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ANALISE DO ARTIGO REGULAÇÃO E ARBITRAGEM NOS SETORES DE SERVIÇOS PÚBLICOS NO BRASIL

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Disciplina: Negociação e Arbitragem 
Professor: Simão Pereira da Silva 
Acadêmica: Fernanda Gonçalves de Oliveira da Cruz 
Polo: Januária 
ANALISE DO ARTIGO 
REGULAÇÃO E ARBITRAGEM NOS SETORES DE SERVIÇOS 
PÚBLICOS NO BRASIL: PROBLEMAS E POSSIBILIDADES 
 
1. INTRODUÇÃO 
 
O presente artigo discorre da discussão, que no Brasil quando o papel 
do estado é transferido para o setor privado na prestação de serviços, 
necessita de se estabelecer um marco regulatório estável e bem definido em 
que soluções ágeis sejam fornecidas para atender aos interesses dos agentes. 
E o mesmo tem como objetivo apresentar um panorama dessa nova situação, 
a fim de esclarecer se atual regime de arbitragem é aplicável aos contratos de 
serviço público com base na particularidade do direito brasileiro e assim 
enfatizar se a Lei de Arbitragem (Lei nº 9.307/96) que transcorre na resolução 
rápida de disputas entre os diversos agentes que atuam na economia brasileira 
é suficiente e competente no setor de serviços públicos. Essa especificidade 
desses serviços justifica esta questão, compreendendo que envolvem bens 
públicos, portanto, não estão disponíveis. 
 
2. AUTORES 
 Quem nos traz toda essa discussão são os autores, Helena Caetano de 
Araújo, advogada e José Cláudio Linhares Pires, economista, ambos do 
convênio - Banco Nacional de Desenvolvimento – BNDS e o Programa das 
Nações Unidas para o Desenvolvimento – Pnud. 
 
3. ESTRUTURA DO ARTIGO 
Para tanto, este artigo está dividido em quatro partes. A primeira traz a 
introdução do assunto bem como seus objetivos e sua organização. A seguinte 
 
 
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO 
UNIVERSIDADE FEDERAL DOS VALES DO JEQUITINHONHA E MUCURI 
 
DIRETORIA DE EDUCAÇÃO ABERTA E A DISTÂNCIA 
http://www.ead.ufvjm.edu.br/ 
 
http://www.ead.ufvjm.edu.br/
parte compreende em descrever o novo ambiente regulatório do setor de 
serviços públicos do Brasil, utiliza também o quadro 1 com as principais 
características das agencias reguladora: Anatel, Aneel e ANP. A terceira a 
tentativa de aprender com a experiência da America Latina, sendo que foram 
feitas antes do Brasil e se assemelham ao ordenamento jurídico, sendo 
diferentes dos países anglo-saxões, buscando analisar por meio do quadro 2 o 
panorama geral da arbitragem na América Latina e no Caribe. A próxima 
sessão discutirá as principais características da Lei de Arbitragem e sua 
aplicabilidade para resolver conflitos no setor de serviços, públicos com 
flexibilidade, mostrando ainda mediante o quadro 3 as principais mudanças 
introduzidas no instituto da arbitragem. E por fim a ultima parte apresenta as 
considerações finais. 
 
4. ATUALIDADE DO TEMA E IMPORTÂNCIA 
Diante do estudo vemos que a importância e a atualidade do tema é 
cada vez mais presente e necessárias para discussão, pois ao longo do tempo 
vemos que coordenar os serviços públicos não é fácil, principalmente por que o 
Brasil carece de uma cultura regulatória e, ao mesmo tempo, precisa expandir 
rapidamente a oferta de serviços públicos, por que conforme o numero de 
agentes aumenta, a complexidade do departamento aumenta, há crescente 
demanda de arbitragem de conflitos, exigir a adoção de regulamentos 
resoluções e regulamento com grande flexibilidade e agilidade na 
implementação de políticas temporárias, e assim reduzindo a importância de 
captar o risco do regulador frente a determinados agentes ou mesmo conflitos 
de interesses com outros governos e assim evitando perdas de eficiência. 
 
5. REFERÊNCIAS UTILIZADAS PELOS AUTORES DO ARTIGO 
As principais referências bibliográficas que foram utilizadas foram as 
seguintes: Barbi Filho C. com o titulo, C. Cumprimento judicial de cláusula 
compromissória na Lei nº 9.307 /96 e outras intervenções do Judiciário 
na arbitragem privada da Revista Forense, 343, 1998. Carneiro, F. & 
Rocha, C. Reforma do setor público na América Latina: uma perspectiva 
comparada. In: Pinheiro, A. C. & Fukasaku, K. (orgs.). A privatização no 
Brasil. OCDE/ BNDES, 2000. Di Pietro, M. S. Parcerias na administração 
pública. Concessão, permissão, franquia, terceirização e outras formas. 3 
ed. Atlas, 1999. Malheiros, 1994. Pinheiro, A C. Privatização no Brasil: Por 
quê? Até onde? Até quando? In: Giambiagi, F. Pires, J. C. L. 
Reestruturação competitiva e regulação nos setores de energia elétrica e 
de telecomunicações. Rio de Janeiro, IE/UFRJ, 2000. mimeog. (Tese de 
Doutorado.). Piccinini, M. Mecanismos de regulação tarifária no setor 
elétrico. Revista do BNDES. Rio de Janeiro, jun. 1998 e A regulação dos 
setores de infraestrutura no Brasil. In: Giambiagi, F. & Moreira, M. (orgs.) A 
economia brasileira nos anos 90. Rio de Janeiro, BNDES, 1999. Reale, M. 
Privatização da justiça. O Estado de S. Paulo, 5-10-1999. 
 
6. RESUMO DO ARTIGO 
 
6.1. Introdução 
O Brasil vive um histórico de transformações institucionais no setor de 
serviços públicos, e sua característica histórica é que o Estado atua de forma 
monopolística. Os recursos financeiros necessários para a expansão dos 
serviços são escassos, ao mesmo tempo em que surgiu uma série de 
inovações tecnológicas que possibilitam a adoção de práticas mais eficazes e a 
criação de um ambiente competitivo, o que tem estimulado amplas 
privatizações e reformas regulatórias voltadas para a adaptação desses 
setores à iniciativa privada. gestão. W assume a forma de ação nacional no 
exercício de suas funções de supervisão; o objetivo deste artigo é delinear 
esse novo ambiente de supervisão e focar em discutir se a Lei de Arbitragem 
(Lei nº 9.307 / 96) foi promulgada para atender de forma flexível os diferentes 
atores da economia brasileira. A disputa entre o setor de serviço público tem 
capacidade suficiente para fazer isso. 
A especificidade destes serviços justifica a questão, pois envolvem bens 
públicos e, portanto, não estão disponíveis. A segunda parte descreve o novo 
ambiente regulatório no setor de serviços públicos do Brasil. A próxima seção 
discutirá as principais características da Lei de Arbitragem e sua aplicabilidade 
para resolver conflitos no setor de serviços públicos com flexibilidade. 
 
6.2. O novo contexto regulatório dos setores de serviços públicos no 
Brasil 
As características da transição do Brasil de um papel nacional para o 
setor privado na prestação de serviços públicos fazem com que o Legislativo e 
o Executivo enfrentem tarefas simultâneas. Um aspecto geral explicará as 
muitas dificuldades em identificar novas formas de intervenção estatal. O fato é 
que na grande maioria dos setores de serviços públicos privatizados a 
sequencia ideal é “reforma regulatória  fortalecimento de novas 
intervenções”. Agência reguladora  privatização. Desta forma, foi promulgada 
a "Lei das Concessões", formulados regulamentos para as circunstâncias 
especiais do setor elétrico (Lei nº 9.074 / 95) e aprovadas emendas 
constitucionais para acabar com a distribuição de telecomunicações, gás 
natural e gás natural O monopólio público O petróleo é um marco no 
lançamento de um amplo plano de privatizações de empresas de serviços 
públicos federais e estaduais brasileiros. 
Outro aspecto a ser destacado é que o estado naturalmente não tem 
interesse na fiscalização em si, pois essas empresas estão sob seu controle e 
não existe um órgão independente para fiscalizar a qualidade dos serviços 
públicos prestados. O fato é que o setor de serviços públicos do Brasil tem 
motivações muito diferentes para implementar reformas. 
 
6.2.1. Constituição de agências reguladoras 
Pelas seguintes razões, é necessário estabelecer uma agência 
reguladora independente para cumprir a missão atribuída pelo novo 
departamento de serviço público (Pires & Piccinini, 1999): Com o aumento do 
número de agentes, a complexidade do departamento aumenta; a demanda 
por arbitragem de conflitos está aumentando. Crescimento; requer a adoção de 
regulamentos, resoluçõese decretos com grande flexibilidade e agilidade na 
implementação de políticas provisórias; reduz a importância de aproveitar o 
risco de reguladores diante de determinados agentes ou mesmo conflitos de 
interesse com outros órgãos do governo, evitando assim Perda de eficiência. 
A legislação que criou a agência reguladora brasileira prevê a outorga de 
autoridade regulatória a seus administradores para a efetiva implementação 
das diretrizes técnicas aprovadas em seu mandato. São adotados os seguintes 
pressupostos de autonomia decisória para que as instituições instituídas e 
operadas - Administração Estatal de Energia (Aneel), Administração Nacional 
do Petróleo (ANP) e Administração Nacional de Telecomunicações (Anatel) - 
possam enfrentar os novos desafios impostos pela formação departamental. 
A estabilidade de seus gerentes; independência financeira e de gestão, 
incluindo a estrutura de pessoal contratado; normas técnicas para a seleção de 
diretores pelo departamento administrativo; transparência na tomada de 
decisões; poder para mediar e arbitrar o conflito departamental final. 
Portanto, esses órgãos devem garantir o maior número possível de 
canais de comunicação com os consumidores e seus representantes por meio 
de estruturas jurídicas e mecanismos práticos, de forma a obter uma visão 
diversificada e equilibrada das visões específicas dos grupos de consumidores. 
interesse. Portanto, não é de se estranhar que as dificuldades enfrentadas pelo 
desenvolvimento das reformas e pela ampliação dos investimentos nas áreas 
de transporte e saneamento básico, aliadas à indefinição da fiscalização, 
estejam diretamente relacionadas à inexistência de órgãos reguladores até o 
momento. 
 
6.2.2. Os principais aspectos da missão regulatória 
De um modo geral, as agências reguladoras dos diferentes setores do 
serviço público têm quatro atividades principais: acompanhar o cumprimento 
das obrigações estipuladas no contrato de concessão; definir e aplicar os 
sistemas tarifários; regular o comportamento da empresa para que possa ser 
promovido nos órgãos competentes Compatível com o ambiente competitivo; 
conflitos entre os diversos órgãos envolvidos na arbitragem. Pode-se dizer que 
o arcabouço regulatório brasileiro adotou os mecanismos previstos no contrato 
de concessão e na defesa da legislação concorrencial, especialmente nos 
setores que já possuem atividade empresarial, para estabelecer os meios 
adequados para a efetiva implementação. 
Uma das principais dificuldades do Brasil é a falta de um mecanismo 
independente para as instituições avaliarem a qualidade do serviço. Para as 
secretarias que ainda não tenham constituído órgão independente durante a 
fase de reforma, o contrato deverá ser verificado pelas secretarias federal, 
estadual ou municipal (condições de saúde). Com relação ao sistema tarifário 
adotado pelo setor de serviços públicos no Brasil, a situação é muito variável. 
Em geral, embora o mecanismo de incentivo tarifário já exista, a norma leva em 
consideração o custo dos serviços ou a taxa interna de retorno. Portanto, ao 
determinar o limite superior do preço que a concessionária deve utilizar, o 
regulador tenta estimular a eficiência produtiva do empreendimento, e então 
reduzindo a tarifa Parte desses ganhos de produtividade são repassados aos 
consumidores. Porém, em um contexto de incertezas macro e 
microeconômicas, há necessidade de reduzir os riscos regulatórios e atrair a 
entrada ativa de particulares nesses setores, o que significa que, normalmente, 
o fator de redução da produtividade inicialmente aplicado às tarifas é zero. 
Exceto para o setor de telecomunicações. Um dos principais desafios 
regulatórios do Brasil é melhorar o regime tarifário, especialmente em futuras 
revisões tarifárias, de modo que os consumidores possam se beneficiar de 
alguns dos ganhos de produtividade que a maioria das concessionárias do 
sistema privado tem visto. Nesse sentido, a definição do papel da arbitragem é 
particularmente importante para agilizar as decisões sobre questões tarifárias. 
Principalmente nas áreas de energia e telecomunicações, sua 
reorganização está mais avançada. As ferramentas utilizadas em cooperação 
com o Cade seguem aquelas já aplicadas internacionalmente: define limites 
aceitáveis de concentração de mercado e a possibilidade de abuso de poder e 
poder de mercado. O comportamento discriminatório dos concorrentes deve 
ser supervisionado e monitorado. O problema não resolvido do serviço público 
brasileiro é a falta de coordenação entre os diversos órgãos reguladores, o que 
afeta diretamente a arbitragem do direito de uso da rede para transmissão de 
sinais de telecomunicações, conforme demonstrado a seguir. 
 
6.3. A arbitragem dos serviços públicos na América Latina 
Em toda a América Latina, a privatização está relacionada com a 
redução da dívida pública, atraindo o investimento estrangeiro direto e 
restaurando a credibilidade do continente africano na conjuntura econômica 
internacional, buscando iniciar um novo ciclo de crescimento. De fato, nos 
últimos anos da década de 1990, a América Latina atraiu cerca de US $ 50 
bilhões em investimentos estrangeiros por ano, oito vezes o valor verificado 
antes da crise de 1982, quando a região começou a ser severamente 
restringida. Por exemplo, na Argentina e no Peru, quase todos os setores foram 
privatizados, enquanto no Uruguai e no Paraguai o setor estatal ainda é o 
provedor monopolista desses serviços. Nesse sentido, pode-se dizer que o 
Brasil é o país que mais avançou nessas questões, conforme mencionado 
acima, buscando alinhar a agenda de privatizações com a capacidade do país 
de posteriormente regular esses serviços. 
No entanto, em relação ao uso da arbitragem como meio mais rápido e 
eficaz de resolver os conflitos entre os diversos assuntos no novo ambiente 
econômico, é paradoxal que o Brasil seja um país atrasado. Por meio da 
análise das legislações de alguns países da América Latina e do Caribe, pode-
se perceber que os países e suas entidades descentralizadas utilizam mais ou 
menos a arbitragem como forma de solucionar conflitos decorrentes de 
transações. Composto por essas entidades públicas e particulares. Na maioria 
das legislações analisadas, existe tal expressão. Como exceção, podemos citar 
a “Lei de Arbitragem de Veneza”, artigo 11, que estende o efeito da lei para a 
resolução de conflitos comerciais, comerciais e industriais e proíbe 
explicitamente a participação de qualquer pessoa. Mas em sua arte. 4. A lei é 
mais flexível, permitindo às sociedades de economia mista recorrer à 
arbitragem; 
 
6.4. Considerações acerca da arbitragem no Brasil 
 
6.4.1. Histórico da arbitragem no Brasil 
Apesar da importância da arbitragem para a resolução de conflitos de 
tempo e método condizentes com a vitalidade das realidades sociais e 
econômicas contemporâneas, do ponto de vista histórico, sua prática no Brasil 
não existe. De fato, devido à redação mais antiga da Lei de Processo Civil de 
1973, além de exigir a celebração de compromisso arbitral posterior, uma vez 
que a própria cláusula compromissória não constitui obrigação das partes, ela é 
necessária como condição de validade do contrato do. 
Após a arbitragem, o laudo de resultado deverá ser homologado 
judicialmente. Principalmente no caso de decisão arbitral estrangeira, além da 
homologação do Supremo Tribunal Federal (STF), a decisão também deve ser 
homologada pelo tribunal competente do país de origem. Percebe-se que o 
método de viabilização da arbitragem não difere daquele do acesso direto à 
justiça, portanto não há incentivo ao incentivo ao uso desse método, pois não 
será flexível, informal, profissional, respeitando a autonomia das partes, e 
Mantenha a confidencialidade durante os procedimentos de resolução de 
conflitos. O fato é que compromissos arbitrais só podem ser firmados quandoocorre determinado litígio entre as partes. Além disso, a sentença do tribunal 
arbitral não inclui homologação judicial, devendo ser executada separadamente 
quando for condenada, pois passou a ter a condição de ordem de execução 
judicial. Por sua vez, com a homologação do STF, a sentença arbitral 
estrangeira será executada no país - não mais exigindo dupla homologação (e 
homologação do país de origem). Os novos regulamentos que regem a 
arbitragem brasileira reúnem todas as condições e podem ser um instrumento 
jurídico eficaz para a resolução de conflitos. 
. Outras distinções importantes envolvem conceder às partes a liberdade 
de determinar os critérios de formação do conflito: se for com base na lei, 
quando podem escolher livremente as normas jurídicas aplicáveis à espécie; 
ou com base nos direitos, poderão usar as leis, costumes e práticas Ou 
princípios gerais de regras de comércio internacional. Logo após a 
promulgação da “Lei de Arbitragem”, as pessoas levantaram diversos 
questionamentos sobre sua constitucionalidade, principalmente sobre sua 
compatibilidade com os princípios constitucionais da inevitabilidade do artigo 
6º, artigo 1º e artigo 7º da lei. 
 
 
6.4.2. A incidência da Lei de Arbitragem e os contratos administrativos 
De acordo com a lei, desde que as partes competentes concordem com 
isso, quaisquer disputas relacionadas aos direitos de herança disponíveis 
podem ser resolvidas por meio de uma instituição de arbitragem. Cabe 
acrescentar que esta cláusula de compliance não se aplica aos contratos 
oriundos das relações de consumo, pois a Codecon considera vazia a cláusula 
que determina a obrigatoriedade da arbitragem (art. 51, art. 7º). 
A não aplicabilidade da lei nesses contratos é causada por um problema 
tão óbvio: as pessoas só podem dispor do que possuem, e isso não acontece 
com o patrimônio público. 18 Esta categoria inclui a maioria dos contratos entre 
administrações públicas e empreiteiros privados, incluindo contratos de 
concessão de serviço público. 
No entanto, tendo em vista as mudanças estruturais propostas na 
primeira parte deste artigo, as discussões sobre a aplicabilidade da lei de 
arbitragem a essas espécies de contratos estão tomando forma. Essas 
mudanças mudaram muito o papel do Estado, e o significado dessa discussão 
tornou-se mais proeminente. Conforme mencionado nas seções anteriores, o 
papel do Estado deixou de intervir diretamente nas atividades econômicas e 
assumiu o controle. Com maior destaque, o papel dos fiscais e gestores dessas 
atividades econômicas passou a ser desempenhado pela iniciativa privada por 
meio de contratos de concessão. Mesmo que os juízes que desempenham a 
maior responsabilidade moral e cultural tentem aprender o valor da tecnologia 
em crise, seus julgamentos estão se tornando cada vez mais inseguros. 
A prestação desses serviços ao setor privado pertence a uma agência 
reguladora criada para esse fim. As questões relacionadas com a aplicação da 
“Lei de Arbitragem” nos contratos administrativos (entre os quais os contratos 
de concessão são uma espécie) envolvem o fato de os bens públicos não 
estarem disponíveis. 
Como todos sabemos, na arbitragem existem fases de mediação e de 
mediação e, mesmo no processo de arbitragem, a decisão do árbitro pode 
acarretar na restrição ou supressão dos direitos de uma ou de ambas as 
partes. O entendimento atual é que, neste caso, conforme estipulado em 
campo, a atuação da administração pública deve ser previamente autorizada 
por lei de compromisso. Inciso 2 do Decreto nº 2.784 / 99, que regulamenta os 
procedimentos administrativos no âmbito da administração pública federal. 
Tanto a “Lei de Concessões” quanto à lei específica que institui a agência 
incluem essa autorização explícita, embora a administração pública possa 
invocar a autorização para uso da instituição arbitral, apesar de sua 
generalidade. 
Originada da prática internacional, nesta prática, a arbitragem é uma 
prática internacional para a resolução de disputas entre as partes contratantes 
durante a execução do contrato - o contrato firmado pela ANP possui uma 
cláusula compromissória, que determina as regras a serem utilizadas, local, 
tipo de arbitragem, etc.. Assim como o princípio da jurisdição única no Brasil, a 
questão é se essas decisões são vinculantes para as partes, ou seja, se as 
decisões do órgão de fiscalização em relação aos conflitos entre as partes não 
atrai nem mesmo o judiciário força. A modalidade de decisão arbitral estipulada 
na Lei de Arbitragem. Quando uma agência reguladora atua como mediador, 
árbitro ou mediador entre os agentes da agência, ela o fará de acordo com os 
privilégios previstos nas leis e regulamentos. É o caso da Anatel, por exemplo, 
ao estabelecer um comitê de arbitragem para atuar como árbitro nos acordos 
de interconexão entre as redes das operadoras de serviços de 
telecomunicações. No mesmo sentido, as regras arbitrais que determinam os 
procedimentos e diretrizes arbitrais em conflitos causados pelo uso conjunto da 
infraestrutura do setor elétrico estão em fase final. 
Da mesma forma, os regulamentos de arbitragem para procedimentos e 
diretrizes de arbitragem que determinam conflitos decorrem do uso 
compartilhado de eletricidade, hidrocarbonetos e infraestrutura do setor de 
telecomunicações. 
De qualquer forma, os diversos órgãos reguladores das repartições 
competentes - Aneel, ANP e Anatel - vêm instituindo uma comissão de 
arbitragem composta por membros da repartição controvertida. Porém, nessa 
forma de atuação, o órgão exerce as mesmas funções de administração 
pública que juiz em processos administrativos, o que geralmente não exclui o 
recurso ao Judiciário por parte de partes que se sintam enviesadas contra a 
decisão. Ressalta-se que esse tipo de avaliação só pode ser realizado no 
âmbito do controle do Judiciário sobre as ações da administração pública, e 
não inclui questões relacionadas aos padrões de conveniência e oportunidade, 
por se tratarem dos chamados “méritos administrativos”. 
Para que sua decisão seja efetiva, é importante que, ao ser solicitada a 
mediação, a agência promova um compromisso arbitrário com o cumprimento 
das disposições e princípios da Lei de Arbitragem. Para que o instituto funcione 
normalmente, é necessário definir os seguintes pontos: a possibilidade de 
comprometimento do órgão regulador no contrato de concessão e uma 
importante responsabilidade arbitral, quais direitos precisam ser negociados. 
Como a maioria dos países latino-americanos analisados, a melhor solução é 
se a própria lei de arbitragem tem um mandato claro para que as entidades de 
direito público possam ser partes legais no ou no processo de arbitragem. Se 
tal participação for proibida, a limitação da barreira deve ser indicada. 
Com relação a tais cláusulas contratuais, em princípio, isso não impedirá 
o uso de sentenças arbitrais como meio de constituir eventuais litígios durante 
a execução, é claro, desde que as partes interessadas expressem essa 
intenção. E cumprir todas as premissas contidas na Lei de Arbitragem. Além 
disso, a arbitragem deve ser estipulada no edital de licitação como parte do 
conflito. 
 
6.5. Considerações finais 
A economia do Brasil está passando por uma série de mudanças 
estruturais e, em particular, tem testemunhado grandes mudanças nas regras 
de funcionamento do setor de serviço público para adaptá-lo à gestão privada 
sob a supervisão do setor público. Status regulatório. O maior desafio no 
desempenho dessas funções é a falta de cultura regulatória no Brasil, o que 
obriga as pessoas a aprender por muito tempo. 
Além disso, disposições legais adequadas são necessárias para aplicar 
a Lei de Arbitragem aos órgãos de serviço público. Embora o Brasil se encontre 
em um estágio privilegiado no que se refere à composição dos pilares 
regulatórios básicos que exercem o novopapel do Estado nesses setores 
(autarquias, legislação antitruste e de defesa do consumidor), ainda permanece 
defasado no exercício da arbitragem como forma de pacificação Mecanismos 
de execução de conflitos causados por serviços públicos. 
 
7. POSSIBILIDADE DE APROVEITAMENTO DOS RESULTADOS 
OBJETIVOS 
Pode se utilizar deste trabalho é uma analise de como está a regulação 
e arbitrariedade neste atual conjuntura politica após este estudo pois tivemos 
muitas mudanças no que diz respeito a estruguração e a forma de lidar com 
serivços publicos neste governo atual, pode-se utilizar um diagnostico diante 
das premissas e reflexões não só desse trabalho mas de outros. 
 
 
 
8. CONCLUSÃO 
 
Diante do que foi estudado na disciplina e a analise do artigo 
compreende-se que o processo de regulação dos serviços públicos por meio 
de agências reguladoras parece ser crucial para o desenvolvimento do país no 
atual ambiente econômico e social do Brasil, mas o processo pode não se 
integrar em um modelo tecnicamente satisfatório, e pode até mesmo entrar em 
colapso. 
Durante a criação da agência reguladora brasileira, preocupações 
generalizadas pareciam ter dado total atenção às falhas de mercado 
envolvidas, mas a questão da criação de um ambiente regulatório favorável no 
país não foi totalmente resolvida Os outros aspectos fundamentais aos qual o 
governo estadual parece não estar prestando atenção suficiente na 
estruturação da implementação institucional dizem respeito à transparência 
dessas entidades e à participação da sociedade no processo de fiscalização 
estadual. 
Pode-se dizer também que a autonomia financeira também é a base da 
independência da agência, e ela enfrenta dificuldades no ambiente estadual 
porque está sujeita às regras burocráticas atuais do governo, incluindo 
procedimentos de licitação e liberação de orçamento. 
Por tanto é importante reiterar que a administração e o pessoal técnico 
do agente devem possuir qualificação suficiente, para que não haja risco de a 
tecnologia ser capturada pela empresa regulada, e que o agente tenha 
reputação suficiente na sociedade. 
 
 
 
 
 
REFERÊNCIAS: 
 
 ARAÚJO. H. C. e PIRES, J. C. L., Regulação e arbitragem nos setores de 
serviços públicos no Brasil: problemas e possibilidades. Revista de 
Administração Pública. Rio de Janeiro, v. 34 (5), p. 9-28, set./out. 2000.

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