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Urgências hipertensivas elevação acentuada da PA, definida arbitrariamente como PAD > ou = 120 mmHg, sem lesão de órgão-alvo (LOA) aguda Emergências hipertensivas elevação acentuada da PA, tipicamente com PAD > ou = a 120 mmHg, com LOA aguda e progressiva Pseudocrise hipertensiva – condição comum nos setores de emergência; sem lesão de órgãos-alvo, sem risco imediato de morte Em pacientes tratados e não controlados ou hipertensos não tratados com níveis tensionais muito elevados pouco sintomáticos ou assintomáticos Também é caracterizada como elevação da pressão arterial diante de um estresse emocional, evento doloroso ou de algum desconforto como enxaqueca, tonturas, além de manifestações de síndrome do pânico Exames laboratoriais = hemograma, função renal, eletrólitos urina 1 e marcadores de hemólise As crises hipertensivas mais comuns são edema agudo de pulmão e AVE Fisiopatologia ACHADOS CLÍNICOS O uso de drogas ilícitas é um FR para crises hipertensivas, devendo ser questionado ativamente, principalmente no tocante ao uso de drogas adrenérgicas, como a cocaína neurológico – buscar alterações do nível de consciência, como agitação e sonolência déficit de força ou sensibilidade e rigidez de nuca; testar reflexos em mulheres grávidas ou no puerpério (eclampsia); sinais de congestão pulmonar, dispneia e tosse com expectoração rósea (edema pulmonar) Retinopatia hipertensiva EXAMES COMPLEMENTARES No caso de UH, não é geralmente indicado, pois aumenta desnecessariamente os custos e o tempo de permanência do paciente no hospital sem alterar a conduta Suspeita de EH – hemograma, ureia e creatinina, eletrólitos e exame de sedimento urinário (proteinuria, leucocituria e hematúria), marcadores de hemólise (bilirrubina, LDH, esquizocitos) Condições especificas associadas – SCA (marcadores de necrose miocárdica), edema agudo de pulmão (BNP e Nt-pro-BNP), dissecção de aorta (dosagem do D-dímero) Exames de imagem – ECG, RX tórax, TC ou RM de crânio, angiotomografia de aorta, US point of care, ecocardiografia DIAGNOSTICO Anamnese e história clínica; medida adequada da pressão arterial (nos 2 braços e no mínimo 3 medidas) Investigar situações que podem elevar a pressão arterial como uso ou descontinuação de fármacos e drogas ilícitas - Avaliação adequada de sinais e sintomas DIAGNOSTICO DIFERENCIAL Pseudocrises hipertensivas – pacientes com níveis pressóricos elevados associados a queixas de dor torácica atípica, estresse psicológico agudo e síndrome de pânico Devem ser tratados com repouso, analgésicos ou tranquilizantes e não com agentes anti-hipertensivos 1. Investigação de lesões de órgãos-alvo nas EH Em pacientes com diagnostico prévio e tratamento para HAS, devem-se retomar as medicações de uso ambulatorial e reforçar a importância da adesão a medicamentos e dietética, além de aumentar a dose ou adicionar nova classe; em pacientes sem diagnostico prévio – iniciar tratamento no DE, encaminhando para acompanhamento ambulatorial Pacientes com alto risco de eventos cardiovasculares iminentes – controle de PA em horas; medicamentos por via oral e com meia-vida curta Captopril 6,25-12,5 mg Clonidina 0,2 mg Hidralazina 12,5-25 mg Objetivo – redução de 20 a 30 mmHg na pressão sistólica em algumas horas Alternativa – medicações de efeito prolongado, como a anlodipina ou a clortalidona Todos os pacientes em UH devem ter retorno precoce, medicações devem ser ajustadas para PA menor que 160 x 100 mmHg EMERGENCIAS HIPERTENSIVAS CLINICA Cefaleia, borramento visual, nocturia, astenia e alteração da função renal O manejo depende da presença de sintomas neurológicos; se presentes – tratar de forma semelhante aqueles com encefalopatia hipertensiva, caso ausentes – pode ser manejado com medicações por via oral Clonidina 0,2 mg Inibidores da ECA (captopril 25 mg ou enalapril 10 mg) No estudo ACCOMPLISH a combinação de bloqueadores dos canais de cálcio e inibidores de ECA é uma boa opção A. Manifestações cerebrovasculares Encefalopatia hipertensiva, AVC isquêmico, AVC hemorrágico e hemorragia subaracnóidea B. Cardiocirculatórias Dissecção de aorta, edema agudo de pulmão com disfunção ventricular esquerdam síndrome coronariana aguda C. Renais / comprometimento de múltiplos órgãos Insuficiência renal aguda, interrupção abrupta de clonidina/bbloq e crises adrenérgicas graves, crise do feocromocitoma, drogas ilícitas (cocaína e crack), HAS na gestação e eclampsia, síndrome “HELLP”, pré eclampsia com sinais de gravidade, hipertensão grave em final de gestação ENCEFALOPATIA HIPERTENSIVA Sinais e sintomas de edema cerebral devido a aumento súbito ou elevações súbitas da PA; diagnostico de exclusão – após descartar outras disfunções Característico por melhora importante do quadro após a redução de 10 a 15% da PAM O paciente pode apresentar cefaleia, náuseas, vômitos, confusão mental, convulsões, letargia e coma. Além de alterações visuais especificas, exame de fundo de olho pode demonstrar papiledema Tratamento Objetiva a redução de 10 a 15% da PAM na primeira hora, tendo o cuidado de reduzir no máximo 25% nas primeiras 24 horas Nitroprussiato de sódio endovenoso em infusão continua Labetalol Em caso de crises convulsivas – benzodiazepínicos para abortar; em caso de recorrência – fenitoina AVC Os diferentes acidentes vasculares possuem diferentes alvos de PA; não há contraindicação de nenhuma das drogas descritas, mas dá-se preferência ao nitroprussiato devido a seu rápido tempo de ação e meia-vida curta A nicardipina e o labetalol são considerados drogas de escolha nesses pacientes Hemorrágico EDEMA AGUDO DE PULMÃO Congestão pulmonar, hipertensão e insuficiência respiratória aguda. Cerca de 1/3 dos pacientes tem função ventricular esquerda preservada Sinais Dispneia, intolerância aos esforços, ortopneia, dispneia paroxística noturna, tosse e fadiga Uma RX de tórax pode confirmar a congestão pulmonar um ECG pode descobrir a causa A presença de congestão pulmonar em todos os campos pulmonares e hipertensão estabelece o diagnóstico de EAP hipertensivo; o diagnóstico é clinico não se devendo aguardar exames de imagem para iniciar o tratamento Tratamento Objetiva reduzir a PA 25% nas primeiras horas – nitroprussiato ou nitroglicerina Indicado também um diurético de alça (furosemida) para redução da volemia – melhora da congestão Hidralazina e BB – Evitar SINDROME CORONARIANA AGUDA Nitroglicerina é comumente utilizada DISSECÇÃO AGUDA DE AORTA O tratamento inicial consiste em analgesia e diminuição do estresse na parede da aorta através do controle da PA e da FC ECLAMPSIA / PRÉ-ECLAMPSIA Pré-eclâmpsia grave = PA > 160 X 110 MMhG OU pa > 140 X 90 MMhG, com alteração do nível de consciência, cefaleia intensa, alterações visuais ou lesões de órgão alvo São consideradas emergências hipertensivas – o manejo pode ser feito com labetalol ou hidralazina INDICAÇÕES DE INTERNAÇÃO, TERAPIA INTENSIVA E SEGUIMENTO Todos os pacientes com EH tem indicação de internação e, em muitos casos, manejo em UTI As UH não necessitam internação hospitalar, exceto em raras circunstancias
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