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RESENHA O BRINCAR COMO FERRAMENTA DE AVALIAÇÃO E INTERVENÇÃO NA ANALISE DO COMPORTAMENTO

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CURSO DE PSICOLOGIA 
Eber Hypolito 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
RESENHA SOBRE O TEXTO: 
 
O Brincar como Ferramenta de Avaliação e Intervenção 
na Clínica Analítico-Comportamental Infantil. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Foz do Iguaçu 
2022 
 
 
 
 
 
 
CURSO PSICOLOGIA 
Eber Hypolito 
 
 
 
 
 
RESENHA SOBRE O TEXTO: 
 
O Brincar como Ferramenta de Avaliação e Intervenção 
na Clínica Analítico-Comportamental Infantil. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Foz do Iguaçu 
2022 
 
 
 
Atividades avaliativas referentes à 
disciplina de Análise Funcional do 
Comportamento - 2º Bimestre, quinto 
período, do Curso de Psicologia do 
Centro de Ensino Superior-Foz do 
Iguaçu. 
 
Professora: Fabiana Albertin Kaiser 
 
RESUMO 
Este trabalho tem a finalidade de apresentar uma resenha sobre o texto “O Brincar 
como Ferramenta de Avaliação e Intervenção na Clínica Analítico-Comportamental 
Infantil”. São identificados os principais pontos abordados no texto, quais a possibilidades 
de brincar na clínica, de que forma o brincar pode auxiliar na construção de uma relação 
terapêutica, como o brincar auxilia na avaliação funcional e de que forma o brincar pode 
ser utilizado na intervenção terapêutica. 
 
INTRODUÇÃO 
 
Segundo, DEL PRETTE, G. & MEYER, S. B. O Brincar como Ferramenta de 
Avaliação e Intervenção na Clínica Analítico-Comportamental Infantil. Em: BORGES, N. 
B.; CASSAS, F. A. Clínica analítico-comportamental: aspectos teóricos e práticos. Porto 
Alegre: ARTMED, 2012 (p. 239 - 250), “Brincar, por meio de jogos ou brincadeiras, 
estruturados ou não, é a atividade mais comum da criança e é crucial para o seu 
desenvolvimento, além de ser uma forma de comunicação” e o jogo “intensifica os 
contatos da criança com o mundo, fornece a oportunidade de fazer e manter amizades e 
ajuda a criança a desenvolver uma auto-imagem adequada.”, 
Interessante que Borges, Cassas & Cols, salienta que a brincadeira é importante, 
para a criança, como forma de expressar sentimentos, desejos e valores, ainda que ela 
não consiga externar por meio da linguagem verbal. 
 Segundo as autoras “Pela sua importância o brincar passou a fazer parte das práticas 
de psicoterapia infantil (inicialmente em abordagens como a psicanálise, a psicologia 
humanista, a Gestaltterapia e, mais recentemente, na abordagem analítico-comportamental).” 
As autoras, citando De Rose e Gil (2003,p.376) dizem que o brincar “implica 
estímulos discriminativos, modelos, instruções e conseqüências, de tal modo que a criança 
pode, a partir de seu repertório inicial, refinar seus comportamentos e aprender novos”. 
No texto das autoras, o primeiro importante é a definição sobre o que é brincar em 
terapia, assim para as autoras “O brincar em terapia pode ser compreendido como um 
conjunto de procedimentos que utilizam atividades lúdicas (jogo ou brinquedo) como 
mediadoras da interação clínico-cliente.” 
 O segundo ponto importante, de acordo com as autoras são as possibilidades do 
Brincar na clínica, que podem ser classificadas em: 
a) Brincar (BRC): Episódios verbais de interação lúdica, com conteúdo restrito às 
falas próprias do brinquedo, brincadeira ou jogo. As falas incluídas nessa categoria podem se 
referir à leitura do jogo, à execução da atividade definida pelo jogo, aos comentários sobre o 
andamento da brincadeira, à preparação dos objetos e às peças da brincadeira. 
b) Fantasiar (FNT): Episódios verbais de interação lúdica, com conteúdo de fantasia. 
Entende-se por fantasia as ações ou verbalizações que extrapolam os limites físicos do 
brinquedo, brincadeira ou jogo por meio de representação de papéis, imaginação, 
simulação, faz-de-conta, etc. As falas incluídas nessa categoria podem se re- ferir a: animismo 
a objetos, elaboração de histórias, incorporação de personagens, desempenho de papéis, 
etc. 
c) Fazer Exercícios (FEX): Episódios verbais de interação em que a criança realiza 
exercícios em sessão junto com o terapeu- ta ou sob a supervisão deste. A diferença entre o 
“exercício” e o “brincar” consiste no primeiro se referir a atividades, normalmente 
programadas pelo terapeuta, para serem feitas durante a sessão, como, por exemplo, 
caligrafia, escrever uma história, desenhar de acordo com um tema proposto pelo terapeuta, 
fazer as tarefas da escola em sessão. A própria criança diferencia o exercício do brincar, 
exemplificado quando, não raro, ela questiona com frases como “depois que terminarmos 
aqui, podemos ir brincar?”. 
d) Conversar Decorrente (CDE): Episódios verbais (sobre eventos dentro ou fora da 
sessão, ou abstratos/conceituais) com tema associado a alguma variável do brinquedo, 
brincadeira, jogo ou atividade em curso. Nesse caso, é possível que o terapeuta e a criança 
continuem brincando enquanto conversam, ou que o brincar/ fazer atividade seja 
interrompido por alguns instantes. Quando o brincar/fazer atividade é interrompido, pode-
se retornar a este depois da conversa, ou não. As falas incluídas nessa categoria referem-se a 
associações entre, por exemplo, brincar de escolinha e conversar sobre a professora ou o 
desempenho escolar da criança; brincar com “família de bonecos” e comporta- mentos dos 
familiares em relação à criança; brincar com um jogo qualquer e questionar com qual 
coleguinha a criança joga esse jogo. 
e) Conversar Paralelo (CPA): Episódios de interação em que o brincar/fazer 
atividades estão apenas temporalmente relacionado ao conversar, mas os temas são 
diferentes e, portanto, independentes. O brincar/fazer atividades é ação (geralmente 
motora) que ocorre paralelamente a uma interação verbal sobre diferentes temas não 
pertinentes a tais ações. As falas incluídas nessa categoria se referem, por exemplo, a 
conversar sobre a escola enquanto se brinca de modelar argila; conversar sobre a família 
enquanto se colore um desenho não associado à família; conversar sobre atividades da 
semana durante o jogo de damas. 
f) Conversar sobre Brincar (CBR): Episódios verbais de interação não lúdica com 
conteúdo referente a brinquedo, brincadeira ou jogo. As falas incluídas nessa categoria podem 
se referir a: comentários sobre brincadeira já encerrada; planejamento de brincadeiras 
posteriores; comentários sobre os brinquedos da sala; relatos sobre brincadeiras do cotidiano da 
criança. 
g) Conversar Outros (COU): Episódios verbais de interação não lúdica com ações 
ou verbalizações referentes a quaisquer temas, exceto brinquedo, brincadeira ou jogo. As falas 
incluídas nessa categoria se referem, por exemplo, a: apresentar-se, fornecer in- formações 
sobre a terapia, dialogar sobre o que a criança está aprendendo na escola ou sobre a rotina da 
semana, etc. 
O terceiro ponto importante, destacado pelas autoras, diz respeito como o brincar 
pode auxiliar na construção de uma relação terapêutica, pois o brincar pode ser utilizado 
como estratégia clínica visando estabelecer e/ou fortalecer a relação terapêutica ou o engajamento 
no processo clínico, Em outras palavras, a criança se mantém engajada nesse tipo de 
atividade e, por essa via, engaja-se na interação com o clínico. 
Segundo as autoras, pode-se usar a seguinte estratégia visando um melhor 
aproveitamento, o clínico pode dedicar a parte inicial da sessão (ou até mesmo algumas 
sessões inteiras) para brincar com a criança com jogos ou atividades que não são 
necessariamente úteis para fazer intervenções sobre os principais problemas que a levaram à 
terapia, assim estas brincadeiras podem servir para “quebrar o gelo”, quando a criança 
apresenta resistência à terapia. 
As autoras lembram que outra opção, que não exclui a anterior, é utilizar as 
brincadeiras “mais divertidas” no final da sessão. Supondo que o brincar seja reforçador, a 
criança procurará repeti-lo, mas só poderá fazê-lo na semana seguinte, o que se traduz em 
maior motivação para retornar a cada semana. 
O quarto pontoimportante, é como o brincar auxilia na avaliação funcional, que é 
realizada durante todo processo terapêutico. Essa avaliação pode se dar por meio da 
interação com a criança, com os pais (em sessões de orientação), com vários membros da 
família (a criança acompanhada dos pais e/ou irmãos) ou mesmo com outros significantes 
(professores, diretor da escola, médico). 
As autoras, com propriedade, destacam que um aspecto básico avaliado pelo clínico no 
início de um atendimento é o nível de desenvolvimento da criança, incluindo a sua 
alfabetização. Isso é importante para comparar os comportamentos observados com o que 
seria esperado para a faixa etária da criança e, também, para ajustar a escolha dos brinque- 
dos nas sessões seguintes. Outro aspecto avaliado é o repertório inicial de comportamentos 
da criança, incluindo o repertório para brincadeiras e também para interações mais 
semelhantes àquelas que ocorrem entre o clínico e o cliente adulto. 
As autoras salientam que ao brincar com a criança, o clínico pode manipular variáveis, e 
avaliar como a criança reage. 
De todo modo, algumas reações, mais assertivas ou mais criativas, podem ser tomadas 
como indicadores dos recursos comportamentais da criança, ao passo que outras reações, 
passivas ou agressivas, indicariam necessidade de intervenção sobre esses comportamentos. 
Ao brincar alguns dos padrões de comportamentos observados pode ser análogos aos 
problemas responsáveis por ela necessitar de atendimento. Por exemplo, crianças com 
problemas de “agressividade” e “comportamento opositor”, podem tentar burlar as regras do 
jogo ou representar interações agressivas com bonecos. 
Desse modo, o brincar pode ser utilizado com o objetivo de avaliação do repertório da 
criança, permitindo o acesso indireto a seus pensamentos e sentimentos e o acesso mais 
direto às suas respostas abertas, em relação a variáveis de controle ambientais. 
As autores é muito importante que além de obter informações observando padrões de 
comportamento da criança ao brincar, o clínico também possa coletar dados sobre o 
cotidiano dela por meio de perguntas durante as brincadeiras (categorias Conversar Decorrente e 
Conversar Paralelo) 
 As autoras lembram a importância da fantasia, que enriquece o ambiente terapêutico, 
pois, ao “ver na ausência da coisa vista”, a criança adiciona elementos que não estão 
presentes; ela inventa e recria personagens, multiplicando diálogos e, ao imaginar, é como se 
inserisse outras pessoas na sala de atendimento. Desse modo, o clínico, em vez de observar 
somente o comportamento da criança, também observa como a criança vê sua interação com 
outros significantes de sua vida. E, assim, ele também pode intervir de modo a modificar 
padrões da criança e também dos personagens imaginados. Novamente, aqui, a criança que 
fantasia pode ter mais facilidade em demonstrar as interações de seu dia a dia do que relatá-
las. 
O último ponto importante, salientado de forma clara pelas autoras é o modo como 
o brincar pode ser utilizado na intervenção terapêutica, pois além de procedimento para 
facilitar a coleta de dados sobre a criança, o brincar é também estratégia de intervenção do 
clínico para a melhora dos comportamentos da criança. 
Em outras palavras, ao mesmo tempo em que o clínico observa e avalia os 
comportamentos da criança na brincadeira, ele já intervém diretamente sobre eles. O brincar 
é um contexto particularmente rico de oportunidades para ensinar comportamentos 
alternativos à criança por meio de procedimentos característicos da análise do 
comportamento. 
A seguir, vamos apresentar quatro procedimentos de intervenção: modelação, 
esvanecimento (fading), modelagem e bloqueio de esquiva. 
A modelação, uma criança na presença de um clínico, pode ser estimulada, ainda que 
não intencionalmente pelo clínico, a imitá-lo. Assim o clínico deve estar atendo, como se portar 
diante da criança na brincadeira. Porém um clínico habilidoso, pode aproveitar a modelação 
para introduzir nos repertórios de comportamentos. Por exemplo, durante um jogo com uma 
criança que não sabe perder, o clínico pode perder o jogo e demonstrar como se comportar 
nesta circunstancia. 
O esvanecimento, é o acréscimo e/ou a retirada gradual de estímulos antece dentes 
em uma contingência, com vistas a transferir o controle de uma resposta de um es tímulo para 
outro. A resposta de engajar-se em atividades escolares passa do controle do estímulo 
“brinquedo” para o esti mulo “caderno”. 
A modelagem e o bloqueio de esquiva, Na brincadeira, o clínico pode bloquear as 
esquivas da criança de forma direta e clara, ou por meios mais criativos e/ou sutis. No pri 
meiro caso, quando uma criança desiste de uma brincadeira difícil, ele pode dizer: “Não vale 
desistir. Eu te ajudo, você vai conseguir” 
CONCLUSÃO 
 
 Recomendamos a leitura do excelente texto a todos os alunos, graduando ou 
graduados que desejam se aprofundar na área de analise do comportamento com 
crianças. 
Concluímos com as próprias palavras das autoras, pois o texto por ser tão rico e 
bem elaborado dispensa qualquer outra conclusão, assim “Os principais objetivos do brincar 
em terapia poderiam ser resumidos em promover uma boa relação terapêutica; realizar a avaliação 
funcional dos comportamentos da criança, ao identificar variáveis relevantes no aparecimento e 
manutenção da queixa e estabelecer procedimentos de intervenção que fortaleçam certos 
comportamentos e enfraqueçam outros.” 
 
 
REFERÊNCIAS 
DEL PRETTE, G. & MEYER, S. B. O Brincar como Ferramenta de Avaliação e 
Intervenção na Clínica Analítico-Comportamental Infantil. Em: BORGES, N. B.; CASSAS, 
F. A. Clínica analítico-comportamental: aspectos teóricos e práticos. Porto Alegre: 
ARTMED, 2012 (p. 239 - 250).

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