminação para benefício terapêutico. Redução da ansiedade (5820) Massagear as costas/pescoço, conforme apropriado. Oferecer atividades de diversão voltadas à redução da tensão. Administrar medicação para reduzir a ansiedade, conforme apropriado. Melhora do sono SAE - Metas e Intervenções Risco de lesões IntervençõesMetas Controle do humor (5330) Administrar medicamentos que estabilizam o humor (p. ex., antidepressivos, lítio, anticonvulsivantes, antipsicóticos, ansiolíticos, hormônios e vitaminas). Monitorar o paciente quanto aos efeitos secundários dos medicamentos e seus impactos no humor. Controle do Comportamento: hiperatividade/desatenção (4352) Monitorar e regular o nível de atividade e a estimulação no ambiente. Usar controles externos, sempre que necessário, para acalmar o paciente (p. ex., intervalos, afastamento e contenção física). Administrar medicamentos (p. ex., estimulantes e antipsicóticos) para promover mudanças de comportamento desejadas. Controle de riscos SAE - Metas e Intervenções Nutrição alterada: abaixo das necessidades corporais IntervençõesMetas Monitoração nutricional (1160) Monitorar o nível de energia, mal-estar, cansaço e fraqueza. Monitorar a ingestão calórica e nutricional. Iniciar consulta nutricional, conforme apropriado. Proporcionar um ambiente com condições favoráveis durante as refeições. Planejamento da dieta (1020) Oferecer seis refeições menores em vez de três refeições normais, conforme apropriado. Aceitação da dieta prescrita SAE - Metas e Intervenções Fadiga IntervençõesMetas Controle da energia (0180) Monitorar o paciente quanto a evidências de fadiga física e emocional excessiva. Monitorar/registrar o padrão e a quantidade de horas de sono do paciente. Encorajar períodos alternados de descanso e atividade. Melhora do sono Melhora da disposição SAE - Metas e Intervenções Déficit no autocuidado: Higiene e Aparência pessoal IntervençõesMetas Assistência no autocuidado: banho/higiene (1801) Oferecer um ambiente terapêutico, garantindo uma experiência de calor, relaxamento, privada e personalizada. Oferecer assistência até que o paciente fique totalmente capaz de assumir o autocuidado. Assistência no Autocuidado: vestir/arrumar-se (1802) Fortalecimento da Autoestima (5400) Encorajar uma maior responsabilidade por si mesmo, conforme apropriado. Facilitar um ambiente e atividades que aumentem a autoestima. Independência no autocuidado Melhora da autoestima Melhora da autopercepção SAE - Metas e Intervenções Isolamento social / Distúrbio da interação social IntervençõesMetas Modificação do comportamento: habilidades sociais (4362) Encorajar o paciente a verbalizar sentimentos associados a problemas interpessoais. Propiciar modelos que demonstrem as etapas de comportamento no contexto de situações importantes para o paciente. Terapia ocupacional (4310). Auxiliar na escolha de atividades compatíveis com as capacidades físicas, psicológicas e sociais. Promover jogos grupais não competitivos, estruturados e ativos. Monitorar a reação física, emocional, social e espiritual à atividade. Fortalecimento da Autoestima (5400) * * Já discutido anteriormente. Melhora da socialização Melhora da autoestima Melhora da autopercepção Clonazepam Clozapina TerapiasTerapias farmacológica sfarmacológica s Lítio Carbamazepina Ácido valpróico Verapamil Lamotrigina Olanzapina Quetiapina Risperidona TerapiasTerapias nãonão farmacológica sfarmacológica s Terapia de grupo Terapia familiar Terapia cognitiva Eletroconvulsoterapia R E F E R Ê N C I A S M A R T Í N E Z H E R N Á N D E Z , O . e t a l . T r a s t o r n o B i p o l a r : C o n s i d e r a c i o n e s c l í n i c a s y e p i d e m i o l ó g i c a s . R e v i s t a M é d i c a E l e c t r ó n i c a , v . 4 1 , n . 2 , p . 4 6 7 – 4 8 2 , a b r . 2 0 1 9 . A M E R I C A N P S Y C H I A T R I C A S S O C I A T I O N . M a n u a l D i a g n ó s t i c o e E s t a t í s t i c o d e T r a n s t o r n o s M e n t a i s . T r a d u ç ã o d e N A S C I M E N T O , M a r i a I n ê s C o r r ê a e t a l . 5 ° e d . P o r t o A l e g r e : A r t m e d , 2 0 1 4 . p . 1 2 3 - 1 4 9 . K A T O , T . M o l e c u l a r n e u r o b i o l o g y o f b i p o l a r d i s o r d e r : a d i s e a s e o f ‘ m o o d - s t a b i l i z i n g n e u r o n s ’ ? T r e n d s i n N e u r o s c i e n c e s , v . 3 1 , n . 1 0 , p . 4 9 5 – 5 0 3 , 1 o u t . 2 0 0 8 . M A L E T I C , V . ; R A I S O N , C . I n t e g r a t e d N e u r o b i o l o g y o f B i p o l a r D i s o r d e r . F r o n t i e r s i n P s y c h i a t r y , v . 5 , p . 9 8 , 2 5 a g o . 2 0 1 4 . T O W N S E N D , M a r y C . E n f e r m a g e m p s i q u i á t r i c a : C o n c e i t o s e C u i d a d o s . 7 ª e d i ç ã o . G u a n a b a r a . 2 0 1 4 . A B R A T A . O P a p e l d a E l e t r o c o n v u l s o t e r a p i a – E C T – N o T r a t a m e n t o d o T r a n s t o r n o . A A B R A T A e n t r e v i s t a . S ã o P a u l o . D i s p o n í v e l e m : < h t t p s : / / w w w . a b r a t a . o r g . b r / o - p a p e l - d a - e l e t r o c o n v u l s o t e r a p i a - e c t - n o - t r a t a m e n t o - d o - t r a n s t o r n o / > . A c e s s o e m : 2 1 f e v . 2 0 2 2 . B R A S I L . M i n i s t é r i o d a S a ú d e . M S i n c o r p o r a t r a t a m e n t o c o m p l e t o p a r a t r a n s t o r n o b i p o l a r . B i b l i o t e c a V i r t u a l e m S a ú d e , B r a s i l . D i s p o n í v e l e m : h t t p s : / / b v s m s . s a u d e . g o v . b r / m s - i n c o r p o r a - t r a t a m e n t o - c o m p l e t o - p a r a - t r a n s t o r n o - b i p o l a r / . A c e s s o e m : 2 1 f e v . 2 0 2 2 .
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