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Dermatologia- Dermatoparasitoses

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Dermatologia 
Escabiose 
Escabiose ou sarna é uma doença contagiosa 
causada pelo ácaro Sarcoptes scabiei var. hominis 
Estudos epidemiológicos demostram que a 
escabiose se dá pela infestação do homem para 
o homem por meio do contato pessoal e não 
afeta animais. (não há preferência por idade, raça 
ou sexo), sendo que, a transmissão por fômites 
é excepcional. 
Fora do hospedeiro o ácaro sobrevive por 24 a 
36 horas e já foi observado em poeira domiciliar 
da casa de pacientes afetados. 
Biologia e Morfologia do ácaro 
A fêmea adulta costuma ser maior que o macho. 
Após o acasalamento, o macho morre e a fêmea 
começa a pôr os ovos no sulco causado por ela 
no extrato córneo e granuloso da epiderme. 
Durante a vida de 4 a 6 semanas do ácaro, são 
depositados cerca de 40 a 50 ovos. Assim, as 
larvas eclodem dos ovos após cerca de 3 a 4 
dias, saindo do túnel e escavando tetos. 
O número médio de um indivíduo com escabiose 
é de cerca de 12 parasitas. 
 
Manifestações clínicas 
Prurido é a principal manifestação da doença, 
com piora noturna. 
As lesões da escabiose são resultado da 
combinação de dois processos: lesões pápulo 
vesiculares que ocorrem nos sulcos provocados 
por ácaros adultos e larvas e lesões 
eritematopapulosas que são relacionadas com 
uma resposta imunológica. 
A lesão patognomônica é um sulco com uma 
pequena saliência linear de cerca de 1 cm e em 
uma das extremidades há uma vesícula ou 
pápula onde se encontra a fêmea do ácaro. 
A distribuição das lesões se dá nas áreas: axilas, 
mamas, pênis, espaços interdigitais das mãos, 
cintura e pés. 
Quadros clínicos característicos: 
Escabiose em recém natos e jovens: nesses 
pacientes, a face e o couro cabeludo podem 
estar infestados, importante verificar regiões 
palmoplantares além do couro cabeludo. 
Escabiose em adultos: lesões são clássicas. 
Escabiose em idosos: no idoso a pele reage 
menos ou de maneira atípica, podendo queixar-
se apenas de prurido em dorso, muitas vezes, 
tratado com prurido senil. 
 
Sarna Norueguesa 
É um tipo de hiperinfestação, cujo número de 
ácaros supera 1 milhão de indivíduos 
Associado a doentes debilitados, subnutridos, 
idosos, síndrome de Down, pacientes 
submetidos a quimioterapia e HIV +. 
Clinicamente são lesões hiperceratósicas 
crostosas com fissuras na pele e unhas 
espessadas. 
 
Diagnóstico diferencial 
O diagnóstico diferencial é feito com a maioria 
das doenças pruriginosas, assim como dermatite 
atópica, erupção medicamentosa, urticária 
papulosa, picadas de inseto e piodermites 
Diagnóstico laboratorial 
Exame direto deve ser feito principalmente em 
casos atípicos 
Coloca-se duas gotas de óleo mineral sobre as 
lesões e depois escarifica-se com uma lâmina de 
bisturi ou cureta para remover o teto do sulco, 
que é colocado sobre a lâmina de vidro e 
examinada ao microscópio, pesquisando ácaros 
e ovos. 
Teste da fita adesiva. 
Dermatoscopia 
Bons resultados, com visualização de túneis e até 
mesmo do ácaro. 
 
Tratamento 
Permetrina 5% loção ou creme: pode ser usado 
em adultos, crianças gestantes e nutrizes. 
Aplicar em todo corpo à noite e retirar pela 
manhã lavando, usar por 2 noites consecutivas e 
no terceiro dia roupa de cama deve ser lavada. 
Enxofre precipitado 5% a 10% em vaselina, não 
provoca reações colaterais, se deve aplicar em 
todo corpo à noite e retirar pela manhã, no 
banho, durante 4 dias. 
Monosulfiram: diluir em água 2 partes para 
adultos e 3 partes para crianças. (aplicação 
durante 4 noites seguidas). Possui efeito 
antabutase, ou seja, em consumo com álcool 
reações como taquicardia, queda de PA, 
sudorese, náuseas e vômitos. 
Benzoato de Benzila: utilizado sob forma de 
loção a 25%, usado à noite durante 4 dias 
consecutivos e retirado pela manhã no banho 
(causa irritação da pele). 
Ivermectina: utilizado de forma sistêmica, adultos 
e crianças acima de 5 anos, utilizado em dose 
única e repetido após 7 dias. ½ cp a cada 15 kg. 
Sarna nodular 
Na presença de nódulos, utiliza-se corticoide de 
alta potência 2 a 3x ao dia ou até mesmo 
infiltração de triancinolona 3 a 4 mg por ml. 
Em casos recalcitrantes, respeitando as 
restrições gerais pode utilizar talidomida 100 mg 
ao dia. 
Pediculose 
Também conhecida como “piolho”. 
Causada pelo inseto do gênero Pediculus, insetos 
hematófagos, medindo em média de 3 mm. 
Transmissão: contato interpessoal ou fômites. 
Predomina em crianças de 3 a 10 anos de idade. 
Pode acometer couro cabeludo (Pediculus 
capitis), corpo (Pediculus humanus) e região 
pubiana Pthirus pubis. 
Quadro clínico 
Couro cabeludo: prurido, visualiza-se presença 
de ovos (lêndeas) presar firmemente ao cabelo, 
pode ocorrer o achado eventual do parasita 
adulta. 
Corpo: prurido com presença de pápulas, 
máculas eritematosas e escoriações. 
Fitiríase: prurido com presença de lêndeas na 
haste do pelo pubiano. 
 
Tratamento 
Pemetrina xampu. 
Permetrina loção. 
Ivermectina sistêmica: trabalhos mostram que há 
eficácia com uso dos tópicos. 
“Chapinha”? 
Tungíase 
Causada pela Tunga penetrans. 
Pulga hematófoga, fêmea fecundada que 
penetra na pele introduzindo a cabeça e o tórax 
na epiderme, deixando de fora os estigmas 
respiratórios e orifício ovorepositor. 
Mede 1 mm e vive em lugares secos e arenosos 
em zonas rurais, como chiqueiros e currais. 
Principais hospedeiros: porco e o homem 
 
Tratamento 
Retira da pulga (enucleação) com uma agulha 
após assepsia local. 
Casos generalizados: Tiabendazol 25 mg/kg de 
peso por 10 dias. 
Profilaxia com uso de calçados. 
 
 
Cimidíase 
Causada por picada de percevejos do gênero 
Cimex, também chamado de “bedbugs”. 
 
Tratamento 
Corticoide tópico. 
Anti-histamínico oral. 
Os percevejos devem ser erradicados com uso 
de inseticidas 
Miíase 
Infestação devido a invasão de tecidos por larvas 
de dípteros. 
Miíase 1º: larva da mosca invade tecido sadio. 
Miíase 2º: mosca deposita os ovos em 
ferimentos de pele ou mucosas, parasitas 
ocasionais. 
 
Miíase Secundária (2º) 
Moscas depositam os ovos em ulceração na pele 
que eclodem e as larvas vão se desenvolvendo. 
São as moscas e Cochliomya maccelaria C. 
hominovorax, além de outras espécies como o 
gênero Lucilia. 
Larva Migrans Cutânea 
Dermatite linear serpiginosa, bicho geográfico. 
Indivíduo adquire a doença caso entre em 
contato com o solo contaminado com fezes de 
cães e gatos. 
Penetração de larvas de nematoides. 
Ancylostoma brasiliensis é o agente etiológico 
mais comum. 
Lesões lineares eritematosas serpiginosas muito 
pruriginosas. 
Tratamento 
Poucas lesões: tiabendazol 5% pomada, 
Albendazol 400 mg em dose única, ou 
pacientes com menos de 60 kg 15mg/kg 1x ao 
dia por 3 dias ou 
Tiabendazol 25 mg/kg por dia por 5 dias ou 
Ivermectina.

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