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CURSO DE GRADUAÇÃO EM PEDAGOGIA XXXXXXXXXXXXXXX RELATÓRIO DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO IV GESTÃO ESCOLAR BATURITÉ– CE 2021 RELATÓRIO DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO IV GESTÃO ESCOLAR Relatório de Estágio apresentado à disciplina Estágio Supervisionado Obrigatório da Faculdade do Maciço de Baturité, como requisito parcial obrigatório para a conclusão da disciplina de Estágio IV – Gestão Escolar do Curso de Pedagogia. Supervisor Acadêmico: XXXX BATURITÉ– CE 2021 Dedico ao Universo, Provedor das belezas naturais e subjetivas; e que é a minha casa; Às Forças Intergalaxicais, emanadoras de Energias Positivas e que justificam minha existência; Às lutadoras, aos lutadores do povo que com suas lutas e coragens, fizeram a escolarização chegar, de alguma forma à sociedade de formal geral; Aos meus companheiros de classe (social e aula); Às pessoas que amo: meu pai e minha mãe; meus 04 irmãos; minhas 04 irmãs; ao Davi SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO....................................................................................................... 5 2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA......................................................................... 5 2.1 Os Fundamentos da Gestão Escolar.......................................................................... 7 2.2 Gestão Democrática nas escolas............................................................................... 9 3 OBSERVAÇÃO DAS ATIVIDADES DE GESTÃO ESCOLAR....................... 11 3.1 Análise da organização e funcionamento escolar, coordenação pedagógica e gestão......................................................................................................................... 11 3.2 Participação nas atividades de planejamento, conselho de classe, reuniões pedagógicas com docentes e pais.............................................................................. 13 3.3 Análise crtica da gestão escolar na Escola (colocar o nome da escola e onde aconteceu o estágio).................................................................................................. 14 4 CONSIDERAÇÕES FINAIS................................................................................. 15 5 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.................................................................. 16 6 ANEXOS.................................................................................................................. 17 5 1. INTRODUÇÃO O estágio supervisionado trata-se de uma concepção de formação de professor reflexivo, investigador e pesquisador capaz de produzir conhecimento a partir de sua prática educativa, superando, dessa forma, as ações tradicionais e/ou conservadoras que impedem o desenvolvimento de uma prática significativa. Este trabalho intitulado Estágio Supervisionado de Gestão Escolar: alguns aspectos de reflexibilidade na Escola Paulo Freire no assentamento Monte Alegre, relata experiências e algumas reflexões construídas no Estágio Supervisionado nos dias 06 a 27 de novembro de 2020. A disciplina de Estágio é ministrada pelo professor José Felício da Silva e é pré-requisito obrigatório para a conclusão do curso de licenciatura em Pedagogia. O processo de reflexibilidade, conforme Aroeira (2014) consiste em promover uma compreensão diante dos desafios da aprendizagem na formação docente, mediada pela construção da significação e ressignificação da atividade docente, tendo vista uma autoanálise sobre nossas próprias ações. Nesse sentido, Nóvoa (1995) argumenta que o processo formativo deve estimular uma perspectiva crítico-reflexiva que possibilite criar estratégias autônomas para a construção de saberes pautados no ponto de vista pessoal, profissional e social. Assim, surgem os seguintes questionamentos: Quais foram as propostas de intervenção desenvolvidas para gestão escolar na escola municipal Paulo Freire? Que possibilidades formativas foram construídas durante o estágio supervisionado de gestão escolar? O cerne deste trabalho é de contribuir para uma prática que favoreça a aprendizagem das crianças na Educação de Jovens e Aultos, de forma a respeitar as suas peculiaridades, a partir de estratégias lúdicas, atrativas. Por conseguinte, buscou-se dimensionar reflexões das experiências vivenciadas no chão da escola e articulá-las com os conhecimentos acadêmicos, de modo a fundamentar os eixos formativos do estágio supervisionado, uma parceria entre teoria e prática. 2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA A gestão democrática e participativa valoriza a participação na tomada de decisões, por meio do diálogo e do consenso, para uma construção coletiva dos objetivos e funcionamento escolar. Toda escola busca atingir os objetivos planejados, sendo a gestão uma atividade coletiva com objetivos comuns e compartilhados dos agentes do processo, a 6 racionalização do trabalho nos aspectos físicos e materiais, com qualificação dos educadores, planejamento e avaliação do educador. A gestão democrática é formada por diferentes ações: Formação do Conselho escolar; Elaboração do Projeto Político Pedagógico de maneira coletiva e participativa; determinação e fiscalização da verba da escola pela comunidade escolar; divulgação e transparência na prestação de contas; avaliação institucional da escola, professores, dirigentes, estudantes e equipe técnica. Assim, a gestão democrática vai além do processo de tomada de decisões, ela identifica os problemas, acompanha e controla as ações na fiscalização e avaliação dos resultados. Dessa forma, com a democratização da gestão é ampliada a participação das pessoas. Segundo Libâneo: (2001, p. 115) Sendo assim, as escolas podem traçar seu próprio caminho envolvendo professores, alunos, funcionários, pais e comunidade próxima que, se tornam co-responsáveis pelo êxito da instituição. É assim que a organização da escola se transforma em instância educadora espaço de trabalho coletivo e aprendizagem. Desta forma, a proposta do estágio supervisionado de gestão escolar, respectivamente buscou de forma dinâmica e comprometida, enfatizar a temática sobre as consequências econômicas e sociais em função da pandemia do coronavírus, a necessidade de se adotoar comportamentos sociais que são também sanitários. É importante enfatizar que procuramos desenvolver atividades de forma segura, considerando os momentos presenciais com a total seguridade e recomendações sanitárias que englobassem todos os participantes. Para Pimenta e Lima (2004) a metodologia não é entendida como receitas prontas do modo de “dar” aulas. Para as pesquisadoras, é preciso entender que a metodologia, para a grande maioria das pessoas, refere-se apenas ao como fazer, como elaborar e aplicar técnicas de ensino. No entanto, nela estão presentes os conceitos, as relações que o professor estabelece com sua área de conhecimento, sua compreensão do mundo (PIMENTA; LIMA, 2004, p. 133). Ao levar em conta esses aspectos, as atividades desenvolvidas buscaram o formato de organização que proporcionassem aos envolvidos, meios para aguçar sua o profissionalismo mútuo considerando a aprendizagem como ferramenta importante na qualificação do precesso educativo, considerando a gestão escolar. Assim, o ambiente educativo foi organizado com recursos que aliassem a ludicidade às situações de aprendizagens: caixa do perigo, aguçando a curiosidade das para conhecer. Desta forma, o estágio tem a função importante de ser experimentação para quem 7 o executa; é instrumento direto de aprenizagem e prática de conhecimentos adquirido ao longo dos períodos de estudos teóricos. É etapa indispensável para traçar estratégias de trabalhos e a partir de então, intervir socialmente coma prática educativa. 2.1 Os fundamentos da Gestão Escolar? Na prática, os termos organização e administração podem ser aplicados combinadamente, desde que seja explicitado o conteúdo de cada um. Podemos ver a escola como uma organização na medida em que ela se caracteriza como uma unidade social que interage em si e sobre si mesma, que opera através de processos organizativos próprios, trabalhando coletiva e democraticamente, a fim de alcançar os objetivos da instituição. Para que a instituição funcione de forma articulada, é importante a tomada e o controle das decisões, para assim denominar a gestão. A participação dá às pessoas a oportunidade de controle de seu próprio trabalho, sentindo-se parte orgânica da realidade, para essa modalidade de gestão, no contexto da organização escolar. Mediante esta prática, é superado o exercício de poder individual para promover a construção da competência centrada na unidade escolar como um todo. A gestão é caracterizada como a atividade na qual são realizados os procedimentos para atingir os objetivos da organização, envolvendo e interagindo os aspectos gerenciais e técnico-administrativos. A direção é um atributo da gestão, pela qual é afunilado o trabalho coletivo das pessoas que trabalham grupalmente, orientadas e integradas aos objetivos. A direção em ação toma as decisões na organização, e coordena os trabalhos para serem trabalhados da melhor forma possível. A organização da gestão escolar possui variadas concepções sobre a organização escolar e a educação, relacionando a sociedade e a formação dos alunos. São três as concepções mais representativas de gestão: a concepção tecnicista, a autogestionária e a democrático-participativa. A concepção autogestionária baseia-se na responsabilidade coletiva, sem uma direção centralizada, com participação igual de todos os membros da instituição. Caracteriza- se pela auto-organização do grupo institucional e alternância de funções, pois na autogestão social o poder de todos os componentes da escola resulta na elaboração do plano político- pedagógico e acentua a responsabilidade coletiva para normas. 8 Na concepção democrático-participativa a tomada de decisões se dá coletivamente através da busca de objetivos comuns assumidos por todos, como dirigentes e dirigidos, todos avaliam o trabalho e são avaliados, havendo a participação ativa do todo. Tendo em vista estas três concepções de organização da gestão, podemos perceber quando a gestão está centrada no indivíduo ou na coletividade. É caracterizada pela relação entre a direção e a totalidade da escola, defende a tomada coletiva das decisões a partir da discussão pública delas. Dessa forma, a descentralização acontece dentro das escolas, mas aumenta a responsabilidade das equipes diretivas e da comunidade escolar. Assim, fica para a comunidade escolar incorporar a gestão democrática, tendo a autonomia para construir a Proposta Política Pedagógica de acordo com o seu contexto. A organização geral da escola é canalizada pelo trabalho conjunto de todas as pessoas integradas aos objetivos da educação em relação à sociedade e à formação dos alunos. A direção coordena os trabalhos para que sejam executados da melhor maneira, avaliados e modificados pelas próprias pessoas para corresponder aos propósitos necessitados da direção. O diretor escolar é responsável pelo funcionamento pedagógico e administrativo, portanto, necessita dos dois conhecimentos, pois desempenha, predominantemente, a gestão geral da escola e, especificamente, as funções administrativas, repassando a parte pedagógica aos coordenadores pedagógicos. Existe também a participação dos pais na organização da escola, correspondendo a novas formas de relação entre escola, sociedade e trabalho. A escola não pode ser uma instituição isolada, pois cada categoria de sujeitos possui diferentes visões das questões escolares. Os primeiros estudos e as primeiras práticas de Administração Escolar apontaram modelos burocráticos, inspirando a organização escolar na organização empresarial. No estudo desta questão existem dois enfoques, o cientifico-racional e o crítico de cunho sócio- político. No primeiro enfoque, a organização escolar é a conquista da realidade dos objetivos, técnica que funciona racionalmente, podendo ser planejada e controlada, para alcançar maiores índices de eficiência. As escolas que adotam esse modelo dão ênfase nas normas e regulamentos a centralização das decisões, com baixo grau de participação das pessoas, e planos de ação impostos verticalmente, sendo o modelo mais comum de funcionamento da organização escolar. 9 As escolas que se inspiram nesse enfoque dão ênfase na horizontalização de funções e à democratização das decisões, numa forma de sistema que agrega pessoas com influência recíproca, onde o coletivo resulta no conhecimento interdisciplinar. Esse modelo de organização não é somente objetivo, mas uma construção desencadeada junto aos professores, alunos e demais integrantes da escola. A visão crítica de uma escola resulta em diferentes formas de tornar realizável uma gestão democrática. A organização é tomada como um sistema que agrega pessoas, importando-se com a intencionalidade e as interações sociais que acontecem entre elas dentro do contexto sócio- político, não sendo totalmente objetiva e funcional. Uma construção social é conduzida por todos os integrantes, professores, alunos, pais e membros da comunidade. 2.2 Gestão Democrática nas Escolas Toda instituição necessita de uma estrutura de organização interna, baseada em Regime Escolar ou legislação específica. O termo estrutura significa ordenamento e disposição de funções que asseguram o funcionamento de um todo, mostra as inter-relações dos setores de uma organização de serviço. A estrutura organizacional se diferencia pela legislação dos Estados e Municípios e conforme concepções e gestão adotadas. O Conselho de escola, em alguns lugares é também conhecido como “colegiado”, tem a função de democratizar as relações de poder, tem atribuições consultivo-deliberativas e fiscais em âmbito pedagógico, administrativo e financeiro. Para sua composição, tem a participação dos docentes, especialistas em educação, funcionários, pais e alunos. Assim, as famílias podem se envolver ativamente nas decisões tomadas pela escola, acompanhando e auxiliando o trabalho dos gestores. Cabe ao trabalho do Conselho Escolar zelar pela manutenção da escola e participar da gestão administrativa, pedagógica e financeira, contribuindo para assegurar a qualidade de ensino, definir e fiscalizar a aplicação dos recursos destinados à escola e discutir o projeto pedagógico com a direção e os professores. Eles têm funções deliberativas, consultivas, fiscais e mobilizadoras. A direção é composta pelo diretor que coordena, organiza e gerencia as atividades da escola, é auxiliado pelos demais especialistas e técnico-administrativos, atendendo às determinações dos órgãos superiores e às decisões tomadas pela equipe e comunidade. É cumpridor pleno dessas obrigações, de modo a garantir que a escola não fuja ao estabelecido em âmbito central ou em hierarquia superior. O diretor deve ter visão da escola que está 10 inserida em sua comunidade, a médio e longo prazo, com horizontes largos, compartilhando o poder e a tomada de decisões de forma coletiva. Ao setor técnico-administrativo corresponde o atendimento dos objetivos e funções da escola, pois dentro dele está inserida a secretaria escolar que é responsável pela documentação, escrituração, funcionários e alunos. Responde pelo atendimento ao público, funções destinadas a registros, comunicados e expedições para o desenvolvimento escolar. Dentro de suas características, a secretaria é responsável pela admissão e saída dos alunos, organização dos prontuários para o funcionamento escolar.A secretaria é responsável pelo planejamento, coordenação e execução dos trabalhos estabelecidos na escola e pela participação nas reuniões pedagógicas e gestão. A secretaria é um departamento que deve ser valorizado dentro da escola, pois nela é registrada a historia do aluno e demais funcionários da instituição; é nela que está concentrada a responsabilidade pela burocracia legal e funcionamento institucional. A Zeladoria cuida da conservação e limpeza do prédio, instalações e equipamentos, execução de pequenos consertos e outros serviços rotineiros. Junto à zeladoria acompanha a vigilância, responsável pelo acompanhamento dos alunos nas dependências do prédio escolar, menos em sala de aula. Orientados nas normas disciplinares, atendem-nos em caso de acidentes, ou solicitação de professores para encaminhamento de alunos e material escolar. O Setor Pedagógico compreende as atividades pedagógicas e orientação educacional. As funções desse setor variam conforme cada Estado e Município, em alguns lugares as atribuições são desempenhadas pelos professores ou apenas uma pessoa. Por suas funções serem especializadas, é recomendado que os ocupantes sejam formados em curso de Pedagogia ou outra formação pedagógica-didática específica. O Coordenador pedagógico avalia e assessora as atividades pedagógicas e curriculares. Sua atribuição é supervisionar e apoiar, prestando assistência pedagógica e didática. Além de relacionar-se com os pais e comunidade, é responsável pelo funcionamento didático da escola e interpretação da avaliação dos alunos. A qualidade de um trabalho que identifique a necessidade de um professor, para encontrar soluções que priorizem o trabalho educacional deve ser desenvolvido por esse profissional, que desempenha ações sustentadoras de um trabalho em equipe, contribuindo para um processo de qualidade. A habilidade do coordenador pedagógico deve ir além do conhecimento teórico, pois ele deve ter a sensibilidade para identificar as necessidades dos professores e alunos, mantendo-se maximamente atualizado e reflexivo em relação à sua prática. Dentre as diversas 11 atribuições, ele é responsável pelas relações na comunidade educacional, é indispensável ao coordenador nunca perder o foco principal do seu trabalho. O trabalho em equipe é a principal fonte de superação e valorização do trabalho profissional. O coordenador precisa estar muito atento ao cenário interior da escola, valorizando sua equipe e acompanhando resultados, pelas diversas informações que recebe. Em várias circunstâncias, o coordenador deve refletir sobre sua própria prática para superar os obstáculos e aperfeiçoar a missão de ensino-aprendizagem. 3. OBSERVAÇÃO DAS ATIVIDADES DE GESTÃO ESCOLAR 3.1 Análise da organização e funcionamento escolar, coordenação pedagógica e gestão O coordenador pedagógico é um agente articulador, formador que transforma das instituições escolares, e contribui fortemente para o êxito das entidades de ensino. Desenvolvendo um trabalho coletivo com base na açãoreflexão-ação, é capaz de romper barreiras que torna difícil se ter um ensino de qualidade para todos os alunos. O Coordenador Pedagógico em suma, é o responsável por coordenar todas as atividades escolares, abrangendo os educandos e o corpo docente, no entanto, vale ressaltar que sua principal atribuição consiste na formação em serviço dos professores. Assim, para atuar de maneira eficiente, é necessário possuir além de uma formação consistente, um investimento educacional contínuo e sistematizado para que possa desenvolver capacidades e habilidades múltiplas, de acordo com a educação atual (OLIVEIRA; GUIMARÃES, 2013). Desse modo, considerando a perspectiva de ser um articulador; uma das características essencial ao coordenador é a de se comunicar bem, a capacidade de se expressar de forma clara e objetiva se fazendo entender facilmente, já que o mesmo deve estar sempre articulando as relações interpessoais e pedagógicas na escola, o que não é tarefa fácil. Ainda de acordo com os autores citados, professores e coordenadores precisam trabalhar em conjunto, pois, entre as tarefas do coordenador o atendimento ao professor desponta como elemento fundamental a sua práxis. O coordenador pedagógico deve, portanto, tornar possíveis situações de desenvolvimento e formação continuada para os docentes sendo que esta é uma oportunidade relevante para que o coordenador observe as características dos profissionais da sua equipe e conheça um pouco mais do perfil de cada um, o que facilitará a sua intervenção junto ao 12 mesmo, caso seja necessário. Nesse sentido segundo Oliveira; Guimarães (2013) para contribuir com a formação dos professores, o coordenador não pode adotar uma postura autoritária, mas deve demonstrar respeito à individualidade de cada profissional e os seus posicionamentos diversificados. Sendo o ambiente escolar um local de diálogo constante, por meio de imposições, ele nada conseguirá. O coordenador precisa ter em mente que a sua atualização, capacitação e formação permanente são imprescindíveis, e que a escola é um todo, e apenas usando de um trabalho de caráter coletivo é que realmente será efetivado na prática um ensino de qualidade. Assim sendo o Coordenador Pedagógico é o elo que ajusta as ações na escola. Seu trabalho é semelhante à missão de um grande maestro que conduz sua orquestra em conformidade com as especificidades de cada instrumento, considerando as características de cada um e realizando a partir daí a mediação que cada elemento requer para emitir seu melhor som, visando assim, a garantia deque vai ser construída a mais bela melodia. Dessa forma é, a mola mestra que trabalha buscando um processo educativo interdisciplinar, a melhoria da qualidade de ensino e a aprendizagem efetiva de todos os alunos. No entanto, para ser um agente transformador, o coordenador deve apresentar, em primeira instância, disposição pessoal para contribuir com a constituição de um ambiente escolar favorável às mudanças. É preciso subsídio de uma gestão escolar articulada com a coordenação pedagógica para se alcançar a qualidade de ensino e a aprendizagem efetiva de todos. O professor sozinho não dá conta dessas demandas que tornam complexo o trabalho docente, e exigem a constituição de saberes novos e distintos, assim, a presença do coordenador pedagógico está para compartilhar essas dificuldades e mostrar aos professores que não estão sozinhos, para articular uma equipe sólida que se apoie e que todos busquem juntos alternativas em prol da aprendizagem dos alunos. Em fim, ser coordenador pedagógico é um exercício de aprendizado contínuo. Quando o professor faz a opção por coordenar as atividades de ensino aprendizagem em uma escolar sem dúvida, valoriza muito mais a importância da convivência na coletividade. Assim, para desenvolver um bom trabalho de coordenação pedagógica é necessário entre outros, formar uma boa equipe para 14 que se possa distribuir os afazeres diários na qual haja a facilidade de distribuir os afazeres diários que não são poucos. 13 3.2 Participação nas atividades de planejamento, conselho de classe, reuniões pedagógicas com docentes e pais A reunião para o planejamento escolar semanalmente. Ela é convocada pelo Diretor – a escola não tem Coordenação Pedagógica. Há, também mensalmente, um planejamento voltado especificamente para o programa Educação Contextualizada. Após esse planejamento a escola acopla “seu plano convencional”, abrangendo todas as disciplinas. A proposta pedagógica dos professores são culminâncias sobre os temas estudados (seca, água, semiárido, agricultura familiar, etc.); cada professor organiza sua turma ou disciplina com uma apresentação para toda a comunidade escolar e extraescolar. Dentro das atividades do gestor, como se chama, uma rotina: reunião para planejamento,para socialização de resultados. A diretora também acompanha esses processos, não incidindo diretamente, mas tirando dúvidas e fazendo intervenções quando necessárias. Põe-se em prática o plano de gestão anual, mensal e semanal. Os professores colaboram na prática desse plano na medida em que obedecem a professora, mesmo que não estejam a gostarem ou a entenderem. As reuniõe de pais acontecem minimamente duas vezes por ano, uma no começo e outra no fim, mas sempre que necessário é convocada reunião extraordinária. Nos tempo de educação remota, as reuniões têm acontecido, predonimantemente à distância pelo aplicativo do meet. A formação da gestão escolar deve ter um enfoque específico no que diz respeito ao conteúdo, metodologia, avaliação e atendimento a esse grupo tão heterogêneo de profissionais com os quais trabalha. Sobretudo considerando o público atendido. No entanto, é sabido que a formação inicial. Para minimizar os percalços, a formação continuada ao longo da carreira profissional pode contribuir para os docentes dessa modalidade de ensino, na troca de experiências com seus pares, uma ação mais eficiente, levando-os na direção de um trabalho pedagógico preparado a enfrentar a diversidade cultural de seus alunos e, por consequência, melhorar o desenvolvimento destes. Enfim, foi uma grande aprendizagem. Percebi falhas, mas percebi que ali jaz uma equipe que se preocupa com seus estudantes. Foi uma experiência maravilhosa a realização deste estágio. 14 3.3 Análise crítica da gestão escolar na Escola Paulo Freire A cultura Ocidental teve origem na Grécia Antiga, estruturando-se na sociedade sobre os aspectos sociais, éticos e políticos da época. Tinha seus princípios fundamentados pelo sistema capitalista dando prioridade aos homens livres que faziam parte da nobreza, excluindo mulheres e escravos da articulação da vida política na sociedade. A concepção educacional na Grécia traz requisitos advindos de uma antiguidade que obteve traços em tempos que antecedem a vida de Cristo. Esse país, conhecido como berço da civilização humana, deu origem ao processo democrático que foi se desenvolvendo lentamente, não se diferenciando de outros países, como é o caso do Brasil. No século XX, houve transformações que marcaram a política educacional brasileira, principalmente no ensino público. Nesse período, aconteceram vários movimentos, no qual se destacou o Movimento dos Pioneiros da Educação (Escola Nova) comandados por autores (Anísio Teixeira, Fernando Azevedo e Darci Ribeiro.) que questionavam o modelo da pedagogia tradicional, cujo desejo dos educadores seria implantar uma política de educação voltada para o interesse da população, bem como o acesso ao ensino público e gratuito para toda sociedade. A história é feita pelos homens a partir de sua decisão de nela intervir ativamente, conscientes de que o futuro é refeito na luta de todos os dias”. Essa história foi construída pelo homem a partir de suas lutas e conquistas, erros e acertos. Assim, por meio de seus experimentos, ele constitui saberes, produz conhecimento, aprende a aprender. Por isso entendemos que esse conhecimento se dá na interação com o outro por intermédio da internalização dos conceitos aprendidos culturalmente. O modelo político contextualizado nesse século traz para a sociedade mudanças significativas no contexto educacional, por emergir uma diversidade cultural advinda do sistema de globalização que, apesar de favorecer o capitalismo, traz contribuições para o desenvolvimento do país. Assim sendo, o processo de gestão democrática da escola Paulo Freire no assentamento Monte Alegre tem evoluído a cada dia e com isso, melhorado a qualidade educacional da referida unidade de ensino! Frisa-se ainda a importância da participação de todos os sujeitos na construção de uma escola participativa, popular e cognitivamente intelectual. 15 4. CONSIDERAÇÕES FINAIS Ao concluir este trabalho podemos compreender a importância do estágio supervisionando na formação docente para Gestão Escolar, pois este possibilitou ressignificar os saberes, as reflexões sobre a prática e a construção de identidade com o processo de gestão. Foi relevante vivenciarmos a realidade do trabalho educativo na gestão escolar, assim sendo, obtivemos experiências que irão favorecer nossas vidas pessoais e profissionais. Entende-se que a experiência de estágio na formação de professores representa a aproximação de seu campo de atuação. Assim, tal experiência possibilita a articulação entre os conhecimentos teóricos desenvolvidos na universidade, com a prática educativa pensada numa mesma perspectiva. Compreende-se que a articulação teoria e prática precisa fazer parte do direcionamento dado em todo o processo de formação docente para a gestão. Dessa forma, o estágio é o momento em que nós, discente, temos a oportunidade de analisar a prática docente com a gestão escolar, e realizar a reflexibilidade como instrumento de suporte para mudanças na ação pedagógica. Todavia convém ressaltar, que não é de caráter do aluno-estagiário observar a prática gestora da escola estagiada para criticar e jamias menosprezar o trabalho desenvolvido, mas sim para aprender e contribuir com o meio que está sendo observado. Compreende-se que para atuar na gestão escolar é necessário não somente gostar do que faz, mas também uma formação consistente e uma reflexão constante sobre nossas práticas, procurando sempre inovar, além disso, precisamos está aberto a indagações, à curiosidade, às perguntas das crianças e estarmos sempre atualizados, estudando e pesquisando variados assuntos. Nesse sentido, nós futuros professores, somos um elemento fundamental nesse processo, em que estaremos mediando e construindo a identidade despertando os interesses e as capacidades dos estudantes. A gestão escolar é surpreendente. Ao mesmo tempo em que estamos ensinando, também estamos aprendendo. Sendo assim, buscamos a cada dia ganhar a confiança das crianças para participar e atuar ativamente no ambiente escolar lado a lado com as elas para facilitar aprendizagem. Nas rodas de conversas percebemos que as experiências, as vivências, as opiniões e os modos de ser são diferentes para cada pessoa, assim o ouvir o outro, é importante tanto para as crianças, quanto para o educador. Foi gratificante vivenciar essa realidade na gestão escolar e receber o carinho sincero de uma criança, assim como, poder contribuir no processo de aprendizagem de ambas. 16 5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS LIBÂNEO, José Carlos. Organização e gestão da escola: teoria e prática. Goiânia: Editora Alternativa, 2001. 259p; OLIVEIRA, Juscilene da Silva.; GUIMARÃES, Márcia Campos Moraes. O PAPEL DO COORDENADOR PEDAGÓGICO NO COTIDIANO ESCOLAR. Revista Científica do Centro de Ensino Superior Almeida Rodrigues - ANO I - Edição I,Janeiro de 2013. PIMENTA, S. G.; LIMA, M. S. L. Estágio e docência. São Paulo: Cortez, 2004. 17 6. ANEXOS
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