Buscar

Fund. da epidemiologia aula 10

Esta é uma pré-visualização de arquivo. Entre para ver o arquivo original

Fund. Da epidemiologia
Aula 10: Vigilância Epidemiológica no Brasil
Avanços da Vigilância Epidemiológica no Brasil
O Sistema Nacional de Vigilância Epidemiológica é um subsistema do Sistema Único de Saúde (SUS), baseado na informação-decisão-ação de doenças e agravos específicos. Seus principais objetivos são elaborar, recomendar e avaliar as medidas de controle e o planejamento.
Dentro desse contexto, a Vigilância Epidemiológica pode ser definida como atividade de informação para decisão/ação, desenvolvendo várias funções específicas, tais como:
coleta de dados e informações;
processamento, análise e interpretação dos dados coletados; 
tomada de decisão/ação; 
avaliação; 
divulgação de informações pertinentes; 
normatização.
Vigilância epidemiologia de doenças transmissíveis
A Vigilância Epidemiológica foi desenvolvida a partir da necessidade de controlar as doenças transmissíveis, denominadas anteriormente de doenças pestilências ou quarentenáveis. 
 
Com sua evolução, vários métodos e práticas vêm sendo aplicados na maioria dos países ocidentais.
Tipos e fontes de dados
A disponibilidade de dados constitui elemento-chave para o cumprimento das funções de VE.
Notificação compulsória
Representa a principal fonte de informação da VE de doenças transmissíveis.
É a comunicação obrigatória da ocorrência de determinada doença ou agravo a saúde feita a autoridade sanitária por profissionais da saúde ou qualquer cidadão, com o intuito de intervenção.
Laboratório
Os laboratórios de imunológica, bacteriologia, virologia, micologia, parasitologia, biologia molecular e anatomopatológicos são importantes fontes de dados por permitirem detectar casos que não foram conhecidos por meio da notificação.
SIH-SUS
Internações hospitalares – Sistema de informação de internação hospitalar 
As internações hospitalares são importantes fontes de notificação em virtude dos hospitais serem a porta de entrada para os casos graves.
Monitoramento de Doenças e
Agravos Não Transmissíveis (DANT)
Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNT), violências e acidentes representam graves problemas de saúde pública com alto impacto sobre a morbimortalidade da população.
O monitoramento de doenças e agravos não transmissíveis tem como objetivo reduzir a incidência e a prevalência desses problemas de saúde, prolongando, dessa forma, a vida dos seres humanos com qualidade. Viver uma longa vida, não significa vivê-la com qualidade. Portanto, as ações individuais e coletivas devem ser voltadas para a preservação da vida com qualidade.
A Secretaria de Vigilância em Saúde (SVS)
A Secretaria de Vigilância em Saúde (SVS) através da Coordenação por meio da Coordenação-Geral de Vigilância de Agravos e Doenças Não Transmissíveis – CGDANT -, tem trabalhado para coordenar, fomentar e desenvolver estudos e pesquisas para identificação e monitoramento de fatores de risco, análise e avaliação das ações de promoção da saúde, prevenção e controle das DANTs.
O perfil epidemiológico dessas enfermidades pode ser modificado por intervenções de promoção da saúde estimulando o autocuidado em saúde.
As abordagens metodológicas para estruturar as ações de monitoramento das DANTs estão centradas na evolução de determinados indicadores relacionados à morbidade e à mortalidade.
 
Para monitorar a ocorrência das DANTs é imprescindível que se disponha de dados confiáveis e acessíveis para que sejam realizadas as análises epidemiológicas. Dessa forma, os indicadores escolhidos devem captar a conjuntura epidemiológica da doença ou agravo.
Sistemas Nacionais de Informação em Saúde
Conforme abordado anteriormente, o setor saúde, em seus três níveis de gestão, que vem incentivando o desenvolvimento de pesquisas para identificar e monitorar a situação epidemiológica, as necessidades no campo de assistência médica, os fatores de risco, as condições e estilo de vida que influenciam tanto a incidência destas doenças e os agravos quanto sua evolução e prognóstico.
As principais fontes de dados utilizados para a construção de indicadores, adequados para essa estratégia, são os próprios Sistemas Nacionais de Informação em Saúde. 
Sistema SUS
O Sistema de Informação Ambulatorial do SUS (SIA-SUS) e Sistema de Informações Hospitalares do SUS  (SIH-SUS) 
Apesar de não registrarem os atendimentos da rede privada, não conveniada ao SUS, possuem uma cobertura abrangente, além de fornecerem dados sobre vários tipos de procedimentos que, praticamente, só são realizados no SUS, como transplantes de órgãos.
Seguro de vida individual
No SIH-SUS é possível obter um conjunto de importantes variáveis para a construção de indicadores que utilizados no monitoramento das DANTs, como a causa da internação, os dias de permanência e a evolução da doença. 
INCA (Instituto Nacional do Câncer) 
Outro sistema de referência para a obtenção de dados de morbidade é oferecido pelos Registros de Câncer, divulgados pelo INCA (Instituto Nacional do Câncer) possibilitando a realização de estimativas de morbidade.
O Sistema de Informação de Mortalidade (SIM) 
O Sistema de Informação de Mortalidade (SIM) permite o conhecimento do comportamento e das tendências de mortalidade por DANT, através do cálculo das taxas de mortalidade bruta ou padronizadas para cada doença.
Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico - VIGITEL 
O Ministério da Saúde vem utilizando a combinação de inquéritos de prevalência de fatores de risco para as Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNT) de base populacional, com um sistema fundamentado em inquéritos telefônicos, o VIGITEL (Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico), implantado em 2006. Diversos fatores de risco como tabagismo, sedentarismo, ingestão excessiva de bebidas alcóolicas, alimentação inadequada, entre outros, têm sido monitorados através do VIGITEL.
Acidentes de trânsito
Em se tratando de acidentes de trânsito, estados, municípios e instituições de pesquisa estão sendo estimulados a desenvolver estratégias para a redução dessas ocorrências.
 
A Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas, no dia 02 de março de 2010, proclamou oficialmente o período de 2011 a 2020 como a Década Mundial de Ação pela Segurança no Trânsito, a fim de estimular esforços em todo o mundo, para conter e reverter a tendência crescente de fatalidades e ferimentos graves em acidentes no trânsito no planeta.

Teste o Premium para desbloquear

Aproveite todos os benefícios por 3 dias sem pagar! 😉
Já tem cadastro?

Outros materiais