Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
1 1 Farmacoterapia das arritmias Farmacoterapia das arritmias Fisiologia da função cardíaca – frequência e ritmos cardíacos O coração possui dois tipos de miócitos: os que possuem a capacidade de iniciar potenciais de ação de forma espontânea (células marca-passo) e as que não tem essa capacidade. Toda célula marca-passo (nó sinoatrial, nó atrioventricular, feixe de His, ramos do feixe e fibras de Purkinje) possui automaticidade, ou seja, é capaz de despolarizar de maneira rítmica acima de um limiar de voltagem. O ritmo sinusal fisiológico é gerado por impulsos de marca-passo, que se originam no nó sinoatrial e são conduzidos em sequência através dos átrios, nó atrioventricular, feixe de His, fibras de Purkinje e ventrículos. O potencial de ação de uma célula muscular cardíaca ideal é dividido em 5 fases: • 0 - Despolarização rápida: consiste em uma despolarização mais rápida mediada por canais de Ca2+ regulados por voltagem e altamente seletivos. A ascensão do potencial de ação de despolarização muito rápida é causada por um aumento transitório da corrente de Na+ para dentro da célula através dos canais de Na+ regulados por voltagem. O rápido influxo de Na+ responde pela despolarização e 2 2 Farmacoterapia das arritmias impulsiona o potencial de membrana para + 70 mV. Apesar de ser grande, o aumento da condutância de Na+ durante a fase 0 dura apenas 1−2 milissegundos, devido à inativação dos canais de Na+ em função do tempo e da voltagem. O tempo necessário para que os canais de Na+ se recuperem de sua inativação dependente da voltagem e do tempo determina o período refratário do miócito. O período refratário refere-se ao tempo durante o qual não pode haver disparo de outro potencial de ação. Isso serve como mecanismo protetor para assegurar ao coração um tempo suficiente para a ejeção do sangue de suas câmaras. O período refratário estende-se do início da ascensão do potencial de ação até a fase de repolarização. Quando há a abertura de canal de sódio há o estímulo à abertura de canais de cálcio voltagem-dependente. • 1 – Repolarização parcial: inativação dos canais de sódio voltagem-dependente e ativação de canais de potássio. • 2 – Platô: O platô é mantido por um entre uma corrente de Ca2+ para dentro da célula, através de dois tipos de canais de Ca2+: T (transitório) e L (lento) e uma corrente de K+ para fora da célula. Os canais de Ca2+ de tipo T sofrem inativação com o decorrer do tempo e mostram-se insensíveis ao bloqueio pelas diidropiridinas. A corrente através dos canais de Ca2+ de tipo L é ativada em −30 mV e sofre inativação lenta, mostrando-se sensível ao bloqueio pelas diidropiridinas. 3 3 Farmacoterapia das arritmias • 3 – Repolarização tardia: os canais de Ca2+ fecham-se lentamente, e ocorre abertura dos canais seletivos de K+, resultando em repolarização da membrana. • 4 –Potencial de repouso da membrana: restabelecimento de equilíbrio iônico; atuação da bomba de Na+/K+. A fase 4 corresponde ao vazamento de sódio (não voltagem-dependente) dando início a uma fase de despolarização lenta, produzida por uma corrente marca-passo. o Obs.: as células autoexcitáveis só possuem as fases 0, 3 e 4. 4 4 Farmacoterapia das arritmias Ritmicidade cardíaca A regulação da ritmicidade do coração ocorre no nó SA ou marca-passo do coração. Esta ritmicidade ocorre porque as membranas das fibras do nó SA são muito permeáveis ao sódio, que passa para o interior das fibras, fazendo com que o potencial da membrana em repouso passe para o valor positivo até atingir seu limiar transformando em potencial de ação. O impulso é propagado pelos átrios através do sistema de Purkinje provocando sua contração. Centésimos de segundos depois, o impulso atinge o nó AV, que retarda o impulso para que os átrios forcem a passagem de sangue para os ventrículos. Após esse retardo, o impulso é propagado pelo sistema de Purkinje aos ventrículos contraindo-os. É importante lembrar que o potencial de repouso da membrana da fibra sinusal tem negatividade de aproximadamente -55 a 60mV e seu potencial é em ponta. O potencial do 5 5 Farmacoterapia das arritmias músculo ventricular é em platô e o limiar é mais alto (-85Mv) pois é necessário que haja um intervalo para enchimento ventricular e posterior bombeamento. Fisiopatologia da disfunção elétrica As causas de disfunção elétrica no coração podem ser divididas em defeitos na formação do impulso e defeitos na condução do impulso. Defeitos na formação do impulso: nesses casos, a automaticidade do nó SA é interrompida ou alterada. A automaticidade alterada e atividade deflagrada constituem dois mecanismos comumente associados à formação defeituosa do impulso. A automaticidade alterada por ser fisiológica quando há ação do SN autônomo para aumento da FC (simpático – catecolaminas – ativação de B-adrenérgico) ou diminuição da FC (parassimpático – acetilcolina). Já em condições patológicas, a automaticidade pode ser alterada quando as células marcapasso latentes assumem o papel de disparo do nó SA. Isso 6 6 Farmacoterapia das arritmias pode ocorrer quando o nó SA se torna patologicamente lento (batimento de escape) ou se as células marca-passo latentes desenvolverem uma frequência maior do que a do nodo SA (ritmo ectópico). A lesão tecidual também pode comprometer a membrana, tornando-a incapaz de manter os potenciais adequados. Sistema nervoso parassimpático Sistema nervoso simpático Atua no nodo sinusal e atrioventricular Atua em nodo sinusal, atrioventricular e ventrículos Ach se liga a canais muscarínicos M2, os quais estão associados a canais de K+, cujo excesso induz a hiperpolarização, causando bradicardia NA atua nos receptores β-1, o que resulta em fosforilação de canais de Na/K e aumenta a permeabilidade das fibras ao Na+ e Cl-, levando a taquicardia. Diminui a frequência do ritmo do nodo sinusal Aumenta a frequência do ritmo do nodo sinusal Diminui a excitabilidades das fibras intermodais Aumenta a velocidade de condução e a força de contração Já na atividade deflagrada ocorrem pós-despolarizações quando um potencial de ação normal deflagra despolarizações anormais adicionais. Isto é, o primeiro potencial de ação (normal) deflagra oscilações adicionais do potencial de membrana, podendo levar a arritmias. Existem dois tipos de pós-despolarizações — as pós-despolarizações precoces e as pós-despolarizações tardias. A condução cardíaca normal é indicada no nó SA e propagada de modo ordenado para o nó AV, o feixe de His, o sistema de Purkinje e o miocárdio. No entanto há condições de defeitos na condução do impulso, que podem resultar de uma combinação de três mecanismo: reentrada, bloqueio de condução e vias acessórias. Nesses casos, as arritmias são sustentadas. Ocorre reentrada de um impulso elétrico quando um circuito elétrico autossustentado estimula uma área do miocárdio de modo repetitivo e rapidamente. Ocorre bloqueio da 7 7 Farmacoterapia das arritmias condução quando um impulso não consegue se propagar, devido à presença de uma área de tecido cardíaco inexcitável. Essa área de tecido inexcitável pode consistir em tecido normal que ainda está refratário, ou pode representar um tecido lesado por traumatismo, isquemia ou cicatrização. Por fim, a via acessória mais comum é o feixe de Kent. Sistematização: As arritmias podem ser causadas por defeitos na formação do impulso ou por defeitos na condução do impulso. 1. Alteração na formação do impulso: a automaticidade do nodo sinoatrial está alterada por a. Ação do SNS ou SNPS b. Batimento ectópico: frequência de células marcapasso latentes é > que a do nó SA. i. Ocorre quando o nodo SA não faz sua função corretamente e outra região do coração assume o papel. c.Lesão tecidual direta – IAM: diminuição dos canais iônicos, perda da conectividade das gaps junction. i. Liberação de íons H+: eleva a quantidade potássio extracelular, logo a diferença iônica faz com que o coração fique muito despolarizado 2. Alteração na formação do impulso: atividade deflagrada a. Um potencial de ação normal deflagra despolarizações anormais adicionais pós-despolarizações i. Pós-despolarização precoce ii. Pós-despolarização tardia Arritmias Perda do ritmo cardíaco, caracterizada pela irregularidade do batimento. Os locais de origem das anormalidades podem ser atriais, juncionais e ventriculares Frequências: • Taquicardia: o Arritmias supraventriculares: ▪ Flutter e FA o Arritmias ventriculares o Taquicardia e FV 8 8 Farmacoterapia das arritmias • Bradicardia o Bloqueio AV ou SA o Parada completa da atividade cardíaca Manifestações clínicas • Palpitações: percepções dos batimentos cardíacos • Sintomas de hipoperfusão cerebral: sensação de desmaio iminente, alteração do nível de consciência, vertigem e episódios de síncope • Sintomas de ICC e dor anginosa Farmacoterapia das arritmias cardíacas Atuam especialmente sobre canais iônicos. O único que não atua em canais iônicos são os agentes de classe II, que atuam sobe receptores β. O objetivo é espaçar os potenciais de ação. • Agentes de classe I → Bloqueadores de canais de Na+ • Agentes de classe II → Bloqueadores dos receptores β-adrenérgicos • Agentes de classe III → Bloqueadores dos canais de K+ • Agentes de classe IV → Bloqueadores dos canais de Ca2+. Antiarrítmicos de classe I São os bloqueadores dos canais de Na+ rápidos, cujo o mecanismo de ação consiste em diminuir a automaticidade das células do nó SA ao: • Deslocar o limiar para potenciais mais positivos: aumenta o limiar • Diminuir a inclinação da despolarização da fase 4, ou seja, estendem a duração da fase 4 o Aumenta o período refratário e reduz a velocidade de condução porque há alteração dos canais de Na+ musculares. Lembrar também que outra função é a redução da velocidade de despolarização durante a fase 0 ventricular, e o resultado é diminuição da velocidade de condução através do tecido cardíaco. Esse mecanismo pode diminuir a reentrada pois diminuem a velocidade de condução e aumentam o período refratário dos miócitos ventriculares. 9 9 Farmacoterapia das arritmias Os antiarrítmicos de classe I podem ser subdivididos de acordo com a força de ligação do fármaco com o receptor: 1. Classe IA: procainamida, quinidina, dispopiramida a. Ligação intermediária com o canal de sódio, logo a dissociação é intermediária. b. Diminuição da velocidade de ascensão da fase 0, prolongando o potencial de ação c. Também há a possibilidade de bloqueio dos canais de K+, logo é possível prolongar a fase de repolarização do potencial de ação, aumentando o período refratário do cardiomiócito. d. São menos utilizados do que os outros. 2. Classe IB: lidocaína, mexiletina e fenitoína 10 10 Farmacoterapia das arritmias a. Ligação muito baixa com o canal de sódio, logo a dissociação é rápida b. Encurtam (ou tem pouco efeito) na repolarização c. São mais efetivos no bloqueio de tecidos isquêmicos; exerce poucos efeitos sobre os tecidos normais. 3. Classe IC: flecainida, encainida, morizicina e propafenona. a. Ligação mais forte com o canal de sódio, logo a dissociação é mais lenta. A inclinação da despolarização é bem pronunciada b. Diminui fortemente a ascensão da fase 0, sem interferir na duração do potencial de ação, retardando a condução do impulso c. Não interfere no período refratário, tem discreto efeito na repolarização. Os fármacos desta classe possuem efeito uso-dependente, ou seja, possuem afinidade pelos canais de Na+ que estão sendo recrutados (abertos ou inativados). Quanto mais frequentemente os canais são ativados, maior o grau de bloqueio produzido. Procainamida - Ia: Vias de administração: • Parenteral: ampola de 500mg/ml o Ataque: 17mg/kg infusão e.v. lenta 20 a 30 mg/min o Manutenção: 1 a 4 mg/min • Oral: comprimidos de 250, 500, 750 e 1000mg Indicações: • E.V.: supressão aguda de arritmias supraventriculares e ventriculares e supressão de episódios de fibrilação atrial. • V.O.: supressão a longo prazo de arritmias supraventriculares (a toxicidade limita essa aplicação) Efeitos adversos/toxicidade • Suprime a atividade sinoatrial e atividade nodal AV → bloqueio cardíaco • Taquicardias ventriculares no uso prolongado • Bloqueio ganglionar: hipotensão e diminuição da contratilidade cardíaca 11 11 Farmacoterapia das arritmias • Síndrome semelhante ao lúpus: erupções cutâneas, artrite e serosite Lidocaína – Ib: Vias de administração: • Parenteral: o 10, 20 mg/ml para injeção IV o 40, 100 e 200 mg/ml para misturas IV o Solução IV (5% de glicose/água) pré-misturada de 2,4 e 8mg/;ml Indicações: • Supressão de arritmia ventriculares associadas à IAM ou lesão cardíaca (cirurgia) • Profilaxia de arritmias em pacientes com IAM Efeitos adversos/toxicidade • Leves e rapidamente reversíveis • Doses excessivas: sedação, alucinações e convulsões Flecainida: Vias de administração: • Oral: comprimidos de 50, 100 e 150 mg. Indicações: • Controle das arritmias atriais e supressão de arritmias supraventriculares Efeitos adversos/toxicidade • Está associado ao aumento de mortalidade → uso restrito a pacientes com arritmias atriais sem doença cardíaca isquêmica subjacente. Antiarrítmicos de classe II Os agentes antiarrítmicos da classe II são antagonistas β-adrenérgicos (também denominados β-bloqueadores). Esses agentes atuam através da inibição do influxo simpático para as regiões de regulação do ritmo do coração. Embora o coração seja capaz de bater por si próprio sem inervação do sistema nervoso autônomo, as fibras tanto simpáticas quanto parassimpáticas inervam o nó SA e o nó AV e, portanto, alteram a frequência de 12 12 Farmacoterapia das arritmias automaticidade. O receptores β-adrenérgicos são acoplados a proteína Gs, que fosforila canais iônicos, permitindo a entrada de sódio e cálcio. De forma mais pronunciada são responsáveis por: • Diminuição da frequência de despolarização da fase 4 • Prolongamento da repolarização da fase 3 A redução do tônus simpático: • Deprime a automaticidade • Diminui a condução AV • Diminui a FC • Diminui a contratilidade • Efeito inotrópico, dromotrópico e cronotrópico negativo. Indicações: Supressão de longo prazo de arritmias supraventriculares e ventriculares precipitadas por estimulação simpática, particularmente em pacientes com risco de parada súbita. Ambulatorialmente, são mais eficazes em pacientes com aumento da atividade adrenérgica por: • Estresse cirúrgico ou anestésico 13 13 Farmacoterapia das arritmias • Dor de angina • IAM ou ICC • Hipertireoidismo Efeitos adversos: • Efeitos inotrópicos negativos excessivos → bloqueio cardíaco, bradicardia o Retirada abruptas pode induzir arritmias e distúrbios isquêmicos • Broncoespasmos: piora de quadros asmáticos e DPOC (broncoconstrição) • Disfunção sexual: a ativação simpática é importante • Insônia e depressão (por penetração e bloqueio do fármaco no SNC) Principais representantes: 1. Antagonistas βnão-seletivos: propranolol 2. Antagonistas β-1 seletivos: • Metoprolol: 5mg e.v. a cada 5 min (3 doses) • Esmolol: dose ataque de 0,5 mg/kg e.v. durante 1 minuto de infusão; manutenção: 50 ug/kg/min • Atenolol • Acebutolol • Bisoprolol • Labetolol • Carvedilol • Sotalol: também bloqueia canais de K+ Antiarrítmicos de classe III Os agentes antiarrítmicos da classe III bloqueiam os canais de K+. Dois tipos de corrente determinam a duração da fase do platô do potencial de ação cardíaco:as correntes de Ca2+ despolarizantes para dentro da célula e as correntes de K+ hiperpolarizantes para fora da célula. Por bloquearem os canais de K+, inibem a repolarização, aumentando o tempo de platô: aumenta a duração do potencial de ação ou período refratário e atrasa a repolarização. 14 14 Farmacoterapia das arritmias Principais representantes: Amiodarona: principal • Oral: comprimidos de 100, 200 e 400mg. • Parenteral: 150mg/;3mL para infusão i.v. o Ataque: 150mg por 10 min (infusão lenta) o Manutenção: 1mg/min por 6h e depois 0,5 mg/min • Vias de administração: oral e parenteral • Indicações: o Via oral: arritmias ventriculares e atriais ▪ Tem pouca atividade depressora do miocárdio ▪ Profilaxia da morte súbita o Via IV: tratamento e profilaxia da taquicardia ventricular e supressão da fibrilação atrial • Efeitos adversos o Baixa toxicidade ao miocárdio, não prejudica a contratilidade e raramente induz arritmias o T1/2 longa (até 103 dias e baixa solubilidade → deposita-se nos pulmões, córneas, tireoide e pode causar lesões irreversíveis nestes órgãos ▪ SCV: redução da função do nó AV ou AS, redução da contratilidade cardíaca e hipotensão. ▪ TR: pneumonite, resultando em fibrose pulmonar 15 15 Farmacoterapia das arritmias ▪ Tireoide: é um aspecto muito importante. Em alguns casos pode causar hipo ou hipertireoidismo. Isso porque a amiodarona possui iodo em sua molécula. ▪ Neurológica: neuropatia periférica, cafeleia, ataxia e tremores. Ibultilida ▪ Parenteral: o,1 g/l para infusão i.v. Dofetilida ▪ Oral: capsulas de 124, 250 e 500 ug Sotalol ▪ Oral: capsulas de 80, 120, 160 e 240 Antiarrítmicos de classe IV Os fármacos que bloqueiam os canais de Ca2+ cardíacos atuam preferencialmente nos tecidos nodais SA e AV, visto que esses tecidos marcapasso dependem das correntes de Ca2+ para a fase de despolarização do potencial de ação. Lentifica a ascensão do potencial de ação nas células do nó AV, resultando em diminuição da velocidade de condução através do nodo AV. Indicações: • Taquicardias supraventriculares de reentrada (envolvem o nodo AV) • Reduzir a taxa ventricular em flutter ou FA o Raramente utilizados na taquicardia ventricular (provavelmente mais usado para taquiarritmias supraventriculares). Efeitos adversos: • Hipotensão, bradicardia, bloqueio AV: especialmente em pacientes sob uso de Bloqueadores • Devem ser evitados em pacientes com ICC avançada porque prejudicar a redução de força cardíaca no paciente. Principais representantes: 16 16 Farmacoterapia das arritmias • Diidropiridinas: efeito sobre o músculo liso vascular o Nifedipina • Não-diidropiridinas: efeito sobre os cardiomiócitos o Verapamil: ▪ Oral: cp 30, 60, 90 e 120 mg ou cápsulas de liberação sustentada ▪ Parenteral: 5mg/ml para injeção i.v. • 5 a 10 mg e.v. 1-2 min + 5 a 10 mg a cada 15 minutos se necessário o Diltiazem ▪ Oral: cp 40, 80 e 120 mg ou cápsulas de liberação sustentada ▪ Parenteral: 5mg/2ml para injeção • Ataque: 0,25 mg/kg e.v. 2 min + 0,35mg/kg em 15 min • Manutenção: 5 a 10mg/h Adenosina Faz a ativação dos receptores A1 de adenosina presente no nó atrioventricular. Esse receptor se liga aos canais de K+ acoplado à proteína G (IKACh) que se relaciona com a acetilcolina e, portanto, inibe a condução nodal SA, atrial e nodal AV. A abertura dos canais de potássio hiperpolariza a membrana e dificulta a chegada no potencial limiar. É frequentemente utilizada como agente de primeira linha para conversão da taquicardia supraventricular paroxística de complexo estreito em ritmo sinusal normal. A administração é em bolus de 6mg. Os efeitos adversos da adenosina são, em sua maioria, transitórios, pois seu tempo de ação é de 20 a 30 segundo. Incluem cefaleia, rubor, dor torácica (pois age como vasodilatador) e inibição excessiva do nó AV ou do nó SA. A adenosina também pode causar broncoconstrição de até 30 minutos de duração em pacientes com asma.
Compartilhar