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01 - Unidade 01 - Secão 01 - Não pode faltar

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29/05/2022 14:51 lddkls212_dir_cib_web
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NÃO PODE FALTAR
SEGURANÇA, FISCALIZAÇÃO E LEGISLAÇÃO APLICÁVEL
Luiz Felipe Nobre Braga
CONVITE AO ESTUDO
Caro estudante, seja bem-vindo ao nosso ciclo de estudos!
Os desa�os da humanidade são vários. A vida intersubjetiva, social, está repleta de
situações que são tuteladas pelo Direito e, assim, pelo Estado. 
Desde o princípio da internet até os dias atuais, convivemos com novos problemas
e questões que merecem dedicada atenção.
Não apenas o pro�ssional da área jurídica tem interesse nesse campo, como
praticamente todos aqueles que produzem bens e serviços e atuam no mercado
global, na economia. 
Fonte: Shutterstock.
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Áudio disponível no material digital.
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Dessa maneira, é urgente que conheçamos os principais elementos que
tangenciam e justi�cam historicamente o nascimento de uma área do saber
direcionada ao estudo sistemático das relações humanas em ambientes virtuais: o
Direito Cibernético.
Pensando nisso, o presente estudo está estruturado de forma a mobilizar em você
os conhecimentos principais nos assuntos mais destacados dentro do campo
juscibernético. 
Inicialmente, trataremos das questões afetas à segurança digital, à sua �scalização
e à legislação aplicável a esta seara, de modo que você se sinta ambientado nos
conceitos primordiais que permitirão um trânsito consciente e crítico para os �ns
dos assuntos propostos. Neste percurso, ainda discutiremos o tema de
concorrência desleal e o direito ao esquecimento. 
Em seguida, considerando o novo mercado de criptomoedas, dissertaremos a
respeito de blockchain, Big Data e uma especial re�exão acerca da bitcoin, visando
ao entendimento de como funciona esse novo cenário econômico, altamente
dinâmico e volátil, que tem ocupado grande parte dos noticiários �nanceiros
recentes. Também faremos um cotejo da legislação aplicável a este cenário. 
Por �m, à medida que a internet dominou praticamente todos os setores da vida
prática, do ambiente doméstico ao trabalho, abordaremos a Internet das Coisas,
em um contexto de profunda interconexão tecnológica, que tem permitido
sucessivas inovações no modo pelo qual interagimos enquanto seres humanos
sociáveis e com os objetos materiais, com as utilidades e praticidades do dia a dia.
O intuito será, por outro lado, desvelar os benefícios econômicos deste segmento,
tanto do ponto de vista estatal quanto empresarial.
PRATICAR PARA APRENDER
Olá!
A partir de agora iniciamos efetivamente nossos estudos no campo do novo Direito
Cibernético. 
Como se trata de uma área relativamente nova da ciência jurídica, enquanto
estrutura sistematizada, mas que guarda profunda conexão com os temas da
tecnologia e da inovação, é fundamental que conheçamos alguns destes conceitos
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preliminares, de modo a preparar o estudo, que será articulado ao longo de toda a
abordagem. 
Neste quadro, iniciamos pela introdução acerca da tecnologia, da inovação e da
correlata legislação aplicável. A�nal, o que se pode entender destes termos, para
efeito de se buscar a adequada tutela jurídico-estatal? Quais as normas jurídicas
atuais que lidam com tais fenômenos? Indagaremos a respeito do tratamento
jurídico aplicável, além do modo de funcionamento destes contextos digitais e seus
variados impactos.
Percorrendo esse ensejo, debateremos as implicações no que se refere à
concorrência desleal nos meios digitais, com ênfase no entendimento da
necessidade de �scalização, segurança e implantação de boas práticas pelos
variados agentes que atuam nesse contexto. 
Por �m, abordaremos o tema do direito ao esquecimento, de modo a entender seu
conceito e sua aplicabilidade, em termos de con�guração jurídica, além da sua
relação com a dinâmica de proteção de dados e de direitos fundamentais, algo
que, junto com os demais tópicos, tem levado a humanidade rumo a novos
patamares de atenção, dada a sociabilidade digital crescente.
A �m de colocarmos em prática os conhecimentos a serem aprendidos, vamos
analisar a seguinte situação-problema: um empresário, dono de uma franquia
internacional de alimentos muito famosa e conhecida, busca você, pro�ssional
estudioso do Direito Cibernético, para solucionar um problema que vem
enfrentando com um possível concorrente. O empresário descreve a situação a
seguir.
Uma empresa de alimentos recentemente aberta em uma pequena cidade
interiorana e que utiliza o nome de Mash Donald’s publicou, em uma rede social,
uma imagem que dizia respeito à inauguração de um novo produto, um lanche
cujo nome é “Big Mash”, que continha dois hambúrgueres, alface, queijo, molho
especial, cebola picles em um pão slim. Na mesma publicação, �cava notável a
predominância de tons em vermelho em contraste com um grande logotipo
amarelo, formado pela letra “M”.
Ao navegar por diversas páginas de redes sociais diferentes, nas legendas é
possível identi�car, reiterada vezes, não só informações, como local, valor e data
de inauguração, bem como a seguinte frase: “amo demais tudo isso”. 
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Após o relato do cliente, você procura saber mais da empresa de seu cliente. Após
algumas buscas e perguntas durante a conversa, você descobre algumas
informações: o nome fantasia da empresa (McDonald’s); seu produto mais vendido
(Big Mac); seus ingredientes; (dois hambúrgueres, alface, queijo, molho especial,
cebola picles em um pão com gergelim); seu logotipo (a letra “M”); as cores temas
(vermelho e amarelo). 
A partir de agora, você deverá elaborar um breve parecer técnico, analisando a
situação à luz da disciplina estudada quanto à concorrência desleal. A�nal, trata-se
de um caso deste tipo? Em tese, é possível a�rmar que houve, no plano das
divulgações em meios digitais, frustração da livre concorrência? 
Respondendo a essas questões e, eventualmente, analisando outras, como você
poderia estruturar o parecer técnico? 
Com base no estudo dos temas apresentados, teremos condições de trilhar um
caminho de bastante consistência no terreno do Direito Cibernético. A apreensão
desses conceitos iniciais é de suma importância para o aprendizado que se inicia,
com especial relevância para a sua prática pro�ssional, independentemente da
área de formação. 
Vamos em frente e com atenção, mantendo-nos “conectados” e em ritmo
acelerado de descobrimento dos fenômenos que permeiam o mundo digital. 
Bons estudos!
CONCEITO-CHAVE
Quando pensamos na sociedade dos dias atuais, é automático perceber o quanto
estamos vivendo uma vida inteiramente conectada. O século XXI, especialmente,
tornou-se um período da história humana que ainda está em processo de
construção – aliás, que está levando às últimas consequências o desenvolvimento
da técnica, a partir de longos anos de pesquisas nos campos da matemática, da
física e da teoria computacional. Cada vez mais os avanços da assim chamada
sociedade digital permitem novos e sucessivos desenvolvimentos, descobertas e
alternativas que vão surgindo com o objetivo de facilitar a vida, os negócios, as
relaçõesinterpessoais, as interações culturais e a economia. 
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É natural que, junto com as melhorias da era digital, advenham também desa�os.
Estes são os que, sobretudo, dizem respeito à proteção dos direitos e garantias
fundamentais individuais e coletivos, como os que estão previstos na Constituição
Federal brasileira de 1988 (BRASIL, 1988). Direitos como dignidade da pessoa
humana, liberdade de expressão, liberdade de crença, credo e de pensamento, e
até mesmo a proteção especí�ca dedicada às relações de natureza econômica no
campo da livre iniciativa, da livre concorrência e das relações de consumo, devem
ser necessariamente observados na vida – digamos – real, e na vida virtualizada
(que não deixa de ser, por conseguinte, uma extensão do nosso viver cotidiano). 
É da própria natureza humana a busca por novos caminhos do saber e, com base
nisso, a busca por novos horizontes de emprego do saber adquirido – essa
dimensão prática é o que assegura o progresso da humanidade. Não há dúvida,
por exemplo, de que a internet consiste em uma ferramenta de grande
importância para as relações sociais contemporâneas. Mas esse exemplo não
deixa de ser mais uma das inúmeras inovações proporcionadas pela
transformação do mundo social. Note como as indústrias mudaram desde as
Revoluções Industriais do século XIX, como os serviços foram transformados ao
longo do tempo até os nossos dias. Veja como até mesmo a educação mudou,
passando de um sistema passivo para uma sistemática proativa, muito mais
convidativa, dinâmica e participativa, por meio de ferramentais variados, como
este material que você está lendo neste exato momento. Perceba como os
tratamentos médicos avançaram; como a economia, em sua dimensão �nanceira
mais avançada, interconectou o mundo. Esse longo itinerário de novidades – que
não é possível de ser esgotado, em virtude dos incontáveis exemplos – traz-nos
necessidades também diferentes para re�etir. A�nal de contas, o Direito, o Estado
e a sociedade, enquanto tal, precisam aprender a lidar como esse novo mundo de
oportunidades, de modo a garantir que os benefícios da tecnologia não
signi�quem uma terra árida, na qual não há direitos e garantias, em que não há
bom senso e o mínimo de regulação, todavia um campo no qual podemos veri�car
sim a existência de segurança, de respeito àqueles direitos fundamentais
mencionados, assim como à privacidade, à vida, à integridade moral etc. 
Mas estamos discutindo, de modo preliminar, a tecnologia, e ainda não nos
dedicamos ao seu conceito. É muito importante conhecê-lo.
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A tecnologia, como técnica empregada para uma utilidade, consiste nesta
habilidade de a humanidade explorar conscientemente as potencialidades da
ciência em prol do progresso e do bem comum. Somente faz sentido a tecnologia,
assim compreendida, nesta chave de leitura que procura atribuir certo sentido
ético aos seus propósitos. Essa ética, que está envolvida no campo da
transformação do mundo material em benefício da criação de utilidades, de
práticas, de metodologias e de sistemas, diz respeito ao favorecimento de todos os
seres humanos, concertados com o respeito ao meio ambiente equilibrado e à
proteção da dignidade. Tecnologia é considerada como gênero, como algo que
compreende as
Por outro lado, também é possível considerar a tecnologia no sentido de um
processo, que serve à conversão de conhecimento cientí�co em objetos que se
tornam úteis para �ns de apoio às diversas atividades humanas (AKABANE, 2019).
Neste sentido, “Tecnologia não se reduz a instrumentos [...] é também um conjunto
de produtos, serviços e processos” (BATISTA; FREIRE, 2014, p. 34). É inegável, neste
contexto, que a tecnologia, como ferramenta e técnica, ou como processo de
conversão útil dos saberes cientí�cos, melhora – e muito – a produtividade,
favorece a criatividade, reduz o tempo das tarefas ordinárias e permite o
desenvolvimento da espécie humana (REIS, 2008).
REFLITA
Você já pensou que dentro do conceito de tecnologia não estão incluídos
apenas os objetos mais avançados que temos à mão, como um computador
portátil, a internet, um smartphone ou um processo produtivo na indústria?
Ora, até mesmo no mundo primitivo, quando o homem criou as primeiras
ferramentas, como martelo, machado, faca, arco e �echa, também aí se
pode falar de tecnologia. Sempre que o ser humano transforma o mundo
A palavra tecnologia origina-se de duas palavras gregas: tekinicos, que signi�ca arte, habilidade, prática, e logus,
indicando conhecimento ou tratamento sistemático de. Assim, a tecnologia pode ser explicada como
conhecimento do hábil e prático para converter algo disponível em algo mais útil. 
— (AKABANE, 2019, p. 16)
“
[…] ferramentas, máquinas, utensílios, armas, instrumentos, habitação, roupas, dispositivos de comunicação e
transporte disponíveis, além das habilidades técnicas necessárias para usar um produto, desenvolver uma
técnica de produção ou prestar serviços. 
— (AKABANE, 2019, p. 16)
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material, a partir de alguma espécie de conhecimento adquirido ou
descoberto, criando certa utilidade produtiva, estamos diante de uma
tecnologia.
A análise da tecnologia leva em conta, ainda, a ideia se há ou não limites para a
técnica. Tais limites dizem respeito à inserção da vida humana no império da
técnica, pois “a tecnologia cumpre importante papel na reprodução da vida
humana e na resolução dos problemas que afetam a existência natural e social.”
(BATISTA; FREIRE, 2014, p. 39). Ao de�nir tecnologia e re�etir a seu respeito,
portanto, é fundamental pensar acerca da sua inserção na sociedade e na vida
pessoal. Os aparatos criados pela tecnologia, seus produtos diretos, praticamente
correspondem a uma espécie de prolongamento dos corpos e das mentes; a
tecnologia passa a integrar nosso campo de emoções, dos nossos desejos
(BATISTA; FREIRE, 2014). 
É por esse motivo, isto é, porque desejamos os produtos tecnológicos,
depositando neles até mesmo nossas esperanças e anseios, que o mundo do
consumo está intrinsecamente conectado ao mundo da técnica empregado em
utilidades e benesses, com o mundo da tecnologia. Os produtos da técnica nem
sempre podem ser considerados como indispensáveis; passam a sê-lo, no entanto,
devido a um movimento de geração de fantasia e fetiche – acreditamos que
precisamos deste ou daquele objeto para alcançarmos a felicidade. Esta, contudo,
dura apenas enquanto ainda não surgiu outra inovação. Logo queremos outra.
Logo mudamos. Tudo se troca e se torna descartável. É possível dizer que um dos
impactos da tecnologia, aliada aos desenfreados anseios de lucro, típicos da
sociedade do capitalismo avançado, é a inundação ininterrupta de mercadorias
cuja utilidade real é questionável. 
Ainda que se possa considerar tais aspectos como dimensão negativa da
tecnologia do nosso tempo, a questão surge apenas como uma necessidade de
manter um pensamento crítico. Por outro lado, jamais podemos nos esquecer dos
benefícios e das facilidades; dos saltos de desenvolvimento humano, de civilidade;
dos ganhos reais, em termos de participação democrática, que a tecnologia
permite. Logo, "não se pode ignorar a contribuição dos novos aparatos
tecnológicos audiovisuais paraa democratização da produção e fruição de
imagens, sendo eles parte de um processo mais amplo de revolução social,
tecnológica e cultural” (BATISTA; FREIRE, 2014, p. 47).
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Como verdadeira transformação, a tecnologia transforma, no mesmo movimento,
a maneira pela qual o Direito absorve (ou deve absorver), pelas normas jurídicas, a
tutela (proteção) estatal das pessoas (tanto as pessoas físicas, como as
organizações empresariais).
ASSIMILE
O Direito da Internet não é um nome de todo adequado, pois, aqui,
tratamos do mundo digital de maneira ampla. Logo, como esse ramo
estuda as relações provenientes da ideia de sociedade virtual, surge o
Direito Cibernético como ramo especializado da ciência jurídica, dedicado à
compreensão, estrutura de �scalização, regulação e indicação de boas
práticas, com �nalidade de prevenção de riscos e respeito absoluto aos
direitos e garantias fundamentais, individuais e coletivos, no âmbito das
relações sociais virtuais, típicas das sociedades contemporâneas.
Desde os primórdios das civilizações humanas, as práticas sociais, devido à sua
repetição e aceitabilidade, ou mesmo pela imposição, foram incorporadas
revestiram-se de formato jurídico. Isso signi�ca que aquilo que era usualmente
aceito no meio social, as condutas sociais, foram sendo contempladas no
ordenamento jurídico, dotando-as de obrigatoriedade, imperatividade e, via de
regra, com previsões de penas em caso de descumprimento. O Direito caminha
lado a lado com a sociedade, dela buscando os fatos que dão ensejo à criação de
normas, então, jurídicas. 
Quando a normatização se dá, tem-se que a “meta do ordenamento jurídico é ser
uma organização centralizada do poder, que teria vantagens e adaptabilidade
diante das mudanças, o que garantiria seu grau de certeza e e�cácia na sociedade”
(PECK, 2016, p. 55). Há, assim, uma participação ativa da sociedade no que se
refere à conformação da ordem jurídica, o que não deixa de transparecer na
própria juridicidade os valores que permeiam o convívio intersubjetivo médio. Ao
longo da história humana, diversas organizações sociais, de diferentes e variados
tipos, deram origem a sistemas jurídicos igualmente diferenciados (REIS, 2008).
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Pode-se dizer que o terço �nal do século XX e, agora, as décadas iniciais do XXI,
passou (e passa) por verdadeira revolução: de natureza digital. As relações sociais
expandiram-se para o terreno difuso da internet; a sociedade passou a ser
altamente informatizada, bem como os negócios e a economia como um todo. A
rapidez das mudanças demandou uma resposta igualmente célere por parte do
Estado, para uma nova e necessária adaptação do Direito vigente, com a �nalidade
de tutelar os direitos individuais e coletivos nesse novo espaço, o ciberespaço.
Estamos na aurora do Direito Digital. Note, por exemplo, que
Por tais razões, o pro�ssional de qualquer área "tem a obrigação de estar em
sintonia com as transformações que ocorrem na sociedade” (PECK, 2016, p. 47). 
Neste sentido, perceba como a informática nasce da vontade de bene�ciar e
auxiliar a humanidade no âmbito das suas atividades cotidianas, facilitando seu
trabalho, sua vida, seus estudos, seu conhecimento do mundo. Diz-se que “a
informática é a ciência que estuda o tratamento automático e racional da
informação” (KANAAN, 1998, p. 22-31). 
Assim:
A internet, por exemplo, surge nos anos 1960 no auge da guerra fria, nos Estados
Unidos – é sabido que tinha �ns militares, inicialmente. Depois, passou a ser
utilizada para �ns civis (PECK, 2016). O microprocessador viria nos anos 1970 do
século passado, operando, ainda, grande revolução computacional. Com isso, nos
A capacidade de adaptação do Direito determina a própria segurança do ordenamento, no sentido de
estabilidade do sistema jurídico por meio da atuação legítima do poder capaz de produzir normas válidas e
e�cazes. A segurança das expectativas é vital para a sociedade, sendo hoje um dos maiores fatores
impulsionadores para a elaboração de novas leis que normatizem as questões virtuais, principalmente a
Internet.
—  (PECK, 2016, p. 56)
“
[…] há pouco mais de quarenta anos, a Internet não passava de um projeto, o termo 'globalização' não havia
sido cunhado e a transmissão de dados por �bra óptica não existia. Informação era um item caro, pouco
acessível e centralizado.
—  (PECK, 2016, p. 47)
“
[...] entre as funções da informática há o desenvolvimento de novas máquinas, a criação de novos métodos de
trabalho, a construção de aplicações automáticas e a melhoria dos métodos e aplicações existentes. O
elemento físico que permite o tratamento de dados e o alcance de informação é o computador.
—  (KANAAN, 1998, p. 22-31).
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anos 1990 houve enorme expansão da internet, desde o e-mail até o acesso a
banco de dados e informações disponíveis na World Wide Web (WWW), que é o seu
espaço multimídia (PECK, 2016). 
Como as transformações resultam em mudanças comportamentais, a necessidade
de �scalização e regulação passa a ser sentida no plano das preocupações
jurídicas.
O Direito Cibernético (ou digital) incorpora características de vários ramos do
Direito, como do direito civil, autoral, empresarial, contratual, econômico,
consumerista, tributário, penal etc. Neste momento, no entanto, apresentamos
algumas particularidades desse novo ramo: o tempo e o espaço. A questão do
tempo diz respeito à necessidade de constante atualização das normas jurídicas,
como forma de dar vazão às rápidas transformações digitais e da tecnologia. O
espaço (ou territorialidade) no campo do direito digital merece a ponderação de se
saber que a internet, por exemplo, está em todo lugar, de modo que é preciso a
determinação do local da prática de eventual ato, dano ou daquele local onde as
consequências serão suportadas. É tema tratado no art. 11 da Lei nº 12.965/2014
(Marco Civil da Internet), que ainda será objeto de análise posterior, mais
detalhada. 
Assim, em qualquer operação de coleta, armazenamento, guarda e tratamento de
registros de dados pessoais ou de comunicações por provedores de conexão e de
aplicações de internet em que pelo menos um desses atos ocorra em território
nacional, deverão ser obrigatoriamente respeitados a legislação brasileira e os
direitos à privacidade, à proteção dos dados pessoais e ao sigilo das comunicações
privadas e dos registros. Quanto ao direito à informação e à liberdade de
pensamento, vale a pena dizer que no Brasil não é autorizado o discurso de ódio
(hate speech); igualmente, a proteção da informação também é elemento
indispensável, especialmente na dimensão da privacidade e intimidade.
Este sentimento de que se fazendo leis a sociedade se sente mais segura termina por provocar verdadeiras
distorções jurídicas, [...]. O Direito é responsável pelo equilíbrio da relação comportamento-poder, que só pode
ser feita com a adequada interpretação da realidade social, criando normas que garantam a segurança das
expectativas mediante sua e�cácia e aceitabilidade, que compreendam e incorporem a mudança por meio de
uma estrutura �exível que possa sustentá-la no tempo. Esta transformação nos leva ao Direito Digital. 
— (PECK, 2016, p. 57)
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Com efeito, a sociedade digital é comunitária; está em todo lugar e,
potencialmente, ao acesso de todos. Trata-se de um processo da própria
globalização. Logo, o Direito Digital é um direito comunitário por natureza. “É uma
aldeia global conectada” (PECK, 2016, p. 113). No Brasil, no entanto, deve-se aplicar
a legislação brasileira, notadamente os direitos e garantias fundamentais previstos
na Constituição Federal. Aliás, vale destacar a Lei Geral de Proteção de Dados
(LGDP), nº 13.709/2018, que dispõe sobre o tratamento de dados pessoais,
inclusive nos meios digitais, por pessoa natural ou por pessoa jurídica de direito
público ou privado, com o objetivo de proteger os direitos fundamentais de
liberdade e de privacidade e o livre desenvolvimento da personalidade da pessoa
natural. 
Vale ressaltar que:
A sociedade digital, ademais, trouxe um impacto signi�cativo ao plano econômico.
O maior �uxo no que se refere ao oferecimento de bens e serviços nos meios
virtuais acelera o dinamismo dos negócios, carregando consigo desa�os inerentes,
relacionados à proteção da concorrência, à segurança das operações, à �scalização
por parte das instituições, empresas e Poder Público, acarretando a necessidade
de se adotarem boas práticas nesse espaço mercantil digitalizado.
No Brasil, por exemplo, seguindo a tendência mundial, há um sistema de proteção
da livre concorrência e para a defesa da chamada Propriedade Industrial. Em
verdade, o asseguramento de uma concorrência livre e fundamentada em atos de
boa-fé é tema de suma importância, que não pode ser desprezado (e não é) pelo
direito digital contemporâneo, "pois, como sabemos, quanto mais forte o
competidor, mais posição dominante terá ele em relação aos demais e ao próprio
mercado.” (SILVA, 2013, p. 32). Com efeito, “a concorrência desleal é hoje, sem
sombra de dúvida, uma das mais importantes áreas de estudo no campo da
Propriedade Industrial.” (SILVA, 2013, p. 19). 
As leis do Direito Digital são as mesmas já existentes, totalmente válidas e aplicáveis: a Constituição Federal de
1988, o Código Civil, o Código de Defesa do Consumidor, o Código Penal etc. Há uma série de novas leis e
projetos de lei que visam a atender a questões novas especí�cas do uso da tecnologia, referentes a pirataria de
software, comércio eletrônico, direitos autorais, crimes eletrônicos, além de Regulamentações e Tratados
Internacionais. Tudo isso compõe o quadro normativo do Direito Digital atual. 
— (PECK, 2016, p. 613)
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Assim, a livre concorrência está em sintonia com outros relevantes contextos de
proteção jurídica-estatal, como a liberdade de ofício (liberdade de trabalho) e a
própria livre iniciativa. Todos esses temas estão previstos no texto da Constituição
Federal brasileira (BRASIL, 1988) e, na era digital, conformam-se às carências
aparecidas, tutelando as práticas surgidas nos até então inéditos mecanismos de
interação econômica (HOFFMANN-RIEM, 2020). 
Logo, a “concorrência desleal é todo e qualquer ato praticado por um industrial,
comerciante ou prestador de serviço contra um concorrente direto ou indireto, ou
mesmo um não concorrente, independentemente de dolo ou culpa” (SILVA, 2013,
p. 60-61). E quais seriam os pressupostos para sua identi�cação?
Desse modo, os atos de concorrência desleal consubstanciam-se, basicamente,
em:
Emprego de meios com o intuito de gerar confusão nos consumidores entre
estabelecimentos empresariais, bem como entre produtos e serviços.
Emprego de meios com a �nalidade de prejudicar a reputação ou negócios.
Aliciamento de trabalhadores e, até mesmo, o uso do suborno (corrupção).
Publicização de segredos industriais ou negociais, com o intuito de prejudicar o
direito industrial dos agentes econômicos.
Sistemática violação de acordos contratuais (SILVA, 2013).
Perceba como o problema da concorrência desleal pode ser aumentado no mundo
digital. Em um tempo em que os negócios e as informações se encontravam
armazenadas em meios físicos, como o papel, pode-se dizer que os problemas de
segurança eram relativamente simples. (TERADA, 2019). Com a tecnologia da
informação, com a sociedade em rede, a estrutura de segurança mudou. 
Agora, há algoritmos criptografados que servem para esconder informações
consideradas sigilosas ou con�denciais. A segurança se tornou muito mais
so�sticada, é verdade, mas não podemos considerar que está completamente
1) desnecessidade de dolo [intenção deliberada] ou fraude, bastando a culpa [negligência, imprudência ou
imperícia] do agente; 2) desnecessidade de veri�cação de dano em concreto [o dano potencial é também
considerado]; 3) necessidade de existência de colisão de interesses, consubstanciada na identidade de negócio
e no posicionamento em um mesmo âmbito territorial; 4) necessidade de existência de clientela, mesmo em
potencial, que se quer, indevidamente, captar; e, 5) ato ou procedimento suscetível de repreensão. 
— (SILVA, 2013, p. 54)
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imune a ataques cibernéticos, a vazamentos, seja para �ns econômicos, como no
exemplo da concorrência desleal, seja para o cometimento de outras infrações.
Assim, é possível visualizar a segurança cibernética "como um campo tão amplo
quanto a própria segurança, o que diminui as fronteiras entre as iniciativas estatais
e privadas e aumenta as necessidades de parcerias entre esses dois setores”
(PECK, 2020, p. 44). 
Nesse contexto, em termos de legislação especí�ca, além das normas jurídicas
relacionadas à Propriedade Industrial (Lei nº 9.279/1996), Propriedade Intelectual
de Programa de Computador (Lei nº 9.609/1998), Direitos Autorais (Lei nº
9.610/1998), há as disposições do Código Civil (Lei nº 10.406/2002), do Código de
Defesa do Consumidor (Lei nº 8.078/1990), do Sistema Brasileiro de Defesa da
Concorrência (Lei nº 12.529/2011). Há, também, o Marco Civil da Internet (Lei nº
12.965/2014) e a Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais (Lei nº 13.709/2018). 
Aliás, no atinente à segurança, o art. 46 da LGPD indica que os agentes de
tratamento de dados devem adotar medidas de segurança de natureza técnica e
administrativa adequadas para a proteção de dados pessoais quanto a acessos
não autorizados e para situações em que ocorram acidentes ou atos ilícitos, que
importem na destruição, perda, alteração ou qualquer outra forma de tratamento
prejudicial de dados (TEIXEIRA, 2020). 
O intuito da legislação é, com base no estabelecimento de direitos especí�cos,
ligados àqueles direitos fundamentais de origem constitucional (como a dignidade,
a liberdade, a privacidade etc.), �rmar parâmetros objetivos que condicionem a
boas práticas, no sentido de se buscarem as melhores técnicas disponíveis (PECK,
2021).
De tudo isso, você já pôde perceber que a proteção da informação é uma das
preocupações centrais do direito digital e do assim chamado direito cibernético.
Dados pessoais são informações de caráter importante para a pessoa, ou mesmo
para a empresa. No plano virtual, passam a ser considerados como dados de alta
vulnerabilidade, dada a rápida capacidade de disseminação e alcance em caso de
Como exemplo de boas práticas, os agentes poderão adotar política de privacidade interna, instituir canais de
denúncia para a proteção de dados, promover ações educativas e treinamentos,criar manuais e planos para o
caso de vazamento de dados, de forma a engajar todas as pessoas e setores de uma empresa para a política de
proteção aos dados pessoais. 
— (TEIXEIRA, 2020, p. 64)
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vazamento ou invasão (PECK, 2020; BENTIVEGNA, 2019). Dessa forma, “para que
uma organização tenha uma boa postura em segurança da informação, é
necessário implementar um Sistema de Gestão de Segurança da informação
(SGSI).” (PECK, 2020, p. 33). Esse sistema de gestão é altamente necessário para
que ocorra o funcionamento adequado de uma empresa que lide com tratamento
de dados pessoais – é até difícil de se imaginar uma empresa, atualmente, que não
lide com esse tipo de informação. Salvo pequenos negócios, toda empresa que
presta serviços, fornece bens ou utilidades, terá algum tipo de dado pessoal à sua
disposição para tratamento, desde fornecedores e empregados, até clientes,
consumidores, parceiros etc.
O sistema de proteção é também visto de um ponto de vista mais geral, enquanto
acesso democrático e respeito ao direito fundamental da liberdade de expressão.
No Brasil, existem limites à liberdade de expressão, à medida que, por exemplo,
proíbe-se o chamado hate speech, isto é, os discursos de ódio, eivados de
preconceito de todo gênero. A liberdade de expressão deve servir como um
prolongamento da personalidade da pessoa, com respeito às diversas
manifestações, às singularidades, como medida, aliás, de garantia de que o mundo
virtual é acessível a todos, sendo algo verdadeiramente democrático, inclusivo, que
favoreça as apetitividades individuais e coletivas, sempre à luz da boa-fé e da
dignidade humana. 
A internet, o mundo virtual, cria seus próprios mecanismos de memória, fazendo
esta se incorporar à vida coletiva enquanto tal. Na internet, as notícias (verdadeiras
e falsas – fake news) são dissipadas em segundos. Vidas podem ser destruídas ou
situações inexistentes podem ser estrategicamente criadas para favorecer ganhos
pessoais e vantagens empresariais, ou seja, para favorecer o lucro de uns e de
outros. De qualquer modo, é fato: a internet não nos deixa esquecer. Seja em
relação ao vazamento de dados pessoais, empresariais, notícias falsas, até mesmo
quanto aos boatos de todo tipo, o mundo virtual tem uma memória poderosa. O
A informação, por sua vez, é um conjunto de dados que, processados, ganham um signi�cado; é também um
ativo empresarial essencial para que o negócio se desenvolva, independentemente do ramo de atuação ou do
tipo de objeto que a empresa negocia. Por conta disso, deve ser protegida de forma adequada e segura. Isso
porque garantir a segurança das informações empresariais assegura a manutenção da competitividade e da
lucratividade e a �rmeza nas tomadas de decisões dentro da empresa, podendo ainda maximizar os retornos
sobre os investimentos e as oportunidades relativas ao negócio. 
— (PECK, 2020, p. 43)
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passado não �ca para trás. “Esta memória social gerada pela internet garante que
toda e qualquer informação compartilhada na rede esteja constantemente
disponível” (FRAJHOF, 2019, p. 19). Neste sentido:
Em várias ocasiões é muito interessante permanecer em sintonia com o passado,
como forma de se privilegiar o conhecimento público de informações relevantes.
Pense na vida pregressa de um candidato a um cargo público, como um presidente
ou um senador – certamente você perceberá a importância de informações, desde
que relevantes. 
Por outro lado, há diversos casos em que a memória virtual perpetua violações a
direitos, provocando danos de ordem moral e material de maneira ininterrupta.
Em todos esses casos, ganha destaque o chamado Direito ao Esquecimento
(Right to be Forgotten). 
EXEMPLIFICANDO
Pense, por exemplo, quando há a notícia de que uma pessoa supostamente
cometeu um crime. Imediatamente os meios de comunicação em massa
entram em contato com a notícia, muitas vezes criando um cenário de
culpa já formada. Ocorre que, no Brasil, ninguém pode ser considerado
culpado até que o devido processo penal alcance o seu �m, o qual se dá
apenas quando já se esgotaram todos os recursos possíveis aos Tribunais.
Ordinariamente, até podemos questionar o sistema judicial que existe,
porém não podemos alterar as coisas simplesmente porque isso nos
parece o correto. Um relógio quebrado também acerta as horas duas vezes
por dia. Neste sentido, se hoje o sistema pode gerar alguma impunidade
(como poderíamos pensar) com relação a este ou aquele caso, que
julgamos implacavelmente, amanhã esse mesmo sistema poderá ter como
réu nós mesmos. E então, será que não iríamos querer uma real chance de
defesa antes de sermos execrados publicamente? É preciso tomar cuidado
com os discursos muito aguerridos. O sistema judicial nos protege de nós
É como se a primeira página do jornal de ontem, com a manchete perturbadora, a imagem constrangedora,
com as chamadas para as principais notícias do dia [...] continuassem a ser a primeira página do jornal de todos
os dias, acessível a qualquer momento e a qualquer tempo. Basta um clique, e menos de dez segundos, que
qualquer conteúdo se torna acessível em uma pesquisa na internet. 
— (FRAJHOF, 2019, p. 19)
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mesmos e, como foi construído ao longo de uma dura história de opressões
e arbítrios, sem dúvida, o que há hoje é muito melhor do que havia há
duzentos anos.
Tudo o que é feito na internet é registrado e armazenado. A publicação de fotos,
vídeos, por exemplo, torna público o que muitas vezes deveria ser apenas pessoal
ou sigiloso. Todos têm, no entanto, direito de usar a internet e as redes sociais,
como forma de se expressar e comunicar. Nesse quadro, o direito ao
esquecimento se apresenta como um direito de governar o próprio patrimônio de
memórias, permitindo que cada pessoa possa, até mesmo, se reinventar, mudar,
transformar-se (FRAJHOF, 2019). 
A importância do direito ao esquecimento se veri�ca porque essa seria a maneira
própria
No plano jurídico interno é preciso considerar a posição do Supremo Tribunal
Federal (STF) acerca do direito ao esquecimento. Trata-se de um tribunal brasileiro
de cúpula, que está no topo da hierarquia judicial do nosso país. Possui a
competência constitucional de dar a última palavra em matéria jurídica, nos casos
que tenham efetiva ou potencial in�uência nos temas tratados na Constituição
Federal (BRASIL, 1988). Como o direito ao esquecimento diz respeito aos direitos
fundamentais, sobretudo o da privacidade e da intimidade, o tribunal foi instado a
se pronunciar sobre a matéria. 
Para o STF, o direito ao esquecimento é incompatível com a Constituição Federal
(PECK, 2021), entendido este como direito de obstar (impedir), em virtude do
transcurso do tempo, a divulgação de fatos ou dados, desde que verídicos e
obtidos mediante o emprego de meios lícitos, quando publicados em meios de
comunicação social. Os abusos e os eventuais excessos, sem dúvida, deverão ser
analisados em cada caso, separadamente, sobretudo quando relativos à proteção
da honra, da imagem, da privacidade e da personalidade da pessoa, bem como
nos casos especí�cos previstos na legislação penal e cível. 
Chegamos ao �m do nosso primeiro bloco de estudos, e ainda há muito o que se
aprendere re�etir. Vamos em frente!
[…] que teria aquele que já foi legitimamente alvo de notícia a ser esquecido e “deixado em paz” pela perda de
atualidade daquele fato que, embora já tenha sido do interesse público, hoje não tenha mais tal característica. 
— (BENTIVEGNA, 2019, p. 263)“
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FAÇA VALER A PENA
Questão 1
A proteção de dados está ligada aos avanços da tecnologia enquanto conjunto de
situações que melhoram a utilidade prática da vida, a qual considera, em seu
conceito, uma ideia de:
A segurança da informação está intimamente ligada à proteção de dados pessoais, na medida em que (garantir
que os dados pessoais do usuário não sejam destruídos, alterados, divulgados ou indevidamente acessados,
em um mundo aberto como a internet) demanda razoável organização e medidas técnicas su�cientes para o
atendimento dessa �nalidade. 
— (Teixeira, 2020, p. 63)
“
a.  Técnica, puramente.
b.  Técnica aplicada enquanto processo. 
c.  Processo simples de mudança da vida. 
d.  Técnica industrial complexa. 
e.  Mudança natural da sociedade. 
Questão 2
A concorrência desleal é um problema, uma verdadeira patologia no mundo da
sociedade virtual. Isso ocorre porque, infelizmente, �cou muito fácil para
empreendedores com objetivos escusos se utilizarem de práticas abusivas e que
mascaram a realidade, com o objetivo de obtenção de lucros. É para isso que
existe, no Brasil, um sistema jurídico e institucional de proteção da livre
concorrência.
A respeito da con�guração de um ato de concorrência desleal, assinale a
alternativa correta.
a.  Com a culpa, apenas, é possível caracterizar a concorrência desleal. 
b.  Apenas a imprudência con�gura concorrência desleal.
c.  A concorrência desleal independe de dolo ou culpa. 
d.  Apenas a negligência con�gura concorrência desleal. 
e.  O dolo é necessário para a caracterização da concorrência desleal.
Questão 3
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REFERÊNCIAS
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BATISTA, S. S.; FREIRE, E. Sociedade e Tecnologia na Era Digital. São Paulo:
Saraiva, 2014. Disponível na Biblioteca Virtual: Minha Biblioteca. No link:
https://bit.ly/3dX9A3p. Acesso em: 20 mai. 2021.
O Supremo Tribunal Federal (STF) se debruçou sobre o tema do direito ao
esquecimento, matéria de grande relevância para o campo do Direito Cibernético,
porque gera impactos substanciais no modo de tratamento das informações
veiculadas nos ambientes virtuais. Em que pesem críticas, compete ao STF proferir
a última palavra em matéria constitucional. A�nal, isso foi feito. É preciso, agora,
respeitar e aplicar sua decisão.
Neste contexto, analise as a�rmativas a seguir:
I. O direito ao esquecimento é, de regra, incompatível com a Constituição, quanto
à divulgação de fatos ou dados, desde que verídicos e obtidos por vias lícitas.
II. O direito ao esquecimento é, de regra, compatível com a Constituição, pois
nenhuma memória é eterna e não devem sê-la, também, situações pelas quais
as pessoas tenham se arrependido de passar.
III. Embora incompatível com a Constituição, o direito ao esquecimento deve ser
aplicado em casos especí�cos, isto é, quando houver abuso ou excesso quanto
à divulgação de dados ou fatos, bem como em situações que envolverem
graves violações a direitos fundamentais.
Está correto o que se a�rma em:
a.  I, apenas.
b.  II, apenas. 
c.  III, apenas. 
d.  I e II apenas. 
e.  I e III apenas.
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