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Métodos em Genética Molecular 1 Métodos em Genética Molecular Objetivo: estudar variações genéticas entre indivíduos Diagnóstico Aconselhamento/Consulta genético Compreensão da patogênese Tratamento Extração de DNA Pode ser feita em qualquer célula (viva ou morta) nucleada (ou seja, não é possível fazer a extração de DNA pelas hemácias) Etapas: Obtenção do Tecido → define a técnica que será usada Ruptura de células → ação mecânica (centrifugação, picotagem) Digestão de proteínas (proteinases) e RNA (RNAases) Precipitação do DNA (solução salina, álcool gelado) Como? Kits caseiros vendidos por empresas privadas Salting out → aglutinação das moléculas de DNA Métodos em Genética Molecular 2 Eletroforese de DNA Analisar a presença de DNA e separar em fragmanetos A agarose é um polissacarídeo (como ágar e pectina) que dissolve em água fervente e então gelifica quando esfria como a gelatina Um gel de agarose é preparado e submete-se o DNA (que está em pequenos poços) a uma corrente elétrica, e ele se deslocando do polo negativo para positivo, por ser levemnete negativamente carregado O teste serve para avaliar a qualidade da extração do DNA Métodos em Genética Molecular 3 RFLP (Restriction Fragments Lenght Polymorphisms) Polimorfismos de Comprimento de Fragmentos de Restrição Etapas Digestão do DNA por enzimas de restrição (atuam em lugares específicos do DNA) Ex: enzima Eco RI → atua no sítio de restrição Sempre corta o RNA onde tem uma sequÊncia 5’ GAATC 3’ - corta entre G e o A Os fragmentos também podem ter mutação, ou seja, em um indíviduo corta e no outro em que ocorreu a mutação, a enzima não reconhece e não corta naquela região, portanto os indivíduos terão tamanhos diferentes de fragmentos de restrição. Métodos em Genética Molecular 4 Isso é visto na eletrosforese, onde ocorre a separação dos fragmentos de restrição. Os fragmentos menores deslocam-se mais rápido no gel, ocorrendo uma separação de fragmentos por tamanho. Cada indivíduo possui fragmentos de restrição em número e tamanhos diferentes, o que permite utilizar esta técnica para identificação de pessoas ou evidências Para teste de paternidade, a criança terá fragmentos do pai e da mãe, sendo excluídos os que a mãe tem e que a criança tem, pois então herdou do pai Fragmento informativo: criança tem e a mãe não Métodos em Genética Molecular 5 STR (Pequenas repetições in tandem) Análise mais usada que RFLP Microsatélites - 2 a 6 pares de base O indivíduo pode ter 10 repetições de uma mesma sequência. Isso faz com que o fragmento tenha um tamanho diferente de um indíviduo que tem mais repetições desses microssatélites Métodos em Genética Molecular 6 Hoje são 20 regiões de microssatélites utilizadas para fazer essa análise de vínculo biológico DNA fingerprint Métodos em Genética Molecular 7 Antes dessas técnicas mais específicas, as que eram usada para teste de paternidade eram: tipagem sanguínea e expressão de HLA (usado para transplantes) Clonagem Molecular Isolamento de um gene Construção de ‘’bibliotecas’’ genômicas → várias cópias da mesma região do DNA A sequência retirada é inserida em hospedeiros (bactérias, leveduras, cromossomos artificiais desse organismos) → o organismo acaba gerando cópias do gene de interesse Vetores (moléculas de DNA) que recebem o fragmento de DNA a ser clonado (plasmídios, bacteriófagos, BACs, YACs) O hospedeiro/vetor escolhido depende do tamanho do gene PCR (Reação em Cadeia da Polimerase) Polimerase = enzima responsável por fazer a duplicação do DNA É um processo de replicação de um fragmento de DNA in vitro O fragmento é determinado por primers (já prontos, sem necessidade da primase), os quais definem onde deve iniciar a replicação Métodos em Genética Molecular 8 Além dos primers, para que a replicação ocorra são utilizados ciclos de temperatura para separar as fitas de dupla-hélice e para uni-las novemente → não há necessidade para as enzimas normalmente presentes no processo Desnaturação: quebra das pontes Anelamento: ligação do primer Duplicação: união das pontes A DNApolimerase natural seria degradada caso fosse submetida às temperaturas altas, por isso foi usada DNApolimerase termoestáveis (de organismos que ficam em beiras de vulcões, etc.) O processo ocorre em um equipamento chamado termociclador que faz essa alteração de temperaturas Também são adicionados a DNApolimerase e os nucleotídeos - DNTPs (com as bases A, T, C, G) Solução tampão: íons de magnésio que facilita ou dificulta a ligação dos primers com o DNA alfa A especificade depende da concentração desses íons e da temperatura Permite a análise de DNA até mesmo de uma única célula Métodos em Genética Molecular 9 A vantagem desse método é que pode ter uma quantidade inicial de tecido baixa e com a PCR é possível amplificar essa molécula em uma quantidade suficiente para ser analisada Tempos e temperaturas podem variar de acordo com o tamanho do primer, laboratório Métodos em Genética Molecular 10 Hibridação de Sondas Consiste em usar segmentos de DNA fita simples, ou RNA, conhecidos ou não como sonda e buscar complementar uma região específica do DNA (de interesse do pesquisador). São utilizados para localizar esta sequência no DNA de um indivíduo Se ocorrer a hibridação então o indivíduo tem o gene As sondas podem ser marcadas com isótopos radioativos, fluorocromos ou outros corantes para evidenciar se ocorreu ou não a hibridação entre e sonda e DNA alvo Southern Blotting Uma das primeiras técnicas Usada mais para estudo do DNA mesmo Diagnóstico de Leishmaniose Métodos em Genética Molecular 11 Faz a eletroforese → em cima do gel coloca-se uma membrana → coloca-se, ainda papeis toalhas e um peso em cima → promove por capilaridade a passagem dos fragmentos de DNA que estão no gel para essa membrana → pega a membrana e faz a marcação (sonda) → espera um tempo para ocorrer a debridação → lava a membrana algumas vezes → excesso de sonda vai ser descartado → fica só com as sondas que estarão ligadas na membrana propriamente Variações: RNA = Northern Blotting Proteínas = Western Blotting Hibridização in situ com fluorescência (FISH) Analisar números de cromossomos Existem sondas para cromossomos específicos → por exemplo: cromossomo 21, vemos no microscópio e o paciente tem 2 Métodos em Genética Molecular 12 CGH Hibridização Genômica Comparativa Nessa técnica ocorre a hibridização de genomas inteiros Muito utilizado para diagnóstico de câncer 3 genomas serão utilizados: de indíviduo em que queremos o diagnóstico, de um indíviduo que sabemos que não tem o tumor e de um indivíduo que sabemos que tem o tumor Consiste em promover a hibridação entre moléculas de DNA de tecido normal e de tecido alterado e comparar a expressão de genes nos dois tipos de tecido Foi desenvolvida através da aplicação de sondas (fragmentos de DNA) sobre metáfases, sendo que a visualização permitia verificar diretamente sobre os cromossomos as regiões com perda ou ganho de expressão Métodos em Genética Molecular 13 Tecnologia aCGH Tecnologia de microarranjos Com aplicações de sondas sobre DNA extraído, disposto em pequenos pontos (spots) em uma lâmina Métodos em Genética Molecular 14 Sequenciamento de DNA É o método mais espécifico, pois vemos letra por letra Determinação da sequência de um fragmento de DNA para comparação com sequências padrões Pode ser utilizado para identificação de pessoas ou evidências, diagnóstico de infecções, genes mutantes para doenças genéticas Comparando a hibridização de sondas: as sondas às vezes são específicas para determinadas mutações, sendo necessário vários testes em alguns casos, já no sequenciamento é necessário apenas 1 Reação Fragmento de DNA (fita simples) 1 primer DNA polimerase dNTPs Métodos em Genética Molecular 15 ddNTPs → interrompe a formação da fita (forma-se fragmentos de DNA de diversos comprimentos) Métodos em Genética Molecular 16Métodos em Genética Molecular 17 Sequência não confiável, não deve haver sobreposição Sequência confiável, sem sobreposições Métodos em Genética Molecular 18 Alinhamento = comparação das mesmas regiões de indivíduos diferentes