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1 PLANO MUNICIPAL DE ASSISTÊNCIA SOCIAL 2018-2021 SANTA ROSA-GO, 2018 2 PREFEITURA MUNICIPAL DE SANTA ROSA-GO Secretaria Municipal de Assistência Social Triagem: Edição n°.01- Janeiro ano 2018- Plano Municipal de Assistência Social- PMAS- 2018- 2021 Elaboração: Secretaria Municipal de Assistência Social CATALOGAÇÃO NA FONTE – FICHA CATALOGRÁFICA Brasil, Estado de Goiás, Prefeitura Municipal de Santa Rosa- Secretaria Municipal de Assistência Social Aprofundamento à avaliação com equidade no acesso: Constituição Federal de 1988, Lei Federal n° 8.742 de 07 de dezembro de 1993- Lei Orgânica de Assistência Social – LOAS- Norma Operacional Básica – NOB- SUAS aprovada pelo Conselho Federal de Assistência Social- Resolução n° 130 de 15 de Junho de 2005 e normas e regulamentações sobre projetos técnicos dos Ministérios da União e Secretarias Estaduais e Municipais. Dispõe sobre Elaboração do Plano Municipal de Assistência Social- PMAS Território Municipal Período: 2018 2021 Ente: Prefeitura Municipal de Santa Rosa- GO Órgão: Secretaria Municipal de Assistência Social 3 CARTA DO GESTOR O Plano Municipal de Assistência Social é um instrumento legal que, além de sistematizar as ações e planejar esse processo de implementação pelo período de 2018 a 2021, contempla serviços, projetos, programas, benefícios sócio assistenciais e fortalecimento dos conselhos que foram implantados e adequados às novas legislações e na perspectiva de direitos e exercício de cidadania para quem dela precisa, rompendo com a visão assistencialista e de benesse que perdurou por vários anos, focando no direito do cidadão. A Política de Assistência Social tem sofrido significativas mudanças com o advento do SUAS e da PNAS (2004) no sentido de avanço frente à construção de uma rede de proteção social que garanta os direitos sociais a milhares de famílias e indivíduos. Esse processo de garantia de direitos é conquista que se realiza aos poucos e que ainda encontra obstáculos a serem superados, principalmente ao pouco recurso destinado a área social. Buscar detectar, valorizar e mobilizar as potencialidades dos sujeitos, as capacidades preservadas das famílias e a energia transformada dos grupos e movimentos sociais são estes os principais objetivos da área social. O plano de Assistência Social organiza, regula e norteia a execução da Política de Assistência Social aprovado pelo respectivo Conselho. Deve conter os objetivos gerais e específicos, as diretrizes, prioridades, as ações e estratégias, as metas estabelecidas, os resultados e impactos esperados, os recursos materiais, humanos e financeiros, fontes de financiamento, a cobertura da 4 rede prestadora de serviços, os indicadores de financiamento, os indicadores de monitoramento e avaliação e o espaço temporal da execução, dentre outros. Almeja-se que com o Plano Municipal possa dar maior visibilidade às ações desenvolvidas no campo da assistência social, e que, uma vez executado consolide a assistência social enquanto política vista como dever do estado e direito das famílias e indivíduos que dela necessitam conforme: O parágrafo único do artigo 2º. da LOAS assim expressa: Parágrafo único. A assistência social realiza-se de forma integrada às políticas setoriais, visando ao enfrentamento da pobreza, à garantia dos mínimos sociais, ao provimento de condições para atender contingências sociais e à universalização dos direitos sociais. O alcance de mínimos sociais via acesso a uma renda mínima compatível com o atendimento às necessidades básicas deverá ser conjugado, portanto, à oferta de serviços, programas e processos que assegurem segurança, sentido de pertencimento social e a facilitação e apoio para o acesso às demais políticas sociais. Neste contexto a Secretaria da Assistência Social, juntamente com o CRAS, desenvolve várias ações em prol das famílias mais vulneráveis do Município de Santa Rosa- GO. Leila da Silva César Prefeita Municipal de Santa Rosa- GO Lilia Lúcia Ferreira Secretária Municipal de Assistência Social 5 SUMÁRIO 1. APRESENTAÇÃO................................................................................................06 1.1 Aprovação do Plano Conselho Municipal de Assistência Social- CMAS.................................................................................................................08 1.2 O Plano Municipal de Assistência Social- PMAS2018 – 2021 ..........................09 2. INDENTIFICAÇÃO 2.1Poder Executivo ...................................................................................................10 2.2 Órgão Gestor da Assistência Social ...................................................................11 2.3 Elaboração do Plano ...........................................................................................13 2.4 Fundo Municipal de Assistência Social ...............................................................13 3. CONTROLE SOCIAL 3.1 Conselho Municipal de Assistência Social de Santa Rosa (CMAS) ....................14 3.1.1 Identificação Órgão gestor da Assistência Social .............................................15 3.2 Composição Mandato 2017/2019 .......................................................................15 3.3 Ações Desenvolvidas pelo CMAS de Acordo com suas atribuições ...................15 4. DIAGNÓSTICO SOCIAL – A CIDADE DE SANTA ROSA 4.1 Histórico ..............................................................................................................17 4.2 Características Gerais .........................................................................................17 4.3 Rede Sócio assistencial local ..............................................................................23 5. OBJETIVO GERAL DO PLANO MUNICIPAL DE ASSISTÊNCIA SOCIAL 5.1 Objetivo Geral ...................................................................................................35 5.2Objetivo Especifico ..............................................................................................36 6.DIRETRIZES E PRIORIDADES DELIBERADAS ..................................................36 6.1 Deliberações da 7ª Conferência Municipal de Assistência Social –realizada em maio de 2017 ............................................................................................................38 7. AÇÕES E ESTRATÉGIAS CORRESPONDENTES PARA SUA IMPLEMENTAÇÃO 7.1. Proteção social básica (PSB) .............................................................................44 7.2. Proteção social especial (PSE)...........................................................................55 7.2.1. PSE- serviços de média complexidade............................................................56 7.3. Gestão do SUAS ................................................................................................58 7.6. Benefícios assistenciais .....................................................................................63 7.7. Programas de transferência de renda – PBF .....................................................65 6 8. RESULTADOS E IMPACTOS ESPERADOS ......................................................65 9. RECURSOS MATERIAIS, HUMANOS, FINANCEIROS DISPONÍVEIS E NECESSÁRIOS 9.1. Recursos Materiais .............................................................................................69 9.2. Recursos Humanos ............................................................................................71 10. COBERTURA DE REDE PRESTADORA DE SERVIÇOS 10.2. Rede Intersetorial ..............................................................................................7211. INDICADORES DE MONITORAMENTO DE AVALIAÇÃO ................................75 7 1. APRESENTAÇÃO O Plano Municipal de Assistência Social constitui-se, conforme a PNAS (2004), no instrumento de gestão cujo objetivo é sistematizar o planejamento técnico e financeiro da política de assistência social no município de Santa Rosa- GO., frente ao Sistema Único de Assistência Social – SUAS. Os objetivos, diretrizes, assim como o conjunto das ações expressas nesse Plano Municipal tem como base a Lei Orgânica da Assistência Social – LOAS, a Política Nacional de Assistência Social – PNAS, a Norma Operacional Básica do SUAS e a Resolução nº. 109, de 11 de novembro de 2009, na qual o Conselho Nacional de Assistência Social aprova a Tipificação Nacional de Serviços Sócio assistenciais. Com o advento do SUAS e da PNAS (2004) tem sofrido grandes mudanças no sentido de avanço frente à construção de uma rede de proteção social que garanta os direitos sociais a milhares de famílias e indivíduos. Esse processo de garantia de direitos é conquista que se realiza aos poucos e que ainda encontra obstáculos a serem superados, de modo particular em municípios pequenos, cuja execução da política ainda é marcada por uma visão assistencialista e de pouco financiamento. O Plano Municipal tem o intuito de contribuir para dar maior visibilidade às ações desenvolvidas no campo da assistência social, e que, uma vez executado possa consolidar no município, a assistência social enquanto política pública vista como dever do Estado e direito das famílias e indivíduos que dela necessitam a garantia com acesso a todas as políticas públicas, bens e serviços disponíveis, bem como o fortalecimento da função protetiva da família. A estrutura deste plano comporta em especial dados gerais do município, caracterização da rede de assistência, os objetivos gerais e específicos; as diretrizes e prioridades deliberadas; as ações estratégicas correspondentes para sua implementação; as metas estabelecidas; os recursos materiais, humanos e financeiros disponíveis e necessários; os mecanismos e fontes de financiamento; a 8 cobertura da rede prestadora de serviços; o monitoramento e avaliação e o espaço temporal de execução. 1.1 APROVAÇÃO DO PLANO PELO CONSELHO MUNICIPAL DE ASSISTÊNCIA SOCIAL – CMAS O Plano Municipal de Assistência Social foi analisado e aprovado pelos membros do CMAS sendo que o mesmo terá a vigência pelo período de 04 (quatro) anos, neste caso especÍfico, de 2018 a 2021, tendo a seguinte estrutura: diagnóstico sócio territorial; diretrizes; objetivos gerais e específicos; ações; metas; financiamento; monitoramento e avaliação. A Secretaria de Assistência Social, órgão gestor da Assistência Social, é responsável pela elaboração do Plano Municipal, que o submeteu à aprovação do Conselho Municipal de Assistência Social (CMAS). Na elaboração do Plano, foram realizados levantamentos de dados e informações, e a identificação da demanda dos serviços, programas e benefícios sócio assistenciais e da rede sócio assistencial, que serviram como base para a elaboração do diagnóstico sócio territorial. Assim, buscando assegurar as ações no âmbito da Assistência Social, este Plano contempla as prioridades e demandas, para o atendimento da população do município de Santa Rosa- GO, no que diz respeito a toda política de Assistência Social. Isto posto, apresenta-se, através das ações, projetos e programas propostos a oferta de serviços de proteção social básica e especial, bem como os benefícios eventuais, de forma que, a política de assistência social do município seja referência, pautada no respeito e no direito a quem necessite. Sendo, que o mesmo foi analisado e aprovado pelos membros do CMAS ata n.º 76, resolução n.º 05/2018. (doc. anexo). Santa Rosa- GO, janeiro de 2018. Luciano Aparecido dos Santos Presidente do Conselho Municipal de Assistência Social 9 1.2 O PLANO MUNICIPAL DE ASSISTÊNCIA SOCIAL – PMAS 2018-2021 O Plano Municipal de Assistência Social 2018 – 2021, vêm atender a recomendação legal estabelecida pelos artigos 203 e 204 da Constituição Federal de 1988 (CF/88), no campo da Assistência Social, por meio da Lei Orgânica de Assistência Social (LOAS), Lei nº 8.742 de dezembro de 1993, que exige pelo artigo 330, alínea lll, que os Municípios, Estados e Distrito Federal instituam o Plano de Assistência Social. A Resolução nº. 182, de 20 de julho de 1999, do Conselho Nacional de Assistência Social (CNAS), em seu artigo 1º define que os Planos de Assistência Social serão plurianuais, abrangendo o período de 04 (quatro) anos, tanto para Estados quanto para Municípios. O Parágrafo Único, deste artigo, explica que os planos contemplarão o segundo ano da gestão governamental e que foram elaborados no primeiro ano da gestão seguinte. Contudo este Plano possui sua vigência de 04 anos sendo que o próximo gestor possa dar continuidade no planejamento para iniciar seu governo e se adeqüe ao recomendado. Conforme a Norma Operacional Básica da Assistência Social – NOB/SUAS, os instrumentos de gestão se caracterizam como ferramentas de planejamento técnico e financeiro da Política de Assistência Social e do Sistema Único de Assistência Social – SUAS, nas três esferas de governo, tendo como parâmetro o diagnóstico social e os eixos de Proteção Social Básica e Especial, sendo eles: Plano de Assistência Social; Orçamento; Monitoramento, Avaliação e Gestão da Informação e Relatório de Gestão. Ainda de acordo com a PNAS/04, “O Plano de Assistência Social é um instrumento de planejamento estratégico que organiza, regula e norteia a execução da Política Nacional de Assistência Social – PNAS/2004 na perspectiva do Sistema Único de Assistência Social – SUAS. Sua elaboração é de responsabilidade do órgão gestor da política que o submete à aprovação do Conselho Municipal de Assistência Social, reafirmando o princípio democrático e participativo”. A estrutura deste plano comporta em especial dados gerais do município, caracterização da rede de assistência, os objetivos gerais e específicos, as diretrizes e prioridades deliberadas, as ações estratégicas correspondentes para 10 sua implementação, as metas estabelecidas, os recursos materiais, humanos e financeiros disponíveis e necessários, os mecanismos e fontes de financiamento, a cobertura da rede prestadora de serviços, o monitoramento e avaliação e o espaço temporal de execução. O processo foi realizado através de pesquisa documental, reuniões, seminário, oficinas temáticas, avaliação in loco, envolvendo todos os atores da política, sendo eles: gestor, profissionais e trabalhadores do SUAS, entidades parceiras, gerência de programas, entidades assistenciais, usuários e Conselho Municipal de Assistência Social, como forma de garantir a democratização de informações e construção de propostas que venham ao encontro real das necessidades do município. Além disso, foi realizado um diagnóstico sócio assistencial nas áreas de maior vulnerabilidade do município de Santa Rosa- GO, que serviu como base para todo o trabalho que agora será apresentado. 2. IDENTIFICAÇÃO - ÓRGÃO GESTOR DA ASSISTÊNCIA SOCIAL 2.1. PODER EXECUTIVO Prefeitura: Prefeitura Municipal de Santa Rosa- GO Endereço: Rua Santa Rosa – Setor Santa Tereza Telefone: (62) 3335 6261 E-mail: santarosago.gov@gmail.com Site: prefeituradesantarosa.gov.br Prefeito: Leila da Silva César 2.2. ORGÃO GESTOR DA ASSISTÊNCIA SOCIAL Nome do Órgão Gestor: Secretaria Municipal de Assistência Social Município: Santa Rosa- GO Endereço: Praça Nossa Senhora da Abadia Bairro: Centro CEP: 75.455.000 11 Telefone: (62) 33356261 E-mail: santarosa.social@hotmail.comResponsável: Lilia Lúcia Ferreira Nível de Gestão: Básica Porte do Município conforme critérios do MDS: Pequeno I A Secretaria Municipal de Assistência Social ocupa um espaço importante na Prefeitura Municipal de Santa Rosa- GO, assumindo o compromisso ético de promover o caráter público da seguridade social estabelecido na Constituição Federal de 1988, regulamentado pela Lei Orgânica da Assistência Social – LOAS e pela Política Nacional de Assistência Social. O Governo Municipal na cidade de Santa Rosa, assume a atribuição de implantar o Sistema Único de Assistência Social - SUAS como sistema articulador e provedor de ações de proteção social básica, afiançador de seguranças sociais, com monitoramento e avaliação de suas ações, processos e resultados, de modo a obter maior eficiência e eficácia nos investimentos públicos e efetividade no atendimento à população. A Secretaria de Assistência Social tem por finalidade coordenar a definição e a implementação das políticas sociais no Município de forma integrada e intersetorial. A ela compete: 1. O combate as consequências geradas pela pobreza com a exclusão social, a garantia de acesso às políticas públicas essenciais para a vida como: educação, saúde, cultura, esporte e lazer e o desenvolvimento de uma política de inclusão social das camadas mais pobres da população. 2. Promover a organização da rede de atendimento, execução de programas e projetos desenvolvidos pela prefeitura, coordenação e implementação de um sistema de supervisão, acompanhamento e avaliação das ações e das prestações de contas da rede pública da assistência social no município, bem como a definição da relação com as entidades prestadoras de serviços e dos instrumentos legais a serem utilizados; 12 3. Promover e coordenar as ações político-administrativas com relação às esferas estadual e federal, apoiar as atividades relacionadas as ações comunitárias, atuar na orientação e inclusão social e integrar-se aos projetos sociais de outras políticas públicas, que visem o desenvolvimento e o atendimento à população usuária; 4. Elaborar planos, programas e projetos de desenvolvimento social; 5. Coordenar as estratégias de implementação de planos, programas e projetos de proteção social; 6. Coordenar as atividades relativas a direitos humanos e cidadania; 7. Coordenar as atividades de política de segurança alimentar e proteção social básica e especial; 8. Planejar, coordenar e executar programas e atividades de apoio à pessoa com deficiência, visando a sua reinserção na sociedade; 9. Gerir os fundos municipais de Assistência Social e da Criança e do Adolescente; 10. Avaliar as ações das entidades sociais do Município, aprovando projetos e liberando recursos financeiros e humanos necessários à implementação das atividades desta em parceria com as Instâncias de Controle Social; 11. Execução dos demais serviços públicos municipais que estejam compreendidos no seu âmbito de atuação; 12. A intervenção efetiva no que diz respeito à pobreza com a exclusão social, a garantia de acesso às políticas essenciais para a vida, como: educação, saúde, cultura, esporte e lazer e o desenvolvimento de uma política de inclusão social principalmente para os sujeitos sociais que encontram-se em situação de vulnerabilidade social. A Secretaria de Assistência Social tem ainda como atribuições a organização da rede de atendimento pública de assistência social, execução de programas, projetos, benefícios e serviços, captação de recursos financeiros, proposição dos recursos humanos necessários e apoio a participação popular e controle social. 13 Competem ainda a esta as ações político-administrativas com relação às esferas estadual e federal, o apoio às atividades relacionadas às ações comunitárias, atuação na orientação e recuperação social e integrar-se aos projetos sociais e de outras políticas públicas, que visem o desenvolvimento e o atendimento à população usuária tem como objetivo assessorar tanto a gestão como as entidades em relação à captação de recursos, tramitação e prestação de contas de processos de convênios que auxiliam a manutenção dos serviços e da rede prestadora de serviços. 2.3. ELABORAÇÃO DO PLANO: Nome Profissão Função/ Cargo Vínculo Representação (CRAS,CMAS, Entidades) Kátia Lara Evaristo Mendanha Assistente Social Assistente Social Contrato SEMAS Lilia Lúcia Ferreira Pedagoga Secretaria da Assistência Social Efetiva SEMAS Andressa Cristina Rosa Ribeiro Nível superior incompleto Gestora do Programa Bolsa Família Comissionado SEMAS 2.4. FUNDO MUNICIPAL DE ASSISTÊNCIA SOCIAL CNPJ: 12.781.646/0001-32 Gestor (a): Lilia Lúcia Ferreira Endereço do FMAS: Praça Nossa Senhora da Abadia, n.º 330 Telefone (62) 33356261 3. CONTROLE SOCIAL O Controle Social conforme a Resolução CNAS nº 237/2006 define o exercício democrático de acompanhamento da gestão e avaliação da Política de Assistência Social do Plano Plurianual de Assistência Social e dos recursos financeiros destinados a sua implementação, sendo uma das formas de exercício 14 desse controle, zelar pela ampliação e qualidade da rede de serviços sócio assistenciais para todos os destinatários da política. Ele representa a capacidade que a sociedade organizada tem de intervir nas políticas públicas, interagindo com o Estado na definição de prioridades e na elaboração dos planos de ação do Município, do Estado ou do Governo Federal. Os conselhos de políticas e de defesa de direitos, tais como os Conselhos de Assistência Social são formas democráticas de controle social. Esse controle da gestão pública tem suas bases legais nos princípios e direitos constitucionais fundamentais, como o inciso LXXIII, art. 5º, da Constituição Federal, que estabelece o mecanismo de ação popular e o § 2º do inciso IV do art. 74, que dispõe que qualquer cidadão é parte legítima para denunciar irregularidades ao Tribunal de Contas da União – TCU. Na assistência social, em particular o inciso II, art. 204 da Carta Maior, estabelece que nesse campo as ações governamentais tenham como diretrizes, dentre outras, a “participação da população, por meio de organizações representativas, na formulação da Política e no controle das ações em todos os níveis”. O funcionamento dos Conselhos de Assistência Social tem sua concepção advinda da Constituição Federal de 1988, art. 204 enquanto instrumento de efetivação da participação popular no processo de gestão político-administrativa- financeira e técnico-operativa, com caráter democrático e descentralizado. Assim, como forma de efetivar essa participação, foi instituída pela Lei 8.742/93, Lei Orgânica da Assistência Social – LOAS, em seu artigo 16 que, as Instâncias Deliberativas do sistema descentralizado e participativo, de caráter permanente e composição paritária entre governo e sociedade civil são: os Conselhos Municipais, Estaduais, do Distrito Federal e o Conselho Nacional de Assistência Social – CNAS. Ressaltando que a conquista da participação popular como direito não se trata apenas da participação nos Conselhos. Esse é um espaço privilegiado, mas não o único espaço de participação. Porém, os conselhos devem exercer seu papel político, que é outra importante dimensão de atuação. 15 3.1. CONSELHO MUNICIPAL DE ASSISTÊNCIA SOCIAL DE SANTA ROSA-CMAS 3.1.1. Identificação Criação: 29/06/1993 Decreto n.º: 281 Endereço do CMAS: Praça Nossa Senhora da Abadia Telefone (62) 33356261 E-mail: cmasstrosa@hotmail.com Presidente: Luciano Aparecido dos Santos 3.2 - COMPOSIÇÃO MANDATO 2017/2019: Total de Conselheiros: 16 Conselheiros Conselheiros Titulares: 08 Conselheiros Suplentes: 08 Nome Conselheiros Titulares Luciano Aparecido dos SantosSandra Maria Simão Welio Alfredo de Oliveira Luciene Rosa Siqueira Iranete Miguel de Oliveira Daniela Pereira Rodrigues Lorrany Fernandes Veiga Maria Gilvanda R. de S. Macedo 3.3. AÇÕES DESENVOLVIDAS PELO CMAS DE ACORDO COM SUAS ATRIBUIÇÕES O Conselho Municipal de Assistência Social (CMAS) é uma instância deliberativa do Sistema Único de Assistência Social (SUAS), vinculado à Secretaria de Assistência Social, com caráter permanente e composição paritária entre o governo e sociedade civil. O CMAS de Santa Rosa, foi criado pela Lei Municipal n° 281/1993. Suas atribuições estão definidas na referida Lei, além de constar na LOAS, 16 NOBSUAS/2012 e demais instrumentos. Assim, de acordo com as atribuições, podemos elencar as principais ações e serviços desenvolvidos pelo CMAS: Acompanhamento e Controle da Política Municipal de Assistência Social; Apreciação e aprovação do Plano Municipal de Assistência Social e do Relatório Anual de Gestão, elaborados pelo órgão gestor da Assistência Social; Orientação e Controle do Fundo Municipal de Assistência Social; Acompanhamento, avaliação e fiscalização da gestão dos recursos, bem como os ganhos sociais e o desempenho dos serviços, programas, projetos e benefícios sócio assistenciais; Apreciação e aprovação dos seguintes documentos: Plano de Ação, co financiamento do Governo Federal e Demonstrativos Físico-Financeiros, exigidos pelo Ministério do Desenvolvimento Social Combate e Agrário; Aprovação de aceite e expansão dos serviços, programas e projetos sócio assistenciais, co financiados. O CMAS de Santa Rosa é um espaço importante para o exercício e fortalecimento do Controle Social. A participação da sociedade, não somente nas decisões do Conselho, mas nas Conferências Municipais de Assistência Social, e em outros espaços, constituem-se como ferramentas importantes para a efetivação do Controle Social e a implementação do SUAS. Para isso, o CMAS atua, incentivando a participação popular nesses espaços, assegurando os direitos fundamentais. 4. DIAGNÓSTICO SOCIOTERRITORIAL Aspectos Históricos do Município de Santa Rosa-GO A fundação do povoado de Santa Rosa teve origem, em 1954, em terras da fazenda Santa Rosa, quando Manoel Cardoso da Silva e Hermelino Rosa Júnior fixaram-se no local, procedendo ao loteamento do terreno para a formação de uma cidade. 17 O surgimento do povoado decorreu de interesse comercial dos fundadores pelas transações imobiliárias, ressaltando-se a alta fertilidade das terras para agricultura e pecuária. A abertura de novos loteamentos concorreu para o crescimento da povoação que, pela Lei Municipal nº 14, de 25 de junho de 1958, passou à categoria de distrito, pertencente ao Município de Petrolina de Goiás. Em decorrência de seu notável desenvolvimento, formado na agropecuária, o distrito, antes de sua instalação, elevou-se a município, pela Lei Estadual nº 2092, de 14 de novembro de 1958, com o novo topônimo de BRASILÂNIA, que significa “região do Brasil”, por influência de “Brasília”, instalado em 1º de janeiro de 1959. Pela Lei Estadual nº 5010, de 14 de novembro de 1963, sua denominação foi mudada para “SANTA ROSA DE GOIÁS”, como referência à fazenda que lhe deu origem e distinguindo-se de topônimos iguais. A população do município reduziu, entre os Censos Demográficos de 2000 e 2010, à taxa de -1,96% ao ano, passando de 3.544 para 2.909 habitantes. Essa taxa foi inferior àquela registrada no Estado, que ficou em 1,85% ao ano, e inferior a cifra de 1,93% ao ano da Região Centro-Oeste. A taxa de urbanização apresentou alteração no mesmo período. A população urbana em 2000 representava 64,81% e em 2010 a passou a representar 74,84% do total. 18 A estrutura demográfica também apresentou mudanças no município. Entre 2000 e 2010 foi verificada ampliação da população idosa que, em termos anuais, cresceu 1,3% em média. Em 2000, este grupo representava 10,5% da população, já em 2010 detinha 14,6% do total da população municipal. O segmento etário de 0 a 14 anos registrou crescimento negativo entre 2000 e 2010 (-4,9% ao ano). Crianças e jovens detinham 26,4% do contingente populacional em 2000, o que correspondia a 937 habitantes. Em 2010, a participação deste grupo reduziu para 19,5% da população, totalizando 568 habitantes. A população residente no município na faixa etária de 15 a 59 anos exibiu decrescimento populacional (em média -1,55% ao ano), passando de 2.240 habitantes em 2000 para 1.917 em 2010. Em 2010, este grupo representava 65,9% da população do município. 19 Perfil social Dados do Censo Demográfico de 2010 revelaram que o fornecimento de energia elétrica estava presente praticamente em todos os domicílios. A coleta de lixo atendia 79,2% dos domicílios. Quanto à cobertura da rede de abastecimento de água o acesso estava em 69,8% dos domicílios particulares permanentes e 1,3% das residências dispunham de esgotamento sanitário adequado. Quanto aos níveis de pobreza, em termos proporcionais, 5,8% da população está na extrema pobreza, com intensidade maior na área urbana (5,6% da população na extrema pobreza na área rural contra 5,9% na área urbana). 20 Em 2010, a taxa de analfabetismo das pessoas de 10 anos ou mais era de 13,9%. Na área urbana, a taxa era de 13,9% e na zona rural era de 13,8%. Entre adolescentes de 10 a 14 anos, a taxa de analfabetismo era de 1,7% Aspectos econômicos Produção Entre 2005 e 2009, segundo o IBGE, o Produto Interno Bruto (PIB) do município cresceu 42,1%, passando de R$ 14,6 milhões para R$ 20,8 milhões. O crescimento percentual foi inferior ao verificado no Estado que foi de 69,4%. A participação do PIB do município na composição do PIB estadual diminuiu de 0,03% para 0,02% no período de 2005 a 2009. A estrutura econômica municipal demonstrava participação expressiva do setor de Serviços, o qual responde por 53,4% do PIB municipal. Cabe destacar o setor secundário ou industrial, cuja participação no PIB era de 8,9% em 2009 contra 8,7% em 2005. Em sentido contrário ao verificado no Estado, em que a participação industrial cresceu de 8,7% em 2005 para 23,8% em 2009. 21 Mercado de trabalho O mercado de trabalho formal do município apresentou em quatro anos saldos positivos na geração de novas ocupações entre 2004 e 2010. O número de vagas criadas neste período foi de -16. No último ano as admissões registraram 24 contratações contra 22 demissões. Segundo dados do Ministério do Trabalho e Emprego, o mercado de trabalho formal em 2010 totalizava 299 postos, 73,8% a mais em relação a 2004. O desempenho do município ficou acima da média verificada para o Estado, que cresceu 50,5% no mesmo período. Administração Pública foi o setor com maior volume de empregos formais, com 217 postos de trabalho, seguido pelo setor de Indústria de Transformação com 30 postos em 2010. Somados, estes dois setores representavam 82,6% do total dos empregos formais do município. 22 Os setores que mais aumentaram a participação entre 2004 e 2010 na estrutura do emprego formal do município foram Indústria de Transformação (de 3,49% em 2004 para 10,03% em 2010) e Comércio (de 3,49% para 6,35%). A que mais perdeu participação foi Agropecuária de 14,53% para 8,70%. Finanças públicas A receita orçamentária do município passou de R$ 3,7 milhões em 2005 para R$ 6,1 milhões em 2009, o que retrata uma alta de 65,3% no período ou 13,39% aoano. A proporção das receitas próprias, ou seja, geradas a partir das atividades econômicas do município, em relação à receita orçamentária total, passou de 4,78% em 2005 para 5,46% em 2009, e quando se analisa todos os municípios juntos do estado, a proporção aumentou de 23,28% para 23,34%. A dependência em relação ao Fundo de Participação dos Municípios (FPM) diminuiu no município, passando de 71,51% da receita orçamentária em 2005 para 67,78% em 2009. Essa dependência foi superior àquela registrada para todos os municípios do Estado, que ficou em 22,58% em 2009. As despesas com saúde, administração, educação, urbanismo e legislativa foram responsáveis por 86,20% das despesas municipais. Em assistência social, as despesas alcançaram 3,70% do orçamento total, valor esse inferior à média de todos os municípios do estado, de 4,99%. 23 4. REDE SOCIOASSISTENCIAL LOCAL A rede sócio assistencial de Santa Rosa- GO., é composta por um conjunto integrado de serviços, executados diretamente pela Secretaria Municipal de Assistência Social ou em parceria com entidades conveniadas que compõem de maneira integrada e articulada a rede de serviços de assistência social do município. No total, o município conta com: um CRAS, o Conselho Tutelar, uma Central do CADÚNICO e sede administrativa. Além disso, a SEMAS responde pela concessão, gestão e/ou orientação às famílias quanto aos benefícios sócio assistenciais em três modalidades: a) Continuados (transferência direta e regular de renda): BPC – Benefício de Prestação Continuada para pessoas idosas e pessoas com deficiência (Federal), Bolsa Família (Federal) e Renda Cidadã (Estadual); b) Eventuais: Segunda via de documentos pessoais, passagens rodoviárias intermunicipais e interestaduais, auxílio natalidade e auxílio funeral, situação de calamidade pública; c) Emergenciais: Suprimentos alimentares. O presente Plano propõe a articulação entre os Serviços sócio assistenciais, organizados pela Proteção Básica e Especial, respeitados os preceitos da Tipificação Nacional dos Serviços Sócio assistenciais, visando consolidar o Sistema Único de Assistência Social – SUAS no município de Santa Rosa, de forma a viabilizar a garantia dos direitos aos usuários da assistência social. As atividades e ações exercidas pela SEMAS estão descritas a seguir. REDE PÚBLICA DE ASSISTÊNCIA SOCIAL PROTEÇÃO SOCIAL BÁSICA A Política Nacional de Assistência Social (Resolução nº. 145, de 15 de outubro de 2004 do Conselho Nacional de Assistência Social – CNAS), estabelece que o objetivo da Proteção Social Básica é: “Prevenir situações de risco, 24 desenvolvendo potencialidades e aquisições, e o fortalecimento de vínculos familiares e comunitários”. O público alvo é “a população que vive em situação de vulnerabilidade social decorrente de pobreza, privação (ausência de renda, precário ou nulo acesso aos serviços públicos, dentre outros) e, ou fragilidade de vínculos afetivos relacionais e fortalecimento social (discriminações etárias, étnicas, de gênero ou por deficiências dentre outras)”. De acordo com as diretrizes da Tipificação Nacional dos Serviços Sócio assistenciais (Resolução nº 109, de 11/12/2009), os Serviços sócio assistenciais, referentes à Proteção Social Básica, se configuram da seguinte forma: Serviço de Proteção e Atendimento Integral à Família – PAIF. Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos. Serviço de Proteção Social Básica no domicílio para pessoas com deficiência e idosas. Serviço de Proteção e Atendimento Integral à Família – PAIF O Serviço de Proteção e Atendimento Integral à Família – PAIF consiste no trabalho social com famílias, de caráter continuado, com a finalidade de fortalecer a função protetiva destas, prevenir a ruptura dos seus vínculos, promover seu acesso e usufruto de direitos e contribuir na melhoria de sua qualidade de vida. Prevê o desenvolvimento de potencialidades e aquisições das famílias e o fortalecimento de vínculos familiares e comunitários, por meio de ações de caráter preventivo, protetivo e proativo. O trabalho social do PAIF utiliza-se também de ações nas áreas culturais para o cumprimento de seus objetivos, de modo a ampliar o universo informacional e proporcionar novas vivências às famílias usuárias do serviço. Realiza ações com famílias de pessoas que precisam de cuidado, com foco na troca de informações sobre questões relativas a primeira infância, a adolescência, a juventude, ao envelhecimento e as deficiências, a fim de promover espaços para troca de experiências, expressão de dificuldades e reconhecimento de possibilidades. 25 Tem por princípios norteadores a universalidade e gratuidade de atendimento, ofertado necessariamente no Centro de Referência de Assistência Social (CRAS). Todos os serviços da proteção social básica, desenvolvidos no território de abrangência do CRAS, em especial os Serviços de Convivência e Fortalecimento de Vínculos, bem como o Serviço de Proteção Social Básica, no Domicílio, para Pessoas com Deficiência e Idosas, devem ser a ele referenciados e manter articulação com o PAIF. É a partir do trabalho com famílias no serviço PAIF que se organizam os serviços referenciados ao CRAS. A articulação dos serviços sócio assistenciais do território com o PAIF garante o desenvolvimento do trabalho social com as famílias dos usuários desses serviços, permitindo identificar suas demandas e potencialidades dentro da perspectiva familiar, rompendo com o atendimento segmentado e descontextualizado das situações de vulnerabilidade social vivenciadas. Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos Este serviço é realizado em grupos, organizado a partir de percursos, de modo a garantir aquisições progressivas aos seus usuários, de acordo com o seu ciclo de vida, a fim de complementar o trabalho social com famílias e prevenir a ocorrência de situações de risco social. Organiza-se de modo a ampliar trocas culturais e de vivências, desenvolver o sentimento de pertença e de identidade, fortalecer vínculos familiares e incentivar a socialização e a convivência comunitária. Possui caráter preventivo e proativo, pautado na defesa e afirmação dos direitos e no desenvolvimento de capacidades e potencialidades, com vistas ao alcance de alternativas emancipatórias para o enfrentamento da vulnerabilidade social. Possui articulação com o Serviço de Proteção e Atendimento Integral à Família-PAIF, de modo a promover o atendimento das famílias dos usuários destes serviços, garantindo a matricialidade sócio familiar da política de assistência social. No município, esse serviço é oferecido a quatro públicos diferenciados, com metodologias específicas, conforme preconizado pela tipificação nacional de serviços sócio assistenciais, sendo eles: 26 Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos para crianças de 0 a 06 anos. Tem por foco o desenvolvimento de atividades com crianças, familiares e comunidade, para fortalecer vínculos e prevenir ocorrência de situações de exclusão social e de risco, em especial a violência doméstica e o trabalho infantil, sendo um serviço complementar e diretamente articulado ao PAIF. Pauta-se no reconhecimento da condição peculiar de dependência, de desenvolvimento desse ciclo de vida e pelo cumprimento dos direitos das crianças, numa concepção que faz do brincar, da experiência lúdica e da vivência artística uma forma privilegiada de expressão, interação e proteção social. Desenvolve atividades com crianças, seus grupos familiares, gestantes e nutrizes. Com as crianças, busca desenvolver atividades de convivência, estabelecimento e fortalecimento de vínculos e socialização centrada na brincadeira, com foco na garantia das seguranças de acolhida econvívio familiar e comunitário, por meio de experiências lúdicas, acesso a brinquedos favorecedores do desenvolvimento e da sociabilidade e momentos de brincadeiras fortalecedoras do convívio com familiares. Com as famílias, o serviço busca estabelecer discussões reflexivas, atividades direcionadas ao fortalecimento de vínculos e orientação sobre o cuidado com a criança. Tem por foco a constituição de espaço de convivência, formação para a participação e cidadania, desenvolvimento do protagonismo e da autonomia das crianças e adolescentes, a partir dos interesses, demandas e potencialidades dessa faixa etária. As intervenções são pautadas em experiências lúdicas, culturais e esportivas como formas de expressão, interação, aprendizagem, sociabilidade e proteção social. Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos para Adolescentes e Jovens de 06 a 15 anos Tem por foco o desenvolvimento de atividades com crianças, familiares e comunidade, para fortalecer vínculos e prevenir ocorrência de situações de 27 exclusão social e de risco, em especial a violência doméstica e o trabalho infantil, sendo um serviço complementar e diretamente articulado ao PAIF. Pauta-se no reconhecimento da condição peculiar de dependência, de desenvolvimento desse ciclo de vida e pelo cumprimento dos direitos das crianças, numa concepção que faz do brincar, da experiência lúdica e da vivência artística uma forma privilegiada de expressão, interação e proteção social. Desenvolve atividades com crianças, seus grupos familiares. Com as crianças, busca desenvolver atividades de convivência, estabelecimento e fortalecimento de vínculos e socialização centrada na brincadeira, com foco na garantia das seguranças de acolhida e convívio familiar e comunitário, por meio de experiências lúdicas, acesso a brinquedos favorecedores do desenvolvimento e da sociabilidade e momentos de brincadeiras fortalecedoras do convívio com familiares. Com as famílias, o serviço busca estabelecer discussões reflexivas, atividades direcionadas ao fortalecimento de vínculos e orientação sobre o cuidado com a criança. Sendo espaço de convivência, formação para a participação e cidadania, desenvolvimento do protagonismo e da autonomia das crianças e adolescentes, a partir dos interesses, demandas e potencialidades dessa faixa etária. As intervenções são pautadas em experiências lúdicas, culturais e esportivas como formas de expressão, interação, aprendizagem, sociabilidade e proteção social. Inclui crianças e adolescentes prioritariamente retirados do trabalho infantil ou Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos para Crianças e Adolescentes de 06 a 15 anos submetidos a outras violações, cujas atividades contribuem para resignificar vivências de isolamento e de violação de direitos, bem como propiciar experiências favorecedoras do desenvolvimento de sociabilidades e na prevenção de situações de risco social. Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos para Adolescentes e Jovens de 15 a 17 anos 28 As ações voltadas a este segmento têm por finalidade o fortalecimento do convívio familiar e comunitário, por meio de atividades que estimulem o interesse escolar, a participação cidadã e a preparação para o mundo do trabalho. O foco do diálogo é a juventude e todas as transformações que esta faixa etária vivencia, de forma a contribuir para a construção de novos conhecimentos e formação de atitudes e valores que reflitam positivamente em sua formação. A preparação para o mundo do trabalho também é um foco importante, visto que, através da inclusão digital e do estímulo à capacidade comunicativa, o jovem é levado a pensar sobre suas escolhas profissionais e construção de projetos de vida. A arte, a cultura, o esporte e o lazer são ferramentas utilizadas que possibilitam valorizar a pluralidade e singularidade da condição juvenil. Este público é atendido no CRAS, através da oferta de oficinas específicas de acordo com o perfil da faixa etária. O CRAS oferece o serviço voltado a este público alvo, alguns em parceria com entidades e organizações que também realizam ações nesta área, no mesmo território. Serviço de Proteção Social Básica no domicílio para pessoas com deficiência e idosas O serviço tem por finalidade a prevenção de agravos que possam provocar o rompimento de vínculos familiares e sociais dos usuários. Visa a garantia de direitos, o desenvolvimento de mecanismos para a inclusão social, a equiparação de oportunidades e a participação e o desenvolvimento da autonomia das pessoas com deficiência e pessoas idosas, a partir de suas necessidades e potencialidades individuais e sociais, prevenindo situações de risco, a exclusão e o isolamento. Contribui com a promoção do acesso de pessoas com deficiência e pessoas idosas aos serviços de convivência e fortalecimento de vínculos e a toda a rede sócio assistencial, aos serviços de outras políticas públicas, entre elas educação, trabalho, saúde, transporte especial e programas de desenvolvimento de acessibilidade, serviços setoriais e de defesa de direitos e programas especializados de habilitação e reabilitação. 29 Tem por foco a realização de atividades que contribuam no processo de envelhecimento saudável, no desenvolvimento da autonomia e de sociabilidades, no fortalecimento dos vínculos familiares e do convívio comunitário e na prevenção de situações de risco social. A intervenção social deve estar pautada no Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos para Idosos com idade igual ou maior que 60 anos características, interesses e demandas dessa faixa etária e considerar que a vivência em grupo, as experimentações artísticas, culturais, esportivas e de lazer e a valorização das experiências vividas constituem formas privilegiadas de expressão, interação e proteção social. Devem incluir vivências que valorizem suas experiências que estimulem e potencializem as condições de escolher e decidir. Desenvolve ações extensivas aos familiares, de apoio, informação, orientação e encaminhamento, com foco na qualidade de vida, exercício da cidadania e inclusão na vida social, sempre ressaltando o caráter preventivo do serviço. Em Santa Rosa o público prioritário está sendo acompanhado pela equipe do CRAS nas demandas que são apresentadas. PROTEÇÃO SOCIAL ESPECIAL –NESTES CASOS SÃO ENCAMINHADOS PARA OS MUNICIPIOS CIRCUNVIZINHOS A Proteção Social Especial (PSE) destina-se às famílias e indivíduos em situação de risco pessoal ou social, cujos direitos tenham sido violados ou ameaçados. Para integrar as ações da Proteção Especial, é necessário que o cidadão esteja enfrentando situações de violações de direitos por ocorrência de violência física ou psicológica, abuso ou exploração sexual; abandono, rompimento ou fragilização de vínculos ou afastamento do convívio familiar devido à aplicação de medidas. Tem dois níveis de complexidades, sendo eles média e alta complexidade, conforme descritos a seguir: Média Complexidade Oferta atendimento especializado a famílias e indivíduos que vivenciam situações de vulnerabilidade, com direitos violados, geralmente inseridos no núcleo familiar. A convivência familiar está mantida, embora os vínculos possam estar 30 fragilizados ou até mesmo ameaçados. No município são ofertados os seguintes serviços: a) Serviço de Proteção e Atendimento Especializado a Famílias e Indivíduos –PAEFI; b) Serviço Especializado em Abordagem Social; c) Serviço de Proteção Social a Adolescentes em Cumprimento de Medida Sócio educativa de Liberdade Assistida – LA, e de Prestação de Serviços à Comunidade – PSC; d) Serviço de Proteção Social para Pessoas com Deficiência, Idosas e suas Famílias; e) Serviço Especializado para Pessoas em Situaçãode Rua. a) Serviço de Proteção e Atendimento Especializado a Famílias e Indivíduos – PAEFI Este é um serviço de apoio, orientação e acompanhamento a famílias com um ou mais de seus membros em situação de ameaça ou violação de direitos. Compreende atenções e orientações direcionadas para a promoção de direitos, a preservação e o fortalecimento de vínculos familiares, comunitários e sociais e para o fortalecimento da função protetiva das famílias diante do conjunto de condições que as vulnerabilizam e/ou as submetem a situações de risco pessoal e social. O atendimento fundamenta-se no respeito à heterogeneidade, potencialidades, valores, crenças e identidades das famílias. O serviço articula-se com as atividades e atenções prestadas às famílias nos demais serviços sócio assistenciais, nas diversas políticas públicas e com os demais órgãos do Sistema de Garantia de Direitos. O PAEFI está preparado para os atendimentos de famílias e indivíduos que vivenciam violações de direitos por ocorrência de: • Violência física, psicológica e negligência; • Violência sexual: abuso e/ou exploração sexual; 31 • Afastamento do convívio familiar devido à aplicação de medida sócio educativa ou medida de proteção; • Tráfico de pessoas; • Situação de rua e mendicância; • Abandono; • Vivência de trabalho infantil; • Discriminação em decorrência da orientação sexual e/ou raça/etnia; • Outras formas de violação de direitos decorrentes de discriminações/submissões a situações que provocam danos e agravos a sua condição de vida e os impedem de usufruir autonomia e bem estar; • Descumprimento de condicionalidades do PBF e do PETI em decorrência de violação de direitos. Nosso município não conta com estes serviços devido ser Proteção Básica pequeno porte, neste caso encaminhamos para as cidades circunvizinhas. b) Serviço de Proteção Social a Adolescentes em Cumprimento de Medida Sócio educativa de Liberdade Assistida – LA, e de Prestação de Serviços à Comunidade – PSC O serviço tem por finalidade prover atenção sócio assistencial e acompanhamento a adolescentes e jovens em cumprimento de medidas sócio educativas em meio aberto, determinadas judicialmente. Deve contribuir para o acesso aos direitos e para a resignificação de valores na vida pessoal e social dos adolescentes e jovens. Para a oferta do serviço faz-se necessária a observância da responsabilização face ao ato infracional praticado, cujos direitos e obrigações devem ser assegurados de acordo com as legislações e normativas específicas para o cumprimento da medida. No acompanhamento da medida de Prestação de Serviços à Comunidade, o serviço deverá identificar no município os locais para a prestação de serviços, a exemplo de: entidades sociais, programas comunitários, hospitais, escolas e outros serviços governamentais. A prestação dos serviços deverá se configurar em tarefas gratuitas e de interesse geral, com jornada máxima de oito horas semanais, sem 32 prejuízo da escola ou do trabalho, no caso de adolescentes maiores de 16 anos ou na condição de aprendiz a partir dos 14 anos. A inserção do adolescente em qualquer dessas alternativas deve ser compatível com suas aptidões e favorecedora de seu desenvolvimento pessoal e social. c) Serviço de Proteção Social Especial Pessoas com Deficiência, Idosas e suas Famílias (Neste caso são encaminhados para municípios circunvizinhos pois não temos CREAS. Este serviço é realizado pela equipe do CREAS, realizando intervenções junto a famílias com pessoas com deficiência e idosas com algum grau de dependência, agravadas por violações de direitos. Enquadram-se nessa situação pessoas que convivem com a negligência familiar dentre outros fatores que agravam a dependência e comprometem o desenvolvimento da sua autonomia. A ação da equipe é pautada na identificação das necessidades do usuário e sua família, possibilitando o posterior acesso a programas e benefícios que permitam melhor estruturação familiar, objetivando diminuir a exclusão social tanto do dependente como do cuidador e as fragilidades do convívio familiar. Alta Complexidade Este nível de complexidade oferta atendimento às famílias e indivíduos que se encontram em situação de abandono, ameaça ou violação de direitos, necessitando de acolhimento provisório, fora de seu núcleo familiar de origem. a) Serviço de Acolhimento Institucional para Crianças e Adolescentes; b) Serviço de Acolhimento em Instituições de Longa Permanência para Idosos. a) Serviço de Acolhimento Institucional para Crianças e Adolescentes O Acolhimento provisório e excepcional é disponibilizado para crianças e adolescentes de ambos os sexos, sob medida de proteção (Art. 98 do Estatuto da Criança e do Adolescente) e em situação de risco pessoal e social, cujas famílias ou responsáveis encontrem-se temporariamente impossibilitados de cumprir sua função de cuidado e proteção. 33 Cadastro Único e o Programa Bolsa Família O Cadastro Único para Programas Sociais reúne informações socioeconômicas das famílias brasileiras de baixa renda – aquelas com renda mensal de até meio salário mínimo por pessoa. Essas informações permitem ao governo conhecer as reais condições de vida da população e, a partir dessas informações, selecionar as famílias para diversos programas sociais. No Município, o total de famílias inscritas no Cadastro Único é de 652 dentre as quais: 402 com renda per capita familiar de até R$ 85,00; 38 com renda per capita familiar entre R$ 85,01 e R$ 170,00; 65 com renda per capita familiar entre R$ 170,01 e meio salário mínimo; 134 com renda per capita acima de meio salário mínimo. O Programa Bolsa Família (PBF) é um programa de transferência condicionada de renda que beneficia famílias pobres e extremamente pobres, inscritas no Cadastro Único. O PBF beneficiou 332 famílias, representando uma cobertura de 134,4 % da estimativa de famílias pobres no município. As famílias recebem benefícios com valor médio de R$ 186,60 e o valor total transferido pelo governo federal em benefícios às famílias atendidas. Em relação às condicionalidades, o acompanhamento da frequência escolar, com base no bimestre de novembro de 2017, atingiu o percentual de 95,7%, para crianças e adolescentes entre 6 e 15 anos, o que equivale a 199 alunos acompanhados em relação ao público no perfil equivalente a 208. Para os jovens entre 16 e 17 anos, o percentual atingido foi de 70,3%, resultando em 26 jovens acompanhados de um total de 37. Já o acompanhamento da saúde das famílias, na vigência de dezembro de 2017, atingiu 88,8 %, percentual equivale a 215 famílias de um total de 242 que 34 compunham o público no perfil para acompanhamento da área de saúde do município. O PBF integra a estratégia FOME ZERO, que tem o objetivo de assegurar o direito humano à alimentação adequada, promovendo a segurança alimentar e nutricional e contribuindo para a erradicação da extrema pobreza e para a conquista da cidadania pela parcela da população mais vulnerável à fome. Dispõe de benefícios financeiros, definidos pela Lei nº. 10.836/04, que são transferidos mensalmente às famílias beneficiárias. As informações cadastrais das famílias são mantidas no Cadastro Único para Programas Sociais, e para receber o benefício é levada em consideração a renda mensal per capita da família e também o número de crianças e adolescentes até 17 anos e 11 meses. O meio de identificação do beneficiário é o Cartão Social Bolsa Família. O cartão é magnético e personalizado, emitido para o responsável familiar. É utilizado para o saque integral dos benefícios em toda a rede da Caixa Econômica Federal. CONSELHO TUTELAR O Conselho Tutelar, previsto pelo Estatuto da Criança e do Adolescente (Lei nº. 8.069/1990),é criado por lei para garantir que, no município, a política de atendimento à criança e adolescente seja cumprida. Este órgão é autônomo e deve ser procurado pela população em caso de suspeita ou denúncia de violação dos direitos de crianças e adolescentes, à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao esporte, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária. Quando comprovada a denúncia, cabe ao conselheiro tutelar acionar os demais atores da rede de proteção à infância e adolescência, como as Delegacias de Proteção à Criança e ao Adolescente e os Centros de Defesa da Criança e do Adolescente, e as instâncias do Poder Judiciário, como o Ministério Público e os Juizados da Infância e Juventude. Além de atender as denúncias, o conselheiro tutelar também deve estar atento à realidade de sua comunidade, atuando na prevenção de situações que ponham em risco os direitos de meninos e meninas. 35 Os conselheiros tutelares são escolhidos pela própria comunidade em processo eleitoral conduzido pelo Conselho Municipal de Direitos da Criança e do Adolescente. Para concorrer ao cargo, é necessário que o cidadão atenda a três requisitos estabelecidos pelo Estatuto: ter reconhecida idoneidade moral, idade superior a 21 anos e residir no município. Em Santa Rosa o Conselho Tutelar funciona em sede cedida O Conselho Tutelar é mantido por recursos do Governo Municipal. REDE PRIVADA DE ASSISTÊNCIA A Rede Privada de Assistência Social é composta por entidades e organizações não governamentais estabelecidas no município, devidamente inscritas no Conselho Municipal de Assistência Social. Para o SUAS, tais instituições são parceiras imprescindíveis para a execução da Política de Assistência Social. O Conselho Municipal de Assistência Social está realizando uma busca das instituições que prestam serviço social no município para regulamentação e registro no Conselho. Cabe ao Conselho Municipal de Assistência Social acompanhar, avaliar e fiscalizar estas instituições, sobretudo quando existe co financiamento de ações com recursos públicos. 5. OBJETIVO DO PLANO 5.1GERAL Consolidar o Sistema Único de Assistência Social no município de Santa Rosa, de forma a viabilizar direitos aos usuários da assistência social nos diferentes níveis de proteção, tendo como referência a Política Nacional de Assistência Social (PNAS 2004), a Norma Operacional Básica (NOB-SUAS) e a Lei Orgânica da Assistência Social (Lei nº. 8742/93). 5.2 ESPECÍFICOS 36 No aprimoramento da Gestão: Aperfeiçoar o sistema de gestão da política de Assistência Social no município de Santa Rosa GO; na Proteção Social Básica CRAS; Prevenir e atuar diante das situações de risco por meio do desenvolvimento de potencialidades e aquisições, e o fortalecimento de vínculos familiares e comunitários, desenvolvendo para isso serviços, projetos, programas e benefícios de proteção social básica articulado com as demais políticas setoriais, de forma a garantir a sustentabilidade das ações desenvolvidas e o protagonismo das famílias e indivíduos atendidos, visando a superação das condições de vulnerabilidade e a prevenção que indicam risco potencial. Na Proteção Social Especial de Média Complexidade: Oferecer atendimento assistencial destinado a famílias e indivíduos que se encontram em situação de risco pessoal e social, por ocorrência de abandono, maus tratos físicos e, ou, psíquicos, abuso sexual, uso de substâncias psicoativas, cumprimentos de medidas sócio educativas, situação de rua, situação de trabalho infantil, entre outras, visando o fortalecimento dos vínculos familiares e comunitário, bem como a reintegração do direito violado. Na Proteção Social Especial de Alta Complexidade: Oferecer proteção integral – moradia, alimentação, higienização, para famílias e indivíduos que se encontram sem referência e, ou, em situação de ameaça, necessitando ser retirados de seu núcleo familiar e, ou, comunitário. 6. DIRETRIZES E PRIORIDADES DELIBERADAS Tendo como referência os princípios e diretrizes da Política Nacional de Assistência Social (2004), são diretrizes que orientam o Plano Municipal de Assistência Social 2018/2021: 37 I. Descentralização político-administrativa e territorial; II. Participação da população, por meio de organizações representativas, formulação da política de assistência social e no controle das suas ações nos diferentes níveis de proteção; III. Primazia da responsabilidade do Estado na condução da política em cada esfera de governo, de acordo com a competência de cada uma; IV. Centralidade na família para concepção e implementação de benefícios, serviços, programas e projetos. V. Aprimoramento do sistema de gestão da política de assistência social no município; VI. Expansão da rede social existente no município; VII. Universalização dos direitos sociais, a fim de tornar o destinatário da ação assistencial alcançável pelas demais políticas públicas; 38 6.1. Deliberações da VII Conferência Municipal de Assistência Social – realizada em maio de 2017 SUBMETAS PROPOSTAS DELIBERADAS RESULTADOS ALCANÇADOS RESULTADOS ESPERADOS EXECUÇÃO 2018 2019 2020 2021 Utilização do IGD (mínimo 3%) para fortalecimento do Controle Social. - Estruturar a Lei do Conselho de Assistência Social de acordo com o CNAS; - Sala específica e mobiliada para CMAS; - Maior acompanhamento e fiscalização dos recursos utilizados pelo órgão gestor; X X X X Elaboração de Plano de Aplicação dos recursos do IGD SUAS para apreciação do conselho; Participação dos usuários - Maior participação dos representantes públicos e da sociedade civil; X X X X SUBMETAS PROPOSTAS DELIBERADAS RESULTADOS ALCANÇADOS RESULTADOS ESPERADOS EXECUÇÃO 2018 2019 2020 2021 39 -Planejamento das ações referentes aos serviços sócio assistenciais feitos pelos trabalhadores do SUAS; - Reestruturação dos serviços de proteção social básica (CRAS); - Avaliação pelo órgão gestor e toda equipe dos serviços ofertados; - Implantar e implementar a vigilância social; - Reestruturação dos serviços de proteção social básica e especial; - Maior participação dos usuários que se encontram em situação de vulnerabilidade social; - Criação de políticas para os serviços sócio assistênciais; - Melhoria do Trabalho em rede; - Mapeamento das maiores vulnerabilidades (pobreza extrema, violência, violação de direitos e desinformação); - Identificar a rede de proteção sócio assistencial; - Aprimoramento do Cadastro Único de programas sociais; - Ampliar e adequar os espaços físicos e aprimorar os serviços ofertados; - Ampliar trabalhos de atendimentos voltados às famílias; - Fortalecer a busca ativa da rede; - Realizar o reenchimento do Censo SUAS de forma adequada; X X X X 40 SUBMETAS PROPOSTAS DELIBERADAS RESULTADOS ALCANÇADOS RESULTADOS ESPERADOS EXECUÇÃO 2018 2019 2020 2021 - Capacitação para os profissionais do Sistema Único de Assistência Social; - Criação de uma equipe interdisciplinar itinerante que desenvolva trabalho sócio educativo, com palestras ou criação de projetos; - Planejamento dos serviços de acordo com a tipificação dos Serviços Sócio assistenciais; - Maior contratação de profissionais para o desenvolvimento das atividades; - Contratação de recursos humanos conforme a NOB-RH; - Melhor desenvolvimento das atividades; - Maior comprometimento da equipe dos SUAS; - Realização de concursomultidisciplinar para compor a equipe de trabalhadores do SUAS conforme a NOB-RH; X X X X X X X X x 41 SUBMETAS PROPOSTAS DELIBERADAS RESULTADOS ALCANÇADOS RESULTADOS ESPERADOS EXECUÇÃO 2018 2019 2020 2021 - Garantir a Proteção Social do SUAS, a quem dela necessitar, seguranças: de sobrevivência ou de rendimento e de autonomia; e de convívio familiar; de acolhida; e o acesso ao conhecimento dos direitos sócio assistenciais e sua defesa. - Reestruturação do PAIF; - Estruturação dos serviços do CRAS com ações preventivas. - Criação de projetos voltados para a centralidade e potencialidade da família: - Ações preventivas em parceria com as secretarias para melhorar os serviços dos usuários; - Maior integração das redes de atendimentos as famílias. - Profissionais mais especializados. - Controle social e fiscalização do programa bolsa família para inserção de famílias de baixa renda. - Reordenamento dos serviços de acolhimento do CRAS - Criar um sistema de acompanhamento da gestão de serviços sócio assistenciais no município. - Conselho municipal de Assistência Social, mais articulado com os projetos programas sócio assistenciais. - Criação de uma unidade se serviços sociais nos setores. X X X X X X 42 SUBMETAS PROPOSTAS DELIBERADAS RESULTADOS ALCANÇADOS RESULTADOS ESPERADOS EXECUÇÃO 2018 2019 2020 2021 - Melhoria nas condições de trabalho para a equipe do SUAS; - Realização de cursos, através do SENAR, SENAC e SENAI; - Capacitação para a rede de atendimento sócio assistencial; - Desenvolvimento de ações integradas pelas equipes da Secretaria Municipal de Assistência Social, Saúde, Educação integrando as famílias beneficiárias do programa Bolsa Família, BPC e zona rural. - Divulgar todas as políticas e serviços da Assistência Social; - Incentivar a organização comunitária por meio das reuniões, palestras e/ou debates; - Curso de geração de renda, realizados em parceria com o SENAC e SENAI; - Melhorar os Serviços oferecidos para os usuários; - Divulgação de informações sobre direitos sócio assistenciais nas comunidades, utilizando-se de escolas, Igrejas, Associações e centros comunitários; - Melhor prestação de contas à população. - Manter o controle social de acompanhamento da gestão dos benefícios e transferência de renda; - Assegurar de forma integral a promoção e proteção dos direitos e seguranças das famílias através dos serviços sócio assistenciais; - Promover parcerias com o Sistema S para oferta de cursos profissionalizantes; - Fortalecer a gestão dos benefícios e transferência de renda na Assistência Social, na perspectiva da garantia dos direitos dos usuários e da consolidação do SUAS. X X X X 43 SUBMETAS PROPOSTAS DELIBERADAS RESULTADOS ALCANÇADOS RESULTADOS ESPERADOS EXECUÇÃO 2018 2019 2020 2021 - Fazer um estudo social com levantamento de dados estatísticos culturais e étnicos, com intuito de oferecer serviços que tenham impacto social na realidade dos usuários; - Universalizar o acesso da população aos serviços sócio assistenciais; - Reconhecer as diversas realidades socioeconômicas e étnicas e suas expressões, tendo em vista a garantia dos direitos sócio assistenciais; - Realizar um diagnostico social. - Realização da busca ativa nas diversas regiões do município; - Criação de grupos do PAIF voltados para a preservação e garantia de direitos; - Crescimento dos atendimentos a grupos culturais específicos; - Escuta qualificada e encaminhada aos serviços de usuários migrados de outro estado em busca de trabalho. - Fortalecimento do conselho de assistência social através da lei para alterar os representantes governamentais e não governamentais; - Trabalhar com as diversidades Regionais sem descriminação; - Implantar a Equipe volante do CRAS para entrarem na zona rural e setores com mais riscos sociais; - Capacitar todas as equipes que trabalham diretamente com a problemática apresentada no município como: famílias oriundas de outros estados e municípios; X X X X 44 7. AÇÕES E ESTRATÉGIAS CORRESPONDENTES PARA SUA IMPLEMENTAÇÃO 7.1. PROTEÇÃO SOCIAL BÁSICA A Proteção Social Básica tem como objetivo a prevenção de situações de risco por meio do desenvolvimento de potencialidades e aquisições e o fortalecimento de vínculos familiares e comunitários. Destina-se à população que vive em situação de fragilidade decorrente da pobreza, ausência de renda, acesso precário ou nulo aos serviços públicos ou fragilização de vínculos afetivos (discriminações etárias, étnicas, de gênero ou por deficiências, dentre outras). Essa Proteção prevê o desenvolvimento de serviços, programas e projetos locais de acolhimento, convivência e socialização de famílias e de indivíduos, conforme identificação da situação de vulnerabilidade apresentada. Esses serviços, programas deverão incluir pessoas com deficiência e ser organizado em rede, de modo a inseri-las nas diversas ações ofertadas. Os Benefícios Eventuais e os Benefícios de Prestação continuada (BPC) compõem a Proteção Social Básica, dada à natureza de sua realização. Os serviços sócio assistenciais são atividades continuadas que objetivam a melhoria da qualidade de vida da população, com ações focadas no atendimento das necessidades básicas. Buscam o fortalecimento de vínculos sociais e familiares para a superação das vulnerabilidades e melhoria da qualidade de vida do cidadão. Visam a potencializar a família como unidade de referência, fortalecendo seus vínculos internos e externos, através do protagonismo e autonomia de seus membros. Objetiva a convivência, a socialização, o incentivo à participação e o acolhimento de famílias cujos vínculos familiares e comunitários encontram-se fragilizados. Dividem-se em três principais eixos de atuação: o Serviço de Proteção e Atendimento Integral à Família – PAIF; Os Serviços de convivência e Fortalecimento de Vínculos, que são quatro, organizados por faixa etária (crianças, adolescentes, jovens e idosos),e o Serviço de Proteção Social Básica no Domicilio para pessoas com deficiências e idosas. 45 Os demais serviços podem ser ofertados neste equipamento desde que garantida a oferta com qualidade do PAIF e em outras unidades públicas de assistência social, bem como de forma indireta nas entidades e organizações de assistência social da área de abrangência do CRAS e a ele referenciada. A oferta dos Serviços deve ser planejada e depende de conhecimento do território e das famílias que nele vivem suas necessidades, seus pontos fortes, bem como do mapeamento da ocorrência das situações de risco e de fragilidade. A Proteção Social Básica atua por intermédio de diferentes unidades. Dentre elas, destaca-se o Centro de Referência de Assistência Social – CRAS, unidade pública da Assistência Social que oferta serviços e ações e possui a função de gestão territorial da rede de assistência social básica, promovendo a articulação das unidades a ele referenciadas e o gerenciamento dos processos nele envolvidos. 46 IDENTIFICAÇÃO EQUIPAMENTO AÇÃO METAS 2018 2019 2020 2021 PAIF CRAS Acompanhamento pelo PAIF de das famílias cadastradas no CadÙnico até 2021 120 famílias- do CadÚnico 140 famílias- do CadÚnico 200 famílias- do CadÚnico 200 famílias - do CadÚnico Acompanhamento pelo PAIF de das famílias com membros beneficiários do BPC até 2017 18 famílias dos beneficiários do BPCI e Def. 18 famílias dos beneficiários do BPCI e Def. 22 famílias dos beneficiários do BPC e Def.22 famílias dos beneficiários do BPCI e Def. Acompanhamento pelo PAIF famílias beneficiárias do Programa Bolsa Família que apresentam outras vulnerabilidades sociais, para além da insuficiência de renda até 2021. 48 famílias das famílias beneficiárias do PBF que apresentam outras vulnerabilidades sociais, para além da insuficiência de renda 48 famílias das famílias beneficiárias do PBF que apresentam outras vulnerabilidades sociais, para além da insuficiência de renda 72 famílias - famílias beneficiárias do PBF que apresentam outras vulnerabilidades sociais, para além da insuficiência de renda 72 famílias- famílias beneficiárias do PBF que apresentam outras vulnerabilidades sociais, para além da insuficiência de renda Acompanhamento pelo PAIF de das famílias beneficiárias do Programa Bolsa Família em fase de suspensão por descumprimento de condicionalidades,cujos motivos sejam da assistência social até 2021 18 famílias das famílias beneficiárias do Programa Bolsa família em fase de suspensão 36 famílias das famílias beneficiárias do Programa Bolsa família em fase de suspensão 18 famílias das famílias beneficiárias do Programa Bolsa família em fase de suspensão 18 famílias das famílias beneficiárias do Programa Acolhida coletiva e/ou Individualizada 230 240 250 260 Oficinas temáticas com famílias 100 110 120 130 47 IDENTIFICAÇÃO EQUIPAMENTO AÇÃO METAS 2018 2019 2020 2021 PAIF CRAS Encaminhamentos para a rede sócio assistencial e outras políticas públicas 100 105 110 115 Grupos de acompanhamento familiar coletivo 80 90 100 110 Oficinas de convivência familiar coletiva Intergeracional de escuta e troca de vivências 100 110 120 130 Atividades comunitárias 400 410 420 430 Palestras temáticas 240 250 260 270 Campanhas sócio educativas 800 800 800 800 Articulação da rede sócio assistencial e intersetorial 15 18 20 22 Orientação e requerimentos dos benefícios eventuais e de prestação continuada 100 110 110 110 Inserção e orientação sobre as atualizações e recadastramento dos programas de transferência de renda e serviços sócio assistenciais 160 160 160 160 Busca ativa das famílias em extrema pobreza 120 122 125 130 Informação, comunicação às famílias para a defesa dos direitos. 80 90 100 110 Promoção ao acesso à documentação pessoal 35 40 50 60 Acompanhamento domiciliar 10 15 20 25 Busca ativa das famílias em descumprimento das Condicionalidades 20 25 30 30 Mobilização e fortalecimento de redes sociais de apoio 40 50 60 70 IDENTIFICAÇÃO EQUIPAMENTO AÇÃO METAS 2018 2019 2020 2021 PAIF CRAS Promoção para o desenvolvimento do convívio familiar e comunitário 140 famílias 150 famílias 160 famílias 170 famílias Mobilização para a cidadania 140 famílias 150 famílias 160 famílias 160 famílias Elaboração de relatórios e/ou prontuários 140 famílias 150 famílias 160 famílias 1700 famílias 48 Notificação da ocorrência de situações de vulnerabilidade e risco social 50 famílias 60 famílias 70 famílias 70 famílias Conhecimento do território 140 famílias 140 famílias 210 famílias 210 famílias Cadastramento socioeconômico 140 famílias 140 famílias 180 famílias 190 famílias SCFV para crianças de 0 a 06 anos e suas famílias CRAS Complementação do trabalho social com família, prevenindo a ocorrência de situações de risco social e fortalecimento da convivência familiar e comunitária 20 30 40 40 Manutenção do Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos para crianças de 0 a 06anos e seus familiares 20 30 40 40 Realização de atividades conjuntas com crianças e familiares para o fortalecimento dos vínculos 20 30 40 40 Identificação das vulnerabilidades familiares 20 30 40 40 Promoção do brincar, da experiência lúdica e da vivência artística como formas privilegiadas de expressão,interação e proteção social 20 30 40 40 IDENTIFICAÇÃO EQUIPAMENTO AÇÃO METAS 2018 2019 2020 2021 SCFV para crianças de 0 a 06 anos e suas famílias SCFV Reconhecimento da condição peculiar de dependência e de desenvolvimento desse ciclo de vida 110 120 130 140 Notificação da ocorrência de situações de vulnerabilidade e risco social 110 120 130 140 Elaboração de relatórios e/ou prontuários 110 120 130 140 Promoção para o desenvolvimento do convívio familiar e comunitário 110 120 130 140 Informação, orientação às famílias para a defesa dos direitos. 110 120 130 140 49 Manutenção do percentual de 50%do público prioritário no Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos 110 120 130 140 Realização de grupos com as mães e seus filhos para fortalecimento da afetividade e do vínculo familiar 110 120 130 140 Mobilização e fortalecimento das redes social de apoio 110 120 130 140 Realização de acompanhamento no domicílio 110 120 130 140 IDENTIFICAÇÃO EQUIPAMENTO AÇÃO METAS 2018 2019 2020 2021 SCFV para crianças e adolescentes de 15 a 17 anos CRAS Manutenção do percentual de50% do público prioritário no Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos 50 52 55 60 Elaboração de relatórios e/ou prontuários 50 52 55 60 Complementação do trabalho social com família, prevenindo a ocorrência de situações de riscos Sociais e fortalecimento da convivência familiar e comunitária. 50 52 55 60 Ampliação do universo informacional, artístico e cultural das crianças e adolescentes. 50 52 55 60 Estimulação do desenvolvimento de potencialidades, habilidades,talentos para propiciar sua formação cidadã. 50 52 55 60 Proporcionar conhecimento sobre o mundo do trabalho,princípios e valores. 50 52 55 60 Estimulação para a participação na vida pública do território e para a compreensão crítica da realidade social e do mundo contemporâneo 50 52 55 60 Promoção para o desenvolvimento pessoal e social 50 52 55 60 IDENTIFICAÇÃO EQUIPAMENTO AÇÃO METAS 2018 2019 2020 2021 SCFV para crianças e adolescentes de CRAS Contribuição para a inserção,reinserção e permanência do jovem no sistema educacional. 50 52 55 60 Promoção de atividades de cultura, esporte e lazer. 50 52 55 60 Preparação para a participação social 50 52 55 60 50 15 a 17 anos Proporcionar ações planejadas que desenvolvam e/ou potencializam o protagonismo juvenil 50 52 55 60 Fortalecimento dos vínculos familiares e comunitários 50 52 55 60 SCFV para crianças e adolescentes de 06 a 15 anos SCFV Manutenção do Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos para crianças e adolescentes de 06 a 15 anos 140 150 150 150 Manutenção do percentual de50% do público prioritário no Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos 140 150 150 150 Elaboração de relatórios e/ou Prontuários 140 150 150 150 IDENTIFICAÇÃO EQUIPAMENTO AÇÃO METAS 2018 2019 2020 2021 SCFV para crianças e adolescentes de 06 a 15 anos SCFV Ampliação do universo informacional, artístico e cultural das crianças e adolescentes. 140 140 140 140 Complementação do trabalho social com família, prevenindo a ocorrência de situações de risco social e fortalecendo a convivência familiar e comunitária. 140 140 140 140 Estimulação do desenvolvimento de potencialidades, habilidades,talentos para propiciar sua formação cidadã. 140 140 140 140 Estimulação para participação na vida pública do território e para a compreensão crítica da realidade social e do mundo contemporâneo. 140 140 140 140 Contribuição para a inserção,reinserção e permanência do jovem no sistema educacional. 10 10 10 10 Constituição de espaço de convivência,