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Mídia e Comunicação Silmara Eliza de Paula Silva Sônia Zardenunes Caro aluno, A metodologia da Cruzeiro do Sul Virtual apresenta materiais e tecnologias apropriadas que permitem o desenvolvimento e a interação entre alunos, docentes e recursos didáticos e tem por objetivo a comunicação bidirecional entre os atores educacionais. O seu livro, que faz parte dessa metodologia, está inserido em um percurso de aprendizagem que busca direcionar a construção de seu conhecimento por meio da leitura, da contextualização teórica-prática e das atividades individuais e colaborativas; e fundamentado nos seguintes propósitos: valorizar suas experiências;1 2 incentivar a construção e a reconstrução do conhecimento; 3 estimular a pesquisa; 4 oportunizar a reflexão teórica e aplicação consciente dos temas abordados. COMPREENDA SEU LIVRO Objetivos do capítulo Indicam o que se espera que você aprenda ao final do estudo do capítulo, baseados nas necessidades de aprendizagem do seu curso. Contextualizando o cenário Contextualização do tema que será estudado no capítulo, como um cenário que o oriente a respeito do assunto, relacionando teoria e prática. Tópicos que serão estudados Descrição dos conteúdos que serão estudados no capítulo. Pausa para refletir Ao final do Contextualizando o cenário, consta uma pergunta que estimulará sua reflexão sobre o cenário apresentado, com foco no desenvolvimento da sua capacidade de análise crítica. Pergunta norteadora Ao final do Contextualizando o cenário, consta uma pergunta que estimulará sua reflexão sobre o cenário apresentado, com foco no desenvolvimento da sua capacidade de análise crítica. Proposta de atividade Sugestão de atividade para que você desenvolva sua autonomia e siste- matize o que aprendeu no capítulo. Boxes São caixas em destaque que podem apresentar uma citação, indicações de leitura, de filme, apresentação de um contexto, dicas, curiosidades etc. Referências bibliográficas São todas as fontes utilizadas no capítulo, incluindo as fontes mencionadas nos boxes, adequadas ao Projeto Pedagógico do curso. Recapitulando É o fechamento do capítulo. Visa sintetizar o que foi abordado, reto- mando os objetivos do capítulo, a pergunta norteadora e fornecendo um direcionamento sobre os questionamentos feitos no decorrer do conteúdo. PERCURSO BOXES Assista Indicação de filmes, vídeos ou similares que trazem informações complementares ou aprofundadas sobre o conteúdo estudado. Contexto Dados que retratam onde e quando aconteceu determinado fato; demonstram a situação histórica, social e cultural do assunto. Dica Um detalhe específico da informação, um breve conselho, um alerta, uma informação privilegiada sobre o conteúdo trabalhado. Exemplo Informação que retrata de forma obje tiva determinado assunto abordando a relação teoria-prática. Afirmação Citações e afirmativas pronunciadas por teóricos de relevância na área de estudo. Biografia Dados essenciais e pertinentes sobre a vida de uma determinada pessoa relevante para o estudo do conteúdo abordado. Curiosidade Informação que revela algo desconhecido e interessante sobre o assunto tratado. Esclarecimento Explicação, elucidação sobre uma palavra ou expressão específica da área de conhecimento trabalhada. Apresentação 013 Autor 014 Capítulo 1 Publicidade On-line e Buscadores 016 Contextualizando o Cenário 018 1.1 Publicidade on-line 019 1.1.1 Publicidade em meios digitais 021 1.1.2 Publicidade on-line X off-line 023 1.1.3 Formatos de publicidade on-line 025 1.1.4 Vantagens 029 1.2 Buscadores 032 1.2.1 Modo de operação 032 1.2.2 Busca orgânica X links patrocinados 034 1.2.3 Google Ads: links patrocinados 037 1.2.4 Google Ads: critérios para classificação, preço e otimização de campanhas 038 1.3 Remarketing 046 1.3.1 Modo de operação 046 1.3.2 Banners e palavras-chaves para uma boa campanha 047 1.3.3 Remarketing X publicidade em sites da rede de conteúdo 049 Recapitulando 051 Proposta de Atividade 053 Referências 053 Capítulo 2 Mídias Digitais 056 Contextualizando o Cenário 058 2.1 Mídias Digitais 059 2.1.1 Redes sociais como mídia 066 2.1.2 Redes sociais: divulgação de conteúdo 068 S U M Á R I O S U M Á R I O 2.1.3 Campanhas em redes sociais 070 2.1.4 Instagram e Facebook 072 2.2 Banners 076 2.2.1 Características 077 2.2.2 Banners em links patrocinados e campanhas de remarketing 078 2.2.3 Banners em e-commerce e portais de conteúdo 081 2.2.4 Banners: branding X campanhas 081 2.3 E-mail marketing 083 2.3.1 Elaboração 085 2.3.2 Segmentação de lista de e-mails e marketing de permissão 087 2.3.3 Teste A/B 088 2.3.4 Ferramentas: preços X funcionalidades 090 2.4 Comparadores de preços 093 2.4.1 Funcionamento dos comparadores de preços 093 2.4.2 Google Shopping e os demais buscadores 094 Recapitulando 096 Proposta de Atividade 097 Referências 098 Capítulo 3 Novos Modelos de Publicidade 101 Contextualizando o Cenário 103 3.1 Aplicativos 104 3.1.1 Características e vantagens 105 3.1.2 Aplicativos próprios 108 3.1.3 Anúncios em aplicativos de terceiros 111 3.2 Marketplace e E-commerce 113 3.2.1 Diferenças entre marketplace e E-commerce próprio 114 3.2.2 Vantagens de cada modelo 117 3.2.3 Destaque em marketplace 119 S U M Á R I O 3.2.4 Tipos de publicidade no e-commerce 120 3.3 Softwares para gestão de publicidade on-line 122 3.3.1 Gestão de publicidade 122 3.3.2 Vantagens de usar um sistema único de gestão de publicidade on-line 123 3.3.3 Opções de ferramentas no mercado 124 3.4 Integração com o Web Analytics 127 3.4.1 Vantagens 127 3.4.2 Google Analytics 128 Recapitulando 130 Proposta de Atividade 131 Referências 131 Capítulo 4 Estratégias e Planejamento de Comunicação Digital 135 Contextualizando o Cenário 138 4.1 Comunicação digital 139 4.1.1 Objetivos 141 4.1.2 Comunicação integrada digital 143 4.1.3 Marketing de conteúdo 147 4.1.4 Inbound marketing 152 4.2 Estratégias de Comunicação On-Line 154 4.2.1 Estratégia de comunicação digital 156 4.2.2 Comunicação digital: publicidade on-line e demais ações 160 4.2.3 Desafios da estratégia: elaboração X implementação 164 4.3 Planejamento de Comunicação 168 4.3.1 Elaboração 170 4.3.2 Etapas 173 4.3.3 Planejar X implementar X resultados 174 S U M Á R I O Recapitulando 176 Proposta de Atividade 177 Referências 178 Capítulo 5 Reputação On-line 181 Contextualizando o Cenário 183 5.1 Comunicação x reputação on-line 184 5.1.1 Definição de reputação on-line 185 5.1.2 Comunicação integrada como ferramenta de comunicação 189 5.1.3 Atendimento ao cliente: SAC, chats e aplicativos 192 5.1.4 Principais opções: Reclame Aqui, avaliação e recomendações de produtos 194 5.2 Reputação x engajamento 198 5.2.1 Estratégias de engajamento do cliente 200 5.2.2 Conteúdo: relevância para o público 202 5.2.3 Relevância x reputação x engajamento 204 5.3 Gerenciamento de crises 206 5.3.1 Planejamento 207 5.3.2 Preparação da equipe: roteiros/scripts 208 5.3.3 Resposta aos clientes 210 5.3.4 Crise como oportunidade de crescimento 210 Recapitulando 212 Proposta de Atividade 213 Referências 213 S U M Á R I O Capítulo 6 Mídias e Linguagens 216 Contextualizando o Cenário 218 6.1 Mídias e veículos de comunicação 219 6.1.1 Tipos de mídia 222 6.1.2 Mídias interativas versus não interativas 225 6.1.3 Decisões sobre mídias e sua eficácia 228 6.1.4 Audiência, cobertura, frequência e impacto 231 6.2 Linguagem versus mídias 235 6.2.1 Processo de comunicação 236 6.2.2 Linguagem adaptada a cada mídia 239 6.2.3 Desafios: linguagem versus mídia versus público-alvo 240 6.3 Mídia impressa: jornal 243 6.3.1 Características, vantagens e desvantagens 244 6.3.2 Formatos de anúncio 246 6.4 Mídia impressa: revista 247 6.4.1 Características, vantagens e desvantagens 248 6.4.2 Formatos de anúncio 249 Recapitulando 250 Proposta de Atividade 251 Referências 252 Capítulo 7 Mídias: Eletrônica e Exterior 254 Contextualizando o Cenário 2567.1 Mídia eletrônica: rádio 257 7.1.1 Características, vantagens e desvantagens 260 7.1.2 Formatos de anúncio 262 S U M Á R I O 7.2 Mídia eletrônica: televisão 265 7.2.1 Características, vantagens e desvantagens 266 7.2.2 Formatos de anúncio 270 7.3 Mídia exterior: outdoor 274 7.3.1 Características, vantagens e desvantagens 277 7.3.2 Formatos de anúncio 280 7.4 Mídia exterior: mobiliário urbano 282 7.4.1 Características, vantagens e desvantagens 283 7.4.2 Formatos de anúncio 284 Recapitulando 291 Proposta de Atividade 293 Referências 293 Capítulo 8 Mídias: Digital e Opções Alternativas 296 Contextualizando o Cenário 298 8.1 Mídia digital 299 8.1.1 Características, vantagens e desvantagens 304 8.1.2 Formatos de anúncio 312 8.2 Mídia alternativa 318 8.2.1 Características, vantagens e desvantagens 319 8.2.2 Formatos de anúncio 322 8.2.3 Criatividade X disponibilidade de recursos 323 8.3 Integração entre mídias 324 8.3.1 Mídia digital como elemento de integração 325 8.3.2 Público X linguagem X orçamento 326 8.3.3 Planejamento de mídia 327 S U M Á R I O Recapitulando 329 Proposta de Atividade 330 Referências 331 Apresentação Nesta disciplina, abordaremos assuntos importantes sobre a comunicação e as mídias digitais, apresentando suas principais características e as vantagens da publicidade em ambiente digital. Verificaremos quais são as diferenças entre as mídias on-line e off-line e a importância de cada uma delas, considerando os diferentes contextos de aplicação. Ademais, apresentaremos os formatos mais comuns de publicidade on-line e as ferramentas que auxiliam os trabalhos de planejamento, coleta de informações e análise de dados relacionados à experiência do usuário. Por fim, discutiremos sobre a importância de se divulgar um negócio em buscadores, como o da empresa Google, e de sempre se reconectar com o usuário, para que haja o sucesso dos negócios. A U T O R A Silmara Silva A Professora Silmara Silva é Mestre em Estudos Linguísticos pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG, 2018). Graduada em Letras/Inglês pela Universidade São Judas Tadeu (USJT, 2019). Graduada em Letras/Estudos Linguísticos pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG, 2014). Graduada em Letras/Português pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG, 2013). Graduada em Marketing pelo Centro Universitário de Belo Horizonte (UniBH, 2007). Dedico este material aos alunos que se aventuraram nos estudos voltados à comunicação, ao marketing ou às mídias digitais. É preciso coragem para ingressar nessas áreas, em função da necessidade de atualização a todo o momento, o que nos faz sair sempre da nossa zona de conforto, em busca de novos conhecimentos. LATTES http://lattes.cnpq.br/1243694647265658 A U T O R A Sônia Zardenunes A Professora Sônia Zardenunes é Mestra em Antropologia pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS, 2011). Graduada em Publicidade e Propaganda pela Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM, 2004). Atualmente, é empreendedora na área de inovação e planejamento e professora. Atua como desenvolvedora de conteúdos e disciplinas para a EaD em diversas instituições do Brasil. Esta produção é dedicada a todos os que, incansavelmente, dispõem-se a fazer dos ambientes digitais verdadeiros mundos carregados de sentido e, por isso, de possibilidades. LATTES http://lattes.cnpq.br/9556832866133540 CAPÍTULO 1 Publicidade On-line e Buscadores Objetivos do Capítulo Compreender as principais características e vantagens da publicidade em ambiente digital. Conhecer os formatos mais comuns de publicidade on-line. Aprender sobre como divulgar um negócio em buscadores. Tópicos de Estudo Tópico 1- Publicidade on-line. Publicidade em meios digitais. Publicidade on-line X o�-line. Formatos de publicidade on-line. Vantagens. Tópico 2 - Buscadores. Modo de operação. Busca orgânica X links patrocinados. Google Ads: links patrocinados. Google Ads: critérios para classi�cação, preço e otimização de campanhas. Tópico 3 - Remarketing Modo de operação. Banners e palavras-chaves para uma boa campanha. Remarketing X publicidade em sites da rede de conteúdo. Contextualizando o Cenário Carolina acabou de entrar para uma grande empresa de comunicação e marketing, que cuida da publicidade de grandes organizações. Em seu primeiro mês de trabalho, ela se deparou com o desa�o de criar uma campanha publicitária para uma grande empresa de turismo. Trata-se da criação de uma campanha para um cruzeiro no Caribe. Na última edição desse passeio, que ocorreu no verão passado, a empresa de turismo não �cou satisfeita com a campanha realizada, pois não teve um alcance satisfatório, gerando muito prejuízo para a organização, a qual não conseguiu bater a sua meta. Este ano, ela decidiu contratar esse serviço na empresa em que Carolina trabalha, que é a responsável por essa demanda. Diante desse contexto, surge a seguinte questão: a partir da experiência vivida no ano anterior, com o uso de publicidade impressa em quase todas as comunicações, como a empresa pode ter errado e o que Carolina pode fazer para corrigir esse erro, para criar uma campanha de sucesso, utilizando as vantagens oferecidas pela publicidade na internet? 1.1 Publicidade On-line O mundo está cada vez mais on-line. De acordo com o relatório anual que relaciona as principais tendências e os principais negócios da internet, elaborado por Mary Meeker, da empresa de capital de risco Kleiner Perkins Cau�eld e Byers, 50% da população estão on-line e 36% em redes sociais (MEEKER, 2018). Além disso, um adulto gasta, em média, seis horas por dia utilizando um dispositivo digital. Os dados mostram, também, que 13% de todas as vendas do varejo são no e-commerce. Parece pouco, mas, há uma década, esse número era cerca de 5%. Na última década, foi possível observar o aumento da tecnologia associado ao surgimento de plataformas digitais com grandes demandas, o que ocasionou uma �exibilização das formas de trabalho e uma mudança no comportamento de consumo. © Dejan Bozic / / 123RF. Entretanto surgiram novos desa�os, e essa população digital passou a não querer apenas encontrar ofertas de produtos de forma invasiva na internet. Agora, as pessoas buscam conteúdo de qualidade, informações completas e satisfatórias, diferenciais e muito mais. Se, antes, era preciso ir à loja para obter informações sobre determinado produto ou serviço, hoje, o consumidor pode comparar produtos, preços e lugares que ofereçam mais qualidade e mais vantagem competitiva. Assim, as plataformas estão investindo em conquistar primeiramente o cliente, gerando vantagens em relação às demais empresas. Nesse sentido, a concorrência é acirrada, o que torna necessário manter um público que seja �el. 1.1.1 Publicidade em Meios Digitais A publicidade feita por meio da internet vem mudando a forma como as pessoas se conectam com marcas e consumidores. Não há apenas o papel das mídias o�-line, como ocorria antigamente com pan�etos, cartões de visita, outdoors, televisão, rádio etc. A internet tem aberto portas para que os publicitários alcancem o público-alvo e descubram públicos que, antes, não eram percebidos. Nesse cenário, a publicidade on-line, ou publicidade digital, é uma forma de promover uma marca, por meio de dispositivos e canais digitais, e serve para tornar notórios aos usuários uma marca e seus respectivos produtos e/ou serviços, a �m de se alcançar o público-alvo, criando um estreitamento na relação com os consumidores. Como analisar o consumidor on-line, a �m de entendê-lo e criar campanhas voltadas para suas necessidades? Surge, então, a necessidade de as empresas marcarem presença em áreas nas quais está concentrado o seu público-alvo e de atingirem novos públicos ou públicos em potencial. Diferentes maneiras de conectar marcas e consumidores desabrocham na internet, tornando a publicidade digital cada vez mais complexa, em função do seu alcance. Com isso, uma nova necessidade é identi�cada.Além de criatividade, esse novo momento (ou seja, a era digital) exige um olhar atento e empático para os desejos, as necessidades e as expectativas dos consumidores. Isso é necessário para que a publicidade tenha qualidade e ofereça uma comunicação e�ciente entre as marcas e seu público, cativando e conquistando os consumidores. 1.1.2 Publicidade On-line X Off-line Conforme expõe Torres (2009), a publicidade é uma importante estratégia para promover e lançar produtos e serviços de uma marca ou empresa, visto que as estratégias de publicidade podem alavancar as vendas e consolidar o negócio. Para que uma marca seja consolidada, é imprescindível tornar familiar ao público a mídia correta. Para Torres (2009, p. 67), a visão baseada em comportamento permite entender também que o consumidor está inserido em uma rede social para se relacionar e, portanto, está menos suscetível à publicidade do que quando está frente à televisão. Daí a necessidade de uma estratégia de marketing baseada em relacionamento. A publicidade tem um papel fundamental nesse processo. Produtos ou serviços ruins, que não cumprem minimamente o que prometem, tendem a não se estabelecerem no mercado. Ser bom, porém, não é o su�ciente, pois é necessário que a marca seja capaz de retomar momentos de felicidade, prazer e alegria na mente do consumidor, o que pode �rmar a identidade dessa marca e aumentar a sua presença entre os consumidores e potenciais consumidores. O avanço tecnológico também ocasionou um aumento nas chamadas publicidades on-line. Assim, é preciso entender o que é a publicidade o�- line. Em uma ação de divulgação de uma marca, é possível que o público não precise de internet para conferir essa divulgação. Segundo Torres (2009), o início da publicidade na internet ocorreu por meio de banners, que eram uma reprodução do material publicitário utilizado em mídias o�-line. Ainda com base nesse autor, a publicidade, de forma geral, tem como objetivo tornar conhecida uma marca e permitir que a empresa encontre ou alcance, de modo e�ciente, o seu público. O público na internet é muito mais crítico e tem muito mais força do que no mundo o�-line, o que faz a propaganda “boca a boca” ganhar proporções muito maiores, podendo ditar o sucesso ou o fracasso de uma empresa (SANTOS, 2013). A publicidade o�-line, apesar de um pouco mais engessada, por seguir padrões bem de�nidos em sua forma, deve ser muito bem planejada. Por exemplo, considerando alguém que trabalha no setor de marketing de uma empresa de turismo e que precisa divulgar um cruzeiro para a terceira idade, que tipo de material é possível utilizar? Esse público está na internet? Qual seria o meio mais e�ciente de divulgar esse serviço? Para Torres (2009), a publicidade o�-line, como um anúncio de rádio ou TV, deve ter um tempo de duração e uma estrutura predeterminados. Normalmente, a duração da mídia é curta. Ademais, a veiculação dessa mídia nos meios de comunicação também tem um período determinado. O preço costuma ser alto, se comparado com a publicidade on-line. Além disso, geralmente, as publicidades impressas, depois de impressas, não podem ser editadas, o que as difere de uma mídia on-line. Por sua vez, a publicidade on-line tem uma forma mais �exível e não segue padrões pré-acordados. Na criação de uma publicidade on-line, é possível escolher o formato que melhor se adéqua ao público ou objetivo, como um banner, um vídeo, uma imagem, um texto etc. É possível, inclusive, mesclar várias linguagens e escolher o melhor meio, ou plataforma, para se vincular essa publicidade. Em alguns casos, os preços são mais acessíveis, pois não há o custo da impressão, como ocorre na publicidade o�-line impressa, em que se paga por impressão. Na publicidade on-line, o valor cobrado também pode ser relacionado ao número de visualizações, evitando-se, assim, o desperdício de material e dinheiro. Além disso, mais de um consumidor pode ser atingindo ao mesmo tempo, o que aumenta, signi�cativamente, as chances de crescimento de uma empresa. Também, é importante destacar que, hoje, há várias ferramentas para acompanhar a experiência do consumidor. Quando esses consumidores acessam determinada publicidade, é possível gerar métricas de alcance e resultado. Ademais, há a possibilidade de reedição em tempo real e com baixo custo. Nesse sentido, não existe uma publicidade ideal, pois tanto a publicidade on-line quanto a o�-line têm méritos e aplicabilidades. O pro�ssional que trabalha com ambas é quem deve ser capaz de avaliar qual se ajusta melhor a suas necessidades, considerando fatores como preço, lugar, tipo de produto, público, tempo e outros objetivos mais especí�cos (FAÇA…, on- line). 1.1.3 Formatos de Publicidade On-line Existem diversos tipos de publicidade on-line e muitos outros tipos estão surgindo devido às constantes alterações no comportamento nos meios digitais e às novas descobertas, as quais só foram possíveis graças à evolução tecnológica nos meios digitais. © weedezign / / 123RF. (Adaptado). Ademais, os consumidores estão constantemente conectados. “Levando esses pontos em consideração, e também outras análises de comportamento e usabilidade ao longo dos últimos anos, o Google realizou uma série de alterações no Adwords, com o objetivo de acompanhar essa evolução” (RICARDO, 2017, on-line). Existem muitos tipos de publicidade digital que podem ser divididos em mídias pagas e mídias orgânicas e em diversos formatos (RICARDO, 2017). Nesse sentido, não é possível esgotar todas as possibilidades aqui. Provavelmente, durante a escrita deste material, novos formatos estão em desenvolvimento. Portanto, é importante estar sempre conectado com as novidades que surgem a todo momento. Há algumas publicidades que são pagas e, geralmente, vinculadas e realizadas por meio de plataformas que cobram por essa veiculação. Existem os links patrocinados, que são anúncios em formato de texto e que podem ser colocados em posições de destaque nos resultados de pesquisa em buscadores como o Google. Por exemplo, a mídia display é um tipo de publicidade/anúncio com um forte apelo imagético, ou visual, com imagens chamativas ou animações, cores fortes, efeitos etc. Em geral, essa mídia aparece no meio do conteúdo nas páginas da internet. Por sua vez, o recurso Social Ads é um tipo de anúncio voltado para as redes sociais e que pode se apresentar nos mais diversos formatos: Instagram Ads, Linkedln Ads, Facebook Ads, Youtube Ads, Twitter Ads, Spotify Ads, Waze Ads, dentre outros. Dentre os objetivos de uso do Social Ads, é possível destacar: aumentar o número de seguidores um uma página, melhorar o engajamento de uma marca em relação a suas publicações, lançar produtos novos, divulgar uma marca e, o mais procurado, alavancar as vendas de determinado produto ou serviço. Você já observou que, ao pesquisar um produto na internet, esse mesmo produto começa a aparecer em vários outros lugares na rede? Por que isso acontece? Quando se deseja realizar uma publicidade veiculada em aplicativos e sites voltados especi�camente para dispositivos móveis, como tablets, smartphones etc., o assunto é Mobile Ads. Nesse caso, é possível destacar os anúncios de vídeo, o rich media, as publicidades nativas, os banners, dentre outros. Anúncios nativos, publicidade nativa ou Native Ads são, por natureza, muito similares ao banner, mas são menos evidentes por se tratarem de conteúdo de anúncio direto que foram projetados para combinar com o ambiente móvel natural, a �m de serem percebidos como parte do aplicativo, e não como um banner que foi colocado no local, poluindo, visualmente, a tela do móbile. Além disso, ao contrário do banner, os anúncios nativos não podem ser bloqueados. Outros tipos comuns de Mobile Ads são os intersticiais, que são imagens ou vídeos em tela cheia que surgem em pontos de transição de aplicativos naturais, como ao se passar para o próximo nível do jogo. Eles são exibidos apenas quando o usuário já concluiu uma tarefa, ou seja, nunca o interrompem quandoele está em uma atividade principal. O objetivo das publicidades intersticiais é não irritar os usuários, funcionando como uma distração entre uma tarefa e outra. Também, há o Google Shopping, que corresponde a anúncios de produtos que aparecem como resultados de uma busca. Ele é muito utilizado quando um usuário deseja comparar preços de determinado produto em diversas marcas e lojas. Os produtos são apresentados aos usuários por nome, preço, foto e loja em que estão disponíveis. No caso do Google Shopping, por ser possível a comparação entre lojistas, é necessário ser competitivo. Assim, para se ter sucesso, dois fatores são importantes: o preço do produto e as boas condições de frete (preço X tempo de entrega). Outros fatores que também precisam ser observados são a experiência do usuário e a credibilidade da loja. Assim, é necessário gerar con�ança no usuário e apresentar um design atraente e intuitivo. Essas mídias apresentadas são pagas, mas há as mídias orgânicas, caso em que a marca é divulgada sem gerar custos de veiculação. Um importante tipo de mídia orgânica é o Search Engine Optimization (SEO), que cuida da otimização das páginas de um site, a �m de que elas estejam bem posicionadas nos resultados da busca orgânica do Google. As redes sociais também são um tipo de mídia orgânica. A publicação de posts orgânicos e a interação com os usuários nas redes sociais não geram custos diretos. Também, há o e-mail marketing, que se refere ao envio de mensagens para divulgar produtos, serviços ou ofertas e estreitar o relacionamento com o consumidor da marca. Geralmente, esses e-mails são disparados de forma automática, visto que a empresa tem um banco de dados. Por �m, há o blog, que se destina à publicação de matérias e artigos relacionados à área de atuação da empresa, a �m de engajar os consumidores. O blog parece estar esquecido, mas é uma ferramenta importante de mídia orgânica, porque permite a disponibilização de um conteúdo mais completo e pode melhorar o posicionamento da marca, por meio das pesquisas no Google. 1.1.4 Vantagens São muitas as vantagens da publicidade on-line, o que justi�ca seu grande desenvolvimento nos últimos anos. Antigamente, apenas as grandes empresas faziam publicidade. A internet surgiu, nesse contexto, proporcionando às pequenas e médias empresas a possibilidade de crescimento por meio da divulgação, o que antes não era possível, em função do grande custo de produção e veiculação de uma publicidade. A internet é um campo sem limites de�nidos. É possível que pessoas que estão no mesmo ambiente físico se comuniquem de forma assertiva, mas que também se comuniquem com quem está do outro lado do mundo. A publicidade on-line permite às marcas e organizações um alcance ampliado, favorecendo a divulgação do produto e/ou serviço e o aumento do consumo. Na publicidade on-line, também são possíveis as melhores identi�cação e segmentação do público. Há inúmeras ferramentas que possibilitam o armazenamento de informações que podem ser utilizadas para o estudo do público e de seu comportamento. Esses dados podem ser usados para segmentar esse público, criando estratégias para atingi-lo de modo assertivo. Em relação às mídias o�-line, as mídias pagas da internet se diferenciam por não pagarem antecipadamente pelos serviços, pois eles são cobrados somente quando há resultados. Por esse motivo, surgiram diversos tipos de cobrança, a saber: Custo Por Clique (CPC); Custo Por Mil Impressões (CPM); Custo Por Aquisição (CPA). No Custo Por Clique, em relação ao valor a ser cobrado, a empresa só paga se o cliente clicar no anúncio. Ele é importante para se saber o número exato de pessoas que clicaram em uma campanha. No Custo Por Mil Impressões, o valor é cobrado a cada 1.000 impressões, ou seja, é importante que a empresa tenha um tráfego considerável, para que o anúncio possa ser visualizado por 1.000 pessoas e compense a adesão dessa opção. En�m, no Custo Por Aquisição, a empresa só paga pelo anúncio quando alcançar o objetivo da campanha (uma venda, um preenchimento de formulário, um download, a visualização de um vídeo etc.), o que torna esse tipo de serviço o mais caro dentre as opções. Assista ao vídeo Como a Publicidade Usa os seus Dados na Internet? (JOVEM PAN NEWS, 2020), para saber como mensurar os resultados da publicidade, por meio do big data. ASS I S TA Outro benefício muito importante da publicidade on-line é a possibilidade de criação em formatos variados. Não há limitação, há originalidade. É possível trabalhar com imagens, áudios, vídeos, textos simples, textos complexos, links, webséries, dentre outros. Isso permite o atendimento a demandas especí�cas e torna possível explorar a criatividade para se destacar. 1.2 Buscadores Quando uma empresa decide anunciar na internet, ela veri�ca que não há apenas uma maneira de fazer publicidade, mas muitas possibilidades e muitos tipos de anúncios dotados de características e propósitos particularidades. 1.2.1 Modo de Operação O principal objetivo dos buscadores é fornecer ao usuário o melhor resultado para sua busca, proporcionando uma melhor experiência, em relação tanto ao tempo de resposta e à qualidade do conteúdo quanto ao resultado da busca da informação nos mais diferentes dispositivos. A publicidade nos buscadores é usada frequentemente pelos anunciantes que têm como objetivo aumentar o acesso de usuários aos seus produtos ou serviços, de modo mais e�caz. Uma forma comum de divulgar na internet é o Search Engine Marketing (SEM) ou Marketing de Motores de Busca. Um exemplo típico desses buscadores é o Google, um dos mais usados atualmente, por reunir, em uma só página, qualquer tipo de assunto ou conteúdo relacionado à determinada palavra-chave. Outros buscadores, como o Yahoo, seguem o mesmo critério, porém se diferem no oferecimento de determinadas ferramentas, como o layout. Mas como funcionam esses buscadores? Toda vez que uma página é publicada na internet, os buscadores procuram indexá-la, para que ela seja encontrada em uma busca. Muitas páginas surgiram nos últimos anos e, consequentemente, a concorrência aumentou. Ao procurar determinado conteúdo na internet, é possível encontrar diversas páginas sobre ele. Assim, o que faz uma página �car à frente de outras? A utilização do SEO, que é uma técnica de otimização de motores de busca. Na verdade, trata-se de um conjunto de técnicas que atendem aos critérios dos algoritmos de busca para de�nir o ranking de uma página em relação a outra, Mecanismos de busca correspondem a conjuntos organizados de robôs que rastreiam a internet em busca de dados que organizam e armazenam as páginas encontradas, possibilitando que os usuários realizem buscas na internet, principalmente mediante palavras-chave (MORAIS; AMBRÓSIO, 2007). AF IRMAÇÃO considerando critérios como a palavra-chave que foi pesquisada, o tempo de carregamento, dentre outros. A intenção do algoritmo do Google é organizar todo o conteúdo da web, para torná-lo acessível aos usuários. Dzmitry Kliapitski / / 123RF. Portanto, no processo de otimização do SEO, um passo importante é a de�nição das palavras-chave mais relevantes, para que seja possível iniciar a produção de conteúdos, o que fará determinada página ser encontrada pelos potenciais clientes da empresa. 1.2.2 Busca Orgânica X Links Patrocinados Os resultados apresentados no Google são divididos em resultados pagos ou links patrocinados e resultados orgânicos. Segundo Ledford (2007), na busca orgânica, páginas e links são exibidos “naturalmente” em um mecanismo de busca, por isso o nome orgânico. Por sua vez, os links patrocinados, como o próprio nome de�ne, são pagos. Um exemplo de busca da expressão ópera arame, feita no buscador do Google, apresenta alguns resultados de anúncios e outros de busca orgânica, como o resultado da Wikipédia, conforme ilustra a �gura “Buscador”. Buscador ÓPERA…, on-line. Uma grande ferramenta para analisar os anúncios patrocinados é o Google Adwords, ou Google Ads. Os links patrocinadospodem favorecer um negócio por meio de um melhor posicionamento do site nos mecanismos de busca. No Pagamento Por Clique (PPC), por exemplo, só se paga por clique feito no anúncio. Esse serviço pode ser personalizado, permitindo a escolha do valor máximo a ser pago por cada clique. Se alguém quer comprar um smartphone com uma boa câmera e dual chip, pode procurar no Google a seguinte frase: “melhores smartphones dual chip”. Os primeiros resultados orgânicos aparecem posicionados pelas técnicas de SEO e por outros anúncios. Os anúncios garantem que o negócio �que visível, colocando-o no topo do ranking. Nesse contexto, é importante salientar que os usuários con�am mais em resultados de buscas orgânicas do que em resultados patrocinados. Tanto na busca orgânica quanto na busca patrocinada, é importante o processo de planejamento, criação e mensuração dos resultados. Acompanhar esse processo é primordial. Saber o que produzir e como produzir evita perda de tempo e esforços desnecessários. Ao se investir na busca orgânica, não há gasto monetário direto, mas são necessários planejamento, pro�ssionais de SEO, tempo e recursos para a criação de um bom conteúdo, uma programação, entretanto os resultados são mais duradouros e apresentam maior credibilidade. No caso dos links patrocinados, é importante se debruçar na escolha das palavras-chave, no lance e na quali�cação do anúncio, que devem ser condizentes com o que os usuários procuram, para que haja melhor visibilidade. Os links patrocinados, quando comparados com os buscadores orgânicos, apresentam como vantagem resultados mais rápidos, mas também precisam ser bem planejados para gerar resultados e dependem de quanto se está disposto a pagar, uma vez que o tempo de veiculação não é recorrente, ou seja, há um determinado período preestabelecido. Assista ao vídeo SEO para Cauda Longa: o segredo para dominar o Google (ROCK CONTENT, 2016), que trata de uma estratégia relevante para se conseguir rankear bem no Google e utilizar a SEO para o que se denomina cauda longa. ASS I S TA 1.2.3 Google Ads: Links Patrocinados Nos links patrocinados, o anunciante só paga quando seu anúncio recebe um clique, o que garante que a publicidade alcance apenas os interessados no produto ou serviço exposto (SEU…, on-line). Nesse processo, o valor a ser pago por cada clique é determinado por uma espécie de leilão, no qual o maior lance aparece mais bem posicionado nos resultados de busca. Vale salientar, porém, que não é apenas o lance o fator determinante, pois a qualidade do conteúdo e uma boa experiência do usuário também in�uenciam esse ranking. Assim, é importante observar a relevância do anúncio. Uma palavra-chave pesquisada é encontrada no anúncio e na página de destino (landing page), o que eleva o índice de qualidade. Com uma palavra relevante, é possível pagar menos; sem qualidade, é preciso dar um lance maior para se �car mais bem posicionado. Nesse sentido, esse algoritmo proporciona um melhor posicionamento mesmo para aqueles que não deram o maior lance em relação ao seu concorrente. Portanto, essa relação pode ser mensurada da seguinte forma: qualidade X lance. Por que investir em links patrocinados? Há algumas observações importantes e que devem ser consideradas antes de se fazer esse investimento: 1. escolha de palavras-chave relevantes. 2. quando uma empresa aparece como resultado de busca, ela paga somente quando seu anúncio recebe um clique. 3. o valor do clique é o mercado que determina, por meio de um sistema de leilão; esse valor atende a todos os portes de empresas. 4. é possível de�nir em quais bairros, cidades, estados e países os anúncios aparecerão. 5. o Google Ads disponibiliza ferramentas que tornam fácil o acompanhamento das vendas, as solicitações de orçamento do link patrocinado e os relatórios personalizados, de acordo com a necessidade do contratante. 6. é possível criar anúncios especí�cos para pessoas que já acessaram uma página e exibi-lo. 7. o link patrocinado para Google Shopping funciona bem para o e- commerce, gerando mais vendas. O Índice de Qualidade (IQ) é a avaliação feita pelo Google, gerando uma nota de 1 a 10, que é utilizada para determinar se o anúncio, as palavras- chave e a página de destino são relevantes para o internauta interessado naquele assunto. Por exemplo: um anúncio tem o lance de R$ 2,00 e IQ 2, então, 2 × 2 = 4. Outro anunciante concorrente tem IQ 5 e dá o lance de R$ 1,00, então, 5 × 1 = 5. No ranking �nal de links patrocinados, o anunciante que investiu em qualidade, mas deu um lance mais baixo �ca mais bem posicionado. Se os lances fossem iguais, o diferencial seria a qualidade; se houvesse a mesma qualidade, o diferencial seria o lance. 1.2.4 Google Ads: Critérios para Classificação, Preço e Otimização de Campanhas O Google Ads é uma ferramenta utilizada para alcançar novos clientes e expandir os negócios, por meio da criação de anúncios bem-sucedidos, transformando em receita o investimento em publicidade (FAÇA…, on-line). Para começar a exibir anúncios no Google, é preciso criar uma campanha no Google Ads. Assim, é necessário tomar decisões quanto ao valor que se está disposto a gastar e ao local de exibição dos anúncios. A exibição de uma campanha bem-sucedida do Google Ads é um processo contínuo (COMO..., on-line). Nesse processo, é preciso saber como: ver os dados necessários; avaliar seu desempenho; re�nar palavras-chave e lances; otimizar o anúncio e a página de destino. Para ver se os anúncios estão alcançando os clientes certos, a ferramenta possibilita avaliar as conversões de forma gratuita. Há uma conversão quando um cliente clica no anúncio e realiza uma ação especí�ca, como a compra de um produto, o preenchimento de um formulário de contato ou a realização de uma chamada telefônica. Esses dados informam quais anúncios e palavras-chave geram negócios e quais deles são mais lucrativos em relação aos outros, o que pode ser usado para fazer ajustes e lucrar mais com a campanha, conforme demonstra o quadro “Google Ads”. Google Ads Fonte: COMO…, on-line. Quando se investe dinheiro em uma campanha, espera-se receber esse valor de volta, além dos lucros. O retorno sobre o investimento (Return On Investment – ROI) é uma métrica importante para os anunciantes, pois mostra o efeito do uso do Google Ads. Embora seja útil saber qual é o número de cliques e impressões, também é importante saber como a campanha afeta os resultados. De�nição Por que é útil Conversões O número total de conversões realizadas após um clique ou outra interação com o anúncio, dentro da janela de conversão escolhida. Veja se sua campanha está gerando resultados para você. Taxa de conversão Quantas vezes, em média, um clique ou outra interação com o anúncio gera uma conversão. Avalie, em média, com que frequência um clique resulta em uma conversão. Custo por conversão O custo total dividido pelo total de conversões. Veja qual é o custo médio de cada uma das suas conversões. Para entender o seguinte exemplo, é preciso considerar algumas informações. 1) Para começar, serão necessários alguns números importantes, conforme apresenta a tabela “Números do Google Ads”. “Se você usa o Google Ads para aumentar as vendas, gerar leads ou impulsionar outras atividades valiosas dos clientes, convém avaliar o retorno do investimento (ROI)” (SOBRE…, 2020a, on- line). D I CA Números do Google Ads Fonte: COMO…, on-line. (Adaptado). 2) A partir desses números, pode-se calcular a receita total, como demonstra a tabela “Total de receita”. Total de receita Fonte: COMO…, on-line. (Adaptado). Nos últimos 30 dias: Imagine que foram: Quantas vendas (ou novos clientes) você gerou por meio do Google Ads? 30 Qual foi sua receita média por venda (ou novo cliente)? R$ 50,00 Quanto você gastou no Google Ads? R$ 300,00 Quais foram seus outros custos comerciais relacionados aos produtos ou serviços vendidos? R$ 1125,00 Total de vendas (ou novos clientes): 30 x Receita média por venda (ou novocliente): R$ 50,00 = Receita total: R$ 1.500,00 3) Em seguida, adicionam-se os custos do Google Ads e os custos comerciais, para determinar o custo total, conforme apresenta a tabela “Custo total”. Custo total Fonte: COMO…, on-line. (Adaptado). 4) Depois de saber quais são os custos e a receita total, é fácil determinar o lucro total, como na tabela “Lucro total”. Lucro total Fonte: COMO…, on-line. (Adaptado). 5) Além disso, depois de determinar qual é o lucro total, é possível calcular o retorno do investimento no Google Ads, como demonstra a tabela “Retorno do investimento no Google Ads”. Custo do Google Ads: R$ 300,00 + Custo comercial: R$ 1.125,00 = Custo total: R$ 1.425,00 Receita total: R$ 1.500,00 - custo total: R$ 1.425,00 = Lucro total: R$ 75,00 Retorno do investimento no Google Ads Fonte: COMO…, on-line. (Adaptado). De acordo com esse exemplo, o lucro foi de R$ 1,25 a cada R$ 1,00 gasto no Google Ads. É possível escolher um orçamento diário para cada campanha, com base nas metas de publicidade e no valor médio que se prefere gastar por dia. O orçamento pode ser alterado a qualquer momento. Existem várias estratégias de lances para diferentes tipos de campanha. Assim, a escolha da estratégia que melhor se ajusta a uma empresa depende das redes segmentadas pela campanha e da meta de�nida: cliques, impressões, conversões ou visualizações. Para de�nir lances, consideram-se cinco tipos básicos de metas e as con�gurações atuais das campanhas, segundo a ferramenta do Google Ads. Se a intenção é que os clientes realizem uma ação direta no site, e a empresa está usando o acompanhamento de conversões, o ideal é se concentrar nas conversões. Caso se queira gerar tráfego no site, o foco em cliques pode ser ideal, e os lances de CPC podem ser a melhor opção para a campanha (DETERMINAR…, on-line). Nesse contexto, também há o CPM visível. Por exemplo, se a empresa [...] quiser pagar somente pelas impressões de anúncios consideradas visíveis, poderá usar o CPM [...] visível. Um anúncio é “visível” quando 50% dele é exibido na tela por pelo menos um segundo (para anúncios de display) ou quando ele é reproduzido continuamente por no mínimo dois segundos (para anúncios em vídeo). Ao escolher os lances de CPM para sua campanha "Apenas na Rede de Display", você Lucro total: R$ 75,00 ÷ Custo do Google Ads: R$ 300,00 = Retorno do investimento no Google Ads: 25% pode selecionar "CPM visível" como estratégia de lances (DEFINIR…, on-line). Para aumentar o reconhecimento da marca (sem atrair tráfego para o site), o foco em impressões pode ser uma boa estratégia. Então, uma possibilidade é usar o lance de CPM visíveis, para mostrar a mensagem aos clientes. Outra opção é aplicar a estratégia “de�nir posição na página de pesquisa” ou “parcela de superação desejada”, para maximizar a visibilidade. Por sua vez, os lances de CPV são a forma padrão de de�nir o valor que você paga pelos anúncios em vídeo TrueView (quando criados no Google Ads). Com os lances de CPV, você paga pelas exibições de vídeos e outras interações de vídeo (como cliques em call-to-action overlays, cartões e banners complementares), o que ocorrer primeiro (SOBRE…, 2020b, on-line). Se forem exibidos anúncios em vídeo e caso o desejo seja aumentar o número de visualizações ou interações com eles, devem ser utilizados os CPVs ou CPMs; se forem exibidos anúncios em vídeo e a meta for aumentar a consideração do produto ou da marca, deve-se usar o lance de CPV. 1.3 Remarketing Segundo Cardoso (2018), o remarketing funciona como um “gatilho de memória” ou “gatilho de indução ao consumo”. Por sua vez, D’Alama (2018, on-line) esclarece que remarketing e retargeting são praticamente iguais, “a diferença é que remarketing é a forma como o Google chama a sua própria ferramenta de retargeting”. Outras plataformas, como AdRoll, Retargeter e FetchBack, utilizam o termo retargeting, originado do inglês target, que signi�ca alvo. Ou seja, a ideia do retargeting é impactar, mais de uma vez, a mesma pessoa, com os anúncios que ela vê após a primeira busca pelo tema. 1.3.1 Modo de Operação Com base em Alves (2017 apud CARDOSO, 2018), remarketing quer dizer fazer marketing, novamente, para a mesma pessoa. O objetivo é gerar impacto, mais de uma vez, em alguém que já demonstrou interesse no produto. Essa estratégia está voltada para a reativação dos clientes da base, incentivando-os a agirem, e pode ser utilizada por meio de e-mails, lembrando itens colocados em um carrinho de compra on-line e que foram esquecidos. Também, pode ser utilizado um aviso de promoção em um site que é interessante para determinado público. Portanto, o remarketing parte do pressuposto de que raramente o consumidor compra logo na primeira pesquisa e tem como meta aumentar as conversões. 1.3.2 Banners e Palavras-Chaves para uma Boa Campanha Antes de criar o material publicitário, é preciso pensar em qual estágio do processo de compra cada grupo de consumidores se encontra: conscientização, consideração, compra ou �delização? A partir desse mapeamento, é possível começar a planejar qual estratégia será adotada para cada lead. O remarketing faz isso utilizando um sistema de listas que O remarketing é uma maneira de se conectar com as pessoas que já interagiram com o site ou App para dispositivos móveis. Com ele, os anúncios são exibidos estrategicamente para esses usuários, enquanto eles navegam no Google ou nos sites parceiros (SOBRE…, 2020c, on-line). A F I R M A Ç Ã O classi�ca os visitantes do site de acordo com o tipo de ação tomada. Para cada um dos grupos, é feito, por exemplo, um e-mail ou um banner voltado para o prosseguimento daquele passo; tudo personalizado. No Google Ads, é possível criar uma campanha de remarketing de pesquisa que inclua somente as palavras-chave do topo do funil. Mas o que são essas palavras? São as que pertencem à primeira etapa do funil de vendas e são buscadas por usuários que ainda não sabem, efetivamente, o que desejam. Nesse processo, é preciso dar uma atenção especial às palavras-chave especí�cas, ou seja, as que não estão entre as expressões mais buscadas são importantes na conversão de clientes. Isso porque, exatamente por serem especí�cas, elas atingem assertivamente o consumidor em potencial, aquele que pesquisou exatamente o que foi oferecido. Por exemplo, ao inserir a palavra-chave universidade no buscador, há um resultado genérico; ao se utilizar a expressão universidade em Curitiba, a chance de conversão é maior, pois há uma expressão direcionada, no caso, universidade em Curitiba. A expressão cauda longa provém da Estatística e, basicamente, é utilizada para identi�car distribuições decrescentes de dados. As palavras-chave de cauda longa são utilizadas em estratégias de marketing, a �m de se alcançar as primeiras posições do Google para expressões que têm baixo volume de busca, com baixa concorrência. No topo, há elementos considerados mais genéricos e que, consequentemente, têm mais demanda e quantidade limitada. A parte da cauda longa refere-se a coisas mais especí�cas e com menos demanda. No varejo, geralmente, os produtos que estão na cauda longa são mais rentáveis no acumulado, isto é, quando se acumula esses produtos, juntos, eles são mais rentáveis. 1.3.3 Remarketing X Publicidade em Sites da Rede de Conteúdo Segundo Vaz (2010, p. 33), poucas empresas investem o que deveria de fato ser investido na internet e, além disso, a maioria delas investe erroneamente, seguindo moldes da propaganda tradicional, quando, na realidade, deveria estar pensando de uma maneira completamente nova, tão nova quanto o é a própria rede. A rede de display, ou rede de conteúdo, corresponde a um grupo de sites parceiros que oferecem um espaço dentro de suas páginas para a divulgação de anúncios pagos. Nesses espaços, são divulgados banners para usuários que estejam em uma lista de remarketing. A rede de display é diferente de uma rede de pesquisa, apesar de comporem uma mesmaferramenta. A rede de pesquisa permite que o usuário apareça junto aos tradicionais resultados dos buscadores, ou seja, quando um usuário pesquisa algo no Google, ele vê uma lista de resultados. Nessa lista, há alguns anúncios da rede de pesquisa. A vantagem da rede de pesquisa é que os anúncios aparecem para quem digita exatamente o que quer, favorecendo o índice de conversão. Por sua vez, a rede de display é composta de milhões de sites parceiros do Google, os quais permitem a veiculação de anúncios dentro de blocos especí�cos. O anunciante de�ne que o seu banner será vinculado na rede de display do Google. Assim, esse anunciante pode espalhar o conteúdo para toda web. Considerando o remarketing, a rede de display não converte tanto quanto a rede de pesquisa, pois nem sempre as pessoas estão interessadas no que é oferecido no anúncio, apesar do seu amplo alcance. Como exposto anteriormente, o termo retargeting signi�ca mirar novamente no consumidor. Nessa tarefa, direciona-se a ação para o alvo, ou seja, o usuário que não comprou da primeira vez, mas que já estava interessado na oferta. Esse termo vem da palavra targeting, que signi�ca apontar ou mirar, e corresponde a uma ferramenta do Google própria para retargeting, conhecida como remarketing. Desse modo, são muitas as opções de ferramentas e estratégias, e não há uma maneira melhor ou pior de fazer publicidade on-line. É necessário analisar cada caso, cada necessidade e avaliar qual opção é mais efetiva em determinado contexto. ! Recapitulando Neste capítulo, abordamos etapas importantes do processo de comunicação e elaboração de materiais voltados para as mídias digitais, discutindo as principais características e vantagens da publicidade em ambiente digital, quando comparada com as mídias o�-line. Assim, apresentamos as diferenças entre as mídias on-line e o�-line, os formatos mais comuns de publicidade on-line e as ferramentas que auxiliam o trabalho de planejamento, coleta de informações e análise de dados relacionados à experiência do usuário, como o Google Ads. Sabe aquele produto que pesquisamos e que começa a aparecer em outros contextos da internet? Nesse caso, há a estratégia de retargeting. Se um vendedor on-line, ou uma loja, sabe que a pessoa pesquisou um produto, mas não o adquiriu, esse vendedor usa essa informação para tentar convencê-lo a fechar a compra. Trata-se de um argumento ou um vendedor insistente do mundo virtual. Por �m, explicamos a importância de se divulgar um negócio em buscadores, como o da Google, e a importância da escolha de palavras- chave, do tipo de mídia a ser utilizado, do canal em que o anúncio será veiculado e do remarketing para o sucesso da publicidade e de uma marca de forma geral. Esse novo momento requer criatividade e um olhar atento e empático para as necessidades e expectativas dos consumidores, oferecendo uma comunicação e�ciente entre as marcas, os produtos e o público. Os pro�ssionais dessa área, assim como a Carolina (personagem presente no início deste material), têm que tomar decisões importantes, avaliando a melhor estratégia a ser utilizada, de acordo com as variáveis apresentadas. Há diversos caminhos, e não há um melhor do que o outro, mas, certamente, há aquele que melhor atende a uma necessidade, conforme o contexto. Proposta de Atividade Agora é hora de recapitular tudo o que você aprendeu neste capítulo! Para isso, elabore uma publicidade voltada para a divulgação de cursos a distância, para a área de gastronomia. Ao produzir sua publicidade, considere as leituras básicas e complementares realizadas. Referências CARDOSO, F. N. M. Gatilho de Memória e Marketing Digital: o uso do remarketing aplicado ao mercado cultural digital de games de consoles. 2018. 130 f. Dissertação (Mestrado em Memória: Linguagem e Sociedade) – Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia, Vitória da Conquista, 2018. Disponível em: <http://www2.uesb.br/ppg/ppgmls/wp- content/uploads/2019/03/Disserta%C3%A7%C3%A3o-de-Francisco-Nivaldo- Monteiro-Cardoso.pdf>. Acesso em: 28/01/2020. COMO Ver os Dados de que Você Precisa. Ajuda do Google Ads. Disponível em: <https://support.google.com/google-ads/answer/6238815? co=ADWORDS.IsAWNCustomer%3Dfalse&hl=pt-BR>. Acesso em: 22/01/2020. D’ALAMA, L. Remarketing no Google Ads: como criar campanhas e listas para gerar mais conversões. Resultados Digitais, 3 nov. 2018. Disponível em: <https://resultadosdigitais.com.br/blog/remarketing-google-adwords/>. Acesso em: 21/01/2020. DEFINIR Lances para Impressões Visíveis Usando o CPM Visível. Ajuda do Google Ads. 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São Paulo: Novatec Editora, 2010. https://www.youtube.com/watch?v=ObGmFN2G8tg http://www.ufjf.br/facom/files/2013/11/fatima.pdf https://support.google.com/google-ads/answer/6146252?utm_medium=et&utm_campaign=pt-BR&utm_source=ww-ww-et-b2bfooter_adwords&subid=br-PT-ha-awa-sk-c-ce2!o3~CjwKCAiA35rxBRAWEiwADqB373excPhJRk9oChjhGDCKM3evLQqAmI5tLKwJ7f0pRpZYm-g600eKShoCdQEQAvD_BwE~86699274606~aud-780873439152%3Akwd-914831847~8709323039~382497928687 https://support.google.com/google-ads/answer/1722066?hl=pt-BR https://support.google.com/google-ads/answer/2472735?hl=pt-BR https://support.google.com/google-ads/answer/2453998?hl=pt-BR CAPÍTULO 2 Mídias Digitais Objetivos do Capítulo Compreender os formatos mais comuns de publicidade on-line para escolha da publicidade adequada para cada negócio. Conhecer as características das redes sociais, quando utilizadas como mídia. Entender quando utilizar banners, e-mail marketing e comparadores de preço Tópicos de Estudo Tópico 1- Mídias sociais. Redes sociais como mídia. Redes sociais: divulgação de conteúdo. Campanhas em redes sociais. Instagram e Facebook. Tópico 2 - Banners. Características. Banners em links patrocinados e campanhas de remarketing. Banners em e-commerce e portais de conteúdo. Banners: branding X campanhas. Tópico 3 - E-mail marketing. Elaboração. Segmentação de lista de e-mails e marketing de permissão. Teste A/B. Ferramentas: preços X funcionalidades. Tópico 4 - Comparadores de preços. Funcionamento dos comparadores de preços. Google Shopping e os demais buscadores. Contextualizando o Cenário O desenvolvimento da comunicação em ambientes digitais tem alterado, sobremaneira, o modo de consumo do conhecimento, de forma geral. Os formatos midiáticos oferecidos nas mais diversas plataformas on-line são um convite à experimentação de produtos e serviços que se aproximam dos consumidores de modo natural, leve, fácil, quase parecendo ser gratuito. Para quem atua em comunicação, no entanto, o contexto digital tem pouca leveza. Na verdade, constrói-se sobre muita racionalidade, mensuração e atenção, pois, nesses tempos just in time, tudo acontece com a rapidez de um clique, e qualquer erro ou desatenção por parte da marca anunciante pode ser fatal para a sua reputação. Diante desse contexto, questiona-se: atualmente, quais são as possibilidades mais utilizadas de comunicação, nos meios digitais, disponíveis para as empresas? 2.1 Mídias Sociais De modo geral, o argumento mais utilizado para um anunciante migrar de uma mídia de massa para uma mídia digital é a segmentação. Esta, somada ao alcance, torna o digital imprescindível para todo e qualquer planejamento de mídia ao qual tenhamos acesso atualmente. Segmentação é a escolha da empresa do público adequado ao seu negócio. O alcance, por sua vez, refere-se ao número de pessoas que foi alcançado por sua mensagem. De acordo com Kaushik (2015), as mídias digitais favorecem o encontro entre as pessoas certas e os produtos e serviços adequados. Isso porque o volume e a assertividade de informações que se têm sobre as pessoas na rede são in�nitos. Além disso, há muito tempo o mercado já identi�cou que informação é conhecimento e que quem o tem está muito à frente dos demais. As mídias digitais se re�naram e continuam estabelecendo conexões antes inimagináveis entre os públicos e as empresas. De acordo com Barguer (2013), o fenômeno das mídias como possibilidades de comercialização e relacionamento oportunizou aos experts em comunicação, apropriados de muitas metodologias e ferramentas, observarem as mudanças sociais e se apropriarem desses espaços e possibilidades para alavancarem marcas, produtos e serviços. Com base em Mackey e Sisódia (2013), o empoderamento dos indivíduos, a consciência sobre o seu papel no mundo, o questionamento sobre as ações e a responsabilidade das empresas e das marcas fazem parte de uma realidade bastante atual, sobre a qual empresas e funcionários precisam atuar. Tais mudanças sociais, de acordo com os autores, conduzem a uma segmentação cada vez mais criteriosa de públicos. Os discursos massi�cados – assim como produtos e serviços – são cada vez mais rejeitados, tornando-se um grande desa�o para as empresas conversar com seus diversos consumidores, de forma pessoalizada, especialmente para empresas de grande porte. Assim, diante de indivíduos cada vez mais personalizados em seus interesses de consumo, apresentam-se os desa�os para as empresas de criarem relacionamento, e não mais apenas comunicação. Desde o início do século, temos acompanhado a entrada das mídias digitais nos contextos empresariais e pessoais, construindo espaços de comercialização, lazer, entretenimento e conhecimento. A cultura está se moldando e disseminando na rede, enquanto observamos comportamentos se tornaram mais claros (jornada de compra do consumidor, por exemplo) e muito mais facilmente monitorados. O digital favorece a aproximação com o público, porque esse digital acompanha as pessoas em qualquer horário e lugar. O paradoxo disso é a exposição exagerada de marcas que, ao cometerem quaisquer equívocos, estão na “berlinda” da crítica dos seus públicos. Se estar nas mídias e redes digitais representa tamanha vulnerabilidade, por que, então, todas as empresas desejam essa exposição? Por um único motivo: não existe retorno. Kaushik (2015) explica que o digital já é central na vida dos sujeitos e, também, na perpetuação das organizações. Não há escolha; o desa�o é buscar a melhor forma, o melhor formato, a melhor exposição, o discurso mais ajustado e a atitude mais correta, tudo isso para que os públicos desejem as marcas e queiram continuar junto delas. A notícia boa é que muitas empresas já estão conseguindo realizar grandes feitos nos cenários digitais, construindo vínculos e fortalecendo suas marcas. Além disso, cada vez mais, enfrentam, com humildade, suas falhas e ajustes necessários. É comum encontrarmos a denominação marketing digital quando estamos trabalhando com campanhas de mídias digitais. De acordo com Peçanha (2020), cofundador do referenciado site Rock Content, o marketing digital trabalha com a estruturação de campanhas que terão suas estratégias alicerçadas na web. Essas distinções ocorrem, porque, ainda hoje, é comum que as campanhas on e o�-line sejam articuladas por agências de comunicação distintas, ou seja, o cliente escolhe desenvolver uma campanha o�-line com determinado fornecedor, e a parte on-line com uma empresa especializada. Para Gabriel (2010), no entanto, o conceito de marketing digital é ultrapassado, uma vez que o digital já assumiu um papel bastante signi�cativo no desenvolvimento de estratégias de marketing. De acordo com a autora, marketing é puramente marketing, independente das plataformas em que está sendo implementado. © aurielaki / / 123RF. Sobre esse assunto, é importante salientar que o desenvolvimento de campanhas separadas – on e o� – pode gerarresultados indesejados e ruídos na comunicação. Já foi comentado que não existe mais distinção entre os meios, porque o próprio público já interage de forma integrada entre todas as mídias. O que podemos sugerir é que a oferta de agências que trabalham on e o�-line, distintamente, ocorre em função não da demanda de mercado, mas da expertise dessas agências em uma ou outra área. Cabe destacar que, cada vez mais, o conceito de campanhas integradas entre mídias digitais e mídias tradicionais é, de acordo com Gabriel (2010), presente no contexto de campanhas. Para essa mesma autora, alguns conceitos precisam ser considerados com atenção, pois já estão presentes em muitas ações de comunicação. O crossmedia, ou transmídia, acontece quando se tem uma série de plataformas narrando uma história. Essas várias interfaces são complementares nessa narrativa e, enquanto o público reconhece parte dela em uma mídia, por exemplo, na televisão, a sequência dessa mesma narrativa poderá ser apresentada em uma rede social, como o Facebook. O conceito de convergência, por sua vez, “ocorre quando tecnologias que eram usadas separadas (como voz, vídeo e dados), passam a compartilhar o mesmo meio e interagem umas com as outras de forma sinérgica, criando novas funcionalidades” (GABRIEL, 2010, p. 112). Na mesma perspectiva de integração entre os vários canais midiáticos, discute-se, a partir de autores do marketing de varejo, o conceito de omnichannel. Para Morais et al. (2016), a estratégia de marketing multicanal, como também é denominado o conceito de omnichannel, atende a uma demanda do consumidor de ter a sua disposição o atendimento e, consequentemente, a possibilidade de compra, a partir de várias plataformas, tanto presenciais quanto digitais. Esse conceito, de acordo com os autores, tem evoluído para uma “experiência de compra integrada” (MORAIS et al., 2016, p. 2). Como podemos transformar os canais da empresa em mídias desejáveis para os clientes? De acordo com Vaz (2011), as campanhas digitais são planejadas e estruturadas para atender a objetivos distintos, que podem ser: campanha de branding: desenvolvida para reforçar o conhecimento e/ou o posicionamento da marca junto aos públicos; campanha promocional: pode ser desenvolvida com o objetivo de gerar cadastros e, com isso, proximidade junto aos públicos, ou para alavancar vendas, no caso uma ação promocional tradicional. Em ambos os casos, essa é uma “campanha ponte” que pode gerar ações futuras de aproximação com os públicos; campanha de venda: utilizada para a apresentação/o lançamento de marca e/ou produto e, também, para gerar conhecimento e estímulo direto à compra. Um dos grandes diferenciais positivos da venda on- line é que o cliente pode conhecer, comprar e pagar com a conveniência de estar em qualquer lugar. Essa ação deve ser aproveitada para reconhecer os públicos, formar e atualizar mailing; campanha de interação e tráfego: assim como as empresas necessitam que os clientes vão até suas lojas físicas (quando as têm), também é imprescindível que os clientes tenham interação com a marca nos meios digitais. Muitas campanhas são desenvolvidas com o objetivo de atrair os consumidores para o site e as redes sociais (não necessariamente com o objetivo primeiro de venda). A presença do consumidor interagindo com a marca oportuniza lembrança da marca, retorno e, consequentemente, compra. Ao estudar as mídias sociais, identi�ca-se a importância de estabelecer a diferença entre estas e as redes sociais. Com base em Orsoli (on-line), essas expressões guardam características distintas. As mídias sociais, de acordo com o autor, são todos os canais que dependem da interação das pessoas, seja para a construção de relacionamento, seja para a troca de conteúdo, seja como forma de concentração de um determinado conhecimento (por exemplo: YouTube, Pinterest, blogs, Whatsapp, dentre outros). Já as redes sociais são ambientes on-line desenvolvidos, exclusivamente, para promover a interação social (por exemplo, Facebook, Twitter e Instagram). Para Gabriel (2010), as redes sociais dizem respeito a uma associação de entidades, pessoas ou empresas, em relação a um interesse comum. As mídias sociais, por sua vez, são estruturadas a partir dos conteúdos gerados e compartilhados: “Uma rede social é uma estrutura social formada por indivíduos (ou empresas), chamados de nós que são ligados (conectados) por um ou mais tipos especí�cos de interdependência” (GABRIEL, 2010, p. 196). Ao entrar em uma rede social, o nó adquire um valor, chamado de capital social (GABRIEL, 2010). O valor é composto por: visibilidade: decorrente da presença; quanto mais conexões, mais visibilidade; reputação: é a percepção construída pelos outros; consequência da impressão dada, emitida e in�uenciada pelas ações dentro da rede social; popularidade: está relacionada à audiência; quanto mais conexões, mais popular é o nó; autoridade: é o poder de in�uência que depende da reputação. Tais características, quando concentradas em uma organização, produzem ação nos consumidores, porque o poder que seu conteúdo evoca instiga a ação. Facebook, Twitter, Instagram, SnapChat etc. são plataformas que, ao mesmo tempo que facilitam e potencializam conexões entre os nós e as redes sociais, atuam como ferramentas de armazenamento e compartilhamento que alavancam o volume de mídias sociais (GABRIEL, 2010). Essas características das mídias sociais favorecem a constituição delas como possibilidades para a divulgação de produtos e serviços e, sendo os dados do próprio usuário a moeda de troca entre esses indivíduos e as empresas, permitem que esses canais possam ser gratuitos. Na verdade, o usuário é ativo e contribui com a efetividade das mídias sociais de duas formas: quando fornece seus dados, gerando big data para a empresa, e quando gera e insere conteúdo e interage com outras pessoas na plataforma. O entendimento das mídias e das redes sociais, assim como dos interesses e das interações nesses espaços, vem sendo construído e reconstruído sistematicamente, e é importante atentar-se às mudanças, tanto desse mercado quanto do comportamento das pessoas que estão inseridas nesse contexto. 2.1.1 Redes Sociais como Mídia Há um tempo considerável, as redes sociais estão sendo utilizadas para abarcar ações publicitárias. Os objetivos dessas ações podem ser os mais variados, mas são escolhidos a partir de vários critérios a serem de�nidos antecipadamente. Sisors e Gooddrich (2006) explicam que, antes de iniciar uma campanha, em quaisquer canais que sejam, os anunciantes devem ter claras as suas estratégias de�nidas no planejamento estratégico e no planejamento de comunicação. O sucesso dependerá, em parte, desse alinhamento. Big data é o nome atribuído ao conjunto de dados adquiridos dos usuários, a partir de sua navegação nas plataformas (comportamento deles) e de informações que os próprios usuários fornecem, normalmente, para acesso a algum conteúdo ou participação em um determinado grupo. ESCLARECIMENTO As redes sociais são canais muito desejados pelas empresas, pois, nessas plataformas, é possível articular ações a partir de vários objetivos diferentes; inclusive, um dos mais desejados é a captação de lead. Após ter quali�cado e gerado leads, as redes sociais funcionam como plataformas de relacionamento por meio dos canais proprietários (fanpage do Facebook, Instagram, dentre outras redes sociais). Se as empresas, nas plataformas físicas (lojas, em especial), dependiam da iniciativa do consumidor para aproximação, nas redes sociais, por suas características de conteúdo e de inserção natural da marca junto à navegação, essa proximidade acontece de forma mais natural, o que torna mais �uido o envolvimento entre ambos. Lead, em marketing digital ou na linguagem digital, signi�ca um consumidor em potencial, aquele que já demonstrou algum interesse em se aproximar da marca, mediante alguma informação, por exemplo, o fornecimento do seu endereço de e-mail. ESCLARECIMENTO 2.1.2 RedesSociais: Divulgação de Conteúdo As redes sociais foram criadas para os usuários construírem relacionamentos a partir de suas interações (STERNE, 2011). Cada rede social tem seus objetivos especí�cos. Por exemplo, o Pinterest é uma rede social de construção de autoridade em determinado assunto, e o Instagram é uma rede imagética que se propõe a apresentar a pessoa, a personalidade e seu estilo de vida, isso tudo em diálogo com o mundo. O fato de algumas redes serem mais adequadas à produção de conteúdo, como o Facebook e o YouTube, não signi�ca que os demais canais também não possam atuar nesses casos, conferindo efetividade para as empresas. © rawpixel / / 123RF. A produção de conteúdo, ou marketing de conteúdo, de acordo com Rez (2016), é a criação de conteúdo a partir de uma marca, com o objetivo de gerar ideias, envolver e engajar as pessoas, de modo a criar interações que sejam valorosas para a empresa e o cliente. Criar conteúdo se trata, portanto, de estimular conversas, nas redes, que sejam importantes para a construção de diálogos e relacionamentos (REZ, 2016). Para Vaz (2010), os conteúdos a serem entregues para os clientes não podem ser a empresa, simplesmente, apresentando como ela é (e�ciente, capacitada ou quali�cada), mas devem ser o esforço de entregar os produtos e serviços dessa empresa, podendo trazer soluções para a vida dos seus consumidores. Isso porque os clientes não estão interessados no que a empresa tem a dizer, se o que ela diz não tem eco em uma necessidade especí�ca (VAZ, 2010). No atual contexto digital de interações com os consumidores, a produção de conteúdo é entregue nas redes sociais, normalmente, de forma gratuita. Nesse contexto, é muito importante seguir a regra básica de que empresas precisam se colocar como empresas, devendo �car claro aos usuários que os consumidores estão se relacionando com uma marca. Isso é possível quando as empresas desenvolvem páginas especí�cas para negócios e não tentam desenvolver per�s, os quais são direcionados à pessoa física. O conteúdo disponibilizado pelas empresas nas redes sociais se consolida em uma forma de os consumidores perceberem e conferirem mais valor àquela marca. Claro que isso só acontecerá quando os conteúdos ofertados estiverem alinhados com os interesses dos públicos-alvo. Como exemplo, é possível mencionar uma Organização Não Governamental (ONG) que atua junto a causas sociais voltadas para a inclusão de crianças especiais. É possível que essa ONG tenha como público frequentador das redes sociais os pais e parentes das crianças, os pro�ssionais que atendem a essa área, além de empresas e pessoas que tenham interesse em se envolver com tais causas. Para esse público, são de extrema importância todos os assuntos que apresentam informações sobre as doenças, escolas, os comportamentos, as dicas de como lidar com determinadas situações e outras abordagens relacionadas à temática central. Como é possível identi�car quais conteúdos são considerados importantes pelo consumidor, para que a empresa permaneça relevante para ele? Assim, mais do que um ponto de captação de recursos para o negócio central dessa empresa, a produção de conteúdo nas redes sociais oportuniza conhecimento especializado, autoridade da marca em relação a outras do mercado e envolvimento e engajamento dos públicos que se tornarão habituais na página. 2.1.3 Campanhas em Redes Sociais Investir em redes sociais implica conhecer, em profundidade, quais são os objetivos daquele canal junto aos seus públicos-alvo, assim como entender quais são as perspectivas do usuário daquela rede. Com essas informações, as empresas podem articular quais discursos, formatos e identidades visuais são mais adequados para cada canal. As campanhas em redes sociais compilam o conjunto de ações que pode, de acordo com a estrutura da empresa, ser desenvolvido internamente ou de forma terceirizada, criado por uma agência digital. Torres (2018) explica que as redes sociais são uma oportunidade bastante interessante para as empresas anunciantes, porque, além de terem custos mais baixos que as mídias ditas convencionais, como TV, mídia externa, jornal etc., a partir das redes sociais, é possível segmentar de forma muito mais precisa os públicos-alvo e buscar formas de se chegar até eles. As plataformas digitais para o desenvolvimento de campanha em redes sociais estão cada vez mais pro�ssionalizadas. O Facebook, por exemplo, tem uma área bastante completa, especialmente desenvolvida para o uso de empresas que estejam promovendo peças ou campanhas. Nessa plataforma do Facebook, já é possível agendar peças isoladas e campanhas inteiras, tanto no próprio Facebook quanto no Instagram, que são empresas do mesmo grupo. Além disso, o Gerenciador de Anúncios do Facebook permite uma série de funcionalidades, como Teste A/B, criação de públicos diferenciados para cada anúncio do conjunto, agendamento de anúncios e monitoramento de todo o resultado da campanha, no momento em que ela está sendo veiculada. São muitos os ganhos, mas, talvez, o principal seja a possibilidade de ajustes na campanha, quando se deseja e de acordo com o sucesso ou não da estratégia proposta. A aquisição do Instagram e do Whatsapp pelo Facebook está promovendo uma série de alterações nas maneiras de planejar e desenvolver as campanhas. Também, está promovendo melhorias que facilitam o trabalho de pro�ssionais de comunicação e a efetividade das campanhas. 2.1.4 Instagram e Facebook Desde 2012, o Instagram foi adquirido pelo Facebook. A partir de então, muitas mudanças têm tornado as duas redes cada vez mais próximas, em otimização de campanhas, e mais distantes, em termos de objetivos. O Gerenciador de Anúncios do Facebook é uma página aberta a todos os usuários e detalha, com segurança, todos os passos necessários para que uma empresa possa construir e disponibilizar on-line uma ou várias campanhas simultaneamente (COM…, on-line). D I CA © rvlsoft / / 123RF. O Facebook tem como estratégia mercadológica manter-se como uma rede de conteúdo e relacionamento. Essa é uma rede extremamente relevante para a comunicação das empresas, porque grande parte dos públicos está presente e interagindo nesse espaço. Mesmo tendo a característica de ser uma rede de públicos de massa, as empresas buscam envolvimentos segmentados, entendendo quais estímulos devem ser direcionados aos interesses dos públicos especí�cos. Por sua vez o Instagram se consolida mediante um per�l que utiliza imagens e que aponta, a partir de seus públicos, aspectos inovadores da sociedade e de suas construções; é, portanto, uma rede de referência para a busca de tendências. Nessa plataforma, é comum encontrar empresas que trabalham embasadas em design, moda, arquitetura e arte, mas essa rede social também promove a visibilidade de novas pro�ssões e, portanto, de pro�ssionais liberais. As interações nas redes sociais ocorrem a partir dos objetivos que são claros para cada organização. Mas, talvez, algo que tenha surpreendido até mesmo as previsões mais otimistas seja a intimidade criada entre usuários e per�s empresariais. Com um nível de interação acima das expectativas, as empresas vêm se consolidando com maestria no Instagram, e os usuários estão cada vez mais próximos de suas marcas preferidas. Não é à toa que as vendas on-line e a edi�cação das marcas se consolidam na plataforma. O Instagram oferece a possibilidade de promover anúncios em sua própria estrutura. No entanto é no Gerenciador de Anúncios do Facebook e, portanto, a partir da união das duas plataformas (Instagram e Facebook) que os pro�ssionais de mídias sociais conseguem obter informações mais detalhadas e con�gurações mais assertivas. É, também, nesse gerenciador que são planejadas e agendadas as campanhas que envolvem as duas plataformas. A empresa que deseja anunciar no Instagram, mas que também tem página no Facebook, pode escolher anunciar diretamente ou utilizar o gerenciador, como já foi comentado. É importante, porém, atentar-se para a vantagemde se utilizar o gerenciador: nele, é possível estabelecer parâmetros, públicos, recortes, programação de posts, dark posts e gerenciamento a partir de relatórios mais detalhados. Essa série de detalhamentos faz a ferramenta ser um pouco mais complexa em sua utilização, mas ela apresenta uma segurança operacional e resultados muito mais aprofundados, bem como maior controle a partir do monitoramento, em tempo real, de ambas as plataformas. No Instagram, o processo de impulsionamento de uma campanha ocorre de forma bem mais prática, pois, em cada imagem publicada, a empresa pode, a partir da avaliação de interações, impulsionar aquela determinada ação. Por exemplo, um pro�ssional da área de design publicou a imagem de uma arte desenvolvida para o seu próximo projeto. Tal publicação rendeu mais curtidas e comentários que as publicações anteriores. Esse anunciante, então, pode utilizar o botão “promover”, que �ca junto à imagem, e de�nir o valor a ser investido, por quanto tempo e para quais públicos a publicação será disponibilizada. Nesse caso, o anunciante está gerenciando cada ação, e não uma campanha de comunicação, como geralmente é feito no Gerenciador de Anúncios. As mídias sociais guardam diferenças em relação às redes sociais. Essa última tem objetivos bastante claros em relação aos seus públicos. Assim, o que você entende por redes sociais? A recomendação é, portanto, a experimentação do gerenciador, a �m de que os usuários possam extrair o que de melhor as duas redes têm a oferecer e para que haja mais anúncios, empresas e clientes dispostos a estabelecerem relacionamentos duradouros. 2.2 Banners Conforme a�rma Torres (2018, p. 206), os banners são “a forma mais simples e direta de publicidade na internet”. Para o autor, essas peças publicitárias são bastante semelhantes aos anúncios antes veiculados em revistas e jornais, porque sempre apresentam uma mensagem comercial que é paga pelo anunciante. Os banners foram um dos primeiros formatos de veiculação de propaganda em sites e são utilizados tanto para ações promocionais de estímulo a vendas quanto para reforço de marca (branding). Atualmente, os banners estão presentes na maioria massiva dos sites comerciais: empresas anunciantes veiculam suas campanhas ou peças isoladas em sites cujo conteúdo tenha coerência e convergência com os produtos ou serviços anunciados. De acordo com Torres (2018), os banners são de fácil implementação, baixo custo de veiculação e recorrentes em campanhas de compra por impulso e também nas ações promocionais, como nas ações sazonais de liquidação de estação. Tanto na utilização de redes sociais quanto nos canais proprietários da empresa, as empresas utilizam o e-commerce e os marketplaces para chamar o consumidor ao Call To Action (CTA). A rede de displays do Google é uma das mais importantes ferramentas atuais para se ter acesso ao público-alvo, a partir de banners, em sites de terceiros. O sistema funciona da seguinte maneira: o cliente (ou a agência) compra determinado número de cliques do Google para a rede de displays e escolhe quais são os temas que têm a�nidade com o seu negócio e seu público. Ao visitar o site, o cliente se depara com o banner da marca (anunciante) que tem a ver com o seu per�l e seus interesses. Existe, também, a possibilidade de compra direta com sites ou portais em que a agência digital negocia diretamente a veiculação (por exemplo: anunciante que deseja fazer uma campanha banner no Portal G1). 2.2.1 Características Os banners podem ter os mais variados formatos, sendo bastante comuns os horizontais (quando são utilizados no topo da página de um site); mas também podem estar alocados nas colunas laterais. Call To Action, ou “chamada para a ação” (tradução livre), é o link do banner ou de outras peças publicitárias para que o consumidor clique e vá para outra página em que poderá realizar a compra, acessar algum material, tirar alguma dúvida etc. ESCLARECIMENTO Para Torres (2018), apesar de, atualmente, já haver certa padronização que facilita o desenvolvimento dos layouts de peças de campanha, cada site ou portal apresenta suas con�gurações especí�cas de formato, peso das imagens, quantidade de informações possível e uma série de outras especi�cidades que são negociadas de acordo com as características daquele veículo. Normalmente, essas peças são �nalizadas com a extensão JPG ou GIF e devem ser precisas na descrição de parâmetros do site, para que não sejam rejeitadas, seja pelo excesso de informações, o que é bastante comum, seja pelo peso de imagens. Segundo as orientações de Torres (2018), os banners devem priorizar a interatividade, as imagens e o movimento, e os banners de texto são os menos interessantes para o público. De maneira geral, no entanto, recomenda-se que a identidade da peça se destaque na página em que será inserida (por isso a necessidade de avaliar onde será inserida a peça), que respeite o número de caracteres recomendados para um banner e que, preferencialmente, tenha alinhamento direto com o assunto de interesse abordado no site proprietário. 2.2.2 Banners em Links Patrocinados e Campanhas de Remarketing Conforme a�rma Vaz (2010), os links patrocinados são uma ferramenta oferecida pelo Google e que apresentam, quando o usuário utiliza o buscador do Google, os links dos anunciantes e os banners, antes dos resultados advindos da busca orgânica. Atualmente, os links patrocinados aparecem no topo do site de busca, em banners verticais ou com o descritivo ad (advertising, propaganda, em inglês), antes do link para o site anunciante, como ilustra a �gura “Exemplo de exposição dos links patrocinados para determinada pesquisa no Google”. Exemplo de exposição dos links patrocinados para determinada pesquisa no Google LIVRO…, on-line. Os banners podem aparecer nos links e na rede de display e, apesar de serem opções constantes escolhidas pelas grandes empresas de varejo, em especial, estão longe de ser uma unanimidade entre os pro�ssionais da comunicação digital. Isso porque os banners são considerados, por muitos, propagandas invasivas (assim como os pop-ups) e que não têm alto índice de cliques. Por outro lado, é importante entender que, apesar da métrica de clique ser considerada importante, alguns pro�ssionais defendem que a impressão da peça também tem uma relevância considerável. Por sua vez, o remarketing, que também utiliza banners, acontece quando o IP de um usuário que navegou em determinado site é marcado pelos sistemas do Google; quando esse usuário navega por outro site, o anúncio, que tem relação com a sua busca (anúncio de uma marca de carro, por exemplo), volta a ser exibido (TORRES, 2018). Isso porque, quando o usuário clica em determinado produto, em um site, é identi�cado pelo sistema e é seguido, passando a ser instigado por anúncios dentro do mesmo segmento, ainda que já esteja em outras buscas. Por exemplo, certo cliente acessa um site de compra de passagens aéreas; ele está fazendo uma pesquisa de valores e locais atrativos para suas próximas férias. Após o reconhecimento das informações, ele passa a navegar em um site de notícias, e o banner exibido para esse usuário é o da empresa de passagens aéreas que ele visitou. Esse é o remarketing da empresa sobre o interesse do cliente. © Marina Putilova / / 123RF. O remarketing é uma funcionalidade focada em vendas e tem trazido retornos signi�cativos para as empresas, apesar de haver a crítica de que é muito invasivo, no que tange à liberdade do consumidor. O fato é que a internet se vale dos dados abertos de navegação dos consumidores para reconhecer seus comportamentos e interesses e utilizá- los para estimular as vendas. 2.2.3 Banners em E-commerce e Portais de Conteúdo Os banners em sites de e-commerce têm o objetivo primeiro de estimular as vendas e, portanto, precisam estar anexados a um site preparado para o e- commerce. Essa condição garante que o consumidor interessado e estimulado pelo anúncio encontre, se clicar, um site em que poderá efetivar suacompra. Nos portais de conteúdo, por sua vez, são comuns peças que sejam de branding, ou seja, de conhecimento e reforço de marca. Nesse caso, o cliente pode estar apenas interessado em entender as características de determinada marca e identi�car como acessá-la e por quais canais. 2.2.4 Banners: Branding X Campanhas Os banners são peças dinâmicas que sempre devem estar vinculadas a um site (link), o qual pode atender às próximas necessidades do cliente (VAZ, 2010). Alguns banners têm o objetivo de promover identi�cação, reconhecimento e reforço de marca (branding), enquanto outros, geralmente associados a campanhas promocionais, são destinados, objetivamente, a efetivar vendas. Os banners que têm objetivos de reforço de marca estão, ou deveriam estar, associados a um planejamento de comunicação, que contempla um contexto maior da empresa. Em geral, a gestão de comunicação institucional (de marca) ampara todas as demais comunicações e serve de referência para a identidade e o discurso estratégicos. O alinhamento em relação aos objetivos e às ações da empresa é, portanto, indispensável. Alguns gestores de marca podem questionar o investimento em campanhas de marca que não tenham um Call To Action para venda. No entanto, em um cenário mercadológico em que o consumidor é cada vez mais atento aos valores e ao posicionamento da empresa, apresentar e defender como a organização pensa e age no mundo é fundamental. 2.3 E-mail Marketing O e-mail marketing é “a prática que utiliza eticamente o envio de mensagens por e-mail para atingir objetivos de marketing” (GABRIEL, 2010, p. 261). Essa ferramenta tem sido amplamente utilizada para edi�car relacionamentos junto aos públicos e para ações promocionais. Esse conceito já chegou a ser considerado uma mídia decadente, mas ressurgiu a partir do marketing de permissão, que é, de acordo com Godin (2000), uma forma de a empresa se aproximar do cliente que quer estar com ela. Essa é um modo de garantir que os usuários recebam apenas os materiais que tenham solicitado (mediante o cadastramento junto às empresas – opt-in). Assim, os clientes podem selecionar quais conteúdos lhes interessam, e as empresas podem se dedicar aos públicos que têm maior probabilidade de comprar seus produtos ou serviços. Além da permissão do usuário (opt-in), é importante que o destinatário da mensagem possa fazer seu descadastramento junto à empresa (botão opt- out presente no e-mail) (GODIN, 2000). © dolgachov / / 123RF. O e-mail marketing é uma ferramenta adequada para a comunicação com públicos já engajados com a empresa e que pode fortalecer relações, uma vez que é possível estimular o marketing de conteúdo, que objetiva entregar conteúdos pertinentes à empresa e a seus públicos. Conforme expõe Torres (2018), o envio de e-mail atende a estes objetivos principais: oferecer promoções; informar, ou seja, entregar conteúdo relevante para os públicos; promover lançamentos da empresa; criar relacionamento a partir de mensagens personalizadas, em datas comemorativas, por exemplo. Segundo Gabriel (2010), para a utilização do e-mail marketing, é importante que haja um planejamento sistematizado junto a todas as outras ações comunicacionais da empresa, a �m de que os públicos sejam acessados de maneira adequada, sem exageros (como o recebimento de várias comunicações, por canais diferentes, no mesmo dia ou em datas muito próximas), e para que a empresa não �que muito tempo sem entrar em contato com seus públicos. Por isso, é fundamental o desenvolvimento de um cronograma que contemple todos os pontos de contato da marca com os consumidores. 2.3.1 Elaboração Para Gabriel (2010), a elaboração de quaisquer comunicações sempre deve respeitar as de�nições do planejamento da empresa e a integração com todas as demais estratégias dela. A autora ressalta, também, a importância da preservação do cronograma de envio, a relevância do conteúdo para os públicos, o formato, a coerência com as demais ações e o respeito ao consumidor, que deve sempre ser conhecido em suas especi�cidades. O mercado está utilizando amplamente o envio de e-mails para a divulgação de produtos e serviços e para a construção de relacionamento; mas tão importante quanto o objetivo é a forma como deve ser elaborado o material. Nesse contexto, Torres (2018) apresenta alguns itens que não podem ser negligenciados na construção do e-mail marketing: construir uma lista de e-mails: isso deve ser feito a partir de uma captação de leads, não sendo recomendada a compra de mailings externos; escolher uma ferramenta de envio de e-mails: se a empresa é pequena, existem algumas opções gratuitas, mas, no mercado, também é abundante o número de empresas que oferecem um pacote mais completo para essa atividade; segmentar o público: é possível que, dentro do mailing, haja clientes que têm interesse em receber determinada comunicação que não é adequada a outros. É preciso, portanto, muita atenção ao fazer essas escolhas que segmentam os públicos; organizar o template: um template bem organizado causa boa impressão, por isso, o layout do e-mail marketing precisa ter hierarquia de informação. No assunto e entre os cinco primeiros centímetros da mensagem, o destinatário já deve ter sido impactado pelo objetivo. Apesar de ser recomendado que as mensagens sejam impactantes e instigantes, há pouco tempo e espaço para mostrar o objetivo; testar (muito): uma das grandes vantagens da internet é que se pode fazer muitos testes no que se refere à linguagem e ao layout, de modo que isso não gera impacto considerável no budget. Então, antes de mandar a mensagem para todo o mailing, é importante fazer testes e avaliar quais opções estão funcionando melhor. Tudo isso precisa ser realizado de forma ágil, pois o tempo no ambiente digital não é igual ao tradicional (físico). Além dessas, outras dicas são relevantes para a construção do e-mail: usar um assunto chamativo; escrever pouco no assunto, pois se deve ir direto ao foco; usar variáveis e dados (devem ser testados formatos diferenciados e segmentações diferentes dos públicos, de acordo com as informações que a empresa tem disponíveis); aplicar texto e imagem em equilíbrio; ter cuidado com a caixa-alta, pois pode parecer que se está gritando; oferecer algo em troca do tempo e da atenção dos consumidores, como conteúdo, uma ação promocional ou um brinde; o importante é que o cliente perceba valor no que está ganhando; evitar palavras e expressões típicas de spam, como grátis, free, agora, peça agora etc., porque elas aumentam as chances de bloqueio da mensagem, mesmo que solicitada; escrever texto curto, direto e sem �rulas, mas sem perder a essência, a identidade da marca, empresa, promoção etc.; fazer CTA, ou seja, convidar ou propor ao usuário que ele faça algo imediatamente, mas oferecendo um benefício em troca; não usar anexos (nunca); deixar o opt-out claro e visível (é importante respeitar essa opção); tentar ser pessoal, não tratando as pessoas como uma multidão, mas como seres particulares; ter um calendário de envios e usá-lo como parte de estratégia. Todas essas dicas são importantes para que se possa avaliar, com a menor margem de erro possível, o envio das comunicações. Ademais, o fator ineditismo também é uma parte importante de qualquer estratégia de comunicação. 2.3.2 Segmentação de Lista de E-mails e Marketing de Permissão Muito se vem aprendendo sobre o que fazer, ou não, em comunicação digital. Nessa trajetória evolutiva, chegou-se ao marketing de permissão. Essa expressão surgiu na década de 1990, a partir de Godin (2000), um importante teórico e consultor americano de marketing, que propôs que se deveria pedir permissão ao usuário para enviar conteúdo, por meio de cadastros e outras formas. Atualmente, essa teoria já foi incorporada ao cotidiano das empresas, porque o respeito à privacidade dos clientes é uma condição básica para que as empresas sejam respeitadas e admiradas. O marketing de permissão de�ne que todo o ponto de contatoda empresa com o cliente precisa ser previamente autorizado (opt-in). Ou seja, quando um cliente fornece seu e-mail em uma ação promocional, por exemplo, deve �car claro que a empresa, a partir disso, poderá contactá-lo naquele endereço de e-mail. Ademais, todo e-mail marketing precisa conter a possibilidade de o cliente se descadastrar, para não receber mais a comunicação (opt-out). Nesse caso, a empresa tem até cinco dias para tirar o cliente do seu banco de dados. O Código de Autorregulamentação para a Prática de E-mail Marketing (CAPEM) fundamenta as possibilidades e as limitações de envios. É importante salientar que as empresas que não cumprirem as regras de envio (contactando clientes que não autorizaram, por exemplo) podem ser penalizadas pelo Código de Defesa do Consumidor. Além de ser desejada e autorizada, a empresa precisa entender muito bem quem são seus públicos e a aderência deles ao produto ofertado. Caso contrário, com uma segmentação falha, nenhuma estratégia ou ferramenta poderá ser adequada o su�ciente. Outra questão muito importante é que a política de privacidade adotada pela empresa esteja acessível aos clientes no site ou em outro canal proprietário. 2.3.3 Teste A/B Os Testes A/B podem ser realizados com grande frequência (algumas empresas os utilizam diariamente) em campanhas digitais, para promover a experimentação de quais formato, público, mensagem, dentre outras possibilidades, são mais adequados ao público escolhido. Para Gallo (2017), o Teste A/B, em sua forma mais básica, é uma forma de comparar duas versões de uma mesma coisa. Talvez, o Teste A/B seja uma das ferramentas mais utilizadas em mídias digitais, em especial, porque as peças de campanhas são mais fáceis de ajustar e, consequentemente, menos onerosas. Assim, as agências produzem diferentes versões da mesma peça publicitária e as enviam para uma amostra predeterminada. © blankstock / / 123RF. Existe, claro, uma metodologia que confere segurança operacional ao teste, o que inclui a necessidade de se ter uma amostra maior, ou seja, um mailing considerável que possa suportar a divisão em dois ou mais layouts distintos, conferindo os retornos mais seguros possíveis. Assim, não é adequado aplicar essa metodologia quando ainda se tem um mailing pequeno, porque isso compromete a avaliação. Conforme a�rma Gallo (2017), para as estratégias digitais, esse teste pode ser implantado com diversas �nalidades: testar um apelo de comunicação (redação); testar layouts diferenciados; testar o botão Call To Action; testar determinada promoção. Desse modo, o Teste A/B é uma oportunidade segura e com baixo custo, mas exige um grande envolvimento de avaliação e mensuração da campanha, para que as peças sejam logo ajustadas de acordo com o reconhecimento dos resultados. 2.3.4 Ferramentas: Preços X Funcionalidades O mercado tem oferecido muitas opções de serviços que realizam ou organizam as atividades necessárias para o desenvolvimento dos Testes A/B. Dentre algumas opções de empresas da área, destacam-se as expostas a seguir. Google Website Optimizer (BEM-VINDO..., on-line): para utilizar essa ferramenta, a única exigência é ter conta no Google. Ela testa a qualidade de landing pages e páginas de sites, apresentado como os usuários reagem a elas. Decisões sobre o que e como fazer, no entanto, cabem ao gestor do conteúdo. Ab Tasty: ferramenta paga, que demanda algum conhecimento de programação para ser utilizada, mas oferta uma série de recursos para Landing page “é a página que aparece para uma pessoa quando ela clica [em] um anúncio, link de um resultado de busca (orgânica ou links patrocinados), link em uma peça de e-mail marketing [...]” (GABRIEL, 2010, p. 253). A F I R M A Ç Ã O testagem de conteúdos e formatos em diversas plataformas, inclusive, mobile (funcionando em uma plataforma móvel). Optimizely: essa ferramenta permite muita liberdade no gerenciamento e na testagem, incluindo tablet, smartphone, PC (Personal Computer) etc. Ela não requer conhecimento de programação e funciona de forma bastante intuitiva. VWO: a Visual Website Optimizer é uma das ferramentas mais rápidas e intuitivas, focando a otimização da conversão, ou seja, o aumento de resultados de uma landing page, por exemplo, conforme o público. CrazyEgg: é uma ferramenta de marketing que otimiza e agiliza a realização de Testes A/B e é citada como uma das preferidas dos pro�ssionais de marketing. Google Analytics: por meio dessa ferramenta do Google, é possível realizar Testes A/B de forma gratuita. É preciso conhecer o que estimula e o que afasta os consumidores das empresas e das mensagens. Com essa intenção, é possível fazer tentativas nas redes sociais e monitorar resultados. Assim, como os Testes A/B podem ser efetivos na sensibilização do cliente em relação às mensagens enviadas? Como o mercado digital é rápido e altamente mutante, novas soluções podem surgir. É importante, portanto, analisar o conjunto de ferramentas e soluções apresentadas, antes de contratar um serviço. O preço, normalmente, é uma consequência do que é contratado e pode variar muito conforme a quantidade de testes e as funcionalidades desejadas. Nesse sentido, nem sempre o mais barato é o melhor e nem todas as ferramentas oferecem os mesmos resultados. Assim, deve-se avaliar o que é preciso para se obter os melhores resultados. 2.4 Comparadores de Preços Os comparadores de preços são portais que, como o próprio nome de�ne, comparam os preços de produtos disponíveis na internet e entregam o resultado desse comparativo ao usuário (cliente) (TORRES, 2018). Muitos gestores de marketing digital utilizam o anúncio nos comparadores para alavancar as vendas, quando a empresa trabalha fortemente em e- commerce e oferece multimarcas. Esse tipo de anúncio pode ser vantajoso, em especial, para empresas que têm, dentro dos itens cadastrados, valores competitivos. Ademais, normalmente, as empresas que anunciam nesses sites pagam por clique e, em geral, o retorno é bastante efetivo, devido ao número de pessoas conduzidas ao site proprietário. 2.4.1 Funcionamento dos Comparadores de Preços Os comparadores de preço funcionam a partir da perspectiva dos consumidores e das empresas, conforme exposto anteriormente. Para o cliente, a funcionalidade é gratuita e oferece, dentre as empresas cadastradas, as que têm melhores preços e condições, acesso facilitado (sem custo de transporte, por exemplo) e uma série de outras informações que podem ser �ltradas, dependendo do interesse do cliente. Para as empresas, é uma oportunidade de ampliar o mix de mídia e de, portanto, competir diretamente com outras empresas que estão disputando uma estratégia de preço. Para os anunciantes, também é importante a oportunidade de captar leads e trazer clientes para o site da empresa. Para ambos, empresas e clientes, os comparadores são ferramentas bastante efetivas, visto que promovem, ainda mais, a aproximação dos públicos em relação às empresas. 2.4.2 Google Shopping e os demais Buscadores Para Gabriel (2010), os buscadores são sites que buscam informações em servidores de todos os sites que alimentam a internet. Atualmente, no Brasil, o Google e o Bing são os principais sites de busca. O Google, além de ser o mais relevante em busca, é, mediante o Google Shopping, o segundo mais importante comparador de preços, �cando atrás apenas do Buscapé. A grande vantagem do Google Shopping é que ele integra o seu comparador de preços ao buscador Google e, com essa funcionalidade, pode explorar a sinergia dos dois veículos. Em outras palavras, as empresas que anunciam no Google Shopping aparecem na página de busca do Google antes mesmo dos resultados da busca, como ad (advertising). Como exemplo da utilização do Google Shopping, é possível mencionar o caso de um consumidor que investiga algum item antes de comprá-lo. Ao digitar as palavras-chave da pesquisa, o consumidor pode clicar diretamente na aba do Google Shopping, e a busca será conduzida diretamente para as ofertas,�ltrando-se demais informações que não se referem à compra, conforme ilustra a �gura “Google Shopping”. Google Shopping GELADEIRA…, on-line. Os buscadores se tornaram mecanismos extremamente relevantes para os públicos, e a maioria desses sites ou portais concilia a busca orgânica (pessoas que estão buscando aleatoriamente uma informação) com anúncios pagos, relacionados, geralmente, ao tema pesquisado. Hoje, as palavras-chave do Google e os links patrocinados são algumas das mais importantes mídias oferecidas em buscadores. ! Recapitulando O desenvolvimento do conteúdo apresentado neste capítulo possibilitou destacar algumas informações de referência na construção dos planejamentos de comunicação. Em primeiro lugar, emerge o entendimento de que, além de dominar as ferramentas disponíveis nos meios digitais, é imprescindível que a empresa conheça os interesses dos seus públicos e, sistematicamente, converse com eles, entregando conteúdos de relevância e avaliando, o tempo todo, os retornos dos clientes. Os conteúdos têm se tornado a alma do relacionamento com os consumidores e, por isso, devem ser a verdade da empresa. Além de apresentarem autenticidade, os conteúdos precisam ter convergência com o interesse dos públicos, ou seja, estar alinhados a suas necessidades. Todo o esforço empregado na comunicação visa criar proximidade e relevância junto aos clientes. Assim, as empresas precisam monitorar sempre os feedbacks e o comportamento desses indivíduos, em todos os pontos de contato com a marca. Seja na abertura de um e-mail, seja, até mesmo, no tempo que os usuários permanecem no site, em todas essas oportunidades, é possível conhecer melhor esses clientes e se aproximar deles. De acordo com os objetivos estabelecidos neste trabalho, foi possível identi�car que as redes sociais existem, em especial, para atender às necessidades de relacionamento, e que as mídias sociais são construídas pelos indivíduos, com a �nalidade de produção de conteúdo e valor. Ademais, neste capítulo, foi possível compreender alguns dos formatos mais utilizados nos meios digitais, entendendo que cada segmento tem suas características, as quais sempre devem ser consideradas. Assim, no decorrer deste material, foram apresentados os recursos, as possibilidades e os formatos mais utilizados nas campanhas digitais, atualmente, visto que abordamos a efetividade dos e-mails, a recorrência dos banners em sites proprietários e em mídias pagas e o poder dos buscadores, dos comparadores e dos links patrocinados. Nesse contexto, o Facebook e o Instagram, com suas características especí�cas, são importantes oportunidades para as empresas. Portanto, estar presente nas redes sociais é uma condição inegável para estreitar o relacionamento e criar marca junto aos públicos. Salientamos, no entanto, que o meio digital é bastante transitório e que, para atuar nesse cenário, é preciso acompanhamento constante. Assim, além deste conteúdo, desejamos que outras informações e curiosidades possam chegar até você, tornando-o(a) um(a) pro�ssional ainda mais preparado(a). Proposta de Atividade Agora é a hora de recapitular tudo o que você aprendeu neste capítulo! Elabore um mapa conceitual, destacando as principais ideias abordadas ao longo do capítulo. O seu mapa conceitual pode ser iniciado com um conceito central que vai se interligando com os demais conhecimentos adquiridos ao longo do texto. Se preferir, use cores para destacar os assuntos que se relacionam diretamente. Ao produzir seu mapa, considere as leituras básicas e complementares realizadas. Referências BARGUER, C. O Estrategista em Mídias Sociais: desenvolva um programa bem-sucedido trabalhando de dentro para fora de sua empresa. São Paulo: DVS Editora, 2013. BEM-VINDO ao Google Optimize. Optimize. Disponível em: <https://optimize.google.com/optimize/home/#/accounts>. Acesso em: 21/01/2020. COM o Kit de Ferramentas Certo, Todos Podem Ser Pro�ssionais de Marketing. Facebook for Business. Disponível em: <https://www.facebook.com/business>. Acesso em: 21/01/2020. GABRIEL, M. Marketing na Era Digital. São Paulo: Novatec Editora, 2010. GALLO, A. A Refresher on A/B Testing. Harvard Business Review, 28 jun. 2017. Disponível em: <https://hbr.org/2017/06/a-refresher-on-ab-testing>. Acesso em: 21/01/2020. GELADEIRA Frost Free. Google. Disponível em: <https://www.google.com/search? biw=1229&bih=575&tbm=shop&sxsrf=ACYBGNQLAloHPlXocm2aD8nFvQmbxtyq_A%3A1 ym5OUPg5qbsAk&q=geladeira+frost+free&oq=geladeira+&gs_l=psy-ab- sh.1.0.0l10.10048.11539.0.13710.10.6.0.4.4.0.153.648.0j5.5.0....0...1c.1.64.psy- ab-sh..1.9.687....0.eu9WYbjk8cc>. Acesso em: 21/01/2020. GODIN, S. Marketing de Permissão: transformando desconhecidos em amigos e amigos em cliente. 4. ed. Rio de Janeiro: Campus, 2000. https://optimize.google.com/optimize/home/#/accounts https://www.facebook.com/business https://hbr.org/2017/06/a-refresher-on-ab-testing https://www.google.com/search?biw=1229&bih=575&tbm=shop&sxsrf=ACYBGNQLAloHPlXocm2aD8nFvQmbxtyq_A%3A1579490103988&ei=NxslXoT8O-ym5OUPg5qbsAk&q=geladeira+frost+free&oq=geladeira+&gs_l=psy-ab-sh.1.0.0l10.10048.11539.0.13710.10.6.0.4.4.0.153.648.0j5.5.0....0...1c.1.64.psy-ab-sh..1.9.687....0.eu9WYbjk8cc KAUSHIK, A. Web Analytics 2.0: the art of online accountability & science of customer centricity. Indianapolis: Wiley Publishing Inc., 2015. LIVRO Marketing Digital. Google. Disponível em: <https://docs.google.com/document/d/1NXEvIKmcBzSwI_vx41S_xIj- kLVTMOIom4ygytWuHlQ/edit#>. Acesso em: 21/01/2020. MACKEY, J.; SISÓDIA, R. Capitalismo Consciente: como libertar o espírito heroico dos negócios. São Paulo: HSM Editora, 2013. MORAIS, A. S. A. de et al. Inovação no Marketing de Varejo: proposição de modelo conceitual de implantação de omnichannel. In: ENCONTRO DE BUSINESS & MARKETING, 1., 2016, Porto Alegre. Anais Eletrônicos… Porto Alegre: UFRGS, 2016. Disponível em: <https://www.researchgate.net/publication/309913781_Inovacao_no_marketing_de_var Acesso em: 21/01/2020. ORSOLI, F. Introdução às Mídias Sociais. E-books Sebrae. Disponível em: <http://www.rafaelfelipesantos.com.br/wp-content/uploads/2015/07/ebook-2- midias-sociais.pdf>. Acesso em: 21/01/2020. PEÇANHA, V. O que é Marketing Digital? Entenda o conceito, como fazer e comece a sua estratégia de Marketing Online. Rock Content, 21 jan. 2020. Disponível em: <https://rockcontent.com/blog/marketing-digital/>. Acesso em: 22/01/2020. REZ, R. Marketing de Conteúdo: a moeda do século XXI. São Paulo: DVS Editora, 2016. SISORS, J. Z.; GOODDRICH, W. B. Planejamento de Mídia. Coleção Grupo de Mídia. São Paulo: Nobel, 2006. STERNE, J. Métricas nas Mídias Sociais: como medir e otimizar os seus investimentos em marketing. Coleção Grupo de Mídia. Tradução de Celso Roberto Paschoa. São Paulo: Nobel, 2011. https://docs.google.com/document/d/1NXEvIKmcBzSwI_vx41S_xIj-kLVTMOIom4ygytWuHlQ/edit# https://www.researchgate.net/publication/309913781_Inovacao_no_marketing_de_varejo_proposicao_de_modelo_conceitual_de_implantacao_de_Omnichannel http://www.rafaelfelipesantos.com.br/wp-content/uploads/2015/07/ebook-2-midias-sociais.pdf https://rockcontent.com/blog/marketing-digital/ TORRES, C. A Bíblia do Marketing Digital: tudo o que você queria saber sobre marketing e publicidade na internet e não tinha a quem perguntar. São Paulo: Novatec, 2018. VAZ, C. A. Google Marketing: o guia de�nitivo de marketing digital. São Paulo: Novatec, 2010. ______. Os 8 Ps do Marketing Digital: o guia estratégico de marketing digital. São Paulo: Novatec, 2011. CAPÍTULO 3 Novos Modelos de Publicidade Objetivos do Capítulo Compreender os modelos mais recentes de publicidade on-line com o advento dos aplicativos. Apresentar estratégias de publicidade em marketplace e plataformas de e- commerce. Proporcionar conhecimentos de gestão de publicidade em redes sociais e integrações para acompanhamento das ações com o Web Analytics. Tópicos de Estudo Tópico 1- Aplicativos Características e vantagens. Aplicativos próprios. Anúncios em aplicativosde terceiros. Tópico 2 - Marketplace e E-commerce. Diferenças entre marketplace e E-commerce próprio. Vantagens de cada modelo. Destaque em marketplace. Tipos de publicidade no e-commerce. Tópico 3 - Softwares para gestão de publicidade on-line. Gestão de publicidade. Vantagens de usar um sistema único de gestão de publicidade on-line. Opções de ferramentas no mercado. Tópico 4 - Integração com o Web Analytics. Vantagens. Google Analytics. Contextualizando o Cenário Rodrigo é dono de uma fábrica de relógio. Durante muito tempo, ele dominou o mercado com a venda de relógios analógicos. Com a mudança do mercado e a evolução tecnológica, ele começou a perceber maior demanda por relógios digitais, no entanto, apesar de as vendas de relógios analógicos terem reduzido com o passar do tempo, elas não pararam. Hoje, Rodrigo vende seus produtos em lojas físicas e na internet. Diante desse cenário e pensando nessa opção de negócio, nos diversos modelos de publicidade existentes e na possibilidade de realizar anúncios em aplicativos, surge um questionamento importante: qual é a melhor opção para Rodrigo: marketplace ou e-commerce? 3.1 Aplicativos A receita gerada pelo uso de aplicativos mobile, ou simplesmente apps, tem crescido bastante nos últimos anos. Com muitos downloads no mundo todo, os consumidores têm passado mais tempo nesse tipo de plataforma digital, o que é uma possível causa para que a taxa de conversão de compras seja muito maior nos apps do que na web. © venimo / / 123RF. Os apps têm se tornado, portanto, um meio de consumo muito poderoso para as empresas. Nesse sentido, mais do que investir no desenvolvimento de um aplicativo, é importante divulgá-lo para os consumidores e incentivar a sua instalação e o seu uso, visto que ⅓ das transações ocorre em apps (ROSA, 2018). Que os aplicativos são um ótimo meio para se fazer publicidade todos já constataram, no entanto, em meio a tantos existentes, não basta criar um app e esperar grandes retornos imediatamente. É preciso manter os usuários ativos depois da primeira semana de instalação, quando a novidade já não é tão novidade assim. 3.1.1 Características e Vantagens Segundo Torres (2010), o marketing digital é o conjunto de estratégias de marketing e publicidade aplicadas à internet e ao novo comportamento do consumidor quando está navegando. Não se trata de uma ou outra ação, mas de um conjunto coerente e e�caz de ações que criam um contato permanente da empresa com seus clientes. O marketing digital faz com que os consumidores conheçam seus negócios, con�em nele e tomem a decisão de compra a seu favor (TORRES, 2010, p. 7). Essa facilidade de acesso à internet e às informações tornou possível a difusão dos apps. Ainda de acordo com esse autor, “a publicidade online, paga ou gratuita, acelera o processo de exposição, atuando nos consumidores mais sensíveis a ela” (TORRES, 2009, p. 11). Para inserir publicidade em apps, é necessária a contratação do serviço, por meio de provedores de anúncios, como Ad Networks, ou de redes de anúncios que funcionam como uma plataforma na qual os anunciantes se cadastram para terem seus anúncios divulgados em um publisher. Esses publishers, que podem ser apps ou sites, também criam seu cadastro para disponibilizar um espaço para a publicidade em seus veículos, por meio de banners, por exemplo. Após esse cadastro, o anunciante escolhe como prefere pagar para ter seu anúncio publicado: a cada mil impressões (número de vezes que o anúncio foi exibido) ou por clique. Dessa forma, as Ad Networks selecionam, automaticamente, os anúncios que darão mais resultados para os publishers e que terão conteúdo relacionado a eles. Assim, as Ad Networks funcionam como um pro�ssional de mídia em uma agência de publicidade, mas de forma automatizada, em larga escala e utilizando inteligência arti�cial. Como exemplos de Ad Networks, é possível citar: Google AdMob (para apps) (GERE…, on-line); Assista, na internet, ao vídeo Nosso Principal Desa�o com a Publicidade Digital É Simpli�car, que trata dos desa�os da publicidade digital e da mídia, em busca de maior relevância na plataforma (PROPMARK, 2018). ASS I S TA Google AdSense (para sites) (VALORIZAMOS…, on-line); RTB House (TECNOLOGIA…, on-line); Yahoo Gemini (PUBLICIDADE…, on-line); Taboola (OBTENHA…, on-line); Rubicon (RUBICON…, on-line). © tandav / / 123RF. Segundo Ramalho (2010), hoje, as informações são obtidas mais rapidamente, pois não há barreiras globais para o acesso à internet. Ao se observar uma rede, ou seja, clientes conectados, veri�cam-se um maior poder de barganha e a tomada de decisões que afetam a reputação das empresas, visto que os usuários in�uenciam e são in�uenciados. Nesse contexto, o setor de publicidade em apps tem sentido o impacto da poluição visual, causada por anúncios que competem com o conteúdo pela atenção dos usuários. Essa situação faz esses usuários perderem o interesse pelo app ou, até mesmo, desinstalarem-no, devido ao uso exagerado de banners ou pop-ups. Quando as Ad Networks repassam o faturamento para os publishers a cada mil impressões, essa estratégia é conhecida como CPM (Custo por Mil) e tem um custo baixo, o que gera um lucro igualmente baixo, mesmo para os apps muito populares. Também existem apps que têm formas próprias de monetização. Por isso, a publicidade em aplicativos não deve ser considerada uma fonte primária de faturamento de uma empresa, mas uma forma de complementá-lo. Apesar dessas desvantagens, também deve ser considerado o alcance que esse tipo de publicidade pode fornecer ao negócio, por proporcionar a seleção de um público direcionado. Ao anunciar em apps utilizados por seu público-alvo, uma empresa pode ter maior conversão de clientes para a sua oferta e promover uma comunicação customizada, considerando determinado nicho de mercado. 3.1.2 Aplicativos Próprios O potencial da publicidade em apps é bastante alto, assim, utilizar o próprio aplicativo para fazer essa propaganda é uma boa estratégia, dependendo do objetivo desejado. Considere que você elaborou um curso de inglês e que, para isso, criou um aplicativo chamado Go Talks, para se comunicar com seus alunos. No �m do ano, você deseja fazer uma campanha para reter esse público no curso, oferecendo um desconto para quem �zer a rematrícula antecipadamente. Nesse sentido, qual é a melhor forma de atingir esses alunos? Os aplicativos são a solução mais compatível com o estilo de vida da modernidade. Devido ao deslocamento constante, associado ao uso de telefone móvel, as pessoas têm a necessidade de estarem conectadas, a todo momento e em qualquer lugar. Assim, é importante que os pro�ssionais saibam como tirar proveito desse cenário. Como é possível monetizar um aplicativo por meio de anúncios? O Google Admob é uma ferramenta do Google utilizada para criar ads e distribuí-los em uma rede de apps a�liados. Essa ferramenta permite a monetização, por meio do emprego de ads no aplicativo (serviço de anúncios do Google, exibidos em forma de links patrocinados quando alguém realiza uma busca), e a promoção da empresa, com a criação de anúncios próprios para serem colocados em vários apps. Segundo o Google, a AdMob fornece uma variedade de formatos, desse modo, o anúncio pode ser veiculado por meio de banner, anúncios intersticiais ou vídeos. Os anúncios em banner �cam na parte de cima ou de baixo da tela e se adaptam a ela. Por sua vez, os anúncios intersticiais ocupam a tela toda e aparecem em intervalos ou transições naturais da dinâmica do app. Os anúncios em vídeo, en�m, podem ser interrompidos pelo usuário após cinco segundos. A AdMob oferece, em uma única plataforma, insights sobre seus usuários, além de maximizar sua receita com anúncios em apps. Não é mais preciso depender de uma combinação de ferramentas nem de recursos de desenvolvimento preciosos para que uma empresa crie sua própria solução (MAXIMIZE…, on-line). D I CA 3.1.3 Anúncios em Aplicativos de Terceiros Existe, ainda, a possibilidadede comprar espaço publicitário em aplicativos de terceiros. É possível, por exemplo, ver anúncios de alguns serviços do Google sendo exibidos nos resultados da Pesquisa Google ou antes da reprodução de um vídeo no YouTube. Da mesma forma, também é possível ver anúncios do Google em sites e aplicativos de terceiros, como no site de um jornal ou em um app de jogos. Voltando ao exemplo do curso de inglês e do aplicativo Go Talks, usado para se comunicar com os alunos, é possível considerar que, no �m do ano, surgiu a intenção de fazer uma campanha para prospectar novos alunos, oferecendo desconto em cursos de férias de curta duração. Nesse sentido, qual é a melhor forma de atingir esses novos alunos? Assista ao vídeo Dicas Infalíveis para Vender Mais com seu App Durante a Black Friday, para saber sobre uma campanha de instalação de aplicativos para dispositivos móveis na rede de display do Google, para que seja possível exibir anúncios do aplicativo em outros apps (GOOGLE ADS PORTUGUÊS, 2019). A S S I S T A Provavelmente, se fosse utilizado o app da escola, só seria possível atingir os já matriculados. Como esse não é o objetivo, qual estratégia poderia ser adotada? É possível, por exemplo, fazer um anúncio em vídeo, o qual seria divulgado em um app de entretenimento muito acessado pelo público-alvo durante o período de férias. 3.2 Marketplace e E- commerce Marketplaces são mercados que unem diversos vendedores nos ambientes físico ou on-line. O desenvolvimento de marketplaces on-line (ou e- marketplaces) engloba diversos vendedores on-line, chamados e-commerces. Os e-marketplaces são canais de venda on-line que proporcionam aos e- commerces a venda de seus produtos em sites maiores, como Mercado Livre, Extra ou Americanas. O marketplace cobra um percentual de comissão, de acordo com a categoria dos produtos vendidos, o que pode variar de 10% a 30% por venda. Esse percentual inclui os investimentos em análise de crédito, antifraude e marketing digital (SIMÕES, 2016). © pieceofmind2 / / 123RF. Conforme expõe Bakos (1998, p. 1), os e-marketplaces simpli�cam “a troca de informações, bens, serviços e pagamentos. No processo, eles criam valor econômico para compradores, vendedores, intermediários de mercado e para a sociedade como um todo”. Nessa perspectiva, Kaplan e Sawhney (2000) a�rmam que os mercados eletrônicos são plataformas de interação on-line que facilitam as transações entre fornecedores e compradores. 3.2.1 Diferenças entre Marketplace e E-commerce Próprio Hoje, as pessoas já começaram a ter mais con�ança – ou menos descon�ança – em relação às compras pela internet, passando a aceitar essa modalidade de negócio (PESSIN, 2016). As lojas on-line mudaram muito o conceito sobre produtos e processo de compra, o que, além de afetar o comportamento do consumidor, in�uenciou a forma como as empresas expõem seus produtos e serviços na internet. © gajus / / 123RF. Mas, a�nal, qual é a diferença entre marketplace e e-commerce? Ambos se referem a lojas on-line nas quais são vendidos produtos. A diferença está no modo de funcionamento, mas isso nem sempre gera um impacto perceptível pelo consumidor. Se um cliente, por exemplo, compra diversos produtos em um marketplace, ele paga um valor de frete diferente para cada item comprado. No entanto, se essa compra for feita em um e- commerce, o frete é apenas um, pois todos os produtos são enviados pelo mesmo lojista. O e-commerce é uma loja on-line que cuida de todo o processo, desde a compra até a entrega de determinado produto disponível em estoque próprio. Mesmo que alguns processos sejam terceirizados, o produto comprado é enviado pela loja diretamente para o consumidor. Por sua vez, o marketplace é uma plataforma on-line que reúne diferentes lojistas, oferecendo mais itens e mais variedade. O consumidor compra da marca dona do site, porém os produtos pertencem a outra loja que está inserida nesse conjunto. Portanto, o marketplace funciona como uma grande vitrine, na qual várias empresas podem expor os seus produtos. 3.2.2 Vantagens de cada Modelo O e-commerce é uma plataforma de comércio eletrônico que possibilita a venda de produtos on-line. Albertin (1999, p. 65) a�rma que o comércio eletrônico [...] é a realização de toda a cadeia de valor dos processos de negócio num ambiente eletrônico, por meio da aplicação intensiva das tecnologias de comunicação e de informação, atendendo aos Assista, na internet, ao vídeo Quais as Diferenças entre Marketplace e E-commerce? #2, para saber um pouco mais sobre a diferença entre esses dois tipos de canal de venda (B2W MARKETPLACE, 2019). A S S I S T A objetivos de negócio. Os processos podem ser realizados de forma completa ou parcial, incluindo as transações negócio-a-negócio, negócio-a-consumidor e consumidor-a-negócio. Corroborando, Kuniyoshi (2000, p. 8) expõe que o comércio eletrônico [...] é uma forma de comércio em que o produto é conhecido, demonstrado e vendido por meios eletrônicos. Pode ser de�nido, também, como a capacidade de realizar transações envolvendo a troca de bens ou serviços entre duas ou mais partes utilizando ferramentas eletrônicas e tecnologias emergentes. Diferentemente do marketplace, no e-commerce, a empresa é responsável por todo o sistema, desde os produtos até a gestão e a infraestrutura da plataforma digital. Dessa forma, é importante salientar que, para ser implantado, o e-commerce exige um investimento maior (se comparado com o marketplace), tanto em marketing digital quanto na contratação de fornecedores. No e-commerce, o lojista deve arcar com todos os custos de marketing, mídia e SEO (Search Engine Optimization; Otimização para Mecanismos de Busca). Em contrapartida, ele tem a liberdade de realizar campanhas, ou seja, tem autonomia sobre os resultados do seu negócio, podendo acessar e controlar as informações. Com isso, o lojista pode pensar além das vendas, com foco na �delização dos clientes, o que torna o seu negócio mais previsível para �ns de controle e mensuração da rentabilidade e permite ações mais rápidas. Por sua vez, no marketplace, reduzem-se as despesas, ao passo que a concorrência é maior, sendo necessários investimentos em imagens e descrições detalhadas e a realização de campanhas dentro da plataforma. Isso é feito para que a plataforma �que mais bem posicionada em relação às concorrentes. É importante que o consumidor esteja atento à credibilidade do e-commerce e do marketplace. Há casos, inclusive, em que o site do marketplace é fake, e o cliente paga um boleto que não se refere àquela loja. Ademais, no marketplace, em alguns casos, o cliente é redirecionado para a loja da marca, na hora de realizar o pagamento. Isso pode causar certo desconforto ou certa descon�ança e, inclusive, fazer o consumidor desistir da compra. Assim, em ambas as modalidades, é fundamental ter muito cuidado. Segundo Morais (2012), a internet é uma ferramenta que democratizou a informação e tornou os consumidores virtuais conscientes do seu poder. Agora, eles usam a web como canal para reclamar, elogiar, conversar e, principalmente, se relacionar. Essa dinâmica contribuiu para a formação de um consumidor conhecedor de seus direitos e suas necessidades, atento aos detalhes técnicos e à credibilidade de seus potenciais fornecedores. Portanto, os e-commerces lucram ao oferecerem produtos especí�cos e que têm valor agregado para determinado público ou nicho de mercado. Já o marketplace ganha pequenos percentuais de uma grande quantidade de vendas, em um universo de itens. 3.2.3 Destaque em Marketplace Grandes varejistas, como as Lojas Americanas e o Submarino, aderiram ao marketplace. Apesar do excelente retorno com as lojas físicas, muitos varejistas optaram por essa modalidade, devido ao enorme volume de produtos que se comercializa. Se fosse um e-commerce, isso geraria grande custo operacional, logístico e de marketing. No marketplace, os ganhos são maiores, visto que se reduzem as despesas. Lojas já conceituadas, com marcas fortes, aproveitampara oferecer serviços para lojistas menores e cobram uma porcentagem em vendas. Nesses serviços, já estão incluídas as despesas com mídia e comunicação. Diante disso, destaca-se a importância de a empresa conhecer o seu ramo de atuação e o seu tipo de negócio, veri�cando se o mercado é amplo e variado ou menor e especí�co. Por exemplo, o Magazine Luiza é um marketplace que oferece opção de venda até para quem é MEI (Microempreendedor Individual), tornando-se uma possível alternativa para lojas menores ou microempreendedores. Por sua vez, o Mercado Livre é um dos marketplaces mais tradicionais do Brasil e tem grande credibilidade junto aos consumidores. Para manter a con�abilidade dos seus vendedores, o Mercado Livre oferece ferramentas de avaliação, que são preenchidas pelos clientes. Além disso, a plataforma disponibiliza formas con�áveis de pagamento, como o PayPal. Assim, os marketplaces são plataformas coletivas de venda que têm registrado um alto crescimento e vêm conquistando a credibilidade das empresas na hora de fazer uma comercialização pela internet. Dessa forma, esse canal de venda está se tornando o caminho mais rápido para se chegar ao público-alvo. No marketplace, pode-se veri�car o aumento da visibilidade da marca que é vendida em mais de um canal. Para isso, é necessária uma plataforma con�ável. Também, é importante considerar a diversidade de produto e de público proporcionada pelo marketplace. Estar em um shopping virtual pode garantir a diversidade de público, que acaba encontrando várias opções de um mesmo produto em um único local. 3.2.4 Tipos de Publicidade no E- commerce E-commerces são canais de venda on-line diretos e, para muitas marcas, são o único meio de disponibilizar seu produto para os consumidores. Ainda que sejam altos os custos operacionais e logísticos, a divulgação na internet é essencial, mesmo para lojas que já têm um ambiente físico lucrativo, pois a rede possibilita maior alcance de público. © Ivan Kruk / / 123RF. Com o aumento do marketplace, algumas marcas podem acabar criando uma dependência desse modelo de negócio para vender. Nesse sentido, a �m de evitar que os consumidores percam o interesse de visitar a loja on- line, é possível utilizar uma estratégia chamada omnichannel, que usa canais de comunicação de forma simultânea e interligada. Essa estratégia promove o estreitamento entre o on-line e o o�-line e, também, entre o e- commerce e o marketplace, interligando todos os canais de uma empresa. É possível, por exemplo, na loja física, acessar o app da empresa para pesquisar se determinado produto está disponível naquela unidade e, caso esteja, pedir ao vendedor da loja que localize o produto. Existe, ainda, a possibilidade de o consumidor solicitar que o produto seja entregue na sua residência. De acordo com Kotler, Kartajaya e Setiawan (2012), o consumidor quer ter diversos meios para encontrar os produtos que deseja e preza por uma experiência completa de compra, com a possibilidade de movimentações entre variados canais. A publicidade para o e-commerce é composta por um conjunto de serviços digitais, cujo objetivo é o aumento da visibilidade de empresas e marcas na internet. Por meio do marketing, o e-commerce pode receber um serviço especializado, incluindo o desenvolvimento de websites, SEO, marketing de conteúdo, social media e Web Analytics, a �m de melhorar suas vendas e ser notado pelos consumidores. No e-commerce, há espaço para marketing de conteúdo e SEO, o que torna atrativo um e-commerce próprio. Por sua vez, no marketplace, o lojista só usa o espaço que a plataforma “libera”, sem tanta liberdade para criar conteúdo e interagir com o público. No e-commerce, por exemplo, há maior �exibilidade para a utilização de banners internos e a criação de departamentos em datas comemorativas ou de cartões de �delidade. Esses itens são mais difíceis de serem executados no marketplace, porque, como mencionado, nesse caso, não há tanta autonomia para a publicidade. 3.3 Softwares para Gestão de Publicidade On-Line A publicidade tem descoberto novas possibilidades para diversos públicos de empreendedores que têm diferentes volumes de clientes e atuam em nichos distintos de mercado. Hoje, investir no digital é relativamente fácil, pois existe uma gama de ferramentas que auxiliam os pro�ssionais de marketing e publicidade de diversas formas, proporcionando o melhor meio para coletar informações e gerenciar os processos. 3.3.1 Gestão de Publicidade Atualmente, há diversos softwares voltados para a gestão do marketing digital, e diariamente surgem atualizações. Nesse cenário, a publicidade on- line tem ocupado um espaço cada vez mais relevante nas estratégias das empresas. Entretanto, para que elas obtenham o retorno esperado, é importante que saibam implementar e gerenciar as publicidades on-line, acompanhando as métricas, como o ROI (Return on Investment ou, em português, Retorno sobre o Investimento), as vendas e os acessos. Desse modo, há a possibilidade de acessar uma informação rapidamente, perceber o seu impacto e, se necessário, mudar as campanhas. Quando bem gerenciada, a publicidade on-line pode proporcionar melhor segmentação do target, com mediação de resultados em tempo real. Essa gestão também pode gerar resultados �nanceiros positivos, por meio do controle dos custos e, simultaneamente, do aumento da visibilidade do negócio de modo mais rápido e e�ciente. 3.3.2 Vantagens de Usar um Sistema Único de Gestão de Publicidade On- Line A iClips é um exemplo de empresa de software voltada para a gestão de projetos, que ajuda outras empresas, mediante o uso de tecnologias, organizando os processos internos e realizando a gestão com clientes e fornecedores. Ela é referência no mercado quando o assunto é produtividade, controle e organização de todos os processos e setores de uma agência de marketing. Por meio de ferramentas, ela é capaz de acompanhar e controlar os resultados de campanhas de inbound marketing, gerando relatórios uni�cados que calculam, de forma automatizada, o ROI de uma campanha. Um software de gestão uni�cado dá suporte para o gerenciamento mais preciso e e�caz de um projeto, permitindo uma análise transparente das ações de marketing digital, com mais inteligência e credibilidade na execução das campanhas. Esses sistemas únicos de gestão de publicidade permitem mostrar aos clientes a quantidade de leads quali�cados, as oportunidades geradas e a quantidade de clientes impactados, mediante relatórios automáticos que calculam os valores gastos. No marketing digital, fazendo parte do funil de vendas, um lead é um consumidor em potencial, ou seja, aquele usuário que já demonstrou o interesse em consumir determinado produto ou serviço, por meio do preenchimento de formulário para download, do acesso a conteúdos ou do contato direto para saber mais a respeito de uma oferta. O lead é alguém que identi�cou um problema ou uma necessidade e está em busca de uma solução. Os leads quali�cados, por sua vez, são clientes que têm um nível maior de engajamento e, por esse motivo, são mais suscetíveis à realização de uma compra. Nesse caso, a �m de convencer o lead quali�cado de que a empresa tem o melhor produto ou serviço, ela precisa oferecer conteúdos mais especí�cos. Por meio do relatório do total de vendas geradas, a agência de publicidade consegue, por exemplo, calcular o ROI do cliente total, incluindo os seus serviços e os investimentos externos. Também, é possível medir o custo por lead e por oportunidade, o que facilita a de�nição de metas para um contrato e pode proporcionar alterações de investimento, visando à lucratividade. O uso de um sistema único propicia informações valiosas, gerando insights sobre a estratégia e auxiliando a preci�cação dos serviços. 3.3.4 Opções de Ferramentas no Mercado O mercado de ferramentas de gestão de publicidade e marketing digital tem crescido muito. As empresas de automação de marketing estão se reinventando e disponibilizando várias funcionalidades em um únicosoftware, conhecido como software de marketing “tudo em um”. A ideia é tornar a administração das atividades mais dinâmica e funcional. © olegdudko / / 123RF. A seguir, estão listadas algumas dessas ferramentas, com base em Custódio (2019). Runrun.it: ferramenta utilizada para gerir projetos e acompanhar o desenvolvimento do trabalho, com a geração de relatórios sobre prazos, custos de projetos e desempenho de cada pro�ssional envolvido. iClipsb: sistema com foco no desenvolvimento de soluções especí�cas para agências de comunicação, que engloba organização da carteira de clientes, análise da rentabilidade de cada um deles a partir de relatórios, facilitação do processo de solicitação e aprovação de demandas e construção de um �uxo de trabalho personalizado. Operand: tem os objetivos de reunir todas as atividades da agência em um só lugar, criar projetos, reportar horas trabalhadas, gerenciar a pauta e as �nanças, além de fazer integrações, possibilitando a análise de todo o processo. Asana: plataforma que permite organizar equipes on-line, unindo as funcionalidades de comunicação e organização e oferecendo “recursos úteis para agências, como listas de tarefas, criação de times e chat colaborativo” (CUSTÓDIO, 2019, on-line). Artia: software de gerenciamento de projetos e tarefas que une funções de gestão ágil, como os quadros Kanban, além de cronogramas com grá�cos de Gantt. Artia tem muitos bons recursos “para as agências organizarem, compartilharem e controlarem jobs e projetos de clientes” (CUSTÓDIO, 2019, on-line). eKyte: plataforma para gestão de marketing digital, que engloba todas as fases do projeto: estratégia, produção, performance e conhecimento. Ela auxilia as equipes de marketing digital no planejamento de campanhas, na produção, na colaboração e na otimização. Além disso, essa plataforma tem recursos que auxiliam o branding, o planejamento de campanhas, o controle de tarefas e projetos, a revisão e a aprovação das campanhas de publicidade, o atendimento a equipes e a biblioteca digital. Muitas agências brasileiras utilizam alguma ferramenta de gestão de projetos, o que torna a administração das atividades mais dinâmica e funcional. Aqui, não foram esgotadas todas as possibilidades, pois existem várias disponíveis no mercado, assim, é importante estar sempre pesquisando e atenta às novidades, para que a empresa avalie a ferramenta que melhor se encaixa em sua necessidade. 3.4 Integração com o Web Analytics Web Analytics é um recurso utilizado para captar e analisar dados coletados na web. Esse processo permite entender o comportamento e as necessidades dos clientes ou usuários, a �m de proporcionar a otimização de websites. Segundo Kaushik (2009, p. 12), “Web Analytics é a análise de dados de um website e de sua concorrência, para motivar uma melhora contínua da experiência on-line que seus clientes e clientes potenciais experimentam, traduzindo-se nos resultados desejados”. 3.4.1 Vantagens O Web Analytics analisa o comportamento dos visitantes de um site e observa o impacto do site e de seus conteúdos nos usuários. Algumas vantagens do seu uso são: comparação do desempenho de páginas diferentes, com a utilização de amostras; monitoramento do percurso feito pelos visitantes; otimização do site, por meio da análise de dados, o que in�uencia a produção de conteúdos com melhor direcionamento; medição do retorno dos esforços em marketing digital. O Web Analytics é uma ferramenta muito utilizada por gestores para medir o desempenho de suas estratégias de SEO e marketing digital, porque permite a coleta de dados e a tomada de decisão de forma detalhada e com métricas distintas. 3.4.2 Google Analytics O Google Analytics é uma ferramenta que permite monitorar um site ou uma página (CONHEÇA..., on-line). Com isso, os administradores podem determinar quais conteúdos geram mais conversões ou engajamento e, ainda, quais áreas do site não recebem o tráfego esperado. O Google Analytics tem diversos recursos e, atualmente, é considerado uma das principais ferramentas de gerenciamento de decisões na web, pois: fornece o número total de visitantes novos e de visitantes que retornam ao site; apresenta as origens de tráfego, ou seja, de onde vêm os acessos que chegam ao site; indica quais metas traçadas para o site foram atingidas; apresenta os resultados do e-commerce e o desempenho da loja virtual; informa as campanhas de marketing que proporcionam melhores resultados; indica as ações em redes sociais que geram maior acesso ao site. © bloomua / / 123RF. O Google Analytics é uma poderosa ferramenta de marketing na internet, que tem ajudado e transformado a gestão de comunicação de anunciantes e editores de websites. Essa ferramenta apresenta uma solução de análise da web para empresas e fornece a visibilidade do tráfego e da e�ciência do marketing do site. Baseada em um software estatístico gratuito, seus recursos avançados são �exíveis e de fácil utilização. Isso permite que os usuários analisem os dados de tráfego em seus sites e, com isso, tornem a gestão mais precisa para a tomada de decisão relacionada aos anúncios para cada segmento (CONHEÇA..., on-line). ! Recapitulando Neste capítulo, foi possível compreender os modelos de publicidade on-line por aplicativos, como banner, anúncios pagos ou anúncios em aplicativos de terceiros. Também, foram apresentadas estratégias de publicidade em marketplace e plataformas de e-commerce. Os aplicativos são um meio de consumo muito importante e poderoso para as empresas. Investir no desenvolvimento de um app é essencial para a divulgação de produtos e serviços aos consumidores, visto que ⅓ das transações é realizado em apps. Além disso, essa plataforma ajuda a manter o cliente ativo, criando um contato permanente entre ele e a empresa. Dessa forma, as estratégias de marketing digital fazem os consumidores conhecerem o negócio da empresa e con�arem nele, tornando a decisão de compra favorável. Ademais, para inserir uma publicidade em apps, é necessária a contratação do serviço, por meio de provedores de anúncios, como Ad Networks, ou de redes de anúncios. As Ad Networks são como um pro�ssional de mídia em uma agência de publicidade, mas trabalham de modo automatizado, em larga escala e utilizando inteligência arti�cial. Ainda, discutiu-se a importância do planejamento e da gestão da publicidade em redes sociais, além das integrações, para que seja possível o acompanhamento das ações mediante o Web Analytics. Os marketplaces são mercados que unem diversos vendedores nos ambientes físico ou on-line. O desenvolvimento de marketplaces on-line, ou e-marketplaces, envolve diversos vendedores on-line, chamados e- commerces. Diferentemente do marketplace, no e-commerce, a empresa é responsável por todo o sistema, desde os produtos até a gestão e a infraestrutura, porém isso requer mais investimento. Quanto ao Rodrigo, o vendedor de relógios do início do capítulo, ele poderia optar tanto pelo e-commerce quanto pelo marketplace. Como as duas modalidades se completam, ele poderia aproveitar as vantagens de cada uma delas, além de utilizar as ferramentas de gestão e a integração com o Google Analytics, para veri�car qual publicidade ou meio de negócio é mais favorável para a venda de relógios analógicos e digitais. Proposta de Atividade Agora é a hora de recapitular tudo o que você aprendeu neste capítulo! Elabore um resumo, destacando as principais ideias abordadas ao longo do capítulo. Ao produzir seu resumo, considere as leituras básicas e complementares realizadas. Referências ALBERTIN, A. L. Modelo de Comércio Eletrônico e um Estudo no Setor Bancário. RAE – Revista de Administração de Empresas, São Paulo, v. 39, n. 1, p. 64-76, jan./mar. 1999. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/rae/v39n1/v39n1a08.pdf>. Acesso em: 18/02/2020. http://www.scielo.br/pdf/rae/v39n1/v39n1a08.pdf BAKOS, J. Y. The Emerging Role of Electronic Marketplaces on the Internet. Communication of the ACM, v. 41, n. 8, p. 35-42, ago. 1998.Disponível em: <https://archive.nyu.edu/handle/2451/27839>. Acesso em: 11/02/2020. B2W MARKETPLACE. Quais as Diferenças entre Marketplace e E-commerce? #2. YouTube, 29 jan. 2019. Disponível em: <https://www.youtube.com/watch? v=H5bhwnGxXIc>. Acesso em: 20/02/2020. CONHEÇA seus Clientes. Google Marketing Platform. Disponível em: <https://marketingplatform.google.com/about/analytics/>. Acesso em: 02/03/2020. CUSTÓDIO, M. 9 Ferramentas de Gestão de Projetos para Usar na sua Agência. Resultados Digitais, 19 mar. 2019. Disponível em: <https://resultadosdigitais.com.br/agencias/ferramentas-de-gestao-de- projetos/>. 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Desa�os da estratégia: elaboração X implementação. Tópico 3 - Planejamento de Comunicação. Elaboração. Etapas. Planejar X implementar X resultados. Contextualizando o Cenário Por mais inovadores que sejam os cenários da comunicação nos atuais contextos, o planejamento ainda é condição essencial para garantir segurança e assertividade em quaisquer empreendimentos das organizações. O entendimento dos meios on-line, das ferramentas e das especi�cidades de cada veículo e plataforma conduzem tanto a uma necessidade de re�exão cada vez mais aprofundada quanto ágil na tomada de decisão. Para que essas condições, aparentemente opostas, sejam apreendidas pelas empresas e aliadas na construção da comunicação, é necessário analisar e ajustar, constantemente, os direcionadores estabelecidos. Diante do exposto, propõe-se a seguinte questão: como as empresas podem se manter atualizadas e próximas de seus públicos-alvo no cenário das comunicações digitais? 4.1 Comunicação Digital Comunicar-se é, para Castells (2015, p. 12), “o processo base de toda e qualquer organização social”. Para o autor, esse processo, inerente à vida, é contínuo e permeia todo o processo constitutivo das relações locais e globais, destacando, entretanto, que foi partir dos anos 1970 que a internet passou a ser o meio que viabilizou e acelerou as possibilidades comunicacionais. Para Castells (2015), a internet, juntamente com suas ferramentas e plataformas, tem mudado signi�cativamente a maneira como as pessoas trocam informações e, é claro, a velocidade como isso acontece. Mas essa tecnologia também está sujeita às perspectivas individuais e sociais. Um exemplo que Castells (2015) apresenta é a forma de comunicaçãoque, assim como as temáticas presentes em um determinado país, pode ser radicalmente diferente, se comparada com outras regiões. O que se depreende, portanto, é que a base tecnológica disponibilizada pela internet, pelas redes sociais e por outros formatos altera as formas de comunicação de maneiras in�nitas, mas preserva a essência objetiva da comunicação, que é o entendimento e a troca com o outro. Tendo como foco analisar a comunicação dentro das organizações, torna-se necessário delimitar o que se entende por comunicação digital – contextualizada nesses cenários mercadológicos. Recorremos, para tal, a Corrêa (2005, p. 9), que defende a comunicação digital nas organizações como “[...] o uso das Tecnologias Digitais de informação e Comunicação (TICs), e de todas as ferramentas delas decorrentes, para facilitar e dinamizar a construção de qualquer processo de Comunicação Integrada nas organizações”. Conforme Corrêa (2005), nem todo processo de comunicação nas empresas é digitalizável, assim como não são todas as ferramentas que se adequam a todos os processos de comunicação. Por isso, é necessário sempre avaliar cada contexto organizacional em que essa comunicação está inserida. Essa análise é importante porque cada empresa tem questões especí�cas, que dizem respeito aos seus projetos e planejamentos, em especial, o planejamento estratégico. Assim, a partir de uma análise de cenário interno, é possível identi�car as possibilidades adequadas que possam ir ao encontro dos objetivos e das estratégias de marketing. 4.1.1 Objetivos De acordo com Gabriel (2010), conceituar marketing digital ou comunicação digital (termos que se aproximam nesse contexto) é considerar que o digital ainda está separado dos outros tipos de ação, o que, segundo a autora, não condiz com a atual realidade, na qual todas as mídias estão interligadas. Tal consideração, no entanto, não exclui a necessidade de se entender, considerando o atual momento, quais são as dinâmicas que ainda se articulam em função do reconhecimento, tanto por parte de pro�ssionais quanto de empresas, em relação a essas in�nitas possibilidades da comunicação digital: A proliferação de tecnologias e plataformas digitais oferece um cenário fértil para as mais diversi�cadas ações de marketing. A possibilidade de mensuração que o ambiente digital propicia também é uma vantagem enorme em relação aos ambientes materiais tangíveis (o digital permite sincronicidade (behavioral targeting) (GABRIEL, 2010, p. 135). As questões levantadas pela autora rea�rmam a necessidade de conhecimento dos aspectos que caracterizam a comunicação em ambientes digitais, para que se tenha mais segurança operacional ao serem articulados os planejamentos de comunicação das empresas. Esse conhecimento “técnico” é, portanto, o que sustentará parte das ações propostas. No entanto, há uma segunda face da temática comunicação digital que precisa ser apreendida, para que haja efetividade nos planos traçados por articuladores dentro das organizações: o consumidor. Esse indivíduo que vai articulando e sendo articulado pela cultura social é, nessa era de interações e relacionamentos digitais, fator- chave de sucesso, assim como de fracasso, de discursos e práticas das empresas. Para Jenkins (2009), que aborda a cultura da convergência como uma realidade dos dias atuais, o acesso facilitado a diversas plataformas possibilita que o espectador se torne um produtor, assumindo, sob diversos aspectos, uma posição mais crítica e ativa na produção e na análise do conhecimento. De acordo com Gabriel (2010), analisar o comportamento do consumidor nos ambientes digitais é bastante diferente do que se considerava em contextos o�-line. De acordo com a autora, os Jenkins, em sua obra Cultura da Convergência, versa sobre a realidade midiática dos dias atuais, pensada sob a perspectiva de que, a partir da internet, todos os meios estão interligados e os consumidores acessam e transitam por eles, além disso, tais meios são cotejados pelas mais diferentes plataformas e impulsos comunicacionais. ESCLARECIMENTO clientes continuam a ser clientes, a segmentação ainda é necessária, no entanto, no “cenário digital que se apresenta, o público-alvo não é apenas alvo, mas passou também a ser mídia e gerador de mídia” (GABRIEL, 2010, p. 109). Ou seja, tornou-se imprescindível reconhecer que, além das transformações tecnológicas oriundas da era digital, há uma mudança bastante contundente na forma de manifestação, interação e intervenção das pessoas sobre e nas mídias. A comunicação digital, portanto, a partir do domínio das tecnologias e dos públicos para os quais se destina, constitui-se de objetivos mercadológicos diversos. Construir a marca (branding), promover produtos e serviços, articular vendas e se aproximar de seus públicos são algumas formas de as empresas se bene�ciarem das possibilidades que os ambientes digitais oferecem, principalmente quando tais ações fazem parte de uma estratégia de comunicação integrada digital. 4.1.2 Comunicação Integrada Digital Um dos grandes desa�os das empresas contemporâneas é entender como articular todas as diversas possibilidades de comunicação de que dispõem, de forma que o seu posicionamento e a sua mensagem sejam coerentes com o que foi estabelecido no planejamento macro da empresa (planejamento estratégico). De acordo com Torres (2018), muitas empresas, ao ingressarem nos ambientes digitais, fazem ações aleatórias, que não têm alinhamento com os seus objetivos estratégicos. Essas ações caracterizam experimentos, de acordo com o autor, que podem, ou não, servir para os interesses da empresa, mas certamente não caracterizam um plano seguro de inserção e permanência junto aos consumidores nos ambientes digitais. Ações dispersas e sem alinhamento não atendem ao que é estabelecido a partir da comunicação integrada, que de�ne, de acordo com Kunsch (2010), que todas as formas de comunicação da empresa precisam atuar com sinergia, ou seja, utilizando o melhor de cada canal, para que possam, juntas, construir uma mensagem mais forte e presente para os públicos. Para Corrêa (2005, p. 102), “a comunicação digital integrada é construída a partir de uma avaliação de cada ação comunicacional prevista para as três vertentes da Comunicação Integrada – Para aprofundar mais os conhecimentos sobre posicionamento, temática imprescindível na gestão de marcas e de empresas, leia o livro Posicionamento: a batalha por sua mente, de Al Ries e Jack Trout (2009). D I CA Institucional, Interna e Mercadológica [...]”. Observemos a �gura “Esquema de comunicação digital integrada”. Esquema de comunicação digital integrada CORRÊA, 2005. (Adaptado). Corrêa (2005) destaca dois grandes pilares para a e�ciência e a e�cácia de um plano de comunicação digital integrada: (1) a empresa deve promover, entre a sua equipe, condições para que haja domínio do ambiente digital (plataformas, ferramentas e as formas corretas de comunicação em cada uma, assim como das Tecnologias Digitais de Informação e Comunicação (TICs), e (2) o conhecimento sobre os interesses e comportamentos das pessoas que caracterizam os públicos (stakeholders) da empresa. A partir do entendimento dessas variáveis, a empresa terá condições de desenvolver um planejamento de comunicação que integre todas as suas manifestações – em todas as plataformas on- line e o�-line –, a partir de argumentos alinhados com os objetivos traçados e com a autenticidade dos valores da empresa (TORRES, 2018). Vimos que houve mudanças signi�cativas no modo como os consumidores estão se relacionando com as empresas. Assim, como a comunicação digital integrada pode contribuir para a efetividade dessa aproximação? Como o conceito de comunicação digital integrada está diretamente relacionado ao conceito de estratégia, torna-se importante destacar conceitualmente esse termo. Para isso, recorremos a Torres (2018), que assume a estratégia como um caminho de�nido para atingir objetivos. Para o autor, todas as ferramentasdigitais, as plataformas disponíveis e as possibilidades de ações em redes sociais são apenas ações que, se não estiverem orientadas por uma estratégia, não poderão conduzir ao sucesso do empreendimento. A seguir, entenderemos a importância do conteúdo para as estratégias de comunicação digital. 4.1.3 Marketing de Conteúdo Para Vaz (2010, p. 123), “A internet é uma grande conversa”. A partir dessa a�rmação, o autor declara o que reconhece como a base da construção da cumplicidade entre empresas e pessoas: a troca de informações e de conteúdos que sejam relevantes para os públicos que interessam à empresa. Para tanto, certamente é necessário conhecer em profundidade o que motiva, emociona e cativa os clientes. É sobre isso que se debruça o marketing de conteúdo: a construção de interações de valor para os consumidores. © rawpixel / / 123RF. (Adaptado). Independente do tipo de conteúdo que se esteja entregando para os consumidores (informativo, entretenimento, cultura etc.), de acordo com Vaz (2010), o importante é que esse conteúdo converse com o público da empresa. Isso signi�ca que, quando a empresa está planejando suas ações de comunicação, ela precisa levar em consideração – antes da venda – o que pode sensibilizar as pessoas a comprarem. Tomemos como exemplo a empresa Insecta Shoes, que trabalha com sapatos veganos. Toda a comunicação da marca está alicerçada em causas como a sustentabilidade, o veganismo, a reciclagem e a consciência ambiental. O discurso presente no site articula quais são e o que são essas causas, para, a partir disso, sensibilizar as pessoas a comprarem. Ou seja, a empresa está educando, para, indiretamente, motivar a compra de um produto que tem diferencial. Outro exemplo é a marca nacional Natura. Essa empresa tem estabelecido vínculos importantes com a sustentabilidade ecológica, abordando tais questões e atuando efetivamente na consolidação de ações sustentáveis. Podemos, ainda, citar a marca internacional de cosméticos Body Shop, que, desde a década de 1970, vem atuando diretamente contra os testes em animais. A Adidas também é uma marca de relevância no cenário internacional, que está vinculada a causas ambientais, utilizando, em várias coleções e linhas especí�cas, materiais reciclados. Todas essas empresas, além de outras com o mesmo viés, assumiram posicionamentos, comunicando-os para seus públicos e, a partir disso, passaram a disseminar tais conceitos em sua divulgação. Nem todas as empresas, porém, estão vinculadas a causas sociais ou a temáticas tão relevantes para o atual contexto. Nesse caso, é importante que a empresa, em primeiro lugar, reconheça qual é o seu negócio e qual é o real interesse dos públicos em relação ao que a empresa domina. De acordo com Vaz (2010), um conteúdo relevante deve ser associado à marca – isso confere veracidade ao que a empresa está propondo. Para o autor, o conteúdo desenvolvido precisa ter coerência com as intenções e as ações da marca. Vaz (2010) esclarece que, mais do que trabalhar os conteúdos, é importante que esse conteúdo esteja acessível e adequado aos meios. O site, para o autor, é o canal de maior credibilidade da empresa e precisa ser trabalhado de forma que o seu conteúdo valide todas as informações apresentadas nos demais pontos de contato da marca com os consumidores, sejam eles on-line ou o�- line. Com base em Torres (2018, p. 121), a construção de conteúdo que se dedica ao consumo dos públicos “ampliou-se a um universo multimídia que abrange texto, áudio, vídeo, fotogra�a e imagem, em uma grande variedade de formatos e usos”. A amplitude de possibilidades à disposição das empresas pode ser tida como oportunidade, mas pode, também, ser desa�adora, na medida em que não se tenha domínio sobre essa amplitude. Por isso, conforme o autor, é importante que a empresa se dedique a reconhecer o que é mais efetivo na relação com seus públicos. Torres (2018) indica que a produção de conteúdo para compartilhamento com os públicos vai muito além da venda, estabelecendo canais de referência e con�abilidade, conforme representado na �gura “Falar: usando conteúdo de marketing digital”: Falar: usando conteúdo de marketing digital TORRES, 2018, p. 122. (Adaptado). De acordo com Torres (2018), produzir conteúdo para os públicos da empresa signi�ca uma série de ações encadeadas, em que o falar (conteúdo) é o que gera o estímulo para todas as outras tarefas que disso decorrem. Ao apresentar seus discursos para os públicos, a empresa precisa estar preparada para interagir com seus clientes, disseminar as informações, impulsionar o que for identi�cado como realmente relevante para os públicos, rastrear e buscar – tanto os consumidores quanto a informação de qualidade – e aprender a contar as suas próprias histórias, que tenham sintonia com as necessidades e os desejos dos consumidores. A produção de conteúdo deve ter volume e qualidade adequados às expectativas do consumidor (TORRES, 2018). Ou seja, é necessário que o conteúdo produzido possa atender aos consumidores, sem ter diretamente uma mensagem comercial. Podemos citar como exemplo um site de venda de roupas, que também oferece uma curadoria sobre como organizar seu guarda- roupa, ou como conservar ou lavar as roupas de acordo com as especi�cidades do tecido. Por �m, a produção de conteúdo pressupõe planejamento desse conteúdo. Como esclarece Vaz (2010), toda empresa que se estabelece em ambientes digitais e que, necessariamente, produz conteúdo para se aproximar de seus públicos, precisa manter-se presente, sistematicamente, com calendário de inserções e conteúdos inéditos (ao menos, naquela plataforma digital). De acordo com Torres (2018, p. 130), o planejamento de conteúdo deve ser realizado a partir dos seguintes de�nidores: Quem é o público-alvo? O que se pretende do público-alvo? Como se comporta o público-alvo? Que informações o público-alvo busca? Que conteúdo produzir para o público-alvo? Como produzir esse conteúdo? Portanto, é importante entender que os conteúdos devem estar a serviço do relacionamento entre empresas e clientes, a �m de serem construídos sobre esse objetivo. 4.1.4 Inbound Marketing O inbound marketing é, de acordo com Bezovski (2015), o conjunto de estratégias de marketing que visa converter clientes usando conteúdo relevante e marketing de permissão. O termo inbound marketing foi cunhado pelo fundador da empresa HubSpot, Brian Holligan, em 2005. O conceito se refere ao marketing direcionado para dentro, contrapondo-se ao termo outbound marketing, que signi�ca o marketing direcionado para fora da empresa (GOMES et al., on-line). Por ser desenvolvido a partir de um comportamento do consumidor ativo nas plataformas digitais, o inbound marketing é considerado marketing de atração, pois a estrutura básica de suas ações encontra-se alicerçada no envolvimento de consumidores que chegam até as empresas/marcas a partir de buscas próprias, que não são diretamente estimuladas pela propaganda. Atuando sobre as possibilidades da comunicação digital, o inbound marketing tem como orientadora a criação de condições adequadas e e�cientes para que, ao se aproximar da empresa, o cliente possa acessar seus conteúdos de maneira acessível. Para isso, utiliza-se de canais como buscadores, blogs, redes sociais e todas as formas que possam promover a chegada mais rápida dos prospects ao conteúdo que desejam. Bezovski (2015) esclarece que uma estratégia bem-sucedida de inbound precisa estar alinhada à de�nição de segmento que se deseja atingir e à criação quali�cada de conteúdos que sejam desejados por esses públicos. Sem isso, a empresa não terá inbound, mas apenas produção de informação não direcionada. 4.2 Estratégias de Comunicação On-line Kerin et al. (2007, p. 458) entendem que “comunicação é o processo de levar uma mensagem para outros e, para tanto, necessita de seis elementos: uma fonte, uma mensagem, um canal de comunicação, um receptor e processos de codi�cação e de decodi�cação”. Essa de�nição de comunicação e decomo se estrutura o seu processo oferece, de forma sintética, todos os elementos básicos necessários para que as empresas estabeleçam conexões com seus públicos. Apesar da objetividade do conceito apresentado, a efetividade do processo é, na maior parte das vezes, incerta. Isso porque, desde a emissão até a recepção da informação, atuam muitas variáveis, que podem interferir e alterar a mensagem (ou o entendimento desta), e são essas distorções que contribuem para que a comunicação seja um processo tão complexo e que requer atenção contínua. Em busca de e�cácia na comunicação, as empresas trabalham a partir de planos que requerem a sistematização de estratégias – o que confere mais con�abilidade ao investimento como um todo. As estratégias são de�nidas a partir de um planejamento, seja este de marketing ou, especi�camente, de comunicação. Quando são consideradas, portanto, estratégias de comunicação on-line, é importante reconhecer que tais estratégias são norteadoras das táticas a serem implantadas no plano de comunicação (TORRES, 2018). As estratégias de comunicação on-line não são desenvolvidas de forma independente das demais estratégias da empresa. É necessário considerar que, independentemente do meio em que o plano será implementado, todas as manifestações de comunicação da empresa precisam ser coerentes com a proposta de tal organização. É preciso ter claro que a comunicação on-line continua sendo comunicação, ou seja, interação entre pessoas; a diferença é o modo como se efetiva essa comunicação em cada plataforma. 4.2.1 Estratégia de Comunicação Digital Se, anteriormente, o desenvolvimento das estratégias de comunicação se baseava em mostrar produtos e serviços da empresa para os consumidores, o que se tem atualmente são ações pensadas, principalmente, para que os consumidores desejem e consigam chegar com facilidade até as empresas (KOTLER et al. 2010). Em mídia, o termo meio signi�ca o ambiente em que as ações são desenvolvidas (rede social, e-mail marketing, site, jornal, rádio etc.). Quando consideramos um veículo, este se trata da empresa que está presente em determinado meio (Google, YouTube, Terra, Folha de São Paulo, entre outros). ESCLARECIMENTO Essa mudança ocorre, principalmente, pela inserção dos ambientes de comunicação digitais, espaços que promoveram uma mudança signi�cativa no comportamento dos consumidores. Se, antes, as empresas articulavam esforços para entrar na vida dos consumidores, em tempos de comunicação digital, o vetor é outro: as organizações precisam ter produtos, serviços e conteúdos que sejam tão desejados pelos clientes que eles próprios queiram fazer parte daquelas ações (desejo pela marca). Barger (2013) sugere que a estratégia de trabalho para a atuação nos ambientes digitais é muito mais ampla que considerar diretamente tais cenários. O autor apresenta, nos diversos capítulos da sua obra, perspectivas diversas, por exemplo, a necessidade de a empresa conhecer todas as implicações legais de ações que está fazendo nas redes. Assim, a ausência de regras claras na internet faz com que muitas iniciativas que tinham boas intenções acabem por se transformar em verdadeiros desastres. Por isso, Barger (2013) apresenta alguns direcionadores estratégicos para que a empresa tenha sucesso em sua inserção na comunicação digital. De forma bastante resumida, Barger (2013) explica que a empresa deve guiar-se pelas seguintes orientações: reconhecer, com profundidade, o cenário de mercado em que está se inserindo e quem o constitui (públicos e seus comportamentos); toda a empresa precisa estar alinhada com a proposta da comunicação – on e o�. Não é possível uma empresa atingir excelência em comunicação digital se os seus funcionários e equipe não estiverem cientes disso e engajados; os objetivos devem ser construídos coletivamente e, preferencialmente, que se chegue a um ponto em comum entre os gestores da empresa/marca; a empresa que está ingressando em comunicação digital precisa ter um bom pro�ssional nessa área, que pode ser chamado de “evangelista”. Esse sujeito será o responsável pelo engajamento interno e, também, por estar atualizado em relação ao que o mercado tem feito para poder gerar insights e ações; é importante mensurar os resultados e estar pronto para ajustar as estratégias. Ou seja, o plano B deve estar pronto; deve existir uma política clara de inserção nos ambientes digitais, a �m de nortear as ações e as manifestações da marca: o que pode e deve ser comunicado e o que jamais a empresa deve declarar; os funcionários precisam fazer parte do complexo da comunicação e isso exige investimento em educação corporativa na área digital. As questões elencadas por Barger (2013), o qual de�ne a importância de se iniciar a inserção digital olhando para dentro da empresa, podem não tratar de estratégias diretamente ligadas a um planejamento digital, mas essas questões poderão garantir que as estratégias funcionem de forma mais segura e efetiva. Gabriel (2010) aponta um equívoco bastante comum quando pro�ssionais confundem plataformas e tecnologias com estratégia. A autora defende, ainda, que podemos ter plataformas, como o Facebook, que se desenvolvem a partir da rede social. A estratégia não é a utilização do Facebook, mas sim a utilização da rede social para atingir o público-alvo com a mensagem adequada. De acordo com Torres (2018, p. 71), As estratégias digitais devem ser construídas a partir de uma visão da internet e das tecnologias digitais como um ecossistema digital, composto de diversos agentes digitais, cada qual com um DNA digital próprio, que interagem entre si e onde as pessoas, empresas e marcas atuam por meio de suas identidades digitais, criando uma cultura digital própria. A partir dessa de�nição, Torres (2018) sugere que as estratégias digitais devem ser a organização das ações da empresa, devendo levar em consideração o que faz parte dos ambientes digitais (sites, blogs, redes sociais, in�uenciadores etc.) e qual a sua identidade e o seu DNA digitais (TORRES, 2018). Torres (2018) apresenta quatro grupos de estratégias digitais que devem ser trabalhadas pelas empresas: estratégias de marketing digital: trata-se do relacionamento comercial com os clientes e prospects (pessoas que a marca deseja converter em clientes); estratégias para o engajamento digital: essas estratégias devem ter foco nos especialistas, ou seja, nos in�uenciadores digitais. Servem para disseminar os ideais da marca e desenvolver desejo de proximidade dos demais públicos com a empresa; estratégias de empoderamento digital: nesse caso, a empresa precisa promover conhecimento sobre o ambiente digital da empresa, para funcionários (gestão e equipe), a �m de que essas pessoas sejam capazes de atuar e defender a marca nesses ambientes; estratégias de gestão digital: tratam-se do conhecimento das diversas tecnologias e formatos, buscando a inovação constante, a partir do conhecimento e do compartilhamento da informação, a �m de gerar um ambiente de colaboração e de atualização desses conteúdos. Porque a comunicação, nesses tempos de interações on-line, exige que os clientes se sintam envolvidos, engajados e convidados a interagir? As estratégias de comunicação digital são de extrema importância para que os objetivos das empresas sejam realizados, pois garantem que as variáveis do processo de comunicação sejam avaliadas antes de acontecerem. 4.2.2 Comunicação Digital: Publicidade On-line e demais Ações As ações desenvolvidas a partir da comunicação estratégica digital podem ser articuladas dentro de mídias proprietárias (site, blog, redes sociais da própria empresa) ou fazer parte de um plano de investimento em mídias de terceiros (anúncios no Google, em sites de outras empresas, por meio de buscadores etc.). Na presente abordagem, apresentam-se as possibilidades de publicidade on-line tanto em mídias não pagas quanto pagas. Para essa explanação, recorremos a Gabriel (2010), que apresenta um panorama das possibilidades comunicacionaison-line para a execução das estratégias de�nidas pela empresa. As organizações precisam estabelecer a presença digital, que “[...] refere-se à existência de algo (seres humanos, marcas, empresas, coisas, etc [...] no ambiente digital” (GABRIEL, 2010, p. 249). Nesse viés, nem todas as empresas precisam estar presentes nos cenários digitais, mas, a partir do momento que uma organização assume essa presença, ela deve se manter atualizada e relevante junto aos seus públicos. A presença digital pode dar-se a partir de canais próprios, mídias não pagas (mediante busca orgânica no Google, por exemplo) e a partir de mídias pagas. Gabriel (2010) indica que as formas mais usuais de as empresas constituírem presença digital é a partir de um blog, do site da empresa e da construção de um per�l nas redes sociais. Outra ferramenta bastante utilizada é a de e-mail marketing. Os objetivos do uso desse recurso são variados: venda, informação, ações promocionais e relacionamento. O uso do e-mail é ainda um recurso bastante importante da empresa, mas necessita de cuidados em relação a sua utilização, como o uso de opt-in e opt- out (permissão para envio e possibilidade de cancelamento de assinatura); segmentação do público de acordo com o objetivo da mensagem e integração entre as plataformas, a �m de que sejam otimizados todos os pontos de contato do consumidor com o conteúdo enviado. Ainda de acordo com Gabriel (2010), o mobile marketing é um dos recursos mais utilizados entre empresas e consumidores que já são próximos da marca. O interessante sobre as plataformas mobile, de acordo com a autora, é que elas fazem conexões com diversas outras plataformas (internet, rádio, TV, e-mail), o que torna essa mídia muito mais dinâmica, oportunizando experiências diferenciadas para os consumidores. Como ameaça sobre essa forma de comunicação, pode-se considerar que, se não existir uma permissão clara do consumidor sobre o contato da empresa, a ação indesejada pode causar rejeição do consumidor em relação à marca. Mobile marketing signi�ca a publicidade feita a partir de celulares e tablets e, além disso, relaciona-se às ações que são estruturadas para chegarem ao consumidor mediante plataformas móveis, como o celular. ESCLARECIMENTO © Mirko Vitali / / 123RF Por �m, Gabriel (2010) apresenta as estratégias de Social Media Marketing (SMM) e Social Media Optimization (SMO), que são proposições de comunicação nas redes sociais. As redes sociais ganharam a aderência dos públicos em todos os aspectos: interação, engajamento e construção de relacionamento. O que ocorre é que cada rede social guarda seus objetivos especí�cos, que precisam ser coerentes com a comunicação proposta pelas empresas. O uso de redes sociais amplia as possibilidades de disseminação das mensagens da empresa para os públicos diversos, assim como permite que se estabeleçam relações e diálogos especí�cos de acordo com a característica de cada ambiente (GABRIEL, 2010). O SMM, ou seja, marketing em redes sociais, refere-se “[...] ao processo de promover um website, produto/marca nas redes sociais e mídias sociais de forma a atrair links e visitantes para o site/produto/marca” (GABRIEL, 2010, p. 307). O SMM envolve tanto as ações internas da empresa quanto as externas, contratadas, ou não, desde que alinhadas e controladas pela empresa. Já o conceito de SMO corresponde às ações desenvolvidas para que todo o investimento em trazer clientes e interagir com eles seja revertido de forma e�caz para a conversão desse cliente (de acordo com o objetivo daquela ação). O SMO pressupõe o envolvimento dos desenvolvedores web do site e das redes sociais para que garantam que, quando o cliente estiver em contato com a marca, ele seja acolhido e conduzido da maneira mais fácil e ágil para o lugar que precisa e quer estar (usabilidade). Além disso, também é importante a adequação da forma dessas estruturas, como o site, o blog, as fanpages nas redes sociais (design) etc. O contexto exposto é, portanto, fértil para a inserção de mensagens publicitárias on-line, desde que estas estejam alinhadas com o que foi estabelecido nas estratégias digitais da empresa. 4.2.3 Desafios da Estratégia: Elaboração X Implementação As estratégias de comunicação on-line são desenvolvidas considerando uma visão ampliada das principais características que formam o per�l da empresa e dos públicos-alvo determinados. Vaz (2011) apresenta a metodologia dos 8 Ps para a comunicação digital: pesquisa – busca de dados sobre o consumidor; planejamento – desenvolvimento das estratégias; produção – execução e controle das ações; publicação – disponibilidade dos conteúdos na rede; promoção – desenvolvimento de ações promocionais; propagação – fazer com que os conteúdos se disseminem na rede; personi�cação – relacionamento com o cliente; precisão – mensuração de resultados. O autor apresenta os 8 Ps como uma forma de orientar toda a elaboração e implementação da campanha, contemplando todas as etapas, desde a estratégia até a validação dos resultados. Para Barger (2013), um dos grandes desa�os da elaboração de estratégias de sucesso é que as empresas olham muito para o exterior (mercado) e desconsideram que os públicos internos estão desconectados e distantes das metas e objetivos estabelecidos. Nessa perspectiva, tanto quanto entender e encontrar seus clientes, é importante ouvir e compartilhar as informações com a equipe interna. Isso é de extrema relevância para que o engajamento interno seja transposto para os clientes, demonstrando que toda a empresa está organizada para o mesmo �m: conquistar o respeito e criar relevância junto a seus públicos (BARGER, 2013). Torres (2018) destaca que muitas empresas ainda não perceberam que as práticas dos consumidores em relação à compra de produtos e serviços mudou muito com o acesso facilitado. O consumidor atual não está apenas em busca de bens, ele quer o atendimento que acompanha essa experiência; mais do que isso, está o tempo todo comparando, avaliando e disseminando essas informações para outros consumidores, que também estão promovendo comparativos entre marcas. É possível que os maiores desa�os que as empresas enfrentam na construção das estratégias digitais seja a velocidade com que as informações chegam a todos, de forma democrática, e como esse acesso faz com que comportamentos e valores se modi�quem das mais diferentes formas. Empresas consolidadas no mercado têm se deparado com consumidores que elas já não reconhecem mais. Podemos tomar como exemplo as mudanças de comportamento na alimentação, como o mercado crescente de orgânicos; o raw food – comida crua ou levada a temperaturas de, no máximo, 42 ºC –; o veganismo; a sustentabilidade (rejeição ao uso de plástico, preservação da biodiversidade, desenvolvimento de novos combustíveis renováveis); e a valorização de empresas locais, em detrimento de globais (nas cidades, formam-se nichos de empresas e públicos com a comercialização de produtos locais e, especialmente, artesanais). Todas essas questões dizem respeito a um olhar atento sobre o que os consumidores estão valorizando e, de acordo com Kotler et al. (2010), entender os seres humanos sempre foi o grande desa�o das marcas. Essas especi�cidades e o ritmo das mudanças promovem a necessidade de, ao se estabelecer o plano, e, junto dele, as estratégias, construir um alicerce sólido de monitoramento sobre tais ações. Com a comunicação digital, esse monitoramento é constante e, se houver uma equipe preparada e atuante, a avaliação dos resultados se torna realmente mais facilitada. Muitas ferramentas estão disponíveis para que as empresas possam acompanhar minuto a minuto as repercussões da comunicação no universo de seus consumidores, mas isso exige conhecimento das ferramentas, uma equipe capacitada e, em especial, preparação para a ação corretiva, caso uma crise tenha emergido. 4.3 Planejamento de Comunicação O planejamento de comunicação é, com base em Lupetti (2000), um dos movimentos da empresa emdireção à satisfação dos clientes. A comunicação, para a autora, não é marketing, como muitas pessoas consideram, mas está inserida no composto de marketing e, por isso, uma condição para que haja comunicação é que haja alinhamento com as demais estratégias da empresa. Planejar signi�ca buscar informações e organizá-las de forma que elas estejam disponíveis e sirvam para se tomar decisões embasadas em dados (KERIN, 2007). O planejamento, a partir dessa perspectiva, é construído sobre as informações que a empresa deve angariar do mercado, dos seus públicos-alvo, em relação aos seus produtos e serviços e, certamente, a partir dos objetivos que precisa alcançar. O planejamento de comunicação pode ser construído internamente na empresa ou em conjunto com as agências de publicidade e outros fornecedores que estejam diretamente envolvidos com os objetivos de comunicação. Além disso, a sua duração depende das decisões estratégicas da organização (LUPETTI, 2000). Normalmente, o planejamento de comunicação é realizado anualmente, devendo ser revisto de forma periódica, bem como ajustado de acordo com a necessidade e a partir das mudanças do mercado ou da empresa. Qualé a relação entre planejamento de comunicação e comunicação integrada digital? Muitas agências de publicidade constroem o planejamento de comunicação a partir de um documento originário do cliente, chamado brie�ng. O brie�ng contém as informações sobre a empresa, o produto e/ou serviço oferecido, o objetivo da comunicação, o público/segmento a ser atendido e a verba destinada ao plano. As informações apresentadas no brie�ng variam de acordo com o relacionamento prévio da agência com o anunciante e também de acordo com o quão inéditas são as possibilidades de comunicação e expectativas do cliente em relação ao plano proposto. 4.3.1 Elaboração A partir de Lupetti (2000), entende-se que o planejamento de comunicação da empresa anunciante é diferente do planejamento de comunicação da agência de propaganda. O planejamento do anunciante é estratégico e não de�ne as táticas. Já o plano desenvolvido internamente na agência de publicidade deve estabelecer as táticas (ou ações) de mídia, que são especi�cadas de acordo com cada meio e veículo. Com base em Tamanaha (2006), o plano de mídia deve ser desenvolvido pela agência de propaganda após ela entender todas as necessidades do cliente (por isso, antes, é necessário ter clareza sobre o que a empresa anunciante está buscando). O planejamento de mídia é o que de�ne taticamente onde e como serão implantadas as ações para alcançar os objetivos estabelecidos. Considerando, entretanto, que não é o objetivo deste material aprofundar as ações a serem desenvolvidas em cada meio e veículo, a temática desenvolvida pretende dar conta de apresentar a elaboração do plano sob a perspectiva do anunciante/empresa. Existem muitos modelos de planejamento de comunicação disponíveis em bibliogra�as especí�cas, mas, cada empresa, normalmente, adapta-os de acordo com os formatos mais adequados para suas necessidades. O planejamento também pode ser adaptado do plano de marketing, em sua versão mais enxuta, e pode, também, ser elaborado a partir do documento de brie�ng. Para Lupetti (2000), é decisivo que, ao desenvolver o plano, os estrategistas tenham em mente o que desejam conquistar com as ações. A autora apresenta algumas possibilidades estratégicas que podem auxiliar a pensar essas articulações, a partir de estratégias de informação, comparação, testemunhal (usando consumidores in�uentes), humor, diferenciação e posicionamento. O anunciante, conforme apresenta a �gura “Tipos de campanha”, precisa de�nir, também, o tipo de campanha que será veiculada: institucional, de venda, promoção ou cooperativada. O planejamento de comunicação deve ser objetivo,porém, contemplar com abrangência as informações necessárias (FRANKENTHAL,2018). D I CA Tipos de campanha LUPETTI, 2000. (Adaptado). A elaboração do planejamento precisa acontecer a partir do reconhecimento da realidade da empresa e do cenário, além disso, deve estar sob a responsabilidade de uma equipe que conheça bem esses contextos. 4.3.2 Etapas Lupetti (2000) explica que o planejamento (ou plano) de comunicação perpassa algumas fases estratégicas, que podem ser assim divididas: construção do plano: essa fase envolve o desenvolvimento das estratégias, objetivos e táticas, de acordo com as informações buscadas no mercado/ambiente de marketing; desenvolvimento das ações: é uma fase mais operacional, em que serão articuladas e implementadas as ações junto à agência de propaganda, aos fornecedores e à equipe interna; monitoramento e ajustes: nesse momento, as ações já estão em execução, de modo que o momento é de acompanhar e avaliar para identi�car a efetividade do proposto e a necessidade de ajustes. Nesse viés, é possível de�nir algumas etapas sequenciais, que podem orientar os gestores a promoverem um plano efetivo: conhecer o mercado e a empresa: a empresa deve avaliar os vários aspectos que estão presentes no macroambiente, bem como a forma como esses dados se interseccionam com o momento e as características da empresa; de�nir, junto à equipe, estratégias e metas que sejam compatíveis com o que a empresa deseja alcançar; ter clareza sobre o investimento disponível e o retorno que deseja obter; conhecer os meios de comunicação, assim como os veículos e suas especi�cidades. A mensagem deve ser adequada a cada um e aos públicos que os consomem; acompanhar o que o segmento está comunicando, mas também aprender com outras empresas e mercados; mostrar-se, para os consumidores, de forma autêntica: as mensagens precisam ser coerentes com o posicionamento da organização; organizar as ações do plano, de forma que este possa ser acompanhado e rede�nido com agilidade, para que todos os públicos sejam atendidos e que a empresa otimize o investimento em comunicação. Essas são diretrizes importantes para a realização de estratégias de comunicação, mas é importante que os planos, em especial, nesse momento em que surgem novas mídias e novas possibilidades a todo o tempo, os gestores possam realizar planejamentos compatíveis com as necessidades daquele organismo especí�co. 4.3.3 Planejar X Implementar X Resultados O planejamento é o início de todo o processo de comunicação. Seja realizado pela empresa (internamente) ou a partir do trabalho com fornecedores, o planejamento é sempre o momento de re�etir sobre o que se é, enquanto empresa, onde se quer chegar e como chegar lá. Pensar estrategicamente a comunicação é condição básica para desenvolver ações assertivas que poderão conferir segurança para se atingir as metas estabelecidas (LUPETTI, 2000). A implementação das ações ocorre em níveis mais operacionais, mas não menos importantes ou estratégicos. A comunicação digital tem valorizado sobremaneira o uso de ferramentas e ações que dependem de tomadas de decisão rápidas, que precisam ser desenvolvidas pelo próprio executor (muitas vezes, o pro�ssional de mídias sociais), e isso implica que não haverá tempo disponível para revisitar toda a estratégia. Por esse motivo, esses pro�ssionais que estão negociando as ações devem estar totalmente alinhados com todo o planejamento articulado, a �m de identi�carem claramente as repercussões das decisões tomadas no ambiente operacional da campanha. Os resultados, nesse contexto, dependem de muitas variáveis, algumas delas, incontroláveis. O plano e a comunicação, nesse sentido, atuam como balizadores, para onde é possível voltar sempre que a campanha está sendo revista. O que se sabe é que são os resultados que de�nem estratégias boas de estratégias esvaziadas ou equivocadas. Ao �nal de uma campanha, o que contará para anunciantes e estrategistas é o quanto se conseguiu atingir ou se aproximar dos resultados. A parte favorável do contexto digital em que estamos inseridos é que vivemos na era do fazer, testar, implementar, analisar, refazer, testar, aplicar etc., em um contínuo de experimentaçõese ajustes. O cliente já identi�cou que as empresas estão aprendendo a lidar com ambientes inseguros e desconhecidos e, apesar de esse indivíduo não ter grande empatia pelos erros dos anunciantes, ele se engaja com marcas que cultivam a humildade de pedir desculpas e continuar buscando a excelência. ! Recapitulando O estudo apresentado demonstrou que, para as empresas integrantes do mundo da comunicação digital, é um desa�o constante manter-se atualizado e relevante para seus públicos. O conhecimento dos vários aspectos que caracterizam o negócio, somado à busca por atualizações constantes sobre os ambientes midiáticos digitais, é o que pode se con�gurar no grande divisor de águas entre uma estratégia bem-sucedida e um fracasso de público. Atualmente, a comunicação digital tem papel duplo: ser fonte de boas novas e de possibilidades de mercado; e desa�ar, de todas as formas possíveis, as empresas a acompanharem suas transformações. Os pontos positivos se destacam, isso porque a comunicação digital está presente entre os consumidores como rotina em suas vidas, o que signi�ca abertura, informações e possibilidades de relacionamento. Assim, entregar o que interessa aos consumidores signi�ca promover interesse e, consequentemente, aproximação. O engajamento dos consumidores é a grande e a maior vantagem das empresas, porque permite que, com seu interesse, os clientes se mantenham presentes e desejem “estar” com a empresa. Para isso, é preciso que essas organizações estejam aptas a entenderem o que seus públicos desejam, de modo a promover esses conhecimentos. A comunicação integrada digital soma-se às avaliações positivas sobre esse mercado, promovendo a condição de (quando há domínio em relação aos clientes/anunciantes) esses consumidores experienciarem a magia de serem únicos para as empresas, e não um percentual ou um número qualquer que já comprou determinada coisa, mas um ser humano real, que tem determinadas características e valores. Por �m, organizando todas as informações, está o planejamento de comunicação, que é estratégico e estimula a apropriação, por parte da empresa, de vários aspectos importantes e inerentes a ela. Nessa estrutura, a comunicação integrada digital promove, a partir da sua implantação, as diversas faces da mesma empresa, alinhadas por um discurso coeso. Proposta de Atividade Agora é a hora de recapitular tudo o que você aprendeu neste capítulo! Elabore um mapa conceitual, destacando as principais ideias abordadas ao longo do capítulo. Ao produzir seu mapa, considere as leituras básicas e complementares realizadas. Referências BARGER, C. O Estrategista em Mídias Sociais: desenvolva um programa bem-sucedido trabalhando de dentro para fora de sua empresa. São Paulo: DVS Editora, 2013. BEZOVSKI, Z. Inbound Marketing – a new concept in digital business. In: INTERNATIONAL SCIENTIFIC CONFERENCE OF THE ROMANIAN- GERMAN UNIVERSITY OF SIBIU, 2015, Sibiu. Anais eletrônicos… Sibiu, 2015. Disponível em: <https://www.researchgate.net/publication/291833697_Inbound_Marketing_- _A_New_Concept_in_Digital_Business>. Acesso em: 11/02/2020. CASTELLS, M. O Poder da Comunicação. São Paulo; Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2015. COM o Kit de Ferramentas Certo, Todos Podem Ser Pro�ssionais de Marketing. Facebook for Business. Disponível em: <https://www.facebook.com/business>. Acesso em: 21/01/2020. CORRÊA, E. S. Comunicação Digital: uma questão de estratégia e de relacionamento com os públicos. Organicom, n. 3, 2005. 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CAPÍTULO 5 Reputação On-line Objetivos do Capítulo Entender a comunicação como ferramenta para reputação das marcas. Compreender o papel fundamental na reputação para engajamento do público-alvo. Planejar como gerenciar crises de comunicação on-line. Tópicos de Estudo Tópico 1 - ● Comunicação x reputação on-line. De�nição de reputação on-line. Comunicação integrada como ferramenta de comunicação. Atendimento ao cliente: SAC, chats e aplicativos. Principais opções: Reclame Aqui, avaliação e recomendações de produtos. Tópico 2 - Reputação x engajamento. Estratégias de engajamento do cliente. Conteúdo: relevância para o público. Relevância x reputação x engajamento. Tópico 3 - Gerenciamento de crises. Planejamento. Preparação da equipe: roteiros/scripts. Resposta aos clientes. Crise como oportunidade de crescimento. Contextualizando o Cenário Suponha a seguinte situação: Ana efetuou a compra de uma passagem no site de uma companhia aérea, de Belém para Macapá, no �nal de dezembro. Porém, ela não recebeu o e-mail com a con�rmação da compra e nem o localizador. Como precisava dessa passagem, dessa vez ela efetuou uma nova compra pelo site da empresa aérea, utilizando os pontos e dinheiro (cartão de crédito). Nessa segunda compra, Ana recebeu o localizador normalmente. Ela tentou contato telefônico com a empresa antes do embarque, mas, como era dia 1º de janeiro, feriado, não conseguiu contato. O problema é que a passagem não foi cancelada e Ana está sendo cobrada em duplicidade. Muito irritada, ela abriu vários protocolos de reclamação, registrou sua insatisfação na internet e utilizou a sua rede social e a rede social da empresa para registrar o ocorrido. Diante desse contexto, surge a seguinte questão: o que a empresa pode fazer para tratar e prevenir essa situação e para preservar a reputação da empresa? 5.1 Comunicação x Reputação On-line A internet e sites de redes sociais, como Facebook e Twitter, revolucionaram a comunicação empresarial. No entanto, essa comunicação, para ser efetiva, precisa se apoiar em ferramentas de negócios con�áveis. No cenário do marketing digital, foi possível observar, com o passar do tempo, uma necessidade ou tendência de individualização do marketing. Isso signi�ca a criação de soluções sob medida para os clientes, o que tem sido um desa�o para a comunicação on-line. Nesse sentido, transformar os canais de comunicação é importante para as indústrias de comunicação e marketing, uma vez que estamos diante de nichos de mercado com necessidades especí�cas em meio ao mundo de informações que estãodisponíveis na internet. De acordo com a Digital Marketing Institute (DMI), o marketing digital é tido como “O uso de tecnologias digitais para criar uma comunicação integrada, direcionada e mensurável que ajuda a conquistar e manter clientes enquanto constrói relacionamentos mais profundos com eles” (SMITH, 2007 apud WYMBS, 2011). © marigranula / / 123RF. (Adaptado). Dessa forma, comunicação e reputação andam juntas. As organizações trabalham para evitar erros, mas estamos suscetíveis a eles. Logo, a forma como lidamos com eles e como nos relacionamos com nossos clientes faz toda a diferença. 5.1.1 Definição de Reputação On-line De acordo com Fombrun (1996), a reputação funciona como uma avaliação de uma empresa pelos seus usuários ou grupos de relacionamento, podendo se tornar uma vantagem competitiva para a organização. Os autores Fombrun e Gardberg (2000) de�nem a reputação corporativa como uma representação coletiva das ações da empresa, em que seus resultados são descritos como a habilidade de gerar valor a diversos públicos. Ela é uma poderosa ferramenta de avaliação de sua performance geral de mercado, mas é necessário pensar como manter a reputação on-line, considerando a sua fragilidade. Considerando a diversidade de empresas e de serviços, além das facilidades proporcionadas pelos meios digitais, como gerar valor para o público? A qualidade do serviço oferecido e o cliente são objetivos primordiais para o marketing digital, e esses dois estão interligados. Segundo Kotler (2010), o foco na qualidade do serviço e no cliente substitui o tradicional foco no produto (concepção, desenvolvimento, especi�cações, produção e acabamento). Pensando em meios digitais, isso �ca mais evidente. Considerando a grande oferta de produtos em meios digitais, ter produtos que atendam às necessidades não é mais su�ciente. É necessário atentar-se à qualidade de todo o serviço oferecido para o cliente. O foco não está mais apenas no produto, mas, também, no cliente. É necessário, portanto, encontrar o cliente, compreender a sua necessidade ou desejo, compreender como ele pensa e decide sobre uma compra, para, então, concentrar-se na qualidade do serviço como um todo. Sparks e Browning (2011) explicam que os consumidores são mais in�uenciados por informações negativas e que eles observam se o conjunto global de comentários é negativo. Já os comentários positivos, com detalhes numéricos e classi�cação, aumentam as intenções de reserva e con�ança do consumidor. © ostapenko / / 123RF. Dessa forma, os consumidores tendem a con�ar na informação, com base em comentários. Maiores níveis de con�ança também são percebidos quando há um conjunto de comentários positivos focados no serviço ou produto. Para saber mais sobre como se de�ne a reputação das empresas, assista ao vídeo Quais são os critérios para avaliação das empresas? - FAQ (RECLAMEAQUI, 2016), que trata dos critérios utilizados pela empresa Reclame Aqui para avaliação de outras empresas. ASS I S TA Segundo Marchiori e Cantoni (2011), na perspectiva da comunicação on-line, é relevante considerar dois pontos: (i) a internet é mais um local de troca ao qual as pessoas acessam e formam uma experiência mediada, fornecendo conteúdos que são acessados por muitas pessoas; (ii) aplicações e usos da Web 2.0 permitem a publicação de opiniões on-line (UGC). As opiniões individuais podem ser vistas como casos de reputação coletadas e gerenciadas como uma pesquisa implícita dos gestores. Segundo Thomas e WSI (2014, p. 4),, a reputação de uma empresa se baseia em sua imagem. Uma imagem positiva traz con�ança e segurança para o cliente. A imagem de uma empresa é essencial para o seu sucesso e é também o principal fator que irá determinar a sua rentabilidade e a sua receita. Dessa forma, uma ferramenta importante para as empresas manterem a reputação é uma comunicação de qualidade com o cliente. Resumidamente, a reputação é “o resultado do que você faz, do que você diz, e do que as outras pessoas dizem sobre você” (THOMAS; WSI, 2014, p. 4). AF IRMAÇÃO 5.1.2 Comunicação Integrada como Ferramenta de Comunicação A comunicação integrada se refere ao uso de todas as formas possíveis de comunicação da empresa para atingir um objetivo em comum. Um e- commerce, por exemplo, é uma loja virtual que pode ser utilizada como forma de contato com o cliente, mas, além dele, uma empresa também pode utilizar as redes sociais, o chat, o YouTube, o e-mail e outras ferramentas de comunicação, para estar em contato com o seu público e conhecer as suas necessidades. Considerando as variadas formas de comunicação que as empresas têm ao seu dispor para criar contato com seus clientes, como de�nir o melhor canal de comunicação a �m de saber a opinião, necessidade ou desejo do cliente? A comunicação integrada é uma importante ferramenta da comunicação. As empresas necessitam apresentar seus diferenciais, e uma forma consistente de se fazer essa comunicação é por meio da comunicação integrada. As organizações podem utilizar diversas ferramentas de comunicação, tanto ferramentas tradicionais como outras mais inovadoras, que surgiram com a evolução da internet e da comunicação móvel. Nesse processo, é necessário que a empresa saiba identi�car qual é a sua real necessidade e articulá-la com as ferramentas existentes, a �m de se comunicar com seu público de forma integrada e não fragmentada, gerando impacto positivo para seu cliente. Em um mercado em que há a fragmentação da mídia e a saturação de mensagens enviadas ao público, Ogden e Crescitelli (2007) ensinam sobre a importância de fazer com que todas as formas de comunicação transmitam a mesma mensagem. Isso potencializa os efeitos da mensagem e fortalecem o posicionamento da empresa. Kotler e Keller (2006) pontuam sobre a existência de uma ampla quantidade de ferramentas de comunicação, mensagens, públicos diversos e sobre a necessidade da integração da comunicação. Nesse contexto, as estratégias de comunicação são orientadas pelas escolhas do mercado-alvo e do posicionamento desejado, sendo tarefa da empresa levar sua mensagem ao mercado. Geargeoura (2007) explica que diferentes técnicas, ferramentas e meios de comunicação podem ser utilizados pela organização a �m de garantir um lugar adequado e valorizado no mercado para �xar a imagem do seu A comunicação integrada de marketing é uma expansão do elemento promoção e do reconhecimento da importância de comunicar a mesma mensagem para os mercados-alvo (OGDEN; CRESCITELLI, 2007). AF IRMAÇÃO produto ou serviço na mente do consumidor e, com isso, satisfazê-lo em sua avaliação, in�uenciando-o na sua decisão de compra e procurando garantir sua preferência. Conforme a�rma Souza (2004), um dos importantes acontecimentos para o marketing nos anos 1990 foi a Comunicação Integrada de Marketing (CIM), pois trouxe re�exões sobre as boas práticas relevantes para as empresas, e esse assunto tem sido divulgado em importantes publicações, como Journal of Advertising Research, International Journal of Advertising e Journal of Integrated Communications, em relação a sua contribuição para a melhoria da promoção de produtos e serviços. Limeira (apud DIAS, 2003) explica que a comunicação integrada de marketing envolve o conjunto de ações de comunicação e promoção com os seguintes objetivos: �xar o produto na mente do consumidor; criar uma mensagem única, consistente e compreensível sobre o produto; construir uma imagem de marca diferenciada e sustentável na mente do consumidor; oferecer informações e incentivos para o consumidor adquirir um produto ou serviço da empresa. Nessa perspectiva, a CIM visa atingir não apenas o cliente ou cliente potencial, mas também outros agentes importantes, como intermediários, in�uenciadores e opinião pública (OGDEN; CRESCITELLI, 2007). 5.1.3 Atendimento ao Cliente: SAC, Chats e Aplicativos Torres (2018) a�rma que a revolução da internet se deu porque o consumidor assumiu o controle de suas ações e se tornou autônomo, direcionando suasnecessidades e desejos por meio das mídias sociais, passando a gerar conteúdo, se informar, se divertir e se relacionar. Nesse sentido, para a comunicação com o cliente em meios digitais, é importante adotarmos algumas estratégias que podem impactar o negócio ou a marca, ou que consigam, de forma positiva, reforçar sua imagem, que descreveremos mais adiante. © Antonio Guillem / / 123RF. A autonomia do cliente diante da internet possibilita a propagação das informações relativas às organizações ao público-alvo de forma ágil e interativa, proporcionando serviços de atendimento e chat que independem do horário ou local de acesso. Segundo Kotler (2010), é importante que as empresas estreitem o relacionamento com seu público a �m de fortalecer a mensagem da marca e o vínculo entre eles. Além disso, ferramentas de comunicação com o cliente, como SAC, chats e aplicativos, possibilitam o estabelecimento de maior relação entre eles. Ouvir o cliente, estar mais próximo dele e estreitar os laços são ações que permitem conhecê-lo, saber sua opinião sobre o serviço prestado, entender a sua necessidade e, assim, melhorar a qualidade dos serviços oferecidos. As empresas também devem estar conectadas com as opiniões negativas do consumidor e procurar sanar os problemas de forma mais assertiva, pois essas ações devem ser vistas como oportunidades de aprendizado e melhoramento contínuo do produto vendido ou do serviço prestado. Nessa perspectiva, o uso das mídias digitais contribui para a mensuração dos investimentos em comunicação, pois a criação de um canal de comunicação, como Instagram ou Facebook, é gratuita e pode fornecer retornos importantes dos clientes em tempo real. Assim, no caso dos aplicativos, uma postagem com repercussão negativa pode gerar feedback instantâneo nas redes sociais, determinando o impacto de uma mensagem para o público por meio do número de “curtidas” ou “comentários”. Um olhar atento a esses canais de comunicação com o cliente permite à equipe rede�nir a mensagem ou melhorias em ações futuras, além de identi�car o interesse do cliente. 5.1.4 Principais Opções: Reclame Aqui, Avaliação e Recomendações de Produtos Os clientes em potencial geralmente perguntam, especulam e avaliam as empresas e/ou produtos que são de seu interesse. Para aqueles que já são clientes de uma determinada empresa, eles também expõem na internet a sua opinião sobre sua experiência e contato com as empresas antes, durante e após o consumo. Segundo Oliver (1997, p. 27), satisfação do cliente é “a resposta ao atendimento do consumidor. Trata-se da avaliação de uma característica de um produto ou de um serviço, ou do próprio produto ou serviço, indicando que com eles se atinge um determinado nível de prazer proporcionado pelo seu consumo”. O conceito de qualidade de serviço é tratado por Parasuraman (1990) em cinco dimensões maiores: con�abilidade, presteza, cortesia, empatia e tangibilidade, segundo o método SERVQUAL, utilizado para avaliar a qualidade de um serviço, conforme demonstrado no quadro apresentado a seguir: Principais dimensões de serviços, segundo o SERVQUAL Fonte: KHENAYFIS, 2010, p. 22 apud PARASURAMAN, 1990; ZEITHAML, 1988. (Adaptado). As empresas precisam saber lidar com críticas em suas plataformas e estar dispostas e prontas para sanar dúvidas e responder aos questionamentos, a �m de melhorar a sua imagem diante do público. Além disso, as ferramentas Reclame Aqui, Avaliação e recomendações de produtos podem ser importantes aliadas na retenção de clientes. © sirinapa / / 123RF.(Apdatado). No canal de comunicação da empresa Reclame Aqui, o cliente pode demonstrar a sua insatisfação com algum produto ou serviço prestado. Na avaliação, os clientes podem atribuir nota aos produtos que compraram. Já nas recomendações de produtos, os clientes podem inserir comentários sobre o que acharam de determinado produto ou serviço e descrever se o recomendaria a outras pessoas. Se o cliente compra, por exemplo, um item com defeitos de fabricação ou com alguma peça faltando, ou se ele recebeu um atendimento inadequado ou foi vítima de uma propaganda enganosa, ele pode utilizar esses canais para manifestar a sua insatisfação ou satisfação em relação a algum serviço ou produto. Ele pode, ainda, veri�car, posteriormente, se suas reclamações foram atendidas ou não. Esses canais também podem ser utilizados como fonte de informação para os potenciais compradores avaliarem a reputação de um serviço ou produto. Assim, antes de fazer qualquer investimento, seja ele alto ou baixo, o cliente poderá recorrer a essas informações e se sentir mais seguro, pois serão importantes na decisão de compra. Essas ferramentas são, portanto, uma proteção para o consumidor e potenciais aliadas das empresas que exercem bem a sua atividade. Quando publicada, a informação, seja ela positiva ou negativa, �ca registrada por um tempo, que varia conforme a ferramenta. O usuário pode optar por visualizar a reputação de um produto ou serviço em diferentes períodos: nos últimos seis meses, no ano anterior etc. Para as empresas, esses meios de comunicação funcionam como um branding, denunciando a percepção do cliente, como ele enxerga determinado produto ou serviço, funcionando como um meio de avaliação e recomendação de produtos. No momento da compra, o consumidor leva em consideração mais os comentários de cidadãos comuns do que propagandas pagas, então, as avaliações são importantes para o processo de decisão de compra. 5.2 Reputação x Engajamento A reputação, historicamente, está ligada à moral. Com a internet e as redes sociais, a reputação, ou a moral de uma empresa, passou a ser medida em termos de credibilidade de forma mais pontual. Hoje, há mecanismos on- line e em tempo real para mensurar e monitorar a reputação de uma organização. Uma dessas ferramentas é o Reclame Aqui, que gera para o cliente e para as empresas um campo de visibilidade positiva ou negativa. A reputação, nesses termos, está diretamente relacionada com o engajamento. A construção da relação entre as marcas, produtos ou serviço e os consumidores perpassa essa relação, uma vez que os clientes estão atentos e escolhem, de forma minuciosa, com quem eles desejam se relacionar. Uma postagem negativa pode “viralizar” na internet em pouco tempo, provocando danos irreversíveis à reputação de uma marca. Um exemplo é o que ocorreu em Minas Gerais, com a cervejaria Backer, que teve seus produtos contaminados com um produto tóxico, e levou a óbito alguns de seus clientes. A empresa vinha crescendo com o lançamento de produtos muito atrativos e pela experiência que proporcionava a seus consumidores, porém, essa situação reduziu signi�cativamente a reputação desse produto e o engajamento de seus clientes. © Artur Szczybylo / / 123RF. (Adaptado). Antigamente, uma boa marca ou logo era su�ciente para uma boa reputação e consequente engajamento. Hoje, o desa�o é muito maior. É necessária uma identidade con�ável, isto é, não adianta ser conhecida, é necessário que ela seja admirada e benquista pelos seus clientes. O engajamento é o número de compartilhamentos e comentários, ou seja, o número de interações dos usuários. Quanto mais interessante um determinado conteúdo for para o público, maior será o seu engajamento, consequentemente, maiores serão as chances de construir uma reputação on-line. É preciso usar as ferramentas de CIM para manter uma reputação que pode ser “abalada” com um único comentário ou evento negativo. Por isso é tão importante engajar o público e atendê-lo de forma rápida e e�ciente com as ferramentas de CIM. 5.2.1 Estratégias de Engajamento do Cliente Entre os novos desa�os que os pro�ssionais de marketing enfrentam estão decifrar as formas de engajamento dos indivíduos em geral e dos consumidores nas mídias sociais; quais delas impactam positiva ou negativamente a reputação corporativa construída a partir de uma série de ações positivas da empresa perante o público; e a percepção que o público tem em relação à determinadamarca (imagem de marca). É fato que o poder e o efeito das mídias sociais criaram oportunidades e ameaças para marcas e reputações corporativas, e o que vai preponderar depende em grande parte da abordagem dos gestores. O resultado pode variar de acordo com o engajamento da organização com o público em questão: se estabelece um diálogo ou se pratica uma relação de mão única (JONES; TEMPERLEY; LIMA, 2009). Entretanto, o engajamento de marcas e corporações nas mídias sociais não é tarefa fácil. É preciso reconhecer que, em função do �uxo de informações que percorrem as mídias sociais, de autoria mais ou menos acurada, nesse novo ambiente, os pro�ssionais de marketing enfrentam a di�culdade de ter que seguir as regras de transparência e compromisso, enfrentando, muitas vezes, informações prejudiciais à imagem de suas marcas e à reputação corporativa de veracidade não comprovada (JONES; TEMPERLEY; LIMA, 2009). © yupiramos / / 123RF. Os graus de engajamento e manifestação dos consumidores sobre uma marca nas mídias sociais variam e têm direta relação com o seu brand equity, termo utilizado para se referir ao resultado �nal do branding, ou seja, o valor agregado a um produto ou serviço graças à força que a marca conquistou no mercado. O engajamento social de uma marca não ocorre só quando se trata de uma situação comercial; a�nal, marcas podem ser causas, campanhas, ideias, celebridades etc. (KOZINETS, 2014). Uma das formas de se avaliar o engajamento social de uma marca é considerando as dimensões da criatividade com que os consumidores se comportam (desde um simples “like” até a geração de vídeos e campanhas) e do grau de endosso que esses consumidores dispensam a ela. O primeiro grau de endosso é a indiferença do consumidor em relação à marca, não estabelecendo conexões sociais, em um estado de apatia em relação à marca. É a pior situação possível em termos de engajamento social, muito comum com marcas novas (KOZINETS, 2014). O segundo grau, chamado evangelização, se caracteriza pela disposição dos consumidores de endossar uma marca, mas pouco correspondido por uma atitude criativa de gerar materiais, por pouco interesse ou inabilidade para criar conteúdos (KOZINETS, 2014). O estágio seguinte é aquele em que os consumidores se engajam socialmente com as marcas, criando conteúdos e postando nas mídias sociais. Essas manifestações de engajamento podem ser favoráveis às marcas ou de críticas a elas. O alto grau de endosso social e de criatividade é a combinação que faz a marca ser socialmente autêntica; é a situação que fortalece a credibilidade e estimula o endosso social e con�gura situação crítica quando se veri�ca um alto grau de criatividade e baixo nível de endosso (KOZINETS, 2014). 5.2.2 Conteúdo: Relevância para o Público Segundo Torres (2018), 90% das visitas na internet começam pelos buscadores, mas, para atrair um cliente, é necessário oferecer a ele um conteúdo relevante. Quando o consumidor tem uma necessidade, ele busca, primeiramente, em uma ferramenta de busca, como Google ou Yahoo. Imagine que você digitou o endereço de um site de uma grande rede de ensino que está oferecendo cursos a distância. Você se interessou por um determinado curso após ler a sua descrição, mas �cou em dúvida se esse curso é realmente relevante para a sua carreira. Apesar de ter entrado diretamente no endereço da instituição, você abre uma nova janela e, utilizando a ferramenta de busca, pesquisa sobre aquele curso que você deseja fazer. Ainda segundo Torres (2018, p. 83), As ferramentas de busca, em conjunto com os blogs, transformaram as pesquisas por produtos em pesquisas por informações. Elas se especializaram cada vez mais em encontrar sites, capturar seu conteúdo e relacionar o conteúdo a palavras-chaves, a �m de apresentar um resultado muito mais rico e útil para quem pesquisa. Os blogs se especializaram em publicar conteúdo relevante sobre assuntos especí�cos, e como são milhões de blogs, eles formam uma enorme biblioteca de conteúdo. Nesse cenário, o consumidor deseja informação relevante, substancial, não importando o seu formato, mas, sim, a sua qualidade, se é útil e se atende à sua necessidade de informação. Segundo Torres (2018), o conteúdo passou a ser mais importante do que o seu endereço (URL) ou a propaganda que se faz dele, pois os consumidores não procuram sites, mas conteúdos. Dessa forma, ao jogar uma palavra em um buscador, a primeira coisa que o usuário encontra é um resumo. Observe a �gura Colorado. Colorado COLORADO, on-line. O usuário só irá clicar no link da ferramenta de busca se o resumo indicar que aquele é o conteúdo que ele procura. Torres (2018) explica que o leitor fará uma leitura rápida dos resumos para identi�car se é o conteúdo que ele está procurando. Se não for, ele irá embora em segundos. O consumidor só guardará o endereço de um site se perceber que encontrou um volume de informações valiosas sobre o que estava procurando. Dessa forma, a quantidade importa, desde que o conteúdo seja relevante para o consumidor. A relevância de um conteúdo é o primeiro passo para criar engajamento, e só depois disso é possível criar uma boa reputação. Nessa perspectiva, uma boa reputação também leva a mais engajamento, conforme veremos mais adiante. 5.2.3 Relevância x Reputação x Engajamento Relevância e reputação são as palavras-chaves para levar ao engajamento. Vimos que para atrair o consumidor é necessário levar em conta estratégias de marketing de conteúdo e esse conteúdo precisa ser relevante para ele. Tornar o conteúdo visível na internet e atraente ao consumidor representa o marketing de conteúdo, por isso o mantra “O conteúdo é rei”, de Bill Gates, dito há mais de uma década e que se tornou uma realidade atualmente. No entanto, também veri�camos que não basta um conteúdo relevante se a reputação da empresa não está bem. Assim, a relevância, segundo Torres (2018, p. 222), “não tem relação com suas qualidades ou seu design. A relevância é uma questão prática relacionada ao impacto que uma informação contida neste site pode ter na internet”. Essa visibilidade deve vir acompanhada de retornos positivos dos consumidores, visto que, quando o conteúdo é bom, é relevante, os consumidores acabam se engajando e gerando comentários e avaliações positivas. Em alguns casos, um conteúdo pode apresentar uma reputação livre de comentários negativos, mas por causa do fraco engajamento de clientes, devido a um conteúdo sem relevância. Portanto, uma boa reputação leva a mais engajamento. Se a empresa se deparar com comentários e eventos negativos, ela precisará usar a comunicação como uma ferramenta de gerenciamento de crises, assunto do próximo tópico. 5.3 Gerenciamento de Crises Segundo Tamanaha (2006), o consumidor, em meio a tantas ofertas de produtos e serviços, está cada vez mais exigente e in�el, e, nesse cenário, conquistar a sua preferência é caro e uma batalha que parece não ter �m. Nesse sentido, o pro�ssional de marketing digital deve assumir a responsabilidade de administrar, de forma e�ciente, o investimento do seu cliente, procurando estabelecer contato da marca com o consumidor, por meio dos veículos mais adequados. Isso compreende analisar dados de pesquisa e informações sobre o produto e o comportamento do consumidor e do mercado, e desenvolver um planejamento estratégico para amenizar os impactos gerados pela crise, por meio da divulgação do produto ou serviço, na intensidade necessária e de forma rentável. É importante ter um pro�ssional que �que responsável pela comunicação e que já tenha algum material previamente elaborado para contornar as crises. Tal pro�ssional também deverá ser treinado e estar preparado para atender o cliente. 5.3.1 Planejamento De acordo com Tamanaha (2006, p. 75), “o planejamento é de�nido como o processo organizado pelo qual se busca alcançar uma situação desejada ou um objetivo pretendido, de maneira e�ciente, efetiva e rentável, num período de tempo estabelecido”. Desse modo, não só o planejamento da mídiaé importante, mas também o planejamento de crises, pois faz referência à atividade de analisar informações passadas pelo cliente, de maneira formal ou informal, como característica do mercado, performance de vendas do produto e da concorrência, per�l demográ�co e psicográ�co do público-alvo e objetivos de vendas e de propaganda (TAMANAHA, 2006). De posse dessas informações, no planejamento, deve-se cruzar esses dados com os dados de pesquisa, determinando a quantidade de pessoas que a veiculação deverá contemplar, a intensidade adequada e o tempo necessário. Deve, ainda, selecionar os meios apropriados e recomendar a estratégia mais e�ciente para alcançar os resultados pretendidos, elaborando o plano com base nessa informação, para que seja repassado ao cliente. Segundo Tamanaha (2006), em um plano de mídia, devem conter os objetivos e as metas que se pretende cumprir e as táticas que deverão ser seguidas. A mídia é parte fundamental para a divulgação dos produtos e serviços de uma empresa, e realizar seu planejamento é fundamental. Além do planejamento da mídia, o planejamento da Comunicação Integrada de Marketing (CIM) também deve ser pensado, assim como o gerenciamento de crises e a elaboração de conteúdo que contemplem ações para manutenção da reputação on-line, a �m de cercar todas as possíveis possibilidades de falhas no processo de comunicação. O plano pode variar de pessoa para pessoa e de organização para organização, e os objetivos podem ser distintos (foco na reputação, na CIM etc.). Segundo Tamanaha (2006, p. 83), alguns pontos referentes ao planejamento podem ser assim resumidos: a) formulação e análise de alternativas considerando as variáveis do processo: alcance, frequência, visibilidade etc. b) caminho escolhido - descrição e justi�cativa de critérios referentes à seleção de meios. c) análise de custos e de rentabilidade. d) programação. e) distribuição de verba por veículo. f) proposta de avaliação de desempenho. O plano de mídia é, resumidamente, um documento que contém, de forma organizada, recomendações sobre como o trabalho deve ocorrer para atingir os resultados desejados, os objetivos, as estratégias, bem como as táticas. Essa é uma etapa muito importante no processo, pois um erro de planejamento e uma má reputação podem custar prejuízos imensuráveis. 5.3.2 Preparação da Equipe: Roteiros/Scripts O roteiro é a apresentação dos itens que compõem o plano no gerenciamento de crises para o atendimento ao cliente ou mesmo para a mídia. Não há um modelo padrão de roteiro, mas, geralmente, está disposto em uma sequência lógica, e o importante é que ele forneça facilidade para a execução do trabalho e para ser apresentado ao cliente. Assim, um bom roteiro pode ser estruturado da seguinte forma: 1. Informações Básicas 1.1 Produto 1.2 Situação do mercado 1.3 Concorrência 1.4 Público-alvo 1.5 Objetivos de marketing 1.6 Estratégia de marketing 1.7 Objetivo de comunicação 1.8 Estratégia de comunicação 1.9 Praça de veiculação 1.10 Períodos de veiculação 1.11 Verba disponível 2. Investimento da concorrência em mídia 2.1 Investimento total em mídia 2.2 Investimento por meio, por praça e por mês 2.3 Tática 3. Objetivo de mídia 3.1 Alcance 3.2 Frequência média 3.3 Continuidade 4. Estratégia de mídia 4.1 Classi�cação dos meios 4.1.1 Meio básico 4.1.2 Meio complementar 4.1.3 Meio de apoio 5. Cronograma de veiculação 6. Tática de veiculação 7. Resumo mensal de verba 8. Anexos De acordo com Tamanaha (2006), é importante que um roteiro contenha as informações básicas escritas com suas próprias palavras, e não como uma transcrição do brie�ng entregue pelo cliente, ou seja, uma reprodução do documento que servirá como um guia para a execução de um projeto. Não é necessário fazer profundas observações nessa primeira parte, mas é importante levantar questões pertinentes. Nesse momento, o autor reforça a importância de se discutir com o cliente a faixa etária do público-alvo, pois se costuma apontar uma faixa muito ampla, o que di�culta o trabalho de seleção do veículo e das estratégias a serem adotadas. 5.3.3 Resposta aos Clientes Segundo Tamanaha (2006), após a elaboração do plano de Comunicação Integrada de Marketing, é hora de apresentá-lo aos clientes para validação e possíveis ajustes. Nessa etapa, é importante ter clareza do serviço que será oferecido, demonstrando segurança e credibilidade ao cliente. Também é importante ter �exibilidade e boa escuta, a �m de entender as necessidades do cliente. Nessa etapa, é possível que o cliente queira fazer ajustes signi�cativos no planejamento. É desa�ador quando isso acontece, pois gera um grande retrabalho, no entanto, um retrabalho agora pode evitar prejuízos �nanceiros no futuro, e por isso é importante estar atento ao que foi solicitado pelo cliente para que o planejamento possa ser avaliado. 5.3.4 Crise como Oportunidade de Crescimento Como já pontuado por Torres (2018, p. 346), esse mundo é uma sucessão de mudanças e inovações. Sempre foi assim, mesmo depois de Henry Ford e Albert Einstein. O que mudou foi a velocidade da mudança. O que a tecnologia de telecomunicações e a internet �zeram foi acelerar as coisas, e o que se contava em anos agora se conta em meses. É difícil fazer previsões em um cenário que muda a todo momento. Por mais que se tenham bons pro�ssionais e boas estratégias, em um cenário de crise, é importante ter calma para tomar decisões de forma mais assertiva. Não há uma fórmula mágica do que deve ser feito em um cenário de crise, mas é importante avaliar as oportunidades, dadas as condições do negócio, a �m de passar por esse período de forma mais tranquila, aproveitando as oportunidades. Fidelize aqueles que já são clientes, mas não deixe de investir em marketing digital. Mantenha a máquina funcionando. Se necessário, faça novos planejamentos ajustados ao seu orçamento e busque alternativas de campanhas de marketing que sejam ajustáveis. Uma grande questão é estar atualizado, ter visão de negócio e coragem para implementar novas ações digitais antes dos concorrentes, alcançando um diferencial competitivo. A inovação é uma característica dos meios digitais, então, esteja atento às oportunidades. Lembre-se de que o caminho mais curto nem sempre é o mais rápido para se alcançar os objetivos propostos. Assista ao vídeo Gestão de crise: Como as marcas devem se portar?, que explica como as empresas devem se portar em meio a uma crise e a importância da área de comunicação estruturada nessa fase (MEIO&MENSAGEM, 2016). ASS I S TA ! Recapitulando Neste capítulo, estudamos sobre a importância da reputação on-line para uma marca ou produto e percebemos como os consumidores observam os comentários negativos e positivos. Vimos, também, que os comentários positivos, com detalhes numéricos e classi�cação, aumentam as intenções de reserva e con�ança do consumidor. Nesse sentido, foi possível perceber que a reputação é a soma do que a empresa faz, do que ela diz e do que os consumidores dizem sobre ela. Também analisamos como a Comunicação Integrada tem impacto na comunicação do produto. Vimos que um mercado em que há a fragmentação da mídia e a saturação de mensagens enviadas ao público não surte efeito e não traz resultados. Segundo Ogden e Crescitelli (2007), é importante que todas as formas de comunicação transmitam a mesma mensagem, potencializando, dessa forma, os efeitos da mensagem e fortalecendo o posicionamento da empresa. Vimos que a reputação e o conteúdo possibilitam um melhor engajamento dos clientes. Por �m, mas não menos relevante, aprendemos sobre a importância de se montar um planejamento de comunicação integrada, um roteiro para apresentação do serviço e estratégias para lidar com as crises. Proposta de Atividade Agora é a hora de recapitular tudo o que você aprendeu neste capítulo! Elabore um resumo destacando as principais ideias abordadas ao longo do capítulo. Ao produzir seu resumo, considere as leituras básicas e complementares realizadas. Referências COLORADO. Google. Disponívelem: <https://www.google.com/search?hl=pt- BR&sxsrf=ACYBGNSn62KhZvFoxKmEsGuk9xsy7V8Hkg%3A1580091116592&source=hp& ab.3..0l3j0i131j0l6.6757.12810..13024...7.0..0.142.1421.3j10......0....1..gws- wiz.....10..35i362i39j35i39j0i67.vVEsx1FMpSc&ved=0ahUKEwirt9yN2qLnAhXzFLkGHdbNC Acesso em: 30 mar. 2020. FOMBRUN, C. J. Reputation: realizing value from the corporate image. Boston: Harvard Business School Press, 1996. FOMBRUN, C. J.; GARDBERG, N. Who’s Top in Corporate Reputation? Corporate Reputation Review, London, v. 3, n. 1, p. 13-17, 2000. GEARGEOURA, L. J. As 1001 Faces dos Serviços de Saúde no Brasil: um mapa exploratório do posicionamento mercadológico nos segmentos de hospitais e de operadoras de saúde. In: ENCONTRO ANUAL DA ASSOCIAÇÃO NACIONAL DE PROGRAMAS DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ADMINISTRAÇÃO – ENANPAD, 2007, Salvador, Anais... Rio de Janeiro: ANPAD, 2007. Disponível em: <http://www.anpad.org.br/admin/pdf/MKT-D3292.pdf>. 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Contextualizando o Cenário Para realizar quaisquer estratégias de campanha de comunicação, é necessário analisar todo o cenário da empresa – interna e externamente. Nesse sentido, a comunicação integrada contribui porque orienta os pro�ssionais da área a avaliar todas as possibilidades presentes no mercado que tornem os planejamentos de comunicação propostos mais e�cientes. A comunicação digital ampliou muito as possibilidades de as empresas se fazerem presentes junto a seus públicos-alvo e, mais do que isso, transformou a maneira como as marcas se apresentam e engajam seus clientes. No entanto, os consumidores também estão em outras plataformas midiáticas, e, se as empresas desejam construir um relacionamento sólido com o público, elas precisam acessá-lo. Diante desse cenário, surge uma questão importante: quais as características das mídias convencionais (não digitais) e das mídias digitais que podem contribuir para o relacionamento entre empresas e clientes? 6.1 Mídias e Veículos de Comunicação Adentrar o universo de conhecimento das mídias é, atualmente, ingressar no entendimento de in�nitas possibilidades de comunicação direta com os públicos desejados (ZELTNER, 2001). Por mais óbvia que essa a�rmação possa soar ao leitor que, iniciante em sua trajetória junto às mídias, não tenha vivenciado o processo de transição das mídias tradicionais (rádio, jornal, revista, TV, outdoor, entre outros) para as digitais, ela ainda faz sentido. As mídias tradicionais são canais que espalham a notícia para muitas pessoas – mídia de massa –, enquanto as mídias on-line, ou digitais, conseguem segmentar seus públicos, fazendo com que as mensagens atinjam os públicos certos, da forma certa e no momento desejado (SISSORS; BUMBA, 2001). É essa diferença que faz com que, atualmente, muitos pro�ssionais da área tenham como incerta a indicação de complementar mídias tradicionais com mídias digitais. Apesar de essa mescla ainda ser recomendada pelo mercado de propaganda (embasado por dados de pesquisa), o impasse permanece. O que se identi�ca, entretanto, é que os clientes têm consumido as diversas plataformas de maneiras distintas e acabam por interagir com todas elas de formasinesperadas, até mesmo em comparação ao que se projetou no início das mudanças digitais (SAFKO; BRAKE, 2010). A contextualização apresentada aqui pretende tão somente explicitar o momento pelo qual o cenário midiático passa nos dias de hoje, no qual, apesar de os usuários aparentemente não fazerem distinção entre on e o�-line, essa ainda é a realidade nas empresas que trabalham com mídias. O termo mídia tem origem na palavra media (meio, do inglês). Até a década de 1960, no Brasil, o termo era empregado na sua gra�a original, tanto pelas empresas de comunicação quanto pelos anunciantes. De acordo com Veronezzi (2002), quem originalmente empregou o termo mídia foi o Grupo de Mídia São Paulo. A partir de então, ele foi popularizado por Paulo Francis, em artigos redigidos para a Folha de São Paulo, nos quais passou a empregar o termo mídia para designar todos os meios de comunicação. O Grupo de Mídia São Paulo foi fundado em 1968, por pro�ssionais da área que atuavam tanto em agências quanto em veículos de comunicação, para discutir os assuntos relacionados à mídia, com o objetivo de fortalecê-la no Brasil (O GRUPO, on-line). ESCLARECIMENTO Mídia, de acordo com Veronezzi (2002, p. 15) é “a função, o pro�ssional, a área, o trabalho de mídia ou o ato de planejar, desenvolver, pensar e praticar a mídia”. Para Reis e Siqueira (2009, p. 13), o termo mídia pode ser empregado para de�nir “o conjunto dos meios de comunicação que inclui diferentes veículos, recursos e técnicas”. Para os autores, portanto, o conceito de mídia pode ser empregado de diferentes formas, mas sempre na área da comunicação e de sua gestão. É possível, entretanto, de acordo com Veronezzi (2002), encontrar o termo empregado no mercado para designar aparatos eletrônicos ou funções (tarefas pro�ssionais) que não têm relação com atividades designadas a um pro�ssional de mídia. Portanto, há aplicações desse conceito que não são adequadas dentro da área da Comunicação ou da Publicidade e Propaganda. Quanto às diferenças entre meio e veículo, algumas distinções são necessárias, uma vez que ambos são termos comuns à mídia e, não raro, são empregados de forma equivocada. Ao enunciar, o meio refere-se ao canal em que as mensagens estão sendo comunicadas. Pode-se, por exemplo, desenvolver um �lme para TV ou fazer um spot de rádio, ou mesmo um anúncio para jornal ou revista. Nesse caso, de um modo mais amplo, trata-se do meio pelo qual a mensagem é disponibilizada – meio é qualquer interface que pode transmitir um esforço de comunicação até um provável consumidor e/ou público-alvo (REIS; SIQUEIRA, 2009). Ao abordar o veículo, está elencando-se a empresa especí�ca especializada em determinado tipo de comunicação paga. Veículo é, portanto, “o nome especí�co do meio, como razão social ou nome fantasia da empresa” (REIS; SIQUEIRA, 2009, p. 80). Veja a �gura “Veículos de comunicação”, que ilustra alguns exemplos. © Hans Donner / / Wikimedia Commons; © Central Brasileira de Notícias/ / Wikimedia Commons; © Folha de Sao Paulo / / Wikimedia Commons. Apreender as diferenças das várias aplicações dos termos mídia, meio e veículo favorece a compreensão e a efetividade nas tratativas entre a área e seus públicos de interesse. 6.1.1 Tipos de Mídia A partir do início deste século, em que a comunicação se intensi�cou nos meios digitais, a distinção entre as mídias tradicionais e as mídias digitais tornou-se corriqueira (SAFKO; BRAKE, 2010); são elas, portanto, que de�nem uma série de organizações na área. Tal perspectiva separou, por exemplo, as agências tradicionais das agências web ou digitais – empresas que trabalham com o desenvolvimento de estratégias para peças publicitárias veiculadas em plataformas on-line –, e os veículos de comunicação o�-line dos veículos que atuam na rede. É possível que a complexidade trazida pelo cenário digital tenha conduzido a esta simpli�cação: se não é tradicional (o�-line), é digital. Mas já se discute muito, no mercado, o fato de que essa distinção não é real, pois os consumidores acessam as plataformas de maneira indistinta e simultaneamente. Um dos desa�os enfrentados com essa separação é, por exemplo, a existência de uma agência o�-line e outra agência on-line atendendo a um mesmo cliente, com um mesmo planejamento ou demanda. Se existem a oportunidade e a necessidade de se trabalhar de forma integrada (comunicação integrada), essa separação apenas provoca lacunas entre as diferentes formas de comunicar o cliente, que, eventualmente, podem ser percebidas pelos consumidores. De qualquer forma, ainda hoje, podemos classi�car a mídia de modo que ajude a compor seu entendimento e planejamento (SISSORS; BUMBA, 2001). As classes primordiais a serem consideradas em qualquer estratégia midiática são (SISSORS; BUMBA, 2001; REIS; SIQUEIRA, 2009): mídia de massa ou mídia convencional: jornais, revistas, rádio, televisão, OOH (out of home, ou outdoor). Essas mídias têm a vantagem de atingir mais pessoas em menor tempo, devido à amplitude de sua exposição, e têm um custo relativamente menor (por pessoa atingida). A desvantagem é que nem todas essas pessoas são público-alvo; mídia não convencional ou alternativa: utiliza formatos, meios ou veículos que normalmente não são utilizados para compor uma comunicação inovadora. Pode-se, por exemplo, misturar canais, como televisão fechada e um veículo digital, como o Instagram ou o YouTube. Essa mescla de veículos é uma ação diferenciada ou não convencional. Outro exemplo do tipo é uma ação realizada pela empresa Sony, que, no lançamento do reality show “Entubados”, criou uma ação em paradas de ônibus. Na campanha, foi disponibilizado um painel eletrônico e, por meio dele, o comunicador Danilo Gentili poderia interagir com as pessoas que aguardavam o transporte; mídia especializada ou mídia de nicho: atende a segmentos especí�cos, ou seja, é direcionada a um público-alvo. Podem ser considerados mídia especializada catálogos, revistas direcionadas a determinados assuntos, e todas as formas de comunicação que têm foco e objetivo muito estrito; mídia digital ou on-line: são as “novas mídias” que exploram as plataformas ancoradas na web. Podemos considerar como mídias digitais as comunicações em veículos como Facebook, Instagram, YouTube, sites, blogs, entre outros. Diante de tantas alternativas de meios e veículos, o que é necessário para que os pro�ssionais de mídia tomem suas decisões de forma mais segura? As distinções apresentadas são formas de categorizar as diferentes maneiras de promover os discursos publicitários. Apesar disso, já é possível perceber no mercado que os consumidores transitam livremente e de forma natural entre os diversos meios, sem reconhecer tais distinções. 6.1.2 Mídias Interativas versus Não Interativas Um dos principais desa�os dos pro�ssionais que atuam em mídia, atualmente, é promover o envolvimento de seus públicos com as marcas. Isso porque as pessoas estão em busca de experiências e de relacionamentos autênticos (KOTLER; KARTAJAYA; SETIAWAN, 2017). Essas experiências passam pelo engajamento, ou seja, o envolvimento dos públicos, para que as pessoas se aproximem das marcas e construam momentos memoráveis, contribuam com as decisões da empresa e se percebam como parte do processo (KOTLER; KARTAJAYA; SETIAWAN, 2017). Na construção do relacionamento com os públicos, é imprescindível que a marca esteja presente entre eles. Assim, os pro�ssionais da área de mídia buscam soluções tanto em termos de plataformas como nos formatos apresentados, para gerar impactos relevantes e positivos junto aos consumidores. Nasce, portanto, a partir dessas necessidades, o que se chama de mídias interativas (REIS; SIQUEIRA, 2009). Mídias interativas são aquelas em que o público-alvo tem alguns tipos de ação junto à comunicação que é enviada a ele. […] a maior característica da internet e consequentemente do anúncio na web é a interatividade do consumidor. Com o objetivo de envolver o prospect com a mensagem, o produto ou a marca anunciada, a webpermite alcançar maior proximidade ou e�ciência com o target, já que se pode interagir com o produto, conhecendo-o e, dependendo do caso, comprá-lo imediatamente sem sair de casa (REIS; SIQUEIRA, 2009, p. 148). As campanhas interativas convidam o leitor a completar, complementar, interferir e/ou dialogar com a ação, e a realização da mensagem como um todo está condicionada a alguma ação/atividade do usuário. Por favorecer o envolvimento, essas manifestações são muito bem recebidas e conferem muitos resultados para as empresas. Para os autores Reis e Siqueira (2009), essa interatividade promovida pelos meios on-line é bem menos percebida nas mídias convencionais; por isso, o grande diferencial de se trabalhar o digital é conseguir extrair seu melhor potencial de interatividade junto aos consumidores. Podemos citar como exemplos de campanhas interativas (sem considerar as usuais experiências do cliente na compra de produtos on-line) a campanha de sucesso do restaurante Taco Bell, no Snapchat. Na campanha, foram criados �ltros, que os usuários podiam usar para postar vídeos, em que sua cabeça era substituída por um taco gigante. Outro exemplo de interatividade em anúncio foi a campanha da agência Sta� para a marca Fleischmann, divulgando a cobertura para bolo; na peça, o consumidor deveria passar a mão na tela do iPad, e o “risco” do dedo desenharia sobre a cobertura do bolo. As in�nitas possibilidades de ações especiais que podem ser realizadas nos meios digitais sofrem sanções quando pensadas nos meios tradicionais. Nestes, as interações são bem mais restritivas, portanto, as Target, termo do inglês, signi�ca alvo. Em marketing, usa-se target para se referir ao público-alvo de determinada ação. ESCLARECIMENTO peças e ações publicitárias nas plataformas convencionais acabam, normalmente, sendo mais estáticas, ou seja, não interativas. De acordo com Reis e Siqueira (2009), pode-se considerar que as peças não interativas são aquelas em que os consumidores são passivos, nas quais não precisam se envolver, e, em muitos casos, se torna fácil ignorar seus argumentos porque, junto à comunicação, não há nenhuma chamada para ação. Apesar de as propagandas não interativas ainda serem maioria nas mídias de massa – televisão, rádio, jornal, revista e mídias exteriores –, o mercado já reconhece que, quando se oportuniza a ação dos consumidores, há maiores possibilidades de resultados positivos. Faça uma análise crítica, durante cinco dias, anotando quais são as mensagens que chamam sua atenção – e por quê. Essa análise consciente deve promover uma visão crítica sobre a assertividade ou os equívocos da mensagem. D I CA 6.1.3 Decisões sobre Mídias e sua Eficácia A relevância do pro�ssional de mídia ou de um departamento de mídia nas agências de publicidade reside no desa�o maior de se encontrar proposições e�cazes para uma ação ou campanha (REIS; SIQUEIRA, 2009). Segundo Reis e Siqueira (2009, p. 15): “A função da mídia é planejar onde, para quem, quando, por que e como a mensagem deverá ser veiculada”. Essa função alia o rigor cientí�co de conhecimentos tanto das ciências humanas (comportamento) quanto das ciências exatas (valores de mídia versus efetividade por públicos alcançados), pois o investimento em mídia necessita de sólidos conhecimentos, que conduzam a decisões assertivas. Conforme Reis e Siqueira (2009), a informação é o diferencial mais importante do pro�ssional dessa área, porque promove a condição de avaliar, entre as tantas alternativas de mercado, a mais adequada para a situação proposta. A área de Comunicação é, por si só, desa�adora, uma vez que se transforma constantemente, in�uenciada pela cultura (LUPETTI, 2000). Assim, todas as transformações culturais vivenciadas pelos grupos afetarão as formas de comunicação, por isso a obrigatoriedade de se manter atualizado em relação às mudanças sociais. O acompanhamento e o entendimento das realidades de mercado e do comportamento do consumidor são, portanto, condições básicas para tomadas de decisões e�cazes em mídia (SISSORS; BUMBA, 2001). Além disso, os pro�ssionais de comunicação têm sempre que considerar uma variável imprescindível, que são os recursos �nanceiros disponíveis para a campanha (budget). A verba disponível é uma das primeiras informações que devem ser consideradas para que o pro�ssional de mídia consiga fazer o cruzamento entre recursos, meios e veículos possíveis e adequados. Esse momento histórico, em que a tecnologia avança rapidamente e de forma exponencial sobre todas as esferas sociais, exige também atualização constante em relação a meios, veículos e todas as possibilidades de construção de relacionamento com os públicos. Mais do que entendê-las como canais, é preciso reconhecer “como” e “por que” algumas das ferramentas disponíveis são tão e�cazes com determinados públicos – por exemplo, a partir de uma análise criteriosa, buscar entender por que o Facebook faz tanto sucesso no Brasil, se comparado a outros países; ou identi�car quais são as características dos grupos que têm aderência aos reality shows, que atraem tanta audiência. As questões subjetivas (comportamentos, valores, atitudes, movimentos sociais que envolvem um ou vários grupos) são de extrema relevância para construir um embasamento sólido, que vai compor as recomendações para um plano de mídia efetivo. No entanto, como em todos os processos, existem determinados estágios a serem cumpridos quando clientes e agências de publicidade estão construindo o que será uma campanha de comunicação. Essas etapas não são as mesmas em todas as agências e também não o são em todos os clientes, mas serão utilizadas aqui como uma proposição básica de construção, passível de ser personalizada para cada necessidade. Os tópicos elencados abaixo foram compilados a partir dos autores Sissors e Bumba (2001), quando recomendam as etapas do planejamento de mídia: um planejamento de mídia pressupõe um problema de marketing. É preciso, antes de qualquer formulação de planejamento, identi�car aonde se quer chegar e o que é preciso resolver, para, a partir daí, escolher quais são as estratégias e as ações a serem postas em prática; o problema a ser resolvido deve ser identi�cado pelo conhecimento da empresa anunciante, geralmente avaliado entre cliente e agência de publicidade; com os objetivos estabelecidos, é necessário compor qual será a forma de comunicação (estratégia criativa da marca), quais serão os canais que transmitirão essas mensagens e quais ferramentas serão utilizadas; cada objetivo pode recorrer a uma determinada estratégia, que vai se valer de diversos meios para atingi-lo. Uma campanha pode unir publicidade (que gerenciará diretamente a mídia) a ações de relações públicas, promocionais, entre tantas outras. Nesse caso, o importante é que todas as ações estejam norteadas pelos mesmos princípios estratégicos, de�nidos no planejamento de marketing, de comunicação e/ou de mídia; o plano de ação envolverá muitos conhecimentos operacionais da ação, como as características de cada meio e veículo e a quais públicos se destinam. Considerando as especi�cidades dos canais de mídia, atualmente, os especialistas na área têm bastante prestígio, porque dão conta de informações complexas, métricas e resultados extremamente valorizados pelos clientes. O objetivo maior de qualquer estratégia na área de mídia é a busca de resultados concretos para o cliente. No entanto, há muitos caminhos possíveis para alcançá-los, e é imprescindível que essa trajetória seja realizada com o máximo de segurança, no sentido de obter os resultados almejados, a partir de informações obtidas previamente e que estão disponíveis para os pro�ssionais que se dediquem a identi�cá-las. Por �m, para que um plano de mídia tenha a maior con�abilidade possível, é importante fazer o cruzamento das informações disponíveis, principalmente em relação a custo (verba disponível versus valores das mídias), audiência e alcance. Essas questões são fundamentais para uma projeção segura dos resultados.6.1.4 Audiência, Cobertura, Frequência e Impacto A área de mídia comporta uma série de nomenclaturas especí�cas, que de�nem as várias possibilidades desse campo. Essas de�nições estão presentes no dia a dia dos pro�ssionais e devem ser reconhecidas, pois são imprescindíveis para traçar planos com a segurança necessária em relação às decisões tomadas. A seguir, serão apresentados alguns dos conceitos básicos mais importantes de mídia. A audiência se refere a quantas pessoas assistiram a uma determinada programação ou à quantidade de pessoas – em números absolutos – atingidas por uma mensagem (VERONEZZI, 2002). © Jakub Jirsak / / 123RF. Segundo Veronezzi (2002), o termo audiência é um dos mais comuns na linguagem de mídia. Esse conceito, no entanto, tem seus desdobramentos, que são relevantes para estabelecer parâmetros realmente e�cazes para o plano. A audiência é importante para o sucesso de uma campanha. Mas por que apenas esse indicador não é su�ciente para garantir sua efetividade? Segundo Katz (2004), existem duas formas de medir a audiência: em números absolutos (milhões de pessoas) ou em números percentuais. De acordo com a autora, um ponto de audiência em números percentuais equivale a 1% de audiência no público-alvo. A de�nição desse grupo de pessoas desejadas pode ser de�nida a partir de vários recortes: Por residências, por mercado geográ�co, por um determinado grupo demográ�co, como homens e mulheres de 25 a 54; por uso ou posse de um produto, como pessoas que têm uma máquina fotográ�ca digital (KATZ, 2004, p. 125). Em relação à audiência, um termo muito recorrente é o GRP (Gross Rating Points) ou pontos brutos de audiência (KATZ, 2004). O GRP é calculado a partir dos somatórios de todas as audiências de uma campanha. Para compreender melhor, veja a tabela “Cálculo de GRP”. Cálculo de GRP A cobertura “refere-se ao número ou à porcentagem de pessoas do público-alvo que vai ser exposta ao meio de comunicação” (KATZ, 2004, p. 127). Katz argumenta que não é possível garantir que a pessoa esteja realmente sendo impactada pelo anúncio; por isso, diz-se que o veículo está sendo exposto ao público. Isso porque nem sempre a pessoa que está em frente a uma televisão ou escutando uma programação de rádio está atenta àquela comunicação – ela pode simplesmente ignorá-la ou sair do ambiente no momento da inserção (exposição da peça publicitária). A frequência trata-se, de acordo com Katz (2004), de quantas vezes o consumidor será exposto à mensagem. “A frequência é calculada do ponto de vista do público, ou seja, com base no número de vezes que o público foi atingido pelo comercial ou anúncio” (VERONEZZI, 2002, p. 93). Ela não garante, assim como a cobertura, que os consumidores serão contemplados com a mensagem o mesmo número de vezes em que ela for exposta, mas, a partir de pesquisas com dados anteriores, pesquisas de comportamento, entre outras, é possível estimar quantas vezes o consumidor poderá ser acessado, de acordo com o número de inserções da peça no veículo. VOLUME DE GRP Programação Inserções Pontos de audiência Cálculo GRP Jornal da noite 3 30 30x30 90 Novela 3 35 3x35 105 Reality show 5 25 5x25 125 Total 11 90 320 O impacto é o “total de GRPs em números absolutos, ou seja, a quanti�cação dos contatos que um veículo de qualquer meio estabelece com o público, ao longo de sua programação” (REIS; SIQUEIRA, 2009, p. 73). A percepção do impacto está diretamente relacionada aos GRPs, e ele pode ser projetado a partir de dados alcançados pelos veículos de comunicação contemplados no plano. 6.2 Linguagem versus Mídias Cada meio têm características e públicos próprios, que precisam ser conhecidos pelos planejadores e executores de mídia para que se chegue aos objetivos desejados. Essa construção estratégica perpassa tanto a escolha dos veículos, do número de inserções, entre outros, quanto as decisões em relação a como as mensagens serão elaboradas. A criação, em publicidade, é responsável por construir as linguagens adequadas para chegar aos públicos com a mensagem correta; nesse caso, considera-se a linguagem visual e o argumento da campanha. Isso pode ser feito de maneiras distintas, mas é imprescindível que se reconheçam, antecipadamente, quais linguagens são mais adequadas a cada meio, veículo e grupo consumidor. Um bom exemplo é uma campanha realizada pelo Banco Itaú: “as vovloggers”. O desa�o da campanha desenvolvida pela agência Afrika era apresentar o aplicativo do banco como sendo tão fácil de utilizar que até mesmo quem não é nativo digital consegue operá-lo. A campanha foi realizada a partir de vídeos veiculados no YouTube (que, devido ao sucesso, migraram para a TV aberta) em que duas protagonistas, uma de 79 e outra de 80 anos, aprendiam a usar o aplicativo, de forma muito bem-humorada e trazendo a situação para o dia a dia. A linguagem da comunicação aplicada às mídias promove o reconhecimento dos públicos em relação à mensagem apresentada. Essa adequação possibilita sensibilizar o consumidor que, porventura, esteja disperso ou desinteressado da mensagem que deve ser comunicada. Assim, cria-se envolvimento a partir do interesse, seja pelo estímulo da curiosidade, a partir do humor ou do convite à interatividade, ou pelo elemento surpresa de uma peça/argumento. Um exemplo de peça publicitária veiculada em revista é o anúncio da empresa Hard Rock Café. A peça é extremamente simples: um garfo com as pontas retorcidas remetendo a uma imagem associada ao gênero musical metal. Apesar da simplicidade do anúncio, ele trabalha com o inusitado a partir da desconstrução do signi�cado do objeto “garfo”, ressigni�cando-o e associando-o ao conceito da marca. É cada vez mais demandado dos pro�ssionais da área e de anunciantes que as linguagens da comunicação sejam coerentes com os meios, de forma que envolva o público. Essa necessidade se intensi�ca porque, em especial devido às possibilidades da comunicação on-line, as pessoas estão cada vez mais seletivas, dispersas e reativas aos apelos comerciais (REIS; SIQUEIRA, 2009). 6.2.1 Processo de Comunicação Ao longo do século XX, os processos de comunicação foram sendo descortinados por autores a partir das Teorias da Comunicação (MATTELART; MATTELART, 2001). De acordo com Mattelart e Mattelart (2001), as mudanças nas proposições teóricas vieram a partir do amadurecimento sobre o conhecimento da área de Comunicação, disciplina relativamente nova em comparação com outras, como Filoso�a, Sociologia etc. As descobertas e comprovações também se tornaram possíveis porque se passou a dedicar mais atenção às reações daquele que antes era desconsiderado: o receptor. Os primeiros ensaios teóricos da área davam conta de entender um emissor, um receptor e uma mensagem a ser transmitida (MATTELART; MATTELART, 2001). Esses elementos ainda fazem parte do processo de comunicação; a mudança se fez em relação ao entendimento de cada elo dessa construção, associado a outros elementos que foram assimilados ao processo. A �gura “Modelo clássico de comunicação” apresenta um modelo clássico do processo de comunicação, que pode variar entre autores, mas que, via de regra, submete-se aos mesmos elementos. Modelo clássico de comunicação OGDEN; CRESCITELLI, 2007, p. 13. De acordo com o modelo apresentado por Ogden e Crescitelli (2007), a mensagem segue do emissor ao receptor, mas sofre interferências no que diz respeito a como essa mensagem é codi�cada pelo emissor e decodi�cada pelo receptor. Além disso, o ruído, que pode ser considerado uma interferência do meio ou da própria absorção das partes, in�uencia a forma como essa construção será absorvida. De maneira prática, o processo de comunicação oportuniza que os pro�ssionais da área, considerando as variáveis do processo, ajam de maneira preventiva, antecipando-se às possíveis interferências do processo. Analise com atenção um processo de comunicação estabelecido entre pro�ssionais de comunicação (assista a uma entrevista, por exemplo) e busque veri�car as etapas doprocesso de comunicação explicitadas na conversa. Busque entender a e�ciência ou os ruídos existentes entre emissor e receptor. D I CA 6.2.2 Linguagem Adaptada a Cada Mídia Se cada meio traz a possibilidade de conquistar um determinado público, também é factível que a linguagem utilizada sensibilize os consumidores de diferentes formas. As questões discutidas pelos pro�ssionais atualmente estão direcionadas a como impactar pessoas em seus ambientes de trabalho, estudo, entretenimento, entre outros, de forma que a mensagem esteja de acordo com o contexto no qual ela está inserida. É possível, por exemplo, estar andando na rua e deparar-se com mensagens adesivadas no chão – como foi o caso de uma campanha do McDonald’s, em que destacaram a faixa de segurança, substituindo-a pela imagem da embalagem de batatas do McDonald’s. A internet é um vasto campo que está sendo explorado pela publicidade, em especial no que diz respeito à adequação ao meio. É possível perceber que, se a mídia é o canal que enuncia a mensagem, a linguagem da comunicação deve desenvolver-se, visando a esse canal, com sinergia e coerência. 6.2.3 Desafios: Linguagem versus Mídia versus Público-Alvo O planejamento necessário para a concretização dos resultados desejados também é o responsável por garantir convergência entre as muitas variáveis do processo de comunicação (SISSORS; BUMBA, 2001). Ao considerar os desa�os que emergem em um plano de comunicação, está propondo-se, principalmente, que as questões centrais linguagem, mídia e público-alvo sejam identi�cadas de maneira prévia e monitoradas em todas as etapas. É importante destacar, portanto, que as questões pertinentes ao planejamento de comunicação, que é mais amplo e generalista, foram consideradas antes da realização do plano de mídia. De acordo com Sissors e Bumba (2001), seria reducionista considerar que o departamento de mídia é responsável somente por analisar em qual dia será feita determinada inserção em tal veículo; pensar dessa forma restringe as possibilidades estratégicas do pro�ssional. Para Sissors e Bumba (2001, p. 19), “considerar em quais meios os anúncios serão mais e�cientes para in�uenciar o comportamento do cliente em potencial, de modo a resultar em vendas” é o grande desa�o de um planejamento. Ou seja, o questionamento sintetiza a di�culdade maior, que é entender pessoas, seus comportamentos, suas expectativas, suas necessidades, para lhes oferecer soluções reais, com foco direto em cada indivíduo que seja um cliente ou um potencial cliente. Enfrentar essa realidade em um momento complexo como o de hoje, em que os mercados são voláteis, em que as ofertas de produto chegam de todos os hemisférios e o ponto de venda está a um clique, é uma missão que demanda pro�ssionais muito quali�cados. Uma questão importante que �gura nesses tempos de alta segmentação são as escolhas entre as mídias de massa e as mídias de nicho. Quanto mais se consegue falar diretamente com cada pessoa pertencente ao segmento, maior a probabilidade de construção de um relacionamento (SAFKO; BRAKE, 2010). No entanto, considerar que o consumidor é dotado de personalidade não exclui o fato de que ele precisa de comunidades: “as pessoas gostam de interagir umas com as outras e pertencem a grupos com objetivos e interesses comuns” (SAFKO; BRAKE, 2010, p. 51). As a�rmações parecem contraditórias? Sim. Na verdade, essas perspectivas de�nem as sociedades complexas e como se comportam no mundo. É realmente possível que o grande embate dos pro�ssionais de comunicação resida hoje na dicotomia massa versus nicho. Dependendo do anunciante, é mandatório que o plano contemple mídias tradicionais (que atinjam muitas pessoas). Considere, por exemplo, uma empresa como a Net�ix; a demanda de muitos públicos, com as mais diferentes culturas e, portanto, interesses, deve ser atingida. Essa empresa se utiliza Mídias de nicho são aquelas que conseguem segmentar muito os públicos, chegando a um nível muito seguro de reconhecimento do comportamento dos indivíduos. Exemplo: um catálogo destinado a pro�ssionais do varejo de moda. ESCLARECIMENTO das mais diferentes estratégias e ferramentas para segmentar esses públicos – desde a cobertura do plano até a seleção de mensagens que sejam muito direcionadas a um consumidor em especial. As mídias de massa têm como característica atingir um grande número de pessoas. Nessa estratégia, é possível que muitos dos públicos atingidos não sejam o público-alvo da empresa. Nesses tempos de comunicação personalizada, tendo como objetivo segmentar ao máximo e construir relacionamentos próximos, quais estratégias poderiam ser desenvolvidas para os públicos de massa, visando construir comunicações exclusivas, personalizadas? Felizmente, muitos pro�ssionais estão dedicados a desenvolver ferramentas e estratégias que possam dar conta dessas questões, elevando sobremaneira o pro�ssionalismo e a assertividade da área. 6.3 Mídia Impressa: Jornal O meio jornal �gura entre as mídias tradicionais. Foi o precursor dos meios e o primeiro a ser utilizado formalmente, para construir o início da publicidade contemporânea (REIS; SIQUEIRA, 2009). © dolgachov / / 123RF. Apesar de seu �m já ter sido anunciado muitas vezes, em função da facilidade gerada pelo meio digital (e a partir das previsões que dão conta das mudanças culturais), o jornal continua tendo uma relevância considerável para os públicos. Com o amadurecimento da área da Comunicação e as mudanças advindas da segmentação dos públicos, os veículos passaram a implementar em seus impressos os ajustes necessários para se manterem atualizados. Um deles se refere ao posicionamento que de�ne os públicos-alvo. Atualmente os jornais são mais posicionados quanto a suas orientações políticas, sociais e econômicas. Isso se destaca porque, estando diretamente associado à disciplina de Jornalismo, um dos paradigmas construídos sobre esse canal foi o da imparcialidade. No entanto, após muitos embates que colocaram na berlinda veículos e pro�ssionais da área, muitos desses pro�ssionais e empresas já assumiram determinadas posições, que os fazem ser escolhidos ou rejeitados, a depender do posicionamento dos consumidores. O posicionamento das empresas jornalísticas varia de acordo com escolhas que dizem respeito a seus objetivos estratégicos e crenças, porém todas estão sujeitas a um conjunto de normas éticas, que estabelecem o perímetro entre a informação jornalística (retrato �el da realidade observada) e a exposição pura e simples (REIS; SIQUEIRA, 2009). 6.3.1 Características, Vantagens e Desvantagens O meio jornal é, de acordo com Reis e Siqueira (2009), uma mídia seletiva, uma vez que seu propósito primeiro é o de informar. Os jornais podem ser impressos diariamente, semanalmente e até mensalmente. É comum, por exemplo, que jornais de bairro tenham tiragens (número de impressões) semanais, enquanto jornais de público mais amplo sejam comercializados diariamente. Segundo Shaver (2002, p. 33), os jornais comercializam dois produtos: notícias e informações para os leitores; audiência para os anunciantes. Como é um meio que atende às massas (e elas têm interesses bastante difusos), os jornais, normalmente, estão estruturados a partir de assuntos que interessam a diferentes públicos-alvo, por isso são comuns os cadernos especializados sobre política, cultura, decoração, educação, entre outros. Também é possível que determinado veículo mantenha tiragens diárias em cidades maiores, como as capitais, enquanto desenvolve edições regionais, mais direcionadas às notícias locais, junto a populações menores (SHAVER, 2002). De acordo com a pesquisa Mídia Dados (2019), realizada pelo Grupo de Mídia São Paulo, a audiência de jornal aumentou no ano de 2019, contrariando as expectativas. Porém tem sido desa�ador conquistar mais anunciantes para este meio, uma vez que eles estão migrando seus investimentos para as plataformas digitais. O jornal é normalmente comercializado para os anunciantes em centímetro x coluna,e cada veículo tem valores distintos (REIS; SIQUEIRA, 2009), que variam de acordo com a cobertura, tiragem, penetração no público-alvo, centimetragem etc. Quanto às vantagens associadas aos jornais, Shaver (2002) destaca a diversidade de formatos e as possibilidades de construir anúncios com imagens, textos e as mais diversas linguagens, que vão desde um editorial até os anúncios convencionais. Além desse diferencial, pode-se destacar, como já mencionado, o custo relativo baixo (valor por leitor), visto que é uma mídia de ampla cobertura e que um exemplar pode, inclusive, atingir várias pessoas com um mesmo impresso. O jornal tem também a vantagem de ter credibilidade perante os consumidores, uma vez que seu objetivo primário é a informação (REIS; SIQUEIRA, 2009). 6.3.2 Formatos de Anúncio Os formatos de anúncios comercializáveis podem ser diferentes, dependendo do veículo que os disponibiliza, porém, de acordo com Reis e Siqueira (2009, p. 102), os formatos tradicionais: São divididos verticalmente em 6 colunas com 54cm de altura, chamados de standards. Também existem os com formato tabloide, com 28,5 cm de altura x 26,7 de largura (correspondente a 5 colunas). Nos classi�cados, 26,7cm de largura correspondem a 9 colunas. Além dos formatos tradicionais, muitos veículos ainda oferecem formatos especiais de anúncio, como é o caso do da Folha de São Paulo, que oferta a possibilidade de colocar cinta (formato que circunda o jornal); incluir anúncio com aroma; intervenção no texto; ilhado (anúncio mesclado com um texto que tenha coerência com o argumento da mensagem/anunciante; entre outros). 6.4 Mídia Impressa: Revista As revistas são, possivelmente, os veículos que têm mais sofrido as pressões da migração dos leitores para o on-line (MÍDIA..., 2019). © Federico Rostagno / / 123RF. Os veículos que ainda conseguem se manter relevantes para os públicos são aqueles dedicados a conteúdos locais e/ou com assuntos muito direcionados a um determinado nicho. 6.4.1 Características, Vantagens e Desvantagens O meio revista pode atuar junto aos públicos de massa ou, também, pode ser segmentado. Isso se constitui em vantagem ou desvantagem, a depender da maneira como essa característica é explorada (SHAVER, 2002). A revista possui cobertura local, regional, nacional ou internacional e, por ser uma mídia impressa e diversi�cada, possibilita ao criador ampla criatividade pois, com a versatilidade de algumas revistas, é possível anexar amostras de tecidos, perfumes, brindes, etc. (REIS; SIQUEIRA, 2009, p. 108). As revistas têm como característica atender a um público de maior poder aquisitivo, com uma média de renda superior aos públicos de maneira geral. Isso confere outra vantagem, que é a possibilidade de reconhecer quais as publicações adequadas para o nicho desejado. Por ser um periódico, que dura mais junto ao consumidor, uma inserção na revista pode constituir uma lembrança da marca. As desvantagens de anunciar em revistas estão relacionadas à diminuição de seu consumo, quando comparadas aos conteúdos digitais, que, inclusive, não sofrem com a obsolescência de conteúdos. Além disso, o custo absoluto é alto, em comparação a outros meios. 6.4.2 Formatos de Anúncio Os anúncios, assim como na mídia jornal, variam de acordo com o veículo que está disponibilizando-os. De acordo com Reis e Siqueira (2009, p. 108), é comum que eles sejam de “uma página, página dupla, 1/6, ¼, 1/3, ½, utilizando dezenas de páginas ou encarte”. Apesar das di�culdades enfrentadas pelos meios, os veículos estão buscando se adequar ao digital, no sentido de atualizar o formato sem perder sua essência de durabilidade e credibilidade junto aos públicos (MÍDIA..., 2019). ! Recapitulando Adentramos a área de mídia reconhecendo conceitos e ferramentas para o desenvolvimento de uma campanha. Vimos que as diferentes mídias são complementares e que se bem analisadas, de acordo com o público e as características do meio, podem conferir resultados efetivos ao anunciante e à agência. As mídias convencionais buscam sensibilizar as massas por meio de campanhas com grandes audiências; já as mídias segmentadas devem conhecer seus públicos com mais profundidade. A união dessas características pode resultar em uma estratégia e um plano de ação de sucesso. Há, no mercado, uma abundância de informações para que se reconheçam os per�s dos consumidores e inúmeras possibilidades de atuação em mídia a partir de informações técnicas necessárias. O conhecimento – tanto em termos de pessoas quanto de plataformas – é o que diferencia um bom case de mídia. Apesar de todas as mudanças, sociais e tecnológicas, pro�ssionais e clientes nunca tiveram tantas condições a sua disposição, que os possibilitam atuar amparados por inúmeras informações relevantes. A tomada de decisão deve ser rápida e precisa, e os dados, portanto, devem ser organizados de forma a contribuir com a segurança operacional dessas resoluções. Apesar de muitas métricas estarem disponíveis, somente por meio de uma análise combinada especí�ca para cada proposta é que se pode chegar a dados seguros. Portanto, não se trata do conceito ou do tipo de métrica, mas da apropriação, pelo pro�ssional, de como tal ferramenta ou dado poderá contribuir para melhorar a performance da peça/campanha. Por �m, diante de tantos aspectos que exigem envolvimento, interação, criatividade, segmentação e outros mapeamentos necessários, é a partir do relacionamento que se constroem as pontes que oportunizarão que as empresas cheguem até seus consumidores – e permaneçam lá. Proposta de Atividade Agora é a hora de recapitular tudo o que você aprendeu neste capítulo! Elabore um comparativo entre as vantagens e as desvantagens dos meios convencionais em relação aos meios digitais, produzindo, ao �nal, uma re�exão a respeito de como os meios jornal e revista podem se bene�ciar de suas características intrínsecas para manterem seus propósitos, destacando as principais ideias abordadas ao longo do capítulo. Ao produzir seu comparativo, considere as leituras básicas e complementares realizadas. Referências KATZ, H. Media Handbook: um guia completo para e�ciência em mídia. São Paulo: Nobel, 2004. KOTLER, P.; KARTAJAYA, H.; SETIAWAN, I. Marketing 4.0. São Paulo: Sextante, 2017. LUPETTI, M. Planejamento de Comunicação. São Paulo: Futura, 2000. MATTELART, A.; MATTELART, M. História das Teorias da Comunicação. São Paulo: Loyola, 2001. MÍDIA Dados 2019. Grupo De Mídia São Paulo, 2019. Disponível em: <https://www.gm.org.br/midia-dados-2019>. Acesso em: 18/03/2020. O GRUPO. Grupo De Mídia São Paulo. Disponível em: <https://www.gm.org.br/historia>. Acesso em: 18/03/2020. Acesse os sites de veículos proprietários de mídias tradicionais e busque entender seu posicionamento e seus diferenciais e avaliar quais são as novas possibilidades oferecidas, na busca de manter essas mídias atualizadas. D I CA https://www.gm.org.br/midia-dados-2019 https://www.gm.org.br/historia OGDEN, J. R.; CRESCITELLI, E. Comunicação Integrada de Marketing: conceitos, técnicas e práticas. São Paulo: Pearson, 2007. REIS, Z. R.; SIQUEIRA, P. Mídia para Iniciantes. São Paulo: Baraúna, 2009. SAFKO, L.; BRAKE, D. K. A Bíblia da Mídia Social: táticas, ferramentas e estratégias para construir e transformar negócios. São Paulo: Blucher, 2010. SHAVER, M. A. Como Vender a Mídia – o marketing como ferramenta de venda do espaço publicitário. São Paulo: Nobel, 2002. SISSORS, J. Z.; BUMBA, L. Planejamento de Mídia. São Paulo: Nobel, 2001. VERONEZZI, J. C. Mídia de A a Z. São Paulo: Flight, 2002. ZELTNER, H. Gerenciamento de Mídia. São Paulo: Nobel, 2001. CAPÍTULO 7 Mídias: Eletrônica e Exterior Objetivos do Capítulo Apresentar as mídias eletrônicas: rádio e televisão. Apresentar as opções de mídia exterior: outdoor e mobiliário urbano. Tópicos de Estudo Tópico 1- Mídia eletrônica: rádio. Características, vantagens e desvantagens. Formatos de anúncio. Tópico 2 - Mídia eletrônica: televisão. Características,vantagens e desvantagens. Formatos de anúncio. Tópico 3- Mídia exterior: outdoor. Características, vantagens e desvantagens. Formatos de anúncio. Tópico 4 - Mídia exterior: mobiliário urbano. Características, vantagens e desvantagens. Formatos de anúncio. Contextualizando o Cenário O investimento em publicidade e propaganda é uma preocupação crescente entre as organizações. Pode até parecer uma tarefa difícil escolher um tipo de mídia dentre tantos, mas não é. Entendendo os desa�os que o mercado apresenta, além de conhecer o produto e o público-alvo listados no brie�ng, é possível elaborar materiais de mídia voltados para as necessidades da organização, pois são esses os dados que servem de base para o pro�ssional de mídia de�nir o meio que melhor se ajusta aos objetivos do cliente. Diante desse cenário, surge um questionamento: ao se escolher e elaborar uma mídia (rádio, TV, outdoor ou mobiliário urbano), quais perguntas devem ser feitas ao cliente? 7.1 Mídia Eletrônica: Rádio É natural os seres humanos se ocuparem com a produção e a troca de informações e conteúdos. Desde as mais antigas formas de comunicação até as mais recentes descobertas, o desenvolvimento, o armazenamento e a propagação da informação têm sido aspectos centrais da vida em sociedade. Não é à toa que, a todo momento, surgem novas redes sociais e novas formas de se fazer publicidade. Ao usarem os meios de comunicação e as mídias, os seres humanos criam teias de signi�cação para si e para os outros? Nesse contexto, uma mensagem ou linguagem torna possíveis os vínculos entre os indivíduos. Portanto, a comunicação é a ação simbólica que possibilita as relações. Thompson (1995) trata da importância dos tipos de poder para a sociedade, os quais estão resumidos no quadro “Formas de poder”. Formas de poder Fonte: THOMPSON, 1995, p. 25. (Adaptado). O quarto tipo de poder (simbólico ou cultural) é, segundo Thompson (1995), o resultado da atividade produtiva e corresponde à coordenação dos indivíduos e à atividade coercitiva. Formas de poder Recursos Instituições paradigmáticas Poder econômico Materiais �nanceiros Instituições econômicas (exemplo: empresas comerciais) Poder político Autoridade Instituições políticas (exemplo: estados) Poder coercitivo (especialmente o poder militar) Força física e armada Instituições coercitivas (especialmente militares, mas também a polícia, as instituições carcerárias etc.) Poder simbólico Meios de informação e comunicação Instituições culturais (exemplo: igreja, escolas e universidades, indústrias da mídia etc.) © scanrail / / 123RF. (Adaptado). De acordo com Thompson (1995), os meios de informação e comunicação incluem os meios técnicos de �xação, transmissão e recepção da informação e do conteúdo simbólico, o que Bourdieu e Saint-Martin (2012) nomearam como capital cultural. Incluem também o prestígio acumulado, o reconhecimento e o respeito, tributados a alguns produtores ou algumas instituições, ou seja, o “capital simbólico”. Na produção de símbolos, é possível utilizar, além do conteúdo simbólico, outras fontes para a realização de ações que possam intervir nos acontecimentos e que têm diferentes consequências. Tais ações podem causar reações, direcionar respostas de determinado teor, indicar caminhos e decisões, induzir alguém a acreditar ou desacreditar, dar suporte aos negócios do estado ou estimular a revolta coletiva. Assim, esse tipo de autoridade, composta por meios de comunicação como o rádio e a TV, pode in�uenciar o rumo dos acontecimentos e as ações dos outros. 7.1.1 Características, Vantagens e Desvantagens O rádio é um tipo de mídia eletrônica que alcança vasta audiência, sendo considerado, portanto, um meio de comunicação de massa. Segundo Kischinhevsky (2009, p. 225), o rádio conquistou, nos anos 30 e 40, um lugar de destaque nas salas de estar, proporcionando informação e entretenimento. Ouvi- lo representava uma experiência familiar, coletiva. O rádio concentrava as atenções ao constituir um “horário nobre” para seu consumo e, em outros momentos do dia-a-dia, servia de pano de fundo sonoro, onipresente nos espaços públicos e privados. A partir dos anos 50, com a concorrência da TV e o advento do transistor, o rádio foi destronado do posto de principal meio eletrônico nos lares, mas ganhou as ruas, miniaturizado. O vídeo A História do Rádio (TECMUNDO, 2019, on-line) trata de um dos marcos na história da comunicação: o surgimento do rádio, fonte de entretenimento e comunicação. A S S I S T A Passado esse período inicial de esgotamento, o rádio se reconstituiu, estabelecendo-se como um meio de comunicação que acompanha o ouvinte durante suas tarefas diárias ou seu deslocamento pela cidade. Com as novas tecnologias, como o streaming, esse processo é estimulado, e a radiofonia se �rma como a “trilha sonora do cotidiano” (MOREIRA, 1999, p. 213). Por suas características originais e pela elaboração de discursos com o apoio de sonoplastia, locução e música, o rádio aguça a imaginação, ao construir vínculo entre os ouvintes e estabelecer conexões entre a audiência e a realidade (MOREIRA, 1999). Nesse sentido, a audiência passa a compartilhar bens simbólicos e ajuda na elaboração do “eu”, além de proporcionar maior identi�cação de inserção social, gênero e etnicidade, reconhecendo as pessoas como indivíduos que pertencem a um grupo, uma coletividade, em diversos âmbitos da vida cotidiana (KISCHINHEVSKY, 2009). Ao tratar da transmissão digital do rádio, Neuberger (2012) explica que, embora seja muito mais nítido, esse tipo de transmissão requer maior preocupação com a captação do áudio. É preciso adotar sistemas de proteção contra o excesso de ruídos e buscar microfones mais adequados a essa realidade, que consigam captar sons imperceptíveis pelo processo analógico. Diante desse cenário, de acordo com Del Bianco (2010), as gravações de estúdio também precisam ser revistas. Isso porque a música de fundo, conhecida como BG (background, em inglês), muito utilizada no rádio analógico para compensar a perda de qualidade na transmissão, acabou se tornando um ruído no som digital, passando a competir com a informação mais importante. Dessa forma, o rádio cria um mundo visual acústico. Essa construção de imagens mentais, que podem ser aguçadas com a digitalização e a qualidade sonora digital, representa uma grande parceira na criação de uma ambiência acústica mais rica, marcada por vários planos que, atualmente, são pouco perceptíveis pelo público do rádio analógico (DEL BIANCO, 2010). O rádio é, portanto, uma fonte de entretenimento imediata, que oferece uma vantagem exclusiva: o ouvinte �xa determinada mensagem com muito mais facilidade, uma vez que os efeitos sonoros e os famosos jingles �cam gravados na memória como “chicletes”. Ao contrário da televisão, o rádio apresenta custos inferiores de produção de anúncio. Isso gera alta demanda por parte de agências que buscam valores mais acessíveis. 7.1.2 Formatos de Anúncio Com o crescimento da televisão, havia certo receio de que o rádio fosse rapidamente substituído, mas, com o passar do tempo, foi possível perceber que o rádio apresenta um público especí�co. Tal receio, portanto, mostrou-se equivocado, pois esse meio de comunicação foi capaz de se adaptar muito bem ao cenário tecnológico atual. O rádio também é um importante meio para a divulgação de marcas, produtos e serviços. Isso mostra que, se uma mídia deseja sobreviver às crescentes novidades nos meios de comunicação, ela deve se adaptar aos novos hábitos adquiridos pelo seu público. Hoje, por exemplo, não há esforço para sintonizar a frequência de uma estação no rádio. Além disso, com a inovação tecnológica, uma rápida pesquisa na internet pode localizar, com precisão, determinada rádio. Segundo Neuberger (2012), é possível a�rmar que web rádio é um novo formato de rádio, uma vez que não existe de forma física, apenas virtual. Nesse caso, pode estar somente em streaming ou, ainda, utilizar todos os recursos disponíveisna web, como componentes grá�cos, tabelas, fotogra�as, textos escritos, imagens de vídeo e outros elementos que complementam a informação. É possível conhecer algumas dessas rádios em sites como Tudo Rádio (O SITE..., on-line) e Radios.com.br (MILHARES..., on-line). A publicidade no rádio se divide em anúncios ao vivo e em comerciais gravados. Por sua vez, os espaços de publicidade podem ser de dois tipos: os inseridos durante os programas com horários de�nidos e os O rádio foi o primeiro meio de comunicação eletrônico de grande impacto e representou uma enorme revolução tecnológica, tornando-se conhecido por todos. Atualmente, está passando por profundas alterações. Para saber mais, assista ao vídeo Mídia em Foco: rádios | programa completo (TVBRASIL, 2018a, on-line). ASS I S TA veiculados no intervalo (break) dos programas. Dentre os formatos de anúncio para rádio, é possível destacar os seguintes: spot, jingle, foguete, testemunhal, patrocínio americano e ponto de venda. O spot é um texto publicitário que pode ter fundo musical com efeitos sonoros, gravado por um ou mais locutores, mostrando uma imagem quase real da mensagem. A mensagem é tão importante quanto a voz de quem a transmite. Tais espaços são vendidos por segundos ou minutos e, dependendo do horário, o valor pode ser mais caro, devido à audiência. O jingle é uma mensagem publicitária cantada, em forma de música. Geralmente, é simples e fácil de se cantarolar e decorar. Por seu turno, o foguete tem duração de cinco a sete segundos, sendo mais rápido que o spot. Esse tipo de mensagem, normalmente, surge em transmissões esportivas. O testemunhal é um texto falado no ar, uma mensagem personalizada, como o depoimento do locutor-apresentador a respeito do produto ou serviço que está sendo anunciado. Existe, ainda, o patrocínio americano, que é uma mensagem ao vivo com horário programado, semelhante ao testemunhal, mas com horário de�nido e exclusivo. Por �m, há o ponto de venda, que é uma locução ao vivo, direto do estabelecimento relacionado à propaganda. Nesse tipo de publicidade, podem ser realizados sorteios, o que atrai a audiência para o local. O espaço negociado apresenta um valor que varia de acordo com o horário e o posicionamento da emissora. 7.2 Mídia Eletrônica: Televisão No Brasil, o retorno que a televisão proporciona, ou seja, a audiência em termos publicitários, é baseado no IBOPE (Instituto Brasileiro de Opinião Pública e Estatística). De acordo com Tamanaha (2006, p. 15), [...] como as emissoras dependem exclusivamente da receita publicitária para a sua sobrevivência e têm consciência da importância dos níveis de audiência no plano de mídia, realizam altos investimentos em tecnologia e na produção de programas que agradem ao público, para, dessa forma, aumentar os índices de audiência e também suas receitas. © rawpixel / / 123RF. O resultado da participação de audiência é o critério técnico utilizado pelo pro�ssional de mídia para distribuir a verba de veiculação ou o GRP (Gross Rating Points, em inglês), pois, dessa forma, cada uma das emissoras de TV recebe o investimento proporcional a sua participação quanto à audiência domiciliar ou individual. 7.2.1 Características, Vantagens e Desvantagens O mundo está mudando rapidamente, e o comportamento da audiência acompanhou a evolução dos meios de comunicação. Cada vez mais, a TV e a web estão se misturando e desa�ando os pro�ssionais de publicidade e de marketing – da comunicação, de forma geral – a pensarem além do modelo de difusão de massa tradicional, e é nesse contexto que surge a TV personalizada. A televisão, apesar de perder espaço para a internet, ainda tem a atenção do brasileiro? Essa nova TV permite que as marcas veiculem mensagens únicas para públicos especí�cos. Isso é feito com base no conhecimento já mapeado do público de determinado domicílio, com foco em atributos como estilo, estágio de vida e dados primários da marca. Além disso, na televisão, há uma concentração de audiência no chamado horário nobre, entre 18h e 24h, e, no rádio, principalmente FM, a audiência se dilui durante o dia e entre as emissoras o�ciais e piratas, que, somadas, são mais numerosas do que as de televisão (TAMANAHA, 2006). Como boa parte do público da TV migrou para outras mídias, esse meio passou a apresentar nichos mais divididos. Nesse aspecto, quanto mais segmentado é o público de uma marca, maior é a oportunidade, pois a TV personalizada, alimentada por dados de clientes, pode proporcionar uma experiência mais signi�cativa, visto que tem o poder de veicular a informação correta, no momento oportuno, para o público certo. A personalização é muito importante para os anunciantes, pois é uma estratégia que impacta um grupo de interesse especí�co. Por exemplo: um serviço como uma casa de repouso para idosos pode ter seus anúncios veiculados de formas diferentes, para que atinja tanto o idoso quanto os parentes responsáveis por eles. Além disso, marcas podem oferecer informações sobre aquecedores, por exemplo, o que pode ser associado à geolocalização. O termo penetração, utilizado para representar a quantidade de pessoas que têm o hábito de consumir um produto, foi incorporado à atividade de mídia no sentido de quantidade, em porcentagem ou número absoluto, de pessoas de uma praça que consomem os produtos produzidos pelos meios e veículos. CUR IOS IDADE © Maksym Yemelyanov / / 123RF. Ao mesmo tempo que fornece a oportunidade de atingir o público desejado, a TV pode complementar outras campanhas de massa. Com ela, é possível gerar um ciclo de feedback para testar mensagens, frequência de acesso ou exibição, regionalidade etc. Diante disso, os pro�ssionais de TV têm autonomia para adotar estratégias proativas ou reativas. As variações na distribuição dos anúncios ou na grade de programação podem ser interligadas com a veiculação, em tempo real e de forma programada, por outros canais. A TV possibilita a mensuração de público, o que é uma das vantagens mais importantes da nova tecnologia para anunciantes, pois isso cria oportunidades de estratégia de publicidade sob medida. Além disso, a TV possibilita a identi�cação e o atendimento das necessidades diárias dos clientes ao longo de suas jornadas, o que tem valor inestimável para todos. 7.2.2 Formatos de Anúncio Diante da inequívoca importância da TV aberta, ou simplesmente televisão, é fundamental que os pro�ssionais continuem se dedicando a esse assunto. Eles não devem parar de se aperfeiçoar, ainda que muitas pessoas tenham se voltado para a internet e deixado um pouco de lado essa importante ferramenta de comunicação. © Boiko Ilia / / 123RF. (Adaptado). Para isso, Tamanaha (2006) destaca três importantes abordagens, conforme exposto a seguir. 1. A comercialização do espaço publicitário. De acordo com o autor, a mídia técnica deve muito à televisão, mais precisamente a Walter Clark, que ajudou a construir a TV Globo e pro�ssionalizou a atividade de comercializar espaço publicitário no meio, o que in�uenciou a área de mídia. Assim como no rádio, a compra é feita considerando-se os segundos ou minutos, e o custo varia conforme a audiência e o horário. Na TV Globo, Walter Clark legitimou o conceito de grade de programação e de custo pela duração do comercial, junto com Boni, responsável pela qualidade de produção dos programas. Para Walter Clark, a grade de programação da televisão deveria ter a mesma funcionalidade do jornal, no qual o leitor sabe encontrar as matérias de seu interesse, e o editor deve identi�car a página em que julga mais adequado anunciar. Quanto à televisão, os telespectadores saberiam o que ver em determinado horário, e a emissora estaria empenhada em produzir programas de qualidade. Por sua vez, o anunciante deveria escolher em qual programa veicular o seu comercial (TAMANAHA, 2006). 2. Merchandising em televisão. Nesse meio, tudo é inovador e se renova constantemente. As ações de merchandising realizam publicidade na TV, o que tem sido um sucesso. Segundo Tamanaha(2006, p. 187), [...] um dos maiores desa�os que o pro�ssional de mídia vem enfrentando no dia-a-dia é encontrar um formato de veiculação rentável e e�ciente em chamar a atenção do público-alvo para os benefícios do produto, valorizar a marca e gerar consumo. Isso acontece porque está cada vez mais difícil conquistar a preferência do consumidor, diante da enorme quantidade de produtos à sua disposição, com preços e qualidade variados. Ter um consumidor predisposto a adquirir a marca signi�ca vantagem em relação aos concorrentes. Em marketing, o termo merchandising refere-se à atividade de destacar o produto no ponto de venda, para chamar a atenção do consumidor, como a pilha de produtos colocada logo na entrada do supermercado e o banner aberto no estacionamento. A televisão se apropriou do termo por considerar que os programas funcionam como pontos de venda, e a ação de merchandising de um produto, como acontece nas lojas, aparece de forma natural e integrada ao ambiente do programa. Ademais, é na TV aberta que se veicula a maioria das ações de merchandising (TAMANAHA, 2006). Na televisão, essas ações podem ocorrer em novelas, programas de auditório e de variedades, dentre outros. O merchandising em novela, por exemplo, é a publicidade implícita, criada no texto pelo próprio autor. O produto surge naturalmente, e os personagens o usam ou degustam, podendo até mencionar a marca. Ao escrever o roteiro, o autor cria situações que permitem ações de merchandising de produtos e serviços. Em novelas, o público costuma ter como referência de moda e de comportamento as situações vividas na trama, incluindo a ação de merchandising. Como essa ação se desenrola no contexto da trama, as situações de uso e de consumo do produto ou serviço ganham tom de realidade. Além disso, o telespectador percebe o produto como parte integrante do enredo, porque, no mundo real, a situação é igual. Nesse caso, não há custo de produção, como ocorre no comercial, mas há pagamento de cachê ao diretor e aos atores que participaram da ação. 3. Montagem da programação. Segundo Tamanaha (2006), para montar uma programação, é preciso ter em mãos: os índices de audiência dos programas, os dados do per�l dos telespectadores, as tabelas de preço dos veículos e uma calculadora. Assim, é preciso considerar que a programação deve atender aos objetivos de�nidos de alcançar a frequência média, de maneira rentável e com visibilidade. Agora que já foram explicados os principais formatos de anúncio e a importância de cada um, serão abordadas as mídias externas ou exteriores. Para saber mais sobre a história da publicidade na TV, assista ao vídeo 50 Anos da Propaganda Brasileira na TV – parte 1 (ÚLTIMO DOS MOICANOS, 2012). ASS I S TA 7.3 Mídia Exterior: Outdoor A mídia denominada outdoor é muito utilizada quando se deseja um marketing ainda mais completo e que impacte o consumidor em seu trajeto. Distribuídos em ruas e avenidas movimentadas ou estratégicas, os outdoors garantem boa visibilidade e excelente cobertura, atingindo diretamente o público que transita em determinado raio de ação. O outdoor é um tipo de mídia externa que funciona como painel ou placa e que tem uma área visual no formato-padrão de 9 m de largura por 3 m de altura. Ademais, o outdoor tem estrutura de madeira ou metal e, geralmente, é feito com lona ou papel, o qual é indicado para campanhas mais curtas, por ter validade menor, e a lona é utilizada em campanhas de maior duração. Os outdoors são colocados em ruas, avenidas e rodovias mais movimentadas ou que apresentam considerável circulação de um público especí�co. Outdoor. © kostsov / / 123RF. O tempo de contratação mínimo para uma campanha em outdoor é de 14 dias (bissemana). Outro tipo de mídia exterior é o front light, um painel que, em sua estrutura, tem uma luz frontal que proporciona alta visibilidade durante a noite. Esses painéis apresentam estruturas metálicas e não têm medida- padrão, além de a área visual ser bastante variada. Geralmente, eles são encontrados em rodovias, mas também estão presentes em áreas urbanas, porém com o tamanho reduzido. O tempo de contratação varia entre 6 e 24 meses. Times Square. © Pui Hung Cheng / / 123RF. O painel rodoviário é outro tipo de mídia exterior, geralmente encontrado em rodovias, que apresenta um painel de médio ou grande porte, feito em estrutura metálica ou em madeira de alta resistência. Sua área visual é relativamente grande, podendo ou não apresentar iluminação. No painel rodoviário, só pode ser utilizada a lona, e o tempo mínimo de contratação é de seis meses. A mídia externa denominada empena é um painel instalado na lateral de edifícios, �xado por uma estrutura metálica. Em geral, esse tipo de painel tem muita iluminação, gerando impacto visual que destaca a campanha e chama a atenção do consumidor para a marca, o produto ou o serviço. Nesse caso, o tempo de contratação mínimo varia entre 6 e 24 meses. A mídia externa apresenta abrangência e diferenciais que as demais mídias não possuem. Os painéis em pontos de venda, outdoors e móveis e os painéis para projetos especiais estão sempre em pontos estratégicos. Sendo a mídia externa um meio de propaganda frequente e que atinge grande público, um cliente que assiste à propaganda de uma faculdade no intervalo do jornal na TV, à noite, por exemplo, pode ver o outdoor da instituição na rua, durante o dia. Inclusive, existe a possibilidade de instalar uma câmera no painel, para que o pro�ssional de mídia ou o cliente observem a campanha. Além disso, uma iluminação em led pode dar um toque especial e evidenciar as mídias externas. Portanto, dependendo do nicho de mercado e do objetivo do negócio, essa mídia full time e compulsória pode ser uma ótima opção. 7.3.1 Características, Vantagens e Desvantagens Segundo Tamanaha (2006), a palavra outdoor pode ser interpretada por muitos como placas de grandes dimensões colocadas em avenidas e estradas. A mídia outdoor, no entanto, pode ser considerada todo tipo de publicidade colocada ao ar livre. Outdoor com iluminação. © Daniil Peshkov / / 123RF. Esse tipo de publicidade inclui placas digitais, totens informativos e projeções espalhadas por vários lugares das cidades. O interessante da mídia outdoor é o fato de ser pouco provável que a publicidade não seja notada, pois há grande impacto e abrangência de público. Apesar de as mídias outdoor serem colocadas em lugares de amplo alcance, como avenidas importantes ou próximos a grandes comércios, isso não signi�ca que sejam incapazes de segmentar a sua audiência. Para isso, é importante decidir a quantidade de dispositivos e os locais onde eles podem ser posicionados. A preferência dos moradores varia ao ser comparado um bairro com outro. Pensando nisso, não seria e�caz e econômico, por exemplo, uma loja de lingerie espalhar por toda a cidade várias propagandas para divulgar uma nova coleção, se já houver um público bem de�nido. Muitas pessoas se deslocam pela cidade para ir ao trabalho ou fazer cursos e, provavelmente, encontram o mesmo conteúdo, várias vezes, durante a semana. Isso reforça a marca e desperta o interesse do consumidor, que passa a perceber a existência de um desejo ou de uma necessidade. Ao ver determinado conteúdo ser exibido na sinalização todos os dias, o indivíduo acaba reforçando aquela imagem. Essa repetição, no entanto, não deve ser banal, tornando-se algo cansativo para o público. Nesse contexto, destaca-se a mídia digital outdoor, a qual permite que sejam programados diversos conteúdos, em apenas uma atualização no software. Quem opta por adotar esse tipo de mídia acaba atraindo clientes por recomendações de pessoas que, em certo momento, viram a propaganda em algum lugar. Portanto, investir em um desses meios de comunicação é uma boa estratégia e pode trazer muitos benefícios para um negócio e, nesse contexto, a escolha da mídia correta deve ser feita com cuidado, a �m de atender às necessidades do negócio. Para saber mais sobre as mídias Out of Home (OOH)ou externas, assista ao vídeo Mídia Out of Home É Tema deste Mídia em Foco (TVBRASIL, 2018b, on-line). ASS I S TA 7.3.2 Formatos de Anúncio Segundo Sabadin (1990), o outdoor é um meio de comunicação que tem o objetivo de divulgar uma informação, sendo, por natureza, uma mídia. Em outros veículos de comunicação, a propaganda funciona apenas como um suporte, inserida em um contexto editorial com objetivos �nanceiros. Dessa forma, a publicidade é a razão da existência de um outdoor. Outros meios de comunicação, como rádio e TV, podem viver sem publicidade, pois essa não é a sua única �nalidade, o que não é o caso do outdoor. Sendo esse o seu único propósito, o que o torna tão peculiar, o outdoor pode ser divulgado em conjunto com os demais veículos de publicidade, compondo com eles um mix e�ciente de comunicação. O outdoor, então, é um dos maiores meios de exibição de produtos ou mensagens, por possuir um tamanho considerável e ser de leitura rápida e �xação objetiva. Além disso, não precisa ser comprado, ligado ou escolhido pelo público, o que o faz ser consumível sem muito esforço. Conhecido como a mais pública das mídias, o outdoor é capaz de atingir um número signi�cativo de pessoas que andam pela cidade, sem distinção, e, geralmente, é indicado para lançamentos ou para a sustentação de marcas ou produtos. Como já mencionado, o outdoor pode ser veiculado em formato de impressão tradicional ou de forma digital. A contratação desse tipo de publicidade, geralmente, é semanal ou quinzenal, e é possível escolher os pontos de veiculação. O valor varia de acordo com o número estimado de pessoas que circulam naquele local, ou seja, em ruas mais movimentadas e regiões perto do centro comercial, provavelmente, o preço é maior do que em ruas com pequena circulação. Os outdoors digitais utilizam vídeos para fazer a comunicação e são mídias que apresentam imagens animadas, cores vivas e estão localizadas em pontos estratégicos, com circulação de muitas pessoas. Ademais, esse tipo de mídia tem tamanho, qualidade de imagem e dinamicidade da mensagem em movimento que chamam a atenção dos transeuntes. Além disso, tem baixo custo de veiculação e a possibilidade de apresentar múltiplos vídeos em uma só campanha de publicidade. Nesse sentido, as mídias digitais OOH são grandes aliadas de planos de mídia e são uma alternativa e�ciente e econômica, em comparação com as mídias tradicionais. 7.4 Mídia Exterior: Mobiliário Urbano As empresas apresentam diversas alternativas para �delizar o público- alvo, tanto no caso de pessoas que estão geogra�camente mais próximas das empresas quanto em abrangência nacional, investindo em várias formas de comunicação. Dentre essas formas, destaca-se o mobiliário urbano, como relógios, abrigos de ônibus, placas luminosas, dentre outros, que se refere a peças e equipamentos que são alocados nas ruas ou em ambientes. No caso de pessoas geogra�camente mais próximas da empresa e do mobiliário urbano, qual seria o melhor tipo de mídia a ser utilizada: a eletrônica ou a exterior? Sobre o alcance da mídia, os mobiliários estão espalhados pela cidade, visíveis por todas as pessoas que estão nas ruas, como pedestres, ciclistas e motoristas. 7.4.1 Características, Vantagens e Desvantagens Sendo um importante meio para a divulgação de serviço, produto ou marca, a mídia exterior, externa ou Out of Home (OOH), tem crescido bastante no Brasil e corresponde a um serviço publicitário ao ar livre. Algumas importantes mídias externas são outdoor, busdoor, fachada, painel, letreiro luminoso e mobiliário urbano. Esses meios estão ganhando muita força nas ações publicitárias, devido a seu alto impacto, e, por esse motivo, têm surgido como alternativas mais econômicas, se comparadas com outras mídias, como a TV. Ademais, a mídia exterior apresenta muitas oportunidades. O outdoor de uma instituição de ensino, por exemplo, pode ser colocado em pontos estratégicos e períodos especí�cos, a �m de atingir determinado público, e pode ser utilizado em extensão nacional, em determinadas cidades ou apenas em um bairro. As mídias externas também têm alto impacto, porque são uma ação rápida e objetiva, que impressiona o público pelo tamanho, pelas cores e pela mensagem fácil de ser absorvida. Além de ser uma ação constante, uma vez que há pessoas a todo momento nas ruas, a mídia externa é capaz de atingir uma grande parte de todos os segmentos e com a mesma proporção. De modo geral, as pessoas circulam pelos mesmos locais diariamente e veem as mesmas placas repetidas vezes. Isso leva, inclusive, à memorização da mensagem, a qual é breve e constante. Como desvantagem desse tipo de mídia, é possível citar o fato de ele ser proibido por lei em algumas cidades. A poluição visual que a mídia externa causa em determinados lugares faz a mensagem passar despercebida ou gerar desconforto no consumidor, que acaba associando esse sentimento à marca. Por ser uma mídia barata, há muita procura, e os locais de mais tráfego nem sempre estão disponíveis. A contratação é semanal ou quinzenal, e o valor varia de acordo com o número de pessoas que circulam naquele local, assim como ocorre com o outdoor. Devido ao fato de ser uma mídia que �ca em vias públicas, pode sofrer atos de vandalismo, assim, a informação pode ser destruída antes do tempo previsto. Além disso, a mídia externa não pode ser utilizada para expor qualquer tipo de mensagem, pois não permite, por exemplo, um texto complexo e/ou longo (SABADIN, 1990). 7.4.2 Formatos de Anúncio Segundo Torres (2018, p. 241), “a mídia é o meio pelo qual a publicidade é veiculada”. Nesse sentido, os ambientes físicos utilizados para a veiculação da publicidade também são um tipo de mídia, além de possuírem formatos distintos, servindo para �ns especí�cos. Os mobiliários urbanos podem ser, portanto, de vários tipos, como o anúncio ilustrado na �gura “Publicidade no ponto de ônibus”. Publicidade no ponto de ônibus © kostsov / / 123RF. Os anúncios também podem ser feitos em ônibus, como ilustra a �gura “Plotagem de carros, caminhões e ônibus”. Esse é um meio de publicidade que gera enorme impacto, pois há um grande número de pessoas circulando de ônibus. Esses anúncios podem ser visualizados tanto pelos usuários daquele ônibus quanto pelos demais motoristas e pedestres, atingindo, assim, todo tipo de público. Portanto, podem ser colocados interna ou externamente. Plotagem de carros, caminhões e ônibus © photka / / 123RF. Há também as placas luminosas, que podem ser colocadas em prédios pela cidade, conforme ilustra a �gura “Placas luminosas em edifícios”. Elas chamam a atenção das pessoas e ajudam a reforçar uma marca ou um produto. Placas luminosas em edifícios © Didier B / / Wikimedia Commons. Como exposto anteriormente, os mobiliários urbanos são bens públicos que podem ser utilizados, considerando-se as regras de cada prefeitura. Esse tipo de mídia é relativamente barato e garante um bom volume de pessoas impactadas pela mensagem, sendo uma boa estratégia para as pequenas empresas e as grandes marcas. Máquina de venda de produtos. © Tdorante10 / / Wikimedia Commons. Em uma cidade como São Paulo, que conta com quase 20 mil ônibus e cerca de 17 mil quilômetros de vias, as chances de se chamar atenção tanto de transeuntes quanto de motoristas parados no trânsito é muito grande. Um exemplo de anúncio que pode gerar esse impacto está presente na �gura “Relógios luminosos”. Relógios luminosos © Atrapalhado / / Wikimedia Commons. Além disso, com uma campanha bem estruturada, pode-se utilizar o mobiliário urbano tanto para gerar mídia espontânea, aquela em que as ações geram impacto, de forma automática, quanto para gerar notícias nos meios de comunicação, de maneira gratuita. Assim, resumidamente, as principais vantagens de se usar esses meios para a publicidade são: fortalecimento da imagem da marca; localização privilegiada (lugares com grande �uxo de pedestres ou carros); mobiliário próximo ao ponto de venda, colaborando para a decisão decompra; equipamentos com iluminação ou design arrojado, garantindo a visibilidade 24 horas; manutenção constante. Dessa forma, além de causar grande impacto, esse tipo de mídia permite alto grau de criatividade, possibilitando o relacionamento personalizado com o público. Retomando as palavras de Kotler, Kartajaya e Setiawan (2010), a missão do Marketing 3.0 nas empresas consiste em estabelecer um elo com o cliente, promover a sustentabilidade no planeta e melhorar a vida dos pobres. Se você criar um caso de amor com os seus clientes, eles próprios farão a sua publicidade (KOTLER; KARTAJAYA; SETIAWAN, 2010, p. 134). A criatividade, portanto, pode ser amplamente explorada nesse tipo de mídia. ! Recapitulando As mídias são meios de comunicação de massa, utilizadas para passar informações e estão ligadas a dispositivos eletrônicos que codi�cam e decodi�cam as mensagens. Por apresentarem bons resultados para as organizações, as mídias eletrônicas têm tido uma demanda muito alta. Ademais, ao longo deste conteúdo, foi possível veri�car que a mídia externa, ou Out of Home (OOH), é o formato voltado para meios externos, como os outdoors, e que tanto a mídia externa quanto a eletrônica têm vantagens e desvantagens. Na hora de optar por uma delas, é importante observar e entender fatores como o negócio, o contexto e o público-alvo. Portanto, não existe uma mídia melhor do que a outra. Elas devem ser escolhidas considerando-se o objetivo de cada estratégia de comunicação, pois apresentam características muito especí�cas. Nesse contexto, o rádio cria um mundo visual, acústico e imediato, no qual o cliente memoriza a informação com mais facilidade. Há duas categorias de publicidade no rádio: os anúncios ao vivo e os comerciais gravados. Quanto aos espaços de publicidade no rádio, há dois tipos: os inseridos durante os programas, com horários de�nidos, e os veiculados no intervalo dos programas. Esses anúncios têm formatos variados. Também foi possível veri�car que a TV, apesar de perder espaço para a internet, ainda tem uma parte considerável da atenção do brasileiro. Cada vez mais, a TV e a web estão se misturando e desa�ando os pro�ssionais da área de comunicação a pensarem além do modelo de difusão de massa tradicional. É nesse contexto que surge a TV personalizada, a qual permite que as marcas veiculem mensagens únicas para públicos especí�cos. Isso é feito com base no conhecimento já mapeado do público de determinado domicílio, com foco em atributos como estilo, estágio de vida e dados primários da marca. Por sua vez, o outdoor é uma mídia externa, é uma placa, disposta em uma área de boa visibilidade para as pessoas que estão passando a pé ou de carro. Esse tipo de mídia é muito utilizado, pois é colocado em ruas, avenidas e rodovias mais movimentadas ou que apresentam considerável circulação de um público especí�co. Isso garante um bom resultado para as estratégias de comunicação. Por �m, este capítulo abordou o mobiliário urbano, expressão utilizada para designar peças e equipamentos instalados nas ruas das cidades, como relógios, placas e abrigos de ônibus. Os mobiliários fazem parte das chamadas mídias OOH, que representam mídias de alta frequência, visibilidade e impacto. Portanto, ao usarem os meios de comunicação e as mídias, os seres humanos criam teias de signi�cação para si e para os outros. Por isso, uma mensagem ou uma linguagem correspondem à ação que torna possível os vínculos entre os indivíduos. Proposta de Atividade Agora é a hora de recapitular tudo o que você aprendeu neste capítulo! Escolha um ramo de negócio e elabore uma mídia (eletrônica ou exterior). Além disso, apresente o contexto e o propósito dessa criação e explique como ocorrerá a veiculação dessa mídia, destacando as principais ideias abordadas ao longo do capítulo. Ao produzir sua mídia, considere as leituras básicas e complementares realizadas. 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A importância da integração de mídias: público X linguagem X orçamento. Tópicos de Estudo Tópico 1- Mídia digital. Características, vantagens e desvantagens. Formatos de anúncio. Tópico 2 - Mídia alternativa. Características, vantagens e desvantagens. Formatos de anúncio. Criatividade X disponibilidade de recursos. Tópico 3 - Integração entre mídias. Mídia digital como elemento de integração. Público X linguagem X orçamento. Planejamento de mídia. Contextualizando o Cenário Inseridas em um cenário de comunicação fluida e de livre acesso às pessoas, as empresas são pressionadas a criar conteúdos e formatos que possam atrair a atenção e, mais do que isso, reter os clientes. Os universos digitais se fundem com as propostas off-line; grandes campanhas sucumbem a ações despretensiosas de marcas, até então, desconhecidas; parece já não existirem fronteiras ou padrões a serem seguidos que possam dar conta de orientar as construções midiáticas. Assim se apresentam os muitos desafios da comunicação integrada nos dias atuais. Diante desse cenário, surge uma questão importante: como o conhecimento técnico sobre asmídias poderá conduzir a campanhas bem-sucedidas de comunicação? 8.1 Mídia digital Ao conviver cotidianamente com as mídias – sejam elas on-line ou off-line –, é possível que a diferença entre elas já não seja percebida de maneira consciente. Navega-se por diferentes meios de forma tão natural que a racionalização quanto aos critérios e às características de cada um passa a ser secundária. No entanto as diferenças são bastante contundentes, e é importante que cada conceito seja compreendido e aplicado adequadamente, em especial pelos profissionais da área. O termo digital advém de dígitos – a mídia que se faz por meio de dígitos, de números. Ou seja, o suporte para essa veiculação é a internet, não necessitando de nenhuma plataforma física para a execução. © Sebastien Decoret / / 123RF. De acordo com pesquisa realizada pelo Interactive Advertising Brasil (IAB), junto à consultoria PwC, o investimento em mídias digitais no Brasil já alcançou um terço de todo o investimento publicitário do ano de 2018 (DIGITAL…, 2019). Segundo a pesquisa, os veículos nos quais se investe mais são o YouTube, o Facebook e o Instagram. Safko e Brake (2010) afirmam que as mídias podem ser analisadas a partir de categorias. Os autores definem a seguinte possibilidade de organização: redes sociais: plataformas de interação entre os usuários. editoração: ferramentas utilizadas para facilitar a comunicação via e- mail, blogs e outros. compartilhamento de fotos: armazenadores de fotos com a possibilidade de compartilhamento, como o Google Fotos (<https://www.google.com/intl/pt-BR/photos/about/>) e o Flickr (<https://www.flickr.com/>). áudio: ferramentas e aplicativos de transmissão sonora, como podcasts e outros. vídeo: o YouTube é o compartilhador de vídeos mais reconhecido, que leva aos consumidores um conteúdo atualizado e permite que qualquer indivíduo possa publicar. microblog: geralmente utilizando apenas 140 caracteres, o microblog, como o Twitter, é utilizado para todas as finalidades, desde uma manifestação casual até os mais diferentes objetivos e por diversos segmentos. mundos virtuais: são comunidades virtuais em que cada usuário pode criar seu avatar para interagir com outros usuários. jogos: formando verdadeiras comunidades on-line, os jogos são agregadores de pessoas com um único objetivo em comum – entretenimento. aplicativos de produtividade: são ferramentas que melhoram a produtividade de pessoas e empresas. Como exemplo, podemos citar a Monday (<https://monday.com/lang/pt/pricing>). agregadores: são plataformas que auxiliam pessoas e empresas a reunirem informações em uma mesma base, como iGoogle, MyYahoo, Reddit. RSS (Rich Site Summary): são ferramentas de organização de conteúdos relacionados a um assunto de interesse do usuário. Pode ser um informativo a partir de notícias jornalísticas ou empresariais – enfim, todo tipo de seleção de conteúdos. buscas: são sites que realizam buscas de quaisquer assuntos de interesse. O Google é a referência absoluta nesse segmento. celulares: os aplicativos para celulares (apps – application) estão, atualmente, entre os mais utilizados. interpessoal: são as ferramentas que facilitam a comunicação pessoa a pessoa. Pode-se citar como exemplo o WhatsApp, aplicativo mais utilizado para esse fim atualmente. As mídias são classificadas em anúncios (mídias pagas) e mídias próprias (ou proprietárias). De acordo com Safko e Brake (2010), as mídias pagas são aquelas em que existe uma negociação com fornecedores para que os anúncios sejam veiculados, por exemplo: banners exibidos em um blog ou site; links patrocinados no Google; anúncios patrocinados no Instagram ou no Facebook (ads). As mídias ganhas, ou não pagas, são citações feitas por terceiros envolvendo a marca, capazes de fazer a empresa repercutir positivamente. De qualquer forma, nesse caso, é necessário que a empresa esteja presente na internet, com site e redes sociais ativas, para que a mídia espontânea possa levar à efetivação de venda ou de lead. A exibição do site, dos produtos ou da marca nos primeiros resultados dos buscadores também é considerada mídia ganha, pois não houve investimento (VAZ, 2010). Nesse caso, os resultados aparecem por ordem de relevância, ou seja, quanto maior for a procura e o engajamento do público com a marca, maior a probabilidade de ela aparecer nas primeiras páginas. Os resultados orgânicos aparecem na sequência dos anúncios pagos (ads). LEAD significa clientes que se dispuseram, a partir de uma autorização, a receber informações da marca (conteúdo, produto ou serviço). Em resumo, lead é um potencial consumidor. ESCLARECIMENTO © rawpixel / / 123RF. Por fim, mídias próprias, ou proprietárias, são aquelas gerenciadas e mantidas pela própria empresa. Entram nessa categoria o site, o blog, as redes sociais, um app que a empresa tenha desenvolvido e outras plataformas capitaneadas pela empresa. Os anúncios de Facebook e Instagram podem figurar tanto nas mídias proprietárias, quando a peça não for patrocinada, quanto nas pagas, quando houver investimento para potencializar a divulgação (VAZ, 2010). 8.1.1 Características, Vantagens e Desvantagens De acordo com Torres (2018), as mídias digitais são baseadas em tecnologias on-line. Diferentemente das mídias analógicas, as digitais não necessitam de suporte físico para serem acessadas pelo usuário a partir da internet. No entanto o usuário precisa ter equipamentos com acesso on-line (computadores, tablets, smartphones ou outros). Uma das principais características das mídias on-line é a velocidade com que as coisas acontecem nesse meio. As informações são postadas e atingem, instantaneamente, os públicos-alvo (TORRES, 2018). Nasce daí, também, a necessidade de que todas as mensagens contem com um planejamento para atender, com coerência, aos interesses da marca e de seus públicos. A atuação das empresas junto ao digital pressupõe que elas conheçam e respeitem essa respectiva linguagem. A comunicação por meio dessas plataformas guarda determinadas características que precisam ser apreendidas e aplicadas por aqueles que desenvolvem anúncios e outras formas de aproximação com os públicos. Afinal, em função da dispersão, característica inerente a esse meio, as informações precisam ser diretas e atender a seu objetivo com precisão. A capacidade de alcançar muitas pessoas a um custo acessível, atingindo o público-alvo definido, faz da comunicação on-line uma das mídias mais assertivas atualmente. Além disso, a presença nas mídias digitais oportuniza diferentes maneiras de acessar e ser acessado pelos clientes. Com determinada estratégia, a empresa pode objetivar: a interação com seus consumidores, a entrega de informações que visam à fidelização, a venda em si ou tornar-se uma marca conhecida e relevante. Cada estratégia deve escolher os objetivos a serem perseguidos, explorando, da melhor forma, as características desse meio. Há muitas vantagens em se investir em mídias digitais, mas não se pode negligenciar o fato de que todas as estratégias terão mais chances de êxito se estiverem amparadas por planejamentos sólidos, adequados à realidade da empresa contratante. Na sequência, serão apresentados argumentos que evidenciam os pontos positivos dos investimentos on-line, de acordo com Safko e Brake (2010). A segmentação é, certamente, um dos argumentos mais importantes que todo profissional de comunicação digital poderá utilizar para convencer um cliente a investir nesse meio. As ferramentas disponíveis para segmentar os públicos nas mídias sociais oferecem possibilidades de escolhas muito precisas, com base nas características dos públicos que se quer atingir. É por esse foco no consumidor-alvo que as mídias on-line se diferenciam das mídias de massa. O investimento é um dos fatores que mais seduzem os gestores de comunicação das empresas contratantes. É importante distinguir os valores praticados na comunicação digital em relação aos veículos tradicionais. De acordo com Safko e Brake (2010), nasmídias de massa, sempre se consideram o custo relativo e o custo absoluto. O custo relativo é quanto vale cada exposição por pessoa atingida, e, nesse caso, o valor se dilui. Já o custo absoluto, geralmente, é alto (uma campanha de televisão, por exemplo, que atinge milhares de pessoas, tem um custo por pessoa baixo, mas um custo total alto). Segmentação é a escolha do público-alvo da empresa – aquele grupo de pessoas que compartilha características comuns e que adere aos interesses da marca cliente. ESCLARECIMENTO Nas campanhas on-line, os valores de investimento são mais acessíveis. Grandes empresas, com budget (verba disponível para a campanha de comunicação) alto de comunicação, certamente, têm investimentos em cifras consideráveis. É importante destacar, porém, que mesmo empresas de pequeno porte conseguem investir o possível, dentro de sua realidade, e alcançar resultados bem-sucedidos. Quanto ao relacionamento, as mídias digitais aproximaram as empresas de seus públicos e possibilitaram a interação entre ambos. Esse movimento desenvolveu intimidade entre esses organismos e possibilitou se conhecerem com mais profundidade, criando laços que permitem a fidelização desejada por parte das empresas. © dolgachov / / 123RF. Certamente, tanta proximidade acarreta responsabilidades muito maiores para as empresas, que precisam estar sempre presentes, ativas e vigilantes quanto a sua postura e autenticidade. No entanto, quando conseguem atender aos anseios dos consumidores, os ganhos das marcas são insuperáveis. Ressalta-se, também, a agilidade. Tudo nos ambientes digitais acontece quase instantaneamente. As campanhas, após criadas, são disponibilizadas nas redes em questão de horas (em uma plataforma convencional, como a revista, por exemplo, é necessário um prazo de, pelo menos, 15 dias antes do fechamento da edição para envio da arte do anúncio). Além disso, o profissional de mídia acessa a peça simultaneamente e, se necessário, pode promover os ajustes desejados. Quanto aos ajustes: como as artes desenvolvidas para as campanhas podem ser trocadas com mais agilidade, os profissionais de mídia acompanham a performance das peças de comunicação e escolhem as de melhor desempenho. Além disso, podem, também, monitorar quais canais estão promovendo maior engajamento do público, mais visualizações, maior impacto, dentre outras variáveis. Cada veículo (YouTube, LinkedIn, Facebook etc.) desenvolve seu sistema de monitoramento, disponível para a agência ou para o anunciante, e os critérios para ajustes e alterações, mas, de modo geral, a flexibilidade é uma das características inerentes à veiculação de campanhas on-line. Enquanto as principais mídias tradicionais são criticadas por não possibilitarem mensurar rapidamente a eficiência das ações, as mídias digitais permitem essa avaliação imediata. A possibilidade de acompanhar, em tempo real, quantas pessoas estão visualizando, clicando ou interagindo com uma peça promocional permite avaliar o sucesso ou a necessidade de mudança de uma estratégia. Isso confere segurança operacional e confiança ao cliente/anunciante, que poderá acessar esses dados com a mesma rapidez e confiabilidade. Os veículos de mídias on-line, como Google, Instagram, dentre outros, estão constantemente aperfeiçoando suas plataformas de comercialização, para viabilizar o acesso facilitado a empresas de todos os portes e recursos, possibilitando-lhes utilizar e investir em seus canais. Isso significa que um profissional liberal, por exemplo, poderá, a partir de tutoriais disponibilizados pelos próprios veículos, comprar espaços, negociar valores, planejar campanhas, enfim, implementar toda sua estratégia de mídia on-line sem a necessidade de contratar um profissional de mídia ou agência. Já empresas que trabalham com investimentos maiores desenvolvem estratégias e ações mais complexas, necessitando, portanto, de uma equipe qualificada e disponível para monitorá-las e ajustá-las. O que resulta desse aparato tecnológico mais acessível é que os profissionais podem dedicar-se a avaliar criticamente suas próprias escolhas estratégicas e, assim, redefinir os norteadores. O alcance, em se tratando de mídia, significa atingir mais pessoas – tantas quantas se desejar – de seu público-alvo. Se nos ambientes analógicos há, muitas vezes, barreiras físicas para chegar ao cliente, nas mídias on-line, os limites são mínimos. De acordo com uma pesquisa realizada pelo Centro Regional de Estudos para o Desenvolvimento da Sociedade da Informação (Cetic), a população com acesso à internet no Brasil subiu de 67%, em 2018, para 70%, em 2019. Esses números estão crescendo, porque as pessoas têm tido mais acesso às novas tecnologias e, assim, desenvolvido novos hábitos, como o uso do comércio eletrônico (LAVADO, 2019). O uso do mobile (internet móvel, por meio do celular, especialmente) é um facilitador do processo de relacionamento das empresas com seus públicos, uma vez que o aparelho celular já é um item do dia a dia dos consumidores. As barreiras, portanto, são cada vez menores para se chegar aos públicos desejados. As mídias móveis (mobile) são consideradas as mais próximas das pessoas, pelo fato de estarem sempre as acompanhando. Essa característica, dentre outras, leva as empresas a investirem cada vez mais em mobile. Assim, como o mobile e seus recursos podem melhorar o contato da marca com seu público? Pode-se identificar que existem muitos motivos para investir nas mídias sociais. No entanto, como em todas as mídias, as empresas devem se atentar a alguns fatores para garantir eficiência em suas publicações. Serão apresentadas, a seguir, a partir de Safko e Brake (2010), algumas características das mídias, que podem representar desvantagens ou desafios a serem contornados pelas empresas que investirem nesses formatos. Obsolescência: um dos principais aspectos da comunicação digital é a sua efemeridade, ou seja, os conteúdos se tornam rapidamente ultrapassados; daí, a necessidade de produzir conteúdos relevantes e entregáveis. Presença e frequência: uma condição essencial para as empresas que têm comunicação nos meios digitais é que estejam presentes e com uma frequência adequada (de acordo com as especificidades do produto ou serviço e, também, do consumidor). A partir de sua inserção em mídias digitais, as empresas precisam desenvolver um planejamento de conteúdo relevante para os clientes e que possam alimentar o relacionamento e a intimidade com eles. Abundância de estímulos: quem navega pelas redes sociais, sites e quaisquer outros veículos on-line é abordado todo o tempo por comunicações de outras empresas que desejam estabelecer contato e formar vínculos. Nessa teia, cada anunciante é mais um tentando, com todas as estratégias, chamar a atenção dos prospects. Esse assédio resulta na construção de barreiras ou filtros por parte do usuário da rede, tentando bloquear as interferências indesejadas – nesse caso, a publicidade. Interação: o que é considerado um dos pontos mais importantes das mídias digitais é também uma desvantagem. Com a comunicação aberta à interatividade dos públicos, é comum que eles critiquem, façam intervenções, exponham suas insatisfações – e o mais perigoso é que eles o fazem de forma pública, atingindo tantos quantos tiverem acesso àquele post ou mensagem. É comum as empresas terem dúvidas quanto ao que fazer quando as reações dos consumidores forem muito negativas, mas a recomendação é sempre que se trate de forma séria e acompanhe o diálogo com atenção, promovendo o esclarecimento de todas as dúvidas e das situações que o consumidor abordar. Em marketing, prospect, do inglês, significa um potencial cliente, ou seja, aquele que a empresa percebe como parte de seu público-alvo, mas ainda precisa convertê-lo em cliente. ESCLARECIMENTO Tecnologia: esse aspecto também pode ser um aliado ou uma dificuldade das empresas. Nem todas as empresas conseguem acompanhar a velocidade das mudanças tecnológicas e de sua aplicação pelos veículos. Apesar demuitos veículos disponibilizarem tutoriais e outras formas de orientação para que possam ser usados de maneira eficaz, muitas empresas de pequeno porte não conseguem acompanhar as mudanças e não têm recursos para manter uma equipe qualificada para atender a todas as suas necessidades. Dispersão e foco de interesse: na internet, o consumidor tem liberdade ímpar para se dirigir aos assuntos que mais lhe interessam. As “janelas” de navegação disponíveis possibilitam ao usuário filtrar com agilidade as informações que deseja acessar ou descartar. Confiabilidade: como as informações disponibilizadas nas mídias digitais não estão atreladas fisicamente ao produto e à empresa (diferentemente de uma loja, por exemplo), é comum que os usuários tenham certas restrições quanto à interação e compra nesse canal. É importante conferir formas, portanto, de garantir que o usuário possa se sentir seguro ao fazer negócios com essa empresa. Diante de tantas variáveis, é necessário ponderar para escolher, de maneira assertiva, as mídias que participarão da campanha de comunicação a ser desenvolvida. Assim, quais elementos ou critérios seriam indispensáveis para a seleção das mídias digitais? As vantagens e as desvantagens apresentadas devem ser consideradas de forma única na análise de cada estratégia de comunicação definida. O que pode configurar uma vantagem em determinado veículo/anúncio pode ser considerado uma fraqueza em outro. Por isso é importante analisar criticamente e com propriedade todas as possibilidades de comunicação. 8.1.2 Formatos de Anúncio As mídias on-line, atualmente, têm muitos veículos de comunicação disponíveis. De acordo com Reis e Siqueira (2009), as principais plataformas de comunicação digital são as redes sociais, os buscadores, os blogs, os sites e os e-mails. Algumas dessas mídias podem ser proprietárias (pertencerem e serem administradas pela empresa anunciante, como as redes sociais, os sites próprios, o blog etc.), e outras são de terceiros, como os buscadores, outros sites e blogs, portais de conteúdo, dentre outros. Como o universo web é muito abrangente, a seguir, são apresentados alguns formatos e algumas das principais formas de anúncios, em especial nas redes sociais, mas também em outras plataformas. © ndul / / 123RF. De acordo com a pesquisa Social Media Trends 2019 (SOCIAL…, 2019), os anúncios que geram maior engajamento são aqueles que contêm imagens; os vídeos também figuram como os preferidos dos públicos, tanto em redes sociais quanto em outras plataformas. Safko e Brake (2010) apontam que as extensões mais aceitas de arquivos para o digital são jpg, gif, png e pdf (as extensões acompanham os nomes dos arquivos e variam conforme seus objetivos de uso; JPG, por exemplo, é uma das extensões mais comuns para imagens utilizadas na internet). As duas redes sociais mais importantes no Brasil são o Facebook e o Instagram. Como ambas fazem parte da mesma empresa, é possível administrar a compra de mídia nesses veículos a partir do mesmo gerenciador de anúncios, que permite criar anúncios com diferentes objetivos e formatos. A seguir, serão apresentados alguns formatos disponíveis no site de negócios da empresa. Vídeos: podem aparecer no feed (na lateral da linha do tempo dos usuários), nos stories (exibidos no recurso Stories da rede) ou em in- stream (anúncios que aparecem nos vídeos que as pessoas acessam). Imagens: os anúncios por imagem são bastante comuns na rede. São finalizados, geralmente, em formato jpg e seguem um padrão definido e disponível no site da empresa. A recomendação principal é que as imagens sejam na proporção exata determinada e que não sejam feitas muitas intervenções, como letras e outras imagens sobrepostas a elas. Existem muitas possibilidades de espaços para colocação dos anúncios, mas as principais são no feed, na coluna da direita e em instant articles. Anúncios de coleção: neste formato, é possível criar um catálogo de produtos. Normalmente, a peça exibe um vídeo, e as imagens dos produtos acompanham, na parte inferior do anúncio. É um formato indicado para e-commerce, em especial, quando há necessidade de expor coleções. Anúncios de capa do Messenger: podem utilizar-se de vídeo ou de foto e estão presentes quando o consumidor abre o app para iniciar conversas. Anúncios de carrossel: são utilizados, principalmente, para e- commerce, e as imagens ou os vídeos ficam disponíveis na horizontal. O gerenciador de anúncios é a plataforma que atende ao Facebook e ao Instagram na comercialização de espaços publicitários. ESCLARECIMENTO De acordo com Safko e Brake (2010), o LinkedIn é uma rede social profissional cuja filosofia é “relacionamentos são importantes” (SAFKO; BRAKE, 2010, p. 309). Ou seja, ele foi desenvolvido com o objetivo de conectar pessoas com proximidade profissional. Como é uma rede com um objetivo bastante específico – profissional –, os anúncios também devem ter foco nessa área. Muitas empresas que buscam uma construção de imagem de marca a partir de conteúdo estão presentes no LinkedIn. A seguir, estão descritos os principais formatos de anúncios do LinkedIn. Sponsored content: é um formato que promove o conteúdo divulgado pela empresa anunciante nos feeds segmentados (público-alvo escolhido). É a estratégia ideal para empresas que estão investindo em marketing de conteúdo. Anúncios em mensagem: há a possibilidade de criar anúncios e enviá-los a um público segmentado da rede social. Text ads: são os conteúdos patrocinados que serão apresentados aos públicos de acordo com a segmentação escolhida. Os anúncios de texto são pequenos e aparecem na lateral da página. Anúncio em carrossel: usados para divulgar várias imagens em um único anúncio. O site de buscas mais importante na internet, atualmente, é o Google. Tanta audiência faz com que ele também seja um canal relevante de anúncios para empresas de todos os portes e objetivos. A empresa Google também gerencia o YouTube. O Google oferece dois tipos de publicidade: o Google Ads e a Rede de Display. Google Ads: são os anúncios que aparecem quando o consumidor faz uma busca no Google e os anunciantes daquele segmento aparecem em destaque. Veja um exemplo na figura “Formatos Google Ads”. Formatos Google Ads Rede de display: esta funcionalidade do Google tem o objetivo de apresentar o anúncio ao público-alvo no momento em que ele está navegando por sites e blogs de sua preferência. O Google negocia com sites terceiros para exibirem essas peças, com isso, muitos formatos diferentes são disponibilizados. De acordo com o estudo Mídia Dados Brasil (MÍDIA…, 2018), estes são os cinco principais formatos de anúncios na rede de display: Retângulo médio: formato 300 x 250 pixels, disposto na lateral da página. Retângulo grande: formato 336 x 280 pixels, também disposto na lateral da página. Cabeçalho: formato 728 x 90 pixels, disposto na área superior do portal/site. Meia página: formato 300 x 600 pixels, alocado na lateral direita da página. Banner grande para celular: formato 320x100. Os formatos apresentados são apenas alguns dos que estão disponíveis e têm sido preferidos pelos profissionais e anunciantes. No entanto há muitas outras possibilidades, inclusive de formatos novos e alternativos, para cada projeto. As mídias digitais trabalham com flexibilidade, tanto nos argumentos quanto nas formas. Entendemos, a partir dos conhecimentos adquiridos até então, que existem variáveis que impactam, direta ou indiretamente, a efetividade das campanhas. A partir dessa constatação, é possível que as redes sociais apresentadas atendam a todos os tipos de necessidade de comunicação? O contexto digital ainda está em desenvolvimento em todas as perspectivas: tanto em termos de ferramentas quanto no entendimento do uso pelas e para as pessoas. Para acompanhar essas transformações, é primordial estar constantemente atualizado. 8.2 Mídia Alternativa De acordo com Reis e Siqueira (2009, p. 125), “a mídia alternativa pode ser considerada como qualquer meionão tradicional”. Os autores citam como exemplo as mídias que surgem a partir de lugares ou plataformas não tradicionais, como um display em mobiliário urbano, divulgações em carrinhos de supermercado, adesivagens no chão e muitas outras que surgem a partir de uma necessidade, de uma situação oportuna, da inovação e da criatividade dos profissionais de comunicação. De acordo com Kotler e Keller (2012), os consumidores estão mais dispersos, menos suscetíveis a mensagens que não chamem a atenção. Isso resulta, segundo os autores, de um cenário em que as pessoas estão muito assediadas por todos os tipos de mensagens e produtos; por conta disso, as empresas precisam investir em comunicar de forma mais assertiva e eficaz. A necessidade desse esforço por parte das empresas advém tanto de aspectos financeiros (otimização do budget publicitário) quanto da condição cada vez mais presente de se chamar a atenção dos públicos por meio de mensagens e formatos inusitados. Muitos profissionais da área da publicidade consideram o marketing de guerrilha uma forma de mídia alternativa. O marketing de guerrilha, ou marketing viral, é, de acordo com Reis e Siqueira (2009, p. 131), aquele que tem como objetivo “contaminar o consumidor”, fazendo com que fique tão impressionado com o ineditismo da ação que a passe adiante. 8.2.1 Características, Vantagens e Desvantagens O foco no público-alvo é uma das principais características da mídia alternativa; ou seja, normalmente, não se trata de uma mídia de massa, mas de uma comunicação dirigida. Por esse aspecto, também é possível que essa mídia seja desenvolvida mais facilmente: Em eventos, feiras, convenções, shows, vitrines, embalagens, brindes, teatro, pontos de vendas, concursos, sorteios, circos, painéis circulantes em coletivos, luminosos, indicadores de ruas, painéis de estádios, paradas de ônibus, relógios digitais, cabines telefônicas, panfletagem, banners etc. (REIS; SIQUEIRA, 2009, p. 127). Outro aspecto dessas mídias é sua condição incomum, geralmente associada à criatividade na escolha de lugares e de plataformas onde elas são expostas. De acordo com Reis e Siqueira (2009), a comunicação não convencional visa, em especial, ter uma repercussão que exceda o contexto em que está sendo apresentada – sua repercussão não deverá se restringir ao ambiente, gerando o que, em Publicidade, se chama buzz. Para os autores, essas mídias servem de apoio para as mídias tradicionais e devem ser usadas como elemento surpresa na comunicação. Os eventos, por exemplo, que geralmente acontecem em ambientes controlados (fechados ao público), podem ser adequados aos interesses dos realizadores/patrocinadores. Nesse caso, é comum identificarmos formatos alternativos para a divulgação de marcas e produtos (a realização de lançamentos, por exemplo). De acordo com Dordor (2007), se as mídias alternativas tiverem propostas criativas e inovadoras, elas oferecerão muitas vantagens, como as descritas a seguir. Custo: normalmente, as mídias alternativas contemplam um orçamento mais baixo que as mídias tradicionais, porque são inovadoras, então, não se sabe ao certo quais resultados serão obtidos. Repercussão: uma das principais características dessas mídias é que os públicos são surpreendidos com a criatividade das campanhas e acabam divulgando espontaneamente as ações. Atenção dos públicos: pelo fato de costumarem se deslocar dos lugares- comuns da propaganda, essas ações são facilmente percebidas e assimiladas pelas pessoas. Do inglês, o termo buzz significa zumbido, zum-zum, comentário. A palavra foi assumida pelo marketing e pela publicidade como a propagação da mensagem a partir da rede de consumidores. Ou seja, são os comentários sobre o assunto que geram a disseminação dele. ESCLARECIMENTO Criatividade: uma das expectativas mais presentes em relação à publicidade é que ela se apresente de forma original. A criatividade é uma expressão inerente à área e, portanto, muito desejada. Flexibilidade: como se tratam de ações não padronizadas, as mídias alternativas dispõem de infinitas possibilidades de criação. A área de mídias está em constante transformação para atender aos interesses e às próprias mudanças dos consumidores. Por que, então, essas ações são denominadas “mídias alternativas”? Para Dordor (2007), apesar dos diversos pontos positivos, as mídias alternativas assumem muitos riscos, que podem ser considerados desvantagens ou ameaças, como: segurança operacional: como se tratam, normalmente, de ações que envolvem produções diferenciadas, sua operacionalização – ou seja, a produção – pode ser complexa e envolve uma série de recursos que não são comuns ao dia a dia dos produtores. efemeridade: em geral, a exposição de uma campanha de mídia alternativa é bastante localizada e dura pouco tempo (quase sempre, uma vez), não permanecendo junto aos públicos e, consequentemente, tendo um efeito curto. abrangência/alcance: a experiência do público com a mídia alternativa é localizada – acontece no lugar e no momento em que a campanha está sendo ativada –, o que limita o número de pessoas que realmente interagem com a peça. inovação/risco: a inovação sempre pressupõe risco, e assim também ocorre com os novos formatos de publicidade. Um pressuposto das mídias alternativas é elas não terem sido testadas anteriormente; isso torna incertos seus resultados. Como pôde ser identificado, as mídias alternativas têm muitos pontos favoráveis, mas é necessário que o profissional de mídia sempre avalie seus contras, de acordo com a empresa e o contexto em que está inserido. 8.2.2 Formatos de Anúncio Não existem formatos específicos para delimitar a criação de mídias alternativas. A cada dia, surgem novas propostas e empresas que criam soluções para as mais diferentes demandas. A criatividade, às vezes limitada pelas limitações estruturais ou legais, é o principal orientador de ações e campanhas que surpreendem os consumidores. Esse foi o caso, por exemplo, de uma ação desenvolvida pela empresa McDonald’s, em que, para incentivar o uso da faixa de pedestres, a empresa adesivou sobre ela sua reconhecida embalagem de batata, com as tiras de batata sinalizando a faixa. Outra empresa que costuma desenvolver ações diferenciadas é a Ikea, multinacional sueca especializada em móveis e decorações. Em uma de suas intervenções, a empresa instalou verdadeiros quartos em uma sala de cinema. No cenário, havia cama com roupas de cama, travesseiro e edredom, mesas de cabeceira com pequenas luzes de apoio nas laterais, tapetes ao redor da cama e até pantufas. Tudo para que os públicos do filme pudessem experimentar a experiência de um cinema “em casa”; na casa Ikea, claro. A organização não governamental WWF (World Wildlife Fund), uma instituição para a proteção da natureza, é bastante ousada em suas ações alternativas. Em uma de suas incursões para a proteção dos ursos pandas, a WWF montou uma instalação com centenas de ursos pandas de papel machê. A intervenção/exposição, desenvolvida pelo escultor Paulo Grangeon, corre o mundo buscando conscientizar para a ameaça de extinção dos pandas. 8.2.3 Criatividade x Disponibilidade de Recursos É comum que as mídias alternativas sejam realizadas quando o orçamento é mais enxuto, pois, normalmente, se busca adequar a verba ao ambiente de implementação da campanha. Apesar de o investimento ser um dos pontos importantes quando anunciante e agência decidem implantar uma ação alternativa, é importante destacar que tais iniciativas são ensaios, em que ambos não têm certeza quanto aos resultados. Considerando que uma das características de tais mídias é o ineditismo, o risco é inerente à ação. O uso de recursos limitados promove o alargamento da criatividade; nessas ações, são reconhecidos muitos novos espaços midiáticos que podem se tornar referência para outras iniciativas posteriores. O próprio marketing de guerrilha, atualmente tão valorizado, é uma proposta bastante recente, que, graças às mídias digitais, tem o alcance desejado. Deve-seatentar ao fato de que as ações alternativas só obtêm os resultados importantes que se tem visto em função do protagonismo dos públicos ativos nas redes sociais. Uma mídia com investimento relativamente baixo pode ter repercussões tão significativas somente com o engajamento dos consumidores. 8.3 Integração entre Mídias O alinhamento e a coerência entre todas as peças e discursos que fazem parte de uma campanha são condições imprescindíveis para que a estratégia seja considerada adequada (SISSORS; BUMBA, 2001). Da mesma forma, a integração entre as plataformas, facilitada pelas mídias digitais, é fundamental para que se consiga acompanhar os consumidores em todas as suas incursões nos universos cobertos pela comunicação publicitária. O conceito de comunicação integrada de marketing envolve as estratégias necessárias para que as ações de comunicação de uma campanha estejam alinhadas conforme uma única expressão (propósito ou posicionamento da marca), de acordo com a necessidade atual da empresa. (OGDEN; CRESCITELLI, 2007). A integração entre as mídias permite ao público, independente do meio, do canal, da plataforma, do veículo ou do espaço de acesso à mensagem, perceber que se trata da mesma empresa, da mesma marca, com o mesmo objetivo. Uma vez que a comunicação trate de forma harmônica todos seus pontos de contato com o cliente, ele reconhecerá com facilidade a marca divulgada. O quadro a seguir apresenta o esquema do mix de comunicação de marketing. Mix de comunicação de marketing OGDEN; CRESCITELLI, 2007, p. 24. Assim, a comunicação integrada de marketing pressupõe uma unicidade entre discurso e mensagem, que se adapta à linguagem e aos recursos dos meios, construindo os objetivos estratégicos junto ao público-alvo, em vários momentos diferentes. 8.3.1 Mídia Digital como Elemento de Integração A unicidade de discursos e mensagens, necessária e recomendável em uma campanha de comunicação, promove, naturalmente, a integração entre os meios utilizados na estratégia. Atualmente, a questão não é mais em relação à integração dos diferentes canais e plataformas, mas sim quanto à forma de integrá-los (REIS; SIQUEIRA, 2009). Chamar atenção na TV e aprofundar as informações em um site; veicular um anúncio na rede display que leva a uma landig page, para converter curiosos em leads; articular Instagram, Facebook e Google Ads de forma que a mensagem atinja o público-alvo em diferentes momentos; ttudo isso vindo de uma provocação feita por um propagador da marca no YouTube que acabou veiculada na TV: todos esses são exemplos de ações que iniciaram em uma plataforma e se expandiram para outra, comunicando a mesma mensagem, com o intuito de prolongar a proximidade do consumidor com as marcas. São exemplos genéricos de como a mídia digital promove e facilita a integração dos meios e das mídias, maximizando os investimentos e os resultados. Novas possibilidades surgem a todo o instante, a partir das mudanças permanentes de comportamento dos consumidores, em especial frente às redes digitais. Então, é preciso estar atento, monitorar os processos e dar maior atenção aos resultados, mesmo que parciais (KATZ, 2004). Como foi dito, a mídia on-line aprofunda a segmentação e oferece recursos para atingir o consumidor praticamente de modo individual. A aplicação dos recursos de cada meio, de cada mídia digital, no planejamento em prol dos objetivos, é uma ferramenta poderosa para os profissionais da comunicação na atualidade. 8.3.2 Público X Linguagem X Orçamento Apesar de o “X” normalmente ser considerado um elemento de conflito, de oposição, neste título, ele está posto como elemento de articulação, de multiplicação. Como vemos em Sissors e Bumba (2001) e, também, em Reis e Siqueira (2009), o público é o foco das ações, o objetivo maior a ser atingido, conquistado. O público e seus hábitos de consumo de mídia determinarão os meios, os canais e os veículos utilizados para levar a mensagem da campanha, bem como a linguagem – não somente no sentido de construção da argumentação mas também no de organização dos dados, das informações, dos textos e das imagens. O jornal tem uma linguagem diferentes da revista, mesmo ambos sendo meios impressos. O rádio, a TV, o outdoor, o Instagram e os banners da rede display do Google também têm sua própria forma de organizar os elementos da argumentação. Mas, no contexto de uma ação de comunicação, principalmente a denominada integrada, todos devem seguir uma só. Finalmente, como organizar tudo o que foi mencionado anteriormente, sem ter uma noção clara dos valores disponíveis, que estão diretamente ligados à possibilidade de geração de impacto das mensagens? Pode-se dizer que, em mídia e planejamento, há uma relação direta entre público, linguagem e orçamento. 8.3.3 Planejamento de Mídia Conforme Sissors e Bumba (2001) e Barban, Cristol e Kopec (2001), o planejamento de mídia é a ferramenta que organiza uma campanha publicitária. Os meios e veículos mais adequados para levar a mensagem publicitária criada ao público-alvo constam e estão organizados no planejamento, e é a partir dele que as ações ao longo da campanha são planejadas formalmente. A organização desse planejamento é essencial para observar a relação: objetivos de mercado – objetivos da campanha – objetivos de mídia – investimento. O planejamento não se trata de um mero conjunto de planilhas e dados, mas de uma organização global da campanha, com meios, veículos, inserções, periodicidade, valores e indicadores de resultados. É virtualmente o mapa da campanha, das ações e do processo de organização das estratégias para que os objetivos estabelecidos sejam atingidos. A construção do planejamento deve partir de objetivos e metas de marketing e das características do público e da mensagem, articulando os elementos em prol dos resultados (ZELTNER, 2001). Focar o planejamento de mídia é uma atividade não somente do profissional de mídia, mas de todos os envolvidos na execução de uma campanha publicitária. O planejamento requer gestão integrada e monitoramento permanente, para se identificarem eventuais ajustes no processo. ! Recapitulando No atual contexto da sociedade e da comunicação, os meios digitais vêm adquirindo uma importância cada dia maior no cotidiano, nas ações e na sociabilidade. As mídias digitais têm uma característica que afeta fortemente as ações de mídia: a velocidade. Uma informação postada chega a seu público a uma velocidade nunca antes oferecida por outra mídia. A essa característica, somam-se: um custo de aquisição muito baixo, principalmente se comparado aos meios analógicos; alto foco em segmentação, capaz de impactar o público-alvo da campanha e gerar relacionamentos diretos e duradouros; monitoramento permanente e com profundidade de dados. O desenvolvimento tecnológico e técnico inerente às mídias digitais é o grande propulsor do sucesso delas, possibilitando que profissionais qualificados possam tirar o melhor de todas as plataformas e ferramentas presentes no mercado. Para isso, é importante que essas pessoas se qualifiquem constantemente e dominem as estratégias empregadas para cada mídia. Se pensarmos, especificamente, em ações mobile, ou seja, focadas nos aplicativos e recursos dos dispositivos móveis, podemos compreender ações com maior direcionamento, foco e possibilidades de construção da mensagem e da argumentação. O grande recurso dos meios digitais, hoje, são as redes sociais, o que se deve tanto à quantidade de usuários quanto à densidade e ao volume de acessos. Porém, como tudo nos meios digitais, esse cenário pode mudar rapidamente; portanto, o profissional da área precisa estar atento, afinal, nem sempre as redes são adequadas ao objetivo da comunicação. Além disso, todas as variáveis de uma campanha – que responde a uma necessidade da empresa – devem ser consideradas tendo em perspectiva a realidade em que está inserida, pois uma ação ou estratégia desenvolvida para um cliente pode não atender outro. Dessa forma, o perfil do consumidor deveser sempre considerado, assim como o foco das ações. Por fim, as mídias alternativas surgem como convites à experiência e ao novo. Elas são chamadas assim, justamente, por sua característica inovadora e pelo uso de recursos diferenciados para a comunicação, que, normalmente, devem contar com o ineditismo e a efemeridade. Considerando todas essas características da comunicação atual, é importante ampliar o conhecimento e as possibilidades de conexão com os consumidores e prospects. Proposta de Atividade Agora é a hora de recapitular tudo o que você aprendeu neste capítulo! Elabore um roteiro para a construção de um planejamento, que se tornará seu guia em suas atividades profissionais, contendo características, vantagens e desvantagens de cada mídia, destacando as principais ideias abordadas ao longo do capítulo. Ao produzir o roteiro, considere as leituras básicas e complementares realizadas. Referências BARBAN, A. M.; CRISTOL, S. M.; KOPEC, F. J. A Essência do Planejamento de Mídia. São Paulo: Nobel, 2001. DIGITAL alcança R$ 16 bilhões de investimento publicitário no Brasil em 2018. IAB Brasil, São Paulo, 25 jun. 2019. Disponível em: <https://iabbrasil.com.br/digital-alcanca-r-16-bilhoes-de-investimento- publicitario-no-brasil-em-2018/>. Acesso em: 29/02/2020. DORDOR, X. Mídia / Mídia alternativa: A escolha de uma estratégia global de comunicação para a empresa. São Paulo: Nobel, 2007. KATZ, H. Media Handbook: um guia completo para eficiência em mídia. São Paulo: Nobel, 2004. KOTLER, P.; KELLER, K. L. Administração de Marketing. São Paulo: Pearson Education do Brasil, 2012. LAVADO, T. Uso da Internet no Brasil Cresce, e 70% da População Está Conectada. G1, 28 ago. 2019. Disponível em: <https://g1.globo.com/economia/tecnologia/noticia/2019/08/28/uso-da- internet-no-brasil-cresce-e-70percent-da-populacao-esta-conectada.ghtml>. Acesso em: 29/02/2020. MÍDIA Dados Brasil 2018. Grupo de Mídia São Paulo, 2018. Disponível em: <http://midiadados.org.br/2018/Midia%20Dados%202018%20%28Interativo%29.pdf>. Acesso em: 29/02/2020. OGDEN, J. R.; CRESCITELLI, E. Comunicação Integrada de Marketing: conceitos, técnicas e práticas. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2007. REIS, Z. R.; SIQUEIRA, P. Mídia para Iniciantes. São Paulo: Baraúna, 2009. SAFKO, L.; BRAKE, D. K. A Bíblia da Mídia Social. São Paulo: Blucher, 2010. https://iabbrasil.com.br/digital-alcanca-r-16-bilhoes-de-investimento-publicitario-no-brasil-em-2018/ https://g1.globo.com/economia/tecnologia/noticia/2019/08/28/uso-da-internet-no-brasil-cresce-e-70percent-da-populacao-esta-conectada.ghtml http://midiadados.org.br/2018/Midia%20Dados%202018%20%28Interativo%29.pdf SISSORS, J. Z.; BUMBA, L. J. Planejamento de Mídia. São Paulo: Nobel, 2001. SOCIAL Media Trends 2019. Rock Content, 2019. Disponível em: <https://materiais.rockcontent.com/social-media-trends>. Acesso em: 11/03/2020. TORRES, C. A Bíblia do Marketing Digital: tudo o que você queria saber sobre marketing e publicidade na internet e não tinha a quem perguntar. São Paulo: Novatec, 2018. VAZ, C. A. Google Marketing: o guia definitivo de marketing digital. São Paulo: Novatec, 2010. ZELTNER, H. Gerenciamento de Mídia. São Paulo: Nobel, 2001. https://materiais.rockcontent.com/social-media-trends Página em branco Página em branco