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MARIANA MARQUES – T29 INTRODUÇÃO - SUTURAS • Suturas são o conjunto de manobras realizadas para unir tecidos com a finalidade de restituir a anatomia funcional. OBJETIVO DAS SUTURAS • Evitar infecção da ferida; • Promover a hemostasia; • Diminuir o tempo de cicatrização; REALIZAÇÃO DA SUTURA SUTURA IDEAL: • Assepsia adequada (infecções podem fazer deiscência de sutura); • Bordas regulares (facilita a exposição das suturas e sua execução); • Hemostasia (hematoma prejudica cicatrização e favorece infecções, mas, hemostasia excessiva favorece a isquemia e necrose tecidual). NÃO SUTURAR: • Feridas/lesões infectadas; • Mordidas de animais; • Perfurações profundas; • Suturas que demandam muita tensão do tecido; • Feridas com sangramento ativo não controlado; • Feridas superficiais (escoriações e erosões). TIPOS DE CICATRIZAÇÃO PRIMEIRA INTENÇÃO: • É o tipo de cicatrização que ocorre quando as bordas são aproximadas, havendo perda mínima de tecido, ausência de infecção e mínimo edema. • A formação de tecido de granulação não é visível. • Exemplo: incisões cirúrgicas. SEGUNDA INTENÇÃO: • Ocorre perda excessiva de tecido com a presença ou não de infecção. • A aproximação primária das bordas não é possível. • As feridas são deixadas abertas e se fecharão por meio de contração e epitelização. TIPOS DE SUTURAS PONTOS DESCONTÍNUOS: PONTO SIMPLES: • Um dos mais utilizados (ponto universal). • Uso: sutura de pele. PONTO DONATTI OU U VERTICAL: • É a associação de dois pontos simples. • Cada lado da borda é perfurado duas vezes. • Ponto “longe-longe, perto-perto”. • Uso: hemorragia subdérmica e dérmica. PONTO EM U HORIZONTAL OU COLCHOEIRO: • Semelhante ao Donatti, diferindo na posição horizontal das alças. • Uso: suturas com tensão (cirurgia de hernias, sutura de aponeuroses). PONTO EM X: • Executado para que fique duas alças cruzadas. • Esse ponto aumenta a superfície de apoio de uma sutura para hemostasia ou aproximação. • Uso: fechamento de paredes, suturas de músculos, aponeurose e couro cabeludo. Suturas e Nós Cirúrgicos MARIANA MARQUES – T29 PONTOS CONTÍNUOS: CHULEIO SIMPLES: • Sutura de mais rápida e fácil execução e pode ser aplicada em qualquer tecido com bordas não muito espessas. • Uso: vasos, peritônio, aponeurose, músculos e tela subcutânea. CHULEIO ANCORADO: • Variação do chuleio simples. • O fio passa por dentro da alça anterior, fazendo uma âncora, antes de ser tracionado. • É mais hemostática e mais isquemiante. • Pouco utilizada. COLCHOEIRO OU CHULEIO EM BARRA GREGA: • É uma sutura em 'u' sem interrupção. • Apresenta características hemostáticas: reduz o suprimento de sangue no tecido alçado. • Uso: áreas de tensão, aponeuroses e músculo. TIPO DE SUTURA x FIO TECIDO SUTURA FIO PELE Simples ou Donatti Não absorvível em tempo médio ou longo SUBCUTÂNEO Simples ou Chuleio Absorvível em tempo curto ou médio MÚSCULO Simples, U ou X sem apertar Absorvível em tempo médio ou longo APONEUROSE Simples ou Chuleio Não absorvível ou absorvível em tempo longo NÓS MANUAIS • Consiste em um entrelaçamento do fio cirúrgico com o intuito de unir as bordas teciduais e realizar a hemostasia. • Um nó é formado por 3 seminós: ➔ 1ª laçada (nó): Tem função de contenção com o objetivo de aproximar estruturas (aperta). ➔ 2ª laçada (contra nó): promove a fixação do conjunto, impedindo o afrouxamento (fixa). ➔ 3ª laçada (nó): realizada principalmente quando existe uma tendência de o nó afrouxar (prolene, nylon), possui em finalidade de promover a segurança do nó. NÓ DO CIRURGIÃO: • É o nó comum ou nó com duas mãos. • Pode iniciar com fio cruzado como demonstrado nas ilustrações ou cruzar apenas antes de apertar a laçada. NÓ DO SAPATEIRO: • Pode iniciar com fio cruzado como demonstrado nas ilustrações ou cruzar apenas antes de apertar a laçada. • Utiliza o polegar e indicador e deve ser realização com os fios tensos.
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