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3 - FIOS, NOS CIRURGICOS E SUTURAS

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FIOS, NÓS CIRÚRGICOS e SUTURAS 
INTRODUÇÃO 
- Fios de sutura cirúrgica são materiais utilizados tanto durante um ato cirúrgico para a 
hemostasia definitiva quanto na sutura em diversos órgãos e planos anatômicos do corpo
- Sempre que você tem uma afastamento do plano mais superficial (epiderme), afastamento da 
derme e atingindo os planos mais profundos você irá desencadear um fechamento por 2ª 
intenção:
• Produção de tecidos de granulação
• A síntese cirúrgica adequada faz com que esse processo seja minimizado e facilitado, 
transformando um fechamento por 2ª intenção em um fechamento por 1ª intenção 
- Denomina-se sutura a união das bordas de uma ferida com fios específicos, de modo a 
promover melhor e mais rápida cicatrização
- Esses fios são utilizados para manter os tecidos unidos até se consumar o processo natural da 
cicatrização 
- Muitas vezes, na prática diária, refere-se ao tempo “sutura” como sinonímia para fio cirúrgico 
- Os fios utilizados para sutura e ligadura cirúrgica estão divididos em 2 grandes grupos: 
• Absorvíveis 
• Inabsorvíveis 
AS CARACTERÍSTICAS DE UM BOM FIO 
- Alta resistência à ruptura, permitindo o uso de fios de calibre menores
- Pouco reativo 
- Facilidade de manuseio
- Boa segurança do nó
- Adequada resistência tênsil
- Boa visualização mesmo quando molhados de sangue
- Baixa reação tecidual
- Não ser carcinogênico
- Não favorecer início ou manutenção de infecção (ex: um fio multifilamentar favorece mais a 
instalação de infecções do que um fio monofilamentar)
- Manutenção da integridade da sutura até a fase proliferativa da cicatrização
- Baixo custo
- Alta pliabilidade (dificuldade de dar nós) poderão impor dificuldade em suturas delicadas
OBS: não confundir o tempo de força tênsil com o tempo de absorção. Em geral, um fio perde 
muito antes sua força tênsil do que é absorvido.
CLASSIFICAÇÕES DOS FIOS CIRÚRGICOS 
_______________________________________________________________________________________
CLASSIFICAÇÃO QUANTO À ORIGEM
- Biológicos/Naturais 
• Oriundos de vegetais:
• Algodão e linho
• Oriundos de animais:
• Categute (intestino de ovinos e bovinos), colágeno e seda
- Sintéticos 
• Náilon (oriundo da poliamida)
• Dacron (poliéster)
• Polipropileno/Prolene (poliolefina)
• Ácido poliglicólico/Dexon (polímero do ácido glicólico)
• Poliglactina/Vicryl (polímeros dos ácidos glicólico e lático) 
• Polidioxanona/PDS (polímero da paradioxanona) 
- Metálicos 
• Aço inoxidável 
* Desde a Idade Antiga, os fios naturais são os mais tradicionalmente utilizados; haja vista a 
sua adaptação à maioria das necessidades operatórias
* No entanto, o grande desenvolvimento alcançado pelos fios sintéticos, gerando 
reatividade tecidual substancialmente menor, tem favorecido sua maior utilização na 
atualidade 
_______________________________________________________________________________________
CLASSIFICAÇÃO QUANTO À ABSORÇÃO (ASSIMILAÇÃO PELO ORGANISMO):
- Absorvíveis: 
• Com o passar do tempo, o fio é reabsorvido por fagocitose ou hidrólise (a grande maioria 
dos fios sintéticos são absorvidos por hidrólise; por outro lado, a grande maioria dos fios de 
origem animal e vegetal são absorvidos por fagocitose) 
• Dentre os absorvíveis, temos aqueles que são absorvidos em:
• Curtíssimo espaço de tempo (7 - 10 dias): categute simples 
• Curto espaço de tempo (15 - 20 dias): categute cromado
• Médio espaço de tempo (50 - 70 dias): dexon e vicryl 
• Moderado espaço de tempo (90 - 120 dias): poliglecaprona 
• Longo espaço de tempo (90 - 180 dias): PDS e poligliconato 
- Não-Absorvíveis: 
• Por definição, permanecem indefinidamente nos tecidos, sendo encapsulados (formação de 
tecido fibroso em sua volta), mas não digeridos; embora possam sofrer alterações em sua 
estrutura 
• Dentre eles, temos: 
• Algodão, linho, náilon, polipropileno, seda, poliéster, aço inoxidável, prata, cobre, aço, 
clips de Michel 
• Apenas de classificados como não-absorvíveis, alguns são biodegradáveis após longo 
período: 
• Náilon — sofre cerca de 20% de degradação enzimática ao ano
• Seda — absorvida por fagocitose em aproximadamente 2 anos 
_______________________________________________________________________________________
CLASSIFICAÇÃO QUANTO À ESTRUTURA FÍSICA:
- Quando à sua estrutura ou configuração física, os fios de sutura podem ser monofilamentares 
ou multifilamentares
- No entanto, existem alguns deles que se encontram disponíveis nas duas apresentações 
- Monofilamentar:
• Produzidos com um único filamento, sendo, em geral, menos maleáveis do que os 
multifilamentares 
• Dentre eles, temos:
• Náilon (mononáilon)
• Polipropileno (prolene) 
• Muito utilizado na cirurgia vascular e transplantes 
• Muito similar ao náilon mas possui uma força tênsil e resistência maior
• Muito mais caro que o náilon
• Polidioxanone (PDS®)
• É o fio mais novo 
• Possui absorção mais lenta (90 - 120 dias)
• Mantém sua força tênsil por cerca de 60 dias
• É o fio mais caro que se tem (~ 60/70 reais)
• Muito utilizado em cirurgias abdominais (ex: laparoscopia, bariátricas) 
• Seda
• Categute simples e cromado 
• Fio muito barato 
• Colágeno 
• Aço inoxidável 
- Multifilamentar: 
• Vários filamentos torcidos ou trançados entre si, levando a uma maior flexibilidade e 
mais fácil manuseio 
• Em sua fabricação, essas várias fibras podem se encontrar simplesmente trançadas e 
torcidas, ou podem ser recobertas por um fio único, com o objetivo de diminuir a reação 
tecidual 
• São mais traumatizantes e ásperos ao passarem através dos tecidos, levando a maior 
arrasto tecidual 
• Apresentam maior potencial para desenvolvimento de infecções 
• Os multifilamentares tendem a ser mais vulneráveis à força de cisalhamento e, desse 
modo, mais suscetíveis à ruptura (entretanto, os monofilamentares podem ser 
enfraquecidos pela pinça cirúrgica ou outro instrumento, exigindo manipulação mais 
cuidadosa) 
• Dentre eles, temos: 
• Algodão 
• Fio mais barato que tem 
• O algodão, por ser material vegetal, é extremamente reativo 
• Náilon (Obs = mas lembrar que o principal náilon é o monofilamentar)
• Ácido poliglicólico (Dexon®)
• Poliglactin revestido / Poliglactina (Vicryl®)
• Aço inoxidável 
• Dácron 
• Seda
_______________________________________________________________________________________
CLASSIFICAÇÃO QUANTO AO CALIBRE (DIÂMETRO): 
- O diâmetro de um fio de sutura varia entre padrões predeterminados e seguidos pela indústria 
- Assim, partindo-se de um padrão denominado “0” (0,40mm), temos fios de maior e menor 
diâmetro:
• Maior diâmetro = 1, 2, 3, 4, 5 e 6 (sendo o 6 o fio de maior diâmetro disponível)
• Menor diâmetro = 2.0, 3.0, 4.0, e assim por diante até 12.0, que é o fio de menor diâmetro 
disponível)
• Os fios mais utilizado vão do 2 ao 6.0 
- Esses fios de menor diâmetro são utilizados em microcirurgia, em diversas especialidades; 
aqueles de maior diâmetro são utilizados para a síntese de tecido ósseo 
- O aumento do diâmetro do fio confere maior resistência e força tênsil. Não há, contudo, 
qualquer ganho em se utilizar um fio com força tênsil maior do que a necessária para a sutura 
do tecido em que esteja sendo empregado 
- A escolha do cirurgião deve ser pelo fio de sutura mais fino possível, sem prejuízo do 
resultado, de forma a utilizar a menor quantidade de corpo estranho ao organismo 
_______________________________________________________________________________________
CLASSIFICAÇÃO BASEADA NA ABSORÇÃO DE FLUÍDOS E CAPILARIDADE: 
- Ambas as características podem influir no surgimento de complicações infecciosas
- A absorção de líquido é a capacidade que um determinado fio apresenta de reter líquidos
- Capilaridade constitui a forma pela qual o líquido absorvida se propaga pela extensão do fio, 
eventualmente propiciando o carreamento de microorganismos 
- Os fios multifilamentares apresentam maior efeito de capilaridade, logo,possuem maior risco 
de perpetuar uma infecção, como já comentado 
- O categute é o fio que mais capilaridade proporciona, ao passo que o poliéster, revestido por 
teflon ou silicone, praticamente não exibe esse efeito 
_______________________________________________________________________________________
CLASSIFICAÇÃO QUANTO À RESISTÊNCIA (FORÇA TÊNSIL):
- Para que uma estrutura anatômica suturada possa resistir aos estímulos mecânicos habituais, 
a força tênsil de um fio tem que ser mantida 
a t é s e c o m p l e t a r o p ro c e s s o d e 
cicatrização 
- Resistência é a força gerada pelos tecidos 
à sua junção, ao passo que força tênsil é a 
força que “vence” essa resistência 
- Quanto maior a força tênsil de um fio, 
menor o diâmetro que necessita ser 
utilizado, resultando em menor quantidade 
de corpo estranho nas feridas cirúrgicas 
_______________________________________________________________________________________
CLASSIFICAÇÃO QUANTO A PRESENÇA DE AGULHAS: 
- Agulhados:grande maioria dos fios (fios sertix) 
- Não agulhados: são pouco utilizados; seu maior representante é o fio de algodão
• Dispostos ao redor de um tubo plástico com diversos fios pré-cortados (sutupack)
_______________________________________________________________________________________
CLASSIFICAÇÃO QUANTO A FORÇA E SEGURANÇA DOS NÓS:
- É a força necessária para fazer com que um nó não sofra, parcial ou completamente, processo 
de deslizamento ou de ruptura 
- Também é conhecida como resistência tênsil efetiva
- Quanto menor o coeficiente de fricção de um fio, maior sua possibilidade de desfazer um nó 
- A parte mais fraca de fio sempre é representada pelo nó, e não as extremidades que são 
tracionadas para executar a sutura
- Os fios não-absorvíveis monofilamentares são aqueles que apresentam o menor coeficiente, 
exigindo-se a realização de muitos semi-nós, ocasionando maior implante de corpo estranho 
no organismo 
- O deslizamento do nó ocorre, em certo grau, em todos os nós
_______________________________________________________________________________________
CLASSIFICAÇÃO QUANTO A MEMÓRIA: 
- É definida como a capacidade inerente de um fio para retornar à sua forma original depois 
de manuseado e deformado 
- Relaciona-se com duas outras características:
• Plasticidade:
• Diz respeito à sua possibilidade de expansão quando submetido à tração por 
estiramento
• É a capacidade de manter-se sob a nova forma após tracionado 
• Quanto mais estirado, menor a tendência ao retorno à forma original 
• Elasticidade:
• Capacidade de retornar à forma e comprimento originais, quando estirado 
• Conceito oposto à plasticidade 
- Assim, quanto maior a memória de um fio, maior a rigidez, mais difícil o manuseio e menor 
a segurança do nó (mais suscetível ao deslizamento) 
- O prolene e o mononáilon são os que exibem mais acentuadamente esse fenômeno. Nesses 
casos, devemos adicionar semi-nós até se conseguir uma segurança contra o deslizamento 
(ao menor 5 - 7 semi-nós)
- A memória dos fios pode ser subclassificada em: 
• Desprezível 
• Baixa 
• Moderada 
• Alta 
• Bastante alta 
_______________________________________________________________________________________
MANUSEIO: 	 
- No tocante às características de manuseio, constituem fatores importantes:
• Flexibilidade 
• Coeficiente de fricção 
• Arrasto tecidual 
• Visualização do fio no campo operatório 
- Flexibilidade e facilidade de manuseio:
• Quanto mais flexível um fio, mais fácil o seu manuseio 
• A flexibilidade e facilidade de manuseio se relacionam diretamente à plasticidade, 
elasticidade e memória de um fio, como visto anteriormente 
• O manuseio mais difícil é com o aço inoxidável, que frequentemente proporciona ferimento 
na equipe cirúrgica e no paciente; o mais fácil é com a seda 
- Coeficiente de fricção:
• Pertinente à facilidade com que a sutura desliza através do tecido e dos nós 
• Quanto maior o coeficiente de fricção de um fio, maior sua dificuldade em deslizar pelos 
tecidos, ocasionando maior arrasto tecidual 
• Por outro lado, como visto, quanto menor o coeficiente de fricção, maior o fio sofre 
deslizamento e maior a instabilidade dos nós 
• Alguns fios são revestidos por uma capa protetora com o intuito de redução do coeficiente 
de fricção (ex: perlon e poliéster) 
• Quanto maior o coeficiente de atrito mais difícil de desatar o nó cirúrgico espontaneamente 
mas também mais difícil é de deslizar esse fio nos tecidos 
• Quanto mais multifilamentar é o fio, maior o coeficiente de atrito
- Arrasto tecidual:
• Quanto mais rígido um fio ou quanto maior o seu coeficiente de fricção, maior o arroto 
tecidual que irá proporcionar, interferindo diretamente com sua capacidade para 
deslizamento 
• Consequentemente, um fio que proporciona maior arrasto tecidual poderá acarretar maior 
dano a esse tecido 
- Visualização do fio no campo operatório:
• Muitas vezes os fios orientam o cirurgião 
• Dessa forma, fios nas cores verde, lilás, azul e preta podem ser mais facilmente visualizados 
do que os incolores 
_______________________________________________________________________________________
REAÇÃO TISSULAR: 
- A capacidade de gerar reação tecidual é classificada em:
• Desprezível
• Mínima
• Muito baixa
• Moderada
- Atualmente essa classificação é pouco utilizada, mas é importante saber quais fios geram 
mais reação tissular que outros
_______________________________________________________________________________________
CARACTERÍSTICAS ESPECÍFICAS DE CADA FIO 
CATEGUTE:
- Fio biológico absorvível monofilamentar torcido 
- A palavra categute possivelmente provém de kitgut, um delicado instrumento musical árabe, 
semelhante a um pequeno violino, cujas cordas provinham de fios intestinais de animais. 
Posteriormente essa palavra foi alterada para forma inglesa catgut 
- Utilizado em rins, bexiga, vesícula
- Absorvido por fagocitose 
- Vantagens:
• Fácil manuseio 
• Elástico 
• Muito versátil 
• Barato 
- Desvantagens:
• Força tênsil muito pequena 
• Extremamente reativo 
• Permeável 
• Faz bastante reação tecidual
• Possui alta capilaridade 
• Predispõe infecções 
- Subclassificado em:
• Categute simples 
• Força tênsil muito baixa (dura 5 - 7 dias)
• Fio proteico feito de puro colágeno 
• Utilização: subcutâneo e ligadura de vasos 
• Benefícios: rápida absorção, evitando a permanência de corpos estranhos na 
intimidade tecidual, baixo preço e pode ser usado na maioria dos tecidos
• Desvantagens: maior reação inflamatória, não deve ser usado em suturas sob tensão e 
tecidos que demorem para cicatrizar, muita memória, fica quebradiço se ressecado
• Categute cromado 
• É fio categute simples só que submetido a tratamento com sal de ácido crômico
• Esse banho de cromo aumenta a força tênsil do fio, no entanto, aumenta também a 
reação inflamatória
• Força tênsil um pouco maior (dura 14 - 21 dias)
• Menor velocidade de absorção 
• Utilização: intestino, bexiga, peritônio, ligadura de vasos maiores e profundos, suturas 
de tecido adiposo, sutura de mucosas, sutura de pele da região genital 
• Benefícios: os mesmos do categute simples
• Desvantagens: as mesmas do categute simples
ÁCIDO POLIGLICÓLICO (DEXON)
- Fio sintético absorvível multifilamentar 
- Foi o primeiro fio absorvível sintético a ser lançado, em 1970, com inúmeras vantagens sobre o 
categute, até então o único material absorvível disponível 
- Absorvido por hidrólise entre 50 - 70 dias 
- É o fio mais utilizado para sutura de músculos, aponeuroses (justamente por possuir uma boa 
força tênsil) 
- É um dos fios mais utilizados de forma geral
- Vantagens:
• Força tênsil praticamente inalterada por 15 - 21 dias
• Pequena capilaridade, baixa memória e segurança de nós regular 
• Causa menos reação tecidual que o categute (por isso é o fio de escolha em feridas 
infectadas) 
- Desvantagens: 
• Flexibilidade é apenas regular• Custo elevado 
POLIGLACTINA 910 (VICRYL) 
- Fio sintético absorvível multifilamentar 
- Composição = glicolida (90%) + lactida (10%) 
- Apresenta características, aplicabilidades, vantagens e desvantagens similares às do dexon 
- No entanto, o vicryl é mais flexível e maleável do que o dexon (por apresentar revestimento 
lubrificado) 
- A associação do ácido lático em sua composição dificulta a penetração de fluídos entre seus 
filamentos e possivelmente propicia a ocorrência de resistência tênsil aumentada em relação 
ao fio de ácido poliglicólico 
SEDA 
- Fio biológico multifilamentar trançado não absorvível 
- Era muito utilizada antigamente mas, com a introdução de vicryl e algodão está ficando em 
desuso 
- Utilizada em fechamento de parede, cx gastrointestinais, cx oftálmicas, cx torácicas e cx 
ortopédicas 
- Vantagens:
• Boa força tênsil
• Não irritante
• Relativamente barato
• Mantém o nó firme 
- Desvantagens:
• Reação de corpo estranho
• Infecções 
ALGODÃO
- Fio biológico multifilamentar torcido não absorvível 
- Muito utilizado (principalmente em homeostasia) 
- Não deve ser usado na pele! 
- Vantagens
• Macio
• Fácil manipulação 
• Baixo custo 
• Forte 
- Desvantagens
• Por ser multifilamentar, pode transpor germes por capilaridade quando em tecidos úmido 
NÁILON
- É um fio sintético que pode ser mono ou multifilamentar (muito mais comum o 
mononáilon) não absorvível 
- É um dos fios mais utilizados 
- Composição: obtido a partir de diferentes monômios de poliamida 
- Caracteriza-se pela elasticidade e resistência à água 
- É biologicamente inerte 
-
- Vantagens
• Ótima tolerância tissular e resistência tênsil 
• Pode ser usado em basicamente todos os tipos de sutura 
• Possui superfície lisa, que causa pouco atrito e facilita a retirada dos pontos 
• Não é capilar (diminui os índices de infecção)
• Não é irritante 
• Flexível 
• Forte 
- Desvantagens
• Baixo coeficiente de fricção —> necessita de vários nós para oferecer segurança nos 
pontos 
• Pouco maleável (dificulta as manobras de sutura) 
• Pouca memória 
• Perde a resistência 
• Possui muita elasticidade (alta pliabilidade) —> maior chance de desfazer o nó 
- Utilização
• Ideal para o fechamento de pele 
AÇO INOXIDÁVEL 
- Fio mono ou multifilamentar 
- Utilizados em cx torácias, cardíacas, ortopédicas e bucomaxilofacial 
- Inabsorvível 
- Vantagens: 
• Resistência 
• Inerte aos tecidos 
• Maleável 
• Grande força tênsil 
• Fácil esterilização 
- Desvantagens:
• Manuseio muito difícil 
• Pouca elasticidade 
• Uso restrito 
• Nós volumosos 
• Opaco ao Rx
ALGUNS FIOS DE ORIGEM METÁLICA
- Prata = clips de neurocirurgias e cirurgias vasculares 
- Cobre = cirurgias bucomaxilofaciais
- Aço vitálico = osteossínteses
- Agrafes ou clips de Michel = aproximação de bordas de pele
PADRONIZAÇÃO DAS CORES DE FIOS CIRÚRGICOS
FENÔMENOS TARDIOS
- Fios muito reativos predispõe a abcessos tardios (ex: fios de algodão podem fazer abcessos 
no paciente mesmo após 10 anos)
- Principais fenômenos tardios:
• Abcessos locais 
• Formação de cavidades (sinus): fios muito reativos quando utilizados para suturar 
subcutâneo apertam o tecido adiposo e fazem necrose gordurosa, essa necrose se 
liquefaz e no espaço que estava a necrose forma uma cavidade (só é corrigida 
cirurgicamente) 
• Eliminação espontânea de fios
• Formação de granuloma de corpo estranho
_______________________________________________________________________________________
AGULHAS CIRÚRGICAS 
- Conteúdo extra (não passado pelo professor)
- As agulhas mais resistentes são fabricadas com puro aço inoxidável de alta qualidade, afiadas 
o bastante para penetrarem no tecido com trauma mínimo, e rígidas o suficiente para resistirem 
à curvatura
- Contudo, também devem apresentar maleabilidade que permita o seu arqueamento antes de 
quebrarem 
- Seu diâmetro apresenta grande variação: desde 30µ (0,001 polegada) para uso em 
microcirurgia, a 50.000µ (0,45 polegada) para uso em sutura óssea 
- Suas variações incluem:
• A terminação
• O corpo
• A ponta 
- Atualmente, as agulhas utilizadas nos grandes serviços cirúrgicos são de uso único, vindas de 
fábrica já com os fios forjados em sua terminação — sertix 
- Entretanto, as agulhas “nuas” — traumáticas, em que se montam os fios cirúrgicos, ainda são 
utilizadas em partes do nosso país, por razões de ordem econômica 
- As agulhas podem apresentar:
• Braço único (uma única agulha no fio)
• Braço duplo (duas agulhas no fio, uma em cada extremidade) — utilizadas principalmente 
para anastomoses vasculares 
Hastes ou Corpos das Agulhas 
- As agulhas podem ser retas ou curvas
- Seu corpo (eixo) pode ser arredondado, triangular ou achatado
- Dentre as curvas, existem uma grande variedade de formatos e tamanhos, mas, como regra 
geral, elas seguem a circunferência de um círculo e podem se constituir em:
• 1/4 círculo (90º)
• 3/8 círculo (135º)
• 1/2 círculo (180º)
• 5/8 de círculo (225º)
- O corpo da agulha deve apresentar o diâmetro mais aproximada possível do fio que carreia, 
para não determinar dano tecidual desnecessário
Pontas das Agulhas
- Existe uma grande variedade de tipos de ponta para o uso 
nos mais diferentes tipos de tecido 
- Os tipos mais frequentes utilizados são:
• Cilíndricas ou redondas (atraumáticas) - tubo digestório e 
vasos sanguíneos 
• Corpo cilíndrico e ponta romba - tecidos pouco 
resistentes, como fígado e baço 
• Triangulares (traumáticas) - aponeuroses e pele 
• Mistas (corpo cilíndrico e ponta triangular) 
_______________________________________________________________________________________
NÓS CIRÚRGICOS 
Partes dos Nós
- São geralmente compostos de 3 semi-nós:
• 1º: semi-nó de contenção (que aproxima e aperta)
• 2º: semi-nó de fixação (que fixa o entrelaçamento do fio e impede o 
afrouxamento do primeiro; geralmente é invertido)
• 3º: semi-nó de segurança 
Princípios Gerais para a Confecção do Nó Cirúrgico 
1. Ao se completar, deve ser firme, minimizando a possibilidade de deslizamento 
2. Deve apresentar o menor volume possível (previnir excessiva reação tecidual) 
3. As extremidades dos fios devem ser cortados tão curtas quanto possível (levando-se em 
consideração que os fios que apresentam maior memória e deslizamento não devem ser 
cortados rentes aos nós, pois a extensão do deslizamento pode superar o comprimento das 
extremidades livres do fio, ocorrendo o desatamento do nó 
4. Evitar a fricção entre as extremidades dos fios 
5. Evitar a preensão de nós com instrumentos cirúrgicos (pinças e porta-agulhas)
6. Evitar tensão excessiva (a suturas visam a simples aproximação de bordas)
7. Seminós extras (mais do que necessário) somente adicionam volume ao nó, não aumentando 
a resistência de um nó cirúrgico 
Tipos de Nós
- O nó cirúrgico se fundamenta na sucessão de seminós simples (meia-volta) 
- O seminó simples (também chamada de nó simples ou nó incompleto) constitui o primeiro 
tempo de um nó e é alcançado pela laçada, com o fio, de forma que uma extremidade é 
totalmente rodada em torna da outra, criando uma meia-volta
- A partir do seminó simples, 5 tipos de nó cirúrgicos são 
descritos:
1. Nó Antideslizante ou “Nó Quadrado” (nó de ancorar ou 
nó achatado, com seminós assimétricos)
• Tipo básico de nó mais utilizado nas operações 
• São realizados 2 seminós simples, em que as duas 
meias-voltas são posicionadas em direções opostas, 
uma sendo imagem exata (em espelho) da outra 
• Uma vez amarrados os fios, o nó não pode mais ser 
afrouxado, consistindo em um nó seguro e de maior 
resistência ao fenômeno de deslizamento 
2. Nó Deslizante, Nó Comum ou Nó Torno (seminós simétricos)
• Um seminó simples é sobreposto a outro, sem inversão da 
meia-volta em relação ao anterior (ambas as laçadas são 
realizadas na mesma direção) 
• Realizado com a tração de um extremidade do fio durante 
todo o tempo em queo nó está sendo realizado, não 
cruzando as extremidades dos fios ou as mãos durante as 
laçadas subsequentes 
• Fundamentalmente, o primeiro seminó é igual ao do nó 
quadrado, e o segundo seminó é elaborado no mesmo 
sentido que o primeiro
• Após cada laçada, cada meia-volta é levada para baixo, no 
segmento tracionado, até que o nó fique apertado 
• Não se constitui em um nó seguro, haja vista que as duas 
pontas ficam em posição perpendicular às partes do fio 
que entram no nó 
• Como segurança, esse nó exige, obrigatoriamente, ao 
menos um 3º seminó 
3. Nó Duplo ou “Nó de Cirurgião” 
• Consiste na realização de duas voltas primárias na primeira meia-volta (dois 
entrecruzamentos na formação do primeiro seminó)
• Seguida por posicionamento da segunda meia-volta na direção oposta, similarmente a 
um nó quadrado
• A volta dupla no primeiro seminó evita que o 
nó corra ou deslize, sendo de grande 
importância em casos em que há aumento de 
tensão na estrutura que se está ligando, 
permitindo que a segunda meia-volta possa 
ser realizada sem ter que manter o fio 
tracionado 
• Por se tratar de um nó com grande segurança 
é utilizado para ligadura de estruturas 
importantes, como grandes vasos, em que 
não se permite qualquer mínimo afrouxamento 
• Entre as desvantagens deste tipo de nó, estão 
o seu maior volume e a dificuldade para 
apertá-lo, possibilitando índice maior de 
quebra do fio 
• O uso de 2 seminós de cirurgião, visando se 
obter maior segurança, resulta em um grande 
volume de fio, sem maior vantagens, e 
raramente encontra indicação 
4. Nó em Roseta 
• Especialmente utilizado para ancorar as extremidades de fios em suturas 
intradérmicas, servindo como apoio à linha de sutura 
• É frequentemente realizado com o auxilio da extremidade de uns instrumento cirúrgico 
(técnica mista): 
1. No início da linha de sutura intradérmica; observar o nó em roseta já 
confeccionado em uma extremidade. Na outra extremidade, o fio é seguro pela 
mão esquerda do cirurgião e, como a mão dirieta, se posiciona um instrumento 
(porta-agulhas) sobre ele, como preparação para o início do nó 
2. Realiza-se uma alça de fio com o instrumento 
3. A parte fixa do fio é tracionada para dentro da alça anteriormente formada 
4. Forma-se um seminó de contenção em alça; por rotações sucessivas e 
similares do fio, realizam-se outros seminós fixadores
5. Nó por Torção 
• Utilizado com fios metálicos, pela torção helicoidal de suas extremidades sob 
permanente tração bilateral
• Os fios são torcidos cerca de 5 ou 6 vezes e, ao término, as suas extremidades são 
encurvadas e posicionadas na linha de torção dos seminós, minimizando a ocorrência 
de efeitos indesejados 
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TÉCNICA PARA EXECUÇÃO DOS NÓS CIRÚRGICOS
- As técnicas para execução dos nós cirúrgicos podem ser dividas em:
• Manuais — quando realizadas somente com a participação das mãos 
• Instrumentais — realizados com o auxílio de pinças ou porta-agulhas em ambas as 
extremidades do fio 
• Mistas — realizados com instrumentos e com as mãos, concomitantemente 
- Todos os tipos de nós cirúrgicos podem ser realizados com as 3 técnicas 
- Classicamente, são descritas duas “leis dos nós” (de Livingston):
1. Movimentos iguais de mãos opostas executam um nó perfeito
2. A ponta do fio que muda de lado após a execução do primeiro seminó deve voltar ao lado 
inicial para realizar outro seminó 
Técnicas Manuais 
- Técnica de Pauchet com o 1º, 2º e 3º quirodáctilo:
• Enquanto o primeiro seminó é realizado com a mão direita, no segundo seminó se utiliza a 
mão esquerda (ou vice-versa) 
• Importante, sempre, é a observância de que o fio da mão ativa deve estar posicionado por 
baixo do fio que é seguro pela mão não ativa 
- Técnica de Pauchet com o dedo indicador:
• Muito útil para a confecção do segundo seminó 
• O primeiro seminó é realizado com a mão direita, utilizando principalmente o dedo médio, e, 
depois de terminado, cruza-se o fio e executa-se o segundo seminó, com o dedo indicador 
da mão esquerda 
- Técnica de Pauchet bimanual (para dar “nó de cirurgião”) 
• O fio é cruzado, como no nó simples, somente diferente pelo fato de que a extremidade 
presa à mão direita utiliza os primeiro e segundo quirodáctilos, ao passo que a extremidade 
presa à mão esquerda utiliza os primeiro e terceiro quirodáctilos, deixando o indicador livre 
• Os movimentos da mão direita são os mesmo já demonstrados para a confecção de um 
seminó simples 
• Antes de se completar o seminu simples com a mão direita, o dedo indicador livre da mão 
esquerda enlaça o fio da mão direita
- Técnica do Sapateiro 
• A técnica de Pauchet, nas suas variações, é a mais utilizada universalmente 
• Contudo, existe também a técnica do sapateiro, de lenta elaboração, mas com a grande 
vantagem de permitir a realização de seminós sem diminuição da tensão do nó, mantendo-
se sempre os fios esticados em todas as fases da sua elaboração 
Técnicas Mistas
- O nó antideslizante pela técnica mista é relativamente rápido para ser confeccionado e 
comumente propicia economia no uso dos fios
- Neste caso, o fio que se vai utilizar para realizar a alça do primeiro seminu com o instrumento 
cirúrgico não necessita (e nem pode) ser cruzado 
- Para a confecção do segundo seminó, duas são as possibilidades:
• Se a outra extremidade do fio for suficientemente longa, pode-se utilizá-la para a confecção 
da alça do segundo seminó
• Se não for suficientemente longa, como costuma ocorrer, podemos confeccioná-lo com a 
mesma extremidade do fio que se realizou o primeiro seminó, tomando-se o cuidado 
adicional de cruzar a mão sobre o instrumento, no momento de fixá-lo 
- Quando passamos o instrumento duas vezes sobre o eixo do fio, realizando-se uma alça 
dupla, o resultado final do primeiro seminó será o obtenção de um nó de cirurgião inverso, sem 
cruzamento do fio
- Nesse caso, a confecção do segundo nó pode seguir a mesma orientação dada para o uso da 
alça única 
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SUTURA 
- Sutura é a união ou aproximação de estruturas teciduais pela aposição ordenada de inúmeros 
nós cirúrgicos 
- Pode ser:
• Contínua (chuleio): existe continuidade do fio entre suas alças. Nesse caos, temos 
somente um nó inicial e um nó final 
• Descontínua (simples): na sutura com pontos separados para cada alça de fio 
corresponde um nó, não havendo continuidade dos fios entre suas alças 
- Condições para uma boa sutura (Princípios de Halsted): 
• Assepsia e anti-sepsia
• Bordos afrontados
• Não existir espaço morto
• Hemostasia perfeita 
• Material de sussurra delicado 
• Fios com mínima reação tecidual 
• Tensão de sutura adequada 
• Obedecer as linhas de Langer e Kraissl 
SUTURAS SIMPLES: 
- Ponto simples 
• Pode ser ponto simples comum ou invertido (Ponto de Halsted), quando o nó fica no 
interior do tecido 
• É o mais habitualmente empregado 
• Duas variantes dos pontos simples podem ser utilizadas:
• Ponto simples epidérmico (abrange a epiderme e uma pequena quantidade da derme)
• Ponto simples dérmico (abrange a derme e a camada superficial subcutânea)
- Ponto em “U” vertical (Ponto de Donnatti) 
• Usado na pele 
• Consiste em duas transfixações: Uma perfurante, incluindo a pele e a camada superior do 
tecido subcutâneo, entre 7 e 10 mm da borda, e outra transepidérmica, a cerca de 2 mm da 
borda 
• Comumente, designado como ponto longe-longe, perto-perto
• A passada mais profunda (longe-longe) pode ser realizada primeiramente, ou vice-versa 
• Muito utilizado quando os lábios da ferida tendem a se invaginar
• Também promove boa hemostasia, sendo de particular interesse quando existe sangrento 
difuso subdérmico e dérmico 
- Ponto em “U” horizontal (Ponto de colchoeiro) 
• Semelhante ao anterior, diferindo apenas na posição horizontalda 
alça 
• Utilizado na pele, quando existe alguma tensão que impeça a 
perfeita coaptação das bordas 
• Em geral, não propicia bom resultado estético 
• Também pode ser utilizado em estruturas mais frágeis, como 
tecido muscular, apenas para aproximação tecidual, sem qualquer 
tensão 
- Ponto em “X” (Ponto em “Z” ou “8 horizontal”) 
• Também podem ser executados com os nós para dentro ou para fora, ficando sempre, 
porém, duas alças cruzadas, no interior ou fora do tecido 
• Em algumas situações, utilizados como pontos de transfixação para hemostasia, com 
ligadura em massa 
- Ponto helicoidal duplo 
• Consiste em 2 pontos simples em sequência, apoiando-se 
o fio em dois locais, na mesma borda, formando o desenho 
de uma hélice 
• Como se realiza dupla passada em ambas as bordas, é 
chamado de helicoidal duplo 
• Comumente empregado em tecido friáveiis, com tendência 
a esgarçamento ou fragmentação 
- Pontos recorrentes ou em polia 
• Existe um grande variedade desses tipos de ponto, todos epônimos em referência a quem 
os descreveu: Smead-Jones, Delrio, Wiley, Hans e Whipple
• Consistem em pontos em massa, com formação de duas ou mais alças de fio 
• Geralmente, são empregados nos fechamentos mais complicados da parede abdominal 
- Ponto transfixante de estrutura tecidual 
• Trata-se de um ponto circular, ao redor de alguma estrutura, em geral vaso sangrante, com 
transfixação de sua parte central 
• Usado para hemostasia com ligadura em massa (quando não se identifica especificamente 
o ponto de sangramento)
- Ponto de contenção ou retenção (Capitonagem)
• Frequentemente utilizado na ressumara da parede abdominal (em 
situação de evisceração), fechamento da parede com grande 
distensão das alças intestinais, pacientes imunossuprimidos ou 
após múltiplas reoperações 
• Em geral, é uma sutura complementar ao fechamento tradicional, 
com o intuito de se evitar que ela rompa 
• Pode ser confeccionado como um grande ponto simples ou como 
se fora um grande ponto em U horizontal, aplicado verticalmente 
em toda a profundidade da parede 
• Para minimizar a forte impressão deixada que comumente deixa na 
pele, é frequente que seja colocado no interior de tubos plásticos, 
somo segmentos de equipo de soro 
• Acarreta mau resultado estético, mas razoável resultado funcional 
SUTURAS CONTÍNUAS: 
- São mais rápidas e hemostáticas, mas apresentam alguns inconvenientes:
• Utilizam quantidade maior de fio, o que favorece reação tecidual 
• Se um única laçada se solta pode ocorrer a deiscência total da ferida 
- Chuleio simples (sutura de peleteiro) 
• Consiste no tipo de sutura de mais fácil e rápida execução, sendo aplicada em qualquer 
tecido com bordas não muito espessas e pouco separadas 
• Realizada pela aposição de uma sequência de pontos simples com direção oblíqua de alça 
interna em relação à ferida 
• À medida que vai se aplicando a sutura em uma ferida, deve-se ter cuidado adicional no 
que se refere à correta aposição do fio cirúrgico sobre o tecido
• Esse fio deve ser guiado, segurando-se cuidadosamente a sua alça com os dedos um uma 
pinça fechada (essa pode ser a função do primeiro auxiliar), enquanto a agulha vai sendo 
puxada para fora e sendo preparada para nova passada 
- Chuleio ancorado (ou festonado) 
• Consiste na realização de um chuleio simples, em que o fio, depois de 
passado, é ancorado, sucessivamente, na alça anterior ou a cada 4 ou 5 
pontos 
• Raramente empregado na atualidade 
- Em barra grega (sutura de colchoeiro ou em U horizontal) 
• Formada por uma série de pontos em U horizontais
• Em face da potencial dificuldade em sua retirada, pelo possível aprofundamento dos dias na 
pele, podem ser deixadas algumas alças para extração, minimizando esse problema 
• Quando não se consegue perfeito confrontamento das bordas, podem ser utilizados pontos 
simples adicionais, entre as barras gregas 
- Em bolsa de tabaco 
• Sutura circular invaginante 
• Múltiplas indicações, como, por ex, sepultamento de coto apendicular e de saco herniário 
inguinal direto 
• Os pontos são passados ao redor da estrutura que se deseja invaginar e, ao se apertar o 
nó, auxiliar a introduz para baixo da linha de sutura, completando-se então o nó, 
concomitantemente à retirada da pinça 
- Perfurante total invaginante (sutura de Connel-Mayo) 
• Usado em cirurgias gastrointestinais, permitindo coaptação serosserosa 
• A agulha entra na serosa, vaia até a mucosa e volta à serosa, no mesmo lado 
• Quando a agulha não ultrapassa toda a espessura da parede do órgão, indo somente até a 
camada muscular da mucosa e retornando, recebe a denominação de perfurante parcial 
invaginante (sutura de Cushing) 
- Total não-invaginante (sutura de Schmieden) 
• Também utilizada em sutura gastrointestinal com a finalidade de se evitar a inversão da 
mucosa 
• A agulha é passada sucessivamente, da muscular até a serosa, em uma borda, e, a seguir, 
na borda oposta 
• O mesmo procedimento, só que com a ancoragem de cada ponto na alça do ponto anterior, 
recebe a denominação de sutura total não-invaginante ancorada (sutura de Cúneo) 
- Recorrente (sutura de Smead-Jones) 
• Consiste em uma sutura contínua em massa, com envolvimento de dois planos teciduais 
• Sua grande utilização se dá na síntese conjunta do plano muscular junto com a aponeurose 
- Intradérmica longitudinal (sutura de Chassaingnac) 
• Consiste numa sequencia de pontos simples longitudinais alternados, por dentro das 
bordas da pele, resultando em excelente coaptação das bordas, o que lhe confere 
excelente resultado estético

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