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DESENHO TÉCNICO PROF. DANILO DEMORI QUEIROZ “A Faculdade Católica Paulista tem por missão exercer uma ação integrada de suas atividades educacionais, visando à geração, sistematização e disseminação do conhecimento, para formar profissionais empreendedores que promovam a transformação e o desenvolvimento social, econômico e cultural da comunidade em que está inserida. Missão da Faculdade Católica Paulista Av. Cristo Rei, 305 - Banzato, CEP 17515-200 Marília - São Paulo. www.uca.edu.br Nenhuma parte desta publicação poderá ser reproduzida por qualquer meio ou forma sem autorização. Todos os gráficos, tabelas e elementos são creditados à autoria, salvo quando indicada a referência, sendo de inteira responsabilidade da autoria a emissão de conceitos. Diretor Geral | Valdir Carrenho Junior DESENHO TÉCNICO PROF. DANILO DEMORI QUEIROZ SUMÁRIO AULA 01 AULA 02 AULA 03 AULA 04 AULA 05 AULA 06 AULA 07 AULA 08 AULA 09 AULA 10 AULA 11 AULA 12 AULA 13 AULA 14 AULA 15 AULA 16 RESUMO DA HISTÓRIA E TERMOS FORMANDO CONCEITOS ENTENDENDO NORMAS PERSPECTIVA ISOMÉTRICA PROJEÇÃO ORTOGONAL E DIEDROS CADA LINHA E COTA NO SEU LUGAR CORTES E DETALHES PRINCIPAIS SOFTWARES UTILIZADOS AUTOCAD I - APRESENTAÇÃO AUTOCAD II - CONSTRUÇÃO E MODIFICAÇÃO AUTOCAD III - ANOTAÇÕES, COTAS E LAYERS AUTOCAD IV - BLOCOS, PROPRIEDADES E UTILIDADES AUTOCAD V - IMPRESSÃO, OPÇÕES E RECUPERAÇÕES INVENTOR I - PART (SKETCH) INVENTOR II - PART (MODELANDO) INVENTOR III - MONTAGEM E DESENHO 05 10 18 26 33 43 49 60 66 74 78 83 87 94 99 103 FACULDADE CATÓLICA PAULISTA | 4 DESENHO TÉCNICO PROF. DANILO DEMORI QUEIROZ INTRODUÇÃO Em sua formação é muito importante desenvolver habilidades e conhecimentos que o ajudarão a lidar com as situações que surgirão e a entender o que está por trás do trabalho desenvolvido pelos seus parceiros. Portanto, mesmo que pense que nunca irá trabalhar como desenhista ou projetista, entenda o que está envolvido em elaborar desenhos, como deve ser feito e quais as ferramentas disponíveis para isso. Dessa forma, estará preparado para interpretar e entender não só os desenhos bem como os profissionais que os desenvolvem. Esse módulo tem por objetivo fazer com que o aluno conheça a história, as normas e as práticas mais comuns entre os profissionais da área de desenho técnico. Visão geral da matéria, da teoria, das regras que esse mundo possui. A parte prática do desenho técnico é o foco. O objetivo não é esmiuçar as normas, a história, todas as ferramentas disponíveis com todos os seus acessórios. Se esse for seu desejo incentivamos a aprofundar seus conhecimentos fazendo uso de todas as referências inseridas nas aulas e na própria referência bibliográfica. Por isso a parte final do curso se concentra em dois softwares muito utilizados por profissionais da área de desenho o AutoCad para 2D e o Inventor para o 3D. No final deste tema espera-se que sua curiosidade tenha sido despertada e que o desenho técnico venha a ter cada vez mais importância em sua formação. FACULDADE CATÓLICA PAULISTA | 5 DESENHO TÉCNICO PROF. DANILO DEMORI QUEIROZ AULA 01 RESUMO DA HISTÓRIA E TERMOS 1.1 Como começou O ser humano sempre utilizou de diversas formas e formatos a representação gráfica, ou seja, imagens para se expressar, para fazer com que seus pensamentos fossem transmitidos a outros. De forma resumida a história da representação gráfica, conhecida como desenho técnico, começou com o matemático Gaspard Monge criador da Geometria Descritiva no século XVIII. Utilizando um plano, 2D: duas dimensões, para representar objetos que estão em três dimensões (3D). Foi onde nasceu a projeção com suas vistas, cortes, rebatimentos determinando as dimensões, os ângulos, as profundidades. Não se preocupe com os termos desconhecidos mais a frente vamos esclarecê-los. 1.2 Como era feito O desenho técnico com seus conceitos e representações tem se mantido ao longo desses séculos. Contudo a maneira de executá-lo tem evoluído junto com o progresso da humanidade. Houve a época de ouro onde os desenhos eram realizados em pranchetas, ou seja em mesas próprias para realizar o desenho a mão. Eram necessários vários desenhistas, pois o processo demandava tempo. Existia até mesmo a profissão de Título: Gaspard Monge Fonte:https://adobe.ly/2T3hqPe FACULDADE CATÓLICA PAULISTA | 6 DESENHO TÉCNICO PROF. DANILO DEMORI QUEIROZ desenhista copista que tinha a função de apenas sobrepor uma folha sobre a outra e literalmente copiar o desenho. Título: Trabalhando em Pranchetas Fonte: https://en.wikipedia.org/wiki/Drafting_machine 1.3 Instrumentos Para desenhar tecnicamente a mão livre era necessário utilizar as ferramentas corretas e da maneira certa. Um desenhista treinado e que conhecia bem seus instrumentos desempenhava de forma ágil seu trabalho. Vamos conhecer alguns desses instrumentos: A PRANCHETA: mesa projetada para desenho técnico. Possui alavanca para determinar sua altura e inclinação, ou Régua Paralela ou Régua T para traçar linhas horizontais ou verticais com a ajuda de um esquadro, Tecnígrafo com seu movimento em toda a prancheta permite ao desenhista com apenas esse instrumento realizar as funções de um transferidor, esquadros e régua T. LÁPIS OU LAPISEIRA: são definidos os tipos de grafite para cada tipo de traçado desenho. Veja tabela abaixo: Dureza Grau Aplicação FACULDADE CATÓLICA PAULISTA | 7 DESENHO TÉCNICO PROF. DANILO DEMORI QUEIROZ Dura 9H, 8H, 7H, 6H, 5H, 4H Precisão Média 3H, 2H, H, F, HB, B Uso geral Macia 2B, 3B, 4B, 5B, 6B, 7B Trabalhos artísticos mais dura ➙ mais macia Tabela 1 – Dureza dos Grafites Fonte: Leake (2015, p. 49 ) COMPASSO: para desenhar circunferências, arcos, para rebater vistas ou transportar medidas. ESQUADROS: conjuntos de esquadros de 45º e 60° utilizados para traçar retas paralelas ou perpendiculares. TRANSFERIDOR: para medir ângulos, opção em 180° ou em 360°. ESCALÍMETRO: é uma régua triangular que possui 6 faces cada qual com sua escala. Não deve ser usado para desenhar apenas para medir. 1.4 Caligrafia Técnica Com o intuito de padronizar e garantir que os desenhos sejam legíveis o formato da letra e seu dimensional deve seguir normas. No Brasil a ABNT estabeleceu a NBR 8402 de 1994. FACULDADE CATÓLICA PAULISTA | 8 DESENHO TÉCNICO PROF. DANILO DEMORI QUEIROZ Tabela 2 – Caligrafia Técnica Fonte: NBR 8402 (1994, p. 2 ) 1.5 Resumo da Virada dos Softwares Contudo tudo isso está ficando bem pra trás. O desenho técnico a mão livre já não faz parte da realidade do mundo atual. Os softwares encontraram seu lugar e estão expandindo suas possibilidades. Os primeiros softwares foram em versão 2D em duas dimensões e hoje também temos poderosas ferramentas em versão 3D em três dimensões. São os famosos CAD (Desenho Assistido por Computador), fazendo com que o desenhista e projetista abandonassem a prancheta e passassem a “pilotar” computadores. FACULDADE CATÓLICA PAULISTA | 9 DESENHO TÉCNICO PROF. DANILO DEMORI QUEIROZ Nas próximas aulas falaremos melhor sobre os softwares existentes e suas possibilidades. Mas o que se pode falar de antemão é que cada área tem seu software específico ou preferido: Civil, Elétrica, Mecânica... Isto está na rede Veja o site abaixo e encontre maiores detalhes da “A História e a Evolução do Software CAD” Link: https://www.proconcept.com.br/2018/07/18/a-historia-do-software-cad/ 1.6 Futuro No curso de Leitura de Projetos falaremos melhor sobre os softwares integradores, as famosas plataformas BIM (Modelagem da Informação da Construção). Contudo pode se adiantar que o futuro está nessa concepção, onde todos os envolvidos em um projeto trabalhem juntos em uma mesma plataforma e ao mesmo tempo independente do seu local ou área de atuação. Isso em grandes projetos, Greenfields, onde temos empresas de civil, elétrica, tubulação industrial,equipamentos todos trabalhando simultaneamente. Isto está na rede Existem opiniões voltadas para a realidade virtual, veja o link abaixo e aumente sua curiosidade para o futuro. Link: https://www.proconcept.com.br/2018/07/26/o-cad-do-futuro/ FACULDADE CATÓLICA PAULISTA | 10 DESENHO TÉCNICO PROF. DANILO DEMORI QUEIROZ AULA 2 FORMANDO CONCEITOS 2.1 Ponto, Linhas, Planos Antes de entrar no mundo do Desenho Técnico é necessário estabelecer alguns conceitos e nivelar o conhecimento. Deixar claro os elementos que formam primeiramente uma figura e na sequência um sólido. 2.1.1 Ponto Ao contrário dos textos onde o fim é o ponto na representação gráfica de objetos é no ponto onde tudo começa. Definição: Ponto é a forma mais simples da geometria (estudo matemático do espaço e das figuras). Não possui dimensão (nem largura, comprimento ou altura). 2.2.1 Linha Unindo dois pontos formamos uma linha. Conhece o ditado a “menor distância entre dois pontos é uma linha reta”? A linha possui apenas uma dimensão o comprimento. Pode-se dizer que a linha é formada por vários pontos um ao lado do outro sucessivamente. Olhando para o ditado percebe-se que existem diferentes tipos de linhas: Retas, Curvas (arcos), Mistas. Podem ser classificadas quanto à sua posição: Horizontal, Vertical ou Inclinada. Ou em comparação a uma referência: Paralela, Coincidentes ou Concorrentes. LINHA RETA é infinita, não tem começo e nem fim. SEMI-RETA tem início, mas não tem fim. FACULDADE CATÓLICA PAULISTA | 11 DESENHO TÉCNICO PROF. DANILO DEMORI QUEIROZ Título: Semi-Reta Fonte: Desenho Técnico Mecânico, SENAI, 2010 SEGMENTO DE RETA tem início e fim. Título: Segmento de Reta Fonte: Desenho Técnico Mecânico, SENAI, 2010 2.3.1 Plano O ponto não possui nenhuma, a reta possui apenas uma e o plano possui duas dimensões. De forma simples pode se afirmar que o caderno onde se escreve ou desenho é um plano. Título: Forma Comum de representar um Plano Fonte: Desenho Técnico Mecânico, SENAI, 2010 FACULDADE CATÓLICA PAULISTA | 12 DESENHO TÉCNICO PROF. DANILO DEMORI QUEIROZ 2.3 Figuras Geométricas Se olhar ao seu redor vai encontrar diversas formas geométricas. O mundo foi projetado e construído seguindo essas figuras, também conhecidas como Polígonos. Título: Principais Figuras Geométricas Fonte: Desenho Técnico Mecânico, SENAI, 2010 Um polígono pode possuir: • Centro (ponto que está no meio de uma figura); • Lado; • Vértice (encontro de dois lados); • Diagonal; • Raio; • •Diâmetro; • Ângulo Externo; • Ângulo Interno; Isto está na rede https://mundoeducacao.bol.uol.com.br/matematica/conhecendo-os- elementos-um-poligono.htm https://brasilescola.uol.com.br/matematica/elementos-um-poligono.htm https://mundoeducacao.bol.uol.com.br/matematica/conhecendo-os-elementos-um-poligono.htm https://mundoeducacao.bol.uol.com.br/matematica/conhecendo-os-elementos-um-poligono.htm https://brasilescola.uol.com.br/matematica/elementos-um-poligono.htm FACULDADE CATÓLICA PAULISTA | 13 DESENHO TÉCNICO PROF. DANILO DEMORI QUEIROZ 2.4 Sólidos Coloque seu óculos em duas cores e entre no mundo 3D, em três dimensões (comprimento, largura e altura). Uma figura geométrica possui todos os seus pontos e linhas em apenas um plano. Já o sólido precisa de mais de dois planos para existir. Veja abaixo exemplos de sólidos: Título: Prisma, Esfera e Cubo Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/Geometria_espacial Os sólidos podem são limitados por superfícies que podem: • ser planas, onde se encontram os prismas, o cubo e as pirâmides; • ou curvas que podem ser o cilindro, o cone e a esfera, recebem o nome de sólidos de revolução. 2.4.1 Prismas Tem por base as principais figuras geométricas. Vamos dizer que de certa forma a figura é esticada para “ganhar” altura, assim passa a ter três dimensões, 3D. Título: Exemplos de Prismas Fonte: Desenho Técnico Mecânico, SENAI, 2010 FACULDADE CATÓLICA PAULISTA | 14 DESENHO TÉCNICO PROF. DANILO DEMORI QUEIROZ Anote isso Assim como o polígono o sólido possui seus elementos: Título: Elementos de Prismas Fonte: Desenho Técnico Mecânico, SENAI, 2010 2.4.2 Pirâmides Utilizando uma forma geométrica e ligando cada um dos seus pontos de união a um novo ponto. Veja a figura abaixo para compreender melhor: Título: Tipos de Pirâmides Fonte: Desenho Técnico Mecânico, SENAI, 2010 2.4.3 Sólidos de Revolução Novamente com base em uma figura geométrica é gerado um sólido. Contudo nesse caso é necessário rotacioná-lo em seu próprio eixo. FACULDADE CATÓLICA PAULISTA | 15 DESENHO TÉCNICO PROF. DANILO DEMORI QUEIROZ Título: Sólidos de Revolução Fonte: Desenho Técnico Mecânico, SENAI, 2010 2.4.3.1 Cilindro Obtido através da Revolução de um retângulo. Título: Cilindro Fonte: Desenho Técnico Mecânico, SENAI, 2010 FACULDADE CATÓLICA PAULISTA | 16 DESENHO TÉCNICO PROF. DANILO DEMORI QUEIROZ 2.4.3.2 Cone A base da Revolução é um triângulo. Título: Cone Fonte: Desenho Técnico Mecânico, SENAI, 2010 2.4.3.3 Esfera Revolucionando a circunferência o resultado é a esfera. Título: Esfera Fonte: Desenho Técnico Mecânico, SENAI, 2010 FACULDADE CATÓLICA PAULISTA | 17 DESENHO TÉCNICO PROF. DANILO DEMORI QUEIROZ Título: Esfera Fonte: Desenho Técnico Mecânico, SENAI, 2010 2.4.4 Sólidos Diversos Podem ser citados diversos sólidos entre estes podemos mencionar os Sólidos Truncados (são cortados por um plano), os Sólidos Vazados (ocos). 2.5 Conclusão Agora definimos uma base comum para todos. Entendemos elementos importantes da representação gráfica desde o mundo onde não existe dimensão nenhuma (o ponto), passando pelo plano onde duas dimensões definem seu mundo até revolucionarmos figuras geométricas e chegarmos ao mundo 3D (comprimento, largura e altura: três dimensões). FACULDADE CATÓLICA PAULISTA | 18 DESENHO TÉCNICO PROF. DANILO DEMORI QUEIROZ AULA 3 ENTENDENDO NORMAS 3.1 Introdução Padronização: define o mundo em que vivemos, atualmente a busca é que tudo deve ser padronizado. Por isso são estabelecidas normas para que todos desenhem da mesma forma e para que todos consigam ler e interpretar os desenhos. Como exemplo seguem algumas das principais Normas seguidas nesse meio: • ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas; • ASME – Sociedade Americana de Engenharia Mecânica (American Society of Mechanical Engeering); • ASTM – Sociedade Americana para Testes e Materiais (American Society for Testing and Materials); • DIN – Instituto Alemão para Normalização (Deutsches Institut für Normung); • ISO – Organização Internacional para Normalização (International Organization for Standardization); • JIS – Normas da Indústria Japonesa (Japan Industry Standards); • SAE – Sociedade de Engenharia Automotiva ( Society of Automotive Engeering). 3.2 Normas ABNT Pesquisando no site da ABNT encontramos 24 normas aplicadas de algum modo a desenho técnico, veja a tabela abaixo: Número Título Data ABNT NBR 10067:1995 Princípios gerais de representação em desenho técnico - Procedimento 30/05/1995 ABNT NBR 10126:1987 Versão Corrigida:1998 Cotagem em desenho técnico - Procedimento 30/11/1987 http://www.abntcatalogo.com.br/norma.aspx?ID=5438 http://www.abntcatalogo.com.br/norma.aspx?ID=5438 http://www.abntcatalogo.com.br/norma.aspx?ID=5438 http://www.abntcatalogo.com.br/norma.aspx?ID=5438 http://www.abntcatalogo.com.br/norma.aspx?ID=5438 http://www.abntcatalogo.com.br/norma.aspx?ID=4578 http://www.abntcatalogo.com.br/norma.aspx?ID=4578 http://www.abntcatalogo.com.br/norma.aspx?ID=4578 http://www.abntcatalogo.com.br/norma.aspx?ID=4578 http://www.abntcatalogo.com.br/norma.aspx?ID=4578 http://www.abntcatalogo.com.br/norma.aspx?ID=4578 FACULDADE CATÓLICA PAULISTA | 19 DESENHO TÉCNICO PROF. DANILO DEMORI QUEIROZ ABNT NBR 11145:1990 Representação de molas em desenho técnico - Procedimento 30/05/1990 ABNT NBR 12288:1992 Representação simplificada de furos de centro em desenho técnico-Procedimento 30/04/1992 ABNT NBR 12298:1995 Representação de área de corte por meio de hachuras em desenho técnico - Procedimento 30/04/1995 ABNT NBR 13043:1993 Soldagem - Números e nomes de processos - Padronização 30/09/1993 ABNT NBR 14100:1998 Proteção contra incêndio - Símbolos gráficos para projeto 30/05/1998 ABNT NBR 14611:2000 Desenho técnico - Representação simplificada em estruturas metálicas 30/10/2000 ABNT NBR 14646:2001 Tolerâncias geométricas - Requisitos de máximo e requisitos de mínimo material 30/03/2001 ABNT NBR 15731:2012 Tecnologia gráfica — Blocos de desenho — Requisitos 20/07/2012 ABNT NBR 15732:2012 Tecnologia gráfica — Cadernos de cartografia e de desenho, espiralados ou grampeados ou costurados ou argolados — Requisitos 19/07/2012 ABNT NBR 15795:2010 Lápis — Requisitos de desempenho 19/01/2010 ABNT NBR 16752:2020 Desenho técnico — Requisitos para apresentação em folhas de desenho 23/01/2020 ABNT NBR 6409:1997 Tolerâncias geométricas - Tolerâncias de forma, orientação, posição e batimento - Generalidades, símbolos, definições e indicações em desenho 30/05/1997 ABNT NBR 6492:1994 Representação de projetos de arquitetura 30/04/1994 ABNT NBR 7191:1982 Execução de desenhos para obras de concreto simples ou armado 28/02/1982 http://www.abntcatalogo.com.br/norma.aspx?ID=4593 http://www.abntcatalogo.com.br/norma.aspx?ID=4593 http://www.abntcatalogo.com.br/norma.aspx?ID=4593 http://www.abntcatalogo.com.br/norma.aspx?ID=4593 http://www.abntcatalogo.com.br/norma.aspx?ID=4593 http://www.abntcatalogo.com.br/norma.aspx?ID=2849 http://www.abntcatalogo.com.br/norma.aspx?ID=2849 http://www.abntcatalogo.com.br/norma.aspx?ID=2849 http://www.abntcatalogo.com.br/norma.aspx?ID=2849 http://www.abntcatalogo.com.br/norma.aspx?ID=2854 http://www.abntcatalogo.com.br/norma.aspx?ID=2854 http://www.abntcatalogo.com.br/norma.aspx?ID=2854 http://www.abntcatalogo.com.br/norma.aspx?ID=2854 http://www.abntcatalogo.com.br/norma.aspx?ID=2854 http://www.abntcatalogo.com.br/norma.aspx?ID=3450 http://www.abntcatalogo.com.br/norma.aspx?ID=3450 http://www.abntcatalogo.com.br/norma.aspx?ID=3450 http://www.abntcatalogo.com.br/norma.aspx?ID=3450 http://www.abntcatalogo.com.br/norma.aspx?ID=3450 http://www.abntcatalogo.com.br/norma.aspx?ID=5161 http://www.abntcatalogo.com.br/norma.aspx?ID=5161 http://www.abntcatalogo.com.br/norma.aspx?ID=5161 http://www.abntcatalogo.com.br/norma.aspx?ID=5161 http://www.abntcatalogo.com.br/norma.aspx?ID=5161 http://www.abntcatalogo.com.br/norma.aspx?ID=2083 http://www.abntcatalogo.com.br/norma.aspx?ID=2083 http://www.abntcatalogo.com.br/norma.aspx?ID=2083 http://www.abntcatalogo.com.br/norma.aspx?ID=2083 http://www.abntcatalogo.com.br/norma.aspx?ID=2083 http://www.abntcatalogo.com.br/norma.aspx?ID=1845 http://www.abntcatalogo.com.br/norma.aspx?ID=1845 http://www.abntcatalogo.com.br/norma.aspx?ID=1845 http://www.abntcatalogo.com.br/norma.aspx?ID=1845 http://www.abntcatalogo.com.br/norma.aspx?ID=1845 http://www.abntcatalogo.com.br/norma.aspx?ID=91515 http://www.abntcatalogo.com.br/norma.aspx?ID=91515 http://www.abntcatalogo.com.br/norma.aspx?ID=91515 http://www.abntcatalogo.com.br/norma.aspx?ID=91515 http://www.abntcatalogo.com.br/norma.aspx?ID=91515 http://www.abntcatalogo.com.br/norma.aspx?ID=91513 http://www.abntcatalogo.com.br/norma.aspx?ID=91513 http://www.abntcatalogo.com.br/norma.aspx?ID=91513 http://www.abntcatalogo.com.br/norma.aspx?ID=91513 http://www.abntcatalogo.com.br/norma.aspx?ID=91513 http://www.abntcatalogo.com.br/norma.aspx?ID=91513 http://www.abntcatalogo.com.br/norma.aspx?ID=57641 http://www.abntcatalogo.com.br/norma.aspx?ID=57641 http://www.abntcatalogo.com.br/norma.aspx?ID=57641 http://www.abntcatalogo.com.br/norma.aspx?ID=57641 http://www.abntcatalogo.com.br/norma.aspx?ID=436234 http://www.abntcatalogo.com.br/norma.aspx?ID=436234 http://www.abntcatalogo.com.br/norma.aspx?ID=436234 http://www.abntcatalogo.com.br/norma.aspx?ID=436234 http://www.abntcatalogo.com.br/norma.aspx?ID=436234 http://www.abntcatalogo.com.br/norma.aspx?ID=4059 http://www.abntcatalogo.com.br/norma.aspx?ID=4059 http://www.abntcatalogo.com.br/norma.aspx?ID=4059 http://www.abntcatalogo.com.br/norma.aspx?ID=4059 http://www.abntcatalogo.com.br/norma.aspx?ID=4059 http://www.abntcatalogo.com.br/norma.aspx?ID=4059 http://www.abntcatalogo.com.br/norma.aspx?ID=4059 http://www.abntcatalogo.com.br/norma.aspx?ID=4039 http://www.abntcatalogo.com.br/norma.aspx?ID=4039 http://www.abntcatalogo.com.br/norma.aspx?ID=4039 http://www.abntcatalogo.com.br/norma.aspx?ID=4039 http://www.abntcatalogo.com.br/norma.aspx?ID=9300 http://www.abntcatalogo.com.br/norma.aspx?ID=9300 http://www.abntcatalogo.com.br/norma.aspx?ID=9300 http://www.abntcatalogo.com.br/norma.aspx?ID=9300 http://www.abntcatalogo.com.br/norma.aspx?ID=9300 FACULDADE CATÓLICA PAULISTA | 20 DESENHO TÉCNICO PROF. DANILO DEMORI QUEIROZ ABNT NBR 8402:1994 Execução de caracter para escrita em desenho técnico - Procedimento 30/03/1994 ABNT NBR 8403:1984 Aplicação de linhas em desenhos - Tipos de linhas - Larguras das linhas - Procedimento 30/03/1984 ABNT NBR 8404:1984 Indicação do estado de superfícies em desenhos técnicos - Procedimento 30/03/1984 ABNT NBR ISO 15081:2015 Versão Corrigida:2016 Equipamento agrícola - Símbolos gráficos para sistemas de irrigação pressurizados 23/11/2015 ABNT NBR ISO 2768-1:2001 Tolerâncias gerais 28/02/2001 ABNT NBR ISO 2768-2:2001 Tolerâncias gerais 28/02/2001 ABNT NBR ISO 3864-1:2013 Símbolos gráficos — Cores e sinais de segurança 11/09/2013 ABNT NBR 6158:1995 Sistema de tolerâncias e ajustes 1995-06-30 Fonte: http://www.abnt.org.br/ Podemos destacar principalmente as seguintes normas, sendo que algumas dessas serão abordadas um pouco mais detalhadamente durante as aulas de Desenho Técnico: • •NBR 10067: fala das projeções ortográficas, cortes, vistas… • NBR 8402: foi abordada no item 1.4 da Aula 1; • NBR 16752: apresenta as folhas e a distribuição dos espaços; • NBR 10126: representação das dimensões (cotas); • NBR 8403: tipos e aplicações das linhas; • NBR 12298: uso de hachuras em cortes; • NBR 6158: tolerâncias e ajustes. 3.3 Escalas Dificilmente é possível desenhar peças, equipamentos, sistemas e quanto mais casas, prédios e cidades em tamanho real, ou seja, no tamanho que realmente são. Em alguns casos seria necessário quilômetros de papel e não seria nada prático http://www.abntcatalogo.com.br/norma.aspx?ID=3772 http://www.abntcatalogo.com.br/norma.aspx?ID=3772 http://www.abntcatalogo.com.br/norma.aspx?ID=3772 http://www.abntcatalogo.com.br/norma.aspx?ID=3772 http://www.abntcatalogo.com.br/norma.aspx?ID=3772 http://www.abntcatalogo.com.br/norma.aspx?ID=3775 http://www.abntcatalogo.com.br/norma.aspx?ID=3775 http://www.abntcatalogo.com.br/norma.aspx?ID=3775 http://www.abntcatalogo.com.br/norma.aspx?ID=3775 http://www.abntcatalogo.com.br/norma.aspx?ID=3775 http://www.abntcatalogo.com.br/norma.aspx?ID=5282 http://www.abntcatalogo.com.br/norma.aspx?ID=5282 http://www.abntcatalogo.com.br/norma.aspx?ID=5282 http://www.abntcatalogo.com.br/norma.aspx?ID=5282 http://www.abntcatalogo.com.br/norma.aspx?ID=5282 http://www.abntcatalogo.com.br/norma.aspx?ID=364606 http://www.abntcatalogo.com.br/norma.aspx?ID=364606 http://www.abntcatalogo.com.br/norma.aspx?ID=364606 http://www.abntcatalogo.com.br/norma.aspx?ID=364606 http://www.abntcatalogo.com.br/norma.aspx?ID=364606 http://www.abntcatalogo.com.br/norma.aspx?ID=364606 http://www.abntcatalogo.com.br/norma.aspx?ID=364606 http://www.abntcatalogo.com.br/norma.aspx?ID=2709 http://www.abntcatalogo.com.br/norma.aspx?ID=2709 http://www.abntcatalogo.com.br/norma.aspx?ID=2709 http://www.abntcatalogo.com.br/norma.aspx?ID=2709 http://www.abntcatalogo.com.br/norma.aspx?ID=2756 http://www.abntcatalogo.com.br/norma.aspx?ID=2756 http://www.abntcatalogo.com.br/norma.aspx?ID=2756 http://www.abntcatalogo.com.br/norma.aspx?ID=2756 http://www.abntcatalogo.com.br/norma.aspx?ID=304412 http://www.abntcatalogo.com.br/norma.aspx?ID=304412http://www.abntcatalogo.com.br/norma.aspx?ID=304412 http://www.abntcatalogo.com.br/norma.aspx?ID=304412 http://www.abntcatalogo.com.br/norma.aspx?ID=304412 https://www.abntcatalogo.com.br/norma.aspx?ID=3302 https://www.abntcatalogo.com.br/norma.aspx?ID=3302 https://www.abntcatalogo.com.br/norma.aspx?ID=3302 https://www.abntcatalogo.com.br/norma.aspx?ID=3302 http://www.abnt.org.br/ FACULDADE CATÓLICA PAULISTA | 21 DESENHO TÉCNICO PROF. DANILO DEMORI QUEIROZ manusear e entender esses enormes desenhos. Por outro lado, existem peças que são minúsculas e se fossem representadas em seu tamanho real não seria possível verificar seus detalhes. Por isso são utilizadas as escalas, onde as representações podem ou aumentar ou diminuir os objetos de maneira uniforme mantendo assim as suas proporções. Assim a forma dos objetos é mantida, mesmo diminuindo ou aumentando. A escala determinada para um desenho deve ser indicada na sua legenda. Caso sejam utilizadas mais de uma escala em um mesmo desenho cada vista, corte e detalhe deve ter sua própria indicação de escala. Mais à frente a legenda, as vistas, os cortes, os detalhes serão abordados em detalhes. 3.3.1 Escala Natural Representação em tamanho real, o objeto não foi nem diminuído e nem aumentado no desenho realizado. Deve ser indicada da seguinte forma: Escala 1:1 ou Esc. 1:1 3.3.2 Escala de Redução Utilizada quando são representados objetos muito grandes. Portanto o tamanho da representação do desenho é menor que o tamanho do objeto real. Plantas de casas e prédios e grandes equipamentos utilizam esse tipo de escala. Deve ser indicada da seguinte forma: Escala 1:X ou Esc. 1:X X é um número maior que 1. Representa a quantidade de vezes que o desenho foi reduzido em relação ao tamanho real do objeto. Exemplo: Escala 1:10 - Desenho é dez vezes menor que o objeto real. FACULDADE CATÓLICA PAULISTA | 22 DESENHO TÉCNICO PROF. DANILO DEMORI QUEIROZ 3.3.3 Escala de Ampliação Utilizada quando são representados objetos muito pequenos. Portanto o tamanho da representação do desenho é maior que o tamanho do objeto real. Peças e equipamentos muito pequenos utilizam esse tipo de escala. Deve ser indicada da seguinte forma: Escala X:1 ou Esc. X:1 X é um número maior que 1. Representa a quantidade de vezes que o desenho foi ampliado em relação ao tamanho real do objeto. Exemplo: Escala 2:1 - Desenho é duas vezes maior que o objeto real. 3.3.4 Principais Escalas Utilizadas Durante muito tempo diversas normas regularizavam quais escalas deviam ser utilizadas em desenho técnico. Contudo com o surgimento dos diversos softwares de desenho (CAD) o perfil daqueles que trabalham com desenho técnico sofreu grande alteração, isso por conta da facilidade de gerar desenhos em qualquer escala. Também dificilmente aqueles que fazem leitura de desenhos técnicos utilizam Escalímetros para retirar dimensões de desenhos impressos. Por isso não existem mais normas para determinar as escalas que devem ser utilizadas. No entanto, seguem as principais escalas utilizadas em desenho técnico como referência (além da Escala Natural 1:1). FACULDADE CATÓLICA PAULISTA | 23 DESENHO TÉCNICO PROF. DANILO DEMORI QUEIROZ Escala de Redução: Escala de Ampliação: 3.4 Formatos Agora que já sabe que existem diferentes escalas para representar objetos é preciso entender que também é necessário determinar qual o tamanho do papel que será escolhido para realizar seu desenho. Em desenho técnico esse papel recebe o nome de Formato. O Formato base ou básico é o A0 que possui formato retangular com as seguintes dimensões 841 mm por 1189 mm (total de 1m²). Recebe esse nome porque com base nas suas dimensões são derivados os outros formatos. Cada número que acrescenta ao “0” diminui pela metade o tamanho da folha. Segue relação dos formatos existentes: A0 - 841 mm x 1189 mm; A1 - 594 mm x 841 mm; A2 - 420 mm x 594 mm; A3 - 297 mm x 420 mm; A4 - 210 mm x 297 mm; Veja a figura ao lado para compreender melhor como o A0 é dividido para formar os outros formatos: 1:2 1:2,5 1:5 1:10 1:20 1:100 1:200 1:500 1:1000 1:2000 1:5000 1:10000 2:1 5:1 10:1 20:1 50:1 100:1 FACULDADE CATÓLICA PAULISTA | 24 DESENHO TÉCNICO PROF. DANILO DEMORI QUEIROZ Os formatos devem seguir um procedimento para que sejam dobrados de forma correta e assim arquivados mostrando suas legendas. Veja abaixo uma gravura que mostra como devem ser essas dobras: Fonte: Desenhista de Máquinas - Protec 1991 FACULDADE CATÓLICA PAULISTA | 25 DESENHO TÉCNICO PROF. DANILO DEMORI QUEIROZ 3.5 Legendas É a identidade, onde de forma resumida é apresentado o desenho. Uma legenda deve conter os proprietários do desenho (cliente e executor), título, escala, diedro utilizado, desenhista, projetista, unidade utilizada no desenho (“mm”, “cm” ou “m”), data, As legendas sempre ficam localizadas no canto inferior direito do formato. Sobre a legenda não deve ficar nenhum desenho, vista, detalhe… Apenas tabelas, listas de material, tabela de revisão, instruções gerais, informações sobre outros desenhos ou documentos. 3.6 Conclusão Anote isso Atualmente existem muitos “desenhistas” que sabem operar um software, mas não conhecem ou não se importam com as normas ou com os padrões estabelecidos para o desenho técnico. Essa diferença é facilmente percebida em seus trabalhos e é valorizada pelas empresas de engenharia que buscam profissionais que as representem da maneira correta. FACULDADE CATÓLICA PAULISTA | 26 DESENHO TÉCNICO PROF. DANILO DEMORI QUEIROZ AULA 4 PERSPECTIVA ISOMÉTRICA 4.1 Introdução Com a bagagem adquirida até o momento é possível iniciar os primeiros traços rumo a representar o mundo tridimensional (3D) em apenas duas dimensões (2D). Para isso precisamos entender a representação pela perspectiva. 4.2 Definições Iniciais Perspectiva é uma forma de representar um objeto em duas dimensões, porém com a sensação de altura, largura e profundidade em um único desenho. Existem três tipos de perspectiva: Dentro da perspectiva Cavaleira existem mais 3 divisões: Dentre as perspectivas apresentadas a que menos causa deformação em comparação com o objeto real é a perspectiva isométrica. Isso acontece porque essa perspectiva FACULDADE CATÓLICA PAULISTA | 27 DESENHO TÉCNICO PROF. DANILO DEMORI QUEIROZ mantém a proporção entre as três dimensões (altura, largura e profundidade). Nessa perspectiva existem três eixos isométricos que formam entre si um ângulo de 120°. Os eixos formam com a horizontal um ângulo de 30°. Veja: Para traçado a mão livre é importante utilizar um papel reticulado no qual temos representados os eixos isométricos e perpendiculares. Pois todas as linhas de uma perspectiva devem estar em paralelo com um dos eixos isométricos. Veja a seguir exemplos de traçado de objetos em perspectiva isométrica. 4.3 Perspectiva Isométrica: Com Detalhes Paralelos Fonte: Desenho Técnico Mecânico (SENAI, 2010) FACULDADE CATÓLICA PAULISTA | 28 DESENHO TÉCNICO PROF. DANILO DEMORI QUEIROZ 4.4 Perspectiva Isométrica: Com Detalhes Oblíquos Fonte: Desenho Técnico Mecânico (SENAI, 2010) 4.5 Perspectiva Isométrica: Com Linhas não isométricas Fonte: Desenho Técnico Mecânico (SENAI, 2010) FACULDADE CATÓLICA PAULISTA | 29 DESENHO TÉCNICO PROF. DANILO DEMORI QUEIROZ 4.6 Perspectiva Isométrica: Com Elementos não Arredondados 4.6.1 Círculo Fonte: Desenho Técnico Mecânico (SENAI, 2010) FACULDADE CATÓLICA PAULISTA | 30 DESENHO TÉCNICO PROF. DANILO DEMORI QUEIROZ 4.6.2 Cone Fonte: Desenho Técnico Mecânico (SENAI, 2010) 4.6.3 Exemplos: Fonte: Desenho Técnico Mecânico (SENAI, 2010) FACULDADE CATÓLICA PAULISTA | 31 DESENHO TÉCNICO PROF. DANILO DEMORI QUEIROZ 4.7 Perspectiva Isométrica: Outros Exemplos Fonte: Desenho Técnico Mecânico (SENAI, 2010) FACULDADE CATÓLICA PAULISTA | 32 DESENHO TÉCNICO PROF. DANILO DEMORI QUEIROZ 4.7 Conclusão Isto acontece na prática Atualmentecom os softwares para desenho técnico (CAD) o traçado a mão livre em perspectiva isométrica parece não fazer mais sentido. Contudo, na prática é muito útil em um levantamento de campo representar as suas anotações não só em vistas projetadas, conforme será abordado a frente como também gerar uma vista em perspectiva isométrica. Dessa forma, será possível tirar uma “fotografia” e lembrar de maiores detalhes do seu levantamento, eliminando assim qualquer dúvida. Outro fator importante da perspectiva isométrica é a representação dessa mesma em um desenho com projeção ortogonal em 3° diedro (calma, esse será o próximo assunto a ser discutido e assim entenderá o que isso significa). Isso porque facilitará e agilizará o entendimento do desenho mesmo por pessoas que não conhecem a fundo o desenho técnico. Fonte: do próprio autor FACULDADE CATÓLICA PAULISTA | 33 DESENHO TÉCNICO PROF. DANILO DEMORI QUEIROZ AULA 5 PROJEÇÃO ORTOGONAL E DIEDROS 5.1 Introdução Embora através da perspectiva se representa de forma bem próxima objetos reais em suas três dimensões, não é possível ver claramente os detalhes internos e nem representar suas verdadeiras grandezas com precisão. De forma profissional o desenho técnico utiliza da projeção ortográfica para representar de forma mais fiel o modelo. 5.2 Definições Iniciais Muito interessante a forma como o livro Manual de Desenho Técnico para Engenharia explica as projeções ortogonais. Fala da teoria da caixa de vidro onde um objeto esteja no interior da caixa e é posicionado de forma que suas faces fiquem perpendiculares às faces da caixa de vidro. Assim, em cada lado da caixa é projetado o objeto, veja nas figuras abaixo: Figura 16- “Caixa de Vidro” Fonte: Manual do Desenho Técnico para Engenheiros FACULDADE CATÓLICA PAULISTA | 34 DESENHO TÉCNICO PROF. DANILO DEMORI QUEIROZ Agora a caixa será aberta: Figura 17- “Caixa de Vidro aberta” Fonte: Manual do Desenho Técnico para Engenheiros FACULDADE CATÓLICA PAULISTA | 35 DESENHO TÉCNICO PROF. DANILO DEMORI QUEIROZ Contudo, o comum é utilizar apenas três vistas: Figura 18- Representação das vistas e alinhamento Fonte: Manual do Desenho Técnico para Engenheiros 5.3 Projeção no 1° Diedro ou 3° Diedro Anote isso Existem 4 formas de representação ortogonal, sendo que apenas duas formas são utilizadas no mundo inteiro: o 1º Diedro e o 3° Diedro. Muito importante entender como são representadas as projeções nesses diedros e identificar em qual diedro o desenho foi executado, porque somente assim a leitura do desenho (o entendimento) será correto. Veja abaixo cada um dos diedros. 3º DIEDRO Fonte: Manual do Desenho Técnico para Engenheiros FACULDADE CATÓLICA PAULISTA | 36 DESENHO TÉCNICO PROF. DANILO DEMORI QUEIROZ 1º DIEDRO Fonte: Manual do Desenho Técnico para Engenheiros As legendas devem conter a simbologia indicando em qual diedro o desenho foi executado. Lembre-se a legenda fica no canto inferior direito. Seguem os símbolos que devem ser utilizados: Não se assuste, não irá se deparar com essas duas formas de projeção ortográfica com tanta frequência. Na verdade, dificilmente encontrará a projeção no 3º diedro, logo abaixo saberá o porquê e também entenderá melhor cada um dessas representações e suas diferenças. 5.4 Projeção no 1° Diedro É a projeção utilizada no mundo inteiro conhecido como Método Alemão ou Método Europeu é adotado pela norma alemã DIN e também foi adotada pela ABNT aqui no Brasil. Portanto, enquanto a projeção em 3º Diedro é preciso apenas entender, a projeção em 1º Diedro deve ficar muito clara em sua mente, deve fazer parte da sua formação. Isso tudo porque mesmo que a sua carreira não seja desenho (desenhista ou projetista), de qualquer forma será necessário ler ou interpretar algum desenho. FACULDADE CATÓLICA PAULISTA | 37 DESENHO TÉCNICO PROF. DANILO DEMORI QUEIROZ De acordo com essa norma, o objeto se localiza na frente do plano do desenho. A representação da vista principal ou frontal deve ser aquela que mais tem detalhes, que mais facilita o entendimento do todo ou da forma como ela será montada. Veja a descrição das vistas ou planos: 1. PLANO VERTICAL vista de frente ou elevação; 2. PLANO HORIZONTAL vista de cima ou planta; 3. PLANO DE PERFIL vista do lado esquerdo ou perfil; 4. PLANO DE PERFIL vista do lado direito; 5. PLANO HORIZONTAL vista de baixo; 6. PLANO VERTICAL vista de trás; Fonte: Desenhista de Máquinas (Protec, 1991) Normalmente, unem-se as vistas 1, 2 e 3. Em alguns casos são suficientes as vistas 1 e 2 ou somente a vista 1. A vista 1 deve ser a mais expressiva. FACULDADE CATÓLICA PAULISTA | 38 DESENHO TÉCNICO PROF. DANILO DEMORI QUEIROZ Fonte: Desenhista de Máquinas (Protec, 1991) Exemplos Fonte: Desenhista de Máquinas (Protec, 1991 FACULDADE CATÓLICA PAULISTA | 39 DESENHO TÉCNICO PROF. DANILO DEMORI QUEIROZ FACULDADE CATÓLICA PAULISTA | 40 DESENHO TÉCNICO PROF. DANILO DEMORI QUEIROZ 5.5 Projeção no 3° Diedro Projeção conhecida como Método Americano e é adotado pela norma americana ANSI. De acordo com essa norma, o objeto se localiza atrás do plano de desenho. Os objetos devem ser representados que melhor as caracterizam, se possível, na posição de montagem. As vistas devem ser apenas necessárias e suficientes. Veja a descrição das vistas ou planos: 7. PLANO VERTICAL vista de frente ou elevação; 8. PLANO HORIZONTAL vista de cima ou planta; 9. PLANO DE PERFIL vista do lado esquerdo ou perfil; 10. PLANO DE PERFIL vista do lado direito; 11. PLANO HORIZONTAL vista de baixo; 12. PLANO VERTICAL vista de trás; Fonte: Desenhista de Máquinas (Protec, 1991) Normalmente, unem-se as vistas 1, 2 e 3. Em alguns casos são suficientes as vistas 1 e 2 ou somente a vista 1. A vista 1 deve ser a mais expressiva. FACULDADE CATÓLICA PAULISTA | 41 DESENHO TÉCNICO PROF. DANILO DEMORI QUEIROZ 5.6 Diferenças entre 1° Diedro ou 3° Diedro Fonte: Desenhista de Máquinas (Protec, 1991) ) FACULDADE CATÓLICA PAULISTA | 42 DESENHO TÉCNICO PROF. DANILO DEMORI QUEIROZ Fonte: Desenhista de Máquinas (Protec, 1991) FACULDADE CATÓLICA PAULISTA | 43 DESENHO TÉCNICO PROF. DANILO DEMORI QUEIROZ AULA 6 CADA LINHA E COTA NO SEU LUGAR 6.1 INTRODUÇÃO Para estes dois temas, Linhas e Cotas, existem normas brasileiras que determinam as especificações, os tipos e espessuras. Portanto, aqui não será abordado em detalhes essas normas, na verdade fica o incentivo para que as analisem: • NBR 8403 - Aplicação de linhas em desenhos - Tipos de linhas - Larguras das linhas – Procedimento. • NBR 10126 - Cotagem em desenho técnico - Procedimento. O objetivo desta aula é ter uma visão geral sobre os temas e trazer aspectos práticos. Independentemente das ferramentas que irá utilizar para gerar os desenhos, seja a mão livre ou com softwares (CAD), é muito importante entender e utilizar de forma correta as linhas e cotas. Esses dois itens podem facilitar ou dificultar o entendimento e a clareza do desenho. 6.2 Linha Existem vários tipos de linhas que devem ser utilizadas para representar as projeções ortogonais e elas são definidas pela NBR 8403, contudo podem ser usadas linhas diferentes desde que sejam referenciadas e explicadas em legenda. De forma resumida pode-se dizer que os principais tipos de linha são: • Contínua Larga: contornos visíveis representa aquilo que está exposto, não escondido. Deve chamar a atenção do desenho. • Tracejada Estreita: contornos não visíveis, trazer para fora o que está escondido, representar os detalhes internos. No entanto, não deve chamar mais atenção que os contornos visíveis. • Traço Ponto Estreita: linhas de centro, muito utilizadas para centro de furos, peças simétricas e identificar eixos em plantas de layout ou de civil. FACULDADE CATÓLICA PAULISTA | 44 DESENHO TÉCNICO PROF. DANILO DEMORI QUEIROZ Segue tabela da ABNT, sobre os tipos de linha:Tabela 2: Tipos de linha Fonte: NBR 8403 (1984, p. 2) FACULDADE CATÓLICA PAULISTA | 45 DESENHO TÉCNICO PROF. DANILO DEMORI QUEIROZ Se as linhas se sobrepõem por conta do formato do objeto, ou seja, no mesmo local temos uma linha de contorno visível, outra linha de contorno não visível ou uma linha de centro deve ser seguido a seguinte ordem de prioridade: • Arestas e contornos visíveis. • Arestas e contornos não visíveis. • Superfícies de cortes e seções. • Superfícies de cortes e seções. • Linhas de centro de gravidade. • Linhas de cota e auxiliar. 6.3 Cotas Um desenho técnico deve conter todas as informações necessárias para que seu entendimento seja correto. Por isso as cotas são muito importantes, pois descrevem as dimensões que determinam os tamanhos e as localizações. Os desenhos devem possuir as cotas necessárias, colocadas nas vistas em que melhor sejam representados os detalhes. Não deve ser necessário retirar medidas do desenho com auxílio de uma régua (ou escalímetro), nem mesmo fazer contas (somando ou subtraindo medidas) para chegar aos valores necessários para o entendimento do desenho. As cotas devem ser muito claras, não possibilitando interpretação. Cotas repetidas devem ser evitadas. As cotas devem ser aplicadas em vistas de verdadeira grandeza e se referir a contornos visíveis do elemento. Cotas em linhas não visíveis e dentro do desenho não devem ser aplicadas. É importante que as cotas sejam distribuídas do modo como o desenho é lido da esquerda para direita e de baixo para cima, paralelamente à dimensão cotada. Linhas auxiliares e de cota não devem cruzar com outras linhas sempre que possível. A linha de cota não pode ser interrompida mesmo que a vista seja, por exemplo, em uma vista de encurtamento. FACULDADE CATÓLICA PAULISTA | 46 DESENHO TÉCNICO PROF. DANILO DEMORI QUEIROZ 6.3.1 Unidades de Medida para as Cotas Em desenho técnico pode se observar duas principais unidades de medida sendo utilizadas: • Para a área da Mecânica: mm (milímetros) é quem rege a maior parte dos desenhos senão todos. Para desenhos de detalhe essa unidade deve ser usada para todas as cotas. • Para a área da Civil: m (metros) é o dono do desenho. Na verdade ele pode dividir seu espaço com o cm (centímetro). Tudo depende do que está sendo representado e seu nível de detalhe. 6.3.2 Elementos de Cotagem São necessários três elementos: • Linhas de Cota (a): as cotas são escritas sobre essas linhas. Possuem setas (abertas ou fechadas) ou traços oblíquos nas suas extremidades. Normalmente, desenhos da área de civil usam os traços oblíquos; • Linha Auxiliar (b): limita a linha de cota; • Cotas (c): numerais que determinam as medidas do elemento representado. Fonte: Desenho Técnico Mecânico (SENAI, 2010) Veja mais alguns detalhes nas figuras abaixo: Fonte: Desenho Técnico Mecânico (SENAI, 2010) FACULDADE CATÓLICA PAULISTA | 47 DESENHO TÉCNICO PROF. DANILO DEMORI QUEIROZ Fonte: Manual do Desenho Técnico para Engenheiros 6.3.2 Sinais Fonte: Manual do Desenho Técnico para Engenheiros FACULDADE CATÓLICA PAULISTA | 48 DESENHO TÉCNICO PROF. DANILO DEMORI QUEIROZ Anote isso FACULDADE CATÓLICA PAULISTA | 49 DESENHO TÉCNICO PROF. DANILO DEMORI QUEIROZ AULA 7 CORTES E DETALHES 7.1 Importância Já foi observado que utilizamos projeções ortogonais para representar objetos em desenho técnico (Aula 5), onde seu contorno é representado por linhas contínuas largas e suas partes internas por linhas tracejadas (linhas não visíveis). Contudo, existem casos que mesmo utilizando as linhas não visíveis o desenho não fica claro, dificultando o seu entendimento. Por isso utilizamos o corte, que “trás para fora o que estava escondido”. Isto está na rede Como planta e fachada, o corte é uma representação da construção. Especificamente, o corte busca mostrar a dimensão vertical de uma edificação. Como se fosse uma fatia pode mostrar os andares, a altura, o pé-direito e outros detalhes que não são representados na planta baixa. Essa “fatia” pode ser no eixo transversal, mostrando as laterais do edifício ou longitudinal, da frente para os fundos. É possível haver ainda cortes com outra orientação, dependendo do formato estabelecido pelo arquiteto. A orientação e localização dos cortes devem estar indicados na planta, dessa forma é possível compreender as diferentes maneiras de se visualizar as estruturas e alturas internas da construção. Fonte: https://arquiteturaurbanismotodos.org.br/corte/ http://arquiteturaparatodos.org.br/pe-direito/ http://arquiteturaparatodos.org.br/planta-baixa/ https://arquiteturaurbanismotodos.org.br/corte/ https://arquiteturaurbanismotodos.org.br/corte/ FACULDADE CATÓLICA PAULISTA | 50 DESENHO TÉCNICO PROF. DANILO DEMORI QUEIROZ 7.2 Tipos de Corte É necessário analisar o objeto que será representado antes de decidir quais elementos de desenho técnico deverão ser utilizados para representá-los. Mais importante que a velocidade para desenhar é saber o que desenhar, porque senão serão realizados vários desenhos e apagados até chegar na melhor concepção. Isso está sendo observado porque será abordado os diferentes tipos de corte e depois outros tipos de projeções como a seção, vistas auxiliares, detalhes. Antes de desenhar um corte é necessário mostrar onde o corte é realizado. Para isso são utilizadas linhas, setas e letras. 7.2.1 Corte Total Fonte: Desenhista de Máquinas (Protec, 1991) FACULDADE CATÓLICA PAULISTA | 51 DESENHO TÉCNICO PROF. DANILO DEMORI QUEIROZ 7.2.2 Mais de um corte em uma vista Fonte: Desenhista de Máquinas (Protec, 1991) 7.2.3 Corte Composto Em alguns casos existem detalhes que estão na mesma projeção, contudo não estão alinhados entre si. Isso quer dizer que se fosse aplicado a técnica do corte total seriam necessários dois cortes para representar esses detalhes. Para facilitar esse tipo de representação existe o corte composto, veja a figura abaixo para entender melhor. FACULDADE CATÓLICA PAULISTA | 52 DESENHO TÉCNICO PROF. DANILO DEMORI QUEIROZ Fonte: Desenhista de Máquinas (Protec, 1991) 7.2.4 Meio-corte Fonte: Desenhista de Máquinas (Protec, 1991) 7.2.5 Corte Parcial Fonte: Desenhista de Máquinas (Protec, 1991) 7.2.6 Seção FACULDADE CATÓLICA PAULISTA | 53 DESENHO TÉCNICO PROF. DANILO DEMORI QUEIROZ Pode-se afirmar que a seção seja um corte simplificado com o objetivo de representar apenas a parte maciça que foi cortada. Muito interessante utilizar a seção dentro da própria vista. Veja exemplos a seguir. Fonte: Desenhista de Máquinas (Protec, 1991) 7.3 Hachuras Deve ser usada nos cortes, conforme é observado nos exemplos citados acima. Apenas as regiões maciças atingidas pelo corte devem ser hachuradas. Os outros elementos que estão após a região cortada e elementos ocos (como furos) não devem ser cotados. Na verdade, existem alguns elementos que são exclusivos as hachuras, logo serão abordados. A hachura é uma representação convencional normalmente formada por linhas estreitas, inclinadas e paralelas entre si. Existem normas que determinam os tipos de hachuras e que materiais representam. Veja a tabela segundo norma NBR 12298: FACULDADE CATÓLICA PAULISTA | 54 DESENHO TÉCNICO PROF. DANILO DEMORI QUEIROZ Fonte: NBR 12298, 1995 FACULDADE CATÓLICA PAULISTA | 55 DESENHO TÉCNICO PROF. DANILO DEMORI QUEIROZ Fonte: Desenhista de Máquinas - Protec 1991 7.4 Omissão de Corte Para que o entendimento das projeções cortadas seja correto alguns elementos não devem receber hachuras. Isso acontece principalmente com as nervuras, contudo, também se aplica para: orelhas, braços de polias, dentes e braços de engrenagens, eixos. Fonte: Desenhista de Máquinas (Protec, 1991) FACULDADE CATÓLICA PAULISTA | 56 DESENHO TÉCNICO PROF. DANILO DEMORI QUEIROZ 7.5 Encurtamento Existem objetos que possuem formas longas e constantes que se forem representadas de maneira puramente proporcional mais dificultamo entendimento do que ajudam. Nesses casos é utilizado o encurtamento. Veja a seguir: Fonte: Desenho Técnico Mecânico (SENAI, 2010) Fonte: Desenho Técnico Mecânico (SENAI, 2010) FACULDADE CATÓLICA PAULISTA | 57 DESENHO TÉCNICO PROF. DANILO DEMORI QUEIROZ 7.6 Vistas Auxiliares Fonte: Desenhista de Máquinas (Protec, 1991) FACULDADE CATÓLICA PAULISTA | 58 DESENHO TÉCNICO PROF. DANILO DEMORI QUEIROZ Fonte: Desenho Técnico Mecânico, SENAI, 2010 7.8 Detalhes Anote isso Mesmo fazendo uso de todas essas ferramentas às vezes não é possível representar todas as informações necessárias em desenho técnico. Nessas ocasiões deve usar os detalhes. Amplificar partes do desenho que precisam de maior atenção. Nesses casos deve-se indicar a escala que será diferente do desenho como um todo e está determinada na legenda. FACULDADE CATÓLICA PAULISTA | 59 DESENHO TÉCNICO PROF. DANILO DEMORI QUEIROZ Isso é muito importante principalmente em desenhos de sistemas em que existem vários elementos representados, por exemplo, desde de elementos de fixação até mesmo vigas grandes. Dessa forma, é possível em um mesmo formato mostrar todos esses detalhes. FACULDADE CATÓLICA PAULISTA | 60 DESENHO TÉCNICO PROF. DANILO DEMORI QUEIROZ AULA 8 PRINCIPAIS SOFTWARES UTILIZADOS 8.1 INTRODUÇÃO Atualmente, na verdade já há um bom tempo, o mundo abandonou as pranchetas, lapiseiras, esquadros e compassos e adotou os softwares como ferramentas e aliados na construção/elaboração de desenhos. Inicialmente tivemos a mudança do 2D no papel para o 2D da tela. Os softwares apenas traziam para a tela as ferramentas que já eram usadas no desenho a mão livre, por assim dizer. Contudo, com o avanço da tecnologia o desenho deixou de ser imaginado em 3D e desenhado em 2D para ser criado diretamente em três dimensões. Hoje os projetistas já usam sua criatividade diretamente no modelo em 3D. Facilita em muito a visualização das necessidades e interferências de um equipamento ou sistema. Agora é hora de conhecer um pouco dos softwares disponíveis para trabalho com desenho em algumas das áreas da engenharia. 8.2 Áreas de Aplicação • Mecânica: O foco principal é projetar peças, equipamentos, estruturas metálicas e plataformas, sistemas. • Civil: Objetivo é construir prédios, casas, fundações, bases, estruturas metálicas. Usar a criatividade para dar vida aos ambientes. FACULDADE CATÓLICA PAULISTA | 61 DESENHO TÉCNICO PROF. DANILO DEMORI QUEIROZ • Elétrica: Elaboração de desenhos esquemáticos, de instalação e de layout de salas ou painéis. 8.3 Softwares • AutoCad: Foi o software que fez a transição entre o papel e a tela. Não é exagero afirmar que tudo que é fabricado ou construído teve que ser projetado e desenhado, e a maioria desses foram elaborados no AutoCad. É o software mais conhecido, utilizado e vendido, é líder mundial na área CAD (Computer Aided Design/Drafting). Por isso será o assunto das próximas aulas. Possui biblioteca com peças, versão mobile (para smartphones e tablets), versão web sem a necessidade de instalação. Podem ser desenvolvidos desenhos em 2D ou modelos em 3D, para área da mecânica, elétrica, hidráulica, arquitetura, civil... • Desenvolvido por: Autodesk. • Versão Estudante: Sim. Isto está na rede https://www.autodesk.com.br/products/autocad/overview • Inventor: Software para criar protótipos virtuais tridimensionais. Através de sketches são elaborados os desenhos em 2D que depois são transformados em 3D. É possível animar os modelos da forma como reagiriam no mundo real. Simulações de carga e esforços podem ser realizadas permitindo que o comportamento mecânico seja analisado. • Desenvolvido por: Autodesk. • Versão Estudante: Sim. Isto está na rede https://www.autodesk.com.br/products/inventor/overview https://www.autodesk.com.br/products/autocad/overview https://www.autodesk.com.br/products/inventor/overview FACULDADE CATÓLICA PAULISTA | 62 DESENHO TÉCNICO PROF. DANILO DEMORI QUEIROZ • SolidWorks: Software para modelamento em 3D. Tudo começa com um esboço em 2D que é transformado em 3D. Oferece a oportunidade de testar o software em uma versão web, acesso a treinamento on-line, acesso a modelos do mundo inteiro. • ○Desenvolvido por: SolidWorks Corporation (hoje: Dassault Systèmes S.A). • ○Versão Estudante: Sim. Isto está na rede https://my.solidworks.com/?lang=br • Catia: O software CATIA (Computer Aided Three-dimensional Interactive Application). Foi desenvolvido inicialmente para a indústria aeronáutica, contudo atualmente é aplicado em diferentes segmentos. Oferece múltiplos estágios de desenvolvimento de produtos, incluindo conceito, design, engenharia e manufatura. Empresas como Boeing, Dassault Aviation, BMW, Chrysler, Honda, Black & Decker, Eletrolux e Sony utilizam o CATIA para desenvolver produtos como: Minivan Voyager da Chrysler, Picapes RAM e Dodge Viper, Boeing 777 e o avião de combate Rafale da Dassault Aviation. É usado para projetar, simular e analisar produtos de diversas áreas. • Desenvolvido por: Dassault Systèmes. • Versão Estudante: Sim. Isto está na rede https://www.3ds.com/products-services/catia/?wockw=card_content_ cta_1_url%3A%22https%3A%2F%2Fblogs.3ds.com%2Fcatia%2F%22 https://my.solidworks.com/?lang=br https://www.3ds.com/products-services/catia/?wockw=card_content_cta_1_url%3A%22https%3A%2F%2Fblogs.3ds.com%2Fcatia%2F%22 https://www.3ds.com/products-services/catia/?wockw=card_content_cta_1_url%3A%22https%3A%2F%2Fblogs.3ds.com%2Fcatia%2F%22 FACULDADE CATÓLICA PAULISTA | 63 DESENHO TÉCNICO PROF. DANILO DEMORI QUEIROZ • Creo Direct: O Creo Direct permite modelagem completa, análise através de elementos finitos, modelagem de superfície outros recursos úteis para os projetistas mecânicos. Já existem versões de realidade aumentada para uso. • Desenvolvido por: Parametric Technology Corporation. • Versão Estudante: Sim. Isto está na rede https://my.solidworks.com/?lang=br • Solid Edge: O Solid Edge permite modelagem complexa, mas também é possível realizar modelos simples de forma mais simples. Simulação totalmente integrada. Ótima visualização em 2D, perfeito para projetistas mecânico. Também possui versões de realidade aumentada para uso. • Desenvolvido por: Siemens. • Versão Estudante: Sim. Isto está na rede https://solidedge.siemens.com/pt-br/ • Revit: Um dos softwares mais famosos em plataforma BIM (Modelagem da Informação da Construção). São softwares que permitem que multidisciplinas trabalhem ao mesmo tempo em um mesmo projeto, mecânica, elétrica e civil. Utiliza visualizações 3D para ver um edifício antes de ele ser construído. É possível analisar, simular e se conectar a nuvem para melhorar os projetos. https://my.solidworks.com/?lang=br https://solidedge.siemens.com/pt-br/ FACULDADE CATÓLICA PAULISTA | 64 DESENHO TÉCNICO PROF. DANILO DEMORI QUEIROZ • ○Desenvolvido por: Autodesk. • ○Versão Estudante: Sim. Isto está na rede https://www.autodesk.com.br/products/revit/overview • AVEVA E3D: Software em plataforma BIM mais utilizados no mundo todo (sucessor do PDMS). Permite um design 3D multidisciplinar e sem conflitos e gera rapidamente desenhos e relatórios precisos para reduzir custos, prazos e riscos comerciais de projetos de capital greenfield e brownfield. Pode ser implantado no local ou na nuvem. É possível trabalhar em servidores remotamente com diferentes equipes alocadas em qualquer local do mundo. • Desenvolvido por: Aveva. • Versão Estudante: Não. Isto está na rede https://sw.aveva.com/engineer-procure-construct/engineering-and-design/ aveva-e3d-design • Navisworks: Use o software Navisworks para melhorar a coordenação BIM. Exportando seu modelo elaborado em plataforma BIM num arquivo mais leve e mais fácil de manusear para checar conflitos e interferências entre todos os envolvidos na elaboração do projeto. • ○Desenvolvido por: Autodesk. • ○Versão Estudante: Software Free. Isto está na rede https://www.autodesk.com.br/products/navisworks/overviewhttps://www.autodesk.com.br/products/revit/overview https://sw.aveva.com/engineer-procure-construct/engineering-and-design/aveva-e3d-design https://sw.aveva.com/engineer-procure-construct/engineering-and-design/aveva-e3d-design https://www.autodesk.com.br/products/navisworks/overview FACULDADE CATÓLICA PAULISTA | 65 DESENHO TÉCNICO PROF. DANILO DEMORI QUEIROZ • SketchUp: É considerado um dos melhores programas para Arquitetura, estudantes e profissionais da área apreciam muito. Tem como característica marcante a interface simples e intuitiva. A ferramenta tem uma biblioteca vasta com modelos 3D, fazendo com que seja considerada ideal para os que preferem projetos mais detalhados e apresentações perfeitas. Oferece um passeio interativo pelo projeto 3D encerrado. • Desenvolvido por: Trimble. • Versão Estudante: Sim. Isto está na rede https://www.sketchup.com/pt-BR 8.3.1 Outros Softwares • CYPECAD • SAP2000 • TQS • Vectorworks • PRO-Elétrica • CadProj Elétrica Isto está na rede “10 principais motivos para migrar de 2D para 3D”: https://www.proconcept.com.br/2018/08/13/10-motivos-para-migrar-2d-3d/ Isto está na rede “10 benefícios do software CAD 3D que você precisa saber”: https://www.proconcept.com.br/2018/08/06/10-beneficios-do-software-cad- 3d-que-voce-precisa-saber/ https://www.sketchup.com/pt-BR https://www.proconcept.com.br/2018/08/13/10-motivos-para-migrar-2d-3d/ https://www.proconcept.com.br/2018/08/06/10-beneficios-do-software-cad-3d-que-voce-precisa-saber/ https://www.proconcept.com.br/2018/08/06/10-beneficios-do-software-cad-3d-que-voce-precisa-saber/ FACULDADE CATÓLICA PAULISTA | 66 DESENHO TÉCNICO PROF. DANILO DEMORI QUEIROZ AULA 9 AUTOCAD I - APRESENTAÇÃO 9.1 Versões Mesmo sendo o pioneiro software CAD não parou no tempo, pelo contrário, continuou evoluindo e por isso possui diversas versões aplicadas para cada área específica. Veja a lista abaixo retirada do site da Autodesk: • AutoCad Architecture • AutoCad Electrical • AutoCad Map3D • AutoCad Mechanical • AutoCad MEP • AutoCad Plant 3D • AutoCad Raster Design. Contudo, esse módulo te auxiliará a ter um conhecimento básico dos principais comandos do AutoCad e não focará nessas versões. 9.2 Tela Inicial Principais itens da tela inicial do AutoCad: • “Get Started”: pode ser utilizada para abrir arquivos, obter templates, visualizar desenhos exemplos. • “Recent Documents”: abrir arquivos utilizados recentemente. • “Notifications”: área em que a Autodesk oferece informações sobre o software. • Na parte superior pode se observar a área de guias, comandos e menus. Utiliza o mesmo conceito adotado para o pacote office. É possível configurar e deixar de acordo com o seu estilo e necessidade. FACULDADE CATÓLICA PAULISTA | 67 DESENHO TÉCNICO PROF. DANILO DEMORI QUEIROZ Figura 19- Tela inicial do AutoCad 9.3 Template Ao iniciar o primeiro passo é escolher o “Template” (modelo) para usar como base para seu desenho. Figura 20- Templates FACULDADE CATÓLICA PAULISTA | 68 DESENHO TÉCNICO PROF. DANILO DEMORI QUEIROZ É possível e recomendado criar templates que já possuam as características comuns para sua forma de trabalhar. Podem ser criados e salvos: estilos de cotas, linhas, layers (camadas - será abordado a frente), estilos de plotagem (impressão), unidades de medida, definições de escala, formatos, legendas etc. Como padrão o AutoCad oferece algumas Templates como opção. A opção mais básica seguindo a norma ISO temos a acadiso.dwt. As informações passadas neste módulo terão como base essa template. 9.4 Tela para Desenho Escolhendo a template e clicando no botão open a tela do AutoCad é alterada e os comandos são liberados. Principais itens da tela do AutoCad: Figura 21- Tela com comandos habilitados para desenho 9.4.1 Na parte inferior temos as Guias: • Model: onde o desenho é realizado. FACULDADE CATÓLICA PAULISTA | 69 DESENHO TÉCNICO PROF. DANILO DEMORI QUEIROZ • Layout: área para finalizar o desenho inserindo as cotas, formatos, legendas, notas… Isto acontece na prática Normalmente, os profissionais da área preferem desenhar e inserir as cotas, formatos, legendas, notas etc na área “Model” mesmo. Isso pela praticidade em trabalhar com todos esses elementos no mesmo ambiente. 9.4.2 Na parte inferior abaixo das Guias - Barra de Status: Da esquerda para a direita, existem vários comandos agora serão apresentados alguns desses que comumente são mais utilizados: • ○Indicação das coordenadas onde o cursor está posicionado. • ○GRIDMODE: Ativar/Desativar as linhas de grade, também pode ser utilizada tecla F7. • SNAPMODE: Ativar/Desativar a grade como os únicos pontos onde o cursor pode parar. Seria como desenhar num caderno quadriculado e só começar ou finalizar uma linha na intersecção das linhas, também pode ser utilizada tecla F9. • DYNMODE ( Dynamic Input): Ativar/Desativar a visualização e edição dos valores ao lado do cursor. • ORTHOMODE: Ativar/Desativar que o cursor se movimente apenas nos eixos, ou seja, será utilizada para traçar linhas retas, perpendiculares aos eixos, também pode ser utilizada tecla F8. • OSNAP: Ativar/Desativar que o cursor se movimente apenas para pontos específicos, como centro, perpendicular, intersecção, etc. Também pode ser utilizada tecla F3. • CLEANSCREEN: Ativar/Desativar o modo de visualização de tela inteira, também pode ser utilizada tecla Ctrl + 0. FACULDADE CATÓLICA PAULISTA | 70 DESENHO TÉCNICO PROF. DANILO DEMORI QUEIROZ Isto acontece na prática Aproveitando o assunto seguem as teclas de Função: • ○ESC: Cancela qualquer comando • ○F1: Ajuda • ○F2: TEXT WINDOWS: Liga/Desliga • ○F3: OBJECT SNAP: Liga/Desliga • ○F4: TABLET: Liga/Desliga • ○F5: ISOPLANE MODE • ○F6: DYNAMIC UCS: Liga/Desliga • ○F7: GRID: Liga/Desliga • ○F8: ORTHO: Liga/Desliga • ○F9: SNAP: Liga/Desliga • ○F10: POLAR TRACKING: Liga/Desliga • ○F11: OBJECT SNAP TRACKING: Liga/Desliga • ○F12: DYNAMIC INPUT: Liga/Desliga • ○CTRL+BOTÃO DIREITO DO MOUSE: LIST OBJECT SNAP 9.4.3 Barra de Comando Localizada na parte inferior acima das Guias. Isto acontece na prática A fim de ganhar agilidade na execução dos desenhos muitos desenhistas decoram os comandos do AutoCad e utilizam muito o teclado. Exemplos de teclas de atalho para comandos que foram mencionadas acima. Contudo, existem muitos comandos que possuem uma letra ou um conjunto de letras que podem ser digitados na Barra de Comando. Depois de digitá-las é necessário a confirmação através da tecla “Enter” ou” Espaço”. Veja alguns exemplos desses comandos: FACULDADE CATÓLICA PAULISTA | 71 DESENHO TÉCNICO PROF. DANILO DEMORI QUEIROZ Muito importante o mouse na utilização do AutoCad. Inicialmente, nas primeiras versões tudo era feito através do teclado. Eram utlizadas coordenadas para informar onde a linha deveria começar e onde deveria terminar. O mouse alterou em muito a forma de trabalhar e facilitou a vida dos desenhistas. Portanto, grave as funções dos botões do mouse: • “Botão Esquerdo”: Para Selecionar seja no desenho ou em menus. • “Botão Direito”: Pode abrir menus flutuantes de acordo com o comando que está sendo utilizado no momento ou pode ser configurado para ter a mesma função das Teclas: “Enter” e “Espaço”. • “Scroll”: Comando ZOOM girando e comando PAN pressionando e arrastando. Além disso, na barra de comando são mostradas e definidas algumas opções em determinados comandos. Basta digitar a letra correspondente a opção. Será a letra maiúscula da opção desejada. • ○arc - a • ○array - ar • ○block definition - b • ○circle - c • ○copy - co • ○ddedit - ed • ○dimension style manager - d • ○dist - di • ○ellipse - el • ○erase - e • ○explode - x • ○extend - ex • ○filet - f • ○hatch - h • ○insert - i • ○join - j • ○layer properties manager - la • ○line - l • ○line type scale - lts • ○list - li • ○match properties - ma • ○mirror - mi • ○move - m • ○mtext - t • ○offset - o • ○pan - p • ○polyline - pl • ○properties - mo •○regen - re • ○scale - sc • ○stretch - s • ○trim - tr FACULDADE CATÓLICA PAULISTA | 72 DESENHO TÉCNICO PROF. DANILO DEMORI QUEIROZ 9.4.4 Ferramentas de Visualização Localizados na lateral direita da tela. De cima para baixo: Através desses botões de navegação é possível visualizar da melhor forma possível o desenho 3D, de frente, por cima, por baixo por trás e em perspectiva. Comando Navigation Wheel: voltado principalmente para quem utiliza o touchpad do notebook. Podem ser utilizados os principais comandos de navegação em uma interface que pode ser facilmente acessada pelo mouse. Comando PAN: “andar” pelo desenho sem alterar o zoom. Comando Zoom: aumentar ou diminuir a visualização do desenho. Algumas opções são oferecidas: Extents: mostrará tudo que já foi desenhado na tela; Window: o usuário escolhe a parte que deseja aumentar em toda a sua tela; Previous: mostra a visualização anterior etc.... Comando Orbit: rotacionar a visualização de modelos 3D. Comando Show Motion: para animação. 9.4.5 Comandos Padrão Localizados na parte superior esquerda da tela. São comandos conhecidos, pois são utilizados em outros softwares mais comuns como o pacote Office. Mas como destaque fica mencionado o comando: Save As...: outros desenhos podem ser utilizados como base para o seu desenho ou talvez seja necessário salvar seu desenho em um formato de arquivo ou versão diferente. Nesses casos é necessário salvar uma cópia e por isso é utilizado o comando salvar como. FACULDADE CATÓLICA PAULISTA | 73 DESENHO TÉCNICO PROF. DANILO DEMORI QUEIROZ 9.4.6 Área de Comandos, Menus e Guias Aqui estão reunidos os diversos comandos e menus necessários para elaborar seu desenho. Muitas opções estão disponíveis e são necessárias dependendo do desenho que será elaborado. Conforme o andamento das Aulas, serão explicados os comandos mais utilizados pelos profissionais da área. 9.5 Progresso Continuado Isto está na rede Nunca saberemos tudo sobre tudo. Uma constante na vida é que o saber não tem fim, sempre vamos buscar saber mais. Por isso busque praticar o que aprendeu e com certeza surgirão dúvidas, busque as informações, não se contente com o básico. Segue um link confiável para aumentar seu conhecimento do AutoCad, irá aprender com quem desenvolveu as ferramentas a Autodesk: https://knowledge.autodesk.com/pt-br/support/autocad?sort=score https://knowledge.autodesk.com/pt-br/support/autocad?sort=score FACULDADE CATÓLICA PAULISTA | 74 DESENHO TÉCNICO PROF. DANILO DEMORI QUEIROZ AULA 10 AUTOCAD II - CONSTRUÇÃO E MODIFICAÇÃO 10.1 Comandos de Construção Para iniciar seu projeto no AutoCad precisa conhecer as ferramentas de construção. Assim conseguirá desenhar linhas, quadrados, círculos e assim por diante. Vamos analisar essas ferramentas. LINE: após clicar no comando clique na área de desenho onde deseja que a linha comece e depois clique onde quer que termine. É possível digitar a dimensão da linha após clicar onde será o seu início. Pode utilizar os “Osnap” pontos para ser o início e/ou o fim da linha. Aproveitando esse ponto é importante entender e utilizar os Object Snap. Digitando DS na barra de comando ou pelo menu Tools => Drafting Settings terá acesso a tela: O s n a p s ã o u s a d o s para encontrar ponto em linhas, polígonos, objetos… Principais Osnap utilizados são: • Endpoint = Final • Midpoint = Centro • Center = Centro de círculos ou arcos FACULDADE CATÓLICA PAULISTA | 75 DESENHO TÉCNICO PROF. DANILO DEMORI QUEIROZ • Quadrant = Quadrante de círculos ou arcos • Intersection = Intersecção de linhas • Perpendicular = Perpendicular POLYNE: criar linhas contínuas. Seguir do mesmo modo como LINE. Contudo ao invés de finalizar a linha quando clicar será apenas um ponto de quebra da polyne na qual é possível mudar de direção ou até mesmo partir para um arco. CIRCLE: após clicar na área de desenho deve digitar o raio do círculo desejado. Entre as várias opções oferecidas pode ser citada a segunda em que se digita diretamente o diâmetro, ou a terceira e quarta para escolher dois ou três pontos para gerar o círculo. ARC: aplicam-se praticamente os mesmos itens do CIRCLE e ainda mais opções estão disponíveis. RECTANGLE: criar retângulos com base em dois pontos ou digitando os valores de base e altura. Também é possível criar Polígonos especificando o número de lados. ELIPSE: desenhar elipses com base no centro ou três pontos e também arcos de elipses. FACULDADE CATÓLICA PAULISTA | 76 DESENHO TÉCNICO PROF. DANILO DEMORI QUEIROZ HATCH: criar hachuras para o seu desenho com base em normas ou simplesmente alguma representação (GRADIENT) que deseje aplicar. Muito interessante o comando BOUNDARY para criar objetos com base em linhas que estejam soltos, contudo, formam entre si um objeto geométrico. 10.2 Comandos de Modificação Com as ferramentas de modificação é possível transformar desenhos existentes, agilizando a geração de novos projetos por usar desenhos existentes como base. Vamos analisar essas ferramentas. MOVE: movimentar objetos. COPY: copiar objetos. STRETCH: esticar (aumentar ou diminuir) objetos. ROTATE: rotacionar objetos. É possível rotacionar e copiar ao mesmo tempo. MIRROR: espelhar objetos. Pode ser por modificar o objeto existente ou criando uma cópia espelhada. SCALE: aumentar ou diminuir objetos em todos os sentidos uniformemente. Pode ser por digitar o valor da escala ou por usar como referência algo do desenho. TRIM: cortar linhas que estejam passando por outras linhas. EXTEND: contrário do Trim, agora o objetivo é estender a linha até certa linha. FILLET: para criar raios em cantos retos existentes. CHAMFER: para criar chanfros em cantos retos existentes. FACULDADE CATÓLICA PAULISTA | 77 DESENHO TÉCNICO PROF. DANILO DEMORI QUEIROZ RECTANGULAR ARRAY: com base em um objeto este pode ser multiplicado em dois sentidos horizontal e vertical. POLAR ARRAY: criar vários objetos em volta de um determinado diâmetro. ERASE: apagar objetos. EXPLODE: desconstruir objetos fechados, ou blocos de forma que até mesmo as linhas fiquem independentes. OFFSET: criar linhas paralelas a uma linha ou objeto de referência em uma distância digitada. FACULDADE CATÓLICA PAULISTA | 78 DESENHO TÉCNICO PROF. DANILO DEMORI QUEIROZ AULA 11 AUTOCAD III - ANOTAÇÕES, COTAS E LAYERS 11.1 Anotações e Cotas Depois que seu desenho já foi construído e até mesmo modificado é preciso incluir as anotações para que tudo fique claro e de fácil entendimento. O AutoCad disponibiliza várias ferramentas que podem auxiliá-lo nessa tarefa. Agora serão analisadas algumas das ferramentas mais utilizadas pelos profissionais da área. TEXT: existem duas opções de comando nesse botão: Multiline Text: para criar textos com mais de uma linha. Single Line: comando para digitar textos de apenas uma linha. DIMENSION: utilizando apenas esse comando é possível cotar as diferentes formas geométricas e de diferentes modos. Exemplos: cotas lineares horizontais e verticais, cotas inclinadas, cotas de diâmetros e raios, cotar ângulos... Mas se não gostar da ferramenta que engloba todas as cotas de uma só vez ou tem certa dificuldade em manuseá-la, todas as formas de cotar mencionadas acima estão individualizadas: Liner: tanto horizontal como vertical; Aligned: cotas inclinadas; Arc Length: comprimento de arco (não é muito utilizada); Radius: cotar raios; Diameter: diâmetros; FACULDADE CATÓLICA PAULISTA | 79 DESENHO TÉCNICO PROF. DANILO DEMORI QUEIROZ As cotas podem ser configuradas através do comando “DIMSTYLE” (digite DST na barra de comandos): Escolha o Estilo de cota que deseja editar ou usar como base para criar um novo estilo e clique em Modify ou New: FACULDADE CATÓLICA PAULISTA | 80 DESENHO TÉCNICO PROF. DANILO DEMORI QUEIROZ Nessa janela são configurados todos os itens da cota, como Linhas, Símbolos e Setas, Texto,Fit (encaixes da cota) Unidades e Tolerâncias. Voltando aos comandos da barra de Anotações: LEADER: usar para realizar chamadas de texto. Com uma seta é indicada o ponto do desenho a que o texto está relacionado. TABLE: ferramenta muito importante no mundo atual onde temos tudo tão bem sincronizado. Através desse comando podem ser criadas tabelas que poderão ser exportadas para o excel. O contrário também é possível, a tabela pode ser criada no excel e importada para o AutoCad por este comando. Veja a tela abaixo: Pela opção “From a data link” pode ser carregada a planilha que deseja importar para a sua Table. Algo muito interessante é a possibilidade de criar um vínculo entre o excel e a table. FACULDADE CATÓLICA PAULISTA | 81 DESENHO TÉCNICO PROF. DANILO DEMORI QUEIROZ 11.2 Layers Layers ou camadas, que seria uma tradução direta do inglês, é uma forma de dividir o desenho. Com o AutoCad é possível desenhar grandes plantas, com diversos detalhes que podem se sobrepor. Civil, tubulações, elétrica, além de cotas, linhas visíveis e linhas não visíveis, linhas de centro etc… tudo isso pode ser separado, assim é possível modificar e ver de forma individual cada uma dessas camadas. Tudo isso pode ser feito se desenhar usando os Layers. LAYERS PROPERTIES: abre a janela de configuração dos layers. Nessa janela são criados novos Layers ou modificados Layers existentes: • Name: digite o nome que o layer será identificado; • On: é possível “ligar” ou “desligar” o layer. Quando “desligado” o layer não irá aparecer na tela e nem em uma impressão; • Freezer: “congelar” muito parecido com o “On”, porém com esta opção é como se o layer deixasse de existir; • Lock: “travar” o layer para que embora continue visível na tela ele não possa ser editado; • Plot: imprimir ou não aquele layer; • Color: escolha a cor para o layer; FACULDADE CATÓLICA PAULISTA | 82 DESENHO TÉCNICO PROF. DANILO DEMORI QUEIROZ • Linetype: tipo de linha do layer: contínua, tracejada, linha e ponto… • Lineweight: espessura da linha quando imprimir o desenho; • Description: descrição, não muito utilizada. Barra de acesso rápido às configurações de Layer, conforme explicado anteriormente. OFF Isolate: trava todos os Layers e só permite editar o layer escolhido; Freeze Lock Make Current: torna o Layer selecionado no layer ativo; Turn All Layers On: todos os layers desligados são ligados novamente; Unisolate: destrava o layer selecionado; Thaw All Layers: “descongela” todos os layers Unlock: Match Layer: copia as propriedades do layer selecionado para outros. Isto está na rede A IMPORTÂNCIA DE TRABALHAR CORRETAMENTE COM LAYERS: https://knowledge.autodesk.com/pt-br/support/autocad/learn-explore/caas/ screencast/Main/Details/51c6bf6f-e79d-4c58-b4d8-ae1d563e1206.html https://knowledge.autodesk.com/pt-br/support/autocad/learn-explore/caas/screencast/Main/Details/51c6bf6f-e79d-4c58-b4d8-ae1d563e1206.html https://knowledge.autodesk.com/pt-br/support/autocad/learn-explore/caas/screencast/Main/Details/51c6bf6f-e79d-4c58-b4d8-ae1d563e1206.html FACULDADE CATÓLICA PAULISTA | 83 DESENHO TÉCNICO PROF. DANILO DEMORI QUEIROZ AULA 12 AUTOCAD IV - BLOCOS, PROPRIEDADES E UTILIDADES 12.1 Blocos Na última aula foi abordado que uma forma de deixar o desenho mais fácil de trabalhar é usando corretamente os Layers. Agora será abordada outra forma de facilitar a manipulação de objetos dentro do seu desenho, são os blocos. Veja as ferramentas relacionadas a esse recurso. Em um bloco todas as linhas, objetos, textos e até cotas são unidos de forma que fazem parte de um “universo” à parte. Assim, se desejar editar esse bloco será necessário entrar nesse “universo”. Muito interessante usar blocos para situações nas quais desenhos se repetem, porque se for necessário modificar este desenho basta apenas editar o bloco e todas as cópias desse bloco são alteradas automaticamente. Mais detalhes serão apresentados na vídeo aula. INSERT: é possível inserir ao desenho outros desenhos (de um arquivo separado) de forma que formem um bloco. Veja abaixo a janela do comando Insert Block: FACULDADE CATÓLICA PAULISTA | 84 DESENHO TÉCNICO PROF. DANILO DEMORI QUEIROZ Aqui os blocos são nomeados, podem ser inseridos com fator de escala, rotacionados, especificar o ponto de inserção. CREATE: criar blocos a partir do próprio desenho. Criar seu bloco determinando seu nome, descrição, ponto de inserção entre outras opções. BLOCK EDITOR: por meio deste comando adentra-se dentro do “universo” do bloco e é possível editá-lo. EDIT ATTRIBUTES: blocos podem ser criados com textos tipo atributos. Muito útil para legendas, dessa forma é mais fácil editar os textos através desse comando. 12.2 Propriedades As linhas e os objetos possuem características como Cor, Espessura, Tipo de linha que podem ser modificados durante a execução do desenho. FACULDADE CATÓLICA PAULISTA | 85 DESENHO TÉCNICO PROF. DANILO DEMORI QUEIROZ MATCH PROPERTIES: comando muito utilizado pelos profissionais da área. Agiliza em muito a construção do desenho porque a única preocupação é criar o desenho e não com qual layer, cor etc este deve ficar. No final quando o desenho está praticamente completo as propriedades das linhas comuns são copiadas entre elas. É mesmo pincel do office em que se copia a formatação. PAINEL PROPERTIES Outra ferramenta fabulosa e queridinha dos profissionais da área de desenho técnico com AutoCad. Através desse painel muitas opções estão disponíveis para editar as propriedades do seu desenho. Ele se adapta ao tipo de objeto que está selecionado (bloco, linha, cota etc). 12.3 Utilidades Sempre fazemos uso das utilidades, até mesmo no AutoCad. São ferramentas criadas para facilitar a vida do desenhista e projetista. MEASURE: retirar as dimensões do desenho sem usar cotas. As cotas são representações das dimensões que devem ficar no desenho final. Lógico que também podem ser usadas para tirar as dimensões enquanto está desenhando ou projetando, contudo se não for utilizar essas cotas será necessário mais um comando: erase (apagar). Por isso deve fazer uso do comando em questão. Podem ser retiradas dimensões lineares, raios, ângulos, área e volume. FACULDADE CATÓLICA PAULISTA | 86 DESENHO TÉCNICO PROF. DANILO DEMORI QUEIROZ QUICK SELECT: comando para filtrar a seleção. Com essa ferramenta é possível selecionar todo o desenho e filtrar a seleção para apenas cotas, linhas etc e ainda especificar propriedades desses itens: SELECT ALL: selecionar tudo no seu desenho. QUICK CALCULATOR: precisa calcular algo simples e rapidamente, esse comando foi feito para isso. Comandos de Copiar, Recortar e Colar também estão disponíveis no AutoCad. Em Colar existe uma opção muito interessante: Colar como bloco: para gerar blocos rápidos. FACULDADE CATÓLICA PAULISTA | 87 DESENHO TÉCNICO PROF. DANILO DEMORI QUEIROZ AULA 13 AUTOCAD V - IMPRESSÃO, OPÇÕES E RECUPERAÇÕES 13.1 Impressão Agora que o desenho já foi elaborado, cotado e finalizado está pronto para ser impresso. Isto acontece na prática Na área de desenho o termo mais usado não é imprimir o desenho, mas sim plotar o desenho (impressão = plotagem). Veja abaixo a janela de impressão (Plot Model): Como em outros aplicativos deve ser escolhida a impressora. FACULDADE CATÓLICA PAULISTA | 88 DESENHO TÉCNICO PROF. DANILO DEMORI QUEIROZ Contudo, existem impressoras próprias dentro do AutoCad como AutoCad PDF ou PublishToWeb JPG. Deve ser escolhido o tamanho do papel (aqui lembramos dos formatos padrões em desenho técnico). Contudo, às vezes, os desenhos exigem formatos diferenciados, por isso é necessário criar novos papéis. Impressoras comuns podem ser usadas em desenho técnico, contudo, normalmente são usadas Plotters. Essas impressoras próprias para desenho são alimentadas por rolos de papel. Por isso podem ser criados