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26 - Fraturas da tibia

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Fraturas da Tíbia 
Introdução 
- As fraturas dos ossos da perna podem ser causadas por traumas de alto e baixo 
impacto
- As condutas usadas para atender esse paciente são o ATLS e conhecer o mecanismo 
do trauma
- A fratura da tíbia é a fratura mais comum dos ossos longos 
- 12-47% das fraturas são expostas
- Em 11% das fraturas dos ossos da perna ocorre a síndrome compartimental:
• Geralmente acomete a faixa etária de 12-29 anos
• A lesão pode ser aberta ou fechada 
• A energia pode ser alta ou baixa
- Há uma alta taxa de complicações: as mais comuns são a não união e infecção
Mecanismo do Trauma 
- Trauma direto —> Pode causar uma fratura transversa, fratura em cunha ou uma 
fratura multifragmentar
- Trauma indireto —> Pode causar uma fratura oblíqua
Avaliação de Extremidades 
- Deve-se fazer a avaliação neurológica motora e sensitiva
- Deve-se fazer a avaliação vascular (para isso, deve-se alinhar o membro para restaurar 
pulsos e é importante saber que a perfusão pode estar mantida mesmo em lesão 
arterial)
- Deve-se fazer a avaliação de partes moles e verificar se a fratura é exposta ou não
Exames de Imagem 
- Raio X:
• Deve ser feito em nas incidências AP e perfil 
• Deve mostrar toda a extensão da perna e incluir as articulações
- Tomografia computadorizada:
• Indicada para pacientes que sofreram fraturas em espiral no 1/3 distal (comum 
ocorrer em 49-56% das fraturas de tornozelo) 
• Também deve-se fazer TC quando houver dúvida quanto a consolidação da fratura
Classificação AO 
- As fraturas em cunha podem ser intactas ou fragmentadas
- As fraturas multifragmentadas podem ser com segmento intacto ou com o segmento 
fragmentado
Tratamento 
- Princípios do tratamento:
• Estabilidade relativa: Permite micro movimentos, geralmente é feita com um tutor 
(guia)
• Estabilidade absoluta: Não permite movimentos, geralmente é feita por 
compressão
- Tratamento Conservador:
• Indicações:
• Fraturas estáveis (sem lesão aparente) e sem lesão de partes moles
• Fraturas minimamente desviadas como:
• varo-valgo < 5º
• antero-posterior < 10º
• rotação < 10º
• encurtamento < 1 cm 
• aposição > 50%
• O tratamento conservador normalmente é feito com gesso longo
- Tratamento Cirúrgico:
• Fixação Externa:
• Uso provisório —> quando há lesão de partes moles, no controle de danos do 
paciente politraumatizado e no suplemento a uma fixação interna
• Uso definitivo —> quando há complicações de partes moles, como infecção ou 
necrose
• Placas:
• São usadas quando se necessita de redução precisa da fratura (geralmente 
usada em casos de fraturas instáveis do 1/3 proximal ou distal e nas fraturas 
com extensão articular)
• Para o uso de placas as partes moles devem estar em bom estado
• Conferem estabilidade absoluta, geralmente usadas nas fraturas A1
• Deve-se ter cuidado ao se introduzir a placa para não realizar desvascularização 
(essa técnica não tem muita tolerância para erros técnicos)
• As placas podem ser usadas para redução direta percutânea
• As placas também podem ser usadas para conferir estabilidade relativa em 
fraturas do tipo A/B/C (a técnica é minimamente invasiva e preserva partes 
moles e o suprimento sanguíneo)
• Haste Intramedular Bloqueada:
• É o padrão ouro!
• É indicada para a maioria das fraturas, pois confere grande resistência mecânica, 
alta taxa de consolidação e pouco dano a partes moles
• Indicada em pacientes que se precise ganhar comprimento, eixo e rotação
• O ponto de entrada da haste é normalmente ao nível da tuberosidade anterior da 
tíbia, podendo ser transpatelar, parapatelar ou suprapatelar
• Haste fresada é uma haste com broca na ponta que aumenta o contato do osso 
com o implante (melhora a consolidação pois estimula o calo ósseo a partir do 
endósteo) e como o implante é mais calibroso confere mais resistência
• Além disso, a haste fresada apresenta menor taxa de reoperação e menos falha 
de implante
• A Haste intramedular é chamada bloqueada pois ao se colocar uma haste deve-
se fazer o seu bloqueio distal, para isso se usa radiação para ter a visualização 
da posição da haste
• É comumente feito o bloqueio em fraturas expostas.
• A haste causa menor incidência de eventos adversos e infecções
• Nas fraturas envolvendo metáfise óssea é necessário fazer o poler screw: uso de 
um parafuso dentro do canal medular para centralizar a fratura
Resumo do Tratamento 
- As condições das partes moles é determinante para a escolha do tratamento
- O tratamento normalmente é cirúrgico
- Fixador externo: Indicado para uso temporário e lesões de partes moles
- Placa: Indicada para extensão articular/metafisária

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