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Anexos fetais e trocas materno-fetais

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Por Breno C. Vizzoni 
 
ANEXOS EMBRIONÁRIOS 
Cório, âmnio, alantoide e vesícula vitelínica. 
ANEXOS FETAIS 
Placenta, cordão umbilical, membranas fetais e 
sistema amniótico. 
PLACENTA 
Órgão materno-fetal que se origina da reação 
decídua. 
Trofoblasto → componente embrionário 
Decídua → componente materno 
É discoidal e achatada, pesa de 400 a 500g e tem 
espessura de 1 a 3cm. 
Possui duas faces, uma fetal e uma materna. 
A face fetal possui os vasos coriônicos, o cordão 
umbilical e parte da bolsa amniótica. 
A face materna possui o cotilédones e os sulcos 
intercotiledoneares, compondo a parte funcional da 
placenta. 
 
FUNÇÕES DA PLACENTA 
Metabolismo 
Síntese de glicogênio, colesterol e ácidos graxos. 
Transporte de substâncias 
Oxigênio, por difusão simples; 
Glicose, por difusão facilitada; 
Aminoácidos, por transporte ativo. 
Secreção endócrina 
HCG, hPL, estrogênio, progesterona, tireotropina e 
corticotropina coriônicas humanas. 
hPL: lactogênio placentário humano. 
Faz parte dos hormônios contrarreguladores: 
bloqueiam algo para favorecer o feto. 
No caso, é um hormônio placentário anti-
insulínico. Leva à resistência à insulina da mãe para 
aumentar a disponibilidade e o aporte de glicose ao 
feto. 
 
Por volta da 10ª semana, o feto já tem pâncreas 
funcionante, induzindo à hiperinsulinemia fetal 
para que toda essa glicose seja aproveitada em 
energia para seu desenvolvimento. 
Quando a mãe é portadora de diabetes gestacional, 
o aporte de glicose é altíssimo ao feto e esse 
pâncreas fetal imaturo não consegue dar conta de 
absorver toda a glicose disponível. 
Isso proporciona a lipogênese exagerada, levando 
o feto a desenvolver caráter macrossômico (Baby 
GIG). 
Esse tipo de bebê pode aumentar as chances de 
traumatismos fetais e laceração vaginal, além de 
rotura prematura das bolsas por polidramia (diurese 
osmótica). 
Malformações causadas por diabetes gestacionais 
estão relacionadas à alta liberação de EROS. 
Bebês com hiperinsulinemia bloqueiam a produção 
qualitativa e quantitativa de surfactante! Caso haja 
prematuridade, há piora do quadro clínico do bebê. 
Batimento de asa de nariz e tiragem intercostal são 
comuns em bebês prematuros filhos de mães 
portadoras de diabetes gestacional. 
 
 
HCG – Gonadotrofina Coriônica Humana 
Manutenção da gestação – produzido pelo 
sinciciotrofoblasto. 
Evita a involução do corpo lúteo e consequente 
manutenção dos valores hormonais de estrogênio e 
progesterona até a 7ª semana, pelo menos. 
A plenitude placentária é atingida na 12ª semana, 
quando a produção hormonal dela se tornará 
suficiente. 
Esteroidogênese placentária 
1. Placenta capta colesterol LDL e o 
transforma em pregnenolona. 
2. Células do sinciciotrofoblasto usam esse 
substrato para produzir a progesterona. 
Funções da progesterona 
Aumento das secreções das tubas uterinas e do 
útero. 
Decidualização do endométrio. 
Quiescência uterina!!!!! 
Atividade imunossupressora. 
Progesterona sintética: aplicação endovaginal. 
Funções do estrogênio 
Relaxamento dos ligamentos pélvicos para 
preparação ao trabalho de parto; causa de dor no 
quadril (queixa de 10 a cada 10 gestantes!) 
Aumento do fluxo sanguíneo. 
Desenvolvimento mamário!!!!!!! 
Ocorre a partir das duas ondas de invasão das 
artérias espiraladas pelo trofoblasto! 
Primeira onda: antes de 12 semanas: invade e 
alarga o vaso. 
Segunda onda: entre 12 a 16 semanas. 
 
Obs.: pré-eclâmpsia só vai ser diagnosticada após 
o desenvolvimento completo das artérias 
espiraladas! Antes disso, conclui-se que a gestante 
já era hipertensa! 
A CIRCULAÇÃO 
1. Sangue fetal desoxigenado entra na 
placenta por duas artérias umbilicais que se 
ramificam em aa. coriônicas. 
2. Aa. coriônicas se ramificam quando entram 
nas vilosidades. 
3. Nas vilosidades, essas artérias formam um 
sistema capilar, garantindo a proximidade 
dos sangues materno e fetal. 
4. A difusão de gases e nutrientes ocorre pelas 
células endoteliais dos capilares vilosos. 
INVASÃO DAS ARTÉRIAS ESPIRALADAS 
 
BEM-ESTAR FETAL 
Estado de boa nutrição e oxigenação! Como 
ocorrem as trocas? 
Tudo depende do bom funcionamento dos órgãos 
maternos! 
PROBLEMAS QUE LEVAM A ALTERAÇÕES 
NAS TROCAS 
Envolve três vasos: vasos maternos, vilosidades 
coriônicas e vasos fetais! 
O fluxo de sangue dos vasos maternos é 
diretamente proporcional à pressão arterial média 
materna e inversamente proporcional à pressão 
intrauterina! Óbvio! 
VASOS MATERNOS 
Pressão arterial materna: causada por hemorragia, 
anestesia ou decúbito (dorsal, compressão da veia 
cava, redução do retorno venoso e menos 
oxigenação ao feto)! 
Pressão intrauterina: hipertonia (útero com tônus 
alto = menos troca gasosa), taquissistolia 
(contrações consecutivas), hipersistolia 
(contrações ainda mais consecutivas). 
ESPAÇOS INTERVILOSOS 
Pré-eclâmpsia: aumento da pressão ou obstrução 
do vaso. 
Síndrome do Anticorpo Antifosfolipídeo: 
formação de microtrombos que impedem o fluxo. 
Anemia falciforme: hemácias defeituosas que 
impedem a troca. 
VASOS FETAIS 
Prolapso de cordão umbilical: em caso de rotura 
prematura de bolsa! 
SE ESSE CORDÃO PROLAPSADO FOR 
REINTRODUZIDO, O BEBÊ MORRE!!!!!! 
A compressão cefálica sobre os cordões impedirá o 
fluxo sanguíneo para o bebê! 
Nós circulares e compressão. 
Hipoxemia → hipóxia → anóxia. 
Sangue → tecido → zero O2. 
Anóxia leva à lesão tecidual, sobretudo do tecido 
encefálico. 
MECANISMOS ADAPTATIVOS 
Aeróbico: glicose + O2 → 38ATP + CO2 + H2O 
Anaeróbico: glicólise sem O2 → 2ATP + ácido 
lático (corrói células nervosas!!!!). 
MECANISMO HEMODINÂMICO 
CENTRALIZAÇÃO 
Controle da homeostase do ambiente intrauterino! 
O bebê muda a hemodinâmica para áreas nobres: 
encéfalo, coração e adrenal! 
Estado de pré-óbito! Emergência obstétrica! 
ISQUEMIA 
É perigosa sobretudo por conta do relaxamento dos 
esfíncteres anais e aumento da peristalse! Isso 
ocasiona a liberação das fezes fetais, o mecônio, 
que quando ingerido pelo feto causa graves 
problemas. 
Mau funcionamento pulmonar associado! 
Com redução do fluxo sanguíneo, há menos fluxo 
aos rins, portanto, menos produção de urina, e por 
fim, oligodramnia! 
CORDÃO UMBILICAL 
Duas artérias e uma veia dispostas em forma de 
espiral! 
Estruturas vasculares ficam envolvidas por um 
tecido conjuntivo (Geleia de Wharton). 
Falsos nós: sempre deslizarão e não impedirão o 
fluxo sanguíneo. 
Quanto maior a quantidade de líquido amniótico, 
mais facilmente poderá ocorrer a formação de nós 
no cordão umbilical. 
 
Como melhorar o problema do prolapso de 
cordão? Posições maternas específicas para reduzir 
a compressão do cordão: 
 
Inferior direita: oração maometana/genitupeitoral. 
 
 
 
É a unidade morfofuncional constituída pelo 
conjunto das membranas ovulares e o líquido 
amniótico. 
ÂMNIO – 0,02 a 0,5mm, mais interno 
Estrutura biológica translúcida, envolve o cordão 
umbilical. 
Não contém nervos, fibras musculares lisas nem 
vasos linfáticos! 
O mecanismo utilizado para fornecimento dos 
nutrientes ao âmnio é a difusão, enquanto a energia 
utilizada pela própria membrana deriva de processo 
glicolítico anaeróbio. 
Produz colágeno III e IV e glicoproteínas não 
colágenas – fibronectina! 
É flexível e capaz de grande distensão! 
CÓRIO – até 1mm, mais externo 
É mais externo e tem menor elasticidade do que 
âmnio! 
Serve mais para resistir a choques mecânicos. 
Obs.: casos de vazamento de líquido pode ser por 
conta do rompimento do cório, entre o qual e o 
âmnio possui um líquido que permite o 
deslizamento entre as duas membranas. 
LÍQUIDO AMNIÓTICO 
Características 
98 a 99% de água, 1 a 2% de substâncias orgânicas 
e inorgânicas. 
Possui pH neutro! Isso é importante para os testes! 
Gestantes com queixa de perda de líquido precisam 
ser investigadas para ver se não é de fato rotura de 
bolsaou urina, haja vista que a compressão da 
bexiga urinária pode aumentar a incontinência 
urinária aos mínimos esforços. 
Funções 
Homeostase térmica, proteção contra traumas, 
reservatório de líquidos e nutrientes, proteção 
contra compressão de cordão, permite 
desenvolvimento pulmonar, osteomuscular e 
gastrintestinal, proteção contra infecções. 
Quantidade 
8 semanas: 10mL. 
22 semanas: 630mL. 
28 semanas: 770mL. 
34 a 36 semanas: 1L. 
Com o termo gestacional, o volume diminui de 
forma acentuada, alcançando 515mL com 41 
semanas e decresce 33% a cada semana! Por isso 
que partos pós-termo também são perigosos! 
Produção, circulação e reabsorção 
1º trimestre: LA é transudato do plasma, como 
consequência da pele não queratinizada e 
imaturidade renal, ou plasma materno produzido 
através da decídua ou superfície placentária. 
Circulação do líquido 
O bebê deglute o líquido e ele é filtrado pelos rins 
e liberado na urina! 
FISIOLOGIA DO LÍQUIDO AMNIÓTICO 
Produção de urina fetal em 12 semanas, sendo 
componente primordial e importante do LA a partir 
do 2º trimestre. 
Transporte de água pela pele feral continua até a 
queratinização da pele, entre a 22ª e 25ª semana. 
Quatro vias de participação importante na 
regulação do volume 
Urina fetal – 1ª via 
Produção de urina fetal pode exceder 1L por dia, a 
termo, com recirculação diária. 
Osmolaridade da urina fetal – 2ª via 
Urina hipotônica em relação ao plasma materno e 
semelhante à do LA. 
Isso garante a passagem dela através e para o 
interior dos vasos fetais sobre a superfície 
placentária. 
LA se assemelha à urina fetal e se torna mais 
hipotônico em relação ao soro materno e fetal. 
Trato respiratório – 3ª via 
350mL de líquido pulmonar são produzidos por dia 
ao fim da gestação, metade disso é deglutida. 
Deglutição – 4ª via 
IMPORTANTE! É O PRINCIPAL MECANISMO 
DE REABSORÇÃO DO LA E CORRESPONDE À 
MÉDIA DE 500 A 1000mL POR DIA! 
Impedimento à deglutição pode resultar em grau 
importante de polidrâmnio! 
POLIDRAMNIA 
Gravidez múltipla, meroanencefalia, 
anormalidades obstrutivas do trato gastrintestinal 
(atresia de esôfago) e diabetes gestacional. 
OLIGODRAMNIA 
Insuficiência placentária, RPMO (oligodraminia 
mecânica), compressão do cordão umbilical, 
doenças renais. 
ÍNDICE DE LÍQUIDO AMNIÓTICO (ILA) 
Útero dividido em quatro quadrantes. 
É a soma dos Maiores Bolsões de Líquido (MBV0 
de todos os quadrantes 
À sua conclusão é chegada considerando a idade 
gestacional! 
VALORES DE ILA – não precisa decorar. 
 
Referências 
Aula da Profª Arleide Brandão Braga, UNESC – 
Colatina.

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