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ATIVIDADES LUDICAS NO DESENVOLVIMENTO DA CRIANÇA

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1 Aline Ramayane Nonato da Costa – Acadêmica do 5º Semestre de Pedagogia 
2 Givanildo Lourenço da Costa – Acadêmico do 5º Semestre de Pedagogia 
3 Jessica Thayna Nascimento da Silva – Acadêmica do 5º Semestre de Pedagogia 
4 Rafaela Melo da silva – Acadêmica do 5º Semestre de Pedagogia 
5 Simone Alves de Barros Sousa – Pedagoga e Esp. Em Psicopedagogia Clínica e Institucional 
Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI - Pedagogia (PED 3617) – Prática do Módulo I–07/06/2021 
ATIVIDADES LUDICAS NO DESENVOLVIMENTO 
DA CRIANÇA 
 
Aline Ramayane Nonato da Costa ¹ 
Givanildo Lourenço da Costa 2 
Jessica Thayna Nascimento da Silva3 
Rafaela Melo da silva4 
Simone Alves de Barros Sousa5 
 
RESUMO 
 
O presente trabalho tem por objetivo mostra a importância das atividades lúdicas para o 
desenvolvimento da criança na educação Infantil. Classifica-se como atividades lúdicas, as 
brincadeiras que tende de melhorar convívio entre as outras crianças, fazendo com que vivam 
situações de colaboração, trabalho em equipes e respeito. Nesta dimensão, é preciso também, 
conceituar o papel do educador nesse processo lúdico e ainda os benefícios que o brincar 
proporciona, espera-se oferecer uma leitura, mas consciente acerca da importância do brincar na 
vida da criança. A atividade lúdica, que pode se expressar no jogo, no brinquedo ou brincadeira, 
tem importância fundamental na educação escolar e na formação do homem, permite ao educador 
perceber traços da personalidade e do comportamento do educando, o que facilita o planejamento 
de estratégias pedagógicas no ambiente lúdico, promovendo a motivação para uma melhor 
aprendizagem. Objetivo desse estudo foi fomentar uma reflexão sobre a importância do ambiente 
lúdico como fator motivacional para a aprendizagem escolar de crianças. A inserção de momentos 
específicos para o brincar, no ambiente escolar, deve ser utilizada nos processos de aprendizagem 
como uma estratégia útil para incentivar a participação da criança na realização das atividades. A 
brincadeira possibilita o desenvolvimento das aptidões físicas, mentais e emocionais. Acreditam 
que quando a vivência de experiências lúdicas é adequada ao estágio de desenvolvimento da 
criança, resultará em uma aprendizagem rica e duradoura. 
 
Palavras-chave: Ludicidade. Desenvolvimento. Aprendizagem. 
 
1. INTRODUÇÃO 
 
O presente trabalho tem o intuído de fomentar uma reflexão sobre a Importância da 
atividade lúdica na aprendizagem escolar da criança pois está intimamente relacionado em verificar 
como as atividades lúdicas influenciam no desenvolvimento e na aprendizagem dos alunos da 
educação Infantil. Visto que é por meio da brincadeira que a criança desenvolve aptidões físicas, 
mentais e emocionais e que encontra a motivação para seu desempenho social, escolar e familiar. 
Ademais, constata-se por meio das pesquisas aqui levantadas, que, as brincadeiras e os jogos 
são essência da influência e seu uso permite maximizar um trabalho pedagógico que possibilita a 
produção de conhecimento de forma contextualizada no mundo infantil. Nesta dimensão, Antunes 
(2003), contribui dizendo que, a criança é automotiva para qualquer prática, principalmente a 
2 
 
 
 
lúdica, sendo que tendem notar a importância de atividades lúdicas para seu desenvolvimento, 
assim sendo, favorece a procura pelo retorno e pela manutenção de determinadas atividades. 
 As atividades lúdicas são fundamentais na formação das crianças, e verdadeiras facilitadora 
dos relacionamentos e das vivências no contexto escolar. Pois a mesma promove a imaginação e, 
principalmente, as transformações de sujeito em relação ao seu objeto de aprendizagem, além do 
mais, promovem ou restabelecem o bem estar psicológico da criança. (SCHAEFER,1994). 
Contudo, as atividades lúdicas são desenvolvidas no contexto escolar, por meio de jogos e 
brincadeiras, desta forma, somos capazes de simular e exercitar situações do dia-a-dia permeadas 
pela aprendizagem e socialização, permitindo que desenvolvam a confiança em si e o aparato 
cognitivo, sendo assim, observa-se que a criança se expressa assimila conhecimento e constrói sua 
realidade quando está praticando alguma atividade lúdica. 
Ademais, um ambiente adequado e motivador poderá delinear a qualidade de experiências 
que serão vividas pela criança. Situações lúdicas auxiliam a criança a lidar com sentimentos, 
contribuindo com o amadurecimento e colaborando para as decisões que tomará posteriormente na 
vida adulta. Desse modo, a atividades, a atividade lúdica tem importância fundamental na educação 
escolar, na formação do ser humano e permite ao educador perceber traços da personalidade e do 
comportamento do educando, o que facilita o planejamento de estratégias pedagógicas no ambiente 
lúdico, promovendo a motivação para melhor aprendizagem (LOPES,2009). 
Anastasiou e Alves (2005) diferenciam aprender de apreender. Ao apreender o aluno se 
apropria do conhecimento, ao passo que quando aprende, apenas recebe a informação e a retém na 
memória. No ato de brincar é que a criança, de forma privilegiada, apropria-se da realidade 
imediata, atribuindo-lhe significado, desenvolvendo a imaginação, emoções e competências 
cognitivas e interativas. E os brinquedos são os instrumentos que fazem com que as crianças 
compreendam que no mundo está cheio de possibilidades, pois estes são ferramentas que permitem 
simbolizar os dilemas e dicotomias do cotidiano. 
Considerando esta abordagem, este estudo teve como objetivo fazer uma breve discussão de 
alguns elementos relacionados a conceitos e fundamentos sobre o ambiente lúdico como fator 
motivacional para a aprendizagem escolar. A criança que possui uma infância estimulante, com 
brincadeiras apropriadas a cada etapa de seu desenvolvimento, está contribuindo para a formação de 
uma personalidade mais integra, saudável e completa, além disso, é por meio de uma prática 
pedagógica que desequilibre os alunos, sondando seus conhecimentos, problematizando situações, 
permitindo que busquem por respostas em um ambiente lúdico, e desafiador, que alcançaremos sem 
sombra de dúvidas uma aprendizagem significativa e perene. 
 
3 
 
 
 
2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 
 
2.1 a aprendizagem Motivacional 
 
A aprendizagem é entendida como uma mudança relativamente permanente do 
comportamento; basta observar uma criança para discernir comportamentos automáticos dos que 
são produtos de aprendizagem. A criança nasce com potencial para aprender, contudo o 
aprendizado só ocorrerá em função das experiências. Ao mesmo tempo, existem limitações, pois há 
a necessidade de um maduro aparato físico, motor, neurológico e sensorial para que a aprendizagem 
aconteça. Ao superar esses limites considera-se que as crianças estão “prontas” para aprender 
(ANTUNES,2003). 
Cordazzo e Vieira (2008) enfatizam a importância da inserção de momentos específicos para 
o brincar no ambiente escolar, devido a sua colaboração no processo de desenvolvimento humano e 
a grande motivação que as crianças possuem para isso. Nos paradigmas contemporâneos têm se 
abandonado gradativamente práticas arcaicas e têm-se também buscado pautar os planejamentos 
escolares não em seus fins, mas sim em seus processos tendo como mote os pilares educacionais 
que não se ensinam os alunos, mas os levam a aprender fazendo. Motivação educacional no 
ambiente lúdico. 
 Segundo Myers (1999) a motivação pode ser compreendida como um comportamento 
orientado para um determinado objetivo. Sampaio (2009) afirma que a motivação da pessoa não é 
fragmentada, mas sim deve ser analisada globalmente. Ela está associada a uma finalidade, pois está 
sempre presente e me transformação, na medida em que ao se alcançar um objetivo, um novo se 
instala. O homem, em suas palavras, é um “animal desejante” e nunca alcança a satisfação 
completa. 
Para Bardim (2004, p.14), a motivação poder ser entendida comoum “processo cognitivo 
gerado a partir de uma necessidade(desejo) a qual determina o comportamento de um indivíduo na 
busca de um objetivo”. De acordo com Bzuneck e Guimarães (2007) na motivação intrínseca o 
aluno fica motivado quando a atividade tem um fim em si mesma e se torna interessante e 
prazerosa. Já na motivação extrínseca, segundo Neves e Boruchovich (2007), um aluno estará 
extrinsecamente motivado quando realiza uma tarefa em busca de recompensas externas, sociais ou 
matérias. 
Em outras palavras, ao despertar a curiosidade aumenta-se engajamento, a motivação 
intrínseca e retenção de conteúdo pelo aluno, ou seja, sua aprendizagem. Assim, a motivação seja 
ela extrínseca e intrínseca têm papel fundamental e facilitador na aprendizagem. Para uma criança 
não há nada mais motivador que um ambiente rico de possibilidade para ela interagir, comunicar, 
criar, ousar, aprender e apreender. 
4 
 
 
 
 
2.2 O Ambiente Lúdico 
 
Segundo Lopes (2009), a política de valorização da educação infantil no Brasil, é uma 
conquista recente, bem como a legislação vigente. De acordo com Maluf (2008) o ambiente lúdico 
precisa ser levado a sério para assim contribuir para o desenvolvimento de competências e 
habilidades no processo de aprendizagem. O ato de brincar vai oportunizar as vivências inocentes e 
simples da essência lúdica, possibilitando á criança o aumento de autoestima, autoconhecimento de 
suas responsabilidades corporais e culturais, por meio das atividades de socialização. 
Corroborando, Biscoli (2005) relata que, ao deixarmos a criança se expressar respeitando 
sua individualidade, linguagem e imaginação, valorizamos sua autoestima. Sendo assim, é 
imprescindível pensar em uma educação que priorize a sensibilidade e respeite os processos 
criativos da criança. Desse modo, o ambiente lúdico possibilita às crianças o enriquecimento de 
suas próprias capacidades mediante o estimulo, a iniciativa, a melhoria nos processos de 
comunicação e criatividade que são, certamente, características fundamentais da atividade lúdica, 
que pode ser vivenciada nas diferentes faixas etárias adequando-se às metodologias e 
procedimentos em cada etapa do desenvolvimento. A criança, na atividade lúdica, projeta seu modo 
de ser e por meio dela, é auxiliada a expressar com maior facilidade os seus conflitos e dificuldades 
(Maluf,2008). 
O brincar é um comportamento que leva ao prazer, possui um fim em si mesmo, é uma 
oportunidade para a criança expressar suas fantasias internas e, dependendo da idade e do contexto 
da criança, possui regras que o conduzem, está ligado aos aspectos do desenvolvimento físico e à 
atividade simbólica. Justifica-se, assim, a importância da inserção da brincadeira no ambiente 
escolar, devido à sua colaboração no desenvolvimento humano e a g grande motivação que as 
crianças revelam para brincar (CORDAZZO; VIEIRA, 2008). 
Na esfera escolar, portanto é imprescindível que educadores e gestor es sejam absolutamente 
conhecedores da maneira pela qual os alunos aprendem. Afinal o foco na educação hoje é o 
aprender a aprender e o papel do professor é de ser um desestabilizador e direcionador. O ambiente 
lúdico é o campo fértil para mim essa aprendizagem significativa ocorra. Ao sondar os 
conhecimentos prévios dos alunos, problematizar os fatos e fornecer ferramentas que auxiliem os 
alunos a sistematizar este conhecimento, em um espaço propício, munidos de ferramentas que 
permitam o jogo simbólico, a expressão da criatividade e da fantasia não há como negar a 
ocorrência de uma aprendizagem de fato. A inter-relação do brincar, brincadeira e jogo no ambiente 
lúdico. 
No entanto, Marcellino (2009) defende que o lúdico apresenta-se como um termo de difícil 
conceituação, sendo até mesmo utilizado como similar pelos termos jogo, brinquedo, brincadeira ou 
5 
 
 
 
festa. Segundo ele, o lúdico é um componente da cultura historicamente s situada. Carvalho (2009) 
contribui dizendo que e, a atividade lúdica é um a das condições essenciais para o desenvolvimento 
humano e sua manifestação pode expressar-se no jogo, no brinquedo ou brincadeira, em processos 
terapêuticos ou de aprendizagem. 
De acordo com Rezende (2008), o brincar tem sido um desafio para teóricos e pesquisadores 
há vários anos. Historicamente a autora relembra as definições do brincar desde 1932, a partir de 
Parten, que descreve a sequência do brincar considerando as relações que a criança estabelece 
brincando, no entanto, os conceitos trazidos por Ferland (2006), mencionam que [...] o brincar 
constitui um meio privilegiado de interação e de evolução para a criança. É um poderoso 
mecanismo de aprendizagem com o qual a criança adquire conhecimento, desenvolvendo suas 
capacidades de raciocínio, criando e resolvendo problemas. 
 
2.3: A Criança o Brincar e a Ludicidade na Escola 
 
Considerando que, atualmente, as crianças começam a frequentar cada vez mais cedo à 
escola, torna-se importante que os educadores utilizem o lúdico como um recurso privilegiado na 
intervenção educativa. No entanto, para que possamos compreender melhor como funciona todo 
este processo, a configuração da edu cação infantil contempla as seguintes a abordagens: a 
brincadeira livre, objetivando a socialização e a brincadeira dirigida, principalmente por meio dos 
jogos educativos, visando à escolarização. (ARANEGA; NASSIM; CHIAPPETTA, 2006). 
Desta forma, as atividades lúdicas fazem com que as crianças aprendem com prazer e 
alegria, sendo relevante ressaltar que a educação lúdica está diante da concepção única de 
passatempo e diversão. Entretanto, a educação lúdica é uma ação intrínseca na criança e aparece 
sempre como uma única forma transicional, em direção a algum conhecimento. O brincar se torna 
cada vez mais importante na construção do conhecimento, proporcionando prazer enquanto 
incorpora as informações e as transforma em situações da vida real. (FALCÃO, 2002). 
Por outro lado, Messa (2005), relata a importância do lazer na infância, embora explícita nas 
declarações e políticas públicas no contexto brasileiro, não vem sendo privilegiada efetivamente nas 
ações, como se o lazer, o brincar e o lúdico não fossem práticas indispensáveis na qualidade de vida 
e no desenvolvimento do ser humano a priori a própria criança, considerando seu caráter lúdico, 
propício para a elaboração do pensamento e para as interações sociais. 
Para tanto, o ato de brincar deve ser utilizado ao máximo em todos os processos de 
aprendizagem, como uma estratégia útil para incentivar a participação da criança na realização das 
atividades, contribuindo, assim, para a adequação da autonomia e da capacidade de comunicação 
das crianças (OLIVEIRA; MILANI, 2003). Ademais, o brincar pode ser entendido como um estágio 
entre as restrições puramente situacionais da primeira infância e o pensamento adulto, que pode ser 
6 
 
 
 
totalmente desvinculado de situações reais, uma vez que são os processos de simbolização que 
desenvolverão o pensamento abstrato (VIGOTSKI, 2008). 
Logo, observa-se que na idade pré-escolar, as brincadeiras ocorrem em virtude da existência 
e de uma necessidade da criança em se apropriar das ações desse universo. Pontes e Magalhães 
(2003) contribuem dizendo que as brincadeiras tradicionais e populares possuem padrões lúdicos 
universais, que mesmo com suas características regionais, têm estruturas de regras muito 
semelhantes. Para eles, a “brincadeira também pressupõe aprendizagem social, pois através dela 
aprendem-se as formas, os vocabulários típicos, as regras e as regras e o seu momento de enuncia -
las, as habilidades específicas requeridas para cada brinquedo, os tipos de interações condizentes, 
etc.” (PONTES; MAGALHAES, 2003. p. 118 
 
 
2.4 O Papel da Ludicidade na Educação Infantil 
 
As contribuições das atividades lúdicas na educação infantil indicam que elas contribuem 
efetivamente nodesenvolvimento global da criança e que todas as dimensões estão intrinsecamente 
vinculadas: a inteligência, a afetividade, a motricidade e a sociabilidade são inseparáveis, sendo a 
afetividade a que contribuiu a energia necessária para a progressão psíquica, moral, intelectual e 
motriz da criança. 
Brincar na escola é sinônimo de aprender, pois o brincar e o jogar geram um espaço para 
pensar, sendo que a criança avança no raciocínio, desenvolve o pensamento, estabelece contatos 
sociais, compreende o meio, satisfaz desejos, desenvolve habilidades, conhecimentos e criatividade. 
As interações que o brincar e o jogo oportuniza e favorecem a suspenção do egocentrismo, 
desenvolvendo a solidariedade. Introduzem, especialmente a empatia e introduzem, especialmente o 
compartilhamento de jogos e brinquedos, novos sentidos para a posse e o consumo. 
Nessa dimensão, Vygotsky (1984) atribui que o papel da ludicidade na escola é 
imprescindível ao ato de brincar na constituição do pensamento infantil. É brincando, jogando, que 
a criança revela seu estado cognitivo, visual, auditivo, tátil, motor, seu modo de aprender e entrar 
em uma relação cognitiva com o mundo de eventos, pessoas, coisas e símbolos. 
Todavia a criança, por meio da brincadeira reproduz o discurso externo e o internaliza, 
construindo seu próprio pensamento. A linguagem tem importante papel no desenvolvimento 
cognitivo da criança à medida que prioriza as suas s experiências e ainda colabora na organização 
dos processos em andamento. 
Corroborando com tal menção, Vygotsky (1984, p.97), relata que; 
 
A brincadeira cria para as crianças, um a zona de desenvolvimento proximal que não é 
outra coisa senão a distância entre o nível atual de desenvolvimento determinado pela cap 
7 
 
 
 
acidade de resolver independentemente um problema e o nível atual de desenvolvimento 
potência determinada através da resolução de um problema sob a orientação de um adulto 
ou com a colaboração de um companheiro mais capaz. 
 
 
2.5 O Professor Como Articulador do Lúdico em Processo de Aprendizagem Escolar 
 
Para Vigotski (2008), a participação do professore é imprescindível para promover o 
desenvolvimento infantil, ele se torna peça fundamental na construção deste processo, sendo ele o 
articulador entre o brincar e a construção do desenvolvimento cognitivo da criança, pois os 
processos de simbolização e representação a levam ao pensamento abstrato. Brinquedo: O 
instrumento para a ação lúdica. 
Assim, os educadores necessitam embasar sua prática em trilhas lúdicas que remetam á 
infância em busca da formação de seres saudáveis, cognitiva, psíquica e emocionalmente, 
ancorando seus novos saberes em saberes já assimilados os alunos serão capazes de extrapolar para 
a interpretação da comunidade e sociedade. Entretanto, a introdução de brincadeiras na escola 
requer espaço e materiais, estímulo à interação entre as c crianças e compreensão por parte dos 
professores das diferentes formas de brincar, relevantes para cada criança em determinado momento 
(LEITE; SHIMO, 2007). 
Para Aranega, Nassim e Chiappetta (2006), o brincar merece lugar especial na prática 
pedagógica, pois possibilita às crianças a assimilação da cultura e dos valores, de maneira criativa e 
social. O educador tem uma função fundamental na garantia e enriquecimento da brincadeira como 
atividade social da criança, criando os espaços, adequando os materiais e partilhando as 
Brincadeiras. 
 
 
3. MATERIAIS E MÉTODOS 
 
A presente pesquisa é de natureza qualitativa, do tipo descritivo e exploratório, com 
abordagem teórica e fundamentada em dados secundários. A partir de um estudo bibliográfico 
focado nos processos de avaliação da produção científica e a necessária indicação de autores para 
esse fim. 
Desta forma, a coleta de dados se deu por meio de pesquisa documental e bibliográfica, e o 
método de análise utilizado foi à análise de conteúdo. Além de buscar identificar as tendências dos 
textos Bardin (2004), o método de análise de conteúdo foi empregado visando organizar os dados e 
analisar os resultados obtidos, a partir de categorias identificadas por meio do referencial teórico 
coletado e da pesquisa documental realizada. A partir das explicações de Bardin (2004), o presente 
estudo constituiu-se de três etapas básicas: 1) Pré-análise: em que foram definidos o tema, o 
8 
 
 
 
referencial teórico, os objetivos, a metodologia, bem como a coleta dos dados secundários; 2) 
Análise descritiva: organização e descrição dos dados coletados, envolvendo a codificação por meio 
da classificação intensidade e direção de ideias a serem trabalhadas; 3) Interpretação inferencial: 
compreensão dos fenômenos a partir dos materiais teóricos e empíricos, busca de respostas às 
questões levantadas na pesquisa, verificação de contradições e, por fim, realização dos resultados e 
discussões e pôr fim a conclusão. 
 
 
4. RESULTADOS E DISCUSSÃO 
O universo lúdico contribui para que o desenvolvimento da criança aconteça de maneira 
saudável e prazerosa, pois seu caráter educativo está inserido brincadeiras, jogos e brinquedos. A 
criança precisa brincar para desenvolver. O mais importante na atividade lúdica é a ação. 
Durante as observações realizadas e a aplicação das atividades, percebeu-se que a professora 
desenvolve aulas lúdicas. Para que as aulas sejam eficazes é necessário que os professores planejem 
suas aulas, buscando ter claros os objetivos que pretendem alcançar com o aluno durante a 
aplicação de determinada atividade. Assim, espera-se que a aplicação de atividades lúdicas se torne 
mais frequente no ambiente escolar, estimulando e motivando os alunos a um aprendizado mais 
eficaz. Desse modo, a ludicidade na Educação Infantil, deve oferecer oportunidade de situações 
significativas de aprendizagem e que os jogos e brincadeiras devem estar sempre presentes, 
auxiliando no ensino do conteúdo, proporcionando aquisição de habilidades e desenvolvendo 
capacidades motoras. 
As atividades lúdicas desenvolvidas na Educação Infantil têm o objetivo de produzir prazer 
e de divertir ao mesmo tempo. Além disso, o lúdico é um fator positivo na construção do 
conhecimento das crianças durante a infância, desenvolvendo nelas a imaginação, o raciocínio, a 
criatividade e a espontaneidade. De acordo com o dicionário, lúdico significa: “adj. Referente a, ou 
que tem o caráter de jogos, brinquedos e divertimentos: a atividade lúdica das crianças” 
(FERREIRA, 1999). Através da atividade lúdica e do jogo, a criança forma conceitos, seleciona 
ideias, estabelece relações lógicas, integra percepções, faz estimativas compatíveis com o 
crescimento físico e desenvolvimento e, por meio dele vai se socializando com as demais crianças. 
Também desenvolve a linguagem, o pensamento, a socialização, a iniciativa e a autoestima, bem 
como no desenvolvimento de habilidades do pensamento, como a imaginação, a interpretação, a 
tomada de decisão, a criatividade, etc. 
A base do trabalho com crianças na Educação Infantil se constitui em duas funções que 
ocorrem simultaneamente e são indissociáveis: o cuidar e o educar, e as duas estão norteadas pelo 
9 
 
 
 
brincar: Brincar é tão importante e sério para a criança como trabalhar é pro adulto. Isso explica 
porque encontramos tanta dedicação da criança em relação ao brincar. Brincando ela imita gestos 
atitudes do mundo adulto, descobre o mundo, vivencia lei, regras, experimenta sensações (SMOLE; 
DINIZ; CANDIDO, 2000, p. 13). São essenciais para o desenvolvimento das crianças, pois são 
atividades primárias, as quais trazem benefícios nos aspectos físico, intelectual e social. Brincando, 
a criança desenvolve a identidade e a autonomia, assim como a capacidade de socialização, através 
da interação e experiências de regras perante a sociedade. Por meio das atividades lúdicas, a criança 
forma conceitos, seleciona ideias, estabelecerelações lógicas e, assim, segue se socializando. Sendo 
assim, podemos utilizar das atividades lúdicas para melhorar o processo de ensino e aprendizagem 
de conceitos. 
 
5. CONCLUSÃO 
Com a maturação, experiências de vida e bagagem teórica são possíveis explanar tais 
questionamentos, despertar diversos sentimentos, aguçar a curiosidade, apropriar-se de princípios, 
valores e perspectivas, acerca do assunto levantado aqui neste artigo. Ao identificar a importância 
existente entre tais fatores; ambiente, atividade lúdica, educador e aluno no processo de 
aprendizagem de uma criança será possível transformar a realidade educacional. A brincadeira 
possibilita o desenvolvimento de aptidões físicas, mentais e emocionais. Uma infância estimulante 
com brincadeiras apropriadas a cada etapa de desenvolvimento, em um ambiente adequado e 
motivador, estabelecerá a qualidade de experiências que serão vividas pela criança e contribuirá 
para a formação de uma personalidade íntegra e completa. 
Por meio deste estudo percebeu-se que as definições de brincar e brincadeira estão alocadas 
em ambiente lúdico, estão de tal forma sobrepostas, que apesar da importância das diferenças 
conceituais, dentro do ambiente lúdico, elas têm praticamente o mesmo propósito que é possibilitar 
o desenvolvimento das crianças, pois a infância é marcada por muitas brincadeiras que colaboram 
para a apreensão de conceitos e para o aprendizado global. Na escola é possível o professor se soltar 
e trabalhar o lúdico como forma de difundir os conteúdos. Para que isso aconteça é preciso que o 
educador selecione situações conteúdo com a atividade lúdica. Os jogos e os brinquedos, as 
atividades de criação e desenvolvimento, constituem-se hoje em objetos privilegiados da Educação 
Infantil, desde que inserimos numa proposta educativa que se baseia na atividade e na interação 
delas. 
E não deixando de levantar a questão que, a possibilidade de brincar deve ser oferecida a 
qualquer criança, esse pensamento deve estar presente nas reflexões acerca da educação de crianças 
com desenvolvimento normal ou com crianças que possuam necessidades especiais de natureza 
10 
 
 
 
motora, de linguagem, sensorial ou cognitiva. Entretanto, a privação de experiências lúdicas pode 
constituir-se em diminuição de oportunidades para o desenvolvimento, visto que, considera-se a 
ludicidade de fundamental importância para o desenvolvimento das habilidades motoras das 
crianças, pois é por meio dos jogos 
 E na conclusão deste artigo, a ideia que foi passada até então, é que se faz necessário 
continuar buscando novas maneiras de ensinar, pois é por meio do lúdico que alcançaremos uma 
educação de qualidade e que realmente consiga alcançar os interesses e necessidades da criança. 
Cabe ressaltar que uma a atitude lúdica não é somente a somatória de atividades; é antes de tudo 
uma maneira de ser, de estar, de pensar e de encarar a es cola. É preciso saber entrar no mundo da 
criança, no seu sonho, no seu jogo e, a partir daí, jogar com ela. Quanto mais espaço lúdico 
proporcionarmos, mais alegre, espontânea, criativa, autônoma e afetiva. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
11 
 
 
 
REFERÊNCIAS 
ANASTASIOU, L. G. C ; ALVES, L. P, (Orgs.) Processos de ensinagem na universidade: 
pressupostos para as estratégias de trabalho em aula. 5. Ed., Joinville: Univille; 2005. 
 
ANTUNES, C. Jogos para a estimulação das múltiplas inteligências. 12. ed. Petrópolis, R J: 
Vozes, 2003 
 
ARANEGA, C. D. T., NASSIM, C. P., CHIAPPETTA, A. L. M. L. A Importância do brincar na 
educação infantil. Rev CEFAC, São Paulo, v.8, n.2, p.141-6, 2006. 
 
BARDIN, L. Análise de conteúdo. Lisboa: Edições 70, 2004. 
 
BISCOLI, I. A. A. A atividade lúdica uma análise produção acadêmica brasileira no período de 
1995 a 2001. 2005. Dissertação de mestrado, Universidade Federal de Santa Catarina, 
Florianópolis, 2005. 
 
BZUNECK, J. A.; GUIMARÃES, S. E. R. Estilos de professores na promoção da motivação 
intrínseca: reformulação e validação de instrumento. Rev Psicologia: Teoria e Prática, v.23, n.4, 
p.415-422, 2007. 
 
FERREIRA, Aurélio Buarque de Holanda. Novo Aurélio século XXI: o dicionário da língua 
portuguesa. 3. ed. São Paulo: Nova Fronteira, 1999. 
 
RCNEI Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil 
 
SMOLE, Katia Stocco; DINIZ, Maria Ignez; CANDIDO, Patrícia. Brincadeiras infantis nas aulas 
de matemática. Porto Alegre: Artmed, 2000. v. 1

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