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Prévia do material em texto

Desenvolvimento 
Econômico
Material Teórico
Responsável pelo Conteúdo:
Prof. Esp. Marcello de Souza Marin
Revisão Textual:
Prof.ª Dr.ª Selma Aparecida Cesarin
Introdução ao Desenvolvimento Econômico
• Introdução;
• A História do Crescimento Econômico;
• Desigualdade histórica;
• Modelos de Crescimento;
• Politícas Econômicas;
• Dados de Crescimento e de Desenvolvimento.
 · Trazer à tona o assunto tópico desta Matéria, que é o desenvolvi-
mento econômico. Assim, dividiremos o que podemos entender por 
Desenvolvimento Econômico e por Crescimento Econômico.
 · Trazer uma perspectiva histórica do assunto e seus desdobramentos 
no mundo moderno e discutiremos, ainda, alguns modelos de estu-
diosos para a medição do desenvolvimento econômico.
OBJETIVO DE APRENDIZADO
Introdução ao 
Desenvolvimento Econômico
Orientações de estudo
Para que o conteúdo desta Disciplina seja bem 
aproveitado e haja maior aplicabilidade na sua 
formação acadêmica e atuação profissional, siga 
algumas recomendações básicas:
Assim:
Organize seus estudos de maneira que passem a fazer parte 
da sua rotina. Por exemplo, você poderá determinar um dia e 
horário fixos como seu “momento do estudo”;
Procure se alimentar e se hidratar quando for estudar; lembre-se de que uma 
alimentação saudável pode proporcionar melhor aproveitamento do estudo;
No material de cada Unidade, há leituras indicadas e, entre elas, artigos científicos, livros, vídeos 
e sites para aprofundar os conhecimentos adquiridos ao longo da Unidade. Além disso, você 
também encontrará sugestões de conteúdo extra no item Material Complementar, que ampliarão 
sua interpretação e auxiliarão no pleno entendimento dos temas abordados;
Após o contato com o conteúdo proposto, participe dos debates mediados em fóruns de discus-
são, pois irão auxiliar a verificar o quanto você absorveu de conhecimento, além de propiciar o 
contato com seus colegas e tutores, o que se apresenta como rico espaço de troca de ideias e 
de aprendizagem.
Organize seus estudos de maneira que passem a fazer parte 
Mantenha o foco! 
Evite se distrair com 
as redes sociais.
Mantenha o foco! 
Evite se distrair com 
as redes sociais.
Determine um 
horário fixo 
para estudar.
Aproveite as 
indicações 
de Material 
Complementar.
Procure se alimentar e se hidratar quando for estudar; lembre-se de que uma 
Não se esqueça 
de se alimentar 
e de se manter 
hidratado.
Aproveite as 
Conserve seu 
material e local de 
estudos sempre 
organizados.
Procure manter 
contato com seus 
colegas e tutores 
para trocar ideias! 
Isso amplia a 
aprendizagem.
Seja original! 
Nunca plagie 
trabalhos.
UNIDADE Introdução ao Desenvolvimento Econômico
Introdução
Para iniciarmos nosso estudo, o principal é definirmos o que é o Crescimento 
Econômico aqui discutido. Estudiosos definem que o crescimento é relacionado 
ao crescimento de modo mais amplo, enquanto a questão do Desenvolvimento 
Econômico é mais pontual, e é relativa somente a diferença entre nações.
A questão aqui é um pouco maior, pois, em muitos casos, podemos tratar 
países com um ótimo crescimento per capita (PIB), mas com índices alarmantes de 
desenvolvimento social dentro de suas fronteiras. A questão deve levar em conta as 
mais diversas variáveis para que se tenha uma boa visão sobre o tema.
Da mesma maneira, podemos ter o inverso, com países com PIB baixo, mas 
com um bem-estar social bastante elevado. Podemos constatar isso em países de 
economias fechadas, quando ocorre sua abertura. O nível per capita tende a não 
se elevar rapidamente, mas a satisfação social é latente e pode ser notada com 
muita ênfase.
Nesta unidade, discorreremos, ainda, sobre os modelos de crescimento econô-
mico conhecidos, sobre a história do crescimento econômico, as desigualdades 
durante a história e as políticas econômicas, entre outros importantes temas.
Traremos à tona, também, a questão das duas principais dimensões do desen-
volvimento econômico, o crescimento e a equidade, em que descreveremos his-
toricamente como se deu o descolamento dessas dimensões.
Com nosso estudo, abordaremos itens do contexto histórico econômico, como 
a famosa pergunta do historiador econômico David S. Landes “Por que somos tão 
ricos e eles tão pobres?”
A frase foi proferida no encontro anual de 1989 da American Economic Association.
Claro que não responderemos perguntas que nem os mais famosos e ilustres 
estudiosos conseguiram responder, mas a Unidade serve para que possamos abrir a 
nossa mente para conceitos novos, para entender esse desenvolvimento econômico 
e também para que possamos buscar elementos capazes de nos elevar de patamar 
dentro do nosso conhecimento.
Vamos estudar grandes economistas e estudiosos que sempre estiveram à frente 
de seu tempo com suas teorias e afirmações sempre precisas, muito bem elaboradas 
e desenvolvidas.
Vamos conhecer um mundo novo!
8
9
A História do Crescimento Econômico
Para iniciarmos nossa discussão histórica do crescimento econômico, devemos 
nos ater a uma pergunta que vale para os dias de hoje também: a diferença per 
capita entre os países sempre foi dessa maneira gritante e enorme, ou ela já foi 
mais igualitária durante um período histórico?
Por incrível que pareça, essa pergunta tem duas respostas – sim e não.
Sim, durante a maioria do nosso tempo, ou durante 99% do tempo, como 
explicam Veloso et al. em sua obra, os povos foram mais iguais do que imaginávamos, 
mas eles eram igualmente miseráveis, a renda per capita mundial ao longo da 
História sempre foi muito baixa, vivia-se em uma pobreza generalizada e constante.
Isso pode parecer extremamente estranho, ao se comparar tudo que os povos 
antigos deixaram de legado para nós, mas era muito claro como funcionava a Eco-
nomia no início. As sociedades eram extremamente ricas para si mesmas, mas não 
havia excedentes que fossem comercializados e gerassem mais riquezas para os 
povos. Normalmente, o que era criado, era consumido e, dessa maneira, o padrão 
de vida da sociedade em geral não aumentava.
O nivelamento por baixo, pela pobreza, começou a se alterar nos últimos 200 
anos, quando sociedades, principalmente na Europa, começaram a ter poder e cres-
cimento que justificavam o aumento de padrão de vida dessas pessoas; isso fez com 
que surgissem elites que usufruíam de grandes status e também grandes mordomias.
Nós tínhamos no começo o crescimento extensivo, que se dava sobre fatores de 
produção (trabalho e terra), mas o crescimento não era notado, pois a população 
aumentava da mesma maneira, e não era possível crescer o PIB per capita.
O contexto principal é que a população estava crescendo ou mais ou igual aos 
meios de subsistência necessários. Isso foi comum até próximo da Revolução Indus-
trial e, por esse contexto, não era possível visualizar o crescimento do PIB.
As únicas economias que conseguiram crescer seus valores per capita, mesmo 
durante essa estagnação, foram Inglaterra e Holanda, que conseguiram expandir 
a sua forma de produção e conseguiram crescimentos na faixa 0,15% a 0,25%.
E, após a Revolução Industrial, podemos perceber um divisor de águas, pois sem o 
limitador energético que era visualizado anteriormente, as sociedades modernas come-
çaram a crescer e a prosperar de maneira nunca antes imaginada, conseguindo cresci-
mento per capita e maior conforto para a sociedade e para sua elite, principalmente.
Em um contraponto enorme, o que a Economia não cresceu em 99% do tempo, 
ela conseguiu crescer nos últimos 200 anos, e vem crescendo cada vez mais. Dessa 
forma, está aumentando a renda per capita dos países desenvolvidos, e hoje, sim, 
podemos afirmar que há uma diferença enorme entre as Economias desenvolvidas 
e as em desenvolvimento.
9
UNIDADE Introdução ao Desenvolvimento Econômico
Contudo isso, é correto afirmar que até o século XIX vivemos uma estagnação 
econômica, e que após esse período, com a Revolução Industrial, crescemos mais 
do que em qualquer outra época anterior.A Tabela a seguir demonstra esse crescimento em todo o mundo:
Tabela 1
1820-70 1870-1913 1913-50 1950-73 1973-90 1990-2008
Europa Ocidental 0,98 1,33 0,76 4,05 1,98 1,72
Europa Oriental 0,63 1,39 0,60 3,81 0,50 2,54
Antiga URSS 0,63 1,06 1,76 3,35 -0,01 0,76
Western Offshoots* 1,41 1,81 1,56 2,45 1,92 1,66
Estados Unidos 1,34 1,82 1,61 2,45 1,96 1,66
América Latina -0,03 1,82 1,43 2,58 0,67 1,78
Brasil 0,20 0,30 1,97 3,73 1,41 1,50
Ásia -0,10 0,53 0,08 3,87 2,89 3,97
Japão 0,19 1,48 0,88 8,06 2,96 1,08
China -0,25 0,10 -0,62 2,86 4,73 7,11
Índia 0,00 0,54 -0,22 1,40 2,66 4,56
África 0,35 0,57 0,92 2,00 0,16 1,24
Mundo 0,54 1,30 0,88 2,92 1,38 2,17
*Estados Unidos, Canadá, Austrália e Nova Zelândia
Fonte – Veloso et al., 2013, p. 72.
Na Tabela, é possível verificar que o crescimento se deu de maneira muito forte 
após o período de 1870, teve uma pequena diminuição durante as duas Grandes 
Guerras, e um estouro durante o período de 1950-1973.
Ao longo dos anos, tivemos muitas mudanças da distribuição do PIB pelas 
diversas regiões do Globo Terrestre. A Ásia, que era a região mais poderosa no ano 
de 1870, perdeu espaço ao longo dos períodos para recuperar sua hegemonia mais 
tarde, em 2008, e tivemos essa gangorra de aumento e diminuição na distribuição 
do PIB global, como podemos ver na Tabela a seguir.
Tabela 2
1820 1870 1913 1950 1973 1990 2008
Europa Ocidental 23,0% 33,0% 33,0% 26,2% 25,6% 22,2% 17,1%
Europa Oriental 3,6% 4,5% 4,9% 3,5% 3,4% 2,4% 2,0%
Antiga URSS 5,4% 7,5% 8,5% 9,6% 9,4% 7,3% 4,4%
Western Offshoots* 1,9% 10,0% 21,3% 30,7% 25,3% 24,6% 21,5%
Estados Unidos 1,8% 8,9% 18,9% 27,3% 22,1% 21,4% 18,6%
América Latina 2,2% 2,5% 4,4% 7,8% 8,7% 8,3% 8,0%
Brasil 0,4% 0,6% 0,7% 1,7% 2,5% 2,7% 2,5%
Ásia 59,5% 38,4% 24,9% 18,6% 23,5% 31,9% 45,7%
Japão 3,0% 2,3% 2,6% 3,0% 7,8% 8,6% 5,7%
China 32,9% 17,1% 8,8% 4,5% 4,6% 7,8% 17,5%
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11
1820 1870 1913 1950 1973 1990 2008
Índia 16,0% 12,1% 7,5% 4,2% 3,1% 4,1% 6,7%
África 4,5% 4,1% 2,9% 3,8% 3,4% 3,3% 3,4%
Mundo 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100%
*Estados Unidos, Canadá, Austrália e Nova Zelândia
Fonte – Veloso et al., 2013, p. 80.
Esses últimos dois séculos apresentaram importantes mudanças no cenário eco-
nômico mundial, mudança na distribuição de renda e na forma como cresce cada 
região, e isso alterou a equidade mundial.
No nosso próximo item, falaremos sobre as diferenças históricas e a desigualda-
de mundial.
Desigualdade histórica
As desigualdades de renda nos últimos séculos são enormes e gritantes, mas 
como se deu isso ao longo do tempo?
Essa desigualdade era menor no período em que o PIB per capita era menor também.
Vamos tentar elucidar isso a seguir e, para tanto, vamos conhecer 3 conceitos 
que os autores do livro Desenvolvimento Econômico Uma Perspectiva Brasileira 
trazem em sua obra:
• Conceito 1: Desigualdade internacional não ponderada; nesse caso, cada país 
entra com uma renda per capita única;
• Conceito 2: Permanece a hipótese de que todos os habitantes de determinado 
país recebem o equivalente à sua renda per capita;
• Conceito 3: A unidade de análise não é mais os países, mas os indivíduos.
Os conceitos 1 e 2 tratam de desigualdade entre nações, enquanto o conceito 
3 trata da desigualdade entre os indivíduos.
Com essas análises, podemos constatar que as diferenças entre países realmente 
variaram muito ao longo do tempo, e vêm num crescente desde 1820; já a variação 
per capita teve uma elevação em sua curva, e cresceu de acordo com o crescimento 
da renda dos países.
O que podemos perceber é que, desde a Revolução Industrial, a população como 
um todo teve sua riqueza elevada, mas também cresceram as diferenças entre os 
indivíduos: um país mais rico gera indivíduos mais ricos, e com isso as diferenças 
globais aumentam e se evidenciam.
No próximo item, vamos conhecer um pouco sobre alguns modelos econômicos 
de crescimento.
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UNIDADE Introdução ao Desenvolvimento Econômico
Desigualdade: renda per capita varia até 342% entre os estados brasileiros
RIO – Em 2015, os brasileiros nos estados mais ricos do país ganharam até 342,4% a mais 
que os habitantes das regiões mais pobres. Segundo dados divulgados nesta sexta-feira 
pelo IBGE, esta é a diferença entre a renda domiciliar per capita no Distrito Federal, de 
R$ 2.252 — maior entre as 27 unidades da federação —, e a do Maranhão, de R$ 509, 
última colocada do ranking. Embora continue alta, a diferença é menor que a registrada 
no ano anterior, quando a distância entre os dois polos da tabela era de 345,7%. Os dados 
fazem parte da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua, e não levam 
em consideração a inflação do período, nem os diferentes índices de preços de cada unidade 
da federação do país. Por Marcello Corrêa.
Para ler o artigo na íntegra, acesse: https://goo.gl/Y4h6kW
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Modelos de Crescimento
O primeiro modelo que vamos apresentar aqui é o modelo de Solow que 
é simples, mas inovador. A seguir, vamos detalhá-lo.
Observe os resultados mais importantes da pesquisa de Solow, conforme Veloso 
et al. p. 41:
Variáveis como taxa de poupança, crescimento populacional e deprecia-
ção do estoque de capital afetam o nível da renda por habitantes no longo 
prazo, mas alterações em seus valores têm impacto apenas transitório 
sobre a taxa de crescimento.
Controlando-se para características que afetam o estado estacionário, o 
modelo prevê convergência condicional entre os países. Convergência 
condicional significa crescimento mais rápido por parte dos países menos 
desenvolvidos, controlando-se para as variáveis que determinam seu nível 
de PIB per capita no longo prazo. A diferença em relação à convergência 
absoluta é importante: esta última diz que países menos desenvolvidos, 
sempre devem crescer mais rapidamente que os desenvolvidos, indepen-
dentemente dos parâmetros que determinam seu estado estacionário.
No longo prazo, o modelo prevê que o crescimento do PIB por habitante 
é igual à taxa de progresso tecnológico.
Os conceitos levantados por Solow são extremamente importantes e 
relevan-tes quanto à questão de a poupança não aumentar perenemente; o 
crescimento é por conta de ela gerar maior consumo nos dias atuais, levando a 
menos consumo no futuro.
A questão do crescimento dos países mais pobres ser maior do que a dos 
países mais ricos, vem ocorrendo há mais de 50 anos, e é facilmente explicada 
por conta de que esses países, em sua maioria, ainda estão sob o efeito do cres-
cimento econômico.
Os países desenvolvidos já surfaram na onda do crescimento pós Revolução 
Industrial, mas os países mais pobres, por serem mais atrasados, ainda estão sob 
esse efeito.
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Os países ricos já têm a sua estabilidade muito bem postada, mas os países mais 
pobres ainda estão em busca de uma estabilidade.
Outro modelo a ser estudado aqui é o modelo de Ramsey, que nada mais é do 
que o modelo de Solow mais sofisticado. Ele propõe que a taxa de poupança vem 
de um problema de maximização intemporal da utilidade de um agente econômico 
representativo.
Nos dois casos, o crescimento está ligado ao crescimento total dos fatores de 
produtividade, que não está explicado como se dá. Por isso os dois modelos apre-
sentam um defeito em comum, levantado por Veloso et al. em sua obra: “[...] 
nesses modelos de crescimento, o único fator relevante na explicação das taxas de 
crescimento de longo prazo, segundo os próprios modelos, não se insere no bojo 
de sua própria lógica interna.”
A questão que se levanta sempre com base nesses modelos é como ter melhor 
entendimento desses fatores de produtividade, e muitas pesquisas vêm sendo feitas 
a respeito.
Nos modelos de crescimento endógenos se questionam por que investir em 
capital físico é uma decisão ótima, mas investir em tecnologia não é. Essa questão 
tem mudado desde o ano de 1990, quando estudiosos levantaram esse ponto 
como sendo importante para o crescimento e o desenvolvimento econômico.
O último modelo sobre o qual vamosfalar aqui, é o modelo AK, de Paul Romer. 
Nesse estudo, o autor expõe que o progresso tecnológico vem acoplado ao processo 
de acumulação de Capital.
Apesar de ser inovador em termos da formulação da Teoria do Crescimento, o 
modelo ainda não trata a tecnologia como elemento primordial para o crescimento 
e o desenvolvimento; ele apenas propõe o assunto e traz que o principal item é a 
externalidade positiva.
Na sequência de nossa Unidade, conheceremos um pouco mais sobre Políticas 
Econômicas e suas Instituições.
Robert Solow – Nova Iorque, 23 de agosto de 1924 – É um economista estadunidense de 
pensamento neoclássico. É a principal fi gura da área de Economia do Desenvolvimento. Seu 
principal contributo fi cará eternamente gravado por meio do famoso Modelo de Solow-
-Swan, um modelo econômico que procura responder, entre outras, a esta simples pergunta: 
“Por quê uns países são mais ricos que outros?”. Foi laureado com a Medalha John Bates Clark, 
em 1961, e com o Prêmio de Ciências Econômicas em Memória de Alfred Nobel, em 1987.
Paul Romer – É um economista americano e pioneiro da Teoria do Crescimento Endógeno. 
Atualmente, é economista-chefe e vice-presidente sênior do Banco Mundial, estando de 
licença de seu cargo de professor de Economia na Stern School of Business, da Universidade 
de Nova York . Antes disso, Romer era professor de Economia na Graduate School of Business, 
da Universidade de Stanford e colega sênior do Centro de Desenvolvimento Internacional de 
Stanford, do Stanford Instituto for Economic Police Research e da Hoover Institution, bem 
como colega no Centro de Desenvolvimento Global.
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UNIDADE Introdução ao Desenvolvimento Econômico
Politícas Econômicas
É muito simplista condenarmos um país ao fracasso por conta de seu passado e 
de suas instituições mal resolvidas. É fácil dizer que muitos países são atrasados por 
conta do colonialismo mal feito e da escravatura, entre outros fatores.
Mas não é só isso que faz com que um país cresça ou deixe de crescer. As Po-
líticas Econômicas bem elaboradas podem ajudar a resolver problemas básicos de 
crescimento e melhorar diversos índices.
Podemos exemplificar isso utilizando dois países da América Central, Jamaica 
e Barbados. Os dois foram colonizados pela Inglaterra, os dois têm características 
geográficas parecidas, mas a Jamaica cresceu a uma taxa de 0,8% ao ano, enquanto 
Barbados crescia a uma taxa de 2,2% ao ano.
O que fez isso foram as Políticas Macroeconômicas adotadas, em Barbados, polí-
ticas de apertar os cintos e passar por crises de forma sensata, enquanto na Jamaica, 
atitudes populistas e muito protecionismo a estatais levaram a essa incrível diferença.
O quadro a seguir evidencia algumas políticas econômicas comuns:
Quadro 1
Maior abertura comercial gera maiores níveis de desenvolvimento econômico, via ganhos de escala, importação de insumos 
intermediários de melhor qualidade, aprendizado tecnológico etc.
Inflação muito alta (acima de 20% em termos anuais) é prejudicial ao crescimento da Economia, possivelmente por gerar 
migração de recursos escassos para atividades defensivas destinadas à proteção contra a perda inflacionária e, também, por 
nublar os sinais emitidos dos preços relativos da Economia.
Déficits públicos elevados por muito tempo estão negativamente associados ao crescimento do PIB, possivelmente pela 
instabilidade econômica associada (mudanças de taxação inesperadas, inflação alta e volátil etc.0 – se bem que tanto aqui, 
quanto no caso do item anterior, estudos têm maior dificuldade de estabelecer uma relação de casualidade. 
Desigualdade elevada está associada a crescimento subsequente mais baixo, embora o canal ligando as duas variáveis ainda 
não esteja bem estabelecido na pesquisa empírica.
Maior desenvolvimento dos mercados de crédito causa crescimento econômico mais acelerado, possivelmente por permitir 
melhor diversificação e, assim, assunção maior de riscos associados à atividade de inovar, alocar eficientemente a poupança da 
economia e, finalmente, atenuar os impedimentos à acumulação de capital humano e físico associados à desigualdade de renda.
Fonte – Veloso et al., 2013, p. 57.
Em tudo que vimos acima, a Política Pública e as Políticas Econômicas são fer-
ramentas primordiais para o crescimento econômico.
No nosso próximo item, veremos um pouco sobre dados econômicos do cresci-
mento e do desenvolvimento.
Política econômica
As medidas adotadas pelo Governo para controle da Economia. As relativas ao orçamento, por 
exemplo, afetam todas as áreas da Economia e constituem políticas de tipo macroeconômico; 
outras afetam exclusivamente algum setor específico, como, por exemplo, o agrícola e con-
stituem políticas de tipo microeconômico. Estas últimas são dirigidas a um setor, a uma in-
dústria, a um produto ou ainda a várias áreas da atividade econômica e criam a base legal em 
que devem operar os diferentes mercados, evitando que a competição gere injustiças sociais.
Para ler o artigo na íntegra, acesse: https://goo.gl/XQuB2v
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Dados de Crescimento 
e de Desenvolvimento
O mundo é formado por diversas Economias; existem as Economias dos países 
muito ricos, que crescem lentamente, mas crescem; e temos a Economia dos países 
muito pobres, que mesmo crescendo mais do que a dos países ricos, ainda assim 
continuam pobres.
Sempre que pensamos em desenvolvimento econômico, é importante levarmos 
em conta os ricos, os pobres e aqueles que se movimentam rapidamente entre eles, 
seja para cima ou para baixo.
No quadro que veremos na sequência, há algumas verdade e fatos, que não 
podem ser negados, nem questionados.
• Fato 1: Há uma grande variação na renda per capita das Economias. Os pa-
íses mais pobres tem rendas per capita que são inferiores a 5% da renda per 
capita dos países mais ricos” (JONES, 2000, p. 3).
O quadro demonstra os seguintes itens, em 1990:
• PIB per capita;
• PIB por trabalhador;
• Taxa de Participação da mão de obra;
• Taxa média anual de crescimento;
• Anos necessários para duplicar o PIB.
A seguir temos o quadro que demonstra como os países estavam, de 1960 
até 1990:
Tabela 3
PIB per capita, 
1990 (em US$)
PIB por 
trabalhador, 
1990 (em US$)
Taxa de 
participação da 
mão-se-obra, 
1990 (%)
Taxa média 
anual de 
crescimento, 
1960-90 (%)
Anos 
necessários para 
duplicar o PIB 
(%)
Países “riscos”
EUA 18.073 36.810 0,49 1,4 51
Alemanha 
Ocidental 14.331 29.488 0,49 2,5 28
Japão 14.317 22.602 0,63 5,0 14
França 13.896 30.340 0,46 2,7 26
Reino Unido 13.223 26.767 0,49 2,0 35
Países “pobres”
China 1.324 2.189 0,60 2,4 29
Índia 1.262 3.230 0,39 2,0 35
Zimbabwe 1.181 2.435 0,49 0,2 281
Uganda 554 1.142 0,49 -0,2 -281
15
UNIDADE Introdução ao Desenvolvimento Econômico
PIB per capita, 
1990 (em US$)
PIB por 
trabalhador, 
1990 (em US$)
Taxa de 
participação da 
mão-se-obra, 
1990 (%)
Taxa média 
anual de 
crescimento, 
1960-90 (%)
Anos 
necessários para 
duplicar o PIB 
(%)
“Milagres de crescimento”
Hong Kong 14.854 22.835 0,65 5,7 12
Cingapura 11.698 24.344 0,48 5,3 13
Taiwan 8.067 18.418 0,44 5,7 12
Coréia do Sul 6.665 16.003 0,42 6,0 12
“Desastres de crescimento”
Venezuela 6.070 17.469 0,35 -0,5 -136
Madagascar 675 1.561 0,43 -1,3 -52
Mali 530 1.105 0,48 -1,0 -70
Chade 400 1.151 0,35 -1,7 -42
Fonte – Jones, 2000, p. 4
Interessante analisar os dados. Os EUA eram o país mais rico, sem novidades, 
mas tínhamos algumas “estrelas”, como Hong Kong, Cingapura, Taiwan e Coreia 
do Sul e, o mais interessante, tínhamos os países ditos pobres, China, Índia, Zim-
bábue e Uganda.
Como as coisas mudam, dependendo da Política Econômica e do país, a China 
hoje é um dos países ricos.
A principal coluna que devemos utilizar é a coluna de renda per capita, em 
conjunto com a renda per capita por trabalhador.
Isso posto, temos o segundo fato;
• Fato 2: As taxas de crescimento econômico variam substancialmente entre 
um país e outro” (JONES, 2000, p. 8).
Isso é vistoanalisando os casos de países emergentes naquela época, e agora 
também. E com isso temos os fatos 3 e 4;
• Fato 3: As taxas de crescimento não são necessariamente constantes ao lon- 
go do tempo” (JONES, 2000, p. 9);
• Fato 4: A posição relativa de um país na distribuição mundial de renda per 
capita não é imutável. Os países podem passar de “pobres” a “ricos” e vice-
versa. (JONES, 2000, p. 10).
Isso é muito comum, e estamos vendo essa realidade com a China, que até a 
década de 1990 era considerado um país pobre, entrou para o grupo dos BRICS 
e hoje é considerada uma potência.
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Nesta Unidade, vimos a definição de crescimento e de desenvolvimento eco-
nômico, pudemos entender um pouco mais sobre as Políticas Econômicas, tam-
bém sobre Teorias e Modelos de grandes estudiosos e, por fim, verificar alguns 
índices e estatísticas de crescimento.
Para ver uma breve explicação sobre o que é o BRICs e como se deu sua formação:
https://goo.gl/pouDG4Ex
pl
or
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UNIDADE Introdução ao Desenvolvimento Econômico
Material Complementar
Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade:
 Livros
Introdução A Teoria do Crescimento Econômico
JONES, Charles I.; Vollrath, Dietrich. Introdução A Teoria do Crescimento Econô-
mico. 3.ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2015.
 Vídeos
Crescimento Econômico – Uma curta história
https://youtu.be/z3mXQz-xkoY
 Leitura
Teorias de Desenvolvimento Econômico: Problemas Metodologicos
https://goo.gl/QFaWxR
Do Crescimento Econômico ao Desenvolvimento Sustentável: Conceitos em Evolução
https://goo.gl/8tEwWn
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Referências
FERREIRA, P. et al. Desenvolvimento Econômico: Uma Perspectiva Brasileira. 
Rio de Janeiro: Elsevier, 2013.
JONES, I, C. Introdução à teoria do crescimento econômico. Rio de Janeiro: 
Campus, 2000.
Sites consultados
<https://oglobo.globo.com/economia/desigualdade-renda-per-capita-varia-ate-
342-entre-os-estados-brasileiros-18754237>. Acesso em: 5 dez. 2017.
<http://www.economiabr.net/teoria_escolas/politica_economica.html>. Acesso em: 
5 dez. 2017.
<https://pt.wikipedia.org/wiki/Robert_Solow>. Acesso em: 5 dez. 2017.
<https://www.suapesquisa.com/pesquisa/bric.htm>. Acesso em: 5 dez. 2017.
<https://en.wikipedia.org/wiki/Paul_Romer>. Acesso em: 12 jun. 2017.
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