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Suicídio

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Suicídio
Introdução 
→ 
• Entre 2010 e 2019, ocorreram no Brasil 
112.230 mortes por suicídio, com um au-
mento de 43% no número anual de mortes, 
de 9.454 em 2010, para 13.523 em 2019; 
• Análise das taxas de mortalidade ajustadas 
no período demonstrou aumento do risco de 
morte por suicídio em todas as regiões do 
Brasil. 
 
→ 
• A adolescência é marcada pela vivência de 
lutos simbólicos pelas perdas da infância, 
não apenas para os adolescentes, mas tam-
bém para seus pais, podendo refletir-se nas 
formas autoritárias de cobrança que ocor-
rem nas relações entre pais e adolescentes; 
• O jovem sente e percebe a sociedade como 
altamente hostil, ao mundo adulto com des-
confiança, vive a falta de expectativas, es-
peranças ou sonhos, daí o índice cada vez 
mais elevado de adolescentes enfrentando 
as mais variadas formas de depressão, car-
regados de sofrimento, ansiedade e medo; 
• Algumas vezes o adolescente vê-se envol-
vido por conflitos, sentindo-se sozinho, frá-
gil, ou com dificuldades para lidar com altos 
níveis de tensão. Nessas condições quei-
xam-se do controle dos pais, da falsidade e 
do egoísmo dos adultos, das mensagens 
confusas dos meios de comunicação, dos 
professores mal preparados; 
• Todos estes problemas se desenrolando 
num ambiente hostil, sem estímulo, assis-
tência e solidariedade, acaba por levar o 
adolescente à depressão e, algumas vezes, 
ao suicídio. 
 
 
Fatores de risco 
• Transtornos mentais; 
• Sociodemográficos; 
• Psicológicos; 
• Condições clínicas incapacitantes. 
 
→ 
• Transtorno do humor; 
 Ex: depressão 
• Transtornos mentais e de comportamento 
decorrentes do uso de substâncias psicoati-
vas; 
 Ex: alcoolismo 
• Transtorno de personalidade: principal-
mente borderline, narcisista e anti-social; 
• Esquizofrenia; 
• Transtorno da ansiedade; 
• Comorbidades potencializa riscos (alcoo-
lismo + depressão). 
 
→ 
• Sexo masculino; 
• Faixas etárias entre 15 e 35 anos e acima 
de 75 anos; 
• Residentes em área urbana; 
• Desempregados (perda recente emprego), 
aposentados, isolamento social, solteiros ou 
separados. 
 
→ 
• Perdas recentes; 
• Perdas de figuras parentais na infância; 
• Dinâmica familiar conturbada; 
• Datas importantes; 
• Personalidade com traços significativos de 
impulsividade; 
• Agressividade e humor lábil. 
 
→ 
• Doenças orgânicas incapacitantes; 
• Dor crônica; 
Marianne Barone (15A) Hebiatria – Prof. Joselita Batista Azuma 
• Lesões desfigurantes perenes; 
• Epilepsia; 
• Trauma medular; 
• Neoplasias malignas; 
• AIDS. 
 
→ 
• Existem estágios no desenvolvimento da 
intenção suicida, iniciando-se geralmente 
com a imaginação ou a contemplação da 
ideia suicida. Posteriormente, um plano de 
como se matar, que pode ser implementado 
por meio de ensaios realísticos ou imaginá-
rios até que, finalmente, culminar em uma 
ação destrutiva concreta. 
• Existem três características próprias do es-
tado em que se encontra a maioria das pes-
soas sob risco de suicídio: 
 - Ambivalência; 
 - Impulsividade; 
 - Rigidez/constrição. 
 
Ambivalência: 
• Atitude interna características das pessoas 
que pensam em ou que tentam o suicídio; 
• Quase sempre querem alcançar a morte, 
mas, também viver. Muitos estão com pro-
blemas em suas vidas, lutando internamente 
entre o desejo de viver e de acabar com a 
dor psíquica. 
 
Impulsividade: 
• O impulso de cometer suicídio pode ser 
transitório durar alguns minutos ou horas; 
• Normalmente desencadeados por eventos 
negativos do dia a dia. Acalmando tal crise 
o profissional de saúde pode ajudar a dimi-
nuir o risco suicida. 
 
Rigidez/constrição: 
• A consciência da pessoa passar a funcio-
nar de forma dicotômica: tudo ou nada; 
• Os pensamentos, os sentimentos e as ações 
estão constritos, contantemente pensam so-
bre suicídio como única solução. Não são 
capazes de perceber outras maneiras de sair 
do problema. 
Características 
• A maioria das pessoas com ideias de morte 
comunica seus pensamentos e intensões sui-
cidas. Elas frequentemente, dão sinais e fa-
zem comentários sobre “querer morrer”, 
“sentimento de não valer pra nada”. E assim 
por diante; 
• Todos essses pedidos de ajuda não podem 
ser ignorados; 
• Deve-se ter atenção às frases de alerta. Por 
trás delas estão os sentimentos de pessoas 
que podem estar pensando em suicídio. São 
quatro os sentimentos principais de quem 
pensa em se matar (todos começam com D): 
 - Depressão; 
 - Desesperança; 
 - Desamparo; 
 - Desespero; 
• Frases de alerta: 
 - “Eu preferia estar morto”; 
 - “Eu não posso fazer nada”; 
 - “Eu não aguento mais”; 
 - “Eu sou um perdedor e um peso pros ou-
tros”; 
 - “Os outros vão ser mais felizes sem mim” 
• Nestes casos, frases de alerta + 4 D’s é pre-
ciso investigar cuidadosamente no risco de 
suicídio; 
• Sentimentos: 
 - Depressão; 
 - Desesperança; 
 - Desamparo; 
 - Desespero. 
 
Ideias sobre suicídio 
que levam ao erro 
• “Se eu perguntar sobre suicídio, poderei 
induzir o paciente a isso”: questionar so-
bre ideias de suicídio, fazendo-o de modo 
sensato e franco, aumenta o vínculo com o 
paciente. Este se sente acolhido por um pro-
fissional cuidadoso, que se interessa pela 
extensão de seu sofrimento; 
• “Ele está ameaçando suicídio apenas 
para manipular”: a ameaça de suicídio 
sempre deve ser levada a sério. Chegar a 
esse tipo de recurso indica que a pessoa está 
sofrendo e necessita de ajuda; 
• “Quem quer se matar se mata mesmo”: 
essa idéia pode conduzir o imobilismo tera-
pêutico, ou ao descuido no manejo das pes-
soas sobre risco. Não se trata de evitar todos 
os suicídios, mas sim os que podem ser evi-
tados; 
• “Quem quer se matar não avisa”: pelo 
menos dois terços das pessoas que tentam 
ou que se matam haviam comunicado de al-
guma maneira sua intenção para amigos, fa-
miliares ou conhecidos. 
• “O suicídio é um ato de covardia (ou de 
coragem)”: o que dirige a ação auto-infli-
gida é uma dor psíquica insuportável e não 
atitude de covardia ou coragem; 
• “No lugar dele, eu também me mataria”: 
há sempre o risco do profissional identifi-
car-se profundamente com aspectos de de-
samparo, depressão e desesperança de seus 
pacientes, sentindo-se impotente para a ta-
refa assistencial. Há também o perigo de se 
valer de um julgamento pessoal subjetivo 
para decidir as ações que fará ou deixará de 
fazer. 
 
Formas de auxílio 
para paciente em 
risco 
• O primeiro passo é achar um lugar ade-
quado, onde uma conversa tranquila possa 
ser mantida com privacidade razoável; 
• Reservar o tempo necessário: pessoas 
com ideação suicida usualmente necessitam 
de mais tempo para deixar de se achar um 
fardo. É preciso também estar disponível 
emocionalmente para lhes dar atenção. 
• Ouvi-las efetivamente: conseguir esse 
contato e ouvir é por si só o maior passo 
para reduzir o nível de desespero suicida. 
Formas de comunicar 
• Ouvir atentamente com calma; 
• Entender os sentimentos da pessoa (empa-
tia); 
• Dar mensagens não verbais de aceitação e 
respeito; 
• Expressar respeito pelas opiniões e pelos 
valores da pessoa; 
• Conversar honestamente e com autentici-
dade; 
• Mostrar sua preocupação, seu cuidado e 
sua afeição; 
• Focalizar nos sentimentos da pessoa. 
 
Formas de não se 
comunicar 
• Como não se comunicar; 
• Interromper muito frequentemente; 
• Ficar chocado ou muito emocionado 
• Dizer que você está ocupado; 
• Tratar o paciente de uma maneira que 
possa colocá-lo numa posição de inferiori-
dade; 
• Dizer simplesmente que tudo vai ficar bem; 
• Fazer perguntas indiscretas, emitir julga-
mentos (certo x errado) 
 
Atendimento do paci-
ente suicida 
• As tentativas de suicídio apresentam taxas 
de frequência bastante variáveis e, na maio-
ria das vezes, tem seu atendimento inicial 
realizado em unidadesde pronto-socorro 
(geral ou pediátrico); 
• Este atendimento deve priorizar: 
 - Condição clínica do paciente e a estabili-
zação; 
 - As condições de segurança do local de 
atendimento para o paciente (há possibilida-
des de riscos, janelas, medicamentos ao al-
cance) que permitam a observação da evo-
lução clínica; 
• Pode ser necessária a contenção física ou 
química. Deve ter maior atenção as condi-
ções de segurança para a liberação do paci-
ente do ambiente hospitalar; 
• A equipe do pronto-socorro deve procurar 
manter uma atitude tranquila e empática 
com o paciente e sua família (o que facilita 
a coleta de dados), evitando atitudes de cen-
sura ou julgamento; 
• É importante promover um nível signifi-
cativo de suporte aos familiares e acompa-
nhantes que costumam apresentar-se angus-
tiados, assustados e impactados com o 
evento. 
 
Alta 
• Não há risco iminente de nova tentativa (a 
avaliação do risco deve levar em conta o 
contato do paciente, sua crítica em relação 
ao ocorrido, sua disponibilidade para ava-
liar alternativas de administração de dificul-
dades relacionadas ao acontecido, a dispo-
nibilidade e possibilidade de acompanhan-
tes para servir de suporte ao paciente, con-
dições gerais de acolhimento do paciente 
fora do hospital); 
• Estável clinicamente: 
 - O paciente não está intoxicado, mental-
mente instável ou em delirium; 
 - Os meios potencialmente letais foram eli-
minados (medicamentos, janelas, acesso a 
armas); 
 - Os eventos precipitantes foram identifi-
cados e tentativas de resolvê-los iniciadas; 
 - O médico sente-se seguro, na medida do 
possível, de que as recomendações serão se-
guidas pela família e paciente; 
 - Há uma proposta concreta de encaminha-
mento aos recursos profissionais necessá-
rios após a alta.

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