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Sumário da apresentação:
1) MEDIAÇÃO E ARBITRAGEM: definição
1.1) Aspectos históricos
1.2) Características
1.3) Institucionalização
2) DIFERENÇAS ENTRE A NEGOCIAÇÃO, A ARBITRAGEM, A CONCILIAÇÃO E A
MEDIAÇÃO
3) VANTAGENS E DESVANTAGENS DAS VIAS EXTRAJUDICIAL E JUDICIAL DE SOLUÇÃO 
DE CONFLITOS
* Este esquema de aula é baseado nas páginas 59 a 80 da apostila e nos textos indicados ao final da apresentação
1) MEDIAÇÃO E ARBITRAGEM: definição
 A Mediação e a Arbitragem consistem em formas consensuadas de resolução
dos conflitos que se caracterizam pela interposição de uma ou mais pessoas no
conflito, que têm conhecimentos e habilidades específicas para atuar
respectivamente na condição de mediadores e árbitros.
1.1) Aspectos históricos 
 Assim como a negociação, a Mediação e a Arbitragem existem desde de tempos
imemoriais. A humanidade sempre fez uso destes mecanismos como forma de
resolução dos conflitos;
 As referências demonstram que essas práticas eram utilizadas na Grécia e na
Roma antigas.
 No Brasil Colônia as Ordenações (Afonsinas, Manuelinas e Filipinas)
regulavam a prática da Mediação e previam o recurso à Coroa em Portugal
como mediadora dos conflitos.
 No Brasil Império, a primeira Constituição do país em 1824 e o Código
Comercial em 1850 estabeleceram o juízo arbitral como forma de resolução de
conflitos de natureza civil, comercial e trabalhista.
 No Brasil República, a Arbitragem passou a ser utilizada também nos conflitos
internacionais sobre questões fronteiriças.
1.2) Características
 Estas modalidades se caracterizam como formas alternativas à Justiça para a solução
de litígios, ou ainda, como formas extrajudiciais de resolução dos conflitos. Elas
visam dar celeridade e rapidez às decisões, opondo-se assim à busca de solução
judicial, considerada morosa e burocrática, em função, entre outras coisas, da
quantidade de recursos possíveis;
 Caracterizam-se também por serem mecanismos de solução de conflitos
facultativos. O recurso a estes mecanismos é livremente estipulado pelas partes em
geral por contrato, mesmo antes da existência de conflitos;
 A primeira lei regulamentado o instituto da Arbitragem no Brasil foi a Lei nº
9.307/96;
 O compromisso arbitral caracteriza-se, segundo Pinheiro (2012, p. 67), pela opção
pela convenção arbitral e pela “renúncia (facultativa e de livre e espontânea vontade)
ao Judiciário como esfera da solução de conflitos”. Ao laudo ou sentença arbitral não
cabe recurso, no entanto, este tipo de decisão pode ser questionada quando estiver
em desacordo com os princípios constitucionais. De acordo com Pinheiro, e em
concordância com a Constituição Federal, na redação do artigo 5º, inciso XXXV, “a
lei não pode excluir da apreciação do Poder Judiciário a lesão ou ameaça de direito”.
(Pinheiro, 2012, p. 67).
1.2) Características (continuação):
 A Arbitragem é uma forma de solução de conflitos utilizada tanto no contexto nacional,
quanto internacional;
 A Arbitragem permite obter sentenças em curto prazo, sobretudo se comparada à via
judicial, e possui caráter sigiloso, que permite manter ocultos elementos contratuais;
 A Arbitragem pode ser utilizada tanto por entes de direito público quanto de direito
privado. Neste quesito, Pinheiro (2012) destaca as controvérsias em relação a esta
possibilidade, uma vez que há divergências sobre o papel e os limites da ação do agente
ou ente público como uma das partes na resolução extrajudicial dos conflitos. A
sociedade e a lei não delegam ao agente público poderes para a negociação
independentemente dos termos, o que abre precedente para que acordos e termos
firmados sejam contestados na Justiça. No entanto, o autor salienta que os tribunais
cíveis e comerciais e, mais recentemente, os trabalhistas, vem considerando a validade e
constitucionalidade da decisão arbitral.
 A Arbitragem, de acordo com Pinheiro (2012, p. 70), é um procedimento que pode ser
utilizado somente na solução de conflitos que se referem aos Direitos Patrimoniais
Disponíveis, ou seja, “que podem ter seu valor definido em dinheiro e ser negociados,
transacionados, cedidos ou renunciados” excluindo-se desta forma, os direitos
indisponíveis, relativos às “questões criminais, de família, tributárias, falência, entre
outras”.
1.2) Características (continuação):
 Na Arbitragem o julgador/árbitro pode ser tanto um juiz togado quanto um indivíduo
que reúna conhecimentos e competências, e que tenha a confiança das partes;
 A Arbitragem como solução privada de conflitos gera um tipo de Justiça que, para alguns
autores, se aproxima do papel da Justiça Pública, e para outros não. À exemplo das
posições que destacam a diferença no papel do Estado e da Justiça Pública e do árbitro na
resolução dos conflitos, Pinheiro (2012) indica as situações em que há grande disparidade
e assimetria de poder entre as partes como um desafio para a Justiça Privada. Neste
sentido, a prerrogativa estatal de solução dos conflitos e os agentes públicos têm um
potencial maior de gerar uma justiça equitativa ou de assegurar o tratamento isonômico
das partes.
 Uma vez que parte dos acordos e sentenças arbitrais são sigilosos. Como muitas vezes
estes acordos levam em conta, além do direito legislado, o direito dos costumes, há
heterogeneidade nas decisões.
1.3) A institucionalização
 Tanto a Mediação quanto a Arbitragem já possuem marcos regulatórios no
Brasil. Os dispositivos regulatórios da Arbitragem no país são as leis 9307/96
(http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L9307.htm) e n° 13.129/15
(http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2015/lei/l13129.htm). A
Mediação foi regulamentada pela Lei n° 13140/15
(http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2015/Lei/L13140.htm );
 Há uma proliferação de instâncias especializadas em Mediação e Arbitragem
que desenvolvem expertise e se consolidam como um novo ramo de trabalho e
de negócios;
 Novas estruturas organizacionais emergem para conduzir a pacificação dos
conflitos no ramo comercial, financeiro entre outros, tais como Câmaras de
Mediação e Arbitragem, Tribunais Arbitrais, Associações e etc. Parte destas
entidades encontra-se listada nos sites dos tribunais de justiça de cada estado.
2) DIFERENÇAS ENTRE A NEGOCIAÇÃO, A ARBITRAGEM, 
A CONCILIAÇÃO E A MEDIAÇÃO:
Componentes Papel desempenhado pelo terceiro
Negociação Encontro direto entre as partes
em que cada qual apresenta
seus interesses e busca resolver
os conflitos
-
Mediação
Interposição de um terceiro
elemento neutro e imparcial
entre as partes, e por elas
escolhido
Atua na melhoria do diálogo, da comunicação e da relação entre
as partes. Não tem poder de julgamento do litígio. Em geral é
utilizada em casos em que as partes tinham um vínculo anterior.
Arbitragem Baixo controle sobre a condução e controle do processo. O
julgamento do árbitro sobre o litígio e a sentença arbitral têm
eficácia de sentença judicial. Tem o poder de colocar fim à lide.
Conciliação Busca melhorar a compreensão e a comunicação entre as partes,
estabelecendo um clima de confiança. Tem papel ativo na
proposição de soluções e alternativas para a solução da lide.
3) VANTAGENS E DESVANTAGENS DAS VIAS 
EXTRAJUDICIAL E JUDICIAL DE SOLUÇÃO DE CONFLITOS
 A via extrajudicial de solução de conflitos, através de mecanismos como a
Negociação, a Mediação e a Arbitragem, é mais célere do que a judicialização;
 O caráter sigiloso da Arbitragem e da Mediação, em contraposição ao caráter
quase sempre público do processo judicial, preserva os litigantes da exposição
de seus conflitos;
 A Arbitragem e a Mediação nem sempre são menos custosas do que a via
judicial, uma vez que há dispêndios em termos de taxas, perícias, honorários,
etc.
 A via judicial em contraposição à Arbitragem permite recurso a instâncias
superiores dos tribunais no intuito de buscar a revisão da decisão das instâncias
inferiores. Por um lado, a possibilidade de recursos pode ser considerada
positiva do ponto de vista da parte que se considerou lesada pela decisãodo
juiz. Porém, a possibilidade de recursos na via judicial pode estender a duração
do processo por anos. Na Arbitragem, caso sejam obedecidos os princípios
constitucionais, não há como recorrer da decisão, pois a sentença arbitral tem
força de sentença judicial.
3) VANTAGENS E DESVANTAGENS DAS VIAS 
EXTRAJUDICIAL E JUDICIAL DE SOLUÇÃO DE CONFLITOS 
(continuação):
 Embora a via judicial seja por vezes considerada um meio mais seguro, uma vez que pautada no
ordenamento jurídico, por outro lado, há a possibilidade de leituras e interpretações divergentes da
lei em diferentes instâncias. No entanto, no julgamento dos litígios pelos tribunais brasileiros, a
existência de jurisprudência* e de Súmulas Vinculantes** permite alcançar algum grau de
homogeneidade nas decisões (o que gera certa segurança jurídica). Na Arbitragem, segundo Pinheiro
(2012, p. 71 e 72) embora via de regra as sentenças arbitrais não tenham por objetivo homogeneizar as
decisões, é possível identificar casos e situações em que a prática tem gerado uma jurisprudência:
“Destarte, embora persistam a mediação e a arbitragem ad hoc, isto é, caso a caso (com equipe,
procedimentos, regras, etc.), pouco a pouco o setor ganha institucionalização. Embora se tenha dito
que é desprovido de sentido falar de jurisprudência na via extrajudicial, algumas Câmaras, a exemplo
da Associação Americana de Arbitragem (nos Estados Unidos), da Corte Internacional de Arbitragem
da Câmara de Comércio Internacional (na França) e, no Brasil, a Confederação das Associações
Comerciais e Empresariais do Brasil, ao instituir a Câmara Brasileira de Mediação e Arbitragem
Empresarial, disponibilizam bancos de jurisprudência. Todavia, não há, como na via judicial, força
vinculante.” (Pinheiro, 2012, p. 71 e 72)
* “Jurisprudência: fonte secundária do direito, consistente em aplicar, a casos semelhantes, orientação uniforme dos tribunais”
(Fonte: AGHER (coord). Dicionário Jurídico. São Paulo: Rideel, 2002)
**Súmula Vinculante: Trata-se de verbete editado pelo Supremo Tribunal Federal, apoiado em reiteradas decisões sobre matéria
constitucional, que tem efeito vinculante em relação aos demais órgãos do Poder Judiciário e à administração pública direta e
indireta, nas esferas federal, estadual e municipal. O enunciado tem por objetivo a validade, a interpretação e a eficácia de
normas determinadas, acerca das quais haja controvérsia atual entre órgãos judiciários ou entre esses e a administração pública,
que acarrete grave insegurança jurídica e relevante multiplicação de processos sobre questão idêntica. Para a edição de súmula
vinculante é necessário que pelo menos dois terços dos membros do Tribunal concordem com sua aprovação. Tal instituto foi
inserido no ordenamento jurídico brasileiro pela Emenda Constitucional 45/2004 (Reforma do Judiciário). (Fonte: Dicionário
Jurídico Online - https://dicionariojuridico.online/sumula-vinculante/ )
3) VANTAGENS E DESVANTAGENS DAS VIAS 
EXTRAJUDICIAL E JUDICIAL DE SOLUÇÃO DE CONFLITOS 
(continuação):
 A via extrajudicial é considerada mais flexível, pois leva em conta a possibilidade de
soluções diferentes para conflitos parecidos ou idênticos, desde que respeitados os
limites constitucionais que, caso desobedecidos, podem levar à judicialização do conflito.
 A justiça pública tem maior potencial de gerar uma justiça equitativa do que a justiça
privada em conflitos em que há grande disparidade de poder entre as partes.
Referências bibliográficas
EIDT, Elisa Berton. Os institutos da mediação e da conciliação e a possibilidade de sua
aplicação no âmbito da Administração Pública. Revista RPGE, Porto Alegre, v. 36 n.
75, p. 55 – 74, 2015.
GUILHERME, Luiz Fernando do Vale de Almeida. Manual de Arbitragem e Mediação,
Conciliação e Negociação. 4ª edição. São Paulo: Saraiva Educação, 2018.
MINELLI, Daiane Schwabe; GOMES, Sergio Alves. A desjudicialização e os meios
alternativos de resolução de conflitos sob a égide do pós-positivismo. Revista do
Direito Público, Londrina, v. 14, n. 2, p. 151-167, ago. 2019. DOI: 10.5433/24157-108104-
1.2019v14n2p. 151. ISSN: 1980-511X
PINHEIRO, Ivan A. Negociação e Arbitragem. Florianópolis: UFSC (Brasília): CAPES:
UAB, 2012.
SENHORAS, Eloi M. Controvérsias sobre as relações negociais com o setor público:
um estudo sobre a terceirização no Brasil. Scientia Iuris, Londrina, v. 17, n. 2, p. 149-
166, dez de 2013.

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