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1
CAPÍTULO
INTRODUÇÃO A
CLÍNICA E EXAMES
Servir como base para o profissional de Nutrição melhor compreender
o status de saúde do indivíduo, direcionando a conduta dietética.
Avaliar os impactos metabólitos e fisiológicos do plano alimentar no
organismo do indivíduo.
Requisitar exames laboratoriais que estejam de acordo com a alçada
do Nutricionista quanto a intervenções, não justificando marcadores
bioquímicos que ultrapassem o limite da profissão. 
 Na prática clínica do Nutricionista, os exames laboratoriais são uma
ferramenta de extremo valor, tornando possível ao profissional melhor
compreender e avaliar aspectos individuais do paciente. No qual por meio
do uso correto dos exames bioquímicos pode-se analisar as condições
inicias de saúde do indivíduo e monitorar as respostas fisiológicas quanto
a introdução do acompanhamento nutricional. Dessa maneira, é essencial
que o Nutricionista esteja apto para lidar com esse material em mãos,
tornando-se seu papel não apenas requisitar exames laboratoriais, mas
também conhecer profundamente suas particularidades, aspectos e
justificativas. 
 Fora isso, ainda deve ficar claro que o Nutricionista esta amparado
legalmente quanto a solicitação de exames laboratoriais segundo a Lei
Federal 8234/91, Art. 4º, Inciso VIII e Resolução CFN 306/03.
Entretanto, também deve ser dito que a requisição laboratorial deverá
estar de acordo com a alçada do nutricionista, atendendo pontos como:
 Dessa forma, nesse material serão apresentadas informações técnico-
científicas e práticas quanto ao embasamento profissional dos exames
laboratoriais. Sendo abordado desde seu papel no cenário clínico a até
mesmo sua utilização em meio ao ambiente de consultório, afim de
garantir que após a leitura desse conteúdo, você estará preparado para 
 usar dessa ferramenta de extremo valor em sua rotina profissional.
 Na prática, os exames laboratoriais são uma forma objetiva de avaliação
do indivíduo/atleta utilizado para detectar desde deficiências nutricionais a
interpretação avaliativa do funcionamento do organismo, analisando ainda
de forma complementar o risco para doenças.
Com exames bioquímicos
QUAL IMPORTÂNCIA?
Saúde metabólica analisada, com lacunas
identificadas
Deficiências nutricionais avaliadas e corrigidas
Monitoramento da resposta fisiológica do
indivíduo
Sem exames bioquímicos
Ausência da compreensão das necessidades do
paciente
A conduta foi eficaz para o paciente? Corrigindo
necessidades?
Quais foram as repercussões fisiológicas?
 Atualmente no mercado de exames bioquímicos temos
aproximadamente 4000 testes possíveis de serem realizados a fim de
investigar pontos da fisiologia humana, conduzindo a em média 70% das
decisões clínicas sendo tomadas a partir dos resultados obtidos.
Entretanto, em meio a tantas opções, é normal por parte de profissionais
da saúde demonstrar dúvidas quanto a quais exames solicitar, quais
devem ser analisados e interpretados em conjunto, como e até mesmo
quando solicitar.
 Deixando claro que a solicitação de exames laboratoriais deve ser
desenvolvida de maneira objetiva, visando esclarecer lacunas na avaliação
do paciente, não sendo necessário a solicitação de exames desenfreada. 
Os parâmetros avaliados estão de acordo com a
minha conduta?
O resultado desse exame irá alterar minha
conduta clínica?
COMO SOLICITAR?
 Para solicitação dos exames laboratoriais é necessário que sejam
levados em consideração alguns pontos e questionamentos sobre a
mesma, tendo em mente os princípios de necessidade, aplicabilidade,
relevância ao tratamento, viabilidade financeira e validade científica. Assim
algumas perguntas que devem ser realizadas antes da solicitação de
exames poderiam ser:
Esse exame realmente é necessário? 
Esse exame vai apresentar custos ao meu
paciente?
ANTES DA REQUISIÇÃO!ANTES DA REQUISIÇÃO!
Esse exame apresenta embasamento
científico comprovado?
 Após se perguntar sobre esses pontos e ocorrida a solicitação, agora é
papel do Nutricionista realizar a interpretação adequada dos resultados
encontrados. No qual como será discutido detalhadamente logo, a visão
do profissional sobre os exames deve ser executada de maneira integrada,
englobando os valores de diferentes marcadores de maneira conjunta
pois só assim irá possibilitar ao profissional a melhor compreensão do
estado de saúde e funcionamento do organismo do indivíduo em questão.
 Lembrando que ética, bom senso e responsabilidade também são
elementos que devem essencialmente estar presentes no momento de
requisição, respeitando limites profissionais e do paciente.
 Fora isso, na prática, a requisição de exames deve ser realizada
conforme um padrão pré estabelecido, principalmente a partir de um
receituário contendo elementos como data, nome do paciente, indicação
clínica, material, lista de exames solicitados, nome do profissional,
assinatura e CRN, bem como as respectivas orientações para o exame.
AS 3 FASES DO EXAME
 Ao analisar profundamente a estrutura da solicitação de exames
bioquímicos, podemos observar que essa é dividida em principalmente 3
momentos, sendo eles:
PRÉ-ANÁLISE
Momento onde é feita a requisição do exame conforme a avaliação
dos pontos comentados como necessidade e relevância ao
tratamento, incluindo também a orientação e preparo do paciente
para realização do exame.
PÓS-ANÁLISE
Fase na qual são feitas correlações, diagnóstico, observações e serve
como base para a decisão da conduta a ser adotada frente ao
encontrado.
ANÁLISE
Engloba desde o laboratório escolhido para execução do exame até
mesmo ao tipo de metodologia utilizada para avaliação dos
marcadores biológicos, sendo estes um importante ponto a ser
compreendido e conhecido.
 Mas por quê compreender tão exatamente cada fase desse processo
"tão simples"? Basicamente, a importância de desenhar muito bem cada
momento da realização dos exames laboratoriais inclui principalmente a
minimização de erros, no qual destaca-se que a maior parte da tomada de
decisões equivocada ocorre por interferências em alguma dessas fases,
sendo pela escolha do exame, realização ou posterior interpretação.
 Sobretudo, aponta-se que é na fase pré-analítica, ou seja, aquela que
antecede a execução do exame laboratorial, onde 62% das interferências
ocorrem. Isto é uma consequência principalmente em decorrência de
orientações claras e adequadas para preparo do antecedente do exame
bioquímico, prejudicando o processo como todo.
 Em contrapartida, podemos destacar que outras interferências como
na fase analítica e pós analítica correspondem a apenas 15 e 23%
respectivamente, ou seja, os erros cometidos pela metodologia escolhida
pelo laboratório ou até mesmo a aqueles cometidos quanto a
interpretação dos resultados são menos frequentes e alarmantes quanto
a ausência do preparo adequado do paciente.
 No cenário clínico, como será demostrado posteriormente, os exames
laboratoriais apresenta diversas particularidades e aspectos individuais
que devem ser levados em consideração conforme contexto do paciente.
Por exemplo, ao ter em mãos a anamnese realizada adequadamente com
o paciente, é possível ao olhar do nutricionista que sejam captados pontos
de atenção, os quais poderão e devem ser melhor avaliados por meio da
requisição de exames bioquímicos. Fora isso, patologias especificas
requerem marcadores específicos, sendo essencial a compreensão sobre
a fisiopatologia e mecanismo bioquímico de exames para solicitação ideal.
RACIOCÍNIOS IMPORTANTES
 O raciocínio clínico é complementar e justifica o exame laboratorial,
sendo ele fundamental para a prática de qualquer tipo de profissional da
área da saúde, onde devem ser traçadas ferramentas de avaliação, a fim
de avaliar e monitorar as principais queixas e problemas do indivíduo.
Bem como é a partir disso que será determinada a estratégia dietética a
ser seguida para gerar os resultados desejados, sejam eles em estética,
saúde ou performance.
 Dessa forma, é ideal que sejam levadosem consideração fatores como
histórico, cenário atual do paciente, uso de medicamentos e suplementos,
fatores confundidores, cronobiologia, condições climáticas e altitude.
É clara a importância de diferenciar pessoas diferentes por marcadores
diferentes, avaliando pré-disposições maiores em decorrência de histórico,
genética e passado familiar. Bem como de avaliar detalhadamente o contexto
atual do paciente, realizando conexões entre particularidades ambientais e
possíveis desfechos.
A utilização de alguns suplementos alimentares e sobretudo a fármacos como
o uso de anabolizantes esteróides podem vir a promover mudanças em
marcadores bioquímicos. Entretanto até mesmo medicamentos
frequentemente mais utilizados podem vir a interagir bioquimicamente
alterando resultados.
A carga de estresse individual, proveniente tanto de estímulos psicológicos e
físicos também podem vir a alterar a fisiologia do organismo daquele indivíduo.
Da mesma maneira que traumas, como lesões recentes e outros problemas
devem ser analisados quanto aos exames laboratoriais.
É essencial que sejam levados em consideração os aspectos fisiológicos
relacionados ao ciclo circardiano, no qual alguns marcadores laboratoriais
serão influenciados quanto ao horário da coleta. Como por exemplo as
concentrações de cortisol que serão dinâmicas ao decorrer do dia, e a
marcadores agudos do metabolismo da glicose que sofrem influência da
alimentação.
Em alguns parâmetros específicos como Vitamina D, o qual é dependente da
rotina de exposição solar do indivíduo, podem ser afetados devido a condições
climáticas e regionais
Para indivíduos com alta frequência de realização de viagens, como atletas e
sujeitos com carga profissional elevada, é passível a influência da altitude como
um fator determinante para marcadores bioquímicos principalmente da série
vermelha do sangue (eritrócitos)
INTERPRETAÇÃO DE EXAMES
 A grande questão que norteia a interpretação de exames laboratoriais
é referente a análise dos resultados obtidos a partir dos valores de
referência especificamente, prática comum por diversos profissionais da
área da saúde. 
 Contudo, o desenvolvimento dos valores de referência relacionam-se
com fatores matemáticos oriundos de uma amostra populacional
distribuída em uma curva de normalidade apontando os valores de 95%
da população. Assim, é necessário uma amostragem mínima de 120
indivíduos, os quais são diferentes quanto a gênero, idade, raça, nível de
atividade, alimentação e diversas outras variáveis, onde evidencia-se aqui a
dificuldade de definir valores de referência que sejam capazes de refletir a
refletir a realidade da fisiologia daquele indivíduo em questão.
 Desta maneira, é recomendado na prática clínica e sobretudo no
cenário esportivo que avaliação e interpretação dos exames laboratoriais
seja executada a partir de uma visão individualizada, onde o indivíduo e
seus próprios resultados sejam o ponto de referência conforme histórico e
monitoramento continuo.
 Por fim, cabe comentar da importância de ao avaliar os exames
laboratoriais ter claro que é o indivíduo quem deve ser avaliado e não os
valores ali obtidos, onde o aforismo claro da medicina nos diz que a Clínica
é soberana, assim sinais clínicos e outros aspectos do paciente devem ser
levados em consideração de maneira complementar aos exames
bioquímicos.
2
CAPÍTULO
EXAMES LABORATORIAIS
NA PRÁTICA CLÍNICA
 No que concerne o conhecimento em análise e interpretação
bioquímica é imprescindível que o profissional da saúde obtenha um
conhecimento necessário para realizar a intepretação dos resultados das
titulações bioquímicas, faça os diagnósticos e prognósticos e neste cenário
tome propedêuticas ideais ao paciente. 
 Os exames laboratoriais são uteis para a tomada de decisão do
profissional, visto que eles podem indicar alterações no organismo que
confirmam uma patologia, além disso, durante o tratamento os
marcadores bioquímicos são utilizados como um parâmetro de evolução
do quadro clinico, sendo assim, um recurso útil para acompanhamento
das patologias e manejo do paciente.
Avaliar gravidade da doença;
Estimar prognóstico da doença;
Monitorar curso da doença;
Detectar recorrência da doença;
Selecionar fármacos e ajustar
terapia.
 A análise dos exames bioquímicos devem levar em consideração o
estado atual do paciente e todas as características pessoais dele, visto que
a individualidade é mais importante que o valor dado nos marcadores
bioquímicos. 
 Fatores internos e externos podem causar erros na analise do exame
bioquímico, além disso, alguns exames necessitam de um estado de jejum
que se não for respeitado, haverá alteração significativa, logo, o
profissional deve estar atento as práticas do paciente no momento
anterior ao exame, para não realizar uma interpretação inadequada.
 
HEMOGRAMA
 Também conhecido como hemograma completo, este é um conjunto
de marcadores laboratoriais que analisa informações específicas sobre o
tipo e quantidade de componentes do sangue, bem como permite a
avaliação de algumas particularidades específicas.
Leucócitos PlaquetasEritrócitos
 Em suma, os Eritrócitos, os quais também são conhecidos como
hemácias ou glóbulos vermelhos, são a primeira porção do hemograma a
ser analisada e apresentada, onde sua avaliação consiste em
características quantitativas e qualitativas. Entretanto antes de
aprofundarmos na discussão sobre cada um dos exames bioquímicos
referentes aos glóbulos vermelhos, é essencial compreender sua função
no organismo humano.
 Fisiologicamente, as hemácias são células sanguíneas anucleadas
responsáveis principalmente pelo transporte de oxigênio entre tecidos, as
quais são sintetizadas na medula óssea a partir de estímulos do hormônio
Eritropoetina. Apesar de sua função mais conhecida, os Eritrócitos
também desempenham particularidades quanto a análise de marcadores
do metabolismo glicídico, de ferro e até mesmo de patológicas genéticas
como a deficiência da enzima glicose-6-fosfato desidrogenase.
Ao que se trata dos glóbulos vermelhos, os exames bioquímicos apontam
para quantificação total, hemoglobina, hematócrito, volume corpuscular
médio (VCM), Hemoglobina Corpuscular Média (HCM), CHCM e RDW.
Componentes do sangueComponentes do sangue
ISOLAMENTO DE
ERITRÓCITOS
HEMÁCIAS TOTAIS
 Primeiramente ao aspecto quantitativo, a contagem total de eritrócitos
apresenta-se como um marcador geral da fração vermelha do sangue,
apontando principalmente para anemias, eritricitose e hemoconcentração. 
CONTAGEM DE GLÓBULOS VERMELHOS
Valores de referência: 4,3 - 6 x 10 ^6/mcL (homens) - 3,5-5,5 x 10^6 mcL (mulheres)
 Dessa forma, valores aumentados ou reduzidos devem chamar a
atenção do Nutricionista para possíveis desenvolvimentos patológicos,
onde em combinação com outros marcadores, tornará possível
identificação do quadro e direcionamento dietético para questão.
HEMOGLOBINA
 A Hemoglobina (hb) é a proteína responsável por justificar a função
respiratória presente em eritrócitos, sendo isto relacionado ao fato da
molécula permitir interação com o Oxigênio. Ainda, sua constituição é de
3,8% heme e 96,2% globina, no qual a associação da estrutura com íons de
ferro desempenha um papel fundamental no transporte de gases pelo
organismo humano.
Valor de referência: 
Homem: 12 a 16g/dL | Mulher: 14 a 18g/dL
 Devido a sua relação com o Ferro, a utilização clínica da hemoglobina
refere-se sobretudo a análise de quadros de anemia ferropriva, contudo
sua redução também está relacionada com condições de outros tipos de
anemia e hemodiluição. Por outro lado, o aumento das concentrações
séricas de hemoglobina indicam hemoconcentração, eritrocitose,
adaptação a ambientes de alta altitude (os quais obrigam resposta
fisiológica frente à baixa pressão de oxigênio), doenças pulmonares e/ou
cardíacas) e neoplasias específicas.
HEMATÓCRITO
 Referente a fração do sangue correspondente aos glóbulos vermelhos
em forma de razão entreeritrócitos e plasma centrifugados, este é um
marcador laboratorial que pode ser efetuado manualmente após
segregação do componentes sanguíneos.
40-50%
50-60%
Plasma
Eritrócitos
Calculando o hematócritoCalculando o hematócrito
Como dito, o cálculo do hematócrito pode ser realizado
manualmente ou a partir de contadores automáticos como
produto do VCM e da contagem de eritrócitos. Ao lado, é
possível visualizar a projeção do hematócrito em uma
amostra de sangue.
Valor de referência: 
Homem: 42 a 55% | Mulher: 37 a 47%
 A interpretação do hematócrito pode ser utilizada sobretudo para
avaliação da condição de concentração do volume sanguíneo, onde
apresentara-se como aumentado em casos de hemoconcentração,
eritrocitose e após exercícios físicos extenuantes (devido a sua relação ao
quadro de hidratação do indivíduo). Em contrapartida, o marcador indicará
hemodiluição e desenvolvimento de anemias quando os resultados
apontados estarem abaixo dos valores de referência para homens e
mulheres correspondentemente.
VCM, HCM, CHCM E RDW
 De maneira agrupada, o VCM, volume corpuscular médio, HCM,
hemoglobina corpuscular média, CHCM, concentração de hemoglobina
corpuscular média e RDW, índice de aniscitose, são marcadores
qualitativos dos glóbulos vermelhos. Em palavras gerais, podemos
compreender estes marcadores bioquímicos como ferramentas para
avaliar o tamanho e composição dos eritrócitos, sendo que idealmente
esses serão analisados em conjunto para melhor compreensão do status
fisiológico do paciente. 
VCM
Marcador Refere-se Referência
HCM
HCMC
RDW
Volume médio dos glóbulos vermelhos
Concentração de hemoglobina média em
células vermelhas
Coeficiente da variação da distribuição do
volume eritrocitário
Concentração de hemoglobina por
contagem de eritrócitos
80-100 fL
28-34 g/dL 
30 e 33 pg
 12,1 a 14 fl
 Assim, podemos vincular cada marcador a um quadro específico ou
geral, por exemplo, o VCM reduzido relaciona-se a redução do tamanho
das hemácias, situação frequente em condições de anemias ferroprivas,
ao mesmo tempo em que se aumentando vincula-se a anemias
megaloblásticas. Ainda, o VCM pode estar alterado em doenças hepáticas,
uso abusivo e crônico de álcool, hemacromatose, HIV, quimioterapia,
hipotireoidismo e hipocrimia.
 Por outro lado, a concentração de hemoglobina em hemácias (HCM)
será aumentada em macrocitoses e hemacromatose, e reduzido em
microcitose, talassemia e hipocromia. 
 Ainda, o CHCM, concentração de hemoglobina por eritrócito será
diminuída em anemias hipocrômicas, normocítica e microcíticas, bem
como aumentando em esferocitose marcante e macrocítica. Por fim, altos
coeficientes de variação do volume médio das hemácias será maior em
anisocitose, anemias ferroprivas, fragmentação de eritrócitos, aglutinações
e populações de células dismórficas, indicando grande diferença entre
eritrócitos. 
LEUCOGRAMA
 Agora em referência a fração branca do sangue, a contagem de
leucócitos é um importante marcador laboratorial para refletir a situação
atual do sistema imunológico no que tange aspectos quantitativos. Sendo
que sua interpretação deve ser baseada tanto na contagem total de
células brancas como na linhagem celular específica que demonstra
alteração, tendo em vista que cada padrão de célula desempenhará um
papel fisiológico específico na fisiologia humana.
Neutrófilos
Leucócitos % relativo por 100 células Absoluto 10^3/ul
0,9 a 3,4
0,0 a 1,2
Linfócitos
Linfócitos reativos
Monócitos
Eosinófilos
Basófilos
0,0 a 0,6
0,0 a 0,3
1,6 a 75
18 a 43
0 a 6
4 a 12
0 a 8
0 a 2
43 - 72
 Assim, de modo geral podemos considerar valores aumentados de
leucócitos em infecções, lesões, distúrbios inflamatórios, frente a alguns
medicamentos, leucemias. Enquanto diminuídos também em infecções,
hiperesplenismo, deficiências nutricionais, doenças reumatológicas,
doenças renais e em relação ao uso de alguns farmácos.
 Com a função fisiológica principalmente relacionado a capacidade de
coagulação sanguínea, as plaquetas também são conhecidas como
trombócitos, sendo essas elementos discóides do sangue. Em casos de
sangramentos, tais células se aglomeram a fim de propiciar a formação de
coágulos, os quais visam principalmente reparar lesões em vasos
sanguíneos.
PLAQUETAS
Valor de referência: 
Homens e mulheres adultos: 140 a 440 milhões/uL
 A contagem total de plaquetas estará aumentado em distúrbios clonais
da medula óssea (ex: neoplasias mieloproliferativas), hemorragias agudas,
neoplasias malignas, pós-esplectomia, traumatismos graves, infecções,
distúrbios inflamatórios crônicos e em reações medicamentosas. 
 Por outro lado, as plaquetas estarão diminuídas em condições de
imunodestruição, reações à fármacos, anemia aplásica, leucemias,
doenças linfoproliferativas, hiperesplenismo, coagulação intravascular
disseminada, casos de circulação extracorpórea, quimioterapia,
trombocitpenia pós-transfusional e numerosas condições congênitas.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
 Como foi possível observar ao decorrer da discussão sobre o papel do
hemograma na interpretação de exames laboratoriais, os marcadores dos
componentes sanguíneos variam conforme sensibilidade e especificidade,
no qual cada indicador será correlacionado a condições metabólicas
diferentes. Entretanto, apesar da minimização do olhar profissional que
ocorre ao hemograma, devido a sua alta frequência e fato de ser comum
de ser solicitado, este é um exame de grande importância ao cenário
clínico, relacionando-se a uma série de cenários fisiológicos importantes
de serem analisados e avaliados. 
 Os triglicerídeos (TAG) é o principal lipídio encontrado no organismo,
no qual é composto por 3 ácidos graxos e um glicerol. Os TAG são
formado principalmente no fígado e são armazenados principalmente no
tecido adiposo branco, sendo assim, corresponde a principal reserva
endógena de energia do corpo. 
 Os TAG´s são utilizados como um importante marcador bioquímico
que avalia a quantidade plasmática de lipídio circulante, este marcador
geralmente encontra-se elevado no período pós-prandial. Após uma
refeição, estes TAG circulam no sangue após serem absorvidos no
intestino, o transporte desta macromolécula ocorre por meio de
lipoproteínas. 
PERFIL LIPÍDICO
 A analise do perfil lipídico do paciente por meio do exame laboratorial
envolve todos os marcadores bioquímicos relacionado ao metabolismo
lipídico do individuo, bem como seu estado de saúde e possibilita o
nutricionista realizar correlações com o estado nutricional do indivíduo.
Triglicerídeos
Colesterol Total
VLDL Colesterol
LDL Colesterol
HDL Colesterol
TRIGLICERÍDEOS
TAG Ácidos Graxos
Glicerol
 Os triglicerídeos também podem ser sintetizados endogenamente por 
meio dos carboidratos, este processo é chamado de lipogênese de novo,
ou seja, elevações nos níveis de TAG podem ser resultante de uma
alimentação rica em carboidratos e calorias, visto que a formação hepática
de lipídio ocorre em excesso de energia. 
 Um consumo de carboidratos simples favorece ainda mais a formação
de gordura no organismo, visto que a frutose pode desviar de rotas
metabólicas e aumentar a biossíntese de lipídios. Esta frutose é
encontrada principalmente alimentos ultraprocessados e em alimentos
ricos em sacarose.
 Em um ambiente rico em energia a nível celular (alto conteúdo de
NADH e ATP), ocorre um acumulo de citrato no ciclo do ácido cítrico (ciclo
de krebs), citrato esse que extravasa para o citosol e se dissocia em
oxalacetato e Acetil-Coa, este Acetil-Coa da origem ao processo de
biossíntese de lipídios hepático. 
 
Piruvato
Piruvato Acetil-Coa
CitratoOxalacetato
Citrato
Oxalacetato
Acetil-Coa
Malonil-Coa
GLICOSE Ácidos graxos
Ciclo de krebs
Glicólise
Alongamento das cadeias
de ácidos graxos. 
INSULINA
ATP
NADH
Mitocôndria
Citosol
Valor de referência: 
Nível de Triglicerídios (mg/dl)
<150
150 a 199
200 a 499
500
Categoria
Normal
Limítrofe alto
Alto
Muito altoCOLESTEROL TOTAL
 O colesterol total é um marcador bioquímico que corresponde a um
composto esteroide transportado na sangue através de uma lipoproteína.
É um composto importante e essencial para o organismo que atua como
um componente de membrana lipídica, além disso, é precursor de
hormônios esteroides (hormônios sexuais, glicocorticoides e
mineralocorticoides), dos ácidos biliares e de vitamina D.
 Na prática clínica a análise deste marcador deve levar em consideração
diversos fatores que podem levar ao aumento ou redução dos níveis de
colesterol. Um indivíduo que apresenta uma alimentação hiperlipídica e
que é consumidor frequente de álcool, tende a apresentar aumentos nos
níveis de colesterol total.
 Indivíduos que apresentam patologias como hipercolesterolemia
familiar ou hipotireoidismo também apresentarão aumentos significativos
nos níveis endógenos de colesterol total. Mulheres gravides também tem
seus níveis aumentados, logo, quando analisar o exame, todos estes
paramêtros devem ser levados em consideração. 
Valor de referência: 
<200 mg/dl
150 a 239 mg/dl
>240 mg/dl
Nível desejável que faz com que a pessoa tenha
menor risco de coronariopatia (CP).
Limítrofe alto
Colesterol sanguíneo elevado. Maior risco de CP
VLDL COLESTEROL
 A VLDL colesterol, conhecida como VLDL-C, é uma lipoproteína
formada no fígado composta de 50% de triacilglicerol, 8% de fosfolipídios,
6% de colesterol e 16% de éster de colesterol. A função desta lipoproteína
é realizar o transporte de TAG do fígado aos tecidos, aproximadamente
80% do conteúdo de TAG sanguíneo é encontrado na VLDL-C. A VLDL-C
geralmente tem seus níveis elevados em casos de sobrepeso e obesidade,
diabetes e alcoolismo.
Valor de referência: 
<30mg/dl
LDL COLESTEROL
 A LDL colesterol, conhecida como LDL-C ou como lipoproteína de baixa
densidade, é uma lipoproteína formada no fígado, a partir do metabolismo
da VLDL-C, que é composta de 4% de triacilglicerol, 21% de fosfolipídios,
9% de colesterol e 42% de éster de colesterol. A função desta lipoproteína
é realizar o transporte de colesterol do fígado aos tecidos.
 A LDL-C é comumente associada a um potencial patogênico, chamada
em meio ao senso comum de "colesterol ruim", entretanto, a LDL-C
apresenta risco em sua forma oxidada, no qual, em contextos
inflamatórios com a presença de excesso de oxidantes, esta molécula
pode ser oxidada e originar células espumosas, que resulta em maior
inflamação com potencial aterogênico.
 A LDL-C geralmente apresenta-se aumentado em pacientes com maus
hábitos alimentares, como alto consumo de ultraprocessados, rico em
açúcar e gordura saturada. Assim como a elevação do coleterol total
ocorre em pacientes com hipercolesterolemia familiar, isso se repete com
o LDL-C, permanecendo aumentado na presença desta patologia.
Nível de Colesterol LDL (mg/dl)
<100
100 a 129
130 a 159
160 a 189
190
Categoria
Ideal
Acima do Ideal
Limítrofe alto
Alto
Muito alto
Transporte do fígado
para os tecidos
Transporte dos
tecidos para o fígado
 A HDL colesterol, conhecida como HDL-C ou como lipoproteína de alta
densidade, é uma lipoproteína produzida pelo fígado. A função que a HDL-
C desempenha é o transporte reverso de colesterol, ou seja, que leva o
colesterol dos tecidos ao fígado. 
 Comumente conhecida como "colesterol bom", a HDL-C é uma
lipoproteína que através da prática regular de exercícios aeróbicos pode
ter seus níveis elevados. A HDL-C é composta por 3-15% de Triacilglicerol,
26-46% de fosfolipídios, 2-10% de colesterol, 15-30% de éster de
colesterol e 55% de proteínas.
Valor de referência: 
HDL COLESTEROL
Valor de referência: 
<40mg/dl
LDL-C HDL-C
Glicose Ácidos graxos Aminoácidos
Acetil-CoA
HMG-CoA
Mevalonato
Esqualeno
Fator limitante
da síntese
Mediadores:
- Vit. K
- Vit. E
Vit. A
- Carotenóides
- Heme A
- Ubiquinona
Insulina
Glucagon
Colesterol intracelular
Sais biliares
Acetil-CoA Acetil-CoA
Acetoacetil-CoA
Colesterol
HMG-CoA
redutase
+
ÍNDICE DE CASTELLI 1 & 2
 Além das analises isoladas das frações do colesterol, é possível utilizar
um escore que avalia risco de doença cardiovascular através da razão
entre as frações ou sobre o colesterol total. O Índice de Castelli 1 e o 2 são
formas aplicáveis de avaliar risco cardiovascular, sem demandar tempo ou
investimento.
Valor de referência: 
ÍNDICE DE CASTELLI 1: COLESTEROL TOTAL/HLD-C
ÍNDICE DE CASTELLI 2: COLESTEROL LDL-C/HLD-C
IC 1: <4,5 homem x <4,0 mulher 
IC 2: <3,0 homem x <2,5 mulher
Células beta-
pancreáticas
METABOLISMO DA GLICOSE
 Em meio ao aumento constante da incidência e prevalência de doenças
crônicas não transmissíveis em escala mundial, e entre elas ao grande
crescimento do número de casos de Diabetes Mellitus, conhecer e melhor
compreender marcadores laboratoriais do metabolismo da glicose tornar-
se uma necessidade do Nutricionista de excelência. No qual, a discussão
sobre o mecanismo fisiopatológico comparado a fisiologia normal do
desenvolvimento do quadro de desregulação glicídica é melhor
aprofundada no E-book Nutrição Clínica também do Coimbra Academy,
sendo a discussão que nos cabe a apresentação e interpretação dos
principais exames bioquímicos relacionados ao metabolismo da glicose no
organismo humano.
METABOLSIMO DA GLICOSE - RESUMIDO
Glicose em jejum
Insulina em jejum
Glicose
exógena↑Glicemia
Liberação de
insulina
↑Captação de glicose
Glicose
endógena
Tecidos
periféricos
Hemoglobina glicada
HOMA-IR
HOMA-BETA
Frutosamina
PRINCIPAIS MARCADORES LABORATORIAIS
 De modo geral, o metabolismo da glicose relaciona-se com um
conjunto de vias fisiológicas e bioquímicas que absorvem a glicose
exógena (alimentação) ou liberam fontes endógenas (glicogênio hepático),
o que acarreta em aumento das concentrações de glicose sérica (glicemia)
e obrigam células beta-pancreáticas a secretarem insulina. Por sua vez,
por meio de uma cascata celular, a insulina conduz a expressão de GLUT4
na membrana de células em tecidos periféricos, sendo este um
transportador de glicose insulino-dependente. Dessa forma, a glicose
sérica é captada do sangue para o interior celular. 
GLICOSE EM JEJUM
 Podendo ser visualizado como o exame bioquímico mais básico e geral
do metabolismo da glicídico, a glicose ou glicemia em jejum apresenta-se
como um importante marcador metabólico, o qual pode servir até mesmo
como ferramenta para diagnóstico. Na prática clínica, a identificação inicial
e monitoramento da glicose em jejum permite ao nutricionista avaliar as
respostas biológicas do indivíduo frente a conduta dietética adotada,
associando-se ou não a redução do risco de desenvolvimento de Diabetes
pelo paciente.
Valor de referência: 
Homens e mulheres adultos: 70 a 99mg/dL
 Em geral, valores menores ou maiores ao de referência apresentam
riscos a saúde do indivíduo, no qual a adesão à medidas corretivas frente a
baixos valores será dependente dos sinais clínicos do paciente. Onde,
resultados acima de 100 até 124mg/dL relacionam-se com condições de e
resistência à insulina, enquanto valores superiores à 125mg/dL indicam
fortemente a instalação do distúrbio metabólico de Diabetes Mellitus (DM).
INSULINA EM JEJUM
 Como dito previamente, a insulina é um hormônio peptídico secretado
pelas células beta-pancreáticas frente ao aumento das concentrações de
glicose sanguínea. Sendo este, o principal fator metabólico responsável
por estimular a captação de glicose por tecidos periféricos como músculo
esquelético e tecido adiposo.
No cenário dos exames laboratoriais, a quantificação das concentrações
de insulina em jejum demonstram importância para melhor visualizar o
status glicídico do organismo humano. Tendo em vista que resultados
acima do valor de referência relacionam-se com quadros de DM2,
hipoglicemia factícia, síndrome autoimune da insulina, cirrose, acromegalia 
e hipoglicemia reativa após a ingestão de glicose (carboidratos)
20 40 60 80 100 120
125 
100 
75 
50 
25 
0 
G
LI
CE
MIA
DIAS
 Em outra mão, as concentrações séricas de insulina estarão diminuídas
em casos de DM1, hipopituitarismo e DM grave com cetose com perda de
peso. Por fim no cenário da nutrição, as concentrações de insulina podem
ser utilizadas na prática para refletir/representar o consumo de
carboidratos pelo indivíduo, no qual ambas variáveis serão diretamente
proporcionais.
Valor de referência: 
Homens e mulheres adultos: 6 a 27 µUI/mℓ
HEMOGLOBINA GLICADA
 Como um dos poucos marcadores do metabolismo da glicose que
reflete situações não agudas, a hemoglobina glicada (HbA1c) permite ao
nutricionista visualizar um aspecto médio das concentrações de glicose
nos 120 dias que antecedem a realização do exame. 
↑Glicemia
↑Glicosilação da
hemoglobina
Como um
eritrócito
apresenta meia
vida de 120 dias,
este é o tempo
reproduzido no
exame de HbA1c
 Os resultados da HbA1c poderão estar aumentandos em situações de
hemoglobina fetal acima do normal, insuficiência renal crônica, anemia
ferropriva, esplenectomia, aumento dos níveis séricos de triglicerídeos,
etilismo, toxicidade de chumbo e tratamento com salicilatos. Como
também podem estar diminuídos em redução da sobrevida de eritrócitos
(anemias hemolíticas ou hemorragias), após transfusões, gravidez,
ingestões de grandes quantidades vitamina C ou E e hemoglobinopatias.
Irreversível
Valor de referência: 
Homens e mulheres adultos: menor que 5,6%
 Ainda, valores entre 5,7 e 6,4% de HbA1c relacionam-se com risco
aumentado para diabetes mellitus e acima de 6,5% já estariam dentro da
faixa observada em diabéticos.
HOMA-IR E HOMA-BETA
 Em duas fórmulas de cálculos matemáticos, o HOMA-IR e HOMA-BETA
são duas grandes ferramentas do nutricionista para avaliar as condições
do metabolismo glicídico do paciente. Por sua vez, o HOMA-IR visa prever
as concentrações homeostáticas que surgem de vários graus de
deficiência de células beta-pancreáticas e resistência à insulina. Em suma,
na prática clínica o HOMA-IR é principalmente utilizado a fim de avaliar o
status de sensibilidade à insulina do indivíduo, calculado a partir da
fórmula: 
HOMA-IR = [(glicemia em mmol/L) x (insulinemia em uU/mL / 22.5
 Onde como pode ser visto, o cálculo para HOMA-IR irá levar em
consideração as variáveis de glicemia em jejum e insulina em jejum
divididos por um valor previamente determinando, no qual os valores
obtidos serão interpretados conforme os valores abaixo:
Valor de referência: 
Homens e mulheres adultos: maior que 2,71%
 Por outro lado, o HOMA-BETA é um marcador bioquímico capaz de
avaliar a capacidade das células beta-pancreáticas em produzir e secretar
insulina, também levando em consideração as variáveis de insulina e
glicemia em jejum a partir de um cálculo matemático.
Valor de referência: 
Homens e mulheres adultos: 167 a 175
FRUTOSAMINA
 Sendo que valores de Frutosamina estarão aumentados em condições
de hiperglicemia em pacientes com Diabetes Mellitus não controlado via
alimentação ou intervenções farmacológicas.
Valor de referência: 
Homens e mulheres adultos: 170 a 285 Mmol/l
 Em termos gerais, o exame de frutosamina descreve a taxa de glicação
da albumina e de outras proteínas séricas na corrente sanguínea,
apresentando a capacidade de refletir as concentrações de glicose no
sangue dentro de um período que antecede 2 a 3 semanas da realização
do exame.
FUNÇÃO HEPÁTICA 
 Os exames bioquímicos são úteis para identificar o estado do
organismo, entretanto, alguns marcadores direcionam o olhar clinico
sobre órgãos específicos. No exemplo do fígado, um órgão que
desempenha diversas reações detoxicação, através de milhares de
reações enzimáticas, e além disso, quando se fala de metabolismo, o
fígado é um visto como um dos componentes centrais. 
 Por sua vez, o fígado é responsável por uma série de funções como
armazenamento e distribuição de glicose para o organismo, como
também, é um órgão responsável por metabolizar nutrientes, fármacos e
compostos exógenos e diversos outros metabólitos.
 A Cada ano que passa os níveis de obesidade e síndrome metabólica
aumentam, onde o estilo de vida passa a ser cada vez mais sedentário e
com maior disponibilidade de alimentos ricos em açúcar e gorduras
saturadas, sendo todos esses fatores adjuvantes para o quadro de 
 estresse hepático. Atualmente a doença hepática não alcóolica apresenta
uma prevalências de 25% da população mundial. 
Fármacos
AVALIAÇÃO DE FUNÇÃO HEPÁTICA
TGO
TGP
↑Atividade 
 enzimática
FATORES
ESTRESSORESXenobióticos
GGT
FOSFATASE ALCALINA
BILIRRUBINA TOTAL,
DIRETA E INDIRETA
PRINCIPAIS MARCADORES LABORATORIAIS
↑
Excesso de
nutrientes
Consumo 
de álcool
↑
TGO E TGP
 As enzimas TGO e TGP são da classe das transaminases, que catalisam
reações de transaminação/transferência de um grupo amina entre um
aminoácido e um alfa-cetoácido. 
 A TGO, também conhecida como aspartato aminotransferase (AST),
catalisa a transferência reversível de um grupo alfa-amino entre o
aspartato e o glutamato. A TGO é amplamente distribuída nas células do
organismo, estando presente no músculo esquelético e cardíaco, rins e
fígado.
 A TGO é uma enzima comumente utilizada na prática clínica para
avaliar dano hepático e tem seus níveis aumentados em patologias
associadas ao fígado. Entretanto, a analise desta enzima deve levar em
consideração as diversas influências de fatores externos que podem
causar elevação dos níveis desta enzima, principalmente a atividade física
que modula positivamente os níveis plasmáticos da TGO.
 A TGP, também conhecida como alanina aminotransferase, catalisa a
interconversão entre piruvato e alanina. A TGP, assim como a TGO é uma
enzima comumente utilizada para avaliar dano hepático.
 A TGP, assim como a TGO, sofre aumento nos níveis plásmaticos após
atividade física, porém, sua elevação é menor em relação a TGO. Na
prática clinica estas enzimas devem ser analisadas levando em
consideração o estilo de vida do paciente e a presença ou não de uma
atividade física próxima ao dia de realização do exame.
Valor de referência: 
TGO e TGP: 10 - 40 U/L
GGT
 A GGT, conhecida como Gama glutamil transferase é responsável pelo
metabolismo extracelular da glutationa, o principal antioxidante nas
células. Possui expressão em diversos tecidos, mas principalmente no
tecido hepato-biliar. A GGT é uma enzima que não sofre influência do
exercício físico, como a TGO e TGP, logo, em praticantes de atividade física
é mais sensível para a avaliação de dano hepático.
 Diversas patologias que causam alterações na função hepática ou dano
hepático, causam elevação significativa de GGT, esta é uma enzima
responsiva a presença de um ambiente de estresse oxidátivo, além disso,
diversos fármacos atuam causando elevação nos níveis de GGT. 
Valor de referência: 
7 - 50 UI/L
FOSFATASE ALCALINA
 A fosfatase alcalina (ALP) refere-se a uma família de enzimas que
catalisam a hidrólise de ésteres de fosfato em pH alcalino. Existem 5
isoformas de fosfatase alcalina derivadas do fígado , do osso, intestino ,
placenta e tecidos associados a tumores.
Hemólise
Globina
 A fosfatase alcalina é comumente utilizada para avaliar dano hepático,
apresenta boa sensibilidade para este tipo de avaliação, porém, ainda é
menos sensível que a GGT.
Valor de referência: 
30 - 115 UI/L
BILIRRUBINA TOTAL, DIRETA E INDIRETA
 A avaliação de bilirrubina é geralmente utilizada para avaliar a função
hepática, sendo que, através dos exames bioquímicos é possível ver a
quantidade total e suas frações (direta ou indireta). Tipicamente, a
bilirrubina é determinada em dois testes para bilirrubina “total” e “direta”, a
subtração da bilirrubina direta da total fornece a “bilirrubina indireta”.
 A bilirrubina pode estar aumentada em condições de dano hepático,
obstrução biliar, porém, a condição de hemólise afeta positivamente os
níveis de bilirrubina, principalmente porque a hemólise gera liberação de
hemoglobina queresulta em liberação do grupo heme, este que é
metabolizado em biliverdina e em bilirrubina, ou seja, doenças hemolíticas
ou atividades física que resultam em hemólise, causam elevações no valor
de bilirrubina e frações.
Valor de referência: 
Bilirrubina Total: 0,3 a 1,2 mg/dL
Bilirrubina Direta: 0,0 a 0,4 mg/dL
Grupo Heme
Aminoácidos
Bileverdina
Bilerrubina
FUNÇÃO RENAL
 O sistema renal desempenha um papel essencial na homeostase do
organismo humano e bem estar do indivíduo, sendo sua responsabilidade
biológica relacionada a filtrar o plasma sanguíneo visando a excreção de
compostos que podem ser nocivos, bem como ainda demonstra
importante função no controle de fluídos corporais e regulação da pressão
arterial. Na prática, toda essa maquinaria fisiológica é composta por rins,
ureteres, bexiga e uretra, de maneira em que os néfrons são a principal
unidade motora representante do sistema, sendo este o responsável
propriamente dito pela filtração renal, ao passo que demais estruturas
podem ser compreendidas como organizações de armazenamento e
condução de fluídos.
 No contexto atual as doenças renais são um grande problema de saúde
pública, cujo dados estimam que somente no Brasil cerca de 1 a 4 milhões
de pessoas são portadoras de Insuficiência Renal Crônica. Entretanto, a
avaliação da função renal sempre foi um grande desafio para a medicina e
demais áreas da saúde, no qual alguns marcadores que serão discutidos
em seguida evidenciam-se como as melhores opções para análise e
monitoramento do sistema renal.
FUNÇÃO RENALFUNÇÃO RENAL
Excreção de substâncias
Controle da pressão arterial
Reabsorção de substâncias
Controle de flúidos
Produção de hormônios
Em suma, os rins são uma chave essencial nos processos de excreção e reabsorção
de substâncias e íons, bem como do sistema cardiovascular e endócrino
Creatinina
Corrente sanguínea
CREATININA
 Sendo um metabólito da hidrólise da Creatina, cujo é sintetizada pelo
fígado e captada pelo tecido muscular para armazenamento de energia na
forma de fosfato de creatina (PCr), a creatinina pode ser compreendida
como a creatina "gasta" pelo tecido muscular, necessitando ser excretada
pelos rins. 
Rins
Excreção
Creatina-P
Trabalho biológico
Metabolismo da creatininaMetabolismo da creatinina
 A Creatinina poderá estar aumentada em indivíduos que apresentem
alta ingestão de carnes, suplementação de creatina, grande volume de
massa muscular, azotemia, pré e pós-renal, gigantismo, acromegalia, alta
taixas de catabolismo, distrofias musculares, hipertireoidismo, terapia com
testosterona, comprometimento da função renal e uso de
aminoglicosídeos. Por outro lado, também poderão estar reduzidos em
processos de redução muscular e frente a utilização de fármacos.
Valor de referência: 
Homens: 0,5 a 1,2 mg/dL | Mulheres: 0,6 a 1,3 mg/dL
URÉIA
 De maneira similar a creatinina, a Uréia não evidencia-se como um
marcador extremamente específico da função renal, sendo o metabolismo
propriamente dito do metabólito vinculado a excreção do excedente de
aminoácidos e amônia pelo fígado, sendo esse resultante do catabolismo
de aminoácidos e de ácidos nucleicos. No qual, mais de 90% da uréia
produzida é excretada pelos rins por meio da urina, sendo um marcador
utilizado para avaliação da função renal e do estado hipercatabólico de
pacientes críticos.
Valor de referência: 
Homens e mulheres adultos: 7 a 23 mg/dL
 Sendo que na prática clínica, os valores de uréia estarão aumentados
em condições de comprometimento da função e/ou filtração
glomerular/renal, dietas hiperproteicas, azotemia pré e pós-renal,
aumento do catabolismo proteico (quadros inflamatórios, infarto agudo do
miocárdio e diversas outras condições). Em contrapartida, esses
resultados estarão diminuídos em relação a diurese por hiperhidratação,
lesão hepática grave, aumento da utilização biológica de proteínas
(amamentação, gravidez, uso de esteróides anabolizantes, etc), dietas
hipoproteicas, síndromes diabsortivas, síndromes nefróticas e uso de
fármacos. 
ÁCIDO ÚRICO
 Consistindo no produto final do catabolismo de purinas, cujo é liberado 
quando o DNA e RNA são degradadas pelas células que estão sofrendo
lise. A maior parte do ácido úrico é sintetizado pelo fígado e mucosa
intestinal, sendo aproximadamente 2/3 excretados pelo rins e 1/3 pelo
trato gastrointestinal. 
Valor de referência: 
Homens: 2,5 a 8,0 mg/dL | Mulheres: 1,9 a 7,5 mg/dL 
 Os resultados de Ácido úrico podem estar aumentados em casos de
insuficiência renal, gota, destruição aumentada de nucleoproteínas,
fármacos, acidose metabólica, dietas hiperproteícas, etilismo,
hipotireoidismo, hipertensão arterial, exercício intenso e aterosclerose. Em
outro lado, esses valores podem estar aumentados frente ao uso de
fármacos, acromegalia, doença celíaca, adenoma pleomórfico e Xantinúria.
CISTATINA C
 A Cisteina C é uma proteína não glicosilada presente em todas as
células nucleadas do organismo humano, possuindo papel de inibir a
cisteína protease. Sendo um composto encontrado em todos os líquidos
corporais cujo não sofre interferência de fatores externos como idade,
gênero, massa muscular ou processo inflamatório. A cistatina C é
removida da circulação por filtração glomerular e sofre reabsorção
completa e degradação nos túbulos renais. Diante disso, a concentração
plasmática de cistatina C é quase exclusivamente determinada pela taxa
de filtração glomerular, tornando-a um excelente indicador de
monitoramento desse parâmetro.
Valor de referência: 
Homens e mulheres adultos: 0,5 a 1,0 mg/L
 As alterações dos valores de Cisteína C relacionam-se principalmente a
seu aumento frente ao tratamento de glicocorticoides, distúrbios da
tireóide, uso de esteróides e lactação.
FUNÇÃO TIREOIDIANA
 Os marcadores bioquímico são utilizados para avaliar a função
tireoidiana assim como realizar diagnóstico e monitoramento de distúrbios
na tireoide. A glândula tireoide é uma glândula alveolar (acinar) sem ductos
e altamente vascularizada, localizada na parte anterior do pescoço, em
frente à traqueia. Os hormônios tireoidianos são liberados e mediados
por diversos órgãos e eles desempenham importantes papéis na
manutenção da homeostasia e na regulação do metabolismo.
EIXO HIPOTÁLAMO-HIPÓFISE-TIREOIDEEIXO HIPOTÁLAMO-HIPÓFISE-TIREOIDE
 A glândula da tireoide é regida pelo eixo HPT (hipotálamo-hipófise-
tireóide), onde a liberação de TRH pelo hipotálamo estimula a secreção de
TSH pela adenohipófise, que atua se ligado a receptores em células da
tireoide, induzindo a produção e a secreção de T3 e T4. Os hormônios
tireoidianos atuam por mecanismos de feedback negativo na região da
hipófise e do hipotálamo, atenuando a secreção hormonal do eixo.
Hipófise
TRH
TSH
T3
T4
Hipotálamo
EIXO HPTEIXO HPT
Efeitos metabólicos
sistêmicos
 A solicitação de exames referentes a avaliação de função tireoidiana
deve levar em consideração a real necessidade, visto que, a em sua
maioria, analisar a tireoide sem que haja sinal clinico, condição genética
associada ou patologia diagnosticada pode gerar um custo desnecessário,
Os guidelines inclusive sugerem uma ordem para solicitação dos
marcadores, porém na prática pode dificultar a adesão do paciente.
TSH - Hormônio tireoestimulante
TRH - Hormônio liberador de tireotrofina
 A glândula da tireoide é regida pelo eixo HPT (hipotálamo-hipófise-
tireóide), onde a liberação de TRH pelo hipotálamo estimula a secreção de
TSH pela adenohipófise, que atua se ligado a receptores em células da
tireoide, induzindo a produção e a secreção de T3 e T4. Os hormônios
tireoidianos atuam por mecanismos de feedback negativo na região da
hipófise e do hipotálamo, atenuando a secreção hormonal do eixo.
TSH
T4
T3
T3 reverso
Anticorpos antitireoide
peroxidase (TPO)
TSH
 O hormônio tireoestimulante, conhecido como TSH é um hormônio
glicoprotéico secretado pela adeno-hipófise que estimula a biossíntese e a
liberação dos hormônios da tireoide,T4 (tiroxina) e o T3 (triiodotironina). 
 É um marcador bastante utilizado para avaliação da função tireoidiana,
para investigação de distúrbios na tireóide e monitoramento do estado
metabólico, tendo em vista que os hormônios tireoidianos têm grande
contribuição na taxa metabólica de repouso.
 O TSH é um hormônio fundamental para analisar a função tiroidiana e
identificar previamente alterações no padrão de secreção dos hormônios
tireoidianos. Através do TSH é possível investigar um possível
hipotireoidismo chamado de hipotireoidismo subclínico ou um
hipertireoidismo, porém, essa investigação deve levar em consideração os
outros marcadores e os sinais clínicos que são fundamentais.
Valor de referência: 
0,28 a 3,89 uUI/mL
T4
 O hormônio tiroxina, conhecido como T4, é principal hormônio
secretado pela glândula tireoide. Após a secreção de T4, cerca de 70% é
carreado através de uma proteína transportadora no sangue,
principalmente pela globulina de ligação da tireoide e pela albumina. 
 Ao chegar nos tecidos, o T4 sofre desiodação a T3, por meio das
enzima desiodinase do tipo 1 e 2 (DIO1 e DIO2), que resulta em ação
hormonal no tecido alvo. 
 O T4 é um marcador bastante utilizado para monitorização da função
tireoidiana, e também é utilizado para diagnóstico e tratamento de
distúrbios da tireoide. O T4 e o TSH são dois marcadores que já indicam
alterações importantes na função tireoidiana, sem que haja necessidade
da solicitação de T3, mesmo que o T3 seja o hormônio biologicamente
ativo.
T4
T3
T4
T3
T4
T3r
T3
T3T2
T3
DIO1,
DIO2 
DIO
3
DIO3 
Núcleo
Tecido alvo
Valor de referência: 
 T4 Total: 6,09 a 12,23 µg/dℓ
 T4 Livre: 0,58 a 1,64 ng/dℓ
T3
 O hormônio triiodotironina, conhecido como T3, consiste no hormônio
tireoidiano biologicamente ativo, no qual, a maior fonte no organismo é
proveniente da conversão do T4 (tiroxina) nos tecidos periféricos, sendo,
aproximadamente, 20% sintetizados pelas células foliculares. 
 A maior proporção da T3 é transportada com ligação à proteínas, com
apenas 0,3% encontrando-se de maneira livre não ligada. Possui ação
biológica mais potente do que o T4. 
 Os exames de T3 e T3L tendem a superestimar o valor, o que torna a
confiabilidade baixa. Por outro lado, a melhor forma de pedir T3 é através
de uma avaliação de espectrômetro de massa, que é um exame caro e
exige um tempo maior de avaliação. No geral, a mensuração dos níveis de
T3 não é recomendado na prática clínica, sendo utilizada apenas em
situações de supressão de TSH, T4 normal e uma clínica sugestiva de
hipertireoidismo.
Valor de referência: 
T3 Total: 87 a 178 ng/dL
 T3 Livre: 2,5 a 3,9 pg/mL
 
T3 REVERSO
 Consiste em um isômero do T3 que tem pouca ou nenhuma atividade
biológica e apresenta uma taxa de depuração metabólica mais alta do que
a T3. O T3 reverso é constantemente associado a algo ruim para o
organismo, visto que em condições de estresse crônico pode haver
elevações nos níveis de T3 reverso, entretanto o T3 reverso pode ser
utilizado em avaliações específicas para analisar o metabolismo do
individuo após uma restrição calórica. O T3 reverso aumenta em
individuos com grande e rápida perda de peso, visto que a inativação do
T3 causa uma redução da intensidade do metabolismo.
Níveis de TSH
Elevado Normal Baixo
Baixo Normal Elevado
T4 livre Não requermais testes
Baixo Normal Elevado
T4 livre
Hipotireoidismo
primário
Hipotireoidismo
subclínico
Hipertireoidismo
secundário/ 
resistência
ao hormônio
tireoideano 
Hipotireoidismo
secundário
Hipertireoidismo
primárioT3 Livre
Normal ElevadoHipertireoidismosubclínico
Valor de referência: 
90 a 350 pg/mℓ.
PARAMÊTROS TIREOIDIANOSPARAMÊTROS TIREOIDIANOS
ANTICORPOS ANTI-TIREOPEROXIDASE (TPO)
 Os anticorpos anti-tireoperoxidase (TPO) são autoanticorpos contra a
enzima tireoperoxidase. Essa enzima catalisa a iodação da tirosina na
tireoglobulina (Tg) para que ocorra a biossíntese dos hormônios
tireoidianos (T3 e T4). Em praticamente todos os casos de doença de
Hashimoto e na maioria dos casos de doença de Graves, há uma elevação
nos anticorpos anti-TPO. 
Valor de referência: 
< 35 UI/mℓ
Usando a lógica que T3 e T4 devem estar altos, impedindo a secreção de TRH
e TSH, o primeiro diagnóstico é de hipertireoidismo
Outra possível linha de raciocínio é que o TSH pode estar baixo por uma
disfunção hipofisária. Assim, o diagnóstico aqui seria de hipotireoidismo. 
A clínica é fundamental pois, mesmo a possibilidade do TSH baixo
representar um hipertireoidismo ou hipotireoidismo, os sinais e os sintomas
relatados pelo paciente levam ao direcionamento ao diagnóstico.
Variações nos biomarcadores da função tireoideana
TSH - baixo
TSH baixo e T4 alto
Hipertireoidismo 
TSH baixo e T4 normal
Hipertireoidismo subclínico, que nem sempre é indicativo de
tratamento 
TSH baixo e T4 baixo
Hipotireoidismo central
TSH normal e T4 baixo
Pode ser um hipotireoidismo central. Isso é explicado devido a
possibilidade do TSH aparecer em valores dentro da referência (porém,
próximo ao limite inferior de 0,4) e o T4 sendo encontrado em
quantidade muito abaixo da referência. Neste contexto de T4 baixo, em
teoria, o TSH deveria estar alto para estimular a glândula tireóide a
produzir mais hormônios. Além disso, em um contexto de falência
hipofisária, o T4 que aparece no exame é imunologicamente ativo,
porém biologicamente inativo, sem função de sinalização. 
Dito isso, em casos de hipotireoidismo central não se usa TSH como
parâmetro para reposição, utilizando mais especificamente o T4 como
parâmetro

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