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Transformada de Laplace Prof. Dr. Rafael Rorato Londero Universidade Tecnológica Federal do Paraná Departamento de Engenharia Elétrica Referências • Alexander, C.K., Sadiku, M.N.O., Fundamentos de Circuitos Elétricos, 5ª ed., Bookman, 2013. • Dorf, R.C., Svoboda, J.A., Introdução aos Circuitos Elétricos, 8ª ed., LTC, 2012. Conteúdo 1. Definição da Transformada de Laplace 2. Propriedades da Transformada de Laplace 3. Transformada Inversa de Laplace 3.1 Polos Reais e Distintos 3.2 Polos Repetidos 3.3 Polos Complexos Conjugados 4. Análise de Circuitos no Domínio-s 5. Função de Transferência 6. Estabilidade de Circuitos no Domínio-s 7. Variáveis de Estado 1. Definição da Transformada de Laplace A transformada de Laplace é definida, matematicamente, por: Para que a transformada de f(t) exista, a integral deve convergir, ou seja, js 0 )( dtetf st 0 )()()( dtetfsFtfL st 1. Definição da Transformada de Laplace Continuando, 0 )( dtetf tj 0 )( dttfee tjt 0 )( dttfee tjt 0 )( dttfe t 1 )()( tuetf t )()( tueetfe ttt )()( 1 tuetfe tt 1. Definição da Transformada de Laplace Dessa forma temos a Região de Convergência da Transformada de Laplace. A transformada inversa de Laplace é definida, matematicamente, por: c j j stdsesF j tfsFL 1 1 )( 2 1 )()(1 1. Definição da Transformada de Laplace A transformada de Laplace é usada para facilitar a análise de problemas mais complexos. 1. Definição da Transformada de Laplace Algumas funções possuem transformadas simples. • Função Impulso Unitário: • Função Degrau Unitário: 0 0 1)()( edtettL st s ee s e s dtetuL stst 11 ][ 1 )1()( 0 0 0 Exemplo 1.1: Função Exponencial Calcule a transformada de Laplace de f(t) = e-at, para a > 0. 0 )()( dtetftfL st 0 dteeeL statat 0 )( dteeL astat 0 as e eL ast at as eL at 1 Exemplo 1.2: Função Seno Calcule a transformada de Laplace de f(t) = sen(ωt), para ω > 0. Pela identidade de Euler, a função seno pode ser escrita como: 2j ee tsen tjtj Exemplo 1.2: Função Seno Aplicando a transformada de Laplace: Utilizando a transformada da exponencial: 2j ee LtsenL tjtj tjtj eeL j tsenL 2 1 as eL at 1 Exemplo 1.2: Função Seno Continuando, jsjsj tsenL 11 2 1 jsjs jsjs j tsenL 2 1 222 1 s jsjs j tsenL Exemplo 1.2: Função Seno Portanto, 22 2 2 1 s j j tsenL 22 s tsenL Tabela de Transformadas de Laplace 2. Propriedades da Transf. de Laplace • Linearidade: • Fator de Escala: – Exemplo: )()()()( 22112211 sFasFatfatfaL a s F a atfL 1 )( 22 s tsenL 2 2 2 2 1 )2( s tsenL )()( sFtfL Exemplo 2.1: Prop. da Linearidade Determine a transformada de Laplace da função: )(3)(2)()( 2 tuetuttf t )(3)(2)()( 2 tuetutLtfL t )(3)(2)()( 2 tueLtuLtLsF t 2 32 1)( ss sF 2. Propriedades da Transf. de Laplace • Deslocamento no Tempo: – Exemplo: )()()( sFeatuatfL as 22 cos s s tL 22 )()(cos s s eatuatL as 2. Propriedades da Transf. de Laplace • Deslocamento na Frequência: – Exemplo: )()]()([ asFtutfeL at 22 cos s s tL 22)( )( )]()cos([ as as tuteL at 2. Propriedades da Transf. de Laplace • Diferenciação no Tempo: )0()()( fssFtf dt d L )0()0()()( 2 2 2 fsfsFstf dt d L )0(...)0()()( 101 nnn n n fsfssFstf dt d L Exemplo 2.2: Diferenciação no Tempo Calcule a transformada de Laplace de f(t) = cos(ωt), para ω > 0. Podemos escrever o coseno em termos da derivada do seno. tsen dt d t 1 cos tsen dt d LtL 1 cos Exemplo 2.2: Diferenciação no Tempo Utilizando a propriedade da diferenciação no tempo: )0()()( fssFtf dt d L tsen dt d LtL 1 cos )0(1cos sentsenLstL tsenLstL 1 cos Exemplo 2.2: Diferenciação no Tempo Pela transformada da função seno: Logo, 22 s tsenL 22 1 cos s stL 22 cos s s tL 2. Propriedades da Transf. de Laplace • Integração no Tempo: • Diferenciação na Frequência: s sF dttfL )( )( )()( sF ds d tftL Exemplo 2.3: Diferenciação na Frequência Determine a transformada de Laplace da função: f(t) = t2sen(2t) Sabemos que: Aplicando a propriedade da diferenciação na frequência: 22 s tsenL 4 2 2 2 s tsenL 4 2 2 2sds d tsentL Exemplo 2.3: Diferenciação na Frequência Continuando, Aplicando novamente a propriedade da diferenciação na frequência: 22 )4( 4 2 s s tsentL 22 2 )4( 4 2 s s ds d tsentL 32 2 )4( 1612 )( s s sF 2. Propriedades da Transf. de Laplace • Periodicidade no Tempo: Considere a função periódica f(t). 2. Propriedades da Transf. de Laplace Portanto, Aplicando a Transformada de Laplace, Utilizando a propriedade do Deslocamento no Tempo: ...)()()()( 321 tftftftf ...)2()2()()()()( 111 TtuTtfTtuTtftftf ...)2()2()()()()( 111 TtuTtfLTtuTtfLtfLtfL ...)()()()( 2111 TsTs esFesFsFsF ...]1)[()( 21 TsTs eesFsF 2. Propriedades da Transf. de Laplace Porém, Portanto, sTe sF sF 1 )( )( 1 x xxx 1 1 ...1 32 ...]1)[()( 21 TsTs eesFsF Exemplo 2.4: Função Periódica Calcule a transformada de Laplace da função periódica abaixo. Exemplo 2.4: Função Periódica Percebe-se que a função possui período T = 2. A função que descreve o 1º período f1(t) é uma função dente de serra, representada como: t 2 1 x(t) = 2t t 1 1 = X p(t) = u(t) – u(t – 1) 2 f1(t) = x(t)·p(t) t 1 Exemplo 2.4: Função Periódica Portanto, )1()(2)(1 tututtf )1(2)(2)(1 tuttuttf )1()11(2)(2)(1 tuttuttf )1(2)1()1(2)(2)(1 tututtuttf Exemplo 2.4: Função Periódica Agora vamos obter a transformada de Laplace de f1(t). s e s e s sF ss 222 )( 221 )1( 2 )( 21 ss see s sF )1(2)1()1(2)(2)(1 tuLtutLtutLtfL Exemplo 2.4: Função Periódica Logo, sTe sF sF 1 )( )( 1 )1( )1( 2 )( 22 ss s see es sF 2. Propriedades da Transf. de Laplace • Teorema do Valor Inicial: O valor inicial de uma função é dado por: Considere a propriedade da Diferenciação no Tempo: Aplicando a definição da Transformada de Laplace ao 1º membro da equação: 0 )(lim )0( t tf f )0()( fssF dt df L )0()( 0 fssFdte dt df st 2. Propriedades da Transf. de Laplace Tomando o limite para s →∞ em ambos os lados da equação: )0()( limlim 0 fssF s dte dt df s st )0()( lim 0 fssF s )( lim )0( ssF s f 2. Propriedades da Transf. de Laplace • Teorema do Valor Final: O valor final de uma função é dado por: Utilizando novamente a propriedade da Diferenciação no Tempo e a definição da Transformada de Laplace, temos: t tf f )(lim )( )0()( 0 fssFdte dt df st 2. Propriedades da Transf. de Laplace Tomando o limite para s →0 em ambos os lados da equação: )0()( 0 lim 0 lim 0 fssF s dte dt df s st )0()( 0 lim 0 fssF s df )0()( 0 lim )0()( fssF s ff 2. Propriedades da Transf. de Laplace Portanto, )( 0 lim )( ssF s f O Teorema do Valor Final só pode ser aplicado se os polos de F(s) possuem parte real negativa, exceto ao menos um polo que pode ser nulo (s = 0). 0,,0Re ji pip Exemplo 2.5: Valor Final da Função Seno Calcule o valor final de f(t) = sen(2t) para t > 0. Sabemos que o limite não existe: A transformada de Laplace da função seno é: Aplicando o Teorema do Valor Final (TVF): t tsen f 2lim )( 4 2 2)( 2 s tsenLsF 0 4 2 0 lim )( 0 lim )( 2 s s s ssF s f Nesse caso, o TVF não deveria ser aplicado, pois, mais de um polo, temos Re{pi} = 0. 22,1 js 2. Propriedades da Transf. de Laplace 2. Propriedades da Transf. de Laplace 3. Transformada Inversa de Laplace Considere uma função F(s) dada por: onde n > m, pi são os polos e zi os zeros. A função F(s) pode ser expandida em Frações Parciais, da seguinte maneira: n m n n n n m m m m pspsps zszszs bsbsb asasa sD sN sF ... ... ... ... )( )( )( 21 21 0 1 1 0 1 1 n n ps sR ps sR ps sR sF )( ... )()( )( 2 2 1 1 Resíduo 3.1 Polos Reais e Distintos Quando D(s) possui polos reais e distintos, F(s) pode ser expandida da seguinte forma: Multiplicando ambos os lados de F(s) por (s + p1): n n ps R ps R ps R sF ...)( 2 2 1 1 ))...()(( )( )( 21 npspsps sN sF n n ps Rps ps Rps RsFps )( ... )( )()( 1 2 21 11 3.1 Polos Reais e Distintos Vamos substituir s = –p1 na equação anterior: Generalizando, ips ii sFpsR )( Fórmula de Heaviside n n ps pp Rpp pp Rpp RsFps 1 11 21 211 11 )( ... )( )()( 1 11 1 )()( RsFps ps Exemplo 3.1: Polos Reais e Distintos Um circuito de 2ª ordem é descrito pela equação diferencial abaixo. Determine y(t) utilizando a transformada de Laplace. Considere todas as condições inicias nulas. )(32)(32)(12)( 2 2 tutyty dt d ty dt d Exemplo 3.1: Polos Reais e Distintos Primeiramente vamos aplicar a transformada de Laplace em ambos os lados da equação: Aplicando a propriedade da diferenciação no tempo: )(32)(32)(12)( 2 2 tuLtyty dt d ty dt d L )0(...)0()()( 101 nnn n n fsfssFstf dt d L Exemplo 3.1: Polos Reais e Distintos Continuando, s sYysssYyyssYs 32 )(32)0()(12)0()0()(2 s sYssYsYs 32 )(32)(12)(2 s sssY 32 3212)( 2 Exemplo 3.1: Polos Reais e Distintos Continuando, Y(s) pode ser expandido da seguinte forma: )3212( 32 )( 2 sss sY )8()4( 32 sss 84 )( 321 s R s R s R sY Exemplo 3.1: Polos Reais e Distintos Os resíduos podem ser calculados da seguinte forma: 1 )8()4( 32 )( 0 01 s s ss sYsR 2 )8( 32 )()4( 4 42 s s ss sYsR 1 )4( 32 )()8( 8 83 s s ss sYsR Exemplo 3.1: Polos Reais e Distintos Logo, Aplicando a transformada inversa, o 1º termo é a função degrau, e os outros termos são exponenciais. 8 1 4 21 )( sss sY )()21()( 84 tueety tt Exemplo 3.2: Valor Inicial e Final Considere a função: Calcule o valor inicial e final utilizando: a) a função F(s); b) a transformada inversa Laplace. )2)(1( 4 )( 2 sss s sF Exemplo 3.2: Valor Inicial e Final a) Utilizando o Teorema do Valor Inicial obtemos: Nesse caso vamos aplicar a regra de L’Hospital: )2)(1( 4lim )2)(1( 4lim )0( 22 ss s ssss s s s f 32 2lim )(' )('lim )0( s s ssD sN s f Exemplo 3.2: Valor Inicial e Final Aplicando novamente a regra L’Hospital: Utilizando o Teorema do Valor Final: 1 2 2lim )(' )('lim )0( ssD sN s f 2 )2)(1( 4 0 lim )2)(1( 4 0 lim )( 22 ss s ssss s s s f Exemplo 3.2: Valor Inicial e Final b) Primeiramente, vamos expandir F(s) em frações parciais: 21 )( 321 s R s R s R sF 2 )2)(1( 4 )( 0 2 01 s s ss s sFsR 5 )2( 4 )()1( 1 2 12 s s ss s sFsR 4 )1( 4 )()2( 2 2 23 s s ss s sFsR Exemplo 3.2: Valor Inicial e Final Aplicando a transformada inversa de Laplace, Os valores inicial e final são: 2 4 1 52 )( sss sF )()452()( 2 tueetf tt 1 0 )(lim )0( t tf f 2 )(lim )( t tf f 3.2 Polos Repetidos Considere que D(s) possua o polo p1 repetido r vezes e os demais polos reais e distintos. Então, F(s) deve ser expandida da seguinte forma: n nrr ir i r ps R ps R ps R ps R ps R sF ...... )( ... )( )( 2 1 1 1 11 1 ))...(()( )( )( 21 n r pspsps sN sF ri ds sFpsd i R ps i ri i ,...,2 )()( )!1( 1 1 1 1 1 Exemplo 3.3: Polos Repetidos Determine y(t) sabendo que: Y(s) deve ser expandida da seguinte forma: 2)2()1( 2 )( ss sY 12)2( )( 32 2 1 s R s R s R sY Exemplo 3.3: Polos Repetidos Os resíduos podem ser calculados da seguinte maneira: 2 )2( 2 )()1( 1 213 s s s sYsR 2 )1( 2 )()2( 2 2 2 1 s s s sYsR 2 2 12 12 2 )()2( !12 1 s sYs ds d R 2 1 2 s sds d 2 )1( 2 2 2 s s Exemplo 3.3: Polos Repetidos Portanto, Aplicando a transformada inversa de Laplace, 1 2 2 2 )2( 2 )( 2 sss sY )()222()( 22 tueetety ttt 3.3 Polos Complexos Conjugados Considere que D(s) possua p1,2 = σ ± jω polos complexos conjugados e os demais polos reais e distintos. Então, F(s) deve ser expandida da seguinte forma: ))...(()( )( )( 3 2 npspsbass sN sF n n ps R ps R bass RsR sF ...)( 3 3 2 21 Fração associada aos Polos Complexos Conjugados Exemplo 3.4: Polos Complexos Conjugados Calcule y(t) sabendo que: Pelo fato das raízes do denominador serem complexas, Y(s) deve ser expandida da seguinte forma: )52( 3 )( 2 sss sY 52 )( 2 321 ss RsR s R sY Exemplo 3.4: Polos Complexos Conjugados Continuando, 3)()52( 32 2 1 RsRsssR 35)2()( 131 2 21 RRRssRR 35020 13121 RRRRR )52( 3 52 )( 22 321 sssss RsR s R sY Exemplo 3.4: Polos Complexos Conjugados Resolvendo as equações, 5 30 5 602 5 335 221 331 11 RRR RRR RR 52 5 6 5 3 5 3 )( 2 ss s s sY Exemplo 3.4: Polos Complexos Conjugados O termo com raízes complexas conjugadas pode ser transformado em seno ou coseno amortecido, conforme o par de transformadas: 22 212 5 6 5 3 5 3 ss s s 22)( as tseneL at 22)( )( cos as as teL at 2)1( s222 2)( aassas 52 5 6 5 3 5 3 )( 2 ss s s sY Exemplo 3.4: Polos Complexos Conjugados Continuando, 22 2)1( 2 5 35 3 )( s s s sY 2222 2)1( 1 2)1( 1 5 35 3 )( ss s s sY 2222 2)1( 1 2 2 2)1( 1 5 35 3 )( ss s s sY 22)( as tseneL at 22)( )( cos as as teL at Exemplo 3.4: Polos Complexos Conjugados Continuando, Finalmente, aplicando a transformada inversa: 2222 2)1( 2 2 1 2)1( 1 5 35 3 )( ss s s sY )(2 2 1 2cos 5 3 5 3 )( tutsenetety tt Exemplo 3.4: Polos Complexos Conjugados Continuando, As funções seno e coseno entre parênteses podem ser somadas utilizando fasores. )(2 2 1 2cos 5 3 5 3 )( tutsentety t 0902cos 2 1 2cos)( tttv 09022 2 1 Re)( tjtj eetv v(t) Exemplo 3.4: Polos Complexos Conjugados Continuando, )(56,262cos 10 53 5 3 )( 0 tutety t 0902 2 1 1Re)( jtj eetv 056,262 2 5 Re)( jtj eetv 056,262cos 2 5 t 4. Análise de Circuitos no Domínio-s • Resistor: • Indutor: )()( tiRtv )()( sIRsV L )()( ti dt d Ltv L )]0()([)( issILsV )0()()( iLsIsLsV 4. Análise de Circuitos no Domínio-s • Capacitor: )()( tv dt d Cti L )]0()([)( vssVCsI s v sC sI sV )0()( )( 4. Análise de Circuitos no Domínio-s Caso o circuito possua condições iniciais nulas, a impedância dos elementos será dada conforme a tabela abaixo. Exemplo 4.1: Circuito com Cond. Inic. Nulas Encontre a tensão vo(t) para o circuito abaixo, assumindo condições iniciais nulas. Exemplo 4.1: Circuito com Cond. Inic. Nulas Vamos transformar o circuito para o domínio-s e encontrar Vo(s). 0)()(3)(1 211 sIsIssIs s sI ss sI 1)(331)( 21 0)()(5)()(3 2212 ssIsIsIsIs )(35 3 1)( 2 2 1 sIsssI Exemplo 4.1: Circuito com Cond. Inic. Nulas Substituindo I1(s), Isolando I2(s), Mas V0(s) é dado por: s sI s sI s ss 1)(3)(3135 3 1 22 2 sss sI 188 3 )( 232 )188( 3 )( 22 sss sI 188 3 )()( 220 ss ssIsV 222 2)( asasas Exemplo 4.1: Circuito com Cond. Inic. Nulas Continuando, 2)4( 3 )( 20 s sV 22 as tseneL at 220 )2()4( 3 )( s sV 2 2 220 )2()4( 2 2 3 )( s sV )(2 2 3 )( 40 tutsenetv t 1L Exemplo 4.2: Circuito com Cond. Inic. ≠ 0 Encontre vo(t) para o circuito abaixo. Assuma que vo(0) = 5 V. Exemplo 4.2: Circuito com Cond. Inic. ≠ 0 Vamos transformar o circuito para o domínio-s e calcular a tensão no capacitor Vo(s). s sVsV sV s oo o 10 )( 10 )( 25,0 10 )( 1 10 Exemplo 4.2: Circuito com Cond. Inic. ≠ 0 Continuando, 10 )( 10 )( 5,2 10 )( 1 10 ssVsV sV s oo o )()(25)( 1 10 ssVsVsV s ooo 2)(25 1 10 ssV s o Exemplo 4.2: Circuito com Cond. Inic. ≠ 0 Isolando Vo(s), 2 25 )2)(1( 10 )( sss sVo 2 25 21 )( 21 ss R s R sVo 10 2 10 1 1 ss R 10 1 10 2 2 ss R 1L )()1510()( 20 tueetv tt 2 15 1 10 )( ss sVo Exemplo 4.3: Análise no Domínio-s Encontre a tensão no capacitor considerando que vs(t) = 10u(t) e que em t = 0, uma corrente de –1A flui pelo indutor e uma tensão de +5V está sob o capacitor. Exemplo 4.3: Análise no Domínio-s Vamos desenhar o circuito no domínio-s e calcular a tensão no capacitor V1(s). s i s sV s sV s v sV s )0( 5 )( 10 )( )0( 3 10 )(10 1 11 ss sVssVsVs 1 5 )( 10 )(5 10 )(330 11 1 10)(2)(5)(330 11 2 1 sVsVssssV Exemplo 4.3: Análise no Domínio-s Isolando a tensão no capacitor V1(s), )2)(1( 405 23 405 )( 21 ss s ss s sV 21 )( 211 s R s R sV 35)()1( 111 s sVsR 30)()2( 212 s sVsR 1L )()3035()( 21 tueetv tt 2 30 1 35 )(1 ss sV Exemplo 4.4: Teorema de Thevenin Considere que o circuito abaixo não possui energia armazenada inicialmente e que is = 10u(t). Encontre: (a) Vo(s) usando o Teorema de Thevenin. (b) os valores inicial vo(0 +) e final vo(∞). (c) vo(t). Exemplo 4.4: Teorema de Thevenin (a) Primeiramente vamos obter a tensão de circuito aberto VTh removendo o resistor de 5 Ω. s VTh 50 Exemplo 4.4: Teorema de Thevenin Para determinar a impedância de Thevenin ZTh vamos calcular a corrente de curto-circuito Isc nos terminais a-b. sc sc I IsV s 5 2)(10 1 scII s 10 I scIssV 2)(1 sc scsc I IIs s 5 2210 )32( 50 ss I sc Exemplo 4.4: Teorema de Thevenin Dessa forma, a impedância de Thevenin é: 32 )32( 50 50 s ss s I V Z sc Th Th Th Th o V Z sV 5 5 )( )4( 125 )( ss sVo ss sVo 50 532 5 )( Exemplo 4.4: Teorema de Thevenin (b) Aplicando o Teorema do Valor Inicial: Aplicando o Teorema do Valor Final: 0 )4( 125lim )( lim )0( ss s s ssV s v oo 25,31 )4( 125 0 lim )( 0 lim )( ss s s ssV s v oo Exemplo 4.4: Teorema de Thevenin (c) A tensão vo(t) pode ser obtida através da transformada inversa de Laplace de Vo(s). 4)4( 125 )( 21 s R s R ss sVo 25,31)( 01 so sVsR 25,31)()4( 42 so sVsR 4 25,3125,31 )( ss sVo )()1(25,31)( 4 tuetv to 5. Função de Transferência A Função de Transferência H(s) de um circuito é dada pela relação entre a saída Y(s) e a entrada X(s), assumindo condições iniciais nulas. onde “z” são os zeros e “p” são os polos. n n pspsps zszszs K sD sN sH ... ... )( )( )( 21 31 5. Função de Transferência Conhecida a entrada X(s) e a Função de Transferência do circuito H(s), podemos obter a saída Y(s). Para o caso onde x(t) = δ(t) (impulso unitário), temos que X(s) = 1. Portanto, )()()( sXsHsY )()( sHsY )()( 11 sHLsYL )()( thty Resposta ao Impulso A transformada inversa de H(s) é a resposta ao impulso h(t). Exemplo 5.1: Função de Transferência Um circuito linear tem resposta y(t) = (10e-tcos4t)u(t) quando a entrada é x(t) = e-tu(t). Encontre a função de transferência do circuito e a resposta ao impulso. Sabemos que: )()( tuetx t )()4cos10()( tutety t 1 1 )( s sX 22 4)1( )1(10 )( s s sY L L Exemplo 5.1: Função de Transferência Portanto, 1 1 4)1( )1(10 )( )( )( 22 s s s sX sY sH 16)1( )1(10 )( 2 2 s s sH 172 )12(10 )( 2 2 ss ss sH Exemplo 5.1: Função de Transferência Nota-se que o grau de N(s) é o mesmo de D(s). Assim, devemos fazer a divisão de polinômios antes de expandir H(s) em frações parciais para obter h(t). 172 102010 )( )( )( 2 2 ss ss sD sN sH 102010 2 ss 172 2 ss 101702010 2 ss 160 )()()()( sRsQsDsN Exemplo 5.1: Função de Transferência Portanto, )( )( )( )( )()()( )( )( )( sD sR sQ sD sRsQsD sD sN sH 172 160 10)( 2 ss sH 22 4)1( 4 4010)( s sH )()440()(10)( tutsenetth t Exemplo 5.2: Obter H(s) de Circuito Considere o circuito abaixo no domínio-s. Determine a função de transferência H(s) = Vo(s)/Io(s). Exemplo 5.2: Obter H(s) de Circuito Vamos aplicar a regra do divisor de corrente para obter I2. o eq I Z ZI 2 2 21 21 21 // ZZ ZZ ZZZeq Z1 Z2 oI Z ZZ ZZ I 2 21 21 2 Exemplo 5.2: Obter H(s) de Circuito Continuando, Mas, oI ZZ Z I 21 1 2 o I s s s I 2 16 4 2 22IVo oo I s s s V 2 16 )4(2 1122 )4(4 )( 2 ss ss I V sH o o 6. Estabilidade de Circuitos no Domínio-s Para que um circuito seja matematicamente estável, devemos ter: Sabemos que h(t) ↔ H(s). Dessa forma, podemos analisar a estabilidade do circuito através de H(s). finito t th |)(|lim npspsps sN sH ... )( )( 21 6. Estabilidade de Circuitos no Domínio-s Vamos considerar o caso particular onde todos os polos de H(s) são reais e distintos. Logo, n n ps R ps R ps R sH ...)( 2 2 1 1 tp n tptp neReReRth ...)( 21 21 0 |)(|lim t th O circuito será estável, se todos pi > 0, ou seja, se todos os polos estão no semi-plano esquerdo (s = -pi). 6. Estabilidade de Circuitos no Domínio-s Vamos generalizar para o caso pi = σi + jωi. Logo, tj n tjtj nneReReRth )()( 2 )( 1 ...)( 2211 tjt n tjttjt nn eeReeReeRth ...)( 2211 21 |...||)(| 2211 21 tjt n tjttjt nn eeReeReeRth ||||...|||||||||)(| 2211 21 tjt n tjttjt nn eeReeReeRth ||...|||||)(| 21 21 t n tt neReReRth 6. Estabilidade de Circuitos no Domínio-s Assim, chegamos a conclusão geral: 0 |)(|lim t th O circuito é estável se a parte real σi de todos os polos de H(s) estiver localizada no semi-plano esquerdo. Exemplo 6.1: Estabilidade no Domínio-s O circuito abaixo encontra-se no domínio-s. Para que valores de k o circuito é estável? Exemplo 6.1: Estabilidade no Domínio-s Vamos aplicar Leis das Malhas para o circuito. 0 )( 21 1 sC II RIVi iV sC I I sC R 21 1 0 )( 12 12 sC II kIRI 011 21 IsCRIsCk Exemplo 6.1: Estabilidade no Domínio-s Podemos escrever o sistema de equações na forma matricial: Calculando o determinante, podemos escrever a equação característica e fazendo D(s) = 0 para encontrar os polos. 011 11 2 1 iV I I sC R sC k sCsC R 011 11 det sC R sC k sCsC R Exemplo 6.1: Estabilidade no Domínio-s Continuando, 0 111 2 sCsC k sC R 0 112 2222 2 CssC k CssC R R 022 kRsCR Exemplo 6.1: Estabilidade no Domínio-s Vamos resolver a equação para s, ou seja, encontrar o polo de H(s). Para que o circuito seja estável, o polo deve ser negativo. CR Rk s 2 2 02 Rk Rk 2 Exemplo 6.2: Função de Transferência A função de transferência abaixo representa um filtro ativo (um circuito com amplificador operacional). Para que valores de k o filtro é estável? 1)4( )( 2 sks k sH Exemplo 6.2: Função de Transferência Para avaliar a estabilidade precisamos calcular os polos de D(s) = 0. 01)4(2 sks 2 4)4()4( 2 2,1 kk s 04 k 4k Para que o circuito seja estável, os polos s1,2 devem ser negativos. Logo: 7. Variáveis de Estado A técnica das Variáveis de Estado é utilizada para sistemas com várias entradas e várias saídas. Variáveis de Estado é um conjunto de variáveis internas que definem o comportamento futuro do sistema dadas as entradas. 7. Variáveis de Estado Em circuitos elétricos, as variáveis de estado adotadas são a corrente no indutor e a tensão no capacitor. DzCxy BzAxx nx x x x 2 1 Vetor de Estados [n x 1] mz z z z 2 1 Vetor de Entradas [m x 1] py y y y 2 1 Vetor de Saídas [p x 1] A: Matriz do Sistema [n x n] B: Matriz de Entradas [n x m] C: Matriz de Saídas [p x n] D: Matriz de Transmissão Direta[p x m] 7. Variáveis de Estado Desejamos conhecer a função de transferência H(s) que relaciona as entradas com as saídas. Aplicando a Transformada de Laplace a equação de estados. )()()0()( sBZsAXxssX )())(( sBZAsIsX )()()( 1 sBZAsIsX 7. Variáveis de Estado Vamos substituir a equação de X(s) na equação de saída. )()()( sDZsCXsY )()()()( 1 sDZsBZAsICsY )(])([)( 1 sZDBAsICsY DBAsIC sZ sY sH 1)( )( )( )( Exemplo 7.1: Variáveis de Estado Encontre a representação em espaço de estados para o circuito abaixo. Determine a função de transferência onde vs é a entrada e ix é a saída. Dados: R = 1 Ω, L = 0,5 H e C = 0,25 F. Exemplo 7.1: Variáveis de Estado Desejamos escrever a representação do circuito no Espaço de Estados, onde os estados do circuito são a corrente no indutor i e a tensão no capacitor v. DzCxy BzAxx i v x x iy svz Exemplo 7.1: Variáveis de Estado Aplicando Lei das Correntes ao nó 1. dt dv C R v i Cx iii i C v RCdt dv 11 Exemplo 7.1: Variáveis de Estado Aplicando Lei das Malhas a malha esquerda. 0 v dt di Lvs 0 vvv Ls sv L v Ldt di 11 v R ix 1 Exemplo 7.1: Variáveis de Estado Agora temos a representação no Espaço de Estados. Substituindo valores, sv Li v L CRC i v dt d 1 0 0 1 11 i v R ix 0 1 sv i v i v dt d 2 0 02 44 i v ix 01 Exemplo 7.1: Variáveis de Estado A função de transferência H(s) é dada por: DBAsICsH 1)()( s s s s AsI 2 44 02 44 0 0 )( 84 42 4 det )( 2 1 ss s s Adj AsI Exemplo 7.1: Variáveis de Estado Finalmente, 2 0 84 42 4 01)( 2 ss s s sH 84 82 8 01)( 2 ss s sH 84 8 )( 2 ss sH Exemplo 7.2: Múltiplas Entradas e Saídas O circuito abaixo possui duas entradas e duas saídas. As entradas são vs e vi, e as saídas vo e io. Escreva a representação no Espaço de Estados e calcule a função de transferência do circuito. Exemplo 7.1: Variáveis de Estado Vamos escolher os estados sendo a tensão no capacitor e a corrente no indutor. Portanto, DzCxy BzAxx i v x o o i v y i s v v z Exemplo 7.2: Múltiplas Entradas e Saídas Vamos aplicar a Lei das Correntes ao nó 1. 21 iii sviv dt di 22 6 1 3 2 1 1 vv ivvs vvivvs 11 222 1322 vvivs sviv dt di 442 Exemplo 7.2: Múltiplas Entradas e Saídas Vamos aplicar a Lei das Correntes ao nó 2. oC iii 2 dt dv vv dt di i 225 6 1 3 33 1 2 1 ivv dt dvvv ivv dt dv vv 22233 1 dt dv vvv i 2253 1 dt dv vvviv is 225442 2 1 iC Exemplo 7.2: Múltiplas Entradas e Saídas Portanto, A equação para a saída vo foi escrita anteriormente. is vviv dt dv 2 vvvo 1 v dt di vo 6 1 vvivv so 442 6 1 so vivv 3 2 3 2 3 2 Exemplo 7.2: Múltiplas Entradas e Saídas A equação para a saída io foi utilizada anteriormente. Finalmente, a representação no Espaço de Estados. 3 i o vv i 33 i o vv i i s v v i v i v dt d 04 11 42 12 i s o o v v i v i v 3 1 0 0 3 2 0 3 1 3 2 3 2 Exemplo 7.2: MúltiplasEntradas e Saídas Nesse caso, a função de transferência é uma matriz. DBAsICsH 1)()( 42 12 42 12 0 0 )( s s s s AsI 106 22 14 det )( 2 1 ss s s Adj AsI Exemplo 7.2: Múltiplas Entradas e Saídas Continuando, 3 1 0 0 3 2 04 11 106 22 14 0 3 1 3 2 3 2 )( 2 ss s s sH 10 02 3 1 106 2104 4 01 22 3 1 )( 2 ss s ss sH Exemplo 7.2: Múltiplas Entradas e Saídas Finalmente, 10 02 106 4 1222010 3 1 )( 2 ss ss ss sH 106 65 12222 3 1 )( 2 2 2 ss sss sss sH Exemplo 7.3: Equação Diferencial Um circuito elétrico é descrito pela equação diferencial abaixo, onde y(t) é a saída e z(t) a entrada. Obtenha a representação no Espaço de Estados e a função de transferência. zy dt dy dt yd 523 2 2 Exemplo 7.3: Equação Diferencial Para um sistema de 2ª ordem, devemos ter duas variáveis de estado (x1 e x2). Então, façamos: Agora podemos obter as matrizes A e B através da equação diferencial do circuito. yx 1 yx 1 yx 2 yx 2 zyyy 523 zxxx 523 122 zxxx 532 212 21 xx 1xy Exemplo 7.3: Equação Diferencial Assim, podemos escrever a representação do circuito no Espaço de Estados. 2 1 2 1 2 1 01 5 0 32 10 x x y z x x x x Exemplo 7.3: Equação Diferencial Novamente, a função de transferência é dada por: DBAsICsH 1)()( 32 1 32 10 0 0 )( s s s s AsI 23 2 13 det )( 2 1 ss s s Adj AsI Exemplo 7.3: Equação Diferencial Finalmente, 5 0 23 2 13 01)( 2 ss s s sH 23 5 5 01)( 2 ss s sH 23 5 )( 2 ss sH
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