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CENTRO UNIVERSITÁRIO FAVENI KÁTIA LÚCIA BRAGA CASIMIRO RELATÓRIO DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO PROJETO PRÁTICO ACESSIBILIDADE DE CRIANÇAS COM TRANSTORNOS DO ESPECTRO AUTISTA, SÍNDROME DE ASPERGER E SÍNDROME DE DOWN NA EDUCAÇÃO INFANTIL. DOM SILVÉRIO 2022 https://ava.unifaveni.com.br/membros/06202269600/ CENTRO UNIVERSITÁRIO FAVENI KÁTIA LÚCIA BRAGA CASIMIRO PROJETO PRÁTICO DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO ACESSIBILIDADE DE CRIANÇAS COM TRANSTORNOS DO ESPECTRO AUTISTA, SÍNDROME DE ASPERGER E SÍNDROME DE DOWN NA EDUCAÇÃO INFANTIL. DOM SILVÉRIO 2022 PROJETO DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO Relatório de estágio apresentado à disciplina Estágio Supervisionado, do Centro Universitário FAVENI, no Curso de Educação Especial Segunda Licenciatura, como pré-requisito para aprovação. https://ava.unifaveni.com.br/membros/06202269600/ ACESSIBILIDADE DE CRIANÇAS COM TRANSTORNOS DO ESPECTROAUTISTA, SÍNDROME DE ASPERGER E SÍNDROME DE DOWN NA EDUCAÇÃO INFANTIL. RESUMO- A escola caracteriza-se como um importante espaço para o desenvolvimento de competências sociais e cognitivas de crianças, incluindo aquelas com Transtorno do Espectro Autista (TEA). Diante desse contexto, este estudo investigou a experiência de professores em relação à inclusão de alunos com TEA, contemplando sentimentos e práticas docentes. Evidenciou-se que os primeiros sentimentos que emergiram nos professores foram o medo e a insegurança. Após o período de adaptação, esses sentimentos modificaram-se, transformando-se em segurança no seu trabalho. Com relação à prática pedagógica, foi verificado que os docentes realizaram adequações pedagógicas de acordo com as características de cada aluno. A necessidade do trabalho individualizado com estratégias específicas aos alunos Público Alvo da Educação Especial (PAEE) nos processos de inclusão na rede comum de ensino para o desenvolvimento de suas aprendizagens. A educação inclusiva no Brasil é um direito da pessoa com deficiência e inclui o uso de recursos de Tecnologia Assistiva visando ampliar as habilidades funcionais dos estudantes, promover autonomia e participação. Dentre as áreas da Tecnologia Assistiva está o desenvolvimento de material escrito acessível, que tem papel fundamental na redução de barreiras à aprendizagem de pessoas com deficiência. Considerando a importância do tema, o objetivo deste estudo foi analisar a acessibilidade das atividades gráficas aplicadas às crianças com síndrome de Down Entretanto, ainda são poucos os estudos que apresentam estratégias eficazes para efetivação das aprendizagens desses alunos. Dessa forma, tem como intuito apresentar atividades propostas para um aluno com Transtornos do Espectro Autista (TEA), Síndrome de Asperger e Síndrome de Down. PALAVRAS-CHAVE: Acessibilidade. Crianças. Educação infantil. SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO..................................................................................................5 2. DESENVOLVIMENTO.......................................................................................7 3. CONCLUSÃO..................................................................................................11 REFERÊNCIA.................................................................................................13 1. INTRODUÇÃO A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (Lei n º 9.394/96 - Capítulo V) estabelece a oferta da Educação Especial preferencialmente nas classes da rede comum de ensino (BRASIL, 1996) e refere-se à questão do currículo para os alunos que são público alvo da Educação Especial (PAEE), anteriormente denominados como alunos com necessidades educacionais especiais. A educação é um tema repleto de desafios, desempenhar a função de professor com qualidade e competência requer competências técnicas (ex. formação especializada) e pessoais (ex. desejo, flexibilidade). Um dos aspectos que justifica esse fato refere-se à inclusão escolar, que impõe às escolas a necessidade de se adaptar diante da diversidade dos alunos. Desta forma, considera-se que a inclusão escolar esteja vinculada à atenção personalizada, bem como às características individuais de cada educando, buscando criar e oferecer oportunidades que favoreçam o desenvolvimento integral de todas as crianças (Lemos, Salomão, Aquino, & Agripino- Ramos, 2016). Após vigorar a lei de inclusão, verificou-se um crescimento nas taxas de alunos incluídos em escolas de ensino regular. Estudos realizados pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (2014) revelam um aumento considerável nas matrículas de crianças com deficiência no Brasil, sendo que este número cresceu de 23% no ano de 2003, para 81% no ano de 2015. Neste processo, crianças com Transtorno do Espectro Autista (TEA), matriculadas em escolas comuns, são cada vez mais frequentes, sendo que estudos vêm reconhecendo essa prática como sendo realizável e possível (Lemos et al., 2016; Sanini, Sifuentes, & Bosa, 2013). O TEA é um transtorno que tem como característica dificuldades nas habilidades sociocomunicativas (comunicação e na interação social), bem como no comportamento, considerando os padrões restritivos dos interesses ou atividades (APA, 2013). De acordo com o Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais, DSM-5 (APA, 2013) esses sintomas surgem no início da primeira infância e prejudicam ou limitam o funcionamento do indivíduo. No que se refere às pesquisas com relação a sua prevalência, Schmidt et al. (2016) revelam que há um crescimento nos casos diagnosticados de autismo. A Síndrome de Asperger está incluída no que é conhecido como Transtorno do Espectro Autista (TEA), juntamente ao autismo infantil, Transtorno Desintegrativo da Infância e Transtorno Global do Desenvolvimento Sem Outra Especificação (DSM- 5, American Psychiatric Association [APA], 2016). Foi descrita pela primeira vez por Hans Asperger, https://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-65382018000100045&lng=pt&tlng=pt#B1 https://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-85572020000100343&lng=pt&tlng=pt#B26 https://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-85572020000100343&lng=pt&tlng=pt#B26 https://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-85572020000100343&lng=pt&tlng=pt#B22 https://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-85572020000100343&lng=pt&tlng=pt#B26 https://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-85572020000100343&lng=pt&tlng=pt#B35 https://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-85572020000100343&lng=pt&tlng=pt#B3 https://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-85572020000100343&lng=pt&tlng=pt#B3 https://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-85572020000100343&lng=pt&tlng=pt#B3 https://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-85572020000100343&lng=pt&tlng=pt#B37 https://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-65382019000100085&lng=pt&tlng=pt#B5 em 1944, e cunhado por Lorna Wing, em 1981 (Wing, 1981). As pessoas com Síndrome de Asperger têm uma série de características comuns e são identificadas em três domínios funcionais específicos, que são alterados qualitativamente (APA, 2000). São conhecidos pela Tríade de Wing (Wing & Gould, 1979): (1) Capacidade de relação social; (2) Competências de comunicação; (3) Flexibilidade mental e comportamental. Há muitas descrições na literatura (Tantam, Monaghan, Nicholson, & Stirling, 1989; Szatmari, 2006a, 2006b; APA, 2016); no entanto, entende-se que a de Rivière (2001 comocitado em Pérez, Pascual, Prudencio, Navarro, & Comí, 2006) é a que mais contribui com detalhes para nossa pesquisa, pois esclarece concretamente cada uma das características da Síndrome de Asperger: • Transtorno qualitativo da relação: a falta de empatia, falta de sensibilidade a estímulos sociais, pouco reciprocidade emocional e incompatibilidade entre o comportamento e o contexto social. • Inflexibilidade no comportamento: interesses dominantes e rituais, por vezes de natureza extrema. • Problemas de fala: vocabulário não adaptados à idade ou ao ambiente onde ele se encontra e dificuldade em interpretar declarações não-literais. • Alterações de expressão emocional e motora: falta de coordenação motora e dificuldades no uso de gestos. • Capacidade comum de inteligência impessoal de habilidades singulares que aparecem nas áreas limitadas, a qual se destaca diante de seus companheiros. O ensino especial na Educação Infantil necessita de mais estudos para que essa prática se consolide para favorecer situações reais de aprendizagem. Para Leme (2010, p.47) "[...] pensar em dificuldades sem pensar em soluções é como não acreditar que a Educação possa ser transformadora de uma forma realista". Particularmente, o aluno com Síndrome de Down (SD) faz parte desse alunado. Dissertar sobre a SD é rotineiro nos estudos acadêmicos. Reflexões e proposições sobre essa síndrome somam a cada estudo/pesquisa uma diversidade de olhares para a pessoa com deficiência, dentre as áreas de humanas, biológicas, exatas e entre outras. Atualmente, com a porta de entrada para a escolarização do aluno com deficiência no ensino regular que institui o atendimento educacional especializado e a Educação Especial como modalidade de ensino, a criança com SD inicia sua caminhada logo na educação infantil (BRASIL, 1988, 1996) https://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-65382019000100085&lng=pt&tlng=pt#B44 https://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-65382019000100085&lng=pt&tlng=pt#B4 https://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-65382019000100085&lng=pt&tlng=pt#B43 https://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-65382019000100085&lng=pt&tlng=pt#B39 https://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-65382019000100085&lng=pt&tlng=pt#B37 https://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-65382019000100085&lng=pt&tlng=pt#B37 https://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-65382019000100085&lng=pt&tlng=pt#B38 https://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-65382019000100085&lng=pt&tlng=pt#B5 https://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-65382019000100085&lng=pt&tlng=pt#B30 https://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-65382015000200229&lng=pt&tlng=pt#B17 https://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-65382015000200229&lng=pt&tlng=pt#B17 https://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-65382015000200229&lng=pt&tlng=pt#B03 https://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-65382015000200229&lng=pt&tlng=pt#B04 O ato de incluir um aluno com deficiência em uma escola regular não pode ser visto como um mero ato obrigatório, mas sim como uma prática apoiada em um paradigma educacional voltado à defesa da diversidade e dos direitos humanos, tratando-se, de um processo social complexo que resulta de ações estabelecidas por agentes distintos envolvidos (diretamente ou indiretamente) com o processo de ensino-aprendizagem (Benitez & Domeniconi, 2015). O termo inclusão, articula-se aos direitos humanos e democráticos, sob influências locais, globais, ideológicas, econômicas, sociais e culturais (Nozu, Bruno, & Cabral, 2018). Grandin (1995), que é autista de alto funcionamento, ressalta a habilidade de autistas frente a estímulos visuais ao afirmar que essa população apresenta um "pensamento visual", ou seja, estas pessoas pensam e raciocinam com mais facilidade por meio de imagens e sistemas visuais, podendo demonstrar dificuldades em compreender estímulos auditivos e conceitos abstratos que não possuem representação visual. Neste sentido o objetivo deste trabalho é refletir sobre as dificuldades e desafios encontrados por profissionais de educação e o que eles têm enfrentado para garantir a aprendizagem das crianças com síndromes. 2.DESENVOLVIMENTO As ações pedagógicas parecem ser influenciadas pelas concepções das pessoas envolvidas no processo e pelo planejamento desenvolvido pelas escolas. Alves (2016) revela que as concepções dos docentes em relação à inclusão, bem como a construção de vínculos do professor, com a escola e com o aluno, também demonstram importância neste processo. A literatura enfatiza que o trabalho em conjunto entre o professor da turma com o educador especial favorece o processo de ensino-aprendizagem de uma criança com TEA (Giardinetto, 2009) É comum que o professor do aluno com TEA crie algumas representações sociais a respeito do aluno, do seu diagnóstico, do seu desenvolvimento e da aprendizagem. Conforme Favoretto e Lamônica (2014) estas representações surgem com o intuito de compreender a lógica interna das teorias populares, e são embasadas na busca teórica, envolvendo, em sua maioria, repertórios como as neurociências e a psicanálise. Sugere-se que os professores busquem uma atualização de conhecimentos em relação ao assunto, que pode ser realizada inclusive via internet. Ainda, Pimentel e Fernandes (2014) consideram essencial que estes professores recebam https://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-85572020000100343&lng=pt&tlng=pt#B7 https://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-85572020000100343&lng=pt&tlng=pt#B28 https://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-85572020000100343&lng=pt&tlng=pt#B1 https://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-85572020000100343&lng=pt&tlng=pt#B1 https://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-85572020000100343&lng=pt&tlng=pt#B18 https://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-85572020000100343&lng=pt&tlng=pt#B16 https://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-85572020000100343&lng=pt&tlng=pt#B30 suporte de uma equipe interdisciplinar, a fim de lidar com suas questões internas, bem como com os aspectos relacionados à educação destes alunos. O trabalho simultâneo entre a professora regular de uma turma, juntamente com a professora auxiliar, ou educadora especial (para um aluno com autismo) é algo que contribui para o processo de aprendizagem dos alunos. Um estudo realizado no 5º ano de uma escola de Santa Catarina demonstra que o trabalho da professora auxiliar requer atenções diferenciadas (Alves, 2016). O processo de atendimento da criança com TEA necessita de um planejamento das atividades a serem executadas, juntamente com a integração destas, baseando-se em um trabalho de cooperação entre os professores. Este processo integrado costuma ter repercussões positivas para o aluno com TEA. Quando se fala no papel que o professor deve exercer ou em suas atribuições para trabalhar com um aluno com TEA, verifica-se a existência de divergências. É importante programas de estimulação com atividades que potencializam o desenvolvimento motor sendo elas lúdicas e atrativas para a criança. Os autores inferem que tais atividades proporcionam e facilitam o desenvolvimento de reações de equilíbrio e aquisição de certas posturas. I) Brincadeiras, atividades com bola para desenvolver o comportamento de atirar e arremessar e espera-se com a intervenção chutar uma bola que está imóvel, atirar e arremessar a bola. • Deslocamento entre as atividades: andar de costas, na ponta dos pés, andar com um pé na frente do outro e espera-se andar de costas, na ponta dos pés, andar com um pé na frente do outro. • Atividades em sala deaula: rasgar papel, desenhar com giz de cera em uma folha em branco, pintar com tinta utilizando somente as mãos como riscadores, brincar com massinha e dobrar papéis. Espera-se: segurar lápis e giz com o polegar e o indicador, fazer bolas com massinha e dobrar papéis. • Hora da história: Atividade na biblioteca para ouvir histórias e manusear livros e espera-se manusear livros e virar páginas. • Hora do parque: atividades livres de acordo com o interesse das crianças e espera-se saltar no mesmo local com os dois pés, andar de costas, descer escadas sem ajuda. https://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-85572020000100343&lng=pt&tlng=pt#B1 • Apoio dos jogos de montar: encaixar as partes dos brinquedos e desencaixar, montar formas e desmontar formas e espera-se construir uma torre de cinco blocos, desmanchar e construir brinquedos de encaixe por pressão. As atividades na Educação Infantil possuem caráter lúdico que engloba jogos e brincadeiras para promover aprendizagem aos alunos. Essa característica é o elemento propulsor dos métodos e dos mecanismos de desenvolvimento das crianças. O brincar auxilia no desenvolvimento da imaginação. A criança não brinca porque imagina, mas imagina porque brinca. Com base no RCNEI (BRASIL, 1998) "[...] ao brincar as crianças buscam imitar, imaginar, representar e comunicar de forma específica [...] brincar é um momento que se pode observar a coordenação das experiências prévias das crianças" (p.22) Ao intervir através de brincadeiras a criança tem possível potencial de desenvolvimento tanto intelectual como motor. Santos, Weiss e Almeida (2010) reforçam em seu estudo a relevância de programas de intervenção para essa população salientando que as crianças SD possuem déficit motor e que intervenções voltadas para essa área mostram avanços positivos em organização espacial, equilíbrio e motricidade global. A rotina da educação infantil precisa estar organizada para contemplar momentos que valorizam as brincadeiras e a ludicidade através da mediação pedagógica. Diante disso, a pesquisa de Santos, Weiss e Almeida (2010) ao trabalhar com uma criança SD apontam que "[...] utilizar a fantasia com essas crianças facilita a vivência dos exercícios, assim como amplia a percepção de mundo estimulando o desenvolvimento do pensamento integrando-os aos aspectos afetivo-motores" (p.28). O estudo apresentado pelos pesquisadores ressalta a importância da estimulação com atividades lúdicas e que esse fator possibilita que a criança SD atinja níveis satisfatórios em relação ao desenvolvimento motor. Para identificar as barreiras que podem dificultar a aprendizagem e a compreensão da mensagem transmitida graficamente, é fundamental o uso de instrumentos que auxiliem na avaliação da acessibilidade e orientem a respeito das adaptações necessárias para eliminar os problemas encontrados. O professor de apoio é responsável na adaptaçãodos materiais didáticos com objetivo de melhorar o desempenho escolar dessas crianças. Os recursos de acesso à prática da leitura e escrita, bem como os outros conteúdos mais específicos, sendo impressos em tamanho ampliado com tintas e texturas que permitam o toque mais sensível. Os materiais didáticos devem ser resistentes e acessíveis. As figuras e https://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-65382015000200229&lng=pt&tlng=pt#B05 https://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-65382015000200229&lng=pt&tlng=pt#B20 https://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-65382015000200229&lng=pt&tlng=pt#B20 ilustrações devem ser coloridas, utilizando cores fortes e contrastantes para melhorar a visualização do aluno. Além dessas observações em relação ao material didático, o professor deve estar sempre próximo ao aluno dando o suporte em todas atividades desenvolvidas. Características gerais - origem da atividade (disponível no portal; criada e impressa; feita à mão); tipo (ligar; assinalar; nomear; completar; com textura; de colagem; desenho com modelo; desenho livre; pintura e outros); exercícios grafomotores (formas, letras, números, nome, e outros); de leitura e escrita (com apoio ou sem apoio de modelo, letras, sílabas, palavras monossílabas, dissílabas, trissílabas ou polissílabas com ou sem dificuldade ortográfica, frases, textos); de matemática (correspondência, comparação, classificação, sequência, seriação, inclusão, conservação, relação número e quantidade, escrita de números com ou sem apoio de modelo, soma, subtração, divisão, multiplicação, formas geométricas e noções matemáticas como grande e pequeno, igual e diferente, antes e depois etc.); e outros conceitos (ciências, geografia, história). Análise da acessibilidade, considerando: características do papel (tamanho, cor, fosco ou com brilho e a qualidade de impressão); organização da folha (realizada apenas em uma folha, conteúdo com uma a três proposições, sem enunciado, com um, dois ou mais enunciados); organização e pistas visuais (evitar distratores e excesso de elementos, há espaços em branco para facilitar a visualização, informações dispostas na ordem sequencial das ações que se deseja transmitir, conteúdo contextualizado com a cultura brasileira, presença de símbolos complementares como setas e sinais para orientar a resposta, locais indicados para a resposta, aproveitamento de toda a folha); legibilidade do texto com informações para o enunciado e o corpo do trabalho (presença de texto no enunciado e no corpo da atividade); característica da fonte das letras para o enunciado e corpo do trabalho (fonte sem serifa, evitar fontes com enfeite, a maior parte dos textos com letra de imprensa maiúscula, fonte acima de 16 pontos, letra com contraste de cores em relação ao papel); análise do texto escrito com informações para o enunciado e corpo do trabalho (informação clara, simples, consistente, que evita ambiguidades, sem erro de conteúdo ou nas opções de resposta, usa palavras ou frases curtas, usa mais palavras sem dificuldades ortográficas, utiliza palavras e termos comumente empregados e define termos incomuns; a organização do texto facilita a compreensão, a informação principal está destacada em negrito ou sublinhada); análise dos desenhos, símbolos e fotografias em relação ao enunciado e corpo do trabalho (atividade apoiada com imagens, figuras claras que reforçam a informação, possibilidade de compreender o enunciado apenas observando os símbolos, imagens contextualizadas com a cultura brasileira, de alta resolução, e com contraste em relação ao papel). Avaliação das respostas, considerando o material utilizado (recursos que exigem mais coordenação motora fina, como caneta, lápis ou lápis de cor, e menos coordenação, como tinta, giz de cera, colagem) e tipo de resposta (se foi respondida corretamente, se as letras e números estavam contidos no espaço reservado, adequação para ações de circular, colar e pintar, conforme solicitação do enunciado). É importante salientar que a organização e a apresentação da informação afetam o interesse do leitor. As informações essenciais devem aparecer antes de qualquer outra, mantendo a sequência das ações que se deseja transmitir, com destaques nas palavras-chave que fornecem pistas e contribuem para a memorização da ideia principal (CDC, 2009; BERGUER, 2011). Um dos pontos a ser considerado na elaboração de novas atividades são palavras chave e levar em conta as características de cada criança. Fazer um bom planejamento e acompanhar o ritual do ambiente familiar,Marcar os horários com músicas ou desenhos auxilia na memorização, é essencial para acessibilidade e compreensão das atividades. 3.CONCLUSÃO O presente estudo, além de contribuir para o conhecimento da área, possibilita um maior entendimento acerca da inclusão de alunos com TEA nas escolas comuns. OTranstorno do Espectro Autista (TEA) é hoje uma temática relevante e atual. Considera-se que estudos que debatam e viabilizem o assunto são importantes para a reflexão sobre as práticas pedagógicas que possam contribuir para o desenvolvimento dessas crianças e para o estabelecimento da inclusão escolar. A acessibilidade de atividades gráficas é, sem dúvida, um tema de extrema relevância para profissionais das áreas de Saúde e Educação que trabalham com crianças com deficiência. Materiais mal elaborados, inadequados quanto ao tipo de papel, fonte e tamanho da letra, com uso de imagens e pouco contraste ou não relacionadas ao contexto cultural da criança, com textos complexos e muitos https://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-65382017000400577#B11 https://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-65382017000400577#B6 elementos, representam barreiras para a participação dessas crianças em diferentes contextos. A troca de conhecimentos em relação à facilidade de acesso a material gráfico, que auxilie os profissionais no processo de elaboração de atividades acessíveis, e direcione para o desenvolvimento de outras pesquisas com diferentes abordagens sobre esta temática, assim como com a população envolvida. A inclusão é inerente ao ser humano, ou seja, é direito de todos. Conforme Bassalobre (2008), para que a inclusão, de fato, aconteça considera-se importante a redução das condições que impossibilitam ou impedem o indivíduo de participar de modo pleno da sociedade, e que torne possível que ele exerça de modo pleno a cidadania. Sendo assim, acredita-se que os resultados da pesquisa contribuem com o avanço da reflexão acerca das práticas inclusivas a partir da compreensão dos sentimentos dos professores, principais atores do processo, diante dessa realidade. Ao conhecer as características do aluno, um procedimento especial pode ser elaborado para o desenvolvimento de novas habilidades. Considera-se pertinente indicar que esse processo não foi algo previamente programado, mas construído cotidianamente, junto ao aluno. Identificar, descrever, analisar, interpretar, compreender e tornar visível uma boa prática de inclusão educacional com uma criança com Síndrome. As atividades lúdicas propiciarão momentos de crescimento individual e coletivo de todo o grupo de alunos. Com o objetivo de intervir com estratégias de ensino necessárias para responder às necessidades de seu desenvolvimento as atividades elaboradas. Os conteúdos pertinentes à Educação Infantil possam ser trabalhados, também visando o desenvolvimento motor, como atividades com bola, massinha, momentos no parque, rasgar papel, desenhar com giz de cera e tinta. O ambiente lúdico estimulará o avanço a níveis satisfatórios do desenvolvimento motor dos alunos. E fundamental que os professores compreendam que a cada dia deve se demonstrar a capacidade de mover os preconceitos e as barreiras existente em meio a sociedade, sentir amor pelo que faz e ter consciência que na sala ele e responsável pelo aluno, dando lhes apoios necessários, tudo isso e importante e fica tudo mais fácil, onde os professores tenha mais determinação e persistência para enfrentar todos as dificuldades e os desafios encontrados em sua caminhada. https://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-85572020000100343&lng=pt&tlng=pt#B6 REFERÊNCIAS ▪ WEIZENMANN, Luana Stela; PEZZI, Fernanda Aparecida Szareski; ZANON, Regina Basso. INCLUSÃO ESCOLAR E AUTISMO: SENTIMENTOS E PRÁTICAS DOCENTES. Psicol. Esc. Educ., Maringá , v. 24, e217841, 2020 . ▪ APORTA, Ana Paula; LACERDA, Cristina Broglia Feitosa de. Estudo de Caso sobre Atividades Desenvolvidas para um Aluno com Autismo no Ensino Fundamental I. Rev. bras. educ. espec., Bauru , v. 24, n. 1, p. 45-58, mar. 2018 . ▪ GOMES, Camila Graciella Santos. Autismo e ensino de habilidades acadêmicas: adição e subtração. Rev. bras. educ. espec., Marília , v. 13, n. 3, p. 345- 364, dez. 2007 . ▪ ALONSO, Felipe Trillo; GANETE, Ana Parada; BERNARDEZ-GOMEZ, Abraham. Juan, uma Criança com Síndrome de Asperger: Estudo de Caso de uma Boa Prática de Inclusão Educacional por meio da Aprendizagem Cooperativa. Rev. bras. educ. espec., Bauru , v. 25, n. 1, p. 85-100, mar. 2019 . ▪ ANUNCIACAO, Lívia Maria Ribeiro Leme; COSTA, Maria Piedade Resende da; DENARI, Fátima Elisabeth. Educação Infantil e Práticas Pedagógicas para o Aluno com Síndrome de Down: o Enfoque no Desenvolvimento Motor. Rev. bras. educ. espec., Marília , v. 21, n. 2, p. 229-244, jun. 2015 . ▪ BORGES, Agnes Lara Eringer et al . Análise de Atividades Gráficas para Crianças com Síndrome de Down. Rev. bras. educ. espec., Marília , v. 23, n. 4, p. 577- 594, Dec. 2017 . REFERÊNCIAS
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