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Alimentos concentrados proteicos de origem animal 1

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Atividade - Alimentos protéicos de origem animal
Farinha de carne e ossos: É produzida em graxarias e frigoríficos, a partir de ossos e
tecidos de animais, após a desossa completa da carcaça de bovinos e/ou suínos. Não
deve conter cascos, chifres, pêlos, conteúdo estomacal, sangue e outras matérias
estranhas (CAMPESTRINI, 2005).
Como principais características vista em sala de aula, cito: proteína bruta varia de
40 a 60%, é fonte de Cálcio e Fósforo e possui elevado teor de EE, variando de 9 a 16%.
O fator limitante está relacionado ao alto teor de cálcio e sendo também um Agente
transmissor da Encefalopatia Espongiforme Bovino.
Farinha de peixe: Segundo Solà-Oriol (2020), a farinha de peixe é um co-produto de
origem animal, sendo uma fonte proteica de alta qualidade para a alimentação animal.
Atualmente, a farinha de peixe é fabricada a partir de espécies capturadas
secundariamente na pesca comercial e que não têm interesse para o consumo humano
ou de frações da indústria extrativa e de conservas.
As principais características vistas em sala de aula: A farinha de peixe é um
alimento heterogêneo, com elevado teor proteico, variando em torno de 60 a 65%. Já em
relação a digestibilidade, ela varia de 88 a 93%, sendo também um produto rico em cálcio
e fósforo. Como características negativas, a farinha de peixe tem limitações relacionadas
à baixa digestibilidade, alta quantidade de iodo, o alto teor de NaCl e o odor nos ovos,
leite, manteiga e carne.
Farinha de vísceras: É o produto resultante da cocção, prensagem e moagem de
vísceras de aves, sendo permitida a inclusão de cabeças e pés. Não deve conter penas,
exceto aquelas que podem ocorrer não intencionalmente, e nem resíduos de incubatório e
de outras matérias estranhas à sua composição. Não deve apresentar contaminação com
casca de ovo (RAIZER, 2021).
A farinha de vísceras é uma fonte natural de proteínas e minerais, incluindo cálcio
e fósforo, que são usadas como ingredientes na indústria de rações para PET, suínos,
aves, peixes e outras espécies não ruminantes (FASA, 2021).
Farinha de penas hidrolisadas: A farinha de penas hidrolisada é um coproduto
resultante do processamento com temperatura e pressão dentro do digestor. Embora,
teores elevados de proteína bruta (80 – 90 %) sejam relatados na literatura (Cavalari et
al., 2006; Butolo, 2010), o valor nutricional das penas em estado natural é praticamente
insignificante (Fialho, 2006). A proteína da farinha de penas é de baixa digestibilidade, em
especial pela presença de queratina em sua estrutura, que pode representar até 90% da
proteína bruta da farinha (Scapim et al., 2003).
De acordo com Sinhorini (2013), a farinha de penas hidrolisadas possui, também,
alto teor de proteínas brutas e, por isso, tem sido de grande interesse para a nutrição
animal, sendo usado em rações, como parte da fonte protéica, porém sua proteína é de
baixa qualidade.
Como visto em sala de aula, esse produto tem o total de aminoácido sulfuroso
(43% de metionina), é pouco palatável, tem alto teor protéico, variando de 83% a 90%,
têm alta digestibilidade (80% a 86%), extrato etéreo entre 3% a 3,5% e é baixo em teor de
fibra.
Farinha de sangue: A farinha de sangue é constituída basicamente da cocção e
desidratação do sangue coletado sobretudo em abatedouros de bovinos e suínos (GOES
et al., 2013).
Como características, cito: Baixa palatabilidade, que causa rejeição; Alto teor de
lisina, triptofano, fenilalanina e treonina; 80% PB de baixa qualidade – isoleucina; É pobre
em cálcio e fósforo e possui alto nível de NaCl.
Segundo Goes et al., (2013), a farinha de sangue trata-se de um subproduto
animal mais rico em proteína bruta (91% na matéria seca), mas é de baixa qualidade, por
ser deficiente em aminoácidos essenciais, como é o caso da isoleucina. A farinha de
sangue é pobre em vitaminas, apresenta baixa palatabilidade para todas as espécies e
escurece a ração.
Farinha de penas e vísceras: É o produto resultante das penas limpas e não
decompostas, hidrolisadas sob pressão e misturadas com resíduos do abate de aves
cozidos e prensados para extração do óleo e moídos (vísceras, pescoço, pés), sendo
permitida a participação de carcaças de aves abatidas e sangue desde que a sua inclusão
não altere significativamente a composição estipulada (RAIZER, 2021).
É um produto obtido por meio da hidrolisação por pressão; misturadas com
resíduos de abate; Cocção; Prensagem – extração óleo e moagem.
Farinha de ossos: Segundo Cruz (2010), existem duas classes de farinha de ossos.
Além da farinha de ossos calcinada produz-se também a farinha de ossos
autoclavada, conforme definição a seguir: Farinha de ossos calcinada (FOC): é o produto
obtido após coleta de ossos e processados em graxarias ou em frigoríficos a partir de
ossos oriundos da desossa, moídos, queimados com ar abundante e novamente moídos.
Deve conter no mínimo 15% de fósforo. Farinha de ossos autoclavada (FOA): é o
produto seco e moído, obtido de ossos não decompostos e submetidos a tratamento
térmico com pressão em autoclave ou digestor. Os resíduos de proteína e gordura podem
ou não ser removidos durante o processo.
MAPA (Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento) proibiu o uso da
farinha autoclavada na alimentação de bovinos, pois análises químicas realizadas neste
tipo de produto detectam, constantemente, restos de carne, gordura e tecidos nervosos,
que são material de risco para transmissão de encefalopatias como o “mal da vaca louca”
(i.e. Encefalopatia Espongiforme Bovina ou BSE). Entretanto, a farinha calcinada tem seu
uso liberado para alimentação animal, desde que não contenha proteínas e gordura. Os
riscos de utilização deste tipo de farinha estão diretamente relacionados ao seu
processamento, com destaque para variáveis como tempo de calcinação e temperaturas
insuficientes à completa eliminação de matéria orgânica (CRUZ, 2010).
Resíduos de abatedouros: São os subprodutos oriundos do abate das aves, onde
possuem uma ótima qualidade, com um teor de 60% de proteína e elevado EE (13%).
Resíduo de incubatório: É o produto resultante da cocção, secagem e moagem da
mistura de cascas de ovos, ovos inférteis e não eclodidos, pintos não viáveis e os
descartados, removida ou não a gordura por prensagem (BELLAVER, 2002).
Este produto é autoclavado, seco e moído e possui uma composição muito
variável, com proteína bruta entre 28 a 30%e possuindo um alto teor de cálcio (20%).
Leite em pó desnatado: É um produto que possui em média 33% de proteína bruta, um
teor de 51% de lactose, 8% de sais minerais e 1% gordura. Esse produto é rico em
riboflavina, porém é carente de vitaminas lipossolúveis. Pode ser fornecido para animais
em desmame precoce. E como fator limitante tem a disponibilidade do produto e seu
custo elevado.
Soro de leite: soro de leite é um dos subprodutos resultantes da fabricação de queijo,
cuja composição vem sendo amplamente estudada no Brasil, a fim de identificar
alternativas para aproveitamento adequado do mesmo, devido à sua alta qualidade
nutricional, do seu volume e de seu poder poluente (GAVA et al., 2018).
Segundo Marquez (2021), ele é rico em lactose, em sais minerais, é rico em
proteínas solúveis e também tem também alguns traços de gordura.
Referências
BELLAVER, Claudio. USO DE RESÍDUOS DE ORIGEM ANIMAL NA ALIMENTAÇÃO DE
FRANGOS DE CORTE. 2002. Disponível em: https://www.embrapa.br/suinos-e-aves. Acesso em:
21 dez. 2021.
BUTOLO, J. E. Qualidade de Ingredientes na Alimentação Animal. 2ª edição, Campinas – SP,
430p., 2010.
CAMPESTRINI, Evandro. Farinha de carne e ossos. Revista Eletrônica Nutritime, Maringá, v. 2,
n. 4, p. 221-234, ago. 2005. Disponível em: https://pt.scribd.com/. Acesso em: 21 dez. 2021.
CAVALARI, A. P. M.; DONZELE, J. L.; VIANA, J. A.; ABREU, M. L. T.; OLIVEIRA, A. L. S.;
FREITAS, L. S.; PEREIRA, A. A. CARCIOFI, A. C. Determinação do valor nutritivo de alimentos
energéticos e protéicos utilizados em rações paracães adultos. R. Bras. Zootec., v.35, n.5, p.
1985-1991, 2006.
CRUZ, Diego Augusto Campos da. A farinha de ossos e as doenças do rebanho. 2010.
Disponível em: https://www.scotconsultoria.com.br/. Acesso em: 21 dez. 2021.
FASA. Farinha de vísceras. Disponível em: https://www.fasa.ind.br/. Acesso em: 21 dez. 2021.
FIALHO, E. T. Alimentos alternativos para suínos. UFLA/FAEPE, p.85-89, Lavras, 2009.
GAVA, Aldo et al. Soro de leite como causa de alta mortalidade de bovinos. 2018. Disponível
em: https://www.scielo.br. Acesso em: 21 dez. 2021.
GOES, Rafael Henrique de Tonissi e Buschinelli de et al. ALIMENTOS E ALIMENTAÇÃO
ANIMAL. 2013. UFGD. Disponível em: https://repositorio.ufgd.edu.br/jspui/handle/prefix/3074.
Acesso em: 18 dez. 2021.
MARQUEZ, Guilherme. Posso dar o soro do leite para suplementar vacas leiteiras? 2021.
Disponível em: https://www.girodoboi.com.br/. Acesso em: 21 dez. 2021.
RAIZER, Fernando. Farinhas de Origem Animal. Disponível em: http://atividaderural.com.br/.
Acesso em: 21 dez. 2021.
SCAPIM, M. R. S.; LOURES, E. G.; ROSTAGNO, H.; CECON, P. R.; SCAPIM, C. A. Avaliação
nutricional da farinha de penas e de sangue para frangos de corte submetida a diferentes
tratamentos térmicos. Acta Scientiarum. Animal Science, v. 25, n. 1, p.91-98, 2003.
SINHORINI, Marcia Regina. PROCESSO DE PRODUÇÃO DE FARINHA DE PENAS
HIDROLISADAS: ESTUDOS DE OTIMIZAÇÃO DO TEOR PROTÉICO E DO VALOR DE
DIGESTIBILIDADE DA PROTEÍNA. 2013. 110 f. Dissertação (Mestrado) - Curso de Tecnologia de
Alimentos, Universidade Tecnológica Federal do Paraná, Londrina, 2013.
SOLÀ-ORIOL, David. Farinha de peixe. 2020. Disponível em: https://www.3tres3.com.pt/. Acesso
em: 21 dez. 2021.
Susmel P., Spanghero M., Mills C.R. & Stefanon B. 1995. Rumen fermentation characteristics
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