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Marketing Digital Apresentação As pessoas estão cada vez mais conectadas aos seus celulares. A Internet ao alcance dos dedos modificou hábitos, atitudes e comportamentos das pessoas. Não somente as redes sociais se tornaram um enorme atrativo e motivo de curiosidade para as pessoas, como a maneira de se informar, de pesquisar lugares e destinos, compras e fazer as compras, tudo isso mudou rapidamente. Diante desse cenário, os profissionais de marketing também precisaram rever suas práticas, seus mercados-alvo e entender melhor esse consumidor com um mundo completamente disponível na palma da mão. O marketing digital pode ser definido como um conjunto de informações, estratégias e ações que podem ser feitas em diversos meios digitais para, da mesma forma que o marketing tradicional, promover empresas, marcas, produtos e serviços. A grande diferença, porém, em relação ao marketing tradicional, é que o marketing digital, por dispor de canais on-line, permite falar e medir resultados em tempo real. Você certamente faz parte desse novo mundo conectado e tem os seus canais de busca e as suas redes de contato. Nesta Unidade de Aprendizagem, você vai compreender como fazer isso e muito mais por uma marca, produto ou serviço. Diante desse mundo aberto na palma da mão dos consumidores, imagine quantas oportunidades podem ser aproveitadas. Bons estudos. Ao final desta Unidade de Aprendizagem, você deve apresentar os seguintes aprendizados: Relacionar o marketing com o ambiente da Internet.• Identificar as características do marketing na Internet.• Construir estratégias do marketing para o ambiente digital.• Infográfico Um dos motivos do crescimento do marketing digital é a possibilidade de maior interatividade com o público. Para isso, portanto, também se cria a necessidade de melhorar a maneira de falar com as pessoas, e, consequentemente, de mensurar esse novo tipo de conversação. Para isso, a melhor forma de começar a observar as métricas corretas é obtendo-se alguns dados do blog ou do site da empresa ou da marca. Neste Infográfico, você vai conhecer algumas das métricas mais comuns utilizadas em uma estratégia. Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar. https://statics-marketplace.plataforma.grupoa.education/sagah/59a7a0d4-7de6-4b93-b254-683cd94dd10d/f535a2eb-0630-43ea-9548-04f1786bfb6e.jpg Conteúdo do livro Marketing digital, ou marketing 4.0 (conceito proposto por Kotler), consiste em ações mercadológicas que as empresas podem utilizar por meio da internet, da telefonia celular e outros meios digitais, para divulgar e comercializar seus produtos, conquistando novos clientes e melhorando a sua rede de relacionamentos. Ele engloba a prática de promover produtos ou serviços pela utilização de canais de comunicação digitais para chegar aos consumidores de forma relevante, personalizada e com mais eficiência. No capítulo Marketing Digital você aprenderá como a internet transformou a estratégia de marketing nas empresas, trabalhando de forma horizontal - o fluxo entre empresas e consumidores deixou de ser vertical e hierárquico, sendo que empresas e consumidores estão lado a lado -, inclusiva - o diferencial deixou de ser a exclusividade de um produto ou serviço e sim sua capacidade de incluir mercados emergentes no consumo - e social - o consumo não é mais um ato de indivíduos sendo que o compartilhamento de experiências pela internet se torna indispensável para os comportamentos de compra. Você aprenderá também que existem diversas estratégias para a utilização do marketing digital no contexto mercadológico, sendo que as principais envolvem a presença digital, as campanhas de email marketing, as ações mobile, a utilização das redes sociais e o SEO (Search Engine Optimization). Boa leitura. GESTÃO DE MARKETING Anya Révillion Marketing digital Objetivos de aprendizagem Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados: Relacionar o marketing com o ambiente da internet. Identificar as características do marketing na internet. Construir estratégias do marketing para o ambiente digital. Introdução A grande expansão da internet ao redor do mundo exerceu um impacto significativo sobre as formas de aplicação do marketing pelas empresas. Os mecanismos de busca, como o Google, transformaram a maneira como as pessoas pesquisam informações sobre empresas e marcas. Além disso, as redes sociais se tornaram canais de mídia indispensáveis. Nesse contexto, o marketing digital (ou marketing 4.0, conceito proposto por Kotler) se destaca, por ser horizontal, inclusivo e social. Esse cenário leva as empresas a investirem cada vez mais em estraté- gias mercadológicas ligadas à humanização das marcas, ao marketing de conteúdo, a experiências multicanais e ao desenvolvimento de consumi- dores “advogados” das marcas. Existem diversas estratégias que podem ser usadas na implantação de um plano de marketing digital, sendo que as principais são: presença digital, e-mail marketing, mobile marketing, marketing em redes sociais e marketing de busca. Neste capítulo, você vai estudar a relação entre o marketing e o am- biente da internet, verificando as características e as principais estratégias do marketing para o ambiente digital. Como a internet mudou o marketing Castells (2003, p. 7), no livro A galáxia da internet, comenta que “[...] a in- ternet é o tecido de nossa vida. Se a tecnologia da informação é hoje o que a eletricidade foi na Era Industrial, em nossa época a internet poderia ser equiparada a uma rede elétrica em razão de sua capacidade de distribuir a força da informação por todo o domínio da atividade humana”. Em pouco tempo, a internet se expandiu, passando de 100 mil usuários, em 1996, para um milhão de pessoas, em 1998. Em um período de 10 anos, o crescimento da rede no Brasil se intensifi cou, chegando a 67,5 milhões de usuários em 2009. Em 2018, esse número quase dobrou; segundo a pesquisa TIC Domicílios, o Brasil alcançou a marca de 126,9 milhões de pessoas conectadas à internet, o equivalente a 70% da população, conforme leciona Lavado (2019). Com relação ao panorama global, cerca de 56% da população mundial tem acesso à internet, conforme demonstra o relatório “Global Digital 2019 Reports”, apresentado por Kemp (2019). Conforme podemos constatar na Figura 1, que traz dados do relatório, no início de 2019, mais de 5 bilhões de pessoas possuíam smartphones — destaca-se que as estimativas mais recentes apontam para uma população global de 7,6 bilhões de seres humanos. Segundo o mesmo relatório, no início de 2019, 4,388 bilhões de pessoas tinham acesso à Internet (57% de todas as pessoas do planeta). Além disso, 3,484 bilhões eram usuários ativos de redes sociais, conforme aponta Kemp (2019). Figura 1. A internet no mundo em janeiro de 2019. Fonte: Adaptada de Kemp (2019). As mudanças que deram origem ao marketing digital Desde a década de 1970, muitas tecnologias vêm se desenvolvendo e contribuindo para a formação do cenário digital que temos hoje. Como exemplo, Gabriel (2010, p. 74) cita “[...] computador pessoal, impressora, fax, telefone celular, GPS e, principalmente, a banda larga da internet que permitiu a importante mudança Marketing digital2 de ‘estar conectado’ para ‘ser conectado’”. Para a autora, “estar conectado” signifi ca o processo de entrar e sair da internet. “Ser conectado” signifi ca estar, mesmo que parcialmente, dentro da rede, vivendo em simbiose com ela. O ser conectado só se tornou possível graças ao barateamento da banda larga de internet, que foi um dos catalisadores para a participação do usuário na rede, resultando no aumento do poder do consumidor, visto como essencial no atual cenário mercadológico. Para Gabriel (2010, p. 75), o consumidor hoje é capaz de “[...] atuar, escolher, opinar, criar, influenciar e consumir de acordo com sua vontade”. À medida que as tecnologias digitais passarama influenciar as atividades cotidianas, a influência do digital passou a ser cada vez mais relevante para o marketing. Para Turchi (2012, p. 68), quando tratamos sobre marketing digital, devemos buscar compreender as mudanças recentes ocasionadas pelos meios digitais com base no período em que ainda eram utilizados com pouca frequência: Antes, as empresas, principalmente as maiores, investiam grandes volumes em divulgação para construir suas marcas usando mídia de massa”. Esse investimento em diversos canais de comunicação de massa era necessário, pois significava ter mais chance de estar presente na memória do consumidor quando ele precisava adquirir determinado bem ou serviço. Logo, nesse cenário, “as empresas com maiores verbas para investir nos meios convencionais (campanhas e anúncios em televisão, rádio, jornais e revistas) eram as mais recordadas no momento da compra. Porém, vimos que esse cenário se transformou com a internet. Para Turchi (2012, p. 68), no contexto atual, os consumidores não necessitam mais guardar na memória as marcas disponíveis antes da aquisição de determinado produto ou serviço: “Basta que eles pesquisem o que precisam na web — 88% das pessoas fazem buscas antes de comprar, gerando mais de um trilhão de páginas indexadas pelo Google, o qual detém mais de 80% do mercado de buscas”. Já na visão de Rez (2018), há três mudanças importantes que vêm marcando a evolução do marketing tradicional para o marketing digital: o efeito Google, o efeito redes sociais e o efeito negócios digitais. Tais efeitos são descritos a seguir. Google é uma empresa multinacional americana de serviços on-line que surgiu no ano de 1998. O Google revolucionou a forma como as pessoas buscam por informações, produtos e serviços. Normalmente, o primeiro passo que o consumidor executa quando está procurando algo é buscar no Google. Por isso, tornou-se tão fundamental entender o que os consumidores buscam na internet e quais são as dúvidas que eles têm sobre o negócio, bem como criar conteúdo e entender como 3Marketing digital aplicar o SEO (search engine optimization) para os sites ou as redes sociais da empresa. É esse entendimento que vai fazer com que uma empresa se destaque dos concorrentes e consiga atrair mais a atenção para os seus produtos e serviços. Para isso, um bom ranking no Google é essencial, conforme destaca Rez (2018). Redes sociais podem ser definidas como “[...] estruturas sociais for- madas por indivíduos ou empresas, que são conectados e correlacio- nados por um ou mais pontos de interesse, como amizade, afinidade, antipatia, trocas financeiras, relacionamento de crenças, entre outros”, conforme leciona Gabriel (2010, p. 196). São plataformas digitais onde pessoas e empresas se relacionam por meio do envio de mensagens e do compartilhamento de conteúdo. Alguns exemplos são Facebook, Instagram, YouTube, LinkedIn, Twitter, entre outras. Segundo Rez (2018, documento on-line), A partir do momento em que os grupos de convivência puderam ser repro- duzidos online e as preferências pessoais puderam ser expostas e comparti- lhadas, a influência atingiu patamares globais. As redes sociais se tornaram verdadeiros canais de mídia e permitiram o nascimento dos influenciadores digitais, personalidades do mundo digital que influenciam comportamentos e impulsionam marcas, produtos e serviços. Finalmente, “[...] a internet possibilitou o surgimento de negócios digitais através de aplicativos que oferecem desde quartos por uma noite até uma carona paga”, segundo Rez (2018, documento on-line). Há praticamente uma ferramenta digital para cada necessidade do consumidor. Existem aplicativos para conhecer pessoas (Tinder, Badoo), para ouvir música (Spotify, iTunes), para assistir filmes e séries (Netflix, Amazon), para pedir comida (iFood, Hellofood), para pedir táxi (Uber, Cabify), para alugar quartos ou até casas inteiras (Airbnb), entre outros. Há empresas menores e mais segmentadas criando inovações em mercados mais específicos também, como logística, educação, engenharia e agricultura, ainda conforme Rez (2018). Características do marketing digital: o marketing 4.0 Marketing 4.0 é um conceito desenvolvido por Philip Kotler no livro Marketing 4.0: do Tradicional ao Digital, escrito em parceria com Hermawan Kartajaya e Iwan Setiawan. O contexto do marketing 4.0 apresenta consumidores extre- Marketing digital4 mamente conectados. Isso signifi ca que os profi ssionais de marketing precisam se preparar para um cenário de negócios cada vez mais horizontal, inclusivo e social. Segundo Kotler, Kartajaya e Setiawan (2017, p. 30-31): O mercado está se tornando mais inclusivo. As mídias sociais eliminam barreiras geográficas e demográficas, permitindo às pessoas se conecta- rem e se comunicarem, e, às empresas, inovar por meio da colaboração. Os consumidores estão adotando uma orientação mais horizontal. Desconfiam cada vez mais da comunicação de marketing das marcas e preferem confiar no círculo social (amigos, família, fãs e seguidores). Por fim, o processo de compra dos consumidores está se tornando mais social do que nunca. Eles prestam mais atenção ao seu círculo social ao tomar decisões. E buscam conselhos e avaliações tanto on-line como off-line. Vejamos a seguir com mais detalhes cada uma dessas características, na visão de Kotler, Kartajaya e Setiawan (2017). Horizontal: “[...] o relacionamento entre marcas e consumidores não de- veria mais ser vertical e sim horizontal. Os consumidores deveriam ser considerados colegas e amigos da marca. E a marca deveria revelar seu caráter autêntico e ser honesta sobre seu verdadeiro valor. Somente então ela será confiável”, segundo Kotler, Kartajaya e Setiawan (2017, p. 28). Por exemplo, os processos de cocriação, em que os consumidores contribuem no desenvolvimento de novos produtos e serviços, como a Starbucks Ideas. Inclusivo: hoje, um produto é valorizado pela sua capacidade de incluir mercados emergentes no consumo. A inclusão digital facilita o acesso à tecnologia para mais pessoas e torna o processo de compra mais personali- zado. A inclusão também pode se manifestar off-line, na forma de comércio justo, diversidade de gêneros no trabalho e empoderamento das mulheres. Social: o compartilhamento de experiências pela internet se tornou crucial nos comportamentos de compra. Um exemplo são os sites de avaliação de produtos e serviços que trazem relatos de experiências (boas ou ruins) dos consumidores. Alguns dos mais conhecidos são o Reclame Aqui e o TripAdvisor. Ainda conforme os autores, as características do cenário de negócios presentes na era do marketing 4.0 levam as empresas a investirem cada vez mais em estratégias mercadológicas ligadas à humanização das marcas, ao marketing de conteúdo, a experiências multicanais e ao desenvolvimento de consumidores “advogados” das marcas. Esses aspectos são descritos a seguir. 5Marketing digital 1. Humanização das marcas: acolher pessoas, apoiar causas sociais, tornar mais interativa a vida de pessoas com deficiência ou simplesmente contar a história de pessoas reais são exemplos de atitudes que podem aproximar marcas de pessoas, tornando as empresas mais humanas. As marcas humanizadas apresentam as seguintes características: ■ têm profunda empatia com seus consumidores; ■ são autênticas, honestas e imperfeitas; ■ valorizam seus colaboradores; ■ são interessantes e espontâneas. Uma reportagem da Época Negócios intitulada “As 22 empresas mais humanizadas do Brasil” fala sobre a pesquisa “Empresas Humanizadas do Brasil”, que foi divulgada em março de 2019, durante o evento “Capitalismo Consciente Latin-American Conference 2019”, em São Paulo. A pesquisa apresentou as 22 companhias consideradas mais humanizadas do País. Para tal pesquisa, foram considerados três critérios: geração de valor financeiro, sustentabilidade e bem-estar social. Leia a reportagem no link a seguir. https://qrgo.page.link/wMr2v2. O marketing de conteúdo é uma estratégia de atração de clientes por meio da criação de conteúdo relevante e valioso. Cada empresa deve descobrir as dúvidas e preocupações de seus clientes, buscando ajudá-los a partir da produção de conteúdos interessantes, contextualizados e de qualidade. Para isso, a empresa precisa mostrar que é referência no seu segmento de atuação e, portanto, a melhor solução para seus clientes. Alguns exemplos de aplicação do marketing de conteúdo são: e-books, infográficos, podcasts, webinars, vídeos e artigos. Até mesmo um quiz (teste on-line) pode ser uma forma de levar conteúdo para o consumidor. Marketing digital6 O Sebrae de Santa Catarina criou o quiz “qual é o seu perfil de empreendedor?” para ajudar os usuários a entenderem suas características e como utilizá-las favoravelmente na criação de novos negócios. Saiba mais acessando o link a seguir. https://qrgo.page.link/2EpSW 3. A experiência multicanal, também chamada de omnichannel, diz respeito à importância da integração de estratégias de marketing digital e marketing tradicional. Isso significa que as ferramentas tradicionais agora precisam coexistir com as ferramentas digitais. Para o consumidor, não existe mais essa barreira: tanto no mundo físico quanto no virtual, a marca é uma só. Com uma estratégia de omnichannel, é possível fortalecer essa percepção, ao integrar a gestão de vendas e melhorar a experiência do consumidor, independentemente do canal que ele usar. Por exemplo, a rede de farmácias Panvel disponibiliza os produtos nas lojas físicas, na loja virtual (compra pelo site) ou pelo telefone (tele-entrega). 4. Finalmente, Kotler, Kartajaya e Setiawan (2017) propõem que as marcas trabalhem suas estratégias a partir do conceito de uma nova jornada do consumidor conectado, sendo que o objetivo dessa jornada é transformar os consumidores em advogados da marca. Segundo os autores, a nova jornada do consumidor conectado é resumida em 5As: ■ Aware (consciência): nessa fase, a empresa divulga seus produtos e serviços ao consumidor, tornando-o consciente de sua existência. Isso pode ser feito por meio de campanhas tanto de marketing tradicional quanto de marketing digital. ■ Appeal (apelo): nessa etapa, a empresa apresenta ao consumidor os seus diferenciais, ou seja, a sua proposta de valor. ■ Ask (perguntar): nessa fase, o potencial consumidor pesquisa sobre as diversas opções de produtos e serviços para a sua necessidade, 7Marketing digital seja por meio do Google ou das redes sociais, seja perguntando para outras pessoas do seu círculo social. ■ Act (ação): nessa etapa, a compra é realizada. O consumidor só chega até aqui se a fase anterior foi positiva. ■ Advocate (defender): realizada a compra, os clientes satisfeitos com o produto e com o relacionamento com a empresa vão se tornar seus defensores. É a fase na qual o cliente é fidelizado. Advogado, ou defensor, de marca é um consumidor apaixonado por um produto ou serviço, engajado com a marca, que a recomenda aos amigos, defende-a dos detratores e auxilia na sua divulgação espontaneamente. Estratégias do marketing no ambiente digital Diversas estratégias podem servir como base para a implantação de um plano de marketing digital, sendo que as principais são: presença digital, e-mail marketing, mobile marketing, marketing em redes sociais e marketing de busca, descritas a seguir. Presença digital Signifi ca que a empresa existe dentro da internet. Fazendo uma analogia com o mundo físico, a presença digital equivale à empresa ter um endereço, um telefone e uma marca registrada. Para Gabriel (2010), ela acontece por meio de conteúdos que vão representar alguma coisa, que pode ser desde um site de uma empresa até um banner de anúncio dessa mesma empresa em um portal ou em um apli- cativo de celular. Existem três formas de a empresa estar presente na internet: Presença própria: são os conteúdos desenvolvidos e mantidos pela pró- pria empresa, como site, blog, perfis em redes sociais, jogos e aplicativos. Presença adquirida: são os conteúdos da marca gerados de forma orgânica (gratuita) como parte dos resultados de busca e da interação com o público, como compartilhamentos, comentários e recomendações nas mídias sociais. Marketing digital8 Presença paga: é a promoção do conteúdo da marca por meio de anún- cios pagos em banners e displays de sites, blogs, redes sociais, aplicati- vos, jogos e links patrocinados em mecanismos de busca. O patrocínio de influenciadores digitais também se encaixa nessa categoria. E-mail marketing Segundo Turchi (2012, p. 79), é uma ferramenta relevante para empresas que a utilizam de forma adequada para atingir clientes potenciais e tradicionais, além de fornecedores e outros parceiros de negócios: “Sua principal carac- terística é a agilidade, tanto para envio, quanto para resposta (confi rmação de recebimento) e também pela facilidade de medir o retorno, o que pode ser feito através de métricas específi cas”. Nesse sentido, o e-mail marketing é uma ferramenta que depende do consentimento dos destinatários. Uma campanha efi ciente de e-mail marketing começa com listas de e-mail segmentadas, nas quais os clientes de uma empresa são classifi cados de acordo com interesses e características. O e-mail marketing deve ter conteúdo personalizado, o que garante mais chances de despertar o interesse daquele grupo de pessoas. Mobile marketing Gabriel (2010) aponta que as tecnologias móveis são consideradas ferramentas importantes de comunicação pessoal e processamento de dados, permitindo, além do acesso à internet, a e-mails e a aplicativos, novas estratégias de ma- rketing, que oferecem mobilidade, geolocalização e convergência. Mobilidade: o celular está o tempo todo com o consumidor, aonde quer que ele esteja, tendendo a participar da sua vida durante as 24 horas do dia. Isso representa presença constante e uma intimidade com o consumidor que nenhuma outra mídia possui. Geolocalização: uma grande parte dos dispositivos móveis possui tecnologias de localização embarcadas no aparelho — isso possibilita conhecer a localização exata do consumidor, para aumentar a relevância das ações que o impactam, com base em local e trajeto. Convergência: especialmente os aparelhos celulares de telefonia pos- sibilitam a convergência de diversas mídias e hardware, como telefone, computador, vídeo, aplicativos (games, realidade aumentada, localiza- ção), navegador web, câmera (que pode ser usada para escanear códigos, fotografar, filmar, fazer videoconferência), áudio, texto, relógio, GPS, 9Marketing digital entre outros. A integração de todas essas mídias convergentes em um dispositivo mobile permite combinar inúmeras possibilidades de en- gajamento do público-alvo. Marketing em redes sociais Segundo Gabriel (2010, p. 307), social media marketing (SMM) é: [...] o processo de promover um site/produto/marca nas redes sociais de forma a atrair links, visitantes e seguidores para o site/produto/marca. Ações de SMM internas do site são conhecidas por SMO (social media optimization), visando melhorar a otimização do site, de modo que seu conhecimento e conteúdo sejam facilmente divulgados pelos seus usuários e visitantes do site nas mídias sociais e comunidades on-line. Ações de SMO, segundo Gabriel (2010), envolvem melhorar o design e a usabilidade, para criar páginas com conteúdos interessantes, relevantes, criativos e originais, que atraiam as pessoas para o site/blog/redes sociais da empresa. Marketing de busca Marketing de busca, ou SEM (search engine marketing), é o processo que usa os buscadores para alcançar um determinado objetivo de marketing e envolve tanto ações internas quanto ações externas ao site. Para Turchi (2012, p. 72), o SEM “[...] tornou-se o principal foco das empresas para captar novos clientes”. A origem dos buscadores está na informação e na necessidade de localizá-la no universoon-line. Sites de busca como Google, Yahoo! e Bing são alguns exemplos desse mecanismo, que, geralmente, proporciona resultados com duas importantes características: busca natural (orgânica) e busca paga (links patrocinados). A parte do SEM que se refere às técnicas de otimização orgânica de um site recebe o nome de SEO, conforme citado anteriormente. Segundo Gabriel (2012, p. 99), “[...] o SEO, por sua vez, engloba técnicas relacionadas a ações internas (criação de conteúdo) e ações externas (construção de links)”. Dessa forma, o SEO deve estar atrelado ao marketing de conteúdo. Toda vez que um material relevante é criado com a intenção de ser compartilhado, a empresa deve se atentar para utilizar palavras-chaves relacionadas ao seu ramo de negócio. Isso torna o conteúdo mais fácil de ser encontrado pelos mecanismos de busca, conquistando um posicionamento melhor para a marca. Outra tática é espalhar conteúdo pela rede para conquistar links de outros sites relevantes que apontem para o site da empresa ou marca. Marketing digital10 Uma das principais vantagens do marketing digital em relação ao marketing tradicional é a possibilidade de mensuração dos resultados. Nas estratégias de marketing digital, praticamente todos os passos do consumidor podem ser rastreados. Existem diversas ferramentas para isso, desde o Google Analytics, que analisa dados sobre a performance de sites, até ferramentas de mensuração das próprias redes sociais, como o Facebook Insights. Dessa forma, a empresa tem uma infinidade de opções para analisar, interpretar e utilizar os dados sobre o comportamento e o perfil dos seus consumidores nas suas ações de marketing digital. Para Rez (2018), na era do marketing digital, as empresas devem focar em criar soluções que ajudem a economizar tempo, que facilitem a vida dos consu- midores e que tragam mais humanização para a relação de troca de interesses. O objetivo vai além de vender produtos ou serviços, mas sim gerar significado e agregar um valor real na vida do consumidor, fazendo-o se sentir parte da marca. O novo consumidor é hiperconectado o tempo todo e, portanto, é mais exigente e requer uma abordagem diferenciada. Esse consumidor busca as suas informações na internet para avaliar os serviços e os produtos de diversos tipos de empresas antes de realizar a compra (REZ, 2018, documento on-line). CASTELLS, M. A galáxia da internet: reflexões sobre a internet, os negócios e a sociedade. Rio de Janeiro: Zahar, 2003. GABRIEL, M. Marketing na era digital. São Paulo: Novatec Editora, 2010. KEMP, S. Digital 2019: global internet use accelerates. Blog We Are Social, 2019. Disponível em: https://wearesocial.com/blog/2019/01/digital-2019-global-internet-use-accelerates. Acesso em: 29 nov. 2019. KOTLER, P.; KARTAJAYA, H.; SETIAWAN, I. Marketing 4.0: mudança do tradicional para o digital. Rio de Janeiro: Sextante, 2017. LAVADO, T. Uso da internet no Brasil cresce, e 70% da população está conectada. G1, 2019. Disponível em: https://g1.globo.com/economia/tecnologia/noticia/2019/08/28/ uso-da-internet-no-brasil-cresce-e-70percent-da-populacao-esta-conectada.ghtml. Acesso em: 29 nov. 2019. 11Marketing digital Os links para sites da Web fornecidos neste capítulo foram todos testados, e seu fun- cionamento foi comprovado no momento da publicação do material. No entanto, a rede é extremamente dinâmica; suas páginas estão constantemente mudando de local e conteúdo. Assim, os editores declaram não ter qualquer responsabilidade sobre qualidade, precisão ou integralidade das informações referidas em tais links. REZ, R. Marketing 4.0: tudo o que você precisa saber sobre a nova era do marketing. Nova Escola de Marketing, 2018. Disponível em: https://novaescolademarketing.com. br/marketing-4-0/. Acesso em: 29 nov. 2019. TURCHI, S. R. Estratégias de marketing digital e e-commerce. São Paulo: Editora Atlas, 2012. Leituras recomendadas 5 EMPRESAS que estão fazendo marketing de conteúdo com excelência. Blog Rockcon- tent, 2015. Disponível em: https://rockcontent.com/blog/empresas-que-estao-fazendo- -marketing-de-conteudo-com-excelencia/. Acesso em: 29 nov. 2019. JULIO, R. A. As 22 empresas mais humanizadas do Brasil. Época Negócios, 2019. Disponível em: https://epocanegocios.globo.com/Empresa/noticia/2019/03/22-empresas-mais- -humanizadas-do-brasil.html. Acesso em: 29 nov. 2019. OS SEGREDOS de branding das 5 marcas mais confiáveis do mundo. Aldeia, [20—9. Disponível em: https://aldeia.cc/blog/empreendedorismo/segredos-de-branding/. Acesso em: 29 nov. 2019. ROCHA, R. O que é marketing 4.0? O que mudou em relação ao 3.0? Entenda. Lead Lovers, 2018. Disponível em: http://automacaodevendas.com/o-que-e-marketing-4-0/. Acesso em: 29 nov. 2019. Marketing digital12 Dica do professor Esta videoaula mostra como o ambiente virtual modificou o marketing, o qual é apresentado agora com 8 Ps, e não somente com os 4 Ps tradicionais. Confira! Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar. https://fast.player.liquidplatform.com/pApiv2/embed/cee29914fad5b594d8f5918df1e801fd/992d1b3c73b89713b100928e94f30a25 Na prática Uma das grandes vantagens do marketing digital é a possibilidade de criar ações mais segmentadas e direcionadas para as pessoas certas. Isso poupa tempo e dinheiro. Quando se consegue entregar conteúdos de qualidade e que possam agregar valor aos consumidores, as pessoas acabam até mesmo compartilhando os materiais de forma espontânea. Por isso, também é importante investir em botões de redirecionamento para as redes sociais, para facilitar esse processo de compartilhamento. Na Prática, você conhecerá o exemplo de uma grande marca que pensou no que estamos falando. Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar. https://statics-marketplace.plataforma.grupoa.education/sagah/80eae91a-e6a1-42f1-9ec1-d659940143a0/c4c3075a-c00a-4cc3-8089-6a20f76b2edc.jpg Saiba + Para ampliar o seu conhecimento a respeito desse assunto, veja abaixo as sugestões do professor: 9 tendências de Marketing Digital em 2019 Neste site leia sobre as apostas de profissionais da área que prepararam as companhias para as transformações já em curso. Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar. O que é Marketing Digital? Neste site entenda seu conceito e aprenda como fazer! Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar. https://cio.com.br/tendencias/9-tendencias-de-marketing-digital-em-2019/ https://rockcontent.com/br/blog/marketing-digital/ Marketing e comércio eletrônico Apresentação Você já deve ter ouvido ouviu falar que "o cliente sempre tem razão". As empresas de comércio eletrônico perceberam que essa é uma verdade inquestionável, pois o consumidor está empoderado, e isso se reflete nas estratégias das marcas. O marketing vem buscando compreender o perfil desse novo consumidor conectado para desenvolver estratégias mais próximas e eficazes. Assim, surge o marketing 4.0 inserido na economia digital. A gestão de conteúdo é a nova forma de fazer propaganda para esse púbico. Nesta Unidade de Aprendizagem, você vai estudar sobre o empoderamento do consumidor. Conhecerá a evolução do marketing para a fase 4.0 e como atuar com o marketing de conteúdo com objetivo de aumentar vendas ou benefícios para a marca. Bons estudos. Ao final desta Unidade de Aprendizagem, você deve apresentar os seguintes aprendizados: Reconhecer o empoderamento dos consumidores conectados.• Analisar o papel do marketing 4.0 na economia digital.• Identificar as estratégias embasadas no marketing de conteúdo.• Infográfico O marketing de conteúdo é uma importante estratégia usada na economia digital. Seu uso deve ser bem planejado, com metas e objetivos claros para que se possa mensurar também de forma clara os resultados durante todo o período em que o marketing estiver emcontato com os consumidores. A avaliação do sucesso de uma campanha de marketing de conteúdo representa um importante passo pós-distribuição, que envolve os indicadores de desempenho estratégico e tático. Estrategicamente, os profissionais de marketing devem avaliar se as ações atingiram as metas estabelecidas ligadas às vendas e ao posicionamento da marca. Acompanhe no infográfico como medir o resultado das estratégias do marketing de conteúdo. Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar. https://statics-marketplace.plataforma.grupoa.education/sagah/eb11a57b-a820-4978-ad83-7ac8affbf06b/c9d46f4e-1f80-4817-b741-72d4ce3c2ced.png Conteúdo do livro A sociedade vem sofrendo várias mudanças em suas relações, sendo influenciada pelo uso da internet. As pessoas estão conectadas, se relacionando entre si e formando comunidades, e todo esse movimento se reflete também nas relações comerciais. O consumidor passou a levar para essas comunidades seus anseios, suas necessidades e percepções sobre produtos e marcas. Dessa forma, o consumidor ganha força, não tendo mais uma voz isolada. Esse empoderamento do consumidor conectado tem feito a diferença nas estratégias das empresas. No capítulo Marketing e comércio eletrônico, da obra Comércio eletrônico, que constitui base teórica desta Unidade de Aprendizagem, você vai entender mais sobre o empoderamento do consumidor e seus desdobramentos estratégicos, como o marketing 4.0 na economia digital, além de como criar estratégias focadas em marketing de conteúdo. COMÉRCIO ELETRÔNICO Wagner da Silveira Assunção Marketing e comércio eletrônico Objetivos de aprendizagem Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados: Reconhecer o empoderamento dos consumidores conectados. Analisar o papel do marketing 4.0 na economia digital. Identificar as estratégias embasadas no marketing de conteúdo. Introdução O motivo central da existência de qualquer empresa é o consumidor. Sem essa figura, que exerce o papel de cliente ou de comprador, não há razão para a empresa fazer negócios. Com o crescimento das redes sociais e das diversas formas que os consumidores encontraram de se relacionarem após o surgimento da internet, esses personagens ganharam força e passaram a ter voz. Assim, esse empoderamento do consumidor precisa ser compreendido e respeitado pelas empresas, de modo que possam desenvolver estratégias específicas para o perfil desse novo consumidor conectado. O marketing tem papel fundamental nessa nova economia, e a propaganda deixa de ser a grande vedete para dar lugar ao gerenciamento de conteúdo. Neste capítulo, você vai identificar o perfil desse novo consumidor conectado e como o marketing, que está na fase 4.0, pode atuar nessa economia digital. Você verá também sobre o marketing de conteúdo e os passos para uma boa interação com o consumidor, de modo a aumentar vendas ou aumentar a defesa da marca pelos seus consumidores. Empoderamento do consumidor on-line Você provavelmente já ouviu a frase “o cliente sempre tem razão”. Porém, essa é uma lição muitas vezes esquecida ou até mesmo ignorada por algumas empresas. Muitas marcas não priorizam escutar o anseio dos seus clientes e se esquecem de que, às vezes, o feedback pode até ser negativo, mas a empresa tem a oportunidade de transformá-lo em algo positivo. A dicotomia do feedback pode ser transformadora para a empresa que sabe escutar o seu cliente. Não dar razão ao cliente pode custar caro e pode ter consequências irreversíveis na sociedade atual. O sucesso de uma marca é proporcional ao quanto ela consegue satisfazer e encantar o seu público consumidor, e isso está nas mãos da empresa. Nos dias atuais, a sociedade está conectada e interligada, e isso propiciou o empoderamento das pessoas e, por sua vez, também dos consumidores. Daí surge a expressão empoderamento do consumidor on-line, que significa que o consumidor ganhou força — muito além do velho boca a boca da época dos nossos avós. Segundo Kotler, Jartajaya e Setiawan (2012), o empoderamento do consumidor tem como fator de indução a abundância de informações e as comunidades colaborativas ligadas em redes. Kotler, Jartajaya e Setiawan (2012, p. 62) trazem um conceito matemático para explicar o empoderamento do consumidor: O inventor da Ethernet, Robert Metcalfe, captou isso na Lei de Metcalfe, ao argumentar que o poder de uma rede de n membros no contexto de um rela- cionamento do tipo um para um é igual a n2. No entanto, a Lei de Metcalfe subestima o poder das redes quando o relacionamento é do tipo um-para- -muitos ou de muitos para muitos, ou seja, quando os consumidores estão conversando com outros consumidores simultaneamente. Isso é captado pela Lei de Reed, que muitas vezes é usada para explicar o fenômeno da mídia social. De acordo com Reed, o poder de uma rede em um ambiente muitos para muitos de n membros é igual a 2n. Sempre que n é maior ou igual a 5, o poder da rede muitos para muitos é maior do que o da rede um para um. Esse cálculo simples é o conceito central do empowerment do consumidor. Para exemplificar essa afirmação, quando uma empresa faz uma propaganda na televisão, ela está falando um para um. Por isso, precisa de grandes verbas financeiras para comprar inserções no horário nobre e ter uma alta frequência, ou seja, a marca paga mais caro pela audiência e pela repetição. Nas redes sociais, por outro lado, em pouco tempo se consegue propagar informações para um público ainda maior — é o poder de muitos para muitos. As empresas estão de olho nesse fenômeno das redes sociais e buscam aproveitar ao máximo todo o seu potencial. Além do investimento para a empresa, outra questão que difere em relação a uma propaganda na televisão e a comunicação pelas redes sociais é que a Marketing e comércio eletrônico2 mídia televisiva acontece quando há um investimento por parte de quem está comprando aquele espaço, enquanto as interações sociais na internet acontecem independentemente da vontade das empresas. Para Kotler, Jartajaya e Setiawan (2012), é justamente essa interação entre várias pessoas (muitos-para-muitos) que origina uma rede de consumidores poderosa. Ele ainda completa, sobre a relevância de uma marca, que esta não tem nenhuma importância se os consumidores não comentam ou conversam sobre ela. Turchi (2019) destaca que o perfil do consumidor atual é muito diferente do de anos atrás, refletindo nas relações de troca entre empresas e compradores, com o aumento da barganha por parte de quem antes não tinha voz ativa: o cliente. A evolução do perfil do consumidor é motivada pela facilidade de acesso e pela quantidade de informações que as pessoas têm à mão na atualidade. O consumidor está conectado à rede e, com isso, pode ser escutado devido à força das mídias sociais. Assim, ele também se tornou mais crítico e menos fiel às marcas. Na sociedade contemporânea, as empresas de comércio eletrônico também estão entendendo esse novo perfil de consumidor e criando negócios dire- cionados para aproveitar ao máximo essas características. A exemplo disso, empresas voltadas ao comércio eletrônico como TripAdvisor são modelos de negócios que têm a voz do consumidor como foco principal. O site é alimentado com o compartilhamento de dicas de viagem dos usuários: pessoas “comuns” relatam as suas experiências e mantêm com as suas avaliações um sistema de ranqueamento de lugares e empresas locais. Outro modelo de negócio desenvolvido para aproveitar o relacionamento do consumidor é o AirBnB, que gira em torno da hospitalidade, funcionando como uma rede social que liga anfitriões e hóspedes de todo o mundo. Nesse caso, o que movimenta e alimenta o site é o fato de o consumidor falar e expor as suas experiências, como dito anteriormente, de muitos para muitos. Os dois modelos apresentados (tanto o TripAdvisor como o AirBnB) empoderam o consumidor para tomar assuas decisões de consumo, tendo como base a opinião de outros consumidores. Esses são modelos de negócios criados em função do novo consumidor. De acordo com o Global Trust in Advertising da Nielsen (2015), que en- trevistou mais de 28 mil internautas em 56 países, 92% dos consumidores 3Marketing e comércio eletrônico em todo o mundo afirmam confiar na mídia não paga (mídia espontânea ou gratuita), como as recomendações de amigos e familiares, acima de todas as outras formas de publicidade pagas. Isso representa um aumento de 18% desde 2007. As avaliações de consumidores on-line são a segunda fonte mais confiável de informações e mensagens da marca, com 70% dos consumidores pesquisados indicando confiança nas mensagens nessa plataforma — um aumento de 15% em quatro anos. Assim, podemos entender que não somente os novos negócios se beneficiam do empoderamento do consumidor. Trata-se de é uma característica que marca o perfil do novo comprador e é motivada na sua essência pelo compartilhamento de experiências. Nesse sentido, o comércio eletrônico de maneira geral, em suas plataformas ou por meio das redes sociais, deve estimular e criar condições para que os consumidores compartilhem as suas experiências de consumo e a sua experiência com a marca. A exemplo disso, na plataforma de compra on-line da Amazon, os pro- dutos são ranqueados entre 0 e 5 estrelas, levando em conta a experiência do consumidor em associação com outros critérios. No seu site, estão descritos os critérios usados pela empresa para calcular as classificações em estrelas de um produto. Para isso, é usado um modelo de aprendizado de máquina (machine learning) em vez de uma simples média de dados brutos dos votos. Esse modelo de aprendizado de máquina leva em consideração três fatores: quando foi feita a avalição, os votos dados pelos clientes e se a resenha foi feita por alguém que realmente comprou o produto. O comprador, além de ter um espaço para avaliar, ainda pode postar uma foto do produto que comprou. Tudo isso serve para capitanear e organizar as opiniões dos consumidores a fim de orientar novos compradores. Machine learning é considerado um subcampo da Inteligência Artificial e pode ser usado para a análise de grandes quantidades de dados, como as opiniões de vários consumidores. Saiba mais no link a seguir. https://qrgo.page.link/kVPo Marketing e comércio eletrônico4 Assim, cabe às empresas criarem formas de sistematizar as informações dos consumidores; porém, ao escolherem não o fazer, não evitarão que estes se organizem e emitam as suas opiniões. Qualquer novo comprador pode encontrar informações na internet sobre qualquer produto que deseja. O empoderamento do consumidor on-line não fica restrito apenas às compras feitas no comércio eletrônico. Lima ([2017]) aponta uma pesquisa feita pela SPC Brasil, em parceria com a CNDL e divulgada na revista NOVAREJO, segundo a qual 47% dos consumidores com acesso à internet fazem pesquisas on-line antes de comprar em uma loja física. Os itens mais buscados por eles são informações relacionadas a preço (30%), detalhes e características dos produtos (12%) e a opinião de outros clientes (5%). Apesar do percentual baixo de consumidores que buscam a opinião de outros compradores na internet, isso não significa que eles não interajam com parentes e amigos fora da internet a fim de formar uma opinião sobre marcas e produtos específicos. Vivemos um momento de transição de consumidores não conectados para os nativos da internet. Segundo Serrano (2010), a geração Y, também conhecida como millenials, é formada por pessoas que nasceram entre 1980 e 2000. Uma das características dessa geração é não ser fiel às marcas. Além disso, essa é a primeira geração a se beneficiar da internet para fazer amigos espalhados pelo mundo, com o uso de e-mails, redes de relacionamento e recursos digitais. A geração Y tem a tecnologia como uma característica marcante: os millenials estão sempre conectados para se relacionar, ler, estudar e fazer buscas dos mais diversos tipos. Para eles, a opinião de outros compradores também conectados é fundamental, diferentemente das gerações anteriores (baby boomers e geração X), que ainda preferem manter a relação presencial com as pessoas — essa ainda é a sua maneira de se informar sobre produtos e marcas. Turchi (2019) apresenta a geração Z: são as pessoas que nasceram entre 1990 e 2009, que são os grandes consumidores de tecnologia. Essa geração já nasceu conectada, ou seja, já nasceu empoderada pela tecnologia e pela sua conectividade, compartilhando as suas experiências e interagindo com outras pessoas. A geração Z é ainda menos fiel às marcas e tem nas suas mãos todas as informações e opiniões para tomar decisões de compra. Assim, não é um “simples” e caro comercial de TV que vai influenciar a sua escolha. 5Marketing e comércio eletrônico O papel do marketing 4.0 na economia digital Para compreender o marketing 4.0, primeiramente é necessário entender como chegamos nesse estágio, pois a sua trajetória é uma evolução que acompanha as mudanças e transformações da sociedade, bem como as suas relações de consumo. As fases do marketing não devem ser comparadas nem analisadas de forma isolada; é preciso compreender cada período histórico vivido em cada momento do marketing. Para Kotler, Jartajaya e Setiawan (2012), que relatam essas fases, o marke- ting 1.0 teve como objetivo central vender produtos e foi impulsionado pelo que vivemos historicamente na era após a Revolução Industrial. Na época do marketing 1.0, podemos citar a frase de Henry Ford sobre o modelo T — o seu moderno veículo para a época — produzido em massa: “[...] o carro pode ser de qualquer cor, desde que seja preto” (KOTLER; JARTAJAYA; SETIAWAN, 2012). Assim, podemos perceber que a proposta de valor era totalmente funcional. A era da informação veio na sequência e motivou a próxima fase: o marke- ting 2.0. Nesse período, o consumidor passou a ser percebido pelas empresas. As marcas passaram a atuar com o foco no cliente, e a proposição de valor, além de funcional, incorporou o emocional. A evolução natural foi o marketing 3.0, que buscou compreender além do que o consumidor quer (as suas necessidades), mas também o seu espírito, ou seja, entender os seus valores pessoais. Kotler, Jartajaya e Setiawan (2012, p. 15) ainda afirmam que o “[...] marketing 3.0 acredita que os consumidores são seres humanos completos, cujas outras necessidades e esperanças jamais devem ser negligenciadas. Desse modo, o marketing 3.0 complementa o marketing emocional com o marketing do espírito humano”. Os principais pontos da evolução do Marketing 1.0 ao 3.0 podem ser ob- servados no Quadro 1. Marketing e comércio eletrônico6 Fonte: Adaptado de Kotler, Jartajaya e Setiawan (2012). Marketing 1.0 (centrado no produto) Marketing 2.0 (voltado ao consumidor) Marketing 3.0 (voltado aos valores) Objetivo Vender produtos Satisfazer e reter os consumidores Fazer do mundo um lugar melhor Forças propulsoras Revolução Industrial Tecnologia da informação Nova onda de tecnologia Como as empresas veem o mercado Compradores de massa, com necessidades físicas Consumidor inteligente, dotado de coração e mente Ser humano pleno, com coração, mente e espírito Conceito de marketing Desenvolvimento de produto Diferenciação Valores Diretrizes de marketing da empresa Especificação do produto Posicionamento do produto e da empresa Missão, visão e valores da empresa Proposição de valor Funcional Funcional e emocional Funcional, emocional e espiritual Interação com consumidores Transação do tipo um para um Relacionamento um para um Colaboração um-para-muitos Quadro 1. Comparação entre marketing 1.0, 2.0 e 3.0 7Marketing e comércio eletrônico O marketing 4.0 surge como desdobramento do marketing 3.0, com o consumidor inserido na era da economia digital.As inovações digitais são as propulsoras dessa fase do marketing, e o empoderamento do consumidor é uma das principais características dos compradores. Segundo Kotler, Jartajaya e Setiawan (2017, p. 71), nessa fase do marketing há a interação combinada entre o on-line e o off-line, e entre as empresas e os compradores. Eles ainda afirmam que “[...] na economia digital, a interação digital sozinha não é suficiente. Na verdade, em um mundo cada vez mais conectado, o toque off-line representa uma forte diferenciação”. Nessa fase, as empresas precisam ser menos verticais e distantes dos consu- midores, aproximando-se com ações mais horizontalizadas. Um dos princípios do marketing — a segmentação de mercado para definição do alvo que vai orientar as estratégias do composto de marketing — tem características muito verticais, com mensagens invasivas. Ao tratar o consumidor como um alvo que deve ser atingindo com uma mensagem, a marca passa a importuná-lo com mensagens talvez irrelevantes ou inoportunas. O consumidor, por sua vez, está inserido em uma sociedade toda conectada a uma rede horizontal de comunidades dos mais variados assuntos, gostos e motivos. O marketing 4.0 entende essas comunidades como os novos segmen- tos, e as marcas precisam pedir permissão para ingressar, conforme relatam Kotler, Jartajaya e Setiawan (2017). Nesse sentido, a segmentação de mercado deve ser usada para identificar as comunidades e buscar ações e mensagens que não sejam invasivas. Marcas e posicionamentos devem representar a sua personalidade de forma real, e não apenas em discurso. Essa deve ser mais uma preocupação das empresas. O consumidor está de olho, é crítico e busca marcas que se identi- fiquem com os seus valores pessoais. A promessa da marca expressa em seu posicionamento será esmiuçada pelos clientes na economia digital; por isso, não pode ser falsa e não verificável. As marcas devem ter personalidades autênticas. Kotler, Jartajaya e Setiawan (2017) chamam para a reflexão sobre o com- posto de marketing, que deve ser revisto nesse mundo conectado, incluindo uma maior participação dos consumidores. Para isso, o composto de marketing dos quatro Ps é redefinido pelo modelo dos quatro Cs: Cocriação (co-creation) — equivale ao produto. Moeda (currency) — equivale ao preço. Ativação comunitária (communal activation) — equivale à praça. Conversa (conversation) — equivale à promoção. Marketing e comércio eletrônico8 No Quadro 2, veja o conceito de cada C. Fonte: Adaptado de Kotler, Jartajaya e Setiawan (2017). Cocriação Moeda Ativação Comunitária Conversa A cocriação é a nova forma de desenvolver produtos. Muito mais que desenvolver produtos para os clientes certos, na economia digital a cocriação permite aos clientes customizar e personalizar produtos e serviços, criando proposição de valor superior. Isso aumenta o envolvimento dos consumidores com as marcas e os produtos, aumentando ainda a sua recomendação, devido à sua participação. A evolução da composição do preço passa de estável e padronizada para dinâmica. A precificação passa a acompanhar a demanda de mercado, e essa flexibilidade permite acompanhar as taxas de utilização dos produtos e serviços. Assim, o vetor é o uso da tecnologia, que permite variar os preços de acordo com critérios pré- estabelecidos com base na demanda e no histórico de clientes, flutuando de acordo com o mercado. O conceito do canal de distribuição também é influenciado pela economia compartilhada, potencializado pela distribuição ponto a ponto. Surgem empresas que são a evolução dos tradicionais intermediários, que conectam os compradores a determinados produtos e serviços que não são seus. Esse é o caso do Uber e do AirBnB. A evolução desse modelo será a ascensão das impressoras 3D. Na propaganda tradicional, a mensagem é enviada por emissor e codificada por um receptor — uma linha única é imposta. Com o advento das mídias sociais, os consumidores passaram a reagir a essas mensagens, deixando de serem meros receptores passivos. Os sistemas de avalição e recomendação das empresas passam a ser tão importantes (ou mais) que a propaganda usada para a construção da imagem de uma marca. Quadro 2. O conceito do modelo dos quatro Cs Com a economia digital e a fase do marketing 4.0, o marketing tradicional ganha um aliado: o marketing digital. Um não tem a pretensão de substituir 9Marketing e comércio eletrônico o outro, mas ambos atuam em consonância. Dessa forma, Kotler, Jartajaya e Setiawan (2017, p. 77) afirmam que “[...] a essência do marketing 4.0 é reco- nhecer os papéis mutáveis do marketing tradicional e do marketing digital na obtenção do engajamento e da defesa da marca pelos clientes”. Langrafe et al. (2018, p. 63) afirmam: [...] na virada para o século XXI, chegamos ao Marketing baseado em valores, de pessoas com espíritos, valores, propósitos e objetivos de vida; e as marcas simbolizam esses valores como símbolos de status e significado. Hoje, cami- nhamos para o chamado marketing 4.0, uma era na qual há uma integração maior entre os canais de marketing e a explosão do consumo de conteúdo digital no mundo, que nos leva ao marketing de conteúdo. Marketing de conteúdo As pessoas usam a internet para buscar informações sobre produtos e serviços. Em geral, elas querem saber o preço do item buscado, onde encontrá-lo e qual a experiência de outros consumidores a respeito dessa oferta. Diferentemente do período inicial de expansão da internet, quando as empresas criavam sites que mais pareciam reproduções dos seus folders institucionais e catálogos de produtos, hoje a preocupação deve ser outra. Ao pesquisar sobre um produto na internet, o cliente não recebe apenas as informações da empresa detentora da marca, mas sim um grande volume de informações de outros consumidores e de empresas concorrentes, o que serve de comparação para a decisão final de compra. Uma estratégia para que empresa se beneficie disso é gerar e estimular o conteúdo positivo sobre os seus produtos e serviços, visto que, independen- temente da vontade da empresa, os clientes vão comentar sobre os produtos/ serviços. Conforme Turchi (2019, p. 157): [...] marketing de conteúdo (ou content marketing) é o uso do conteúdo em volume e qualidade suficientes para permitir que o consumidor possa encon- trar, gostar e se relacionar com uma empresa. A ideia é gerar conteúdo útil e relevante que proporcione algum conhecimento a alguém, que seja recente e específico, com pouca interferência comercial e que provoque a reflexão sobre determinado assunto. Kotler, Jartajaya e Setiawan (2017, p. 174) definem “[...] marketing de conteúdo como uma abordagem que envolve criar, selecionar, distribuir e ampliar conte- údo que seja interessante, relevante e útil para um público claramente definido Marketing e comércio eletrônico10 com o objetivo de gerar conversas sobre esse conteúdo”. Eles ainda chamam a atenção para as marcas que estão obtendo um bom resultado com o marketing de conteúdo, levando aos consumidores conteúdo original e de alta qualidade por meio de histórias contadas a respeito das próprias marcas. Nesse caso, o profissional de marketing deverá desenvolver um papel de contador de histórias. Para Kotler, Jartajaya e Setiawan (2017), o marketing de conteúdo é a verdadeira evolução da publicidade. O consumidor moderno não confia mais nas informações que recebe da mesma forma como ocorria no marketing 1.0 e 2.0. Ele agora está conectado e faz parte de comunidades que vão verificar e qualificar as informações apresentadas pelas marcas por meio das suas ações de comunicação. Nesse sentido, o marketing de conteúdo ganha força na economia digital, por trazer mensagens direcionadas às comunidades com o objetivo de contar histórias relevantes e envolventes. Isso tem sido feito não de forma invasiva, mas simlevando em conta o fator emocional. Segundo Assad (2016, p. 7): [...] com a estratégia de conteúdo do marketing digital, esse mecanismo muda, pois se deixa de abordar o consumidor de forma agressiva apenas para oferecer um determinado produto, passando para uma abordagem diferenciada, na qual primeiro são apresentadas informações sobre a empresa e o serviço oferecido, qual a sua utilidade e diferenciais que sejam relevantes ao consumidor, e também que estejam relacionados à filosofia empresarial. Estrutura-se um relacionamento com o usuário que, a partir disso, construirá uma visão sobre a empresa e seus produtos. No passado, as mensagens eram impostas, e o consumidor acabava rece- bendo-as independentemente da sua vontade. Hoje, há na mídia social um grande volume de conteúdo gerado por outros usuários, com maior credibi- lidade. Além de ser mais atraente, pode-se escolher onde e quando consumir o conteúdo. O YouTube é um exemplo de mídia social na qual o consumidor pode escolher assistir ou não a um anúncio. Assim, é missão do profissional de marketing desenvolver peças que garantam a sua continuidade após cinco segundos; caso contrário, o usuário vai pular diretamente para o vídeo. Outra característica importante dessa mídia é que a grande maioria dos conteúdos produzidos não tem fins comerciais. Estes em geral não são criados por empresas, mas pelo usuário comum, que pode até se tornar uma celebridade com ascensão exponencialmente mais rápida do que qualquer artista de outras mídias. 11Marketing e comércio eletrônico Nesse cenário, essa é uma grande oportunidade para as empresas, que deixam de ter intermediários na comunicação — os veículos que faziam as transmissões. Assim, as marcas passam a ter um canal direto com os usuários, o qual é economicamente mais viável e eficaz. Para Las Casas (2017, p. 340): [...] o content marketing também pode ser chamado de branded content para designar conteúdo da marca. Também neste caso é a empresa que gera o con- teúdo jornalístico, educativo e de entretenimento. A forma de comunicação tem o objetivo de despertar a atenção do público para que multipliquem a mensagem e, assim, possam atingir um público maior. Por conta do branded content, as divisões entre informações jornalísticas, publicidade e entreteni- mento já não são tão nítidas quanto há poucos anos. Essa reflexão demonstra como o marketing de conteúdo é uma tarefa multidisciplinar, que surge a partir de estratégias de marketing. Todavia, são vários os profissionais envolvidos na sua execução. Kotler, Jartajaya e Setiawan (2017, p. 178) alertam para o problema: [...] os profissionais de marketing muitas vezes veem o marketing de conteúdo como outra forma de propaganda e a mídia social como outra mídia de difusão. Alguns simplesmente transferem seus anúncios para esses novos canais sem reinventar o conteúdo e acabam lidando com esse conteúdo apenas como versões mais longas de um anúncio. Esta é a grande diferença que precisa ser vista pelos profissionais de marketing: o conteúdo é o novo anúncio, mas os dois são completamente diferentes entre si. Enquanto o anúncio contém informações com o objetivo de levar a mensagem ao consumidor e vender produtos ou serviços, o con- teúdo faz exatamente o contrário: leva informações diversas ao consumidor que o ajudarão a alcançar os seus objetivos pessoais e profissionais. Nesse caso, no marketing de conteúdo, a venda realmente é uma consequência da vontade dos consumidores, que foram impactados por conteúdos associados positivamente à marca. Kotler, Jartajaya e Setiawan (2017) criaram um processo com oito passos para auxiliar aos profissionais de marketing na criação do conteúdo, como demonstra o Quadro 3. Marketing e comércio eletrônico12 Fonte: Adaptado de Kotler, Jartajaya e Setiawan (2017). 1 – Fixação de metas O que você quer atingir com a sua campanha de marketing de conteúdo? Objetivo de desen- volvimento da marca. Objetivo de crescimento das vendas. 2 – Mape- amento do público Que são os seus consumidores e quais são as ansiedades e os desejos deles? Perfis e personas de consumidores. Ansiedades e desejos dos consumidores. 3 – Concepção e planejamento do conteúdo Qual é o tema geral do conte- údo e o plano de conteúdo? Tema do conteúdo. Formatos e mix de conteúdo. Enredo e calendário do conteúdo. 4 – Criação do conteúdo Quem cria o con- teúdo e quando? Criadores do conteúdo: a própria empresa ou agências. Cronograma de produção do conteúdo. 5 – Distribuição de conteúdo Onde você deseja distri- buir os itens de conteúdo? Canal próprio. Canal pago. Canal conquistado. 6 – Ampliação do conteúdo Como você planeja alavan- car os itens de conteúdo e interagir com os consumidores? Criar conversa em torno do conteúdo. Uso de propa- ganda boca a boca e in- fluenciadores. 7 – Avaliação do marketing de conteúdo Quão bem- -sucedida é a sua campanha de marketing de conteúdo? Métricas de marketing de conteúdo. Realizações do objetivo geral. 8 – Melhoria do marketing de conteúdo Como você me- lhora o marketing de conteúdo existente? Mudanças do tema. Melhoria do conteúdo. Melhoria da distribuição e ampliação do conteúdo. Quadro 3. Marketing de conteúdo passo a passo Como você deve ter observado, a gestão de conteúdo precisa de um propó- sito, isto é, um objetivo a ser perseguido. As metas podem ter características ligadas às vendas: a identificação de possíveis clientes, a venda propriamente dita ou ainda a tentativa de levar o cliente a comprar algo mais caro do que pretendia. Outra característica é quanto à marca, objetivando aumentar o seu 13Marketing e comércio eletrônico respeito ou estimulando a sua defesa por parte dos consumidores. A escolha certa dos objetivos é o primeiro passo na direção de uma ação de conteúdo bem-sucedida. O direcionamento do conteúdo vai além da segmentação de mercado. É preciso encontrar assuntos relevantes para os grupos de interesse em que serão descritas as personas usadas no conteúdo. Após a descoberta desses assuntos, eles precisam ser transformados em temas mais específicos e relevantes, podendo inclusive interagir entre mais de uma opção. Assim, ganharão rele- vância para destacar o interesse dos consumidores — contanto que estejam em sintonia com a marca. Dessa forma, as histórias serão contatadas aproximando marcas e consumidores, com sentimentos em torno dos seus desejos. Sabendo qual história deverá ser contada e para qual público, cabe ao profissional de marketing transformar tudo isso em uma narrativa rica e original, com uma produção de qualidade. Esses oito passos são um roteiro a ser seguido por profissionais envolvidos na comunicação com o cliente, de forma a criar estratégias para a gestão de conteúdo mais assertivas e menos evasivas, aumentando a proximidade da marca com os seus clientes. De nada adiantará um belo material produzido se ele não atingir o público desejado; por isso a sua distribuição, é tão importante quanto a produção. Os canais podem ser próprios, pagos ou conquistados. O grande diferencial da internet sobre outros tipos de mídia é justamente a sua capacidade de ampliação da mensagem — nesse caso, o conteúdo. É preciso alcançar influenciadores-chave para amplificar a distribuição desse conteúdo. Assim, é somente depois de iniciar a fase de pós-distribuição que ocorre a mensuração dos resultados. Nesse momento, é preciso revisitar a meta para averiguar a assertividade do conteúdo. O marketing de conteúdo deve estar em constante busca por melhoria, e isso é possível graças às suas características de fácil controle: ele pode ser redirecionado, as falhas podem ser corrigidas ou ele pode até mesmo ser retirado de imediato. Enfim, o controle total do que está sendo veiculado facilita o teste de novos temas, formatos e canais de distribuição dos conteúdos.Para o efetivo uso do conteúdo, é preciso que haja uma mudança de atitude. É fundamental sair da mensagem de proposição de valor das empresas para a distribuição de conteúdo relevante e valioso para os consumidores. Ademais, levar em consideração a pré-produção e a pós-produção adequadas é crucial para o sucesso das estratégias de conteúdo. Marketing e comércio eletrônico14 ASSAD, N. Marketing de conteúdo: como fazer sua empresa decolar no meio digital. 1. ed. São Paulo: Atlas, 2016. KOTLER, P.; JARTAJAYA, H.; SETIAWAN, I. Marketing 3.0: as forças que estão definindo o novo marketing centrado no ser humano. Rio de Janeiro: Elsevier, 2012. KOTLER, P.; JARTAJAYA, H.; SETIAWAN, I. Marketing 4.0: do tradicional ao digital. Rio de Janeiro: Sextante, 2017. LANGRAFE, T. F. (org.) et al. Administração: uma abordagem inovadora com desafios práticos. São Paulo: Empreende, 2018. LAS CASAS, A. L. Marketing: conceitos, exercícios, casos. 9. ed. São Paulo: Atlas, 2017. LIMA, M. 47% dos consumidores pesquisam na internet antes de comprar em loja física. Novarejo, São Paulo, SP, [2017]. Disponível em: https://portalnovarejo.com.br/2017/08/ consumidores-pesquisam-internet-loja-fisica/. Acesso em: 9 abr. 2019. NIELSEN. Global trust in advertising report: winning strategies for an evolving media landscape. New York: The Nielsen Company, 2015. Disponível em: https://www.nielsen. com/content/dam/nielsenglobal/apac/docs/reports/2015/nielsen-global-trust-in- -advertising-report-september-2015.pdf. Acesso em: 9 abr. 2019. SERRANO, D. P. Geração Y. Portal do Marketing, [s. l.], 28 jun. 2010. Disponível em: http:// www.portaldomarketing.com.br/Artigos3/Geracao_Y.htm. Acesso em: 9 abr. 2019. TURCHI, S. R. Estratégias de marketing digital e e-commerce. 2. ed. 2. reimpr. São Paulo: Atlas, 2019. Leitura recomendada ÁSSIMOS, B. M. et al. O uso das tecnologias sociais como método de pesquisa em estudos transformativos do consumidor. Revista ADM.MADE, Rio de Janeiro, RJ, ano 18, v. 22, n. 2, p. 80-89, mai./ago. 2018. Disponível em: http://periodicos.estacio.br/index. php/admmade/article/viewFile/5450/47965152. Acesso em: 9 abr. 2019. 15Marketing e comércio eletrônico Dica do professor O marketing 4.0 é a evolução do marketing. Nessa nova fase, são desenvolvidas estratégias com foco no empoderamento do consumidor conectado. No entanto, é muito importante considerar a coexistência com as ações do off-line. Na Dica do Professor, você saberá mais sobre a evolução e a importância do marketing para o relacionamento com o cliente e sua integração entre o on e o off. Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar. https://fast.player.liquidplatform.com/pApiv2/embed/cee29914fad5b594d8f5918df1e801fd/b66e3575e558cf6a844a4a39260119cb Na prática O marketing precisa integrar ações de marketing digital (on-line) com estratégias do marketing tradicional (offl-ine). Dessa forma, a marca consegue maior engajamento dos consumidores e, consequentemente, um reflexo positivo nas vendas. Essas são as principais características do marketing 4.0. Confira como o marketing 4.0 foi aplicado no caso do lançamento de um produto para o público jovem. Saiba + Para ampliar o seu conhecimento a respeito desse assunto, veja abaixo as sugestões do professor: We all want to be Young Assista ao vídeo que é o resultado de diversos estudos realizados nos últimos cinco anos pela BOX1824, empresa de pesquisa em tendências de comportamento e consumo. Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar. 39 estatísticas que comprovam que o marketing boca a boca funciona para qualquer negócio Leia a matéria que aborda a força do marketing boca a boca. Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar. The hidden influence of social networks Assista ao TED de Nicholas Christakis, que fala sobre influência oculta das redes sociais. Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar. A perspectiva responsável do marketing e o consumo https://www.youtube.com/embed/c6DbaNdBnTM https://buzzlead.com.br/39-estatisticas-marketing-boca-a-boca/ https://www.ted.com/talks/nicholas_christakis_the_hidden_influence_of_social_networks?utm_campaign=tedspread&utm_medium=referral&utm_source=tedcomshare consciente: uma interação necessária entre a empresa e o consumidor Leia o artigo que debate um novo perfil de consumidor que passa a ponderar os impactos positivos e negativos de suas aquisições, o consumidor consciente. Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar. https://www.researchgate.net/publication/273485852_A_Perspectiva_Responsavel_do_Marketing_e_o_Consumo_Consciente_Uma_Interacao_Necessaria_entre_a_Empresa_e_o_Consumidor Métricas de análise e otimização de busca Apresentação O comércio eletrônico, assim como qualquer negócio físico, precisa de compradores para sua sustentabilidade. Para tanto, o setor de Marketing adota técnicas para atraí-los. No caso do e- commerce, são adotadas técnicas de Search Engine Optimization (SEO), ou seja, mecanismos de otimização de busca, pois normalmente a porta de entrada de uma loja virtual é o Google ou algum outro site de busca. Nesta Unidade de Aprendizagem, você vai estudar sobre as palavras-chave que são adotadas para indexação e que são o primeiro passo para que uma página seja encotrada pelos mecanismos de busca. Além disso, conhecerá as principais métricas para avaliar o desempenho de um e-commerce. Bons estudos. Ao final desta Unidade de Aprendizagem, você deve apresentar os seguintes aprendizados: Conceituar SEO.• Identificar ferramentas de pesquisa e estratégias de palavras-chave.• Descrever o processo de mensuração de ações no e-commerce.• Infográfico Os sites atualmente geram conteúdo exclusivo para que, dessa forma, possam estar disponíveis a seus públicos de interesse. Como fazer para que os usuários certos acessem determinado conteúdo? A resposta para essa pergunta está nos mecanismos de SEO. No Infográfico, você vai ver algumas técnicas que permitem otimizar o resultado das buscas, encurtando a distância entre o produto/marca e seus consumidores. Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar. https://statics-marketplace.plataforma.grupoa.education/sagah/6847fdcb-1df1-408b-a010-a5239717d0c3/56f000ac-fa16-459f-b8f9-eaaf74324a07.png Conteúdo do livro O SEO é uma aplicação técnica para a otimização dos resultados de busca em sites de pesquisa ou buscadores. Aparecer bem ranqueado no resultado das buscas permite uma boa visibilidade ao e- commerce e, para isso, são usadas várias técnicas. Na maiorira das vezes, essas técnicas envolvem o uso correto de palavras-chave no desenvolvimento do conteúdo. O e-commerce tem várias métricas que podem ser adotadas para avaliar e melhorar o desempenho. No capítulo Métricas de Análise e otimização de busca, da obra Comércio eletrônico, que é a base teória desta Unidade de Aprendizagem, você vai entender mais sobre esse assunto. COMÉRCIO ELETRÔNICO Wagner da Silveira Assunção Métricas de análise e otimização de busca Objetivos de aprendizagem Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados: Conceituar search engine optimization (SEO). Identificar ferramentas de pesquisa e estratégias de palavras-chave. Descrever o processo de mensuração de ações no e-commerce. Introdução Search engine optimization é uma ferramenta utilizada para melhorar o posicionamento de um site no ranking de buscadores, adotando o con- ceito de palavras-chave. Porém, todo processo precisa de indicadores de performance específicos para mensurar os resultados e direcionar novas ações com maior efetividade. Nesse sentido, conhecer algumas métricas é papel fundamental do profissional que atua com comércio eletrônico. Nestecapítulo, você verá como o conteúdo pode ser eficaz para o comércio eletrônico. Sem a necessidade de altos investimentos, é pos- sível, de forma orgânica (não paga), criar estratégias que beneficiem as plataformas de e-commerce. Assim, você aprenderá o conceito de SEO e algumas ferramentas e estratégias para melhorar o posicionamento do seu site nos mecanismos de busca. Por fim, verá também como mensurar essas ações no comércio eletrônico. Otimização dos mecanismos de busca Nos primeiros anos da internet, para acessar alguma página, as pessoas pre- cisavam digitar o endereço completo corretamente, que em geral era algo como “http://www.nomedapágina.com”. Porém, em pouco tempo o número de páginas aumentou de tal forma que não era mais possível guardar todos os endereços. Além disso, surgiu com a internet uma grande sede pela informação: as pessoas queriam encontrar e ser encontradas. A partir dessa nova necessi- dade, os usuários passaram a ter acesso a algo que tecnologicamente não era tão novo, uma vez que há muito tempo alguns pesquisadores e programadores já haviam desenvolvido mecanismos de busca. Assim, surgiram os primeiros sites populares de busca: Alta Vista, Yahoo, Metacrawler e, no Brasil, o Cadê? Em 1998, foi lançado um buscador com uma nova tecnologia, que apre- sentava ao usuário um resultado mais relevante da sua pesquisa: o Google. O resto da história provavelmente você já conhece: o mecanismo de busca do Google superou todos os seus concorrentes, virando sinônimo de pesquisa e a porta de entrada para a navegação na internet. É justamente essa porta de entrada, usada por milhões de pessoas, que nos interessa. A relevância — ou a classificação no topo de uma pesquisa no Google — garante que vários usuários vão acessar aquela página. Conforme Assad (2016), os buscadores, mais do que fonte de conhecimento rápido, tornaram-se ferramentas comerciais, pois aparecer nas primeiras posições de sites como o Google é sinônimo de sucesso. As pessoas pesquisam tudo na internet, desde casas para alugar a receitas veganas ou um curso de pós-graduação, ou ainda como montar um sistema de compostagem em um apartamento. O resultado dessa busca influencia as pessoas, mostrando as empresas ofertantes e os usuários que já tiveram ex- periência com aquele produto — ou apenas ouviram falar, mas se consideram especialistas naquele assunto. Profissionais de marketing enxergaram uma oportunidade em toda essa quantidade de informação e de pessoas pesquisando sobre vários assuntos, com maior ou menor relevância. Surgiu, então, o marketing de conteúdo. Em relação a essa ferramenta de marketing, Assad (2016) afirma que seu o objetivo central é posicionar uma marca como referência de mercado com base no que ela entende e tem de melhor: o seu conteúdo e o relacionamento que pode gerar. Assim, as marcas passaram a gerar conteúdo para se posicionar diante dos seus públicos de interesse. Mas como fazer para que as pessoas acessem esse conteúdo? A resposta é simples: ele precisa ser encontrado nos buscadores. Além do investimento no conteúdo em si, as empresas têm investido em uma técnica chamada de search engine optimization (SEO), que em tradução livre seria otimização de mecanismos de busca. Para Las Casas (2013), o SEO é um conjunto de técnicas que visam melhorar o posicionamento de sites, portais ou perfis de mídias sociais nos mecanismos de busca. Turchi (2019), por sua vez, afirma que, para elevar a posição de um site na busca orgânica, utiliza-se SEO, técnicas implementadas na página (on page) que permitem aprimorar um site para que possa ser melhor encontrado pelo Google, sem Métricas de análise e otimização de busca2 usar links patrocinados. Então, podemos afirmar que o SEO é uma técnica que vai colocar o site de determinada marca no topo da busca orgânica, isto é, aquela que não implica investimento financeiro direto. Apesar de existirem outros buscadores (como o Bing, da Microsoft, consi- derado por ela um mecanismo de decisão), o Google é o principal mecanismo de busca no Brasil. Segundo Turchi (2019), 94% do mercado é concentrado nessa ferramenta. O SEO — ou SEO white hat — distingue-se do SEO black hat — ou spamdexing — pelos seus métodos e objetivos. O spamdexing utiliza uma variedade de técnicas enganosas como tentativa de manipular a classificação do mecanismo de busca, enquanto o SEO legítimo foca na criação de sites melhores, utilizando métodos honestos de promoção. O que constitui um método honesto ou ético é uma questão que tem sido objeto de numerosos debates (BALTZAN; PHILLIPS, 2012). Para Turchi (2019), são vários os fatores que podem influenciar ou de- terminar o posicionamento de um site no resultado de uma busca, sendo o principal a sua relevância frente aos demais sites. O papel do Google é mediar, com algoritmos, a relevância de cada site de acordo com o que foi pesquisado. Uma importante contribuição de Turchi (2019) é a de que esses algoritmos são constantemente atualizados pelo Google, cujo foco é trazer uma experiência melhor de navegação para os usuários. O ideal, para quem está trabalhando no aprimoramento do seu site visando a uma melhor posição, não é se preocupar em descobrir o que os algoritmos do Google desejam, mas o que é melhor para os seus usuários. Veja, a seguir, algumas ações que podem auxiliar no uso da ferramenta SEO. Ações off page (TURCHI, 2019): obtenção de links de outros sites que apontem para o site que está sendo trabalhado, especialmente se eles têm relação com o tema abordado (esse é um exemplo de ação off site também conhecido como estratégia de link baits); atividades nas mídias sociais; criação e distribuição frequente de conteúdo relevante para outros sites e blogs de parceiros. 3Métricas de análise e otimização de busca Ações on page (TURCHI, 2019): relevância do site para o tema pesquisado, ou seja, se o conteúdo é importante e pertinente; vida útil do site, ou há quanto tempo determinado domínio (nome do site e endereço na internet) está no ar sendo alimentado com conteúdo relevante — se o site é muito novo, pode não ter havido tempo suficiente para que ele tenha sido indexado pelo Google; seleção de palavras-chave trabalhadas (tanto nos textos como nas tags), por exemplo, no caso de uma imobiliária, as palavras-chave poderiam ser “casas à venda”, “apartamentos para alugar”, “apartamentos com três dormitórios”, “terrenos”, etc.; atualização frequente do conteúdo do site relacionado às palavras-chave, bem como conteúdo exclusivo e inédito; uso de links internos para outros conteúdos; excelente usabilidade e agilidade no site; monitoramento frequente dos resultados, utilizando ferramentas de monitoramento e métricas para redirecionar as ações, se necessário. Ferramentas de pesquisa e estratégias de palavras-chaves Baltzan e Phillips (2012) relatam que o SEO está preocupado, principalmente, com o avanço das metas de sites, por meio do aperfeiçoamento do número e da posição dos resultados da busca orgânica para uma grande variedade de palavras-chave relevantes. É justamente sobre as palavras-chave que você vai aprender agora, uma vez que elas desempenham um papel fundamental para o sucesso das ações SEO. As palavras-chave atuam como índices para os algoritmos de busca. Assim, não basta ter boas palavras-chave para uma boa indexação, mas esse é o começo. A escolha das palavras-chave certas melhora o posicionamento e aumenta a visibilidade do conteúdo disponível no site. Uma das formas de aplicá-las é inserir essa lista de palavras no texto do conteúdo disponibilizado. Porém, é importante ter em mente que não basta ter palavras-chave co- locadas de forma aleatória no conteúdo. Se o usuário buscou por aquelas palavras, significa que ele tem interesse em conteúdo relevante associado a esses termos. Por isso, não basta usar palavras com o objetivo único de que elas sejam encontradas pelos mecanismos de busca, elas
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