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CORREÇÃO CIRÚRGICA DE FÍSTULA RETO-VAGINAL EM CADELAS

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CENTRO UNIVERSITÁRIO BRASILEIRO 
CURSO DE MEDICINA VETERINÁRIA 
 
 
 
 
 
 
GEMIMA PEREIRA DE OLIVEIRA 
 
 
 
 
 
 
CORREÇÃO CIRÚRGICA DE FÍSTULA 
RETO-VAGINAL EM CADELAS 
REVISÃO DE LITERATURA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
RECIFE/2020 
Dyeime
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GEMIMA PEREIRA DE OLIVEIRA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CORREÇÃO CIRÚRGICA DE FÍSTULA 
RETO-VAGINAL EM CADELAS 
REVISÃO DE LITERATURA 
 
 
 
 
 
 
 
 
Monografia apresentada ao Centro Universitário 
Brasileiro – UNIBRA, como requisito parcial para 
obtenção do título de bacharela em Medicina 
Veterinária. 
 
 
 
 
 
Professor-Orientador: Dr. Wagner Mcklayton Alves 
de Souza 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
RECIFE/2020 
GEMIMA PEREIRA DE OLIVEIRA 
 
 
 
 
 
 
 
CORREÇÃO CIRÚRGICA DE FÍSTULA 
RETO-VAGINAL EM CADELAS 
REVISÃO DE LITERATURA 
 
 
Monografia aprovada como requisito parcial para obtenção do título de Bacharela em 
Medicina Veterinária, pelo Centro Universitário Brasileiro – UNIBRA, por uma comissão 
examinadora formada pelos seguintes professores: 
 
 
 
 
 
 
Prof.º Drº. Wagner Mcklayton Alves de Souza 
 
 
 
 
 
Professor (a) Examinador (a) 
 
 
 
 
 
Professor (a) Examinador (a) 
 
 
 
 
 
 
Recife, de de 2020. 
NOTA: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Dedico este trabalho de conclusão de curso aos 
meus pais (in memória), a minha filha de coração 
Iris Tairony (presente de Deus na minha vida), a 
minha sobrinha-filha Claudia Garcia, seu esposo 
Alex e meu sobrinho Alexsander (Lindinho) que 
sempre me apoiaram me dando todo suporte 
necessário, e é por causa deles que a realização 
desta conquista se tornou possível! 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Meu Deus, contigo compartilho a alegria desta incrível e 
maravilhosa conquista; foi através da tua força e do teu 
poder que eu consegui essa recompensa tão importante 
para minha vida, pois não há maior recompensa do que 
atingir metas através de nossos esforços. 
É com muita emoção e com meu coração cheio de 
gratidão e com a tua soberana presença ao meu lado, 
que eu consigo perceber que não existe o impossível na 
minha vida. 
Obrigado Senhor pela fé, pela força e pelos sinais de 
superação. 
Obrigado por existir em mim meu Deus! 
 
AGRADECIMENTOS 
 
 
 
Á minha família, em especial aos meus pais que já não estão mais aqui, mas 
continua valendo nossas confidências: “Mainha quando crescer vou ser médica..., 
Painho dizia: “minha doutorinha”. Eles partiram e não tive tempo para dizer – lhes 
que era sobre ser médica veterinária... era sobre gostar de cuidar, de amenizar a 
dor e o sofrimento, era sobre amar os animais, acreditando na imortalidade da 
natureza querendo preservá-la sempre mais bela. Era sobre ouvir miados, mugidos, 
balidos, relinchos e latidos. Era sobre entendê-los, não se importando se eles 
pensam, mas se sofrem ou sentem dor. Era de dedicar o tempo na arte de salvar 
vidas, perder medos e ganhar amigos de pêlos e penas que jamais me deixariam 
decepcionada. 
Ao Centro Universitário Brasileiro – UNIBRA, ao coordenador e corpo de 
professores em especial aos professores: Robson Melo (in memória), André, Diogo, 
Rafael, Nazaré, Débora, Karen, Amanda, Suzana, Glaucia e tantos outros que ao 
longo da minha graduação, com paciência me conduziram conhecimentos e 
aprendizados. 
Ao meu orientador Prof.º Drº. Wagner Mcklayton pela sua atenção, 
disponibilidade e empenho no meu trabalho. 
Ao Hospital Veterinário Harmonia, onde iniciei meus estágios, Dra. Cintia 
Valadares, Dra. Simone C. Lima, Dra. Daniela Jobard, enfermeiros Renan e Souza. 
A Clinica Veterinária de Olinda – CLIVET, meu grande orientador de estágio 
– Dr. Josenaldo Macêdo, ao Dr. João Emilio Cruz, Dra. Andrea Cruz, Dra. Claudia 
Cruz, Dra. Vanessa Marques e Dra. Daniela Mariane pelas oportunidades, 
aprendizado, pela confiança, companheirismo, sempre me fortalecendo e 
compreendendo, proporcionando grandes experiências práticas em minha vida. 
Tenho por vocês eterna admiração e apreço. 
Aos meus colegas de turma que fizeram com que os dias se tornassem mais 
suaves e leves nos momentos difíceis, em especial a Fred meu amigo e irmão em 
Cristo, Marlene companheira dos congressos, Alessandra, Sr. Inaldo, amigos que 
levo para a vida, e á tantos outros que estiveram em meu caminho nessa jornada. 
Ao corpo de médicos e enfermagem da Policlínica e Maternidade Barros 
Lima onde passei parte da minha vida, obrigada pelo incentivo, confiança e força. 
Aos meus irmãos de sangue e aqueles á quem constitui como amigos ao 
longo dessa caminhada. 
Á igreja que sempre orou por mim. 
E por fim, tão importantes para mim, aos meus netinhos de quatro patas: 
Sandy, Kelly (in memória), Laysa, Neymar, Cyrilo, Maya, Aurinha e Lotús (primo 
rico), vocês são meu orgulho e incentivo nessa profissão! 
Muito Obrigada! 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Um médico tem a chance de 
ouvir do paciente o que ele está 
sentindo... O veterinário aguça a 
sensibilidade, torna-se capaz de ver, 
sentir e entender os seus pacientes 
sem que seja dita uma única palavra 
por eles. Dá valor a vida e acima de 
tudo, respeita aqueles que não 
sabem ser hipócritas, que não sabem 
fingir o amor ou o ódio, mas que 
sabem demonstrar de maneira 
sincera e simples os seus 
verdadeiros sentimentos. Não mede 
esforços para cuidar mesmo sabendo 
que jamais receberão 
agradecimentos formais do tipo 
“Obrigado por salvar minha vida”, 
simplesmente ouvem no silêncio o 
coração dos animais! 
(Talita Martins) 
 
Se for pra ser médica... 
Que seja “médica veterinária”. 
Gemima Oliveira 
 
CORREÇÃO CIRÚRGICA DE FÍSTULA RETO-VAGINAL EM CADELAS 
REVISÃO DE LITERATURA 
 
 
 
GEMIMA PEREIRA DE OLIVEIRA 
PROF.º DRº. WAGNER MCKLAYTON ALVES DE SOUZA 
 
 
 
 
RESUMO 
 
 
A atresia anal associada á fístula reto-vaginal é um defeito na luz do ânus e região 
terminal do reto que ocorre durante o desenvolvimento embrionário, ocasionando o 
fechamento da saída do ânus ou do trajeto anormal das fezes através da uretra 
peniana ou vaginal. O objetivo desse trabalho é proporcionar uma revisão de 
literatura sobre a Correção Cirúrgica de Fístula Reto-vaginal em cadelas. As 
anomalias anorretais são deformidades congênitas de raras ocorrências nas mais 
variadas espécies. Geralmente os sintomas apresentados em pacientes com fístula 
reto-vaginal são: eliminação da urina e fezes por um único orifício, além de tenesmo, 
distensão abdominal e prostração pelo desconforto. O tratamento cirúrgico para 
fístula reto-vaginal é a única alternativa para uma sobrevida aos pacientes 
acometidos. Essa anomalia é diagnosticada clinicamente através dos sinais clínicos 
e com imagem radiográfica, onde se pode visualizar a afecção e o tipo de atresia. A 
correção da fístula reto-vaginal deve ser realizada de forma precoce e segura, pois 
além de ser a única alternativa, é alto o índice de óbito durante o processo 
anestésico e cirúrgico. Contudo, complicações no pós-operatório não são incomuns 
em cadelas com atresia reto-vaginal e podem estar relacionadas á um prognóstico 
ruim em alguns cães. A atresia reto-vaginal é uma anomalia congênita que resulta 
em oclusão do reto e normalmente está associada à fístula reto-vaginal. Quando 
diagnosticada de forma correta o tratamento obrigatoriamente é cirúrgico e pode 
resultar em um prognóstico favorável, ofertando ao animal uma melhor qualidade de 
vida. 
 
Palavras-chave: Tenesmo. Episiotomia. Fêmeas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Professor da UNIBRA. Doutor em Medicina Veterinária pela Universidade Federal Rural de 
Pernambuco. Email: wagnermcklay@gmail.com 
mailto:wagnermcklay@gmail.com
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SURGICAL CORRECTION OF RECTUM-VAGINAL FISTULA IN BITCHES 
LITERATURE REVIEWGEMIMA PEREIRA DE OLIVEIRA 
PROF.º DRº. WAGNER MCKLAYTON ALVES DE SOUZA 
 
 
 
 
 
Abstract: 
 
 
 
Anal atresia associated with rectovaginal fistula is a defect in the lumen of the anus 
and terminal region of the rectum that occurs during embryonic development, 
causing the closure of the exit of the anus or the abnormal path of the feces through 
the penile or vaginal urethra. The objective of this work is to provide a literature 
review on the Surgical Correction of Rectovaginal Fistula in female dogs. Anorectal 
anomalies are congenital deformities of rare occurrences in the most varied species. 
Generally, the symptoms presented to patients with rectovaginal fistula are: 
elimination of urine and feces through a single orifice, in addition to tenesmus, 
abdominal distension and prostration due to discomfort. Surgical treatment for 
rectovaginal fistula is the only alternative for survival of affected patients. This 
anomaly is diagnosed clinically through clinical signs and radiographic image, where 
the condition and the type of atresia can be visualized. Correction of the rectovaginal 
fistula must be performed early and safely, because in addition to being the only 
alternative, the death rate during the anesthetic and surgical process is high. 
However, postoperative complications are not uncommon in dogs with rectovaginal 
atresia and may be related to a poor prognosis in some dogs. Rectal-vaginal 
atresiais a congenital anomaly that results in rectal occlusion and is usualy 
associated with recta-vaginal fistula. When correctly diagnosed, the treatment must 
be surgical and can result in a favorable prognosis, offering the animal a better 
quality of life. 
 
 
Keywords: Tenesmus. Episiotomy. Females. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Professor at UNIBRA. PhD in Veterinay Medicine from the Federal Rural University of 
Pernambuco. Email: wagnermklay@gmail.com 
mailto:wagnermklay@gmail.com
 
 
 
LISTA DE ILUSTRAÇÕES 
Figura 1: Fístula reto-vaginal em cadela ............................................................ 16 
Figura 2: Classificação da Atresia anal .............................................................. 17 
Figura 3: Radiografia contrastada de uma cadela em posição lateral ................ 18 
Figura 4: Ânus imperfurado com fístula reto-vaginal .......................................... 19 
Figura 5: Imagem radiográfica em 2 projeções de uma cadela apresentando 
atresia anal ..........................................................................................20 
Figura 6: Animal da espécie canina, fêmea em posicionamento cirúrgico ........ 22 
Figura 7: Animal da espécie canina fêmea, apresentando “marquinha” ânus 
fechado .............................................................................................. 23 
Figura 8: Sutura finalizada - Anoplastia em cadela .......................................... 24 
Figura 9: Animal em pós-cirurgia de reconstrução do ânus – restabelecido ..... 25 
 
SUMÁRIO 
 
 
 
1. INTRODUÇÃO .................................................................................................... 12 
2. METODOLOGIA .................................................................................................14 
3. REVISÃO DE LITERATURA ..............................................................................15 
 Classificação .......................................................................................................17 
 Sinais clínicos .................................................................................................... 18 
 Diagnóstico ......................................................................................................... 20 
 Tratamento .........................................................................................................21 
 Prognóstico ........................................................................................................ 26 
 Prevenção .......................................................................................................... 26 
4. CONSIDERAÇÕES FINAIS .............................................................................. 27 
5. REFERÊNCIAS..................................................................................................28 
6. APÊNDICES 
A - Ficha de acompanhamento de reuniões semanais............................31 
B - Ficha de avaliação da revisão para a Monografia parcial (1AV).........32 
C- Ficha de avaliação do material pré-completo......................................33 
 
 
 
12 
 
 
 
 
1. INTRODUÇÃO 
 
 
As anomalias anorretais são deformidades congênitas de raras ocorrências, 
caracterizadas nas mais variadas espécies. Dentro da raridade, a freqüência de 
maior ocorrência é em caninos e felinos (HOLT, 1985; RAHAL et al., 2007; LEE, et 
al., 2016). Apesar da raridade nessas espécies é a anomalia congênita de maior 
incidência. 
A atresia anal é relatada como a falta de comunicação entre o ânus e o reto. 
Essa anomalia é desencadeada no período de desenvolvimento embrionário 
(GARCÍA-GONZÁLEZ et al., 2012). 
A atresia é uma deformidade congênita onde a membrana do ânus persevera 
e não há a composição do orifício anal e do próprio esfíncter. Como conseqüência o 
reto se mostra fechado sob o orifício do ânus (ETTINGER & FELDMAN, 2004). A 
comunicabilidade ventral da parte do reto e a dorsal da vagina podem vir a ocorrer 
dessa forma, e então denominar-se a fístula reto-vaginal relatada em fêmeas 
(VIANA & TOBIAS, 2005). 
Em muitos casos a atresia anal ligada à fístula reto-vaginal é compatível com 
a vida em fêmeas quando é realizado o procedimento cirúrgico para corrigir o defeito 
congênito, possibilitando o funcionamento normal dos sistemas gastrintestinais e 
geniturinários (MOYA et al., 2008). A causa da não abertura do ânus pode ser pela 
ocorrência da aplasia da parte terminal do reto, da tenacidade da membrana do 
ânus ou ainda pelo defeito existente entre o canal do ânus e o reto. Essa anomalia 
muitas vezes pode estar relacionada á progressão no desenvolver nas fêmeas a 
fístula reto-vaginal (MANJABOSCO et al., 2013). 
Os sinais clínicos apresentados são a passagem das fezes pela vulva, 
irritação na vulva, tenesmo, cistite e megacólon (PRASSINOS et al., 2003; VIANNA 
& TOBIAS, 2005; MATTHIESEN & MARRETTA, 2007; RAHAL et al., 2007; ELLISON 
& PAPAZOGLOU, 2012; GARCÍA-GONZALEZ et al., 2012). Esses sinais porém não 
serão claros quando o animal ainda estiver fazendo uso de uma dieta liquida. 
O diagnóstico dessa anomalia é baseado na história do paciente, nos sinais 
clínicos apresentados e no exame físico. Como exames complementares pode-se 
fazer uso do exame radiográfico simples ou por meio de contraste, o que 
determinará o tipo de fistula. 
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O tratamento preconizado é a correção cirúrgica. O prognóstico para essa 
anomaliaé desfavorável e a mortalidade é de grande incidência devido à idade do 
paciente e a sua má condição física, que interferem nos riscos anestésicos e 
cirúrgicos (SLATTER, 2007). 
Como existem poucos relatos de anomalias de fístulas reto-vaginais, 
objetivou-se com esse trabalho proporcionar uma revisão de literatura sobre a 
Correção Cirúrgica de Fístula Reto-vaginal em Cadelas. 
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2. METODOLOGIA 
 
 
Foram realizadas pesquisas bibliográficas através das plataformas do Google 
acadêmico, Scielo e Repositórios de Universidades como artigos, anais de 
congressos e simpósios, livros e revistas científicas escrito em português e inglês, 
do período de 2003 á 2019 em um total de 34 artigos, com abordagem qualitativa 
em diversas fontes e se caracteriza uma revisão de literatura. 
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sobre correções de fístulas reto-vaginal, �
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há trabalhos de 1002�
15 
 
 
 
 
3. REVISÃO DE LITERATURA 
 
 
 
A atresia anal é uma alteração congênita em filhotes que provoca a ausência 
de abertura anal, podendo estar associada a fistula reto-vaginal que é uma falha na 
comunicação entre o reto e a vagina (GARCÍA-GONZÁLEZ et al., 2012). 
O índice verdadeiro da incidência dessa afecção pode ser maior do que o 
relatado, porque muitos filhotes recém-nascidos são sacrificados antes do 
diagnóstico de que a correção cirúrgica seja um insucesso, tornando ocultos dados 
adicionais que não são publicados, quando são comuns as complicações 
associadas à correção cirúrgica dessas anomalias (PRASSINOS et al., 2003; 
MAHLER & WILLIAMS, 2005; VIANA & TOBIAS, 2005). 
Na medicina veterinária, esse tipo de malformação acontece na dimensão de 
1 animal em 500 nascimentos e é de ocorrência rara em caninos e felinos (JONES, 
2000). No Brasil, tem crescido o interesse pelo conhecimento através de estudos 
sobre as anomalias hereditárias e congênitas (PAVARINI et al., 2008; CAMPOS et 
al., 2009; DANTAS et al., 2010; MARCOLONGO-PEREIRA et al., 2010). Essa 
enfermidade acomete com maior incidência animais de raças puras, como: Boston 
Terrier, Bichon, Chow Chow, Maltês e miniatura de Schauzer, além de ocorrer em 
animais de raças mestiças (ELLISON & PAPAZOGLOU, 2012). 
Defeitos congênitos ou malformações são deformidades funcionais e também 
estruturais que são apresentadas no nascimento, comprometendo a funcionalidade 
total ou parcial dos sistemas durante o período do desenvolvimento fetal, quando 
ainda se é um embrião (ROTTA et al., 2008). Segundo Peterson & Kutzler (2011), as 
anomalias congênitas são capazes de provocar deformidades tanto estrutural como 
funcional em órgãos, intervindo na causa de mortalidade de neonatos. 
O índice de mortalidade neonatal na espécie canina na medicina veterinária 
sofre uma variável de 15 á 40% (MOON et al., 2001; MUNNICH, 2008), o índice de 
mortalidade é bem mais elevado do que entre a espécie humana (VASSALO et al., 
2015). 
Não sendo comumente encontrada em cães, a atresia anal é um defeito 
congênito e sua ocorrência é decorrente de uma falha na comunicação da túnica 
que aparta o endoderma do intestino imediato da túnica anal ectodérmica 
(BURROWS & SHERDDING, 1992). As malformações poderão acometer mais de 
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real�
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termo utilizado para fins religiosos
ideal é eutanasiados�
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16 
 
 
 
 
um filhote da prole (LAMM, 2012). No período do pré-natal, qualquer alteração 
ocorrida desde o período da formação do blastócito, período embrionário e período 
fetal pode causar um defeito congênito (LOURENÇO, 2015). 
Diversas vezes a oclusão se apresenta de forma mais complicada do que 
uma mera cobertura de membrana, tomando ainda a forma, além de atresia, 
agenesia ou estenose do ducto retal (JONES, 2000). 
A estenose indica uma oclusão incorreta do lúmen (VAN DER GAAG et 
al., 1980; BARKER & DREUMEL, 1985), enquanto a atresia é referida como 
completa oclusão (VAN DER GAAG & TIBBOEL, 1985) conforme mostra a (Fig.01), 
cadela apresentando fístula reto-vaginal. Já a agenesia é uma imperfeição na 
evolução da estrutura do sistema ou do órgão pelo não surgimento da célula na 
formação do embrião (WYKES & OLSON, 1996). Segundo Loynachan et al. (2006), 
essas anomalias são carreadas por fatores ambientais ou genéticos. Essas 
malformações são causas mundiais de danos na reprodução animal causando 
abortos, defeitos congênitos, atraso no desenvolvimento do embrião e 
funcionamento de sistemas dos órgãos com deficiências (PIMENTEL et al., 2007). 
Para Simon et al. (2010), a origem tanto de fatores genéticos quanto ambientais e 
razões de ser dessas deformidades anorretais, permanecem ainda de forma mal 
compreendidas ou até desconhecidas. 
Figura 01: Fístula Reto-vaginal em 
cadela 
 
Fonte: Arquivo Pessoal 
Dr. Josenaldo Macêdo - CLIVET 
17 
 
 
 
 
 Classificação: 
 
 
A atresia anal, como demonstrado na (Fig.02), tem uma classificação 
anatômica de malformações distribuídas em quatro tipos onde: No tipo I a 
malformação é definida por uma estenose nata ou congênita do ânus. No tipo II a 
malformação é definida pela retenção no ânus da membrana, onde como uma bolsa 
cega o reto estará localizado cranialmente a este órgão. No tipo III, o reto como uma 
bolsa cega, encerra-se de forma mais cranial no canal pélvico e tem a retenção da 
membrana no ânus e no tipo IV, essa malformação é constituída pela junção do reto 
com a vagina, formando a fístula reto-vaginal em cadelas. Nesse tipo de 
malformação o reto permanece situado na parte interior do canal pélvico e termina 
também como uma bolsa cega (SLATTER, 2007; PAPAZOGLOU; ELLISON, 2012; 
GARCÍA-GONZALEZ et al., 2012). 
 
Figura 02: Classificação da atresia anal. 
A-Atresia anal tipo I 
B-Atresia anal tipo II 
C-Atresia anal tipo III 
D-Atresia anal tipo IV 
 
 
Fonte: Adaptado de (Papazoglou et al., 2012). 
 
 
Para Vianna & Tobias (2005); Ellison & Papazoglou (2012), ambos descrevem 
a classificação dessa patologia conforme a intensidade da agenesia ou disgenesia, 
que caracteriza a ausência ou o desenvolvimento incompleto do órgão. No tipo I 
18 
 
 
 
 
ocorre à estenose do ânus ainda na fase embrionária, onde o animal retrata uma 
membrana sobre a abertura do ânus, consiste num ânus normal. No II o ânus 
aparece cerrado e uma espécie de bolsa cega é formada pelo reto localizado 
cranialmente ao ânus; assim o reto ainda como uma bolsa cega encerra-se dentro 
do canal pélvico, o ânus aparece imperfurado. No tipo III o ânus surge fechado ou 
imperfurado; esse tipo de malformação equivale a um reto normal dentro da 
normalidade, porém resguardado por uma camada fina de tegumento onde se forma 
no reto proximal uma bolsa cega. No IV tipo, cranialmente o reto é encerrado como 
bolsa cega na parte do canal pélvico onde existe uma comunicação resistente entre 
reto e vagina, o que caracteriza a fístula reto-vaginal em fêmeas. 
Segundo Pliego (2008), esse tipo IV de malformação pode acontecer tanto em 
fêmeas quanto em machos, caracterizando entre o reto e a vagina (fístula reto- 
vaginal) e entre o reto e a uretra (fístula reto-uretral). 
 
 Sinais Clínicos: 
 
 
Segundo Aronson (2007), normalmente os pacientes com atresia anal e fistula 
reto-vaginal demonstram sinais clínicos baixos, quando ainda são alimentados com 
dietas liquidas. As anormalidades anorretais são constatadas tardiamente ao 
desmame, quando os filhotes iniciam uma dieta com alimentos mais sólidos que 
resultam segundo a (Fig.03) num colón impactado desenvolvendo megacólon 
(MATTHIESEN & MARRETTA, 2007). 
Figura 03: Radiografia contrastada de uma cadela em posição lateral, com 
evidência da presença de fístula reto-vaginal e megacólon. 
Fonte: HUVET-UFF, Niterói, 2015. 
19 
 
 
 
 
Clinicamenteos sinais podem apresentar-se de formas variadas e os 
sintomas podem ser bem claros, de acordo com o tipo da atresia. Apatia, dilatação 
do abdome e falha no orifício anal, é relatada (BOJRAB, 1981; BROEK, 1988; 
LORENZONI, 1989). Para Tyagi (1993), esses animais com malformação não 
manifestam a abertura do esfíncter anal/perineal, apresentam distensão abdominal 
com progressão rápida e tenesmo, além de protuberância na região anal/perineal e 
este é um quadro em que o animal tem uma rápida perda de vitalidade. Para 
Radostitis et al. (2002), o animal acometido com essa afecção também pode ser 
portador da cauda ausente (perosomus acaudato). 
Nos primeiros dias de vida os sinais clínicos já são vistos, pois esses tipos de 
afecção são de rápida ocorrência (PREASSINOS et al., 2003). Outros sinais também 
podem ser observados como no ânus imperfurado (Fig.04), sinais como: dermatite 
vulvar, fezes aquosas, cistite e megacólon (PRASSINOS et al., 2003; VIANNA & 
TOBIAS, 2005; MATTHIESEN & MARRETTA, 2007; RAHAL et al., 2007; ELLISON & 
PAPAZOGLOU, 2012; GARCÍA-GONZALEZ et al., 2012). Segundo Amstutz et al. 
(2014), também pode-se ser observados eliminação das fezes pela vulva ou 
obstrução. 
 
Figura 04: Ânus imperfurado com fístula reto-vaginal; localização da 
fístula em parede dorsal da vagina (seta branca) e orifícios do saco anal 
(setas pretas). Mucosa com apresentação vaginal inchada e vermelha. 
 
Fonte: Pagona G. Gouletsou – The Veterinary Record, July, 19, 2003. 
20 
 
 
 
 
 Diagnóstico: 
 
 
O diagnóstico é feito baseado na história do paciente, nos sinais clínicos 
apresentados e nos exames complementares. O diagnóstico desta patologia é 
basicamente clinico, no entanto é de suma importância realizar a radiografia 
abdominal para se conhecer o tipo de atresia apresentada assim como a localização 
terminal do reto. Sendo a radiografia com contraste, tem-se a possibilidade de 
confirmar a presença de fistulas revelando o contato entre o reto e a vagina 
(MATTHIESEN & MARRETTA, 1998; WYRES & OLSON, 2007). 
O exame clínico e a radiografia abdominal como se pode visualizar na 
(Fig.05), são eficazes para o diagnóstico na confirmação e auxilio quanto á 
classificação do tipo da atresia reto-vaginal (VIANA & TOBIAS, 2005; GARCÍA- 
GONZALEZ et al., 2012; VALENTE et al., 2014), o que mostra o indício da 
existência de conteúdo de fezes que se encontra em contato com a vagina, sendo 
esse um achado que caracteriza a fistula reto-vaginal em cadelas (VALENTE et al., 
2014). 
Figura 05: Imagem radiográfica em 2 projeções de uma 
cadela apresentando atresia anal, onde se observa a 
presença de gás intra-abdominal. 
A - VD e B – LL 
 
Fonte: Serviço de Radiografia do HVEP. 
21 
 
 
 
 
 Tratamento: 
 
 
O tratamento é cirúrgico e ocorre de acordo com a alteração apresentada, 
observando-se a melhor técnica a ser realizada, assim como na reconstrução 
vaginal e porção final do reto (ETTINGER & FELDMAN, 2004). Segundo Bichard & 
Sherding (2008), esse é o tratamento indicado em todos os tipos de atresia anal e as 
técnicas á serem utilizadas vai depender da classificação da anomalia e do protocolo 
sugerido. O que determina a eficiência do tratamento cirúrgico é o prazo em que 
acontece o diagnóstico e a realização da cirurgia para correção da fístula, pois a 
anomalia pode apresentar conteúdo fecal em comunicabilidade com a vagina e 
tenesmo. A condução do material fecal pela vulva pode culminar em uma infecção 
por bactérias em todo o trato reprodutivo (VALENTE et al., 2014). 
A cirurgia, segundo Ettinger & Feldman (2004); Mahlar & Williams (2005); 
Slatter (2007); Kumar et al. (2010), em conseqüência evitará transtornos de 
constipação, inanição e até estágios de infecções sépticas, evitando levar o animal a 
óbito. 
Para Slatter (1985), o prognóstico depende do grau da atresia, no entanto na 
maioria das vezes é reservado, com exclusividade quando há um prolongamento de 
tempo entre o diagnóstico e o tratamento, tornando o índice de morte no período 
trans-operatório elevado. O prognóstico da Correção da fístula reto-vaginal é não 
favorável ou reservado e o índice de mortalidade na cirurgia é alto, por motivo da 
pouca idade dos pacientes e as condições físicas desfavoráveis aumentando os 
riscos durante a anestesia e no processo cirúrgico (HOLT, 1985; ARONSON, 2003; 
PRASSINOS et al.; 2003). Para Loynachan et al. (2006), o prognóstico é 
desfavorável, devido à ingerência do estado fisiológico digestivo normal que pode 
provocar uma doença debilitante, levando a problemas importantes no 
desenvolvimento normal do paciente, podendo então levá-lo ao óbito. 
Na atresia tipo I o animal apresenta estreitamento do canal. (RAHAL, 2007). 
O reto apresenta-se normal, porém o ânus é estenótico (VIANNA & TOBIAS, 2005; 
ELISSON & PAPAZOGLU, 2012). Existe apresentação de tecido cutâneo e 
subcutâneo não perfurado, onde será viável a reconstrução cirúrgica desde que o 
esfíncter anal interno e o reto fiquem íntegros. 
Moya et al., (2008) descreve o processo cirúrgico, iniciando com uma 
episiotomia para localizar a fístula, sutura do espaço que existir entre a vagina e o 
22 
 
 
 
 
reto eliminando o espaço morto e reconstrução do reto para então delimitar a 
abertura do ânus. 
Na atresia tipo II onde além da membrana não perfurada, faz-se necessário 
divulsionar a região anal para que se possa tracionar o reto e o transfixar. A técnica 
cirúrgica é considerada simples, realizada conforme a literatura de Papazoglou & 
Ellison (2011); Carmo et al. (2016), onde se posiciona o animal em decúbito esternal 
como mostra a (Fig.06), cauda levantada no sentido dorsal e mantida presa. Realiza-
se a tricotomia e a anti-sepsia da região operatória. Logo após realiza-se uma 
incisão na entrada do ânus, segue-se a divulsão do tecido subcutâneo até a onde 
esteja a porção fechada do reto por sua abertura. A mucosa anal deverá ser pinçada 
para evitar a retração da mesma. Faz-se uma sutura simples interrompida, 
suturando a mucosa do reto e a pele ao redor do ânus em padrão simples 
interrompido, com fio de nylon 3-0. 
 
 
Figura 06: Animal da espécie canina, fêmea em posicionamento cirúrgico. 
A e B: Apresentação em decúbito esternal, cauda tracionada na posição vertical. 
 
 
Fonte: Departamento Cirúrgico do HVEP 
 
Na atresia tipo III, encontra-se uma combinação com a atresia tipo II, com 
uma terminação mais cranial do reto como uma bolsa cega (VIANNA & TOBIAS, 
2005), onde além da membrana não perfurada, também é necessário divulsionar a 
23 
 
 
 
 
região anal para que se possa tracionar o reto e o perfurar, semelhante ao tipo II, é 
possível observar uma “marquinha” conforme demonstrado na (Fig.07) na 
localização do ânus fechado, onde segundo Aronson (2007), é possível uma 
saliência no períneo e disso dependerá o nível da atresia anal. 
 
Figura 07: Animal da espécie canina, fêmea, apresentando 
“marquinha” indicando ânus fechado. 
 
Fonte: pubvet.com.br 
 
 
 
 
Na atresia tipo IV, encontra-se uma descontinuação do reto proximal com o 
ânus (VIANNA & TOBIAS, 2005). O reto encerra-se como bolsa cega na parte 
interna do canal pélvico, entre a parede ventral do reto e a parede dorsal da vagina 
há uma comunicação, o que determina a fístula reto-vaginal (ARONSON, 2003; 
HEDLUND, 2005; VIANNA & TOBIAS, 2005). Podem existir tenesmo e passagem de 
fezes de qualidade aquosa saindo pela vagina (VIANNA & TOBIAS, 2005). Faz-se 
necessário a estabilização do paciente antes da cirurgia, por serem filhotes e 
24 
 
 
 
 
provavelmente estarem apresentando quadro clinico de apatia, desidratação, 
anorexia e distensão de abdômen por fezes retidas, o que pode causar uma 
porcentagem de óbitos alta durante ou imediatamente após a cirurgia (RAHAL et al., 
2007). Atresia do tipo IV exige o fechamento das falhas do reto, da vagina e da 
uretra, sendo necessários a mobilização da porção terminal do colóne o reto através 
da abordagem abdominal e se o esfíncter e o reto estiverem preservados, é possível 
então uma reconstrução cirúrgica satisfatória (NIEBAUER, 1996; PLIEGO et al., 
2008). Segundo Curti et al. (2011), é necessário a fechadura das falhas retal, uretral 
e vaginal como mostra a (Fig. 08), sutura na cirurgia finalizada de anoplastia em 
cadela, sendo fundamental que se aborde a região abdominal para se ter acesso ao 
cólon e reto. 
Figura 08: Sutura finalizada. Anoplastia em cadela. 
 
Fonte: Arquivo pessoal 
Dr. Josenaldo Macêdo - CLIVET 
25 
 
 
 
 
Para a correção da atresia anal associada á fístula reto-vaginal, VIANA & 
TOBIAS (2005), classifica como Anoplastia que é a restauração da função normal do 
ânus como mostra a (Fig.09) e pode ser realizada de forma parcial ou completa 
(MATTHIESEN & MARRETA, 2007), onde no procedimento a recuperação das 
estruturas da anatomia normal é imperativa (DOMÍNGUEZ et al., 2012; ELLISON & 
PAPAZOGLOU, 2012; GARCÍA-GONZALEZ et al., 2012; AMSTUTZ et al., 2014). 
 
Figura 09: Animal em pós-cirurgia de 
reconstrução do ânus – restabelecido. 
 
 
Fonte: Arquivo pessoal 
Dr. Josenaldo Macêdo - CLIVET 
 
 
 
Após o processo cirúrgico de reparação pode ocorrer incontinência de 
defecação, constipação de forma crônica ou ainda estenose do ânus (PRASSINOS 
et al., 2003). As complicações no pós-operatório são incontinência fecal, 
constipação, obstipação, tenesmo, edema perineal, incontinência urinária, estenose 
anal e deiscência da ferida (ARONSON, 2003; WYKES & OLSON, 2003; MAHER & 
26 
 
 
 
 
WILLIAMS, 2005; VIANNA & TOBIAS, 2005). A incontinência fecal é uma das 
complicações mais importantes após a cirurgia e pode estar associada à falta de 
motilidade intestinal, possivelmente pela ausência do esfíncter anal externo ou ainda 
por algum dano de nervos ocorrido no procedimento cirúrgico (RAHAL et al., 2007). 
Analgésicos, dietas de forma pastosa, laxantes e antibióticos de amplo 
expecto, são de suma importância na fase de recuperação pós-cirurgia (ETTINGER 
et al., 2017). 
 
 Prognóstico: 
 
 
O prognóstico é relatado como desfavorável e o índice de mortalidade na 
cirurgia é considerado elevado porque os animais afetados são jovens e não 
apresentam boas condições físicas, o que leva ao aumento dos riscos durante o 
procedimento na anestesia cirurgia (CURTI et al., 2011). 
 
 
 Prevenção: 
 
 
Uma forma de prevenção e de controle é evitar a reprodução desses animais, 
para que não haja proliferação desta anomalia congênita (PEREIRA, CONCEIÇÃO 
& CALDAS, 2014). 
27 
 
 
 
 
4. CONSIDERAÇÕES FINAIS 
 
 
A atresia anal é uma anomalia congênita onde a luz do ânus é interrompida o 
que resulta em oclusão do reto; normalmente está associada à fístula reto-vaginal, 
que é uma comunicação entre o reto e a vagina. O tratamento de eleição é a cirurgia 
apesar de o diagnóstico ser desfavorável. Quando diagnosticado de forma correta e 
utilizando-se da melhor técnica de anoplastia para a correção da atresia anal e 
fistula reto vaginal, os resultados obtidos são satisfatórios evitando-se a eutanásia, 
oferecendo ao animal uma melhor qualidade de vida. 
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28 
 
 
 
 
REFERÊNCIAS 
 
 
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Filhote de cão: Relato de Caso. Cirurgia Geral. 34° Congresso da Anclivepa RN. 
Anais II. Revista Acta Veterinária Brasílica, v.7, Supl.1, 2013. 
 
2- ANTONIOLI, M.L. et al. Atresia Anal com Fístula Retovaginal em ovino: Relato de 
Caso. Arquivo Brasileiro de Medicina Veterinária e Zootecnia, Vol.69, n.5, 
p.1167-1171. 2017. Belo Horizonte Set./Out. 2017. 
 
3- ANUNCIAÇÃO, A.R. et al. Atresia anal associada à fístula reto-vaginal em cabra: 
Relato de caso. Revista Cientifica Eletrônica de Medicina Veterinária. Ano IX – 
Número 18 – Janeiro/2012. 
 
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Medicine, 63. Nowon-Gu. Seoul. Republic of Korea. 2018. 
 
5- BONFADA, P.A.H.; LIBARDONI, F. Atresia anal associada à fístula retovaginal em 
um canino. Relatório de estágio curricular supervisionado em Medicina Veterinária. 
Universidade Regional do Nordeste do Estado do Rio Grande do Sul. 
Departamento de Estudos agrários. Curso de Medicina Veterinária. Ijuí, RS. 2018. 
 
6- CARDOSO, M.A. et al. Atresia Anal Associada à Fístula Retrovaginal em Cães - 
ANAIS VOLUME 4 X Semana Acadêmica dos cursos de Graduação VIII 
Semana de Iniciação Científica VIII Feira de Negócios, Integração Social, Humor 
e Cultura - Matipó. 2017. 
 
7- CARMO, I.B; OLIVEIRA, M.N; REZENDE, A.A; FARIAS, L.A. Enfermidade 
congênita em felino: fístula retovaginal associada á oclusão retal. PUBVET. V.10, 
N.12, P.883-885, Dez. 2016. 
 
8- CARVALHO, Y.N.T. et al. Atresia anal associada à fístula reto-vaginal em bezerra: 
Uma revisão. PUBVET, Londrina, V.6, N.33, Ed. 220, Art. 1462, 2012. 
 
9- CONCEIÇÃO, R.F. Atresia Anal em Cães e Gatos. Trabalho de Conclusão e 
Curso. 52 f. Faculdade de Ciências Biológicas e da Saúde. Curso de Medicina 
Veterinária, Curitiba. 2016. 
 
10- COSTA, T.M. et al. LEITE, A.G.P.M. Atresia anal tipo III com presença de fístula 
vaginal e megacólon: Relato de caso. PUBVET. V.12, n.11, a216, p.1-4, Nov., 
2018. 
 
11- COURA, R.F; PORTO, M.R; SEGEDI, A.S.D.; LEAL, D.R. Atresia Anal Fístula em 
cadela. Relato de caso. Trabalho de Conclusão de Curso. Graduação em 
Faculdade de Medicina Veterinária – Faculdade PROMOVE. Brasília. 2016. 
29 
 
 
 
 
12- CURTI, F. et al. Atresia Anal e Fístula Retovaginal em cão – Relato de caso. 
Congresso. Discentes em Medicina Veterinária – Universidade Federal de Lavra. 
MG. Out/2016. 
 
13- DAMOLIN, F. et al. Agenesia Unilateral de corno uterino em cadela: Considerações 
reprodutiva, cirúrgicas e histopatológicas. Archives of Veterinary Science. V.24, 
n.1, p.44-50, 2019. 
 
14- FREITAS, D.M. et al. Correção cirúrgica de atresia anal e fístula retovaginal em 
uma cadela: relato de caso. Artigo Técnico 3. Revista V&Z. Belo Horizonte - MG. 
Ano XXXIX. Nº 140. Jan/Fev/Mar. 2019. 
 
15- GOMES, B.; CASTRO, L.S.; FREITAS, R.A.G.; CARVALHO, R.O. Atresia Anorretal 
em Gatos. Relato de Caso. Ciências Agrárias. Anais do XII FAVE – Fórum 
Acadêmico da Faculdade Vértice. Univertix. Matipó. 2019. 
 
16- JEREMIAH, K.T. et al. Colostomy for the Relief of a Rectovaginal Fístula and 
Atresia Recti in a Sow: A Case Report. Nigerian Veterinary Journal. Vol.35 nº 3. 
p.1022 -1025. 2014. 
 
17- KNUPP, A.G.M. et al. Atresia Anal em Felino (Felis catus) – Relato de caso. XXVII 
Jornada Cientifica do Curso de Graduação em Medicina Veterinária do UNIFESO. 
2018. 
 
18- LADISLAU, L.C.; SILVA, P.T.G. Atresia Anal Tipo II em filhote de Rottweiler – 
Relato de Caso. Anais do 14° Simpósio de TCC e 7 Seminário de Faculdade 
ICESP. 2018. 
 
19- MACEDO, R.G. et al. Correção Cirúrgica de fístula retovaginal associada á atresia 
anal em ovino – Relato de caso. Anais da II Semana da Medicina Veterinária e I 
Workshop de Bem-estar animal da Universidade Federal de Roraima. Boa Vista, 
RR, novembro/2016. 
 
20- MANJABOSCO, C.B.; SPIER, J.D.; MULLER, D.C.M. Atresia anal associada com 
fístula retovaginal em um cão. Relatório Técnico - Cientifico. XXI Seminário de 
Iniciação Cientifica. Salão do Conhecimento. Unjiuí/2013. 
 
21- MATHEUS, M.A. et al Atresia Anal e Fístula Retovaginal em uma cadela – Relato 
de Caso. Anais da XII SEMAVET. Cuiabá, MT. 06 a 11 de novembro de 2017. 
 
22- PAES, B.G.E.; MARQUES, I.D.R.; REGINALDO, A.S.; FELTRAN, M.M.; RONDON, 
E.S. Atresia Anal e Fístula Retovaginal em Canino:Relato de Caso. Fundação 
Universidade Federal de Mato Grosso do Sul. Anais da XI Mostra Cientifica 
Famez. Campo Grande, 2018. 
 
23- PAPAZOGLOU, L.G; ELISSON, G.W. Atresia Ani In Dogs and Cats. Department of 
Clinical Sciences, Faculty of Veterinary Medicine, Aristotle University of 
Thessaloniki. Departamento of Small Animal Clinical Sciences, Health Science 
Center, University of Florida Gainesville, Greece. USA. 2012. 
30 
 
 
 
 
24- PEREIRA, K.L.; CONCEIÇÃO, J.H.S.; CALAS, S.A. Atresia Anal Associada à 
Fístula Reto-vaginal em Bezerra; Relato de caso. SABER DIGITAL. Revista 
Eletrônica do CESVA. V.7, n.1, p. 27-37, Nov. 2017. 
 
25- PEREIRA, K.L.N.P. Avaliação de Fatores de Risco para viabilidade neonatal 
canina: Clampeamento precoce do cordão umbilical e defeitos congênitos. 
Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho. Faculdade de Medicina 
Veterinária e Zootecnia – Departamento de Clinica Veterinária. Botucatu/SP. 
Julho/2018. 
 
26- PRASSINOS, N.N.; PAPAZOGLOU, L.; MORAITOU, K. A.; GALATOS, A. D. 
Congenital anorectal abnormalities in six dogs. The Veterinary Record, July 19. 
2003. 
 
27- SANTANA, S.B.S. et al. Atresia anal com fístula retovaginal em cadela - relato de 
caso Atresia ani with rectovaginal fistula in bitch - case report. Suplemento I 
Congresso Brasiliense da Anclivepa. Resumos expandidos. Parlamundi - DF. 5 
á 7 de setembro 2013. 
 
28- SILVA, L.M.C. et al. Malformações e distúrbios congênitos em neonatos caninos. 
Anais 00623 – ENPÓS - XXI Encontro de Pós-graduação. 5 a. Semana 
Integrada. Universidade Federal de Pelotas. 2019. 
 
29- SILVA, P.H.S; MOTHÉ, G.B; SILVA, S.C.G; RAMOS, N.V; FERREIRA, M.L.G. 
Correção Cirúrgica de Atresia Anal associada à Fístula Retovaginal em cadela de 4 
meses de idade: Relato de Caso. Enciclopédia Biosfera, Centro Cientifico 
Conhecer – Goiânia, v.13 n.24; p.331-2016. 
 
30- SOUSA, P.C. Malformações Congênitas em Ruminantes - Revisão de Literatura. 
Universidade Federal de Roirama. Centro de Ciências Agrárias. Boa Vista, RR. 
2018. 
 
31- TEIXEIRA, L.G. Atresia Retal em Neonatos de Eqüídeos. Programa de 
aprimoramento profissional. Secretária do Estado da Saúde. Coordenadoria de 
Recursos Humanos – FUNDAP. Jaboticabal, 2019. 
 
32- VALENTE, F.S. et al. E.A. Atresia anal associada à fístula retovaginal em cadela. 
Acta Scientiae Veterinariae, Vol. 42, 2014, PP. 1-4 Universidade Federal do Rio 
Grande do Sul. Porto Alegre. Brasil. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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31 
 
 
 
 
Apêndice A – Ficha de acompanhamento de reuniões semanais 
 
 
 
 
TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO – MONOGRAFIA 
FICHA DE ACOMPANHAMENTO DE REUNIÕES 
Nome do orientador: Dr. Wagner Mcklayton Alves de Souza 
 
Nome do(s) discente(s) Gemima Pereira de Oliveira 
Curso: Medicina Veterinária 
 
Data Assunto Encaminhamentos 
para próxima reunião 
Assinatura 
(rubrica) 
 
Orientador: 
 
 
Discente(s) 
 
Orientador: 
 
 
Discente(s) 
 
Orientador: 
 
 
Discente(s) 
 
Orientador: 
 
Discente(s) 
 
Orientador: 
 
 
Discente(s) 
DIMENSÕES 
NOTA 
MÁXIMA 
ALUNO 1 ALUNO 2 ALUNO 3 
Participação nas orientações 2,5 
Autonomia na condução dos trabalhos 2,5 
Cumprimento das atividades propostas 2,5 
Cumprimento dos prazos 2,5 
TOTAL 10,0 
32 
 
Apêndice B - Ficha de avaliação da revisão para a Monografia 
parcial (1AV) 
 
 
 
 
 
TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO – MONOGRAFIA 
FICHA DE AVALIAÇÃO DA REVISÃO – QUALIFICAÇÃO (TCC | 1AV) 
Nome do orientador: Dr. Wagner Mcklayton Alves de Souza Curso: Medicina Veterinária 
Nome do(s) discente(s): Gemima Pereira de Oliveira 
 
Título do trabalho: CORREÇÃO CIRÚRGICA DE FÍSTULA RETO-VAGINAL EM CADELAS 
PRODUÇÃO DO MANUSCRITO 
Nota 
máxima 
NOTA (GRUPO) 
Relevância da temática 0,5 
Introdução 1,0 
Objetivo 1,0 
Metodologia 1,0 
Desenvolvimento (versão parcial) 2,5 
Considerações finais 1,0 
Referências (versão parcial) 0,5 
Linguagem clara, objetiva, imparcial, coerente e adequação ortográfica 1,0 
Normatização do trabalho (formatação e normas técnicas) 0,5 
Cumprimento dos prazos na entrega do manuscrito 1,0 
 
 
 
 
NOTA FINAL 10,0 
 
 
Considerações sobre a monografia: 
 
 
 
 
 
 
Data: 
Assinatura (Orientador): 
33 
 
Apêndice C – Ficha de avaliação do material pré-completo 
 (2ªAV) e avaliação do materia completo (3ªAV) 
 
 
 
 
TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO – MONOGRAFIA 
FICHA DE AVALIAÇÃO – DEFESA (TCC | 2AV ou 3AV) 
Nome do orientador: Dr. Wagner Mcklayton Alves de Souza Curso: Medicina Veterinária 
Nome do(s) discente(s): Gemima Pereira de Oliveira 
 
Título do trabalho: 
DIMENSÃO 1 (versão pré e final da Monografia): PRODUÇÃO DO 
MANUSCRITO 
Nota 
máxima 
NOTA (GRUPO) 
Relevância da temática 0,5 
Introdução 1,0 
Objetivo 0,5 
Metodologia 0,5 
Desenvolvimento 1,0 
Considerações finais 1,0 
Referências 0,5 
Linguagem clara, objetiva, imparcial, coerente e adequação ortográfica 1,0 
Normatização do trabalho (formatação e normas técnicas) 0,5 
Cumprimento dos prazos na entrega do manuscrito 0,5 
 
 
Total (Dimensão 1) 7,0 
 
DIMENSÃO 2 (versão final da Monografia): COMUNICAÇÃO 
CIENTÍFICA 
Nota 
máxima 
ALUNO 
1 
ALUNO 
2 
ALUNO 
3 
Qualidade e conhecimento do manuseio dos recursos audiovisuais 0,5 
Postura adequada 0,5 
Tempo de exposição (15 a 20 minutos) 0,5 
Correlação da temática com o conteúdo exposto 0,5 
Desempenho na arguição 0,5 
Domínio do conteúdo na apresentação 0,5 
Total (Dimensão 2) 3,0 
NOTA FINAL 
 
Obs.: 0 a 3,9 (não apta), 4,0 a 6,9 (apta com restrição), 7,0 a 9,4 (apta), 9,5 a 10,0 (apta 
para publicação) 
 
Considerações sobre o artigo: 
 
 
 
 
Data: 
 
Assinatura do Orientador e de cada avaliador (versão final uma ficha para cada membro): 
34 
 
35 
 
 
	AGRADECIMENTOS
	CORREÇÃO CIRÚRGICA DE FÍSTULA RETO-VAGINAL EM CADELAS
	RESUMO
	SURGICAL CORRECTION OF RECTUM-VAGINAL FISTULA IN BITCHES
	Abstract:
	LISTA DE ILUSTRAÇÕES
	4. CONSIDERAÇÕES FINAIS 27
	2. METODOLOGIA
	3. REVISÃO DE LITERATURA
	4. CONSIDERAÇÕES FINAIS
	REFERÊNCIAS

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