Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
1 Aline Ramayane Nonato da Costa – Acadêmica do 5º Semestre de Pedagogia 2 Givanildo Lourenço da Costa – Acadêmico do 5º Semestre de Pedagogia 3 Jessica Thayna Nascimento da Silva – Acadêmica do 5º Semestre de Pedagogia 4 Rafaela Melo da silva – Acadêmica do 5º Semestre de Pedagogia 5 Simone Alves de Barros Sousa – Pedagoga e Esp. Em Psicopedagogia Clínica e Institucional Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI - Pedagogia (PED 3617) – Prática do Módulo I–07/06/2021 ATIVIDADES LUDICAS NO DESENVOLVIMENTO DA CRIANÇA Aline Ramayane Nonato da Costa ¹ Givanildo Lourenço da Costa 2 Jessica Thayna Nascimento da Silva3 Rafaela Melo da silva4 Simone Alves de Barros Sousa5 RESUMO O presente trabalho tem por objetivo mostra a importância das atividades lúdicas para o desenvolvimento da criança na educação Infantil. Classifica-se como atividades lúdicas, as brincadeiras que tende de melhorar convívio entre as outras crianças, fazendo com que vivam situações de colaboração, trabalho em equipes e respeito. Nesta dimensão, é preciso também, conceituar o papel do educador nesse processo lúdico e ainda os benefícios que o brincar proporciona, espera-se oferecer uma leitura, mas consciente acerca da importância do brincar na vida da criança. A atividade lúdica, que pode se expressar no jogo, no brinquedo ou brincadeira, tem importância fundamental na educação escolar e na formação do homem, permite ao educador perceber traços da personalidade e do comportamento do educando, o que facilita o planejamento de estratégias pedagógicas no ambiente lúdico, promovendo a motivação para uma melhor aprendizagem. Objetivo desse estudo foi fomentar uma reflexão sobre a importância do ambiente lúdico como fator motivacional para a aprendizagem escolar de crianças. A inserção de momentos específicos para o brincar, no ambiente escolar, deve ser utilizada nos processos de aprendizagem como uma estratégia útil para incentivar a participação da criança na realização das atividades. A brincadeira possibilita o desenvolvimento das aptidões físicas, mentais e emocionais. Acreditam que quando a vivência de experiências lúdicas é adequada ao estágio de desenvolvimento da criança, resultará em uma aprendizagem rica e duradoura. Palavras-chave: Ludicidade. Desenvolvimento. Aprendizagem. 1. INTRODUÇÃO O presente trabalho tem o intuído de fomentar uma reflexão sobre a Importância da atividade lúdica na aprendizagem escolar da criança pois está intimamente relacionado em verificar como as atividades lúdicas influenciam no desenvolvimento e na aprendizagem dos alunos da educação Infantil. Visto que é por meio da brincadeira que a criança desenvolve aptidões físicas, mentais e emocionais e que encontra a motivação para seu desempenho social, escolar e familiar. Ademais, constata-se por meio das pesquisas aqui levantadas, que, as brincadeiras e os jogos são essência da influência e seu uso permite maximizar um trabalho pedagógico que possibilita a produção de conhecimento de forma contextualizada no mundo infantil. Nesta dimensão, Antunes (2003), contribui dizendo que, a criança é automotiva para qualquer prática, principalmente a 2 lúdica, sendo que tendem notar a importância de atividades lúdicas para seu desenvolvimento, assim sendo, favorece a procura pelo retorno e pela manutenção de determinadas atividades. As atividades lúdicas são fundamentais na formação das crianças, e verdadeiras facilitadora dos relacionamentos e das vivências no contexto escolar. Pois a mesma promove a imaginação e, principalmente, as transformações de sujeito em relação ao seu objeto de aprendizagem, além do mais, promovem ou restabelecem o bem estar psicológico da criança. (SCHAEFER,1994). Contudo, as atividades lúdicas são desenvolvidas no contexto escolar, por meio de jogos e brincadeiras, desta forma, somos capazes de simular e exercitar situações do dia-a-dia permeadas pela aprendizagem e socialização, permitindo que desenvolvam a confiança em si e o aparato cognitivo, sendo assim, observa-se que a criança se expressa assimila conhecimento e constrói sua realidade quando está praticando alguma atividade lúdica. Ademais, um ambiente adequado e motivador poderá delinear a qualidade de experiências que serão vividas pela criança. Situações lúdicas auxiliam a criança a lidar com sentimentos, contribuindo com o amadurecimento e colaborando para as decisões que tomará posteriormente na vida adulta. Desse modo, a atividades, a atividade lúdica tem importância fundamental na educação escolar, na formação do ser humano e permite ao educador perceber traços da personalidade e do comportamento do educando, o que facilita o planejamento de estratégias pedagógicas no ambiente lúdico, promovendo a motivação para melhor aprendizagem (LOPES,2009). Anastasiou e Alves (2005) diferenciam aprender de apreender. Ao apreender o aluno se apropria do conhecimento, ao passo que quando aprende, apenas recebe a informação e a retém na memória. No ato de brincar é que a criança, de forma privilegiada, apropria-se da realidade imediata, atribuindo-lhe significado, desenvolvendo a imaginação, emoções e competências cognitivas e interativas. E os brinquedos são os instrumentos que fazem com que as crianças compreendam que no mundo está cheio de possibilidades, pois estes são ferramentas que permitem simbolizar os dilemas e dicotomias do cotidiano. Considerando esta abordagem, este estudo teve como objetivo fazer uma breve discussão de alguns elementos relacionados a conceitos e fundamentos sobre o ambiente lúdico como fator motivacional para a aprendizagem escolar. A criança que possui uma infância estimulante, com brincadeiras apropriadas a cada etapa de seu desenvolvimento, está contribuindo para a formação de uma personalidade mais integra, saudável e completa, além disso, é por meio de uma prática pedagógica que desequilibre os alunos, sondando seus conhecimentos, problematizando situações, permitindo que busquem por respostas em um ambiente lúdico, e desafiador, que alcançaremos sem sombra de dúvidas uma aprendizagem significativa e perene. 3 2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 2.1 a aprendizagem Motivacional A aprendizagem é entendida como uma mudança relativamente permanente do comportamento; basta observar uma criança para discernir comportamentos automáticos dos que são produtos de aprendizagem. A criança nasce com potencial para aprender, contudo o aprendizado só ocorrerá em função das experiências. Ao mesmo tempo, existem limitações, pois há a necessidade de um maduro aparato físico, motor, neurológico e sensorial para que a aprendizagem aconteça. Ao superar esses limites considera-se que as crianças estão “prontas” para aprender (ANTUNES,2003). Cordazzo e Vieira (2008) enfatizam a importância da inserção de momentos específicos para o brincar no ambiente escolar, devido a sua colaboração no processo de desenvolvimento humano e a grande motivação que as crianças possuem para isso. Nos paradigmas contemporâneos têm se abandonado gradativamente práticas arcaicas e têm-se também buscado pautar os planejamentos escolares não em seus fins, mas sim em seus processos tendo como mote os pilares educacionais que não se ensinam os alunos, mas os levam a aprender fazendo. Motivação educacional no ambiente lúdico. Segundo Myers (1999) a motivação pode ser compreendida como um comportamento orientado para um determinado objetivo. Sampaio (2009) afirma que a motivação da pessoa não é fragmentada, mas sim deve ser analisada globalmente. Ela está associada a uma finalidade, pois está sempre presente e me transformação, na medida em que ao se alcançar um objetivo, um novo se instala. O homem, em suas palavras, é um “animal desejante” e nunca alcança a satisfação completa. Para Bardim (2004, p.14), a motivação poder ser entendida comoum “processo cognitivo gerado a partir de uma necessidade(desejo) a qual determina o comportamento de um indivíduo na busca de um objetivo”. De acordo com Bzuneck e Guimarães (2007) na motivação intrínseca o aluno fica motivado quando a atividade tem um fim em si mesma e se torna interessante e prazerosa. Já na motivação extrínseca, segundo Neves e Boruchovich (2007), um aluno estará extrinsecamente motivado quando realiza uma tarefa em busca de recompensas externas, sociais ou matérias. Em outras palavras, ao despertar a curiosidade aumenta-se engajamento, a motivação intrínseca e retenção de conteúdo pelo aluno, ou seja, sua aprendizagem. Assim, a motivação seja ela extrínseca e intrínseca têm papel fundamental e facilitador na aprendizagem. Para uma criança não há nada mais motivador que um ambiente rico de possibilidade para ela interagir, comunicar, criar, ousar, aprender e apreender. 4 2.2 O Ambiente Lúdico Segundo Lopes (2009), a política de valorização da educação infantil no Brasil, é uma conquista recente, bem como a legislação vigente. De acordo com Maluf (2008) o ambiente lúdico precisa ser levado a sério para assim contribuir para o desenvolvimento de competências e habilidades no processo de aprendizagem. O ato de brincar vai oportunizar as vivências inocentes e simples da essência lúdica, possibilitando á criança o aumento de autoestima, autoconhecimento de suas responsabilidades corporais e culturais, por meio das atividades de socialização. Corroborando, Biscoli (2005) relata que, ao deixarmos a criança se expressar respeitando sua individualidade, linguagem e imaginação, valorizamos sua autoestima. Sendo assim, é imprescindível pensar em uma educação que priorize a sensibilidade e respeite os processos criativos da criança. Desse modo, o ambiente lúdico possibilita às crianças o enriquecimento de suas próprias capacidades mediante o estimulo, a iniciativa, a melhoria nos processos de comunicação e criatividade que são, certamente, características fundamentais da atividade lúdica, que pode ser vivenciada nas diferentes faixas etárias adequando-se às metodologias e procedimentos em cada etapa do desenvolvimento. A criança, na atividade lúdica, projeta seu modo de ser e por meio dela, é auxiliada a expressar com maior facilidade os seus conflitos e dificuldades (Maluf,2008). O brincar é um comportamento que leva ao prazer, possui um fim em si mesmo, é uma oportunidade para a criança expressar suas fantasias internas e, dependendo da idade e do contexto da criança, possui regras que o conduzem, está ligado aos aspectos do desenvolvimento físico e à atividade simbólica. Justifica-se, assim, a importância da inserção da brincadeira no ambiente escolar, devido à sua colaboração no desenvolvimento humano e a g grande motivação que as crianças revelam para brincar (CORDAZZO; VIEIRA, 2008). Na esfera escolar, portanto é imprescindível que educadores e gestor es sejam absolutamente conhecedores da maneira pela qual os alunos aprendem. Afinal o foco na educação hoje é o aprender a aprender e o papel do professor é de ser um desestabilizador e direcionador. O ambiente lúdico é o campo fértil para mim essa aprendizagem significativa ocorra. Ao sondar os conhecimentos prévios dos alunos, problematizar os fatos e fornecer ferramentas que auxiliem os alunos a sistematizar este conhecimento, em um espaço propício, munidos de ferramentas que permitam o jogo simbólico, a expressão da criatividade e da fantasia não há como negar a ocorrência de uma aprendizagem de fato. A inter-relação do brincar, brincadeira e jogo no ambiente lúdico. No entanto, Marcellino (2009) defende que o lúdico apresenta-se como um termo de difícil conceituação, sendo até mesmo utilizado como similar pelos termos jogo, brinquedo, brincadeira ou 5 festa. Segundo ele, o lúdico é um componente da cultura historicamente s situada. Carvalho (2009) contribui dizendo que e, a atividade lúdica é um a das condições essenciais para o desenvolvimento humano e sua manifestação pode expressar-se no jogo, no brinquedo ou brincadeira, em processos terapêuticos ou de aprendizagem. De acordo com Rezende (2008), o brincar tem sido um desafio para teóricos e pesquisadores há vários anos. Historicamente a autora relembra as definições do brincar desde 1932, a partir de Parten, que descreve a sequência do brincar considerando as relações que a criança estabelece brincando, no entanto, os conceitos trazidos por Ferland (2006), mencionam que [...] o brincar constitui um meio privilegiado de interação e de evolução para a criança. É um poderoso mecanismo de aprendizagem com o qual a criança adquire conhecimento, desenvolvendo suas capacidades de raciocínio, criando e resolvendo problemas. 2.3: A Criança o Brincar e a Ludicidade na Escola Considerando que, atualmente, as crianças começam a frequentar cada vez mais cedo à escola, torna-se importante que os educadores utilizem o lúdico como um recurso privilegiado na intervenção educativa. No entanto, para que possamos compreender melhor como funciona todo este processo, a configuração da edu cação infantil contempla as seguintes a abordagens: a brincadeira livre, objetivando a socialização e a brincadeira dirigida, principalmente por meio dos jogos educativos, visando à escolarização. (ARANEGA; NASSIM; CHIAPPETTA, 2006). Desta forma, as atividades lúdicas fazem com que as crianças aprendem com prazer e alegria, sendo relevante ressaltar que a educação lúdica está diante da concepção única de passatempo e diversão. Entretanto, a educação lúdica é uma ação intrínseca na criança e aparece sempre como uma única forma transicional, em direção a algum conhecimento. O brincar se torna cada vez mais importante na construção do conhecimento, proporcionando prazer enquanto incorpora as informações e as transforma em situações da vida real. (FALCÃO, 2002). Por outro lado, Messa (2005), relata a importância do lazer na infância, embora explícita nas declarações e políticas públicas no contexto brasileiro, não vem sendo privilegiada efetivamente nas ações, como se o lazer, o brincar e o lúdico não fossem práticas indispensáveis na qualidade de vida e no desenvolvimento do ser humano a priori a própria criança, considerando seu caráter lúdico, propício para a elaboração do pensamento e para as interações sociais. Para tanto, o ato de brincar deve ser utilizado ao máximo em todos os processos de aprendizagem, como uma estratégia útil para incentivar a participação da criança na realização das atividades, contribuindo, assim, para a adequação da autonomia e da capacidade de comunicação das crianças (OLIVEIRA; MILANI, 2003). Ademais, o brincar pode ser entendido como um estágio entre as restrições puramente situacionais da primeira infância e o pensamento adulto, que pode ser 6 totalmente desvinculado de situações reais, uma vez que são os processos de simbolização que desenvolverão o pensamento abstrato (VIGOTSKI, 2008). Logo, observa-se que na idade pré-escolar, as brincadeiras ocorrem em virtude da existência e de uma necessidade da criança em se apropriar das ações desse universo. Pontes e Magalhães (2003) contribuem dizendo que as brincadeiras tradicionais e populares possuem padrões lúdicos universais, que mesmo com suas características regionais, têm estruturas de regras muito semelhantes. Para eles, a “brincadeira também pressupõe aprendizagem social, pois através dela aprendem-se as formas, os vocabulários típicos, as regras e as regras e o seu momento de enuncia - las, as habilidades específicas requeridas para cada brinquedo, os tipos de interações condizentes, etc.” (PONTES; MAGALHAES, 2003. p. 118 2.4 O Papel da Ludicidade na Educação Infantil As contribuições das atividades lúdicas na educação infantil indicam que elas contribuem efetivamente nodesenvolvimento global da criança e que todas as dimensões estão intrinsecamente vinculadas: a inteligência, a afetividade, a motricidade e a sociabilidade são inseparáveis, sendo a afetividade a que contribuiu a energia necessária para a progressão psíquica, moral, intelectual e motriz da criança. Brincar na escola é sinônimo de aprender, pois o brincar e o jogar geram um espaço para pensar, sendo que a criança avança no raciocínio, desenvolve o pensamento, estabelece contatos sociais, compreende o meio, satisfaz desejos, desenvolve habilidades, conhecimentos e criatividade. As interações que o brincar e o jogo oportuniza e favorecem a suspenção do egocentrismo, desenvolvendo a solidariedade. Introduzem, especialmente a empatia e introduzem, especialmente o compartilhamento de jogos e brinquedos, novos sentidos para a posse e o consumo. Nessa dimensão, Vygotsky (1984) atribui que o papel da ludicidade na escola é imprescindível ao ato de brincar na constituição do pensamento infantil. É brincando, jogando, que a criança revela seu estado cognitivo, visual, auditivo, tátil, motor, seu modo de aprender e entrar em uma relação cognitiva com o mundo de eventos, pessoas, coisas e símbolos. Todavia a criança, por meio da brincadeira reproduz o discurso externo e o internaliza, construindo seu próprio pensamento. A linguagem tem importante papel no desenvolvimento cognitivo da criança à medida que prioriza as suas s experiências e ainda colabora na organização dos processos em andamento. Corroborando com tal menção, Vygotsky (1984, p.97), relata que; A brincadeira cria para as crianças, um a zona de desenvolvimento proximal que não é outra coisa senão a distância entre o nível atual de desenvolvimento determinado pela cap 7 acidade de resolver independentemente um problema e o nível atual de desenvolvimento potência determinada através da resolução de um problema sob a orientação de um adulto ou com a colaboração de um companheiro mais capaz. 2.5 O Professor Como Articulador do Lúdico em Processo de Aprendizagem Escolar Para Vigotski (2008), a participação do professore é imprescindível para promover o desenvolvimento infantil, ele se torna peça fundamental na construção deste processo, sendo ele o articulador entre o brincar e a construção do desenvolvimento cognitivo da criança, pois os processos de simbolização e representação a levam ao pensamento abstrato. Brinquedo: O instrumento para a ação lúdica. Assim, os educadores necessitam embasar sua prática em trilhas lúdicas que remetam á infância em busca da formação de seres saudáveis, cognitiva, psíquica e emocionalmente, ancorando seus novos saberes em saberes já assimilados os alunos serão capazes de extrapolar para a interpretação da comunidade e sociedade. Entretanto, a introdução de brincadeiras na escola requer espaço e materiais, estímulo à interação entre as c crianças e compreensão por parte dos professores das diferentes formas de brincar, relevantes para cada criança em determinado momento (LEITE; SHIMO, 2007). Para Aranega, Nassim e Chiappetta (2006), o brincar merece lugar especial na prática pedagógica, pois possibilita às crianças a assimilação da cultura e dos valores, de maneira criativa e social. O educador tem uma função fundamental na garantia e enriquecimento da brincadeira como atividade social da criança, criando os espaços, adequando os materiais e partilhando as Brincadeiras. 3. MATERIAIS E MÉTODOS A presente pesquisa é de natureza qualitativa, do tipo descritivo e exploratório, com abordagem teórica e fundamentada em dados secundários. A partir de um estudo bibliográfico focado nos processos de avaliação da produção científica e a necessária indicação de autores para esse fim. Desta forma, a coleta de dados se deu por meio de pesquisa documental e bibliográfica, e o método de análise utilizado foi à análise de conteúdo. Além de buscar identificar as tendências dos textos Bardin (2004), o método de análise de conteúdo foi empregado visando organizar os dados e analisar os resultados obtidos, a partir de categorias identificadas por meio do referencial teórico coletado e da pesquisa documental realizada. A partir das explicações de Bardin (2004), o presente estudo constituiu-se de três etapas básicas: 1) Pré-análise: em que foram definidos o tema, o 8 referencial teórico, os objetivos, a metodologia, bem como a coleta dos dados secundários; 2) Análise descritiva: organização e descrição dos dados coletados, envolvendo a codificação por meio da classificação intensidade e direção de ideias a serem trabalhadas; 3) Interpretação inferencial: compreensão dos fenômenos a partir dos materiais teóricos e empíricos, busca de respostas às questões levantadas na pesquisa, verificação de contradições e, por fim, realização dos resultados e discussões e pôr fim a conclusão. 4. RESULTADOS E DISCUSSÃO O universo lúdico contribui para que o desenvolvimento da criança aconteça de maneira saudável e prazerosa, pois seu caráter educativo está inserido brincadeiras, jogos e brinquedos. A criança precisa brincar para desenvolver. O mais importante na atividade lúdica é a ação. Durante as observações realizadas e a aplicação das atividades, percebeu-se que a professora desenvolve aulas lúdicas. Para que as aulas sejam eficazes é necessário que os professores planejem suas aulas, buscando ter claros os objetivos que pretendem alcançar com o aluno durante a aplicação de determinada atividade. Assim, espera-se que a aplicação de atividades lúdicas se torne mais frequente no ambiente escolar, estimulando e motivando os alunos a um aprendizado mais eficaz. Desse modo, a ludicidade na Educação Infantil, deve oferecer oportunidade de situações significativas de aprendizagem e que os jogos e brincadeiras devem estar sempre presentes, auxiliando no ensino do conteúdo, proporcionando aquisição de habilidades e desenvolvendo capacidades motoras. As atividades lúdicas desenvolvidas na Educação Infantil têm o objetivo de produzir prazer e de divertir ao mesmo tempo. Além disso, o lúdico é um fator positivo na construção do conhecimento das crianças durante a infância, desenvolvendo nelas a imaginação, o raciocínio, a criatividade e a espontaneidade. De acordo com o dicionário, lúdico significa: “adj. Referente a, ou que tem o caráter de jogos, brinquedos e divertimentos: a atividade lúdica das crianças” (FERREIRA, 1999). Através da atividade lúdica e do jogo, a criança forma conceitos, seleciona ideias, estabelece relações lógicas, integra percepções, faz estimativas compatíveis com o crescimento físico e desenvolvimento e, por meio dele vai se socializando com as demais crianças. Também desenvolve a linguagem, o pensamento, a socialização, a iniciativa e a autoestima, bem como no desenvolvimento de habilidades do pensamento, como a imaginação, a interpretação, a tomada de decisão, a criatividade, etc. A base do trabalho com crianças na Educação Infantil se constitui em duas funções que ocorrem simultaneamente e são indissociáveis: o cuidar e o educar, e as duas estão norteadas pelo 9 brincar: Brincar é tão importante e sério para a criança como trabalhar é pro adulto. Isso explica porque encontramos tanta dedicação da criança em relação ao brincar. Brincando ela imita gestos atitudes do mundo adulto, descobre o mundo, vivencia lei, regras, experimenta sensações (SMOLE; DINIZ; CANDIDO, 2000, p. 13). São essenciais para o desenvolvimento das crianças, pois são atividades primárias, as quais trazem benefícios nos aspectos físico, intelectual e social. Brincando, a criança desenvolve a identidade e a autonomia, assim como a capacidade de socialização, através da interação e experiências de regras perante a sociedade. Por meio das atividades lúdicas, a criança forma conceitos, seleciona ideias, estabelecerelações lógicas e, assim, segue se socializando. Sendo assim, podemos utilizar das atividades lúdicas para melhorar o processo de ensino e aprendizagem de conceitos. 5. CONCLUSÃO Com a maturação, experiências de vida e bagagem teórica são possíveis explanar tais questionamentos, despertar diversos sentimentos, aguçar a curiosidade, apropriar-se de princípios, valores e perspectivas, acerca do assunto levantado aqui neste artigo. Ao identificar a importância existente entre tais fatores; ambiente, atividade lúdica, educador e aluno no processo de aprendizagem de uma criança será possível transformar a realidade educacional. A brincadeira possibilita o desenvolvimento de aptidões físicas, mentais e emocionais. Uma infância estimulante com brincadeiras apropriadas a cada etapa de desenvolvimento, em um ambiente adequado e motivador, estabelecerá a qualidade de experiências que serão vividas pela criança e contribuirá para a formação de uma personalidade íntegra e completa. Por meio deste estudo percebeu-se que as definições de brincar e brincadeira estão alocadas em ambiente lúdico, estão de tal forma sobrepostas, que apesar da importância das diferenças conceituais, dentro do ambiente lúdico, elas têm praticamente o mesmo propósito que é possibilitar o desenvolvimento das crianças, pois a infância é marcada por muitas brincadeiras que colaboram para a apreensão de conceitos e para o aprendizado global. Na escola é possível o professor se soltar e trabalhar o lúdico como forma de difundir os conteúdos. Para que isso aconteça é preciso que o educador selecione situações conteúdo com a atividade lúdica. Os jogos e os brinquedos, as atividades de criação e desenvolvimento, constituem-se hoje em objetos privilegiados da Educação Infantil, desde que inserimos numa proposta educativa que se baseia na atividade e na interação delas. E não deixando de levantar a questão que, a possibilidade de brincar deve ser oferecida a qualquer criança, esse pensamento deve estar presente nas reflexões acerca da educação de crianças com desenvolvimento normal ou com crianças que possuam necessidades especiais de natureza 10 motora, de linguagem, sensorial ou cognitiva. Entretanto, a privação de experiências lúdicas pode constituir-se em diminuição de oportunidades para o desenvolvimento, visto que, considera-se a ludicidade de fundamental importância para o desenvolvimento das habilidades motoras das crianças, pois é por meio dos jogos E na conclusão deste artigo, a ideia que foi passada até então, é que se faz necessário continuar buscando novas maneiras de ensinar, pois é por meio do lúdico que alcançaremos uma educação de qualidade e que realmente consiga alcançar os interesses e necessidades da criança. Cabe ressaltar que uma a atitude lúdica não é somente a somatória de atividades; é antes de tudo uma maneira de ser, de estar, de pensar e de encarar a es cola. É preciso saber entrar no mundo da criança, no seu sonho, no seu jogo e, a partir daí, jogar com ela. Quanto mais espaço lúdico proporcionarmos, mais alegre, espontânea, criativa, autônoma e afetiva. 11 REFERÊNCIAS ANASTASIOU, L. G. C ; ALVES, L. P, (Orgs.) Processos de ensinagem na universidade: pressupostos para as estratégias de trabalho em aula. 5. Ed., Joinville: Univille; 2005. ANTUNES, C. Jogos para a estimulação das múltiplas inteligências. 12. ed. Petrópolis, R J: Vozes, 2003 ARANEGA, C. D. T., NASSIM, C. P., CHIAPPETTA, A. L. M. L. A Importância do brincar na educação infantil. Rev CEFAC, São Paulo, v.8, n.2, p.141-6, 2006. BARDIN, L. Análise de conteúdo. Lisboa: Edições 70, 2004. BISCOLI, I. A. A. A atividade lúdica uma análise produção acadêmica brasileira no período de 1995 a 2001. 2005. Dissertação de mestrado, Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, 2005. BZUNECK, J. A.; GUIMARÃES, S. E. R. Estilos de professores na promoção da motivação intrínseca: reformulação e validação de instrumento. Rev Psicologia: Teoria e Prática, v.23, n.4, p.415-422, 2007. FERREIRA, Aurélio Buarque de Holanda. Novo Aurélio século XXI: o dicionário da língua portuguesa. 3. ed. São Paulo: Nova Fronteira, 1999. RCNEI Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil SMOLE, Katia Stocco; DINIZ, Maria Ignez; CANDIDO, Patrícia. Brincadeiras infantis nas aulas de matemática. Porto Alegre: Artmed, 2000. v. 1
Compartilhar