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Violencia contra a mulher

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A violência contra a mulher, prática que é definida como qualquer ato de violência baseada no gênero que produza ou possa produzir danos ou sofrimentos físicos, sexuais ou mentais na mulher. Entre essas determinações foram incluídas ameaças de tais atos, a coerção ou privação arbitrária da liberdade, tanto na vida pública quanto na privada.
A violência contra a mulher é comumente ocasionada no ambiente doméstico, nesse caso, observa-se o uso da força física ou verbal que afeta e prejudica a vida da mulher, em seus diversos aspectos físico, emocional e sexual. Além disso, o agressor utiliza a coerção como ferramenta de perpetuação da subordinação feminina, nesse caso, o agressor é o parceiro com quem a vítima teve ou tem relação íntima.
Em continuidade, existem diversos abusos relacionados a violência contra a mulher, principalmente os quais se referem as questões econômicas, físicas, sexuais, emocionais e psicológicas. Quando se fala sobre a violência causada por parceiro íntimo, são observados episódios de violência sexual e física e de agressão psicológica por um parceiro atual ou anterior. Nesse contexto, muitos casos de violência contra a mulher, como a violência doméstica é considerada subnotificada, fator que representa um importante problema de saúde pública, pois causa diminuição da saúde física e psicológica, diminui a qualidade de vida e resulta em diminuição da produtividade feminina.
Além desse problema histórico no Brasil, outra questão atual que agrava ainda mais os casos de violência contra a mulher se refere ao isolamento social que ocorre no ano de 2020, no Brasil, devido a pandemia ocasionada pela Covid-19. Estudos recentes destacam que as mulheres em isolamento social com seus parceiros estão mais vulneráveis a violência, principalmente, devido as habitações precárias e a diminuição da renda familiar. Nesse cenário, além do número de casos de violência aumentar, o número de denúncias reduziu, visto que em função do isolamento muitas mulheres não conseguem sair de casa para fazê-la ou têm medo de realizá-la pela aproximação do parceiro.
Devido a subnotificação desse tipo de violência, esses atos criminosos se tornam prevalente na sociedade, mesmo que diversos profissionais lidam com isso no seu ambiente de trabalho. Todos os profissionais da saúde, como psicólogos, farmacêuticos, dentistas, enfermeiros e médicos estão sujeitos a atenderem vítimas de violência doméstica.
Apenas em 2006, foi sancionada a Lei de nº 11.340 de 2006, para coibir e prevenir a violência doméstica e familiar contra a mulher, popularmente conhecida como a Lei Maria da Penha.
Em continuidade, em 2010, o Brasil teve novos avanços no combate a agressões e assassinos que tinham como suas principais vítimas as mulheres, por meio da rede de confrontos de violência contra a mulher. No ano de 2015, ocorreu um novo e significativo avanço, pois o Estatuto nº 13.014 alterou o art. 121 do Código Penal, para prever feminicídio como circunstância qualificadora do crime de homicídio.
Ademais, recentemente em 2019, a Lei 11.340 de 2006 foi altera para a lei 13.827 de 2019. Essa alteração representa um marco jurídico para a população brasileira, visto que melhorou a forma como a justiça enfrenta a violência contra as mulheres e tender a ser mais severa contra os agressores e mais ampla para atender a sociedade.
Diante dessa legislação, é importante destacar que seu objetivo principal é normatizar a atuação de diversos profissionais especializados que tem a missão de intervir no âmbito da violência doméstica e familiar contra a mulher, tanto no sistema judicial, como na saúde e na assistência social. A eficácia e a efetividade almejadas, a partir da aplicação dessa lei, dependem do desempenho de cada um desses profissionais, e dependem, ainda, do grau de articulação e de coordenação deles.
REFERÊNCIAS
BRASIL. Lei n. 13.827, de 13 de maio de 2019. Lei Maria da Penha. Diário Oficial da União: seção 1, Brasília, DF, p. 3, 14 maio 2019.
BRASIL. Lei nº 11.340, de 7 de agosto de 2006. Lei Maria da Penha. Diário Oficial da União: seção 1, Brasília, DF, p. 1, 8 ago. 2006.
COELHO, C.; SILVA, R. L. F. C. Violência Doméstica e Autocontrole com Consequências Aversivas Atrasadas e Prováveis. Aval. psicol., Itatiba, v. 19, n. 2, abr./jun. 2020. Disponível em: <http://dx.doi.org/10.15689/ap.2020.1902.06>. Acesso em: COELHO, C.; SILVA, R. L. F. C. Violência Doméstica e Autocontrole com Consequências Aversivas Atrasadas e Prováveis. Aval. psicol., Itatiba, v. 19, n. 2, abr./jun. 2020. Disponível em: <http://dx.doi.org/10.15689/ap.2020.1902.06>. Acesso em: 03 out. 2020.
LUCENA, K. D. T. et al. Análise do ciclo da violência doméstica contra a mulher. J Hum Growth Dev., v. 26, n. 2, p. 139-146, 2016. Disponível em: http://dx.doi.org/10.7322/jhgd.119238>. Acesso em: 01 abr. 2023.
ZANCHETTA, M. S et al. Brasil-Canadá: Lançando Sementes Através De Consulta Comunitária sobre o enfrentamento da violência contra a mulher. Esc. Anna Nery, v. 24, n.3, Rio de Janeiro, 2020. Disponível em: <http://dx.doi.org/10.1590/2177-9465-ean-2019-0278>. COELHO, C.; SILVA, R. L. F. C. Violência Doméstica e Autocontrole com Consequências Aversivas Atrasadas e Prováveis. Aval. psicol., Itatiba, v. 19, n. 2, abr./jun. 2020. Disponível em: <http://dx.doi.org/10.15689/ap.2020.1902.06>. Acesso em: 03 out. 2020.

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