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Quimioterapia e Radioterapia

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Rita Bandeira 
PM: PROF. NUNO 
 
 
 
A quimioterapia citostática é a utilização de 
substâncias químicas com atividade 
citotóxica. Pretende-se com esta terapêutica 
assegurar que cada célula de uma população 
tumoral seja exposta a um fármaco letal, em 
dose suficiente e por período adequado para 
a destruir. 
 Dose suficiente e adequada; 
 Período adequado. 
 
 
 
 Curar a doença (erradicação de todas as 
células neoplásicas) – não têm 
necessariamente o objetivo de curar, 
muitas das vezes tem apenas o objetivo 
de estagnar a doença; 
 Controlar a doença (impedir a progressão 
da doença neoplásica); 
 Profilático (medidas utilizadas para 
prevenir o crescimento tumoral a partir de 
células neoplásicas remanescentes após 
cirurgia ou radioterapia) – significa que 
apesar de realizar um tratamento que tem 
implicações, têm sempre importância; 
o Tumores in situ: mesmo retirando 
o tumor, para que não haja o risco 
de migração de células 
neoplásicas faz-se uso de terapia 
profilática. 
 Paliativo (alívio de sintomas quando já 
não é possível controlar o curso natural da 
doença) – quando tem este objetivo 
significa que a doença não tem cura, ou 
seja, o que fazemos é que a pessoa tenha 
 
 
 
uma boa condição de saúde/de vida até 
morrer… 
 
 
 
 Interrupção no ciclo celular; 
 Modifica a divisão celular das células 
normais bem como das neoplásicas – é 
normal provocar alterações na divisão 
celular das células normais; 
 A maior parte dos agentes interferem na 
síntese de ADN impedindo a sua 
replicação; 
 O número de células facetadas é 
proporcional à quantidade de fármacos 
administrado; 
 Todos os efeitos descritos para as células 
neoplásicas são sentidos de forma 
semelhante pelas células normais. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Indução 
Quimioterapia de altas 
doses, habitualmente 
combinada, usada com a 
intenção de induzir a 
remissão completa, 
quando se inicia um 
regime curativo. 
Aplicável aos tumores 
sólidos. 
 
QUIMIOTERAPIA 
Objetivos (Imp. Freq.) 
Mecanismo de ação 
Tipos de quimioterapia. 
(Imp. Freq.) 
Rita Bandeira 
PM: PROF. NUNO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Consolidação 
Repetição do regime de 
indução, num doente 
que alcançou uma 
remissão completa após 
indução, com a intenção 
de aumentar a taxa de 
cura ou prolongar a 
remissão. Quimioterapia 
de altas doses. – Pode 
ser usado como um 
tratamento 
complementar 
(“profilático”) para 
garantir uma remissão 
completa. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Intensificação 
Quimioterapia após 
remissão completa, com 
doses mais altas do(s) 
agente(s) usado(s) na 
indução, ou com agentes 
diferentes em altas 
doses, com intenção de 
aumentar a taxa de cura 
ou duração da remissão. 
Quimioterapia de altas 
doses. – Pode ser usado 
como um tratamento 
complementar 
(“profilático”) para 
garantir uma remissão 
completa. 
 
 
Manutenção 
Quimioterapia (mono ou 
poliquimioterapia) em 
baixas doses e de longa 
duração, num doente 
que alcançou remissão 
completa, com a 
intenção de atrasar o 
crescimento de células 
neoplásicas residuais. 
 
 
 
 
 
 
Adjuvante 
Quimioterapia de altas 
doses, habitualmente 
combinada, num doente 
sem evidência de 
neoplasia residual, após 
cirurgia ou radioterapia, 
com intensão de destruir 
um baixo número de 
células peoplásicas 
residuais. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Neoadjuvante e 
Primária 
Quimioterapia de altas 
doses, habitualmente 
combinada, 
administrada no período 
pré e peri-operatório 
com o objetivo de 
diminuir o tamanho do 
tumor, possibilitando 
cirurgia. Serve para 
controlar/diminuir o 
tamanho do tumor para 
conseguirmos operar 
(doentes oncológicos). 
 
 
 
 
2ª Linha 
Regime de 
quimioterapia em altas 
doses, habitualmente 
combinada, 
administrada a um 
doente que não 
respondeu a um regime 
Rita Bandeira 
PM: PROF. NUNO 
curativo diferente ou 
que recidivou. Utilizada 
quando não há resposta 
ao fármaco (não houve 
qualquer tipo de 
alteração do doente, 
logo faz-se este 
processo). 
 
 
 
 
 
Paliativa 
Quimioterapia 
administrada para 
controlar os sintomas ou 
prolongar a vida, num 
doente em que a cura 
não é provável. 
Quimioterapia de baixas 
doses. 
 
 
 
 
 
 
Não precisamos de saber os nomes dos 
tumores, mas sim os diferentes tipos de 
tumores. 
 Tumores Curáveis (potencialmente 
curáveis através de quimioterapia) - 
Doença de Hodgkin; Leucemia 
linfócitica; Leucemia mielógena; 
Linfoma de Burkitt; Coriocarcinoma; 
Sarcoma de Ewing; Linfoma 
histiocítico; Tumor de Wilms; 
Carcinoma testicular; 
Rabdomiosarcama embrionário; 
Linfoma nodular misto; 
Retinoblastoma; Osteosarcoma; 
Carcinoma rectal. 
 Melhoria na sobrevida (a 
quimioterapia traz melhoria 
substancial da sobrevida, porém 
raramente leva à cura) - Mieloma 
múltiplo; Neuroblastoma; 
Glioblastoma; Linfoma não-Hodgkin; 
Carcinoma pulmão; Sarcoma tecidos 
moles; Carcinoma da mama; 
Carcinoma ovário; Carcinoma gástrico; 
Carcinoma do cólon; Carcinoma do 
endométrio; Meduloblastoma; 
Policitemia vera; Insulinoma maligno. 
 Efeito paliativo (a quimioterapia 
alivia a sintomatologia, porém os 
efeitos do tratamento nos níveis de 
sobrevida, são desconhecidos ou 
insignificantes) - Linfoma não 
Hodgkin com histologia favorável; 
Leucemia granolocítica crónica; 
Carcinoma da próstata; carcinoma 
colo do útero; Tumor da tiróide. 
 Respostas ocasionais (a 
quimioterapia, ocasionalmente, 
produz respostas, em geral 
modestas, e às custas de toxicidade 
de moderada a severa) - Sarcomas; 
Tumores cerebrais; Carcinoma do 
pulmão; Carcinomas de cabeça e 
pescoço; Carcinoma hepático; 
Carcinoma bexiga; Melanoma maligno 
(com envolvimento de pele e nódulos). 
 Sem resposta (a quimioterapia 
raramente ou nunca produz 
resultados significativos) - 
Resposta Tumoral à 
quimioterapia 
(Imp. Freq.) 
Rita Bandeira 
PM: PROF. NUNO 
Melanoma maligno (com 
envolvimento visceral); Carcinoma do 
esófago; Carcinoma do pâncreas; 
Hipernefroma. 
 
 
 
Os medicamentos citostáticos incluem uma 
série de substâncias de natureza química que 
interrompem o crescimento celular, 
provocando a morte da célula, mas é a sua 
incapacidade para diferenciar as células 
saudáveis das células neoplásicas que lhes 
confere toxicidade. 
 A quimioterapia é má para o 
organismo porque não consegue 
distinguir uma célula normal de uma 
célula doente. 
 
 A maioria dos cistostáticos demonstram 
propriedades mutagénicas, carcinogénicas 
e teratogénicas e por isso a sua manipulação 
constitui um risco que pode afetar não só o 
doente, mas também quem manipula este 
tipo de medicamentos. 
 Unidades centralizadas de 
preparação; 
 Câmaras de ar laminar vertical. 
 
 
 Existem condições controladas pois 
estes fármacos podem ser tumorais e são 
muito tóxicos. Desta forma, estes fármacos 
são preparados na farmácia hospitalar e já 
vêm prontos para o internamento. 
 
 
Importante para frequência: saber e 
distinguir as propriedades! 
 
 
 
 Agentes Alquilantes – causam alterações 
nas cadeias do DNA, impedindo a sua 
replicação. Fazem a alquilação dos ácidos 
nucleicos (DNA e RNA) e proteínas. 
 Agentes Antimetabolitos – são capazes 
de “enganar” a célula, incorporando-se a 
ela, bloqueando a produção de enzimas 
necessárias à síntese de substâncias 
fundamentais ou interpondo-se às 
cadeias do DNA e RNA, transmitindo 
mensagens errôneas. 
 Plantas Alcaloides – são os inibidores 
mitóticos e os inibidores da 
topoisomerase. Os inibidores mitóticos 
ligam-se às proteínas dos microtúbulos, 
estruturas responsáveis pela polarização 
dos cromossomos, promovendo a sua 
rutura ou tornando-os não funcionantes e 
causando o bloqueio da divisão celular 
 
Propriedades 
carcinogénicas 
Capacidade de 
provocar alterações 
celulares. 
 
Propriedades 
Mutagénicas 
Capacidade de 
aumentar a taxa de 
mutação. 
 
 
Propriedades 
Teratogénicas 
Capacidade de 
provocar alterações, de 
forma e função, no feto 
exposto à sua ação. 
 
Manipulação / Preparação de 
citostáticos 
TerapêuticaAntineoplásica 
Rita Bandeira 
PM: PROF. NUNO 
durante a metáfase. São drogas 
específicas do ciclo celular. 
 Antibióticos Antitumorais – são 
compostos antimicrobianos produzidos 
pelo Streptomyces em cultura. Atuam 
interferindo com a síntese dos ácidos 
nucleicos por meio de um processo 
denominado intercalação, que impede a 
duplicação e separação das cadeias de 
DNA e RNA. 
 Hormonas e Antagonistas Hormonais – 
alguns tumores, especialmente os 
derivados da mama, próstata, útero e 
tireoide, são influenciados pelas 
hormonas. Nesses casos, a ação das 
hormonas ou dos antagonistas hormonais 
depende da presença de recetores 
hormonais nas células tumorais. São 
capazes de retardar temporariamente o 
crescimento tumoral sem ocasionar 
citotoxicidade e de aliviar sintomas. 
o Retardar o objetivo da 
doença/desenvolvimento do 
processo -> Pode ser utilizado ou 
quando o tumor primário não está 
bem identificado ou quando não 
há cura, para não existir evolução 
da doença; 
o Tumor Primário – se encontro 
células metastásicas hepáticas, 
não quer dizer necessariamente 
que o tumor primário é hepático. 
 Agentes Biológicos – estimulam as 
defesas naturais contra células 
neoplásicas. Novos agentes 
antineoplásicos são utilizados no 
bloqueio do ciclo celulares, inibição da 
angiogênese, resgate da apoptose e 
da função dos genes supressores do 
tumor ou na eliminação de células 
com genes anormais, de forma 
seletiva. Os tratamentos que 
decorrem dessa gama de 
conhecimentos são denominados de 
terapia biológica, que busca a 
transformação, inibição ou 
modificação da resposta biológica no 
contexto das neoplasias. 
 Agentes Diversos – fazem parte desse 
grupo drogas com mecanismos de 
ação variadas, desconhecidos, pouco 
compreendidos ou diferentes. 
Possuem características e toxicidades 
diversas entre si. 
 Inibidores da Tirosinoquinase – 
existem diversas classes de recetores 
de membrana para moléculas 
denominadas ligantes, cuja interação 
com o recetor desencadeia reações 
bioquímicas intracelulares que 
culminam na modulação da expressão 
gênica; 
 Sorafenibe - capaz de inibir a 
atividade intrínseca de uma série de 
recetores de membrana; 
 Imatinib – age contra quinases 
solúveis e recetores de membrana 
com atividade intrínseca de 
tirosinoquinase; 
 Sunitinib - potente inibidor de 
tirosinoquinase de múltiplos alvos, 
Rita Bandeira 
PM: PROF. NUNO 
além de bloquear as vias associadas 
de outros recetores. 
 Erlotinib - potente inibidor da 
tirosinoquinase (EGFR) expresso em 
diversos tipos de tumores sólidos. 
 Gefitinib - inibidor da tirosinoquinase 
(EGFR) e também de tumores que 
expressam c-erB1 ou HER-1. 
 
 
 
 Via oral; 
 Via EV (periférica, central); 
 SC; 
 IM; 
 Intra-arterial (punção da artéria mais 
próxima do órgão afetado); 
 Intra-cavitária (introdução numa cavidade 
corporal – bexiga, pleural, abdominal); 
 Intratecal (introdução no espaço 
subaracnoide, através de punção lombar 
ou através de cateter craniano). 
 
 
 
 
 
 
 Vesicantes: agentes capazes de provocar 
ulceração local, quando há 
extravasamento. 
o Sob o ponto de vista de toxicidade, 
são bastante perigosos! A maior 
parte dos vesicantes não são 
possíveis de administrar por VE; 
o Provocam um processo de 
ulceração local -> muito tóxico; 
o A maioria destes é impossível dar 
por acessos venosos, a maioria é 
por acesso central (cateter central 
ou cateter central subcutâneo). 
 Irritantes: causadores de dor ou irritação 
local. 
 Não agressivos: geralmente não causam 
problema quando estravasam. 
 
 
 
 
 Para imediatamente a administração do 
agente citostático e administrar a dose 
restante noutro vaso de preferência 
noutra extremidade; 
 Aspirar quando possível, sangue e parte 
do conteúdo extravasado (5 a 10 ml); 
 Se possível injetar 5 a 10 ml de soro 
fisiológico na área infiltrada para diluir 
citostático; 
 Administrar antídoto – numa situação 
grave; 
 Limpar a área extravasada com solução de 
iodopovidona 10%; 
 Elevar extremidade; 
 Aplicar frio ou calor segundo o 
procedimento correto (o frio lentifica a 
difusão do fármaco, o calor aumenta a 
absorção); 
 Manter vigilância. 
 
 
 
 
 
 
Vias de administração de 
citostáticos 
Classificação dos citostáticos 
segundo a sua capacidade 
agressiva para os tecidos 
(Imp. Freq.) 
 
Tratamento do extravasamento 
por citostáticos 
Rita Bandeira 
PM: PROF. NUNO 
 
 
 
 
Toxicidade Quimioterapia 
Ter noção do que pode provocar, das alterações e intervenções! 
Rita Bandeira 
PM: PROF. NUNO 
 
Rita Bandeira 
PM: PROF. NUNO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Rita Bandeira 
PM: PROF. NUNO 
 
 
 
A radioterapia é um tipo de tratamento 
utilizado tanto em oncologia como em 
patologias benignas que usa radiação 
ionizante para destruir ou impedir o 
crescimento das células. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
RADIOTERAPIA EXTERNA/ CONVENCIONAL 
Consiste na irradiação de um determinado 
volume alvo (tumor) com um feixe de 
radiação externo (a longa distância) 
produzido por um acelerador linear. A maioria 
das pessoas que realizam radioterapia 
recebem essa modalidade de tratamento. 
 
RADIOTERAPIA INTERNA/ BRAQUITERAPIA 
Ao contrário de radioterapia externa que trata 
o órgão alvo com feixes de radiação externos 
(a longa distância), a braquiterapia utiliza 
fontes de radiação interna (a curta 
distância). Na radioterapia interna o material 
radioativo é colocado, por meio de 
instrumentos específicos, próximo à lesão 
tumoral. 
 
 
 
Pode envolver um implante radioativo, uma 
solução líquida ou injeção intravenosa. 
Dependendo do tipo de tratamento a ser 
utilizado, o paciente pode precisar ser 
hospitalizado por um curto período de 
tempo. 
 
 
 Nos estádios precoces, cuja expressão é 
essencialmente local, os resultados são 
excelentes; 
 Combinação com cirurgia (neoadjuvante): 
• Pré-operatório: reduzir o tumor; 
• Pós-operatória: recessão 
incompleta ou quando o risco de 
recidiva local é elevado. 
 Associada quimioterapia: eficácia local 
da radioterapia associada ao efeito 
sistémico da quimioterapia. 
 
 
 
Todos os tecidos situados na área de 
irradiação estão sujeitos a alterações que 
podem ser temporárias ou permanentes. 
Podem ser: 
 Medula óssea; 
 Osso, musculo e articulações; 
 Sistema digestivo; 
 Sistema cardiovascular e respiratório; 
 Pele (fundamentalmente). 
 
 
 
RADIOTERAPIA 
Tipos de Radioterapia 
A radiação Ionizante leva à formação de 
iões nos meios sobre os quais incidem, 
induzindo modificações mais ou menos 
importantes nas moléculas. 
Emissão de um feixe sobre a massa 
tumoral. 
Indicações 
Efeitos Colaterais 
Rita Bandeira 
PM: PROF. NUNO 
 
 
A medula óssea é altamente sensível a 
radiação o que origina a destruição das 
células precursoras das células sanguíneas: 
 Leucopenia e neutropenia – risco 
acrescido de infeção; 
 Trombocitopenia – risco acrescido de 
hemorragia (mucosa oral e nasal); 
 Anemia – cansaço fácil. 
A sintomatologia agravasse 
concomitantemente quimioterapia. 
 
 
 
O tecido ósseo apresenta alta tolerância à 
radiação. Quanto sujeito a elevadas doses 
ocorre a desmineralização com diminuição 
da densidade óssea aumentando o risco de 
fratura e em alguns casos parar o 
crescimento ósseo. 
 
A irradiação dos músculos provoca fibrose 
interferindo com as suas características 
elásticas (no cancro da mama existe uma 
funcionalidade do membro comprometida). 
	
 
 
 
 
 
 
Os tumores da cabeça e pescoço fazem com 
que haja uma fibrose dos músculos 
mastigatórios, o que leva a uma dificuldade 
em mastigar, deglutir, e em produzir saliva. 
 
A irritação das mucosas leva a náuseas, 
vómitos, diarreia, anorexia, dor, disfagia, 
enterite, colite e anorexia. 
 
A malnutrição faz com que haja perda de 
massa muscular o que leva a uma perda da 
capacidade funcional do individuo. 
 
 
 
O sistema nervoso tem uma capacidade 
considerável de resistir à radiação pelo que 
ascomplicações são pouco frequentes. Pode 
acontecer: 
 Necrose – alterações da fala, 
visuais, motoras e sensitivas, 
equilíbrio, coordenação. 
 Edema cerebral – deteriorização 
da função cerebral, aumento da 
pressão intracerebral (PIC); 
 Mielopatia – alterações da 
sensibilidade dos membros, 
fraqueza muscular. 
 
 
 
ALTERAÇÕES PULMONARES 
 Lesão alveolar difusa, pneumonite e 
fibrose intersticial (podem ser 
temporárias ou permanentes); 
 Fibrose dos músculos envolvidos na 
ventilação que leva a uma menor 
expansão pulmonar (menores volumes) e, 
consecutivamente, aumento 
compensatório da FR (aumento da fadiga). 
– Diminui o volume corrente, logo à 
compensação por parte da respiração 
Medula Óssea 
Osso, músculo e articulações 
Quando envolve uma articulação 
ocorre a diminuição das 
amplitudes articulares. 
Sistema Digestivo 
Sistema Neurológico 
Sistema Cardiovascular e 
Respiratória 
Rita Bandeira 
PM: PROF. NUNO 
para estabelecer os volumes corretos o 
que leva a um esforço ventilatório. 
 
ALTERAÇÕES CARDÍACAS 
 Falência cardíaca congestiva, doença 
cardíaca restritiva e doença coronária; 
 A irradiação do cancro da mama à 
esquerda faz com que haja uma fibrose 
dos vasos coronários. 
 
 
 
Ocorre a fibrose dos vasos linfáticos que leva 
a edema. 
 Linfaedema – processo inflamatório 
dos vasos linfáticos que só 
desaparece quando se termina a 
radioterapia (ou então fica 
permanente e pode provocar pleurite). 
 
O linfaedema favorece a infeção, a 
diminuição das amplitudes dos movimentos, 
e diminuição da função. 
 
 
 
A radiodermite ou ferida radiógena é um 
dos efeitos secundários mais comuns do 
tratamento com radiação ionizante, é 
progressiva e aparece habitualmente entre 2ª 
e a 3ª semana de tratamento. 
 A radiodermite nas mulheres deve-se 
ao cancro da mama, contudo também 
pode ocorrer nos homens por outras 
causas. 
 
A utilização de técnicas mais avançadas nos 
últimos anos, como o IMRT (radioterapia por 
intensidade modulada), está associada à 
diminuição da intensidade e severidade das 
reações cutâneas (feixe ionizante não é 
contínuo). No entanto, os esquemas de QT/RT, 
assim como as doses progressivamente 
maiores de radioterapia e os fracionamentos 
alterados, fazem com que a toxicidade 
cutânea continue a ser um problema de 
primeira linha na prática clínica. 
 
MUITO IMPORTANTE: 
 A toxicidade radio induzida pode ser 
dividida em aguda ou tardia mediante 
o tempo de aparecimento. 
 Na toxicidade aguda os efeitos 
adversos surgem durante o 
tratamento e até 90 dias após o 
início da RT; 
 Na toxicidade tardia os efeitos 
adversos surgem entre meses e anos 
após o término da RT. 
 
Sistema Linfático 
Pele - Radiodermite 
Rita Bandeira 
PM: PROF. NUNO 
Hipohidrose – diminuição da hidratação da 
pele, logo a mesma fica seca e escamativa. 
Descamação Húmida – ferida com exsudato 
(perda de fluidos). 
 
Telangiectasias – aranhas vasculares, 
associadas à insuficiência venosa (o vaso 
perdeu a sua capacidade de elasticidade). 
Perda de integridade cutânea, perda da 
elasticidade, pele seca – pele ulcerada. 
Úlcera varicosa – associada a uma doença ou 
insuficiência venosa (quase sempre distais 
nos membros inferiores). 
 
ERITEMA: 
O eritema é a primeira manifestação da 
radiodermite e pode ocorrer na 1ª	semana, 
sendo mais frequente a parte da 2ª, 3ª	
semana de tratamento. Caracteriza-se por 
pele seca e sensível, sensação de calor e 
repuxamento, prurido. Pode também 
manifestar-se por rash de cor uniforme ou em 
mancha. 
 
 Eritema cutâneo – tem uma zona de 
rubor e edema da pele. 
 
DESCAMAÇÃO SECA: 
A descamação seca caracteriza-se por pele 
seca e descamativa, prurido e 
hipersensibilidade que provocam dor e 
desconforto que fica exacerbado com o 
toque da roupa. Importa realçar que a 
descamação seca rapidamente evolui para 
descamação húmida, principalmente se se 
tratar de pregas cutâneas. 
 
 Podemos minimizar sob o ponto de 
vista de processo inflamatório, ou 
seja, conseguimos controlar o foco de 
infeção (ainda não há perda cutânea). 
 
DESCAMAÇÃO HÚMIDA: 
A descamação húmida induzida pela RT é uma 
ferida e deve ser tratada como tal. 
Clinicamente surge como eritema moderado 
a intenso, a pele aparece endurecida, 
hiperpigmentada, brilhante e com 
Rita Bandeira 
PM: PROF. NUNO 
exsudado sero hemático, com dor intensa 
ao toque e à manipulação. Existe risco de 
infeção principalmente se se tratar de 
pregas (axilas, sulco infra mamário ou região 
inguinal) sendo que neste caso o exsudado 
pode ser purulento. Neste caso, deve ser 
colhida uma zaragatoa para estabelecer o 
diagnóstico de infeção. É frequente observar-
se o aparecimento de ilhotas de tecido 
epitelial no interior da descamação 
húmida, quando esta começa a regredir. 
 
 Devemos evitar que esta descamação 
apareça. 
	
Após o tratamento a pele irradiada pode 
permanecer mais sensível ao frio e ao calor 
e desenvolver uma queimadura solar com 
maior facilidade. O doente deve por isso, 
continuar a proteger a pele irradiada da 
exposição direta ao sol, através do vestuário 
e/ou mediante a aplicação de um protetor 
solar de fator elevado (+50). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Rita Bandeira 
PM: PROF. NUNO

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