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DIREITO CIVIL VII DIREITO DAS SUCESSÕES EMANUEL ALMEIDA DIREITO CIVIL VII DIREITO DAS SUCESSÕES 1ª UNIDADE Breve Introdução ao Direito das Sucessões Introdução, Conceito e delimitação sobre o Direito das Sucessões Direito das Sucessões oAssunto menos extenso que as outras áreas do Direito Civil; oImportante para quem está iniciando advocacia; oImportante para concursos e prova da OAB! Direito das Sucessões Conceito – normas que regulamentam transmissão de bens e obrigações de um indivíduo em consequência de sua morte. Sob o prisma eminentemente jurídico, temos que a morte, em sentido amplo, é um fato jurídico, ou seja, um acontecimento apto a gerar efeitos na órbita do Direito. “Conjunto de normas que disciplinam a transferência do patrimônio de alguém, depois de sua morte, ao herdeiro, em virtude de lei ou testamento.” Maria Helena Diniz Direito das Sucessões oA morte como fato jurídico – art. 6º do CC. Art. 6º do CC/02 - A existência da pessoa natural termina com a morte; presume-se esta, quanto aos ausentes, nos casos em que a lei autoriza a abertura de sucessão definitiva. Direito das Sucessões Modalidades de Mortes – real (1ª parte do art. 6º); em caso de ausência (2ª parte do art. 6º e arts. 22 ss) ou morte presumida (art. 7º). Direito das Sucessões no Código Civil Livro V Entre os arts. 1.784 e 2.027 Sucessão em geral (arts. 1.784 a 1.828, CC) Sucessão legítima (arts. 1.829 a 1.856, CC) Sucessão testamentária (arts. 1.857 a 1.990, CC) Inventário e partilha (arts. 1.991 a 2.027, CC) Direito das Sucessões Sucessão – transferências do conjunto de direitos e obrigações de uma pessoa, física ou jurídica, para outra. Transmissão de Propriedade oINTERVIVOS (Contratual, Obrigações...) oCAUSAMORTIS – Direito das Sucessões Direito das Sucessões – complexo de normas pertinentes à passagem da titularidade de uma pessoa física que faleceu a outra. Direito das Sucessões Momento da morte é o momento da transmissão dos bens aos herdeiros. Chamado de Príncípio da Saisine Direito das Sucessões •Está ligado a ideia de perenidade. •A transmissão dos bens para manutenção da propriedade privada. •A supressão do Direito Sucessório implicaria a negação da própria propriedade privada, na medida em que se trata de institutos umbilicalmente conectados, senão simbióticos. Direito à Herança Herança: “conjunto de direitos e obrigações que se transmitem, em razão da morte, a uma pessoa, ou a um conjunto de pessoas que sobreviveram ao falecido.” (Venosa) Sujeito ativo ou autor da herança é o de cujus. Sujeito passivo é(são) o(s) sucessor (herdeiro legítimo – 1.829, necessário – 1.845, testamentário – 1.857, legatário – 1.912) Direito das Sucessões Os sistemas jurídicos que consagram a propriedade privada como um fundamento, acabam, por via oblíqua, justificando a existência do direito hereditário. • Também se reflete num estímulo ao trabalho e à economia. Proteção à família. • Função social: Proteção à propriedade CF 5º XXII. • Princípio da solidariedade familiar x princípio da autonomia da vontade (1.846, CC – conceito de legítima). Direito das Sucessões Albergue na CF/88 Art. 5º (...) XXX - é garantido o direito de herança; oA propriedade privada (na perspectiva da sua função social). oO direito à herança (art. 5.º, XXII, XXIII e XXX CF/88). Direito das Sucessões Princípio de saisine: de origem francesa, é o princípio pelo qual se estabelece que a posse dos bens do "de cujus" se transmite aos herdeiros, imediatamente, na data de sua morte. Se trata de uma ficção jurídica. Art. 1.784 do CC/02 - Aberta a sucessão, a herança transmite-se, desde logo, aos herdeiros legítimos e testamentários. Direito das Sucessões • Sistemas Sucessórios pelo Mundo Sistema da Liberdade Testamentária Sistema da Concentração Absoluta ou Obrigatória Sistema da Divisão Necessária Art. 1.846. Pertence aos herdeiros necessários, de pleno direito, a metade dos bens da herança, constituindo a legítima. Classificação Sucessão Legítima 1. Decorre de Lei; 2. Herdeiros Legítimos – necessários (art. 1.845) e facultativos (colaterais); 3. Se o testamento não abrange todo o patrimônio (por alguma razão) ou quando há herdeiros necessários (50% do Patrimônio) – art. 1.789. Sucessão Testamentária 1. Em virtude de um testamento; 2. Pode ser universal e singular (bem específico – legatário). Classificação Art. 1.788. Morrendo a pessoa sem testamento, transmite a herança aos herdeiros legítimos; o mesmo ocorrerá quanto aos bens que não forem compreendidos no testamento; e subsiste a sucessão legítima se o testamento caducar, ou for julgado nulo. Art. 1.789. Havendo herdeiros necessários, o testador só poderá dispor da metade da herança. Classificação Quanto aos seus efeitos: Sucessão a título universal: quando a transferência for da totalidade ou de parte indeterminada da herança. Surge o herdeiro; a quota-parte. Sucessão a título singular ou particular: caso em que a transferência é de objeto certo e determinado. Surge o legatário. Questão de Concurso!!! A sucessão legítima será sempre a título universal. Evolução Histórica do Direito das Sucessões Fundamentos do Direito Sucessório 1. Manter o patrimônio no mesmo grupo; 2. Continuidade da vida humana; 3. Direito de propriedade; 4. Estímulo ao desenvolvimento econômico; 5. Segurança Jurídica. Evolução Histórica do Direito Sucessório •Origem Grécia, Roma e Índia oDireito Romano Lei das XII Tábuas - ampla liberdade ao pater famílias oCódigo de Justiniano - sucessão legítima oSucessão testamentária – não se admitia falecer ab intestato • Transmissão – linha masculina – filho recebe todo o patrimônio. Evolução Histórica do Direito Sucessório • França - art. 724 do Código de Napoleão (1804) – previsão do droit de saisine – os herdeiros legítimos, naturais e o cônjuge sobrevivente são legítimos para receber o patrimônio do de cujus. • Droit de saisine –Origem Medieval; oRevolução Francesa: acaba com o direito de primogenitura e o privilégio da masculinidade; oUnidade sucessória e igualdade entre herdeiros do mesmo grau. oDireito Alemão: §§ 1.922 e 1.942 do BGB (1896) - os herdeiros do de cujus sucedem ipso jure. Direito Sucessório no Mundo •Direito Português: droit de saisine – art. 2.011 do CC de 1867. •Direito Italiano: Codice Civil art. 456 consagra droit de saisine; art. 457 protege a legítima. •Direito norte-americano: Common Law - assegura plena liberdade ao testador (em regra). Evolução do Direito Sucessório no Brasil •Consolidação das Leis Civis de Teixeira de Freitas (1859) - art. 978 (saisine); •Código Civil de 1916 - art. 1.572 “Aberta a sucessão, o domínio e a posse da herança transmitem-se, desde logo, aos herdeiros legítimos e testamentários.” Evolução do Direito Sucessório no Brasil •Decreto-Lei n. 9.461/1946: reduziu a vocação hereditária dos colaterais ao 4º grau e consagrou a seguinte ordem: 1º descendentes; 2º ascendentes; 3º cônjuge sobrevivente; 4º colaterais até o 4º grau; Estado. • Sucessão legítima - protege-se a denominada legítima; • Sucessão testamentária - limitação da quota disponível (metade dos bens). Evolução do Direito Sucessório no Brasil • CF/88: direito à herança - fundamental (art. 5º, inc. XXX) + igualdade entre os filhos quanto ao direito sucessório (art. 227, § 6º). • Leis n. 8.971 (de 29/12/1994) e n. 9.278 (de 10/05/1996): direito sucessório entre companheiros. • CC/02: mantém o droit de saisine (art. 1.784); oProtege-se a legítima (art. 1.789); oRol dos herdeiros necessários (art. 1.829); oDireitos sucessórios dos companheiros (art. 1.790). oConexão direta com o Direito das Obrigações, que disciplina as relações patrimoniais entre credores e devedores, bem como Direito Reais, que disciplina propriedade de bens móveis e imóveis. Direito das Sucessões no CC/02 •Direito das sucessões se divide em quatro partes: Sucessão em geral (arts. 1.784 a 1.828, CC) Sucessão legítima(arts. 1.829 a 1.856, CC) Sucessão testamentária (arts. 1.857 a 1.990, CC) Inventário e partilha (arts. 1.991 a 2.027, CC) Princípios aplicados ao Direito das Sucessões Princípios Gerais e Especiais Princípios do Direito das Sucessões Princípios Gerais do Direito das Sucessões • Dignidade da Pessoa Humana – art. 1º, III do CF Valor fundamental de respeito à existência humana. oMais importante princípio constitucional, que respalda todo o ordenamento jurídico, como um valor que disciplina toda a sua aplicação – macroprincípio. oPermite mais segurança para a realização de um Estado verdadeiramente democrático de Direito. oSegundo Stolze “Princípio solar em nosso ordenamento, a sua definição é missão das mais árduas, muito embora arrisquemo-nos a dizer que a noção jurídica de dignidade traduz um valor fundamental de respeito à existência humana, segundo as suas possibilidades e expectativas, patrimoniais e afetivas, indispensáveis à sua realização pessoal e à busca da felicidade.” Princípios Gerais do Direito das Sucessões • Igualdade - é inconstitucional qualquer determinação legal que trate, de forma discriminatória, aqueles que se encontram na mesma categoria de interesses – busca de relações isonômicas. • Função Social da Propriedade - vigente ordenamento constitucional, está vinculado ao exercício de sua função social, as regras hereditárias, consequentemente, também seguem a mesma diretriz. • Boa-Fé - diretriz principiológica de fundo ético e espectro eficacial jurídico – substrato moral. oPossuímos o dever de agir com base em valores éticos e morais da sociedade. oÉ fundamental para a interpretação das disposições de última vontade. Princípios Gerais do Direito das Sucessões •Autonomia da Vontade - a manifestação da vontade é justamente um dos elementos existenciais do Direito das Sucessões. oElemento essencial para a existência do negócio jurídico. oDisciplina patrimonial post mortem; oMitigação pelo art. 1.789 do CC/02. Princípios Gerais do Direito das Sucessões Princípios Especiais do Direito das Sucessões •Saisine - Art. 1.784 do CC/02 oReconhecimento, ainda que por ficção jurídica, da transmissão imediata e automática do domínio e posse da herança aos herdeiros legítimos e testamentários, no instante da abertura da sucessão (morte do de cujus). oA posse dos bens do "de cujus" se transmite aos herdeiros, imediatamente, na data de sua morte. oBusca impedir que o patrimônio deixado fique sem titular, enquanto se aguarda a transferência definitiva dos bens aos sucessores do falecido. Princípios Especiais do Direito das Sucessões • Saisine - Art. 1.784 do CC/02 • Forma imediata e desde o momento da abertura da sucessão (morte do de cujus), independentemente da prática de qualquer ato ou manifestação de vontade do herdeiro, que pode, inclusive, desconhecer o fato. oEvitar a res derelicta (coisa abandonada) ou de res nullius (coisa de ninguém) Princípios Especiais do Direito das Sucessões • Saisine - Art. 1.784 do CC/02 • “O último suspiro do morto é o primeiro sorriso do vivo.” Autor desconhecido Exemplo: se Emanuel morre, deixando três filhos (Emanuel Júnior, Enzo e Laura), imediatamente após o instante do óbito, os seus herdeiros já são titulares, não de bem determinado, mas sim, cada um, de 1/3 da herança deixada, independentemente da conclusão do arrolamento ou do inventário. Princípios Especiais do Direito das Sucessões •Non Ultra Vies Hereditatis – “não além do conteúdo da herança” oRoma e Direito Brasileiro Pré-codificado - Ultra Vies Hereditatis – se o passivo hereditário superasse o ativo, ficava o herdeiro obrigado a pagar, com seus próprios bens, as dívidas deixadas pelo falecido. oCódigo Civil de 1916 que alterou o panorama Art. 1792 do CC/02 Princípios Especiais do Direito das Sucessões • Função Social da Herança - permite uma redistribuição da riqueza do de cujus, transmitida aos seus herdeiros. oVisa dar um tratamento equânime a herdeiros do autor da herança, poupando-lhes da dupla tristeza da perda de seu ascendente imediatamente direto e também de benefícios potenciais que lhe seriam garantidos, se não tivesse ocorrido o falecimento daquele. • Territorialidade - art. 1.785 do CC/2002, a “sucessão abre-se no lugar do último domicílio do falecido”. oArt. 48 do CPC/15 oArt. 10 do LINDB Princípios Especiais do Direito das Sucessões • Intertemporalidade - art. 1.787 do CC/2002, de que regula “a sucessão e a legitimação para suceder a lei vigente ao tempo da abertura daquela” •Respeito a Vontade Manifestada oFavor testamenti – superando inclusive simples irregularidades testamentárias formais. Disposições Gerais do Direito das Sucessões Arts. 1.784 a 1.790 do CC/02 CC/02 - Direito das Sucessões – Disposições Gerais Art. 1.784. Aberta a sucessão, a herança transmite-se, desde logo, aos herdeiros legítimos e testamentários. oPrincípio da Saisine Art. 1.785. A sucessão abre-se no lugar do último domicílio do falecido. oPrincípio da Territorialidade Foro da Sucessão (Lugar) Art. 48 do CPC/15 - O foro de domicílio do autor da herança, no Brasil, é o competente para o inventário, a partilha, a arrecadação, o cumprimento de disposições de última vontade, a impugnação ou anulação de partilha extrajudicial e para todas as ações em que o espólio for réu, ainda que o óbito tenha ocorrido no estrangeiro. Parágrafo único. Se o autor da herança não possuía domicílio certo, é competente: I - o foro de situação dos bens imóveis; II - havendo bens imóveis em foros diferentes, qualquer destes; III - não havendo bens imóveis, o foro do local de qualquer dos bens do espólio. Foro da Sucessão (Lugar) Art. 10 da LINDB (Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro) - A sucessão por morte ou por ausência obedece à lei do país em que domiciliado o defunto ou o desaparecido, qualquer que seja a natureza e a situação dos bens. §1º - A sucessão de bens de estrangeiros, situados no País, será regulada pela lei brasileira em benefício do cônjuge ou dos filhos brasileiros, ou de quem os represente, sempre que não lhes seja mais favorável a lei pessoal do de cujus. §2º - A lei do domicílio do herdeiro ou legatário regula a capacidade para suceder. CC/02 - Direito das Sucessões – Disposições Gerais Art. 1.786. A sucessão dá-se por lei ou por disposição de última vontade. oSucessão legítima (ou ab intestato) e Testamentária. Sucessão Sucessão testamentária: vigora o princípio da liberdade de testar, observadas as regras acerca dos herdeiros necessários - art. 1.789, CC/02 Sucessão legítima (ou ab intestato): caso em que não há testamento, ou se este existir é nulo, anulável, caduco (arts. 1.891, CC) ou rompeu-se (art. 1.973 e segs., CC). (art. 1.788*, CC). CC/02 - Direito das Sucessões – Disposições Gerais Art. 1.787. Regula a sucessão e a legitimação para suceder a lei vigente ao tempo da abertura daquela. oPrincípio da Intertemporalidade CC/02 - Direito das Sucessões – Disposições Gerais Art. 1.788. Morrendo a pessoa sem testamento, transmite a herança aos herdeiros legítimos; o mesmo ocorrerá quanto aos bens que não forem compreendidos no testamento; e subsiste a sucessão legítima se o testamento caducar, ou for julgado nulo. Herança •Herança é o patrimônio do de cujos composto por seus bens, direitos e dívidas (obrigações). O cálculo da parte legítima é realizado no momento da abertura da sucessão. É calculado sobre a herança líquida – após quitação de dívidas e despesas com funeral – art. 1.847 do CC/02. Espécie de Sucessores • Herdeiros – são aqueles que recebem a herança a título universal. Podem ser: a) Herdeiros Legítimos – são herdeiros por força de Lei. São os descendentes, ascendentes, o cônjuge, os companheiros e os colaterais em até 4º grau. b) Herdeiros Testamentários ou Instituídos – recebem por força de testamento. Legatários – são aqueles que são contemplados em testamento de coisa certa e individualizada. Herdeiros Legítimos Necessários –são aqueles que têm direito a uma participação mínima da herança (legítima) e só podem ser excluídos excepcionalmente. oDescendentes, ascendentes e cônjuge sobrevivente – art. 1.845 CC/02; oQuando há herdeiros necessários, só pode se dispor metade da herança – art. 1.789 e 1.846 do CC/02. Facultativos – são aqueles que podem ser excluídos pela simples vontade do morto, sempre que este dispuser da totalidade de seu patrimônio sem os contemplar. oSão os colaterais até quarto grau. Herdeiros Legítimos Posteriormente veremos em Ordem da Vocação Hereditária Art. 1.829 SS do CC/02 CC/02 - Direito das Sucessões – Disposições Gerais Art. 1.789. Havendo herdeiros necessários, o testador só poderá dispor da metade da herança. CC/02 - Direito das Sucessões – Disposições Gerais Art. 1.790. A companheira ou o companheiro participará da sucessão do outro, quanto aos bens adquiridos onerosamente na vigência da união estável, nas condições seguintes: (Vide Recurso Extraordinário nº 646.721 e nº 878.694) I - se concorrer com filhos comuns, terá direito a uma quota equivalente à que por lei for atribuída ao filho; II - se concorrer com descendentes só do autor da herança, tocar-lhe-á a metade do que couber a cada um daqueles; III - se concorrer com outros parentes sucessíveis, terá direito a um terço da herança; IV - não havendo parentes sucessíveis, terá direito à totalidade da herança. Artigo 1.790 do CC/02 não é considerado revogado por ter sido objeto de deliberação de Controle de Constitucionalidade Difuso (concreto) pelo STF. Art, 1790 do CC/02 - Confusa Disciplina Jurídica da Sucessão pelo(A) Companheiro(A) • REs 646721 e 8786694 STF o“No sistema constitucional vigente é inconstitucional a diferenciação de regime sucessório entre cônjuges e companheiros devendo ser aplicado em ambos os casos o regime estabelecido no artigo 1.829 do Código Civil”. oNo julgamento dos recursos extraordinários nºs 646.721 e 878.694, o Supremo Tribunal Federal declarou a inconstitucionalidade da diferenciação entre casamento e união estável para fins sucessórios, prevista no art. 1.790 daquele diploma. oO que fez a Suprema Corte na oportunidade foi somente emparelhar as regras de sucessão do cônjuge e do companheiro, colocando-os na mesma ordem de vocação hereditária e submetendo-os aos mesmos critérios concorrenciais em relação a ascendentes e descentes – mas não alçando Companheiro à condição de herdeiro necessário. Art, 1790 do CC/02 - Confusa Disciplina Jurídica da Sucessão pelo(A) Companheiro(A) • REs 646721 e 8786694 STF oNão há menção expressa na tese firmada, se o(a) companheiro(a) se tornou de fato em herdeiro necessário - Muito melhor seria, porém, que, para efeito de segurança jurídica, a matéria passasse a ser regulada expressamente por norma legal, evitando a discussão em processos judiciais. oO STF também equiparou na mesma sessão uniões estáveis entre homossexuais e heterossexuais (RE 646.721). oA decisão foi proferida em ambos REs com repercussão geral.
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