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Farmacologia do ritmo cardíaco

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UNIVERSIDADE DO ESTADO DO PARÁ – UEPA
Centro de Ciências Biológicas e da Saúde 
Campus VIII- Marabá
Curso de Biomedicina
Disciplina: Farmacologia 
Farmacologia do Ritmo Cardíaco 
 
 Discentes: 
 Amanda Pimentel
 Bianca Farias 
Cenira oliveira
 Matheus Duarte 
 
____________________________________
______________________________________
1
 Introdução:
CORAÇÃO:
Órgão mecânico e elétrico;
Atuar em harmonia;
Componente Mecânico: 
Bombeia o sangue
 Insuficiência cardíaca
2
 Componente Elétrico: 
Ritmo cardíaco;
 Arritmia 
 Miócitos não conseguem se contrair 
- Alterações no ritmo cardíaco
- Agentes antiarritímicos 
 Introdução:
3
 Potencial de ação cardíaco:
Espontâneo;
Longo; 
 Células do nó SA:
Regulam o ritmo do coração;
 Disparam espontaneamente em um ciclo de três fases: Fase 4, Fase 0 e Fase 3; 
 Fisiologia elétrica do coração:
4
 
 Fisiologia elétrica do coração:
5
 Fisiologia elétrica do coração:
6
 Miócitos Ventriculares:
 Coordenam a contração que ejetam sangue do coração;
 Não sofrem despolarização espontânea; 
 Fisiologia elétrica do coração:
7
 Fisiologia elétrica do coração:
8
 Determinação na frequência de disparo:
 Essas diferentes populações de células apresentam diferentes frequências intrínsecas de disparo.
9
 Fisiopatologia da disfunção elétrica:
As causas das disfunções elétricas no coração podem ser divididas:
Defeitos na formação do impulso.
Defeitos na condução do impulso.
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 Fisiopatologia: Mecanismo das arritmias cardíacas 
Células Marcapassos : Apresentam automaticidade.
Pergunta: Onde se encontram essas células? 
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 Automatismo Normal:
Catecolaminas
Digitálicos
Isquêmicos
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 Automatismo Anormal:
13
 Automatismo Anormal:
Os impulsos partem do nó sinoatrial e se transmitem ao resto do miocárdio.
Pois, possuem uma maior frequência de disparo.
Impede que os marcapassos ectópicos dirijam o ritmo cardíaco.
Batimentos ectópicos.
Entretanto, há patologias em que o impulso é gerado em outro lugar.
Marcapassos ectópicos
Arritmias Cardíacas
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 Atividade Deflagrada:
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Defeitos na condução do impulso
Taquiarritmias: Resultam do bloqueio unidirecional e diminuição da velocidade da via anormal
 Atividade Deflagrada:
19
 Bloqueio da Condução:
20
Classes e agentes farmacológicos
Correntes iônicas Altera potencia de ação
(na membrana)
Contração miócitos momento apropriado
Distúrbios do ritmo cardíaco
Agentes antiarrítmicos
Mecanismo geral dos agentes antiarrítmicos
Mecanismos Gerais
Muitos agentes poucos mecanismos e ação 
Fármacos que afetam o ritmo cardíaco agem sobre:
 - Potencial diastólico máximo das cél’s marca – passo
 (e/ou potencial de membrana em repouso nas cel’s ventriculares);
 - Frequência de despolarização da fase 4;
 - Potencial Limiar;
 - Duração do potencial de ação.
Efeito do bloqueador depende da função da corrente do canal no potencial de ação cardíaco:
 - Bloqueadores dos canais de Na⁺ e Ca²⁺ = potencial limiar
 - bloqueadores dos canais de K⁺ = prolonga duração potencial de ação
Ligação “dependente do estado”
Conformação do canal afinidade com bloqueador
Ex.: Bloqueadores dos canais de Na⁺.
 - Canal de Na⁺ 3 Estados (aberto – fechado – inativo)
Bloqueadores dos - Aberto: fase ascendente
 canais de Na⁺ 
 - Inativado: Fase de Platô 
Ou seja: Bloqueia os canais durante potencial de ação (sístole), e dissocia-se durante a diástole.
Durante potencial de ação
Dificuldade no desenvolvimento de tratamentos antiarrítmicos efetivos
Possibilidade de causar arritmias
Ex.: tratamento da reentrada.
 Bloquear a propagação do potencial de ação.
 * se o impulso for totalmente abolido:
 - torna o impulso incapaz de despolarizar repetidamente o ritmo cardíaco no circuito de reentrada
 
 * Se o impulso não for abolido totalmente:
 - condução lenta induzida promove arritmias de reentrada.
 - Impulso remanescente pode utilizar via de reentrada original na propagação da arritmia
 ou
 - Encontra outras vias e cria novos circuitos de reentrada
 
Classes de agente antiarrítmicos
Classes
Agentes antiarrítmicos de classe I: bloqueadores dos canais de Na⁺
Diminuem a automaticidade das células do nó SA
1- deslocando o limiar para potenciais mais positivos;
2- diminuindo a inclinação da despolarização na fase 4.
 1- N° canais de Na⁺ bloqueados N° de canais para abertura na
 despolarização da membrana
Aumenta o limiar
Lentifica a despolarização
Aumenta duração fase 4
Diminui Frequencia cardíaca
Bloqueadores dos canais de Na⁺ atuam sobre os miócitos ventriculares diminuindo reentrada
1- diminuição da velocidade ascendente da fase 4
2- prolongamento da repolarização
 1- V ascendente fase 4 V de condução através do tecido cardíaco:
 - Impulso é extinto antes de ser capaz de reestimular os miócitos em uma via reentrada;
 - Se a condução não for diminuída o suficiente: Impulso de velocidade mais lenta sustenta a reentrada quando esta alcança cél’s não refratárias.
 2- Repolarização prolongada período refratário efetivo
Cel’s em circuito de reentrada não podem ser despolarizadas por PA de reentrada
OU SEJA:
Bloqueadores dos canais de Na⁺ diminuem a probabilidade de reentrada (arritmias)
 - diminui a velocidade de condução
 - Aumenta o período refratário dos miócitos ventriculares.
Agentes antiarrítmicos da Classe IA
Agentes antiarrítmicos IA
Bloqueio moderado sobre os canais de Na⁺
 Diminui V Ascensão da fase 0
Bloqueiam canais de K⁺
Diminui velocidade de condução através do miocárdio
Prolonga repolarização
Aumenta período refratário efetivo
Diminuem reentrada!
A quinidina
Protótipo de agente antiarrítmico IA;
Utilizada com menos frequência;
Ações farmacológicas dos agentes IA;
Bloqueia liberação de transm. Nervo vago (Vagolítico) 
Anticolinérgicos = aumenta velocidade de condução Nó AV
“Flutter Atrial”
Átrios disparam muito mais rapidamente que os ventrículos.
Disparam tão rápido que alguns impulsos alcançam o nó AV ainda no período refratário
Alguns impulsos não são transmitidos para os ventrículos
Quinidina (Redução velocidade condução)
 velocidade de condução nó AV (impulsos de + 200 = alto!)
Quinidina utilizada com outros fármacos
Quinidina + Antagonista β-adrenérgico
Ou
Veropamil ( bloqueador canais de Ca)
Diminuem condução nodal AV em pacientes com “flutter atrial”
Cuidados com Quinidina
Intoxicação com digoxina;
Níveis plasmáticos de K⁺;
Prolongamento de QT (predispõe a “torsades de poites”)
Substituída por agentes da classe 3 : ibutilida e amiodarona.
Agentes antiarrítmicos IB
Antiarrítmicos IB
Encurtam a repolarização
Ligam-se a canais de Na⁺ tanto abertos quanto Inativados.
Dissociação rápida dos canais de Na⁺
Exercem pouco efeito no tecido cardíaco normal
Bloqueia os poucos canais de Na⁺ de inativação tardia durante a fase 2 do potencial de ação cardíaco
“bloqueio dependente de uso”
Efetivo no bloqueio dos tecidos despolarizados ou rapidamente impulsionados
Maior probabilidade de canais abertos ou fechados
Miocárdio enfermo!
Ex.: Isquemia do miocárdio
 [H⁺]
[K⁺]extr
Ek (+)
 Efluxo de íons K⁺ das cel’s
despolarização
 Probabilidade disparo de PA
Canais de Na⁺ mais tempo abertos ou
inativados
Classe IB
A lidocaína
Tratamento arritmias ventriculares em situações de emergência
Metabolismo:
 - Fluxo sanguíneo hepático
 - Atividade enz. CyP450 hepático
 fluxo sanguíneo e CP450 inibidas : dose menor de lidocaína
 [CP450] por barbitúricos: aumentar dose de lidocaína
Efeitos adversos no SNC: (confusão, tontura)
Bloqueio dos canais de Na⁺ no SNC
 Mais potentes bloqueadores dos canais de Na+;
 Ao diminuir a frequência de ascensão da fase 0
 Eliminam as contrações ventriculares prematuras 
 Impedem a taquicardia supraventricular paroxística e a fibrilação atrial; 
 Efeitos depressivos sobre a função cardíaca;
 Devem ser utilizados com cautela; 
 Antiarrítmicos da Classe IC:
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 FLECAINIDA:
 Arritmias supraventriculares;
 Utilizada em situações fatais;
 Meia- vida: 12-30 horas;
 Antiarrítmicos da Classe IC:
45
 Alerta: Pacientes com taquiarritmias ventriculares preexistentes ou com história de infarto de miocárdio Agravar a arritmia;
 Efeitos adversos:
 Provoca ou aumenta arritmias;
 Frequência aumentada de episódios de taquicardia ventricular;
 Mortalidade elevada em pacientes com infarto de miocárdio; 
 Antiarrítmicos da Classe IC:
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 MORICIZINA:
 Derivado fenotiazínico;
 Arritmias ventriculares;
 Produz metabólitos ativos;
 Efeitos adversos:
Tonteira;
Náusea;
Aumentar as arritmias; 
 Antiarrítmicos da Classe IC:
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 PROPAFENONA: 
 Arritmias supraventriculares;
 Meia-vida: 5-7 horas;
 Efeitos adversos:
Gosto metálico; 
- Aumentar as arritmias;
 Antiarrítmicos da Classe IC:
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 Agentes antiarrítmicos de classe II: Antagonistas β- Bloqueadores 
 Os agentes antiarrítmicos da classe II são antagonistas β-adrenérgicos. Também chamados de bloqueadores β. 
 Esses agentes atuam através da inibição do influxo simpático para regiões do ritmo cardíaco. 
Embora o coração seja capaz de bater por si próprio sem inervação do sistema autônomo, as fibras simpáticas tanto parassimpática inervam o Nó SA (sinoatrial) e Nó AV (atrioventricular), onde alteram a frequência.
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 Agentes antiarrítmicos de classe II: Antagonistas β- Bloqueadores 
 A estimulação simpática libera norepinefrina, que se liga aos receptores β1-adrenérgicos nos tecidos nodais. 
 A ativação dos receptores β1-adrenérgicos no Nó SA desencadeia um aumento na corrente marcapasso (If ), que aumenta a despolarização. 
Evento Normal: SEM atuação dos β-bloqueadores
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 Agentes antiarrítmicos de classe II: Antagonistas β- Bloqueadores 
 Os antagonistas β1 bloqueiam a estimulação simpática dos receptores β1-adrenérgicos nos nós SA e AV. 
 É como os antagonistas β1 afetam os potencias de ação dos nós SA e AV ?
OBS: O nó AV é mais sensível do que o nó SA aos antagonistas β1
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 Agentes antiarrítmicos de classe II: Antagonistas β- Bloqueadores 
 As ações que ocorrem são as seguintes: 
 Diminuem a frequência de despolarização.
 Prolonga a repolarização.
 
 Que com a diminuição da frequência da despolarização, leva a redução da automaticidade o que reduz a demanda de O2
IPL
Evento a partir atuação dos β-bloqueadores
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 Agentes antiarrítmicos de classe II: Antagonistas β- Bloqueadores 
FIGURA 1: Os antiarrítmicos de classe II revertem a estimulação simpática dos receptores β1-adrenérgicos 
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 Quando os antagonistas β1 – são utilizados?
 Uso Clínico:
 Sistema cardiovascular
 Hipertensão
 Angina de peito
 Infarto do miocárdio 
 Disritmia cardíaca
 Insuficiência cardíaca
É usado no tratamento das arritmias supraventriculares e ventriculares
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 Quando os antagonistas β1 – são utilizados?
 Cada classe possue uma ligeira diferença.
 1° GERAÇÃO : Propranolol > antagonista 
 β1-adrenérgicos não seletivo, portanto antagonizam os receptores tanto β1-adrenérgicos quanto β2- adrenérgicos 
São utilizados no tratamento das traquiarritmias 
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 Gerações de antagonistas β: 
 2° GERAÇÃO: São os atenolol, metoprolol, acebutolol e bisoprolol sendo relativamente seletivos para receptores β1-adrenérgicos quando administrados em baixas quantidades.
 3° GERAÇÃO: Provocam vasodilatação, além de antagonizar os receptores β1-adrenérgicos .
São LABETALOL e CARVEDIOL induzem vasodilatação ao antagonizar , em quanto PINADOLOL é um antagonista parcial nos receptores adrenérgicos . 
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 Agentes antiarrítmicos de classe III: Inibidores da Repolarização 
 Os agentes antiarrítmicos de classe III bloqueiam os canais de k+ .
Os antiarrítmicos de classe III diminuem da corrente de k+ de repolarização durante a fase de platô , levando uma duração maior do potencial de ação .
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 Agentes antiarrítmicos de classe III: Inibidores da Repolarização 
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 Ibutilida:
 É um agente antiarrítmicos de classe III que prolonga a repolarização através da inibição da corrente de k+ , esse fármaco intensifica também a corrente de Na+ .
Quando utilizada ?
Em fribilação e flutter 
São arritmias de origem nos átrios 
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 Dofetilida:
 A Dofetilida é um potente bloqueador de corrente de K +
 Esse fármaco e apenas disponível em via oral.
 Semelhante a Ibutilida
 NÃO tem efeitos na corrente de Na+
Em fribilação e flutter 
São arritmias de origem nos átrios 
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 Sotalol:
 É um agente antiarrítmico misto de classe II e III.
 
 Esse fármaco antagoniza não-seletivamente os receptores β-adrenérgicos (ação de classe II).
 Também aumenta o potencial de ação ao bloquear os canais de k + (ação de classe III).
Em arritmias ventriculares graves e fribilação e
flutter (São arritmias de origem nos átrios) 
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 Britélio:
 Atua como agente anti-hipertensivo e como agente antiarrítmico de classe III.
 A esse fármaco atua nos locais de atividade antiarrítmica nas fibras de Purkinje e nos miócitos ventriculares.
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 Amidorona:
 É principalmente um agente de classe III, mais também atua com agente antiarrítmico na classe I, II , III e IV. 
 Essa capacidade se dá pela alteração na membrana lipídica, na qual se encontra canais e receptores.
 Ele vai causar: bloqueio dos canais de Na+ , ele é um antagonista não-competitivo β e α-adrenérgicos, bloqueia os canais de k+ e bloqueia os canais de Ca+2 .
Em arritmias ventriculares graves e insuficiência cardíaca 
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 Agentes antiarrítmicos de classe IV: Bloqueadores de canais de Ca+2 
 Os fármacos que bloqueiam os canais de Ca+2 
 cardíacos atuam nos tecidos nodais nós SA e AV, onde esse tipo de tecido depende das correntes de Ca+2 como fribras de purkinje e músculo atrial e ventricular.
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 Principal ação terapêutica: Os fármacos
 Lentificam a condução do potencial de ação do nó AV. 
 Provocam o bloqueio nodal AV o que reduz a velocidade de condução. 
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 Principal ação terapêutica: Os fármacos
 Diidropiridinas: exercem um efeito no músculo liso vascular.
 Verapamil e Diltiazem: são mais efetivos nos tecidos cardíacos, usado em tratamento de traquicardia supraventricular, angina e hipertensão.
66
 Efeitos dos antiarrítmicos de classe IV sobre o potencial de ação
67

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