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Doença Inflamatória Pélvica (DIP)

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Ginecologia e Obstetrícia
Doença Inflamatória Pélvica (DIP)
- DIP ou DIPA (doença inflamatória pélvica aguda.
- Queixa frequente (10%).
- Jovens (por exposição).
- Sexo desprotegido (IST), múltiplos parceiros.
- DIU (3 a 5x mais risco).
- Período pós menstrual (sangue como meio de cultura e colo aberto).
- Buscar tratamento para evitar complicações, como:
	Infertilidade (12-50%).
	Prenhez ectópica (12-15%).
	Dor pélvica crônica (18%).
· AGENTES*:
- Neisseria gonorrhoeae.
- Chlamydia trachomatis.
- Mycoplasma hominis, Mycoplasma genitalium.
- Ureaplasma urealyticum.
- Gardnerella vaginalis.
Os mais comuns são Neisseria gonorrhoeae e Chlamydia trachomatis.
Pode ocorrer por desarranjo da flora vaginal.
· DEFINIÇÃO:
- Infecção do trato geniturinário superior – acima do orifício interno do colo uterino.
O orifício interno é onde começa a dilatação do canal de parto.
· FISIOPATOLOGIA:
- É uma infecção ascendente.
· VAGINITE/CERVICITE:
 LEUCORRÉIA:
- Abundante.
- Coloração diferente.
Normal: transparente ou branco.
Patológico: esverdeados ou amarelado.
- Odor:
Odor de peixe. As bactérias produzem aminas e liberam um odor que é similar ao de peixe.
- Ardência.
- Prurido.
· ENDOMETRITE:
- Sangramento intermitente.
Sangramento no meio do ciclo ou aumento do sangramento durante o período menstrual.
- Dor a mobilização do colo do útero.
- Dispareunia.
· SALPINGITE:
- Abcesso ou hidrossalpinge.
- Destruição das fímbrias.
- O pus pode sair pelas fímbrias e cair na cavidade abdominal – peritonite.
- Irritação do fundo de saco de Douglas – dispareunia e dor ao exame de toque.
- ATO: abcesso tubo-ovariano.
O processo inflamatório pode diminuir a mobilidade das tubas, destruir as fímbrias paralisar os cílios das tubas levando a infertilidade. 
A hidrossalpinge é a dilatação das tubas uterinas ocasionada por um processo infeccioso que provoca o acúmulo de líquido. Ela pode ser assintomática, de rápida evolução e causar severos problemas de fertilidade. Por vezes, é consequência de uma infecção sexualmente transmissível (IST).
Na paciente com hidrossalpinge é recomendada a retirada da tuba afetada.
· CLASSIFICAÇÃO:
· SINAIS E SINTOMAS*:
- Diagnóstico clínico.
- Dor abdominal.
- Febre.
- Corrimento, coceira ou odor.
- Sangramento, alteração do ciclo.
- Dispareunia.
- Disúria (uretrite associada).
Pode ser confundida com infecção de urina – as bactérias podem ascender pela uretra e levar a uretrite.
- Dor lombar.
- Náuseas ou vômitos.
· DIAGNÓSTICOS DIFERENCIAIS:
- Prenhez ectópica.
- Tumor, torção ou cisto ovariano.
- Abortamento infectado.
- Endometriose, adenomiose.
- Nefrolitíase, pielonefrite e cistite.
- Litíase urinária.
- Apendicite.
- Síndrome do Intestino Irritável.
Apendicite e SII são diagnósticos diferenciais da peritonite.
· EXAMES:
- Hemograma.
Leucocitose.
- Inflamação (PCR e VSH).
Podem estar elevados ou normais.
- Cultura vaginal.
Não é feita na rotina pois seu resultado demora muito e pode ser inconclusivo.
- BHCG.
Descartar gravidez ectópica e abortamento infectado.
- USG TV*:
	Espessamento da parede tubária maior que 5mm.
	Septos intratubários.
	Sinal da roda denteada.
	Espessamento e líquido tubário.
	Abcesso túbulo-ovariano.
· USG TV INCONCLUSIVA:
- TC/RNM – espessamento dos ligamentos uterossacros, inflamação tubária e ovariana.
Não pede na prática.
- Laparoscopia.
Só faz quando já tem o diagnóstico e necessita de uma abordagem cirúrgica.
Não é exame de rotina.
· DIAGNÓSTICO:
Anexial: ovários e tuba.
Para confirmar o diagnóstico é necessário 1 critério maior (obrigatório).
· CRITÉRIOS ESPECÍFICOS:
- USG TV ou RNM mostrando ATO.
- Biopsia endometrial mostrando endometrite.
Faz por histeroscopia. 
- Laparoscopia mostrando infecção tubaria ou peritoneal. 
Na imagem é possível ver o sinal da roda denteada (várias reentrâncias – septos ovarianos – separando o ovário.
· TRATAMENTO:
- Tratar a infecção atual.
- Prevenir complicações futuras.
- Pesquisar outras infecções: HIV, VDRL e hepatites.
- Parceiro (infecção pode não ser recente).
- Não é necessário retirar o DIU.
- Mesma eficácia de medicamentos VO e EV.
· TRATAMENTO AMBULATORIAL:
- Ceftriaxona 250mg dose única + azitromicina 1g dose única + azitromicina 500mg por 7 dias.
- Trocar ceftriaxona por ciprofloxacino 500mg dose única.
- Doxiciclina 100mg 12/12h + metronidazol 500mg 8/8h por 14 dias.
O 3º é o mais usado por ser de amplo espectro.
Trata o parceiro da mesma forma.
· TRATAMENTO HOSPITALAR:
- Ceftriaxona 1g 12/12h + metronidazol 500mg 8/8h ou clindamicina 900mg 8/8h.
- Trocar ceftriaxona por ciprofloxacino 500mg 12/12h.
- Clindamicina 900mg 8/8h + gentamicina.
O 3º é o mais usado por ser de amplo espectro.
· RECOMENDAÇÃO DE INTERNAÇÃO:
- Paciente com febre.
- Paciente com abcesso (ATO) visto no USG TV.
- Paciente instável hemodinamicamente ou em sepse. 
Da alta para o paciente assim que ele apresentar melhora clínica e o mesmo continua o tratamento em casa.
É preferível que o paciente faça o tratamento em casa.
A infertilidade é irreversível.

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