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ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM AO PACIENTE COM PROBLEMAS HEMATOLÓGICOS SISTEMA HEMATOLÓGICO • O sangue é produzido em dois locais: medula óssea e no sistema reticulo endotelial (SRE). • O sangue é responsável pelo: • Transporte de oxigênio absorvido dos pulmões • Nutrientes do trato gastrointestinal para as células do corpo. • ‡ Transporte de produtos tóxicos (dióxico de carbono, resíduos) produzidos pelo metabolismo celular para pulmões, pele, fígado e rins. • ‡ Transporte de hormônios e anticorpos dos sítios de produção para os sítios de ação.‡ • contribuir para a Homeostase, auxiliando na distribuição de água, solutos e calorias ANATOMIA E FISIOLOGIA • Formado por: sangue, medula óssea e linfonodos. • Volume: • 7 a 10 % do peso corporal ( cerca de 5 -6 litros)Circula através do sistema vascular • Função: • levar nutrientes e oxigênio para células e retirar substâncias tóxicas e gás carbônico ANATOMIA E FISIOLOGIA • Medula óssea : Hematopoese (formação de células sanguíneas) • Na criança em todos os ossos esqueléticos,adulto pelve,costela,vértebra e esterno; • Células tronco ou células matriz :capacidade de auto- duplicar. ANATOMIA E FISIOLOGIA • Hormônios envolvidos • Eritropoetina :Produzido principalmente nos rins • Processo dura 5 dias • Outros compostos envolvidos -ferro -vitamina B12 - Ácido fólico - Vitamina B6(piridoxina) ANATOMIA E FISIOLOGIA • Ferro: armazenado no intestino delgado (ferritina e no Reticuloendotelial) • Vitamina B12 e ácido fólico (absorvidos no intestino delgado proximal) • Deficiência leva a produção de hemácias grandes:megaloblastos. RESULTADOS LABORATORIAIS • HEMOGRAMA • Anemia: valores de Hg e Ht diminuídos • Policitemia:valores de Hg e Ht aumentados • Leucopenia ou neutropenia: contagem de leucócitos ou neutrófilos diminuídos • Leucocitose:Leucócitos e neutrófilos aumentados • Trombocitose ou trombocitemia: plaquetas aumentadas • Trrombocitopenia:Plaquetas diminuídas ANEMIAS • CLASSIFICAÇÃO DAS ANEMIAS • -Anemia hipoproliferativa; • -Anemia hemolítica; • -Anemia por perda de hemácias ANEMIA HIPOPROLIFERATIVA • Anemia por deficiência de ferro • CAUSAS • Ingesta inadequada de ferro na dieta para a síntese de hemoglobina • Comum em todas as faixas etárias • Má absorção de ferro (gastrectomia ou doença celíaca) • Mulheres na pré-menopausa (menorragia) • Dietas vegetarianas e ancilóstomo duodenale • Gastrites,úlceras e tumores gastrointestinais. ANEMIA HIPOPROLIFERATIVA • Manifestações clínicas • Taquicardia aos esforços • Fadiga • Língua macia • Unhas quebradiças • Queilose angular ANEMIA HIPOPROLIFERATIVA • TRATAMENTO • Suplementação de ferro • Cuidados de enfermagem • Dieta • Reposição de ferro ANEMIA HIPOPROLIFERATIVA • Suplementação de ferro • Difícil adesão (náuseas,desconforto abdominal e constipação) • Tomar o ferro com estômago vazio 1 hora antes das refeições ou 2 horas depois) • Comece gradativamente aumentando a dose • Aumente a ingesta de vitamina C • Dieta rica em fibras • Fezes escuras ANEMIA HIPOPROLIFERATIVA • Anemias nas doenças renais • Deficiência de eritropoetina comprometendo a eritropoese • Hemodiálise • Tratamento • Eritropoetina combinada com suplemento de ferro ANEMIA HIPOPROLIFERATIVA • Anemia aplástica • Congênita ,adquirida ou idiopática • CAUSAS - Infecções - Gravidez - Medicamentos - Radiação e substâncias químicas ANEMIA HIPOPROLIFERATIVA • Anemia aplástica - Substâncias associadas - Hipoglicêmicos - Analgésicos - Antimicrobianos - Anticonvulsivantes - Inseticidas - Fenilbutazona ANEMIA HIPOPROLIFERATIVA - Manifestações clínicas - Infecções - Fadiga - Dispnéia - Palidez - Púrpura - Hemorragia - Falência da medula ANEMIA HIPOPROLIFERATIVA - DIAGNÓSTICO - Hemograma - Mielograma - Ausência de células ou poucas células(gordura) ANEMIA HIPOPROLIFERATIVA - TRATAMENTO - Transplante de medula óssea - Terapia imunossupressora (globulina e ciclosforina) - Transfusões de hemácias e plaquetas IMPORTANTE! Cuidados com infecção ANEMIA HIPOPROLIFERATIVA - Anemias Megaloblásticas - Causadas por deficiência em vitaminas B12 ou ácido fólico - Hemácias anormalmente grandes ANEMIA HIPOPROLIFERATIVA • Ácido fólico e a vitamina B12 são necessários para produção de hemácias • Rapidamente consumido se a ingesta for deficiente • Encontrado em vegetais verdes e fígado • O álcool aumenta a necessidade de ácido fólico • Anormalidades na mucosa gástrica- Anemia perniciosa ANEMIA HIPOPROLIFERATIVA Manifestações clínicas • Fraqueza • Desatenção • Fadiga • Parestesia de MMII TRATAMENTO • Aumento de ácido fólico na dieta • Administrar 1mg de ácido fólico dia( IM ou oral) • Reposição de vitamina B12 • Injeções mensais de vit B12. ANEMIAS HEMOLÍTICAS • Fisiopatologia • Eritrócitos têm uma vida curta • Diminuição das hemácias circulante • Hipóxia renal • Aumento da produção de eritropoetina • Aumenta a produção de hemácias prematuras pela medula óssea (reticulócitos) • Hemoglobina (heme) é convertida em bilirrubina • Conjugada no fígado e excretada na bile ANEMIAS HEMOLÍTICAS • Características laboratoriais • Contagem de reticulócitos alta • Bilirrubina indireta (não conjugada) Alta • FORMAS • Hereditárias (anemia falciforme,) • Adquiridas • Anemia hemolítica auto-imune,hemoglobinúria paroxística noturna, anemias associadas ao hiperesplenismo. ANEMIA FALCIFORME • Prevalência • 1 entre 380 nascidos vivos afro-descendentes nas Américas; • Doença genética incurável • Alta mortalidade • Incidência no Brasil • . ANEMIA FALCIFORME ANEMIA FALCIFORME • SINAIS E SINTOMAS • Crises dolorosas:ossos,músculos e articulações • Palidez • Cansaço • Icterícia (excesso de bilirrubina circulante) • Nas crianças: edema e dor nas mãos e pés-Dactilite • Seqüestro esplênico (palidez intensa e aumento do baço devido sangramento) • Retardo no crescimento e maturação sexual • Úlceras nas pernas. ANEMIA FALCIFORME • DIAGNÓSTICO NEONATAL Triagem Neonatal – Teste do Pezinho nas primeiras 24 hs de vida Fenilcetonúria ,hipotireoidismo e eletroforese da hemoglobina. ANEMIA FALCIFORME • CUIDADOS DE ENFERMAGEM • Diagnósticos de enfermagem: • Dor aguda relacionado com hipoxemia tissular caracterizado pela aglutinação de células afoiçadas dentro do vaso • Risco de infecção relacionado ao comprometimento circulatório no baço • Risco de impotência relacionado a diminuição do fluxo sangüíneo no pênis ANEMIA FALCIFORME • CUIDADOS DE ENFERMAGEM • Diagnósticos de enfermagem: • Dor aguda relacionado com hipoxemia tissular caracterizado pela aglutinação de células afoiçadas dentro do vaso • Risco de infecção relacionado ao comprometimento circulatório no baço • Risco de impotência relacionado a diminuição do fluxo sangüíneo no pênis ANEMIA FALCIFORME • CUIDADOS DE ENFERMAGEM • INTERVENÇÕES DE ENFERMAGEM: • Monitorar sinais e sintomas de anemia (letargia,fraqueza,dispnéia,palidez) • Realizar avaliação da dor (início,duração,frequencia e gravidade) • Monitorar os exames laboratoriais • Administrar medicação para dor,conforme prescrição • Promover repouso ANEMIA FALCIFORME • CUIDADOS DE ENFERMAGEM • INTERVENÇÕES DE ENFERMAGEM: • Avaliar sinais de tromboembolismo periférico • Inspecionar a pele(turgor,sinais flogíticos,cianose) • Avaliar pulsos periféricos • Aumentaroferta hídrica • Administrar antibióticos profiláticos e imunização • Orientar familiares quanto a prevenção de infecção • Evitar ou minimizar a realização de procedimentos invasivos. ANEMIA FALCIFORME • TRATAMENTO • Suplementação crônica de ácido fólico oral . Hidratação e analgésicos . Hidroxiuréia para pacientes com crises freqüentes . Exsanguineotransfusão parcial para as crises vasoclusivas refratárias, síndrome torácica aguda, acidente vascular encefálico ou ataque isquêmico transitório, priapismo. . Transfusão para as crises hemoliticas ou aplásicas e durante o terceiro trimestre de gravidez . Vacinação pneumocócica . Aconselhamento genético ANEMIA FALCIFORME LEUCEMIA • São um grupo de doenças causadas por proliferação maligna das células brancas do sangue. • Linfocítica • Mielocítica CURSO DA LEUCEMIA • AGUDA: grande número de leucócitos imaturos; início e progressão rápidos. • CRÔNICA: crônica progride lentamente e permite o crescimento de um maior número de células diferenciadas; início e progressão lentos. ETIOLOGIA (causa) • Possíveis fatores de risco: 1. Predisposição genética; 2. Fatores imunológicos 3. Exposição ambiental; LEUCEMIA AGUDA • É caracterizada pela proliferação maligna de precursores (blastos) das células brancas na medula óssea e nos tecidos linfóides, e seu acúmulo no sangue periférico, medula óssea. • Inibem a produção de eritrócitos, plaquetas e função imunológica. • LLA – (linfoblastos) • Leucemia mielóides agudas ou LNLA (infância, adolescência, entre adultos e idosos): 1.Mieloblástica (mielógena) – percursor mieloblasto 2.Monoblástica (monocítica) - percursor monócito LEUCEMIA AGUDA Classificação • Leucemia mielóide crônica (LMC- adultos) ocorre em duas fases: 1. Fase crônica insidiosa – anemia e distúrbios de sangramento; 2. Crise blástica ou fase aguda – rapidamente há proliferação de mieloblastos; • Leucemia linfocítica crônica (LLC) – linfócitos pequenos anormais (50 anos ) LEUCEMIA CRÔNICA Classificação • Febre alta súbita, trombocitopenia, sangramento anormal, fraqueza, palidez; • Dispnéia, anemia, fadiga, taquicardia; • Calafrios e infecções; • Dor óssea por infiltração; • Aumento do fígado, baço, linfonodos. LEUCEMIA AGUDA Manifestações • Esplenomegalia, hepatomegalia, e adenomegalia por infiltração; • Tendência hemorrágica; • Infecções. LEUCEMIA CRÔNICA Manifestações DIAGNÓSTICO • Hemograma • Aspirado e biópsia de medula óssea; TRATAMENTO • Quimioterapia. • Transplante de Célula-Tronco Hematopoética (TCTH) • Controle com as manifestações clínicas CUIDADO DE ENFERMAGEM • Colocar o paciente em um quarto privativo. Avaliar/limitar os visitantes, conforme indicado. Proibir o uso de plantas vivas/flores. Restringir as frutas e os vegetais frescos. • Monitorizar a temperatura. Observar a correlação entre as elevações de temperatura e os tratamentos quimioterápicos. Observar quanto à febre associada com taquicardia, hipotensão, alterações mentais. • Prevenir calafrios. Forçar líquidos CUIDADO DE ENFERMAGEM • Encorajar a mudança frequente de decúbito e a respiração profunda. • Auscultar os sons respiratórios; inspecionar secreções quanto às alterações nas características, por exemplo, produção aumentada de escarro ou urina turva, com odor fétido, com urgência ou queimação à micção. CUIDADO DE ENFERMAGEM • Inspecionar a pele quanto a áreas de sensibilidade, eritema • Inspecionar a membrana mucosa oral. Utilizar escova de dente macia, esponja ou cotonetes para o cuidado oral freqüente. • Promover higiene perianal. Evitar verificar temperatura retal e o uso de supositórios. CUIDADO DE ENFERMAGEM • Proporcionar períodos de repouso sem interrupção. • Encorajar ingestão aumentada de alimentos ricos em proteínas e líquidos com fibras adequada. • Evitar/limitar procedimentos invasivos. • Monitorizar exames laboratoriais. CUIDADO DE ENFERMAGEM • Avaliar o turgor da pele, enchimento capilar e a condição geral das mucosas. • Observar a presença de náusea, febre. • Inspecionar pele/membrana mucosas quanto a petéquias, áreas de equimose; observar sangramentos nas gengivas, sangue oculto nas fezes e urina. CUIDADO DE ENFERMAGEM • Informar febre/alteração nas condições respiratórias ou mental; • Promover mecanismos positivos de enfrentamento do estresse para ajudar o paciente e a família a lidar com os fatores relacionados à doença e seu tratamento. • Investigar relatos de dor. CUIDADO DE ENFERMAGEM
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