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Transtornos Alimentares

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Transtornos Alimentares
Introdução 
• A adolescência é um período único na vida 
com intenso crescimento físico e desenvol-
vimento psicossocial e cognitivo; 
• Fase de aumento importante das necessi-
dades nutricionais; 
• Comportamento alimentar: 
 - Todas as etapas que envolvem o processo 
de seleção, aquisição, conservação, modo 
de preparo e ingestão do alimento; 
 - Sofre influência de fatores biológicos, 
sociais, econômicos, culturais, psicológicos 
e antropológicos; 
 - Relaciona-se a situações fisiológicas 
(fome) e situações ambientais (apetite); 
• Estado nutricional: urbanização, indus-
trialização, globalização, estilo de vida, ali-
mentação e desenvolvimento econômico; 
 - Pontos positivos: melhora no padrão de 
vida, acesso a serviços e diminuição da po-
breza e exclusão social 
 - Pontos negativos: desencadeamento de 
padrão alimentar inadequado, diminuição 
da atividade física e aumento de doenças re-
lacionadas à nutrição e dieta. 
 
→ 
• Trata-se de sintomas de caráter interdisci-
plinar, muitas vezes com situação de risco, 
decorrentes de causação psíquica; 
• Síndromes comportamentais contempla-
das nos sistemas classificatórios de transtor-
nos mentais (Manual Diagnóstico e Estatís-
tico dos Transtornos Mentais – DSM V); 
• Transtorno alimentar: anorexia nervosa, 
transtorno de compulsão alimentar perió-
dica e bulimia nervosa. 
 
→ 
• Prevalece em adolescentes e mulheres jo-
vens (6 a 10 mulheres: 1 homem), porém a 
incidência na população masculina está au-
mentando; 
• Pico de incidência: 15 a 19 anos 
 
→ 
• Todos os transtornos alimentares podem 
apresentar consequências clínicas/físicas e 
psicológicas; 
• Afetam todas as idades, gêneros, classe so-
cial e culturas; 
• Não reconhecimento da gravidade da do-
ença por parte do paciente (ausência crítica). 
 
→ 
• Determinismo inconsciente do sintoma 
como expressão do conflito psíquico (psica-
nálise); 
• Corrente cognitiva comportamental, de 
compreensão provinda da psicologia com-
portamental (behaviorista); 
• Ateriorismo: vários fatores interagindo 
entre si causam este transtorno psiquiátrico: 
fatores predisponentes, fatores precipitantes 
e fatores mantenedores. 
Fatores predispo-
nentes 
Fatores precipi-
tantes (gatilhos) 
Fatores mantene-
dores 
• Fatores genéticos 
e hereditários 
• Traços da perso-
nalidade (compor-
tamento obsessivo 
e perfeccionismo) 
• Tendência à obe-
sidade 
• Alterações nos ní-
veis de noradrena-
lina e serotonina 
• Puberdade pre-
coce 
• Fatores sociocul-
turais (idealização 
da magreza) 
• Antecedente de 
abuso sexual 
• Eventos estresso-
res (doenças, gravi-
dez, crises familia-
res, mudanças na 
rotina, mudança na 
escola) 
• Dieta 
 
• Episódios de pur-
gação 
• Alterações fisioló-
gicas e psicológicas 
produzidas pelo 
próprio alimento 
• Insatisfação com a 
imagem corporal 
 
• Ordem psicológica: em geral esses paci-
entes têm a identidade pessoal incompleta e 
lutam para manter o controle sobre o ambi-
ente. Costumam fazer um julgamento 
Marianne Barone (15A) Hebiatria – Prof. Joselita Batista Azuma 
pessoal baseando-se quase que exclusiva-
mente em sua aparência física, com o qual 
demonstram extrema insatisfação, com per-
cepção alterada de sua forma corporal e ne-
gação do seu estado caquético; 
• Ordem biológica: discussões têm surgido 
quanto aos mecanismos responsáveis pelo 
aparecimento da anorexia nervosa e bulimia 
nervosa, como distúrbio do metabolismo da 
serotonina, envolvida no controle fisioló-
gico da saciedade (leptina) e componente 
genético; 
• Fator cultural: sendo o ideal de beleza da 
sociedade ocidental atualmente associado à 
magreza, a prevalência de insatisfação com 
o próprio corpo e a realização de dietas res-
tritivas é muito alta entre as mulheres jovens, 
tornando-as mais predispostas aos distúr-
bios do comportamento alimentar; 
• Estrutura familiar: a alimentação ade-
quada nos primeiros anos de vida é um fator 
importante para prevenir o aparecimento 
desses distúrbios, devendo–se evitar o iní-
cio da alimentação complementar muito 
precoce e estar atento à relação mãe-filho, 
que pode refletir o desequilíbrio familiar. 
 
→ 
• Anorexia nervosa: 
 - Critério A: retirado do texto palavra “re-
cusa”, pois implica na intenção do paciente. 
Enfoque passa a ser o comportamento de 
restrição calórica (aspectos descritivos e ob-
jetiváveis); 
 - Critério D: retirado amenorréia, ampli-
ando o transtorno para homens, menina pré-
menarca, mulheres em uso de ACO e mu-
lheres menopausadas; 
• Bulimia nervosa: modifica a frequência 
dos episódios de compulsão alimentar e os 
comportamentos compensatórios inadequa-
dos, reduzindo para 1x/semana por 3 meses 
 
→ 
• Todo profissional da área da saúde, prin-
cipalmente aquele que cuida de adolescente, 
deve ser capacitado a identificar precoce-
mente os transtornos alimentares; 
• Preocupação excessiva com corpo, auto-
imagem e peso; 
• Hábito de dietas; 
• Conhecimento aprofundado dos valores 
calóricos dos alimentos; 
• Prática de exercício de forma exaustiva. 
 
→ 
 
Anorexia nervosa: 
• Critério A: restrição da ingesta calórica 
em relação às necessidades, levando a um 
peso corporal significativamente baixo no 
contexto de idade, gênero, trajetória do de-
senvolvimento e saúde física. Peso signifi-
cativamente baixo é definido como um peso 
inferior ao peso mínimo normal ou, no caso 
de crianças e adolescentes, menor do que o 
minimamente esperado; 
• Critério B: medo intenso de ganhar peso 
ou de engordar, ou comportamento persis-
tente que interfere no ganho de peso, 
mesmo estando com peso significativa-
mente baixo; 
• Critério C: perturbação no modo como o 
próprio peso ou a forma corporal são viven-
ciados, influência indevida do peso ou da 
forma corporal na autoavaliação ou ausên-
cia persistente de reconhecimento da gravi-
dade do baixo peso corporal atual; 
• Determinar o subtipo: 
 - Tipo restritivo: durante os últimos três 
meses, o indivíduo não se envolveu em epi-
sódios recorrentes de compulsão alimentar 
ou comportamento purgativo (i.e., vômitos 
autoinduzi- dos ou uso indevido de laxantes, 
diuréticos ou enemas). Esse subtipo des-
creve apresentações nas quais a perda de 
peso seja conseguida essencialmente por 
meio de dieta, jejum e/ou exercício exces-
sivo; 
 - Tipo compulsão alimentar purgativa: 
nos últimos três meses, o indivíduo se en-
volveu em episódios recorrentes de compul-
são alimentar purgativa (i.e., vômitos autoi-
nduzidos ou uso indevido de laxantes, diu-
réticos ou enemas); 
• Especificador de gravidade: é baseado 
no IMC (índice de massa corporal); 
 - Leve: IMC ≥ 17kg/m2; 
 - Moderada: IMC 16-16,99 kg/m2; 
 - Grave: IMC 15-15,99 kg/m2; 
 - Extrema: IMC < 15 kg/m2. 
 
Bulimia nervosa: 
• Critério A: episódios recorrentes de com-
pulsão alimentar. Um episódio de compul-
são alimentar é caracterizado pelos seguin-
tes aspectos: 
 - Ingestão, em um período de tempo deter-
minado (p. ex., dentro de cada período de 
duas horas), de uma quantidade de alimento 
definitivamente maior do que a maioria dos 
indivíduos consumiria no mesmo período 
sob circunstâncias semelhantes; 
 - Sensação de falta de controle sobre a in-
gestão durante o episódio (p. ex., senti-
mento de não conseguir parar de comer ou 
controlar o que e o quanto se está ingerindo); 
• Critério B: comportamentos compensató-
rios inapropriados recorrentes a fim de im-
pedir o ganho de peso, como vômitos autoi-
nduzidos; uso indevido de laxantes, diuréti-
cos ou outros medicamentos; jejum; ou 
exercício em excesso; 
• Critério C: a compulsão alimentar e os 
comportamentos compensatórios inapropri-
ados ocorrem, em média, no mínimo uma 
vez por semana durante três meses; 
• Critério D: a autoavaliação é indevida-
mente influenciada pelaforma e pelo peso 
corporais; 
• Critério E: a perturbação não ocorre ex-
clusivamente durante episódios de anorexia 
nervosa; 
• Especificar a gravidade atual: o nível 
mínimo de gravidade baseia-se na frequên-
cia dos comportamentos compensatórios 
inapropriados (ver a seguir). O nível de gra-
vidade pode ser elevado de maneira a refle-
tir outros sintomas e o grau de incapacidade 
funcional; 
 - Leve: média de 1 a 3 episódios de com-
portamentos compensatórios inapropriados 
por semana; 
 - Moderada: média de 4 a 7 episódios de 
comportamentos compensatórios inapropri-
ados por semana; 
 - Grave: média de 8 a 13 episódios de 
comportamentos compensatórios inapropri-
ados por semana; 
 - Extrema: média de 14 ou mais compor-
tamentos compensatórios inapropriados por 
semana. 
 
Transtorno de compulsão alimentar periódica: 
• Critério A: episódios recorrentes de com-
pulsão alimentar. Um episódio de compul-
são alimentar é caracterizado pelos seguin-
tes aspectos: 
 - Ingestão, em um período determinado 
(por exemplo, dentro de cada período de 
duas horas), de uma quantidade de alimento 
definitivamente maior do que a maioria das 
pessoas consumiria no mesmo período sob 
circunstâncias semelhantes; 
 - Sensação de falta de controle sobre a in-
gestão durante o episódio (p. ex., senti-
mento de não conseguir parar de comer ou 
controlar o que e o quanto se está ingerindo); 
• Critério B: os episódios de compulsão ali-
mentar estão associados a três (ou mais) dos 
seguintes aspectos: 
 - Comer mais rapidamente do que o nor-
mal; 
 - Comer até se sentir desconfortavelmente 
cheio; 
 - Comer grandes quantidades de alimento 
na ausência da sensação física de fome; 
 - Comer sozinho por vergonha do quanto 
se está comendo; 
 - Sentir-se desgostoso de si mesmo, depri-
mido ou muito culpado em seguida; 
• Critério C: sofrimento marcante em vir-
tude da compulsão alimentar; 
• Critério D: os episódios de compulsão 
alimentar ocorrem, em média, ao menos 
uma vez por semana durante três meses; 
• Critério E: a compulsão alimentar não 
está associada ao uso recorrente de compor-
tamento compensatório inapropriado como 
na bulimia nervosa e não ocorre exclusiva-
mente durante o curso de bulimia nervosa 
ou anorexia nervosa; 
• Especificar a gravidade atual: 
 - Leve: 1 a 3 episódios de compulsão ali-
mentar por semana; 
 - Moderada: 4 a 7 episódios de compul-
são alimentar por semana; 
 - Grave: 8 a 13 episódios de compulsão 
alimentar por semana; 
 - Extrema: 14 ou mais episódios de com-
pulsão alimentar por semana. 
 
Outros transtornos alimentares: 
• Anorexia nervosa atípica: todos os crité-
rios para anorexia nervosa são encontrados, 
exceto que mesmo com a significante perda 
de peso, o peso do indivíduo está dentro ou 
acima do padrão; 
• Bulimia nervosa (de baixa frequência 
e/ou duração limitada): todos os critérios 
de bulimia nervosa são encontrados, exceto 
que a compulsão e os comportamentos com-
pensatórios inapropriados ocorrem, em mé-
dia, menos do que uma vez por semana e/ou 
do que 3 meses; 
• Transtorno da compulsão alimentar pe-
riódica (de baixa frequência e/ou dura-
ção limitada): todos os critérios para TCAP 
são encontrados, exceto que a compulsão 
ocorre, em média, menos do que uma vez 
por semana e/ou menos do que 3 meses; 
• Transtorno da purgação: recorrente 
comportamento purgativo para influenciar 
peso ou formas corporais (ex: vômito auto-
induzido, abuso de laxantes, diuréticos ou 
de outras medicações) sem ter compulsão 
alimentar; 
• Síndrome da alimentação noturna 
(SAN): recorrentes episódios de comer no-
turno, manifestado por comer após desper-
tar de um sono ou por consumo excessivo 
de comida depois de uma refeição de no-
turna; 
 - Há consciência e lembrança do que co-
meu; 
 - O comer noturno não é mais bem expli-
cado por influência externa como mudança 
do ciclo dormir-despertar do indivíduo ou 
por normas sociais locais; 
 - O comer noturno causa significante sofri-
mento e/ou danos ao funcionamento; 
 - O padrão do transtorno de comer não é 
mais bem explicado pelo TCAP ou outra 
doença mental, incluindo uso de substâncias, 
e não é atribuível para outra condição mé-
dica ou para efeito de alguma medicação. 
 
Anorexia nervosa 
• Critérios diagnósticos DSM-V: 
 - Restrição da ingesta calórica, levando a 
um peso corporal significativamente baixo; 
 - Medo intenso de ganhar peso; 
 - Perturbação no modo de vivenciar o peso, 
o tamanho ou formas corporais; 
• Apresentação: 
 - Levam muito tempo reorganizando os 
itens dos alimentos no prato e costumam 
cortar os alimentos em porções muito pe-
quenas; 
 - Alimentos restritos em energia, pobre em 
gorduras e rica em proteínas. De forma ge-
ral, tem grande preocupação relacionada 
aos alimentos; 
 - Geralmente nos primeiros da puberdade; 
• Complicações: 
 - Desnutrição; 
 - Amenorreia; 
 - Distúrbio do sono; 
 - Intolerância ao frio (vasoconstrição peri-
férica e cianose de extremidades); 
 - Hipotensão; 
 - Perda de densidade óssea; 
 - Distúrbios hidroeletrolíticos; 
 - Hipoglicemia; 
• Exames laboratoriais podem estar normais; 
• Distorção da imagem corporal; 
• Busca incessante da magreza, com medo 
intenso de engordar; 
• Exame físico: acrocianose, lanugem e 
pigmentação amarelada da pele, perda sig-
nificativa de gordura corporal e aumento 
das protuberâncias ósseas (aumento das pa-
rótidas, típicas dos emagrecidos, pode mas-
carar a angulação dos traços faciais), dimi-
nuição da temperatura axilar, pressão, pulso, 
ausência dos caracteres sexuais secundários 
(se anorexia desenvolvida antes da puber-
dade) 
 
Bulimia nervosa 
• Critérios diagnósticos DSM-V: 
 - Episódios recorrentes de compulsão ali-
mentar; 
 - Comportamentos compensatórios ina-
propriados; 
 - 1x/semana ao longo de 3 meses; 
• Apresentação: 
 - O peso está normal ou um pouco aumen-
tado em função das compulsões frequentes; 
 - Mais prevalente em adolescentes mais 
velhos; 
 - Preocupação constante com a alimenta-
ção e episódios frequentes de hiperfagia, se-
guidos de um forte sentimento de culpa; 
 - Obsessão com a imagem corporal; 
 - Uso de medicamentos para perder peso e 
tendências a práticas purgativas (exercícios 
físicos exagerados, indução de vômitos, uso 
de laxantes e diuréticos); 
 - Cleptomania; 
 - Auto-mutilação; 
• Complicações: 
 - Distúrbios hidroeletrolíticos; 
 - Lacerações esofágicas; 
 - Desidratação; 
 - Edema; 
 - Hipertrofia de parótidas; 
 - Calos e cicatrizes (sinal de Russel); 
• Alguns mostram componentes impulsivos 
e antissociais, como abuso de drogas, clep-
tomania, promiscuidade sexual e automuti-
lação; 
• A depressão é a queixa mais comum e as 
tentativas de suicídio são três a quatro vezes 
mais frequente nestes pacientes do que na-
queles com anorexia nervosa; 
• Passando despercebido pela família ou 
amigos. 
 
Transtorno de com-
pulsão alimentar pe-
riódico (TCAP) 
• Critérios diagnósticos DSM-V: 
 - Episódios recorrentes de compulsão ali-
mentar; 
 - Intenso sofrimento em virtude da com-
pulsão alimentar; 
 - A compulsão alimentar não está associ-
ada ao uso recorrente de comportamento 
compensatório; 
• Apresentação: 
 - Comer rapidamente; 
 - Comer grandes quantidades de alimentos, 
quando não se está fisicamente com fome; 
 - Comer sozinho em razão do embaraço 
pela quantidade de alimentos; 
 - Sentir repulsa de si mesmo, depressão ou 
demasiada culpa após a compulsão. A pre-
sença de acentuada angústia pela compul-
são alimentar; 
 - Não são utilizados métodos compensató-
rios inadequados. 
 
Tratamento 
• Equipe multidisciplinar: psiquiatria, psi-
cologia e nutrição; 
• Os transtornos alimentares exigem trata-
mento especializado; 
• Tanto os pacientes quanto suas famílias 
são resistentes ao tratamento. Em geral,é 
necessário grande esforço para convencê-
los da necessidade da ajuda profissional; 
• Os principais objetivos do tratamento são 
a reabilitação nutricional e a aquisição de 
hábitos alimentares saudáveis, paralela-
mente ao diagnóstico e tratamento dos pro-
blemas psicológicos, familiares, sociais e 
comportamentais, evitando as recaídas; 
• Em razão da alta morbimortalidade (em 
torno de 5% dos casos diagnosticados), jus-
tifica a necessidade de tratamento precoce; 
• Tratamento ambulatorial parece ser sufici-
ente para a recuperação da maioria, a longo 
prazo pode apresentar melhores resultados; 
• O tratamento ambulatorial evita o estigma 
da internação, não causa mudança brusca na 
rotina diária, diminui a influência de outros 
pacientes, além de ser economicamente 
mais acessível. 
 
→ 
• IMC < 75% do previsto para idade e sexo; 
• Velocidade da perda de peso (persistente); 
• Gravidade dos distúrbios metabólicos e hi-
droeletrolíticos; 
• Disfunção cardíaca (bradicardia, arritmia 
e hipotensão); 
• Síncope; 
• Depressão grave; 
• Risco de suicídio; 
• Varizes esofágicas, hematêmese e ruptura 
esofagiana; 
• Falência no tratamento ambulatorial; 
• Algumas vezes a internação se faz neces-
sária para afastar o paciente anoréxico tem-
porariamente de sua família (crise familiar). 
 
→ 
• Até o momento não se identificou uma 
droga com ação comprovada na anorexia 
nervosa; 
• Os medicamentos usados empiricamente 
incluem: 
 - Antidepressivos: pacientes depressivos 
persistentes na vigência de ganho de peso; 
 - Neurolépticos baixas doses: comporta-
mento obsessivo e psicótico; 
 - Ansiolíticos: ansiedade antecipatória em 
relação as refeições; 
 - Estrogênios: reduzir a perda do cálcio 
nos casos de anorexia nervosa com amenor-
reia crônica. 
 
Prognóstico e 
evolução 
• A natureza crônica dos distúrbios alimen-
tares requer a manutenção do tratamento 
por tempo prolongado, a fim de evitar reca-
ídas; 
• O óbito pode decorrer das complicações 
ou do suicídio; 
• Cerca de 30% dos pacientes com bulimia 
nervosa apresentam antecedentes de anore-
xia nervosa; 
• Entre os bulímicos, cerca de 70% apresen-
tam recuperação completa após o trata-
mento, com redução considerável dos sinto-
mas; 
• Piores prognósticos associados em situa-
ções em que o peso corporal está muito 
baixo, com a presença de vômitos ou purga-
ção e a omissão ou interrupção do trata-
mento; 
• Estudos têm revelado uma variação de 5 a 
18% nas taxas de mortalidade. 
 
Alerta 
• Todo profissional da área da saúde, prin-
cipalmente aquele que cuida de adolescente, 
deve ser capacitado a identificar precoce-
mente os transtornos alimentares; 
• Preocupação excessiva com corpo, auto-
imagem e peso; 
• Hábito de dietas; 
• Conhecimento aprofundado dos valores 
calóricos dos alimentos; 
• Prática de exercício de forma exaustiva.

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