Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Economia Monetária e Sistema Financeiro Material Teórico Responsável pelo Conteúdo: Prof.ª Esp. Marcello de Souza Marin Revisão Textual: Prof. Ms. Claudio Brites Oferta de Moeda • Introdução à Oferta de Moeda; • Conceito de Oferta Monetária; • Modelos de Oferta da Moeda; • A Criação da Moeda pelos Bancos; • Multiplicador dos Meios de Pagamento; • Multiplicador da Base Monetária no Brasil; • Controle da Oferta de Moeda. · Desenvolver o conceito de oferta de moeda, você entenderá que a moeda é um elemento que sofre controle das autoridades monetá- rias, que a controlam para adaptar as políticas econômicas conforme suas necessidades. OBJETIVO DE APRENDIZADO Oferta de Moeda Orientações de estudo Para que o conteúdo desta Disciplina seja bem aproveitado e haja maior aplicabilidade na sua formação acadêmica e atuação profissional, siga algumas recomendações básicas: Assim: Organize seus estudos de maneira que passem a fazer parte da sua rotina. Por exemplo, você poderá determinar um dia e horário fixos como seu “momento do estudo”; Procure se alimentar e se hidratar quando for estudar; lembre-se de que uma alimentação saudável pode proporcionar melhor aproveitamento do estudo; No material de cada Unidade, há leituras indicadas e, entre elas, artigos científicos, livros, vídeos e sites para aprofundar os conhecimentos adquiridos ao longo da Unidade. Além disso, você também encontrará sugestões de conteúdo extra no item Material Complementar, que ampliarão sua interpretação e auxiliarão no pleno entendimento dos temas abordados; Após o contato com o conteúdo proposto, participe dos debates mediados em fóruns de discus- são, pois irão auxiliar a verificar o quanto você absorveu de conhecimento, além de propiciar o contato com seus colegas e tutores, o que se apresenta como rico espaço de troca de ideias e de aprendizagem. Organize seus estudos de maneira que passem a fazer parte Mantenha o foco! Evite se distrair com as redes sociais. Mantenha o foco! Evite se distrair com as redes sociais. Determine um horário fixo para estudar. Aproveite as indicações de Material Complementar. Procure se alimentar e se hidratar quando for estudar; lembre-se de que uma Não se esqueça de se alimentar e de se manter hidratado. Aproveite as Conserve seu material e local de estudos sempre organizados. Procure manter contato com seus colegas e tutores para trocar ideias! Isso amplia a aprendizagem. Seja original! Nunca plagie trabalhos. UNIDADE Oferta de Moeda Introdução à Oferta de Moeda Como já vimos em unidades anteriores, a moeda é o principal agente interme- diador de trocas e extremamente importante para a reserva de valores dentro da sociedade. A sociedade normalmente interage em três pontos, economicamente falando, são eles: · Produção; · Consumo; · Acumulação. A sociedade, em dado momento, após a produção, o consumo e a acumulação, terá muitas vezes, mesmo sem saber, um balanço contábil, pois obterá em seu pas- sivo as dívidas que contraiu para produzir, para consumir, e terá, em seu ativo, o que acumulou como moedas, títulos e bens físicos. Os itens do ativo são os que denominamos de itens dotados de valor, podem ser duráveis e estocáveis e, claro, podem ser negociados a qualquer momento do presente ou do futuro, gerando renda para quem os detém. No quadro abaixo, podemos constatar as características desses três ativos e o comportamento de cada um deles: Tabela 1 – Rendimentos possíveis, custos de manutenção e estocagem e graus de liquidez das diferentes formas de ativo Formas de Ativo Rendimentos Proporcionados Custo de Manutenção e Estocagem Grau de Liquidez Ativos Monetários Zero Negligenciável Máximo Títulos Fixo ou Váriavel (Normalmente Supeior a Zero) Significativos Inferior ao dos Ativos minetários Bens Físicos Possíveis, Mas, Necessáriamentes Incertos Superior aos dos Títulos Geralmente Inferior ao dos Títulos Fonte: Lopes e Rossetti, 1992 No quadro acima, conseguimos ter a ideia sobre os rendimentos, custos e sobre o grau de liquidez dos ativos, assim, dependendo de qual a utilidade que teremos com esses ativos, deveremos escolher qual o melhor para o nosso caso. Se pensarmos em liquidez, a moeda é essencialmente o item mais líquido dos três, pois ela é a base de troca em sua essência, sem precisar ser transformada. Já os títu- los e bens físicos devem ser transformados em dinheiro para que possam ser líquidos, isso faz com que, se precisamos de liquidez, o dinheiro seja nossa melhor escolha. Já se buscarmos rendimentos, os títulos devem ser a nossa escolha, pois eles podem gerar na hora ou no futuro lucros para que se possa aumentar a riqueza, mas, claro, é preciso se atentar ao custo de manutenção desses títulos, às taxas cobradas por bancos, corretagem etc. 8 9 Dessa maneira, a moeda tem as características de ser líquida por natureza, pode ser usada para unir o presente com o futuro. Conceito de Oferta Monetária Os principais acontecimentos para que a moeda mudasse de patamar e saísse da moeda lastreada em ouro e pedras preciosas para crescer como importância foram as criações do papel moeda e da moeda escritural. Relembrando o que vimos na Unidade II: PAPEL MOEDA – O desenvolvimento de sistemas monetários para as trocas à base de metais preciosos e o enorme crescimento do comércio entre regiões distantes, que fizeram com que alguns inconvenientes fossem percebidos (peso das moedas, quantidade etc.), fizeram com que um novo tipo de moeda fosse criado, que se denominou papel moeda. Particularmente após o Renascimento, comerciantes passaram a se utilizar de certificados de depósitos, os quais, por comodidade e segurança, passaram a circular no lugar dos metais preciosos. Com isso, estava criada a nova modalidade da moeda, denominada moeda representativa ou moeda papel, com lastro de 100% e com garantia de plena conversibilidade, quem garantia o valor dessas moedas eram as casas de custódia que guardavam o ouro e a prata e emitiam os certificados de depósito. MOEDA ESCRITURAL – Na obra de Lopes e Rossetti (1992, p. 33), definem a moeda bancária: Ao lado da moeda fiduciária, de emissão não lastreada e monopolizada pelo Estado, de curso forçado e de poder liberatório garantido por dispo- sições legais, desenvolveu-se uma outra modalidade de moeda: a moeda bancária, escritural ou invisível. Os bancos comerciais criam essa forma de moeda com base nos depósitos a curto prazo e nas contas correntes que estão sob a custódia dos bancos. A sua mo- vimentação se dá por meio de cheques e ordens de pagamento e, mais atualmente, de cartões de crédito e débito. A questão de ser denominada invisível é porque é uma moeda que não conseguimos ver, que não temos acesso a ela – um exemplo básico é o uso do cartão de débito, você o utiliza, mas não pega o dinheiro na mão, simplesmente passa o seu cartão, coloca uma senha e paga suas contas. É ainda considerada uma moeda escritural, pois ela está escriturada nos livros contábeis dos bancos comerciais e representa todas as entradas e saídas registra- das na contabilidade dos bancos. Com esses conceitos que acabamos de relembrar, devemos destacar que de- vem ser considerados como meios de pagamento em uma economia todo o 9 UNIDADE Oferta de Moeda papel moeda disponível para utilização, somados dos depósitos à vista existentes nos bancos comerciais. No Brasil, conforme Lopes e Rossetti (1992, p. 101), os ativos existentes que satisfazem a essas condições e que preenchem os atributos essenciais de rendi- mento zero, de custo de manutenção e estocagem negligenciáveis e de máxima liquidez, são os seguintes: a) O papel moeda e as moedas metálicas em poder do público; b) Os depósitos à vista do público nos bancos comerciais; c) Os depósitos à vista do público no Banco do Brasil; d) Os depósitos à vista do público nas caixas econômicas, federal e estadual. A figura abaixo ilustra a situação acimaem forma de quadro: Saldo do Papel Moeda emitido Caixa Forte do Banco Central Saldo do Papel Moeda em Circulação Saldo do Papel Moeda em Circulação Saldo do Papel Moeda em Poder do Público Caixa em Moeda Corrente dos Bancos Comerciais, do BB e das CE’s Menos Menos Figura 1 – Derivação do Conceito de Papel Moeda (Incluídas as Moedas Metálicas) em poder do público Fonte: Lopes e Rossetti, 1992 Para o BACEN (Banco Central do Brasil), nós tínhamos os seguintes conceitos de moeda: M1 = papel moeda em poder do público + depósitos à vista. M2 = M1 + depósitos especiais remunerados + quotas de fundos de renda fixa de curto prazo + títulos públicos de alta liquidez. M3 = M2 + depósitos de poupança. M4 = M3 + títulos emitidos por instituições financeiras. Que foram substituídos recentemente por novos conceitos, conforme abaixo: Meios de Pagamento Restritos: M1 = papel moeda em poder do público + depósitos à vista. Meios de Pagamento Ampliados: M2 = M1 + depósitos especiais remunerados + depósitos de poupança + títulos emitidos por instituições depositárias. M3 = M2 + quotas de fundos de renda fixa + operações compromissadas registradas no Selic. 10 11 Poupança financeira: M4 = M3 + títulos públicos de alta liquidez. Com isso que vimos neste tópico, podemos destacar alguns itens a serem os principais conforme Lopes e Rossetti (1992, p. 108). A moeda é um dado institucional que depende, essencialmente, da organi- zação e do desenvolvimento do sistema financeiro do país, bem como das decisões de emissão de ativos monetários e das autorizações para emissão de títulos quase-monetários, adotados pelas autoridades monetárias. Quando a moeda é olhada do ponto de vista de meio de pagamento, a função intermediária de trocas é privilegiada e o conceito M1 é o indica- dor mais preciso da oferta monetária. Não há consenso sobre o que é a moeda, quando esta é olhada enquanto meio de pagamento e reserva de valor. As definições existentes são algo arbitrárias, constituindo-se num doas mais importantes problemas da eco- nomia monetária que ainda desafiam os pesquisadores. Os resultados das investigações e dos testes empíricos desenvolvidos nessa área sofrem a influência das hipóteses adotadas por cada pesquisador e da forma como seus testes são, na prática, conduzidos. No site do Banco Central do Brasil existem muitas informações importan- tes, explore o mesmo e aprenda mais. Fonte: http://www.bcb.gov.br/pt-br/#!/home Modelos de Oferta da Moeda Exogenistas e Endogenistas Trataremos aqui um pouco sobre a oferta monetária exógena e, depois, iremos contrapor sobre o conceito da endogeneidade. Costa (1999, p. 95) define a abor- dagem exogenistas e a endogenista da seguinte maneira: Na abordagem da exogeneidade da oferta de moeda, desdenha-se o conceito de entesouramento e de desentesouramento, segundo critério de atender às necessidades da circulação, expressas pelas variações de preços, do volume das transações e da velocidade de circulação da moeda. Na abordagem da moeda endógena, a entrada da moeda em circulação ativa, depende das necessidades transacionais e não de sua oferta potencial. O valor da moeda-mercadoria não depende de sua “escassez” numa concepção antiquantitativista, seja marxista (explicada pela Teoria do Valor - Trabalho), seja keynesiana explicada pela Teoria de Preços e não da Moeda 11 UNIDADE Oferta de Moeda Importante! Teoria do Valor Trabalho Princípio que afirma que o valor de um bem ou serviço depende de forma direta da quantidade de trabalho a ele incorporado. Adam Smith pensava que o trabalho era a unidade de medida exata para quantificar o valor, mas não o fator determinante dos preços. David Ricardo afirmava que todos os custos de produção são, de fato, custos trabalhistas que se pagam, de forma direta ou acumulando-os ao capital, e Karl Marx supunha que somente o fator trabalho poderia criar valor. Você Sabia? Fonte: https://goo.gl/S3ATDd A Criação da Moeda pelos Bancos A moeda escritural sempre teve uma grande relevância dentro do sistema de moedas da economia mundial. Essa participação enorme da moeda escritural se explica principalmente pelo poder multiplicador que os bancos têm para a criação de moeda. Modelo Tradicional Como já dissemos anteriormente, nos dias de hoje, é comum a utilização da moeda escritural, em comparação com a moeda manual. Abaixo descreveremos algumas razões do motivo dessa preferência: · Depósitos bancários são mais seguros para os seus portadores; · Pagamentos com cheque se tornaram mais fáceis quando falamos de valores elevados; · A manutenção de saldo em conta corrente facilita na obtenção de crédito e pode até gerar pequenos rendimentos; · Pagamentos por cheque permitem maior controle e facilidade na contabilização; · Os pagamentos eletrônicos facilitam a vida e o consumo de dinheiro; · A utilização da função débito do seu cartão é mais segura e utiliza o dinheiro que está em sua conta corrente. 12 13 O sistema financeiro com a moeda é, em sua essência, high-powered money, ou seja, a moeda tem um alto poder de expansão. Quando o governo injeta moeda na economia, essa moeda normalmente acaba indo para os depósitos à vista para a utilização da população em geral, seja por via de consumo, aplicações ou empréstimos concedidos pelos bancos. Quando falamos que os bancos criam moeda, é porque não é toda moeda que está no banco, que está lastreada. Se todos os correntistas de determinada bandeira bancária fossem ao mesmo tempo sacar os seus valores, com certeza teríamos um caos, pois esse banco não teria os valores disponíveis para distribuir a todos e teríamos com certeza a quebra desse banco. Claro que temos uma rigorosa fiscalização do sistema monetário nacional, pois esses controladores normalmente definem quanto cada bandeira bancária deverá manter em ativos para que não tenha problemas de solvência dentro do seu siste- ma processual. O sistema bancário e seu milagre da criação: https://goo.gl/aXQn4G Ex pl or Multiplicador dos Meios de Pagamento Para nos aprofundarmos neste tópico, devemos primeiramente definir alguns conceitos para melhor entendimento. Primeiro, definiremos o que serão nossos instrumentos monetários: · Ouro e Prata; · Depósitos à vista do público junto a bancos comerciais; · Depósitos junto às autoridades monetárias; · Papel moeda e moedas metálicas divisionárias. Com a definição dos instrumentos monetários, agora falaremos sobre os seus detentores: · Público; · Bancos comerciais; · Autoridades monetárias. 13 UNIDADE Oferta de Moeda Abaixo, a tabela demonstra a classificação da moeda e seus principais detentores dentro do sistema: Tabela 2 Detentores Público Bancos Comerciais Autoridades Monetárias Total Moeda Moeda em Espécie Sp SBC SAM S Depósitos a Vsita nos Banco Comcerciais DpBC – RED D Depósitos Junto às Autoridades Monetárias DpAM DBC/AM – DAM Papel-Moeda PMp PMBC – PM TOTAL M R – – Fonte: Lopes e Rossetti, 1992 · O “M” é composto pelas seguintes rubricas: · Sp = Moedas representativas em espécie (ouro e prata); · DpBC = Depósitos à vista do público nos bancos comerciais; · DpAM = Depósitos à vista do público junto a autoridades monetárias; · PMp = Papel moeda e moedas metálicas divisionárias em poder público. Já o R é composto pelas seguintes rubricas: · SBC = Moeda em espécie mantida sob a forma de encaixe pelos bancos comerciais; · DBC/AM = Depósitos dos bancos comerciais junto às autoridades monetárias. Esses depósitos podem ser voluntários ou compulsórios; · PMBC = Caixa dos bancos comerciais em papel moeda e moedas metálicas divisionárias; · RED representa os débitos dos bancos comerciais junto às autoridades monetárias do governo. 14 15 Importante! Efeito Multiplicador – Os depósitos bancários permitem que os bancos tenham recur- sos para emprestar aos seus correntistas, em um mecanismo que acaba multiplicando os meios de pagamento deum país. O efeito multiplicador nada mais é do que o coefi - ciente que mede a taxa de expansão dos meios de pagamento da moeda criada pelos depósitos bancários. Os depósitos compulsórios recolhidos pela autoridade monetária com base nos saldos de depósitos dos bancos permitem controlar o efeito multiplicador. Isso porque, de cada R$ 100 em depósitos, um percentual é recolhido ao Banco Central, o que limita o montante disponível para empréstimos. Assim, quanto maior o percentual de recolhimento compulsório, menor é o efeito multiplicador, e vice-versa. Fonte: http://www.igf.com.br/aprende/glossario/glo_Resp.aspx?id=1199 Banco Comercias – Os bancos comerciais são instituições fi nanceiras privadas ou públi- cas que têm como objetivo principal proporcionar suprimento de recursos necessários para fi nanciar, a curto e a médio prazos, o comércio, a indústria, as empresas prestadoras de serviços, as pessoas físicas e terceiros em geral. A captação de depósitos à vista, livre- mente movimentáveis, é atividade típica do banco comercial, o qual pode também cap- tar depósitos a prazo. Deve ser constituído sob a forma de sociedade anônima e, na sua denominação social, deve constar a expressão Banco (Resolução CMN 2.099, de 1994). Fonte: https://www.bcb.gov.br/pre/composicao/bc.asp Você Sabia? Multiplicador da Base Monetária no Brasil Até 1986, antes das reformas monetárias e estruturais, o Banco do Brasil era o banco com autoridade monetária dentro do nosso país. A partir de 1986, deixou de ser essa autoridade e passou a ser simplesmente um banco comercial. Após essas reformas, surgiu a necessidade de mudar os conceitos anteriores de meios de pagamento, reservas bancárias e base monetária do país. A seguir, podemos destacar as mudanças e discorrer sobre as mesmas para que o entendimento da matéria fique melhor e mais claro para todos que estão seguindo o raciocínio. Conforme Lopes e Rossetti (1992, p. 136-137), os con- ceitos são: 15 UNIDADE Oferta de Moeda Meios de pagamento: os meios de pagamento, MP, para fins de derivação do multiplicador da moeda bancária, são constituídos por dois componentes. O pri- meiro é o papel moeda em poder do público (PMPP), e o segundo, os depósitos à vista do público junto aos bancos comerciais (inclusive do Banco do Brasil) e outras instituições (caixas econômicas federais e estaduais). Assim, temos: MP = PMPP + depósitos à vista (inclusive no BB) Reservas Bancárias: As reservas bancárias, Res são constituídas pelos depósi- tos compulsórios dos bancos comerciais e outras instituições incluídas no conceito convencional de meios de pagamento junto ao Banco Central, Dbc/am, mais o papel moeda em caixa forte do Banco Central, PMbc. Temos, portanto: Res = Dbc/am + PMbc Base monetária: A base monetária – B – é dada pelo passivo monetário das autoridades monetárias. Esta parcela, após as reformas introduzidas no sistema monetário brasileiro em 1986, é constituída por três parcelas. A primeira é o pa- pel moeda em poder do público, PMPP; a segunda, o papel moeda em caixa das instituições como bancos comerciais. A terceira, as reservas dos bancos comerciais (entendidos em sentido amplo) junto ao Banco Central. Temos assim: B = PPMP + reservas no Banco Central + reservas em outras instituições. Ainda podemos destacar o quadro abaixo onde as aplicações e recursos das autoridades monetárias são empregadas. Tabela 3 Aplicações Recursos 1. Operações som o setor externo 1.1 Contas Cambiais 1.2 Encargos e Rendas 1.3 Outras Operações 1. Recursos Não Monetários 1.1 Resultados de Caixa do Tesouro Nacional 1.2 Transferências do Tesouro Nacional 1.3 Operações com Títulos Públicos Federais 2. Suprimentos ao Banco do Brasil 2.1 Crédito Rural 2.2 Estoques Reguladores 2.3 Adiantamento para Estatais 2. Base Monetária 2.1 Papel-Moeda em Poder Público 2.2 Reservas Bancárias 2.2.1 Bando do Brasil 2.2.2 Bancos Comerciais 2.2.3 Caixas Econômicas 3. Operações do Banco Central 3.1 Empréstimos de Liquidez 3.2 Operações de Fomento com Recursos de Fundos e Programas 4. Outras Contas (Variação Líquida) Fonte: Lopes e Rossetti, 1992 16 17 Controle da Oferta de Moeda Neste item, enumeraremos para pesquisa e estudo posterior os itens utilizados pelos governos para o controle da oferta de moeda: 1. Efeitos-Preço sobre os depósitos bancários; 2. Efeitos-quantidade sobre os depósitos bancários; 3. Os efeitos-preço sobre os depósitos dos banqueiros no banco central; 4. Efeitos-quantidade sobre os depósitos dos banqueiros; 5. Efeitos-preço sobre os títulos em poder dos bancos; 6. Efeitos-quantidade sobre os títulos do governo em poder dos bancos; 7. Efeitos-preço sobre os empréstimos dos bancos ao setor privado não bancário; 8. Efeitos-quantidade sobre os empréstimos bancários ao setor privado não bancário; 9. O tamanho da NFSP; 10. Efeitos-preço sobre as vendas de títulos do governo para o setor privado não bancário (SPNB); 11. Efeitos-quantidade sobre as vendas de títulos do governo para o SPNB; 12. Efeitos-preço sobre o impacto de variações de reservas internacionais no crescimento de depósitos; 13. Efeitos-quantidade sobre o impacto externo sobre o crescimento de depósitos. Chegamos ao final de mais uma unidade, esperamos que você tenha conseguido entender e captar ainda mais conhecimentos sobre este assunto tão fabuloso que é o estudo da moeda. 17 UNIDADE Oferta de Moeda Material Complementar Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade: Leitura Texto 7 - A Política Monetária https://goo.gl/nmLhvt Evolução da eficiência do canal de crédito na política monetária brasileira https://goo.gl/bzQMif Uma nova versão sobre a oferta de moeda no Plano de Ação Econômica do Governo (PAEG) https://goo.gl/oiUgZx Uma abordagem da hipótese da neutralidade da moeda usando dados do Brasil pós-Real https://goo.gl/jGkaPS 18 19 Referências HOWELLS, P. Economia Monetária: Moedas E Bancos. Rio de Janeiro: Ltc-Livros Técnicos e Científicos, 2001. LOPES, J. C.; ROSSETTI, J. Economia Monetária. 6. ed. São Paulo: Atlas, 1992. TEIXEIRA, E. Economia Monetária: A Macroeconomia no Contexto Monetário. São Paulo: Saraiva, 2002. Sites Visitados Banco Central do Brasil. Bancos comerciais. Disponível em: <https://www.bcb. gov.br/pre/composicao/bc.asp>. Acesso em: 08 ago. 2017. Intelect. Glossário Financeiro do IGF: Efeito Multiplicador. Disponível em: <http://www.igf.com.br/aprende/glossario/glo_Resp.aspx?id=1199>. Acesso em: 08 ago. 2017. Economia.net. Teoria do valor trabalho. Disponível em: <http://www.economia- br.net/teoria_escolas/teoria_do_valor_trabalho.html>. Acesso em: 08 ago. 2017. 19
Compartilhar